ebd adultos 2ºtrimestre 2016 - lição 10

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VERDADE PRTICADiante da sociedade, o crente tem deveres civis, morais espirituais.

LEITURA DIRIASegunda Rm 13.1 - Deus que constitui as autoridades para que governem com justiaTera Rm 13.2 Resistir s autoridades resistir ordenao de DeusQuarta Rm 13.3 - As autoridades so constitudas para punir os que fazem o malQuinta Rm 13.5 - Os crentes devem respeitar as autoridadesSexta Rm 13.7,8 - Pagando os tributos e no devendo nada a ningum, a no ser o amorSbado At 5.29 - A obedincia a Deus deve vir sempre em primeiro lugar

OBJETIVO GERALConscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade na qual est inserido.

OBJETIVOS ESPECFICOS

Apontar: Os deveres civis daqueles que foram alcanados pela graa divina;Explicar: Os deveres civis dos crentes;Relacionar: Os deveres espirituais dos crentes.

ESBOO DA LIOI DEVERES CIVIS(Rm 13.1-7)1. A natureza do Estado.2. O propsito do Estado.3. A igreja e o Estado.

II DEVERES MORAIS- (Rm 13.8-10)1. A dvida que todos devem ter.2. A segunda tbua da lei.3. O segundo grande mandamento.

III DEVERES ESPIRITUAIS(Rm 13.11-14)1. Conscincia escatolgica (v. 11).2. Conscincia da salvao e do Esprito Santo (w. 11,14).

PONTO CENTRALO crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade

LEITURA BBLICA EM CLASSERomanos 13.1-8

1 TODA a alma esteja sujeita s potestades superiores; porque no h potestade que no venha de Deus; e as potestades que h foram ordenadas por Deus.2 Por isso quem resiste potestade resiste ordenao de Deus; e os que resistem traro sobre si mesmos a condenao.3 Porque os magistrados no so terror para as boas obras, mas para as ms. Queres tu, pois, no temer a potestade? Faze o bem, e ters louvor dela.

4 Porque ela ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois no traz debalde a espada; porque ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.5 Portanto necessrio que lhe estejais sujeitos, no somente pelo castigo, mas tambm pela conscincia.6 Por esta razo tambm pagais tributos, porque so ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.8 A ningum devais coisa alguma, a no ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.

TEXTO UREO...Toda alma esteja sujeita s autoridades superiores; porque no h autoridade que no venha de Deus; e as autoridades que h foram ordenadas por Deus..." (Rm13.1)

INTRODUONa lio de hoje estudaremos o captulo 13 da Epstola o captulo 13 da epstola aos Romanos. Paulo trata neste captulo a respeito da relao dos crentes com as autoridades. Viver pela f na justia de Deus implica obedecer s leis, as autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando ento que somos uma nova criatura. A submisso do crente s autoridades revela seu amor e sua obedincia s leis de Deus.

I DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)

I DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)1. A natureza do Estado.2. O propsito do Estado.3. A igreja e o Estado.

1. A natureza do Estado.O apstolo Paulo parte do princpio de que toda autoridade constituda por Deus. [...] "No h potestade que no venha de Deus; e as potestades que h foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1 - ACRF).

A traduo Almeida Corrigida Revisada Fielusada aqui deixa ambguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade em vez de autoridade. O termo potestade d uma conotao de que a referncia seja a seres espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o Novo Testamento grego, quatro vezes neste captulo, possui o sentido, nesse contexto, de governantes civis. A referncia, portanto, diz respeito s autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princpio da autoridade constituda, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se submeter a ela. Esse princpio fartamente documentado no Antigo Testamento, onde mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domnio de Deus (Pv 8.15,16; Dn 2.21; Is 45.1-7).

A teologia judaica concordava de modo perfeito com essa forma de declarao, pelo menos em termos gerais e quanto sua filosofia bsica. Segundo o sistema teolgico judaico Deus era to fortemente salientado como a grande nica causa que, virtualmente, no havia lugar para quaisquer causas secundrias.

Deus, pois, era considerado no somente a causa primria, mas tambm o princpio total de causa, como causa primria, formal, eficiente e final.O fato de que Deus instituiu autoridades governamentais tem uma dupla aplicao moral, a saber:

1. As prprias autoridades civis esto na obrigao de reconhecer a origem de seu poder, governando de conformidade com a justia, no temor de Deus; porque, se assim no agirem, aguarda-as um mui severo julgamento. (Esse o ponto de vista salientado pelo escritor do livro apcrifo Sabedoria de Salomo, citado acima).

2. As pessoas sujeitas ao governo civil devem obedecer ao mesmo como se estivessem obedecendo ao prprio Deus, reconhecendo que a autoridade que possuem lhe foi conferida por Deus. Assim, quem obedece aos governantes humanos, naquilo que justo, obedece, ao mesmo tempo, a Deus.

A aplicao dessas verdades bem clara, portanto: Todo homem esteja sujeito... H tradues que dizem ...a/ma..., ao invs de homem; mas o emprego da palavra alma refere-se aos homens simplesmente como criaturas vivas, sem nenhuma referncia especial poro imaterial do homem. Todo homem deve sujeitar-se s autoridades civis, e isso inclui, acima de todos, e no menos que os outros, aos crentes, visto que os discpulos de Cristo, acima de todos, devem mostrar-se ansiosos por obedecerem s autoridades civis devidamente institudas. Todo o crente pertence a duas comunidades, a saber: a religiosa, que reivindica autoridade celestial; e a civil, que a comunidade totalmente material e terrena.

verdade que isso pode criar muitos conflitos de conscincia, sobretudo se a sociedade terrena mostrar-se anticrist em seu conceito e funes. No obstante, Paulo no aborda aqui as vrias possibilidades de exceo no tocante obedincia devida s autoridades civis, mas meramente lana uma regra geral, a ser seguida em tempos normais.A despeito do governo eclesistico, amoldado segundo os padres bblicos e neotestamentrios, seja essencialmente democrtico, conforme fica amplamente demonstrado na narrativa do livro de Atos, o cristianismo no tem por intuito combater contra uma forma de governo em favor de outra forma qualquer.

Os crentes que vivem em diversos pases, onde imperam formas de governo s vezes to dspares, tm todos a obrigao de respeitarem e obedecerem s suas respectivas autoridades civis.

Uma vez mais, entretanto, o esprito do amor cristo pode servir de instrumento na modificao da forma de governo, embora isso no seja nenhuma funo direta da igreja. Somente como conseqncia indireta que essa transformao social para melhor tem lugar. O alvo primordial da igreja de Cristo o de propagar 0 reino espiritual de Deus. Erram os pregadores cristos que, no plpito, se imiscuem nas questes polticas, a menos que o faam para combater os abusos humanos contra a vontade expressa de Deus.

2. O propsito do Estado.A natureza espiritual de um governo civil est no princpio da autoridade a ele delegada. O propsito da sujeio do crente autoridade constituda, segundo Paulo, especificado em Romanos 13.3,4.

A razo dada a promoo do bem e a punio do mal por parte da autoridade. Em outras palavras, a manuteno da ordem. Sem obedincia a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia. por isso que o apstolo diz que o governo ministro de Deus para a promoo do bem comum, bem como para frear o mal.A palavra ministro, no grego, diconos, vocbulo que mostra o princpio divino por trs do governo humano. So ministros A servio de Deus, mesmo que sejam governantes pagos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45.1; Dn 4.17).

Este versculo torna ainda mais patente, conforme tem sido salientado nesta exposio geral, a comear pela introduo a este dcimo terceiro captulo de Romanos, que Paulo falava pelo menos acerca de tempos relativamente normais. E de esperar-se que aqueles que so levantados em postos de autoridade sejam suficientemente humanitrios para baixarem leis essencialmente justas, pondo-as em vigor de modos essencialmente justos. O fato que muitos governos, atravs dos sculos, no tm agido assim com justia, no faz parte do escopo do argumento de Paulo. Antes, ele olhava somente para a situao contempornea do imprio romano de seus dias.

Porquanto estava bem lembrado que, na qualidade de missionrio cristo, com freqncia havia sido livrado de elementos violentos e multides de judeus fanticos, por parte de oficiais romanos. Estava familiarizado com o governo romano no prprio imprio, e considerava-o geralmente justo.

Ao contrrio do que tm pensado tantos, Paulo no estava olhando profeticamente para os tempos em que Nero e outros imperadores abusaram grandemente de sua autoridade (embora esse terror no estivesse longe de comear, e apesar do fato que o prprio Paulo foi morto por causa dessas perseguies imperiais).Quando assassinaram a milhares e milhares de cristos inocentes, que nenhuma culpa tinham de todas as acusaes que foram feitas contra eles. Quanto ao presente, Paulo to-somente quis mostrar que, a fim de no temerem s autoridades, os crentes precisavam apenas mostrarem-se obedientes s leis civis.

...magistrados... O plural mostra-nos aqui que Paulo fala em termos gerais. A obedincia ao magistrado algo deduzido como algo necessrio, neste versculo, porque, ordinariamente, essa obedincia produz resultados benficos, ao passo que a atitude contrria, a da rebeldia, produz resultados desagradveis e at mesmo trgicos.

Paulo tambm deixa entendido que todos o,s crentes so pessoas interessadas pela paz e segurana, no que diz respeito s suas vidas dirias, e no que tange aos benefcios que o governo civil tem para oferecer aos seus cidados.O homem reto deve ser respeitador da lei civil, e no precisar tem-la. Sob um bom governo, debaixo de uma proviso legal sempre presente, o cidado decente no precisar temer o que as autoridades civis possam fazer contra ele. Se porventura andar em temor, que algo anda errado, ou como prprio estado, ou com a compreenso acerca do devido papel e escopo do governo humano. Porm, sempre que a higidez do estado for considerada como ponto pacfico, podemos supor que o homem que teme autoridade igualmente um homem mau e culpado.

E andar apreensivo com toda a razo. Entre ele e a comunidade em que vive ter de existir um antagonismo constante. Seu tipo de vida no pode ser reconciliado com os princpios da ordem pblica.

3. A igreja e o Estado.Paulo mostra que a sujeio por parte dos cristos s autoridades deve-se primeiramente por razes de obedincia. Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da lei, pagando impostos e tributos.

interessante notar que Paulo fala de dois tipos de tributos nesse captulo, phorose e telos.O primeiro termo uma referncia aos impostos diretos enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os crentes a cumprirem seus deveres pagando seus impostos (Mt 22.21). Mas havia uma razo a mais para a submisso autoridade - a conscincia do crente. O crente no deveria se sujeitar a autoridade simplesmente por medo da lei, mas por uma questo de conscincia diante de Deus.O princpio bblico em relao s autoridades que o cristo as respeite e as honre (Rm 13.7). A desobedincia civil s se justifica no caso de conflito entre a lei humana e a divina (At 5.29).

No caso de governos que decretam leis injustas e estados totalitrios que privam o exerccio da f, o cristo, em razo da sua conscincia para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as consequncias de seus atos.

...bem... Trata-se do mesmo louvor que aparece no versculo anterior. O bem-social em geral aqui focalizado. O apstolo subentendia uma vida caracterizada pela paz e pela prosperidade relativa, que o objeto de todo o bom governo. Pelo menos os crentes devem ter a esperana de serem deixados em paz pelas autoridades, para que possam prosseguir em suas buscas espirituais, porquanto, apesar de viverem espiritualmente separados da sociedade, fazem parte integrante dessa sociedade no que tange s questes prticas da vida diria. O bom cristo, por conseguinte, pode esperar ter oportunidade de mostrar-se tivo na sociedade, conforme desejvel e til. Os magistrados havero de observar homens honestos, lanando mo deles para funes teis.

Tais funes visaro ao benefcio tanto do crente individual como o bem-estar da sociedade inteira em que habita tal crente.

Todas essas noes, portanto, podem ser:13:5: ...Pelo que necessrio que lhe estejois sujeitos, no somente por causo da ira, mas tambm por causa da conscincia...A moralidade crist deve ser motivada por algo muito maior do que o temor do castigo. Esse temor talvez seja suficiente para algumas pessoas, mas isso no pode caracterizar o crente. Antes, o que o crente deve temer o oprbrio que suas ms aes podem trazer contra o nome da famlia divina.Mais do que isso ainda, porm, o apstolo Paulo mostra-nos que o crente deve ser o melhor dos cidados, a nata mesma da sociedade, moralmente falando, porquanto possui motivos muito superiores para ser bom.

Pois os crentes tm conscincia que esto em contato direto com o Esprito Santo e esto perante ele como responsveis; e isso serve de testemunho ntimo que dirige os seguidores de Cristo, desviando-os do mal e conduzindo-os ao bem.

.. .conscincia... A conscincia humana, embora se utilize do veculo do crebro fsico, uma faculdade espiritual, prpria da alma. Trata-se da natureza inteligente e moral da alma. O homem, por ser um ente espiritual, tem comunicaes naturais com o Esprito de Deus, e algumas vezes recebe iluminao da conscincia divina quanto natureza do mal. Tanto a razo como a intuio levam o homem a corrigir concluses morais errneas, quando o indivduo mostra-se honesto, no sendo um pervertedor proposital da conscincia.

...A conscincia... s se manifesta a fim de mostrar-nos o caminho pelo qual devemos andar, mas, por semelhante modo, dona de sua prpria autoridade; ou, em outras palavras, nosso guia natural, 0 guia que nos foi atribudo pelo Autor de nossa natureza;

Por conseguinte, pertence nossa condio do ser; E nosso dever conduzir-nos por essa vereda e seguir esse ...guia...

Trata-se daquele princpio mediante o qual pesquisamos, e ento aprovamos ou desaprovamos o nosso prprio corao, nosso temperamento e nossas aes

E deve ser considerado no somente aquilo que exerce sobre ns alguma influncia, o que se poderia dizer acerca de todas as paixes, de todos os apetites inferiores;

Mas, semelhantemente, algo superior, porquanto, com base em sua prpria natureza, reivindica superioridade sobre todas as outras influncias.Dependendo de como o esprito humano reage em relao ao Esprito de Deus.

A conscincia pode ser descrita das seguintes maneiras: 1. Fraca (ver I Cor. 8:7,12); 2. m ou contaminada (ver Heb. 10:22 e Tito 1:15); 3. cauterizada(ver I Tim. 4:2); 4. pura(ver II Tim. 1:5); 5. livre de ofensa (ver Atos 24:6); e 6. boa ou honrada (ver Heb. 13:17 e I Ped. 3:16).

Paulo confiava, pois, que o crente, dotado de uma faculdade ntima e devidamente treinada, que reconhece instintivamente o bem e o mal, dando preferncia ao bem, e que isso opera com relaes aos assuntos do estado, envolvendo tanto as aes individuais como as aes sociais, e isso contribuindo para a feitura de cidados melhores, se viesse a fazer o bem, no teria nenhuma razo para temer as autoridades.

13:6: ...Por esta razo tambm pagais tributo; porque so ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo... O Senhor Jesus favorecia o pagamento de impostos, at mesmo a um governo estrangeiro, conforme o governo romano era considerado pela maioria dos judeus. (Ver Mat. 22:21; 17:25-27; Luc. 20:20-25). E 0 apstolo Paulo tomou o lado do Senhor Jesus em favor do pagamento de impostos por parte dos cidados crentes, sem importar se tal pagamento fosse feito a um governo pago, no-judaico e no-cristo, conforme era o caso dos crentes que habitavam na cidade de Roma, que estavam na obrigao de pagarem taxas e impostos ao governo romano.

No obstante, Paulo no aborda a questo dos abusos na taxao, o que sempre foi motivo de discrdias, atravs da histria, tendo causado muito derramamento de sangue e muita misria entre os homens.

Paulo no haveria de negar a existncia de tais abusos, e nem haveria de ser inimigo de reformas, contanto que estas fossem feitas sem violncia, e de acordo com os devidos processos da lei. De outro modo, a sua atitude, indubitvel- mente, seria que melhor que um crente seja explorado do que venha a contribuir para adicionar mal ao ,mal, mediante violncias ou vinganas individuais ou coletivas. A sua maneira tpica, entretanto, Paulo estabelece uma regra geral no que diz sobre a questo, neste captulo, sem olhar de um lado para outro, apresentando excees possveis a essa regra.

Podemos observar, uma vez mais, que Paulo chama os oficiais do governo de ...ministros... Porquanto do ateno contnua a ...este servio..., isto , o servio pblico. Essas palavras podem significar o seguinte:1. O servio do tributo.2. As ministraes pblicas em geral, que requerem taxao.

A segunda possibilidade concorda melhor com o contexto em geral, mas a primeira dessas possibilidades tem recebido a aprovao da maioria dos comentadores bblicos. Neste ltimo caso, deve-se pensar que a coleta de tributos era um servio honroso, at mesmo delegado aos homens. Geralmente no assim que olhamos para essa questo; a despeito do que, trata-se de uma grande verdade....ministros... Esta uma palavra que, no original grego, usada mais freqentemente em conexo com 0 culto religioso, com os sacerdotes, etc. O governo humano, pois, elevado esfera da religio, porque esses homens, no menos do que aqueles que cuidam diretamente das questes espirituais, so servos de Deus.

No grego posterior, entretanto, esse vocbulo passou a ser comumente usado para indicar os servos militares, os servos dos reis, bem como aqueles que serviam nos templos religiosos (uso esse que aparece no trecho de Heb. 8:2).

Por essa razo dizemos que talvez Paulo no tivesse querido dizr nada de especial com seu uso, porquanto poderia ser um servio amplo o que estava na mente do apstolo, tal como nossa palavra moderna ministro, que no subentende necessariamente qualquer servio religioso. E interessante que Paulo se utilizou dessa palavra para indicar a si mesmo como servo de Cristo, no trecho de Rom. 15:16. Tambm alude a Epafrodito, nessa mesma capacidade, em Fil. 2:25, ainda que, naquela passagem, ele seja descrito como servo de Paulo. No original grego o vocbulo leitourgos, o qual, como bvio, est vinculado ao nosso termo moderno, liturgia.

II DEVERES MORAIS - (Rm 13.8-10)

1. A dvida que todos devem ter.2. A segunda tbua da lei.3. O segundo grande mandamento.

1. A dvida que todos devem ter.O apstolo reconhece os deveres do cristo em relao ao Estado, e aconselhou a no ficarem em dbito com ningum: "A ningum devais coisa alguma [...]" (Rm 13.8).

Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o ...nome limpo na praa...".

Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dvida, esta no negativa, mas positiva para o crente. A dvida do amor.No podemos dever nada a ningum, exceto ...o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei..." (Rm 13.8).Orgenes, um dos pais da igreja antiga, dizia que ...a dvida de amar permanente e nunca a saldamos; por isso devemos pag-la diariamente, e sem dvida, continuaremos devendo...". Amar o Semelhante uma obrigao moral que temos para com a raa humana.

O antdoto infalvel para todos esses males a atitude de amor cristo, porque o amor jamais procura prejudicar ao prximo, j que o amor considera o prximo com o mesmo interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si mesmo. O indivduo normal no quer ser prejudicado

E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu semelhante esto psicologicamente desviados, mostrando-se anormais. A pessoa que ama no deseja o mal de outrem, pois, para ela, isso eqivaleria a auto-injria, e isso certamente uma atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na psicologia a auto-injria considerada uma anormalidade. Prejudicar ao prximo, por conseguinte, uma atitude anormal do ponto de vista divino.No entanto, a benigna lei do amor elimina toda a injria.Variante Textual As palavras No dars falso testemunho... se encontram em alguns manuscritos antigos, entre o mandamento acerca do furto e o mandamento referente cobia.

Porm, os manuscritos mais antigos e at mesmo a grande maioria dos manuscritos minsculos, omitem esse outro mandamento.

Alguns escribas subsequentes, por conseguinte, meramente adicionaram esse outro mandamento, alicerados no conhecimento que tinham dos mandamentos da lei mosaica, segundo os registros histricos do A.T.

A Qualidade Do Amor

1. O valor do amor to grande que cumpre a lei inteira, algo que 0 esforo humano jamais poderia realizar (ver Rom. 13:8 e ss.).2. O amor reduz a lei a dois simples conceitos: amor a Deus e amor ao prximo (ver Mat. 22:37-39).3. O amor no consiste de mera reao ou condio emocional. Antes, a qualidade de altrusmo, implantada em ns atravs da operao do Esprito (ver Gl. 5:22).4. Quanto a muitas outras idias acerca desse tema, ver Rom. 13:8, sob o ttulo Pagando a dvida de amor. 14:16. provvel que alguns essnios posteriores se encontrassem entre aqueles que esto em vista. Alguns deles eram vegetarianos, e muitos deles, se no mesmo todos, se abstinham de vinho e de todas as bebidas alcolicas.

2. A segunda tbua da lei.Paulo havia falado muito sobre a Lei nos captulos anteriores, e aqui novamente ele volta a cit-la: [...] "quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).

A lei dada a Moiss no Sinai foi escrita em duas tbuas (x 34.1).Os quatro primeiros mandamentos enfatizam o relacionamento vertical, isto , entre Deus e os homens: No ter deuses estranhos; no fazer imagens; no profanar o nome de Deus e guardar o sbado. Por outro lado, os outros seis mandamentos so horizontais, isto , enfocam o relacionamento entre as pessoas: Honrar os pais; no matar; no adulterar; no furtar; no dar falso testemunho e no cobiar.O interesse do apstolo pelas relaes interpessoais fica claro quando ele cita, em Romanos 13, esses mandamentos: "Com efeito: No adulterars, no matars, no furtars, no dars falso testemunho, no cobiars [...]" (Rm 13.9).

No tocante aos diversos mandamentos da lei mosaica, expressos neste versculo, ver os trechos de xo. 20:14 e Deut. 5:18 (no adulters): Exo. 20:13 e Deut. 5:17 (no matars); Exo. 20:15 e Deut. 5:19 (no furtars); Exo. 20:17 e Deut. 5:21 (no cobiars); e Lev. 19:18 (amars a teu prximo como a ti mesmo).

Todas essas aes proibidas pela lei de Moiss envolvem alguma injria contra nossos semelhantes. Essa injria pode assumir a forma de degradao, de ataque contra sua sensibilidade moral, ou a forma de assalto a seu senso de possesso, ou mesmo a forma de assdio contra o senso de proximidade a outra pessoa, de contacto com outrem (ou seja, a forma de adultrio). Por igual modo, essa injria pode assumir a forma de violncia contra 0 ser fsico, mediante o assassnio literal ou o assassnio de carter, mediante 0 dio, atitude errnea essa que, em esprito, assemelha-se ao homicdio (no matars). Tambm pode ser uma injria por causa de seu labor, representado em sua propriedade, que lhe arrebatada (no furtars).

Alm disso, pode ser uma maldade meramente planejada contra outrem, o que usualmente cria uma atitude de m vontade para com nossos semelhantes; pois aquele que cobia o que uma pessoa tem, usualmente aprende tambm a desprez-la, mediante a inveja.

muito fcil algum desprezar, criticar ou degradar aqueles que se tornam objetos de sua inveja, e essa uma poderosssima fora negativa que atua na sociedade humana (o que explica 0 mandamento que diz: No cobiars).O antdoto infalvel para todos esses males a atitude de amor cristo, porque o amor jamais procura prejudicar ao prximo, j que o amor considera o prximo com o mesmo interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si mesmo. O indivduo normal no quer ser prejudicado. E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu semelhante esto psicologicamente desviados, mostrando-se anormais. A pessoa que ama no deseja o mal de outrem, pois, para ela, isso eqivaleria a auto-injria, e isso certamente uma atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na psicologia a auto-injria considerada uma anormalidade.

No entanto, o homem mostra-se sempre um ser to intensamente egosta que no levar nada disso em considerao, a menos que o princpio do amor seja formado paulatinamente nele, mediante a atuao ntima do Esprito de Deus. No suficiente o crente ter conhecimento do que errado e do que direito. O certo evitar o erro.

3. O segundo grande mandamento.Paulo refora o seu argumento sobre a lei do amor citando Levtico 19.18. Ele conclui dizendo que "o cumprimento da lei o amor" (Rm 13.10).

O mandamento do amor sintetiza todos os outros preceitos que promovem as relaes (Rm 13.9).

13:10: ...0 amor no faz mal ao prximo. De modo que 0 amor 0 cumprimento da lei...No dizer de Leibnitz, O amor aquela qualidade que encontra sua felicidade no bem alheio. Tal princpio no pode ser limitado somente atitude que evita aes negativas contra o prximo. Antes, deve ser uma atitude positivamente altrusta. O grande comentrio inspirado e apostlico sobre essa maior das virtudes crists o trecho do dcimo terceiro captulo da primeira epstola aos Corntios, que um dos maiores se no o maior de todos os poemas j escritos em louvor ao amor cristo.

O amor cristo essencialmente altrusta, manifestando-se na forma de aes destitudas, de egosmo, no sendo apenas o evitar de certas aes pecaminosas e francamente prejudiciais contra o prximo.

Porm, at mesmo os seus aspectos negativos so uma forma de ao altrusta, porquanto, com freqncia, assume um poder especial da vontade, da determinao do ser, e de no praticar certas coisas. Esse mesmo poder e essa mesma determinao tambm se devem manifestar na forma de aes positivas de bondade para com o prximo. Ora, tudo isso seria simplesmente impossvel para 0 homem no-regenerado, que naturalmente egosta, embora o amor, como um princpio da atuao do Esprito Santo, permeie a sociedade inteira dos homens, e no apenas as congregaes dos indivduos piedosos.

As aes amorosas do Esprito Santo so de escopo universal, e qualquer bondade verdadeira que os homens demonstram, sem importar se so homens regenerados ou no, deve ser atribuda ao Esprito de Deus.

O famoso rabino judeu, Hilel (que viveu pouco tempo depois dos dias de Jesus Cristo face da terra, e que foi 0 fundador de uma das principais escolas teolgicas dos judeus), quando alguns gentios lhe solicitaram que repetisse a substncia da lei judaica, estando de p sobre uma nica perna, disse: No faas aos outros o que no queres que te faam. Embora essa idia tenha sido proferida de forma negativa, de fato expressa a substncia da lei, sendo exatamente isso que o apstolo Paulo enfatiza aqui, no dcimo terceiro captulo da epstola aos Romanos.Assim como o amor, devido sua prpria natureza, busca e se deleita em agradar a seu objeto, a sua prpria existncia serve de segurana eficaz contra nossas tentativas de prejudic-lo. (Brown, in loc.).

O versculo que ora comentamos pode ser confrontado com a Regra urea, expressa pelo Senhor Jesus: Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos faam, assim fazei-0 vs tambm a eles; porque esta a lei, e os profetas (Mat. 7:12).

III DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)

1. Conscincia escatolgica (v. 11).2. Conscincia da salvao e do Esprito Santo (11,14).

1. Conscincia escatolgica (v. 11).Encabeando a lista dos deveres de natureza espiritual, Paulo apresenta um de natureza escatolgica: "E isto digo, conhecendo o tempo, que j hora de despertarmos do sono [...]" (Rm 13.11). A palavra tempo, aqui, traduz o termo gregokairs, que significa tempo oportuno. Para o apstolo, a vinda de Jesus era uma realidade sempre presente na vida do crente.

Paulo no encarava a era da igreja crist como um perodo imensamente prolongado, e pensava que suas qualidades necessrias se concretizariam em pouco tempo. No temos dvidas que essa expectativa sobre a volta breve e mesmo iminente de Cristo foi uma das grandes foras impulsionadoras da vida do apstolo Paulo. E nesta passagem, voltando novamente a sua mente para esse pensamento, ele percebia a grande urgncia da verdadeira conduta crist, visando a demonstrao do amor de Cristo em toda a sociedade, at onde o crente puder ser responsabilizado por isso.O que era verdade acerca dele (de Cristo) ser verdade para sempre. Seus servos atualmente, neste final intranqilo do sculo XIX (Moule viveu nessa poca), devem continuar encontrando nele esse maravilhoso duplo segredo, at hoje.

O crente deve ser, em Cristo, mediante a prpria natureza de sua f, 0 mais prtico e o mais bem disposto dos servos de seus semelhantes, tanto acerca dos interesses mortais como acerca dos interesses imortais dos mesmos; ao mesmo tempo que devem sentir-se desligados da servido ao que visvel e temporal, mediante sua misteriosa unio com O Filho de Deus, e atravs de sua firme expectao de seu retorno. (Moule, in loc.).

Salvao. O ponto de vista do apstolo Paulo sobre a salvao com frequncia exposto como algo de natureza escatolgica. Mas o contexto implica; o recado do Apstolo, a Salvao no deve estar associada a uma prtica alienada. dever de todo cristo a prtica de uma vida santa e consagrada ao Senhor, evitando o escndalo. ...Assim diz Paulo: Sede meus imitadores assim como eu sou de Cristo...Nesse sentido, a salvao o que est prestes a suceder alma, em seu processo de transformao segundo a imagem de Cristo, processo esse que inclui a glorificao final, e isso promovido pela parousia ou segunda vinda de, Cristo.

A salvao, entretanto, tambm uma experincia presente, porque os seus passos iniciais, dados nesta vida terrena, so dados por ocasio da converso e da regenerao, bem como durante o processo da santificao, passos iniciais esses que desde h muito raiaram neste mundo material dos homens. Portanto, 0 tempo presente imensamente importante, porque faz parte daquela grande salvao que Deus nos prometeu, sendo tambm seus primeiros frutos.

...dignamente... Esta palavra, se fosse mais literalmente traduzida, diria com decoro, com honestidade. Em outras palavras, no com dolo, com ludbrios, com artimanhas, mas antes, abertamente, francamente, aos olhos de todos os homens, com aes que possam ser contempladas por todos, sem nada a ocultar.

Convenientemente tambm seria uma traduo possvel, isto , como convm a filhos da luz, como apropriado para os filhos de Deus, fazendo violento contraste com as obras das trevas, que so caractersticas dos indivduos no-regenerados. (Ver tambm os trechos de I Tes. 4:12 e I Cor. 14:40, onde essa palavra novamente usada).

...como em pleno dia... Segundo o comentrio de Brown (in loc.), ...Os homens preferem a noite para suas bacanais. Nossa noite, entretanto, passada, porquanto somos agora filhos da luz e do dia... (ver I Tes. 5:5). - ...Por conseguinte, faamos somente aquilo que apropriado para ser exposto luz do dia....

...no em orgias... Originalmente, o vocbulo grego que h por detrs dessa palavra em portugus (no grego, komos) era usado para indicar uma procisso ou cortejo festivo que se fazia entre os gregos em honra a Dionsio, onde havia um festim ou banquete. No mau sentido da palavra, porm, transparece a idia de banquetear excessivo, de bacanal.

Paulo deixa subentendido que nesses festins e banquetes muitos males so geralmente cometidos, entre os quais se poderiam destacar a gula, a bebedice e a hilaridade vil. Paulo, pois, frisa primeiramente os pecados sociais, ' coletivos, que so os atos imprprios para os lugares pblicos. E isso inclui o item que vem a seguir, as bebedices.

...bebedices... O apstolo foi levado a pensar sobre esse vcio porque a palavra anterior, orgia, f-lo lembrar-se de que, nessas oportunidades, os homens quase sempre se excedem e se intoxicam com bebidas alcolicas.

Ora, extremamente imprprio e pecaminoso para um crente tornar-se um insensato nos lugares pblicos, mediante o vcio do alcoolismo. Por essa razo que as festas onde abundam o vinho e outras bebidas alcolicas devem ser evitadas, porque ali geralmente h manifestaes repulsivas, provocadas pela intoxicao alcolica, embora tais atitudes vis caracterizem to bem a tantos filhos das trevas.A esse pecado, que geralmente praticado em lugares secretos, Paulo adiciona ainda mais um pecado de natureza sexual, na palavra que usa a seguir:

...dissolues... Esta uma palavra de sentido mais geral que a palavra anterior, usada por Paulo, e cujo sentido licenciosidade, sensualidade, indicando desejos indecentes, postos em ao.

Diz Newell (in loc.) que se trata do abandono sensualidade. Provavelmente inclui as prticas dos sodomitas, as concupiscncias contrrias natureza, sobre o que Paulo escreveu ousadamente em Rom. 1:26,27.

...contendas... Os dois ltimos vcios a serem mencionados, pertencem especificamente a uma terceira categoria de pecados, isto , os vcios de natureza poltico-eclesistica, os vcios que envolvem dios pessoais e contendas, que infestam muitas comunidades crists evanglicas at hoje. No grego, essa palavra, eris, significa discrdia, desarmonia, etc. Tambm usada com 0 sentido de querela. Dentro desse vcio podemos incluir as muitas lutas eclesisticas, bem como as querelas e contendas privadas, entre os membros de igrejas. Tais atitudes so bem prprias dos filhos das trevas, e no deveriam jamais surgir entre os filhos da luz, dentro da prpria comunidade crist.

...cimes... Como o vcio anterior, este pertence categoria dos pecados de natureza poltico-eclesistica.

Essa emoo, que algumas tradues traduzem por invejas, sempre ser destrutiva, e, na linguagem simblica moderna tem sido mui acertadamente caracterizada como um monstro. Pode ocorrer entre duas pessoas particulares, ou pode assumir um carter pblico, quando ocorrem as divises ou faces dentro de uma igreja ou dentro de uma sociedade qualquer. deveras interessante que o termo grego, zelos, pode ser usado tambm em um bom sentido, quando ento tem o significado de ardor, relativo aos interesses espirituais. No entanto, Paulo usa essa palavra em mau sentido, neste caso, a fim de indicar a comunssima inveja.

2. Conscincia da Salvao e do Esprito Santo (11,14).Nos dois ltimos versculos de Romanos 13, observamos que h a necessidade de uma conscincia que seja soteriolgica e pneumatolgica (Rm 13.11). A referncia direta ao Salvador est na palavra salvao e a referncia indireta ao Esprito Santo est na frase: [...] E no tenhais cuidado da carne em suas concupiscncias (Rm 13-14). o Esprito quem produz o fruto na vida do crente de forma que este possa vencer as concupiscncias da carne (Gl 5.19-22). Cabe ao cristo andar no Esprito para no satisfazer os desejos da carne.

...A aproximao clere da salvao final e do juzo no faz esses ensinamentos prticos tornarem-se mais verdadeiros... (Rom. 12 e 13); porm, conforme o apstolo Paulo via as coisas, o evento futuro de Cristo torna-o mais relevantes e compelidores. Quanto ao despertar do sono, ver tambm 0 trecho de I Tes. 4:4-8. (John Knox, in loc.).

...hora... Essa palavra refere-se a um perodo de tempo que haver imediatamente antes da segunda vinda de Cristo, 0 que envolver o arrebatamento da igreja e o julgamento que se seguir.

(Ver as notas expositivas sobre 0 segundo advento de Cristo, em Apo. 19:11; sobre o arrebatamento, em I Tes. 4:15; sobre 0 julgamento dos crentes, em II Cor. 5:10; sobre o milnio, Apo. 20:5,6; sobre 0 Dia do Senhor, ver Apo. 19:19; sobre o ltimo dia, ver Joo 6:39.

A noite desta era corrupta est passando. A parousia (segunda vinda de Cristo) est se avizinhando. Repeli vossos caminhos inquos. Cinge-vos com a armadura da luz. Acolhei a Cristo em vossos coraes.

Evitai o pecado e a autocomplacncia. (Sanday e Headlam), como introduo da presente seco da epstola aos Romanos). Esses mesmos autores acrescentam: O perodo de provao da terra inteira considerado como uma noite catastrfica, mas que ser seguida de uma manh brilhante. Precisamos despertar do tempo, preparando-nos para receber a luz da manh. Porque a nossa salvao terminada, completada, no mais aquela esperana da salvao, que nos sustenta agora, est apreciavelmente mais perto de ns do que quando aceitamos a princpio, pela f, a mensagem messinica... A linguagem prpria daqueles que esperam a vinda real de Cristo para quase imediatamente, mas se adaptar s circunstncias de qualquer forma crist para quem a morte trar aquele dia.

13:12: ...A noite passada, e 0 dia chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e vislamo nos das armas da luz...Agostinho, segundo ele nos revela em Confisses (VIII 12,73), ouviu as palavras, Tolle, lege (Toma, l), ditas por uma criana, proferidas em uma viso mstica que recebeu.

Lutava ele ento com os impulsos ntimos do Esprito Santo, buscando um lugar de paz e segurana.No sentido de obter a vitria sobre 0 pecado, especialmente os pecados do corpo, das paixes fsicas, que o haviam dominado inteiramente. A resposta ao seu clamor veio nessa viso, nas palavras Toma, l. E assim, sem ter tido de afastar-se muito do jardim onde essa viso ocorrera, ele estendeu a mo a um manuscrito desta epstola aos Romanos.

...noite... Esse vocbulo refere-se nossa presente e escura era, a expanso inteira do tempo antes do dia, que ser a poca da luz, poca essa que ter incio por ocasio do segundo advento de Cristo.

Essa palavra muito apropriada para descrever 0 perodo do pecado, da enfermidade, do desespero, da negrido do pecado, do dio dos homens uns contra os outros, da desumanidade mtua dos homens, da ignorncia acerca das leis de Deus e das reivindicaes de Jesus Cristo. E essa palavra ainda mais apropriada como a descrio do tempo em que governar na terra 0 anticristo.Tempo esse que evidentemente no se demorar a comear entre ns. Com ele e atravs dele ter comeo a noite mais negra de sofrimento e caos que j se abateu sobre o mundo.Embora isso venha a suceder imediatamente antes do raiar da bendita manh de esperana, que ser inaugurada pela parousia ou segundo advento de Cristo.

...e vem chegando o dia... Paulo no se refere aqui ressurreio, conforme alguns estudiosos tm pensado, ou, pelo menos, no se refere diretamente a essa ocorrncia; antes, alude parousia ou segunda vinda de Cristo, o que resultar na ressurreio dentre os mortos.

...Deixemos, pois, as obras das trevas... muito embaraoso algum ser apanhado de pijamas, depois que o dia j raiou, porquanto tais vestes so imprprias para andarmos durante o dia.

Por semelhante modo, as ...obras das trevas... so inapropriadas para os filhos do dia, que so os crentes, os quais deveriam vestir-se das vestes da luz. Assim como determinadas roupas so mais apropriadas para serem usadas noite, assim tambm certas modalidades de aes so mais apropriadas para a noite espiritual, embora sejam um escndalo em confronto com a luz, com a iluminao espiritual, quando j nos foi dado um conhecimento superior, sobre as realidades celestiais, perante conscincias ativadas espiritualmente. O dcimo terceiro versculo, logo adiante, alista vrias dessas obras prprias das trevas.

A noite, em sentido comum e literal, o tempo em que os homens geralmente praticam coisas desviadas, desonestas, violentas e vergonhosas, porquanto as trevas contribuem para ocultar aquilo que querem fazer de mal. Nas grandes cidades, por exemplo, tem-se descoberto que os crimes podem ser grandemente reduzidos mediante a providncia simples de aumentar a iluminao pblica noite....revistamo-nos das armas da luz... A metfora acerca da noite tenebrosa, da nossa luta necessria contra a maldade, fez lembrar o apstolo Paulo da necessidade da armadura de Cristo. O combate no qual o crente est engajado d-se entre os poderes das trevas e os poderes da luz.

ConclusoNesta lio, vimos as responsabilidades que o cristo deve assumir, tanto no convvio social como espiritual. Como ser social, temos deveres para com o Estado. Devemos respeitar a ordem estabelecida. Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro. No somos apenas cidado do cu (Fl 3.20), somos tambm cidados da Terra. Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo no uma ilha. Precisamos uns dos outros.