jornal de bairros edição 101

4
Nº 101 • SEXTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2012 VIADUTO NA BR 280 3 4 Construções que permanecem em pé no local são utilizadas por usuá- rios de drogas e mendigos. Em vários bairros da cidade é possível encontrar abrigos dos pontos de ônibus quebrados e mal cuidados. Para resolver os proble- mas está prevista a aquisição de novos abrigos. Recapeamento da Rua Marina Fructuozo es- tragou antes do término de recapeamento das seis ruas Os buracos na via denunciam que durou aproximadamente quatro meses a camada de reca- peamento na Rua Marina Fructuozo concluída em setembro de 2011. A rua foi a primeira das seis grandes vias reformadas e que somadas tem um cus- to acima de R$ 4 milhões. Segundo o secretário de Obras e Serviços Pú- blicos, Odimir Lescowicz, a qualidade do asfalto é boa e tem uma espessu- ra de cinco centímetros. Para Lescowicz, o estrago pode ter sido causado por um vazamento de água do SAMAE ou mesmo uma nascente de água. O secretário afirma que “é preciso verificar onde está o problema”. Assim que o problema for detec- tado a secretaria deverá fazer o conserto. Já estragou Já estragou Demais ruas Rua José Theodoro Ribeiro ok Rua José Narloch ok Rua 25 de Julho ok Rua Olívio Domingos Brugnago ok Rua João Planinscheck – em andamento. FOTOS BANCO DE IMAGENS/JB DEPREDAÇÃO E FALTA DE MANUTENÇÃO

Upload: flavio-brugnago

Post on 22-Mar-2016

216 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Edição 101 do Jornal de Bairros, de fevereiro de 2012

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal de Bairros edição 101

Nº 101 • SEXTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2012

VIADUTO NA BR 280

34Construções que permanecem em

pé no local são utilizadas por usuá-rios de drogas e mendigos.

Em vários bairros da cidade é possível encontrar abrigos dos pontos de ônibus quebrados e mal cuidados. Para resolver os proble-mas está prevista a aquisição de novos abrigos.

Recapeamento da Rua Marina Fructuozo es-tragou antes do término de recapeamento das seis ruas

Os buracos na via denunciam que durou aproximadamente quatro meses a camada de reca-peamento na Rua Marina Fructuozo concluída em setembro de 2011. A rua foi a primeira das seis grandes vias reformadas e que somadas tem um cus-to acima de R$ 4 milhões.

Segundo o secretário de Obras e Serviços Pú-blicos, Odimir Lescowicz, a qualidade do asfalto é boa e tem uma espessu-ra de cinco centímetros. Para Lescowicz, o estrago pode ter sido causado por um vazamento de água do SAMAE ou mesmo uma nascente de água. O secretário afirma que “é preciso verificar onde está o problema”. Assim que o problema for detec-tado a secretaria deverá fazer o conserto.

Já estragouJá estragou

Demais ruas

Rua José Theodoro Ribeiro ok

Rua José Narloch ok

Rua 25 de Julho ok

Rua Olívio Domingos Brugnago ok

Rua João Planinscheck

– em andamento.

FOTOS BANCO DE IMAGENS/JB

DEPREDAÇÃO E FALTA DE MANUTENÇÃO

Page 2: Jornal de Bairros edição 101

2 SEXTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2012

Diagramação:Jeferson Klahold

[email protected]

Tiragem: 5.000 exemplares

Circulação: Jaraguá do Sul e Guaramirim

O Jornal de Bairros é uma publicação semanal da Editora Pavanello Ltda.CNPJ 08.782.045.0001-77 I.E.: 255.391.323

Administração:Rua 25 de Julho, 1936, • Sala 1Vila Nova • Jaraguá do Sul (SC)

CEP 89259-000Fone/Fax: (47) 3371-5588

Comercial:Fone/Fax:

(47) 3371-5588 • (47) 3275-0633E-mail: [email protected]

Redação:[email protected]

Editor Chefe: Osmar Pinheiro (DRT 17764)Direção:

Odila Pavanello Brugnago

FOTOS BANCO DE IMAGENS/JB

O SAMAE possui um pro-jeto de ampliação da rede coletora de esgoto sanitário que atinge 124 km. Neste projeto está incluída a Rua José Narloch. Entretanto, “a rua será uma das últi-mas a ter a rede de esgoto instalada” afirma Vinicius Schweighofer, assessor de comunicação e gestão am-biental. Segundo ele, as obras iniciarão em 2013.

Vinicius diz que foi um caso atípico a rua não re-ceber as duas obras juntas. “Houve uma diferença mui-to grande no cronograma do Samae e da Secretaria de Obras”, justifica. No entan-to, as obras não irão prejudi-car o trabalho feito por que a rede de captação passará pela calçada. Ao término dos trabalhos os passeios serão refeitos e deixados nas condições originais, lembra Vinicius. A empresa que irá executar as obras só receberá o pagamento após a inspeção do Samae para verificar as condições das calçadas.

Obras de saneamento básico somente em 2013

Via que estava em péssi-mas condições de tráfego foi melhorada em partes de sua extensão

A principal ligação entre os bairros Chi-co de Paulo, Tifa Martins, São Luís e Jaraguá Esquerdo acaba de ser recapeada, confor-me o cronograma da Secretaria de Obras. Mesmo com a conclusão dos trabalhos os moradores temem que o asfalto seja dani-ficado pelas obras de saneamento básico.

O clima foi um dos problemas enfren-tados pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos durante o período de recapea-mento da Rua José Narloch. Por causa disso, as obras demoraram um pouco mais para serem concluídas. Mas, o reca-

peamento da via tinha certa urgência. O secretário Odimir Lescowicz lembra que as condições da rua “era uma das piores do perímetro urbano”. Segundo ele, as más condições geravam reclamações diárias da comunidade.

O morador Edailson Pasquetti, 43, mecânico, diz que “precisaria ser feito a reforma em toda a extensão da rua” e, segundo ele, “não somente em parte dela”. Pasquetti, admite que a melhoria em parte da rua ficou “caprichada”, mas teme que logo iniciem as aberturas na via para a instalação do esgoto sanitário. O mecânico lembra que há o projeto da implantação deste sistema e que irá causar mais trans-tornos para a comunidade além do gasto do dinheiro público. “Faltou planejamento entre os responsáveis pelo tratamento de esgoto e a Secretaria de Obras” conclui.

Rua José Narloch recapeada“Faltou plane-

jamento entre os responsáveis pelo tratamento de es-goto e a Secreta-ria de Obras”

Edailson Pasquetti

ESTÁ RECAPEADA - A Rua José Narloch recebeu uma nova cama-da asfáltica. A via é importante acesso a vários bairros.

Page 3: Jornal de Bairros edição 101

3SEXTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2012

Buracos atormentam os motoristas desde o ano passado na rua que liga Centenário a Ilha da Figueira

A Rua Exp. Fidélis Stinghen, bairro Centenário, que dá acesso a BR 280 sofre com a falta de ma-nutenção. A via tornou-se um acesso importante para fazer a ligação entre os bairros Centenário e Ilha da Figueira após a construção da ponte Marly Freihsler Baumer. Com isso, aumentou o tráfego de veículos e caminhões.

O morador João Ardenghi, 45, operador de má-quina, diz que as medidas paliativas não resolvem o problema. “A Prefeitura coloca o pó para tapar o buraco pela manhã e a tarde volta o problema novamente” afirma o morador. Conforme ele, o aumento em mais de 300% do tráfego de veículos na região e a grande quantia de caminhões preju-dicam as condições da rua.

O secretário de Obras e Serviços Públicos, Odimir Lescowicz, diz que em uma semana estará sendo feito o concerto da via. O secretário lembra que além das condições climáticas que prejudicaram a manu-tenção das ruas, houve problema com a aquisição do material para realizar as operações de tapa-buraco.

Moradores do Centenário estão preocupados com a utilização da casa por usuários de drogas

As edificações desapropriadas para a construção do viaduto que liga o bairro Ilha da Figueira e Centenário a BR 280 estão parcialmente demolidas. As únicas casas que permanecem em pé estão causando preocupação aos moradores da região. O motivo é a insegurança devido a utilização do local por usuários de drogas e moradores de rua.

As construções que permanecem em pé guardam vestígios de que ain-da são utilizadas. Moradores denunciam que chegou a ter em torno de 15 pessoas que utilizavam o local. Nas repartições que restaram encontram-se roupas íntimas, poltrona e fogão a gás velhos, garrafas e embalagens de bebidas e camas improvisadas. Morador por 20 anos no bairro, o operador de máquinas João Ardenghi, 45, diz que nunca passou por algo semelhante. Segundo ele, durante o final de ano a família não pode viajar para ficar cuidando a casa. “As pessoas vinham pedir comida, água e até panelas” lembra. Conforme relato, as construções continuam utilizadas até hoje pelos usuários e moradores de rua, principalmente a noite.

E d i f i c a ç õ e s nas margens da BR 280 ain-da não foram demolidas

Lixo e cama improvisada continuam no local

Casas abandonadas geram preocupação de moradores

FOTOS BANCO DE IMAGENS/JB

Acesso a BR 280 em más condições

BURACO - Problema permanece desde o ano passado

Page 4: Jornal de Bairros edição 101

4 SEXTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2012

Em diversos bairros da cidade é possível perceber as condições pre-cárias dos abrigos nos pontos de ônibus. A aquisição de 50 novos abrigos em 2010 não foi suficiente para substituir todos os danificados, afirma Maria Cristina Quintaes responsável pelo Controle de Transporte Urbano. A associação que defende os usuários de transporte coletivo diz que a responsabilidade pela manutenção dos abrigos é a concessionária que explora o transporte coletivo.

No inicio de abril do ano passado foram instalados os 50 abrigos na área central da cidade. Segundo Maria Christina, a instalação continua neste ano. Para ela, o ideal seria fazer a substituição de todos os abrigos em condições precárias pelos novos que são mais resistentes. “Os primeiros modelos não foram aprovados pela facilidade de enferrujar e quebrar” afirma. A Prefeitura deve estar adquirindo novos abrigos neste ano.

O presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo – AUTC, Mario Pappen, diz que o problema está nas áreas periféricas. “Tem ruas que nem a placa indicativa tem” afirma. O representante declara ainda que “a comunidade e os vereadores tem feito indicações periodi-camente solicitando melhorias para os usuários”.

No que se refere a qualidade dos abrigos a entidade defende que a responsabilidade é da concessionária que explora o transporte público. “A Prefeitura tem a função de fiscalizar e dizer onde devem ser instalados os pontos e abrigos” conclui Mario Pappen.

Qualidade dos profissionais de educação é um dos fatores que alavancaram a melhora no ensino no município

As escolas municipais de Jaraguá do Sul melhoraram os índices de aprovação dos es-tudantes do ensino fundamental, passando de 95,71% em 2010 para 96,68% no ano passado. Para Helvia Tomaselli, gerente do ensino funda-mental, existem fatores que merecem destaque para esta evolução: a qualidade dos professores, os programas de qualificação realizados pela secretaria e a participação da comunidade no quotidiano da escola. Em 2008 o índice de re-provação era de 6,03% e agora está em 3,32%.

Um dos indicadores apontados pela ge-rente de educação é a formação continuada desenvolvida para os professores e espe-cialistas através da Secretaria Municipal da Educação (Semed). Através do programa são desenvolvidos encontros trimestrais que com os professores para qualificá-los. “Sempre exploramos e trabalhamos com metodologias ligadas a aprendizagem”, destaca a gerente de educação.

Na sala de aula houve algumas mudanças provenientes do projeto da formação continu-ada. A leitura em todas as disciplinas foi uma delas. Helvia Tomaseli destaca que “a leitura é primordial e leva ao caminho da pesquisa”. Para isso, há a orientação para que os professo-res explorem a leitura. Ao total são 32 escolas de 1º ao 9º ano no município.

Aumenta o índice de aprovação em Jaraguá do SulREPROVAÇÕES

As realidades quotidianas podem interferir no apren-dizado dos alunos. Segundo Helvia Tomaselli, “cada realidade é diferente” e isso reflete dentro da sala de aula. Para ela tem de ser levado em conta as situações específicas de cada região. “Tem locais em que os pais não estão em casa e as crianças não compreendem a importância da escola”, afirma. O ano/série com maior índice de reprovação é 7º/6ª com 81 alunos que terão de repetir o ano letivo.

A escola com maior índice percentual de reprovação é a EMEF Luiz Gonzaga Ayroso, no Bairro Jaraguá 99 com 7,4%. Já a escola com maior número de alunos que irão repetir o ano é a EMEF Marcos Emílio Verbinnen, no bairro Estra-da Nova, com 35 alunos. Ao total foram reprovados 414 estudantes na rede pública municipal de Jaraguá do Sul.

SITUAÇÃO DIFÍCIL Muitos abrigos estão quebrados e danifica-

dos. Nas situações emergenciais a alternativa encontrada é a utilização de madeira e telha de eternit, afirma Maria Christina. Nos locais em que o acrílico que protege o fundo do abrigo foi danificado a orientação é que a equipe de trabalho permanente retire o material para não causar acidentes. Entretanto, os estragos maiores apontados pelo departamento são causados pelo vandalismo. “Chegamos a trocar quatro vezes em uma semana a cobertura de um abrigo” conclui ela.

O Presidente da AUTC é enfático ao afirmar que “tem locais que não dá para chamar de abrigo” ao se referir às condições dos mesmos. Na opinião dele, nos dias de chuva é “um trans-torno para os moradores” nas paradas onde há abrigos improvisados, pois não existem proteções laterais e a chuva molha as pessoas que aguardam o coletivo.

“Não é bonito, mas não oferece risco e protege os usuários” - Maria Cristina Quintaes responsável pelo Controle de Transporte Urbano

Abrigos de pontos de ônibus em más condiçõesPrincipal causa de destruição dos abrigos é o vandalismo, aponta diretoria de trânsito

TRANSPORTE PÚBLICO

BANCO DE IMAGENS/JB