jesus e o dinheiro - lição 10 - 2ºtrimestre/2015

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JESUS E O DINHEIRO L i ç õ e s B í b l i c a s Lição 10 – 07/06/2015 Pr. Andre Luiz TEMA: JESUS, O HOMEM PERFEITO O Evangelho de Lucas, O Médico Amado

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JESUS E O DINHEIRO

Lições

Bíblicas Lição 10 – 07/06/2015Pr. Andre

Luiz

TEMA: JESUS, O HOMEM PERFEITOO Evangelho de Lucas, O Médico Amado

Segunda - Lc 21.1-4Riqueza e pobreza no tempo de Jesus

CristoTerça - Lc 18.29,30

Generosidade e prosperidade segundo a Palavra de DeusQuarta - Lc 16.13

Os perigos de se ter as riquezas como senhor

Lições Bíblicas

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C PAD

LEITURA DIÁRIA

Quinta - Lc 12.13-34A vida do homem não consiste no seus

bens Sexta - Lc 7.36-50

Avaliando a verdadeira intenção do coração

Sábado - Lc 16.9Não guardar tesouros na terra, mas no

céu

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LEITURA DIÁRIA

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Lucas 18.18-2418 - E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?19 - Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.20 - Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.21 - E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.22 - E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

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Lucas 18.18-24pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.23 - Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico.24 - E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Como mordomos que somos, ensinar o uso correto do dinheiro e dos bens confiados por Deus a nós, à luz do

ensino de Jesus.

Geral

EspecíficosI. Pontuar o dinheiro, os bens e as posses na

perspectiva secular e na cristã.II. Explicar o dinheiro, os bens e as posses na

perspectiva do judaísmo do tempo de Jesus.III. Conhecer o que Jesus ensinou sobre o dinheiro, as

posses e os bens.IV. Conscientizar o aluno da importância de

entesourar tesouros no céu.

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OBJETIVOS

1. Perspectiva Secular.2. Perspectiva Cristã.

I – O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1. Ricos e Pobres.2. Generosidade e Prosperidade.

II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS

1. Jesus Alertou Sobre os Perigos da Riqueza.2. Jesus Ensinou a Confiança em Deus.

III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS

1. Avaliando a Intenção do Coração.2. Entesourando no Céu.

IV – DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRISTÃ

Uma das táticas mais eficazes do diabo é apagar o zelo do cristão com preocupações financeiras Mateus 13.22 diz: “E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”. Jesus ensinou claramente que nós temos que escolher entre dois senhores (Mateus 6:19-34). Mas, muitas pessoas se tornam escravas do dinheiro por acumular dívidas. Os servos de Deus precisam entender bem alguns princípios que a Bíblia ensina sobre o dinheiro, para não serem enganados e escravizados por mamon. Aprendemos nas Escrituras que nunca devemos pôr nossa confiança nas riquezas (1 Timóteo 6:17-19; Provérbios 11:28; Lucas 12:15-21; 1 Timóteo 6:4-11). O dinheiro não é fonte de alegria ou contentamento (Provérbios 15:16-17; Eclesiastes 5:10-11). Apesar das doutrinas de muitas igrejas hoje que dizem que a prosperidade é evidência da fidelidade, a Bíblia ensina que nem riqueza nem pobreza, por si só, nos faz melhor servos de Deus. É bom ter o suficiente, mas não o excesso (Provérbios 30:7-9).]. Convido você a pensar maduramente sobre a fé cristã. 

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INTERAÇÃO

O cristianismo bíblico e ortodoxo sempre manteve uma posição de cautela e até mesmo reserva com respeito ao uso do dinheiro e aquisição de riquezas. Na verdade, os primeiros líderes cristãos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram a desestimular a aquisição de bens materiais. Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram o arraial cristão e, vez por outra, Mamon tem deixado suas marcas em nosso meio. Observaremos, nesta lição, que os ensinos de Jesus sobre a aquisição de riquezas se distanciam do judaísmo de seus dias e, também, daquele que é praticado hoje por muitos setores do cristianismo evangélico. Longe de estimular a aquisição de bens, como fazem dezenas de igrejas, Jesus aconselhava se desvencilhar delas. Aprendamos com o Mestre o uso correto do dinheiro e como ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados.

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INTRODUÇÃO

Uma das formas mais comuns de se enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material. Tanto no mundo antigo quanto no contemporâneo, é possível observar que a realidade material pareceu sempre se sobrepor à espiritual. O material passa a dominar a vida das pessoas e isso inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental, essa forma de enxergar as coisas transformou-se em uma filosofia de vida que se recusa a enxergar outra coisa além da matéria. Por essa perspectiva, o material é superestimado enquanto o espiritual é ignorado e suplantado. Nesse contexto, quem tem posses é valorizado, e quem não as possui nada vale. O dinheiro, como valor material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de servo.

1.1 Perspectiva Secular.I – O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ

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Perspectiva Secular Comentário

Deuteronômio 8.18 “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o seu pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê.” É possível que o dinheiro nos faça esquecer coisas mais importantes? As riquezas podem -se tornar o centro da nossa vida e tomar o lugar de Deus. A Bíblia diz em Jeremias 9.23-24 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” O dinheiro pode dar-nos atitudes erradas sobre as coisas materiais. A Bíblia diz em Lucas 12:15 “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”. É interessante esse contraste entre o que a Bíblia diz e o que o mundo pensa. Para o materialismo, o que realmente importa é o ter, o sucesso financeiro é a prioridade da vida. 1 Timóteo 6.9 “Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.”

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No contexto cristão, o mesmo Deus que fez o espiritual é o mesmo que fez o material. Nos ensinos de Cristo, não há um dualismo entre matéria e espírito! Todavia, as coisas espirituais, por serem de natureza eterna, ganham primazia sobre as materiais, que são apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva cristã, portanto, as dimensões material e espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso espírito, nossa dimensão espiritual, devemos também servir com o nosso corpo (1 Co 6.19,20; 1 Ts 5.23), nossa dimensão material. Dessa forma, quem se tornou participante dos valores espirituais deve também servir com seus bens materiais (Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro, como valor material, não é visto como senhor, mas apenas como um servo.

Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento material; na cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.

Sinopse

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1.2 Perspectiva Cristã.I – O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ

O contentamento não depende da quantidade de dinheiro ou posses materiais. A Bíblia diz em Filipenses 4.12-13 “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Onde investimos o nosso dinheiro, aí estará o nosso coração. A Bíblia diz em Mateus 6.21 “Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Parece que os cristãos estão extremamente confusos se as coisas que pensamos que possuímos, o mundo natural e até nossos corpos são, em sua essência, bons ou não. E sta confusão surgiu, em boa parte, porque o pensamento cristão ocidental foi comprometido pelo conceito não-bíblico da filosofia grega: a separação entre corpo e alma e material e espiritual. Ainda que citemos ‘Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas’ (Colossenses 3:2), a verdade é que passamos a vida buscando e quase adorando coisas materiais – casas e carros bonitos, boa comida, pessoas de boa aparência, igrejas confortáveis. Os resultados são desastrosos assim para nosso mundo como para nosso relacionamento com Deus. A crença de que coisas materiais não importam nos divorcia dos constantes lembretes bíblicos de que nossas atitudes e práticas com relação a posses, pessoas, outras criaturas e a terra que habitamos estão no coração de nossa relação com Deus.

Perspectiva Cristã Comentário

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No judaísmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os sacerdotes, participantes de uma elite que controlava o sistema de sacrifícios e lucravam com ele, e os herodianos que possuíam grandes propriedades. Um outro grupo era formado por membros da aristocracia judaica que enriqueceu à custa de impostos de suas propriedades e ao seu comércio. O último grupo era formado por judeus comerciantes, que, embora não possuíssem herdades, participavam ativamente da vida econômica da nação. No extremo oposto dessa situação, estavam os pobres! Estes eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).

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2.1 Ricos e Pobres.II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS

Sempre houve, na história da humanidade, esta divisão de classes. Naqueles dias, ainda mais. Predominava entre os judeus daqueles tempos a ideia de que as riquezas eram um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus. Os fariseus, por exemplo, adotavam essa crença e escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (16.14). Essa ideia falsa é firmemente repelida por Cristo (ver 6.20; 16.13; 18.24,25). A Bíblia identifica a busca insaciável e avarenta pelas riquezas como idolatria, a qual é demoníaca (cf. 1Co 10.19,20; Cl 3.5). Por causa da influência demoníaca associada à riqueza, a ambição por ela e a sua busca frequentemente escravizam as pessoas (cf. Mt 6.24). O evangelho de Lucas, completado pelos Atos, é o único evangelho destinado a uma pessoa (ou grupo de pessoas). Os outros são destinados a uma comunidade ou a várias comunidades. Por que esse interesse particular de Lucas, que, de certo modo, cria um privilégio? É difícil imaginar que Lucas tenha escrito essa obra especialmente para um pobre. Trata-se de pessoa importante (ou de grupo de pessoas importantes) — humanamente falando. A obra de Lucas mostra que pessoas importantes humanamente falando, também podem ser importantes eclesialmente falando.

Ricos e Pobres Comentário

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Na cultura judaica nos dias de Jesus, a posse de bens materiais não era vista como um mal em si. O expositor bíblico P. H. Davids observa que os exemplos de Abraão, Salomão e Jó serviam de inspiração àqueles que almejavam a prosperidade. A ideia era que os ricos prosperavam porque sobre eles estava o favor de Deus. Dessa forma, a prosperidade passou a ser associada à piedade. Para evitar a avareza e a ganância, a tradição rabínica estimulava os ricos a serem generosos e solidários com os pobres, que era maioria na comunidade. Evidentemente que essa concepção estimulava apenas as ações exteriores, sem levar em conta as atitudes interiores (Lc 21.4).

No judaísmo do tempo de Jesus havia dois grupos sociais, os ricos e os pobres; a ideia era de que os ricos prosperavam porque tinham o favor de Deus

Sinopse

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2.2 Generosidade e Prosperidade.II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE JESUS

As riquezas são, na perspectiva de Jesus, um obstáculo, tanto à salvação como ao discipulado (Mt 19.24; 13.22). Transmitem um falso senso de segurança (12.15ss.), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração (Mt 6.21). Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus. Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (8.14), caem em tentação e sucumbem aos desejos nocivos (1Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1Tm 6.10). Geralmente os ricos exploram os pobres (Tg 2.5,6). O cristão não deve, pois, ter a ambição de ficar rico (1Tm 6.9-11). O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, resultou na sua tragédia (Gn 19.16,26; Lc 17.28-33; Hb 11.8-10). Uma das atividades que Jesus avocou na sua missão dirigida pelo Espírito Santo foi “evangelizar os pobres” (4.18; cf. Is 61.1). Noutras palavras, o evangelho de Cristo pode ser definido como um evangelho dos pobres (Mt 5.3; 11.5; Lc 7.22; Tg 2.5). Os “pobres” (gr. ptochos) são os humildes e aflitos deste mundo, os quais clamam a Deus em grande necessidade, buscando socorro. Ao mesmo tempo, são fiéis a Deus e aguardam a plena redenção do povo de Deus, do pecado, sofrimento, fome e ódio, que prevalecem aqui no mundo. Sua riqueza e sua vida não consistem em coisas deste mundo (ver Sl 22.26; 72.2, 12,13; 147.6; Is 11.4; 29.19; Lc 6.20; Jo 14.3). A libertação do sofrimento, da opressão, da injustiça e da pobreza, com certeza virá aos pobres de Deus (Lc 6.21).

Generosidade e Prosperidade Comentário

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ESBOÇO DO TÓPICO

1. Jesus Alertou Sobre os Perigos da Riqueza.

2. Jesus Ensinou a Confiança em Deus.

III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS

O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que ensinava o judaísmo e a tradição rabínica dos seus dias. Jesus, ao contrário dos rabinos, não associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de alguém nada dizia sobre a sua real condição espiritual. Para Jesus, o perigo das riquezas estava no fato de que elas poderiam, até mesmo, se transformar numa personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, advertiu: "Não podeis servir a Deus e [as riquezas]" (Lc 16.13). O vocábulo traduzido como "riqueza", nesse texto, corresponde à palavra grega de origem aramaica Mammonas, traduzida na ARC como Mamom. A riqueza pode se transformar em um ídolo, ou deus, para aqueles que a possui. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um obstáculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14).

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3.1 Jesus Alertou Sobre os Perigos da Riqueza.III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS

Para o cristão, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5). Quanto à atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, o crente tem a obrigação de ser fiel (16.11). O cristão não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras (Ef 4.28; 1Tm 6.17-19). Cada cristão deve examinar seu próprio coração e desejos: sou uma pessoa cobiçosa? Sou egoísta? Aflijo-me para ser rico? Tenho forte desejo de honrarias, prestígio, poder e posição, o que muitas vezes depende da posse de muita riqueza?

Jesus Alertou Sobre os Perigos da Riqueza Comentário

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Embora Jesus tenha mostrado que as riquezas podem, até mesmo, se tornar uma personificação do mal, Ele não as demonizou. No entanto, na perspectiva lucana, Jesus desencoraja a aquisição de riquezas (Lc 12.13; 18.22) e estimula a confiança em Deus. E havia uma razão para isso. Logo após mostrar os perigos da avareza a alguém que queria fazer dEle um juiz em uma questão relacionada a uma herança, Jesus revela a seus discípulos que a melhor forma de se proteger desse mal é confiar inteiramente na provisão divina (Lc 12.13-34). As riquezas dão a falsa sensação de segurança e de independência das coisas espirituais. Daí, sua recomendação para não se confiar nelas (Lc 12.33,34).

Jesus ensinou sobre o dinheiro e alertou sobre o seu perigo. Por isso, os discípulos deviam colocar a sua confiança em Deus.

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3.2 Jesus Ensinou a Confiança em Deus.III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS

O Salmo 49, salmo da "Loucura das Riquezas", por Harry E. Payne: A beleza intrínseca e a sabedoria dos Salmos são claramente apresentadas neste solene salmo didático.  Seu tema principal é que os ricos ímpios frequentemente vencem na vida, enquanto os pobres e devotos frequentemente sofrem.  E emite uma nítida advertência àqueles que confiam nas riquezas. Os versículos introdutórios (49:1-4) contêm um chamado premente a que todos os povos dêem atenção.  Depois de conseguir sua atenção, o escritor abre seu discurso parabólico com a pergunta: "Por que hei de eu temer" (49:5).  Ele não está escrevendo por causa da inveja daqueles que prosperam, ainda que alguns deles possam ser seus antagonistas ("quando me salteia a iniquidade dos que me perseguem"); nem tem ele tão pouca confiança em Deus que viva em constante terror daqueles que lhe perseguem. Ele não tem motivo para temer, ainda que seus inimigos os ricos e os ambiciosos temam. Por quê? Porque não há felicidade duradoura ou satisfatória para eles. A futilidade de confiar na riqueza terrestre e nas posses materiais é graficamente ressaltada nos versículos 5-12.  Riquezas terrestres não darão satisfação no dia mau.  O salmista apresenta diversas razões convincentes para isto.

Jesus Ensinou a Confiança em Deus Comentário

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Os léxicos definem a avareza como um apego demasiado e sórdido ao dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para evitar esse mal, a tradição rabínica estimulava as práticas filantrópicas e solidárias. O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas vai muito além da simples doação de bens e ações filantrópicas. Ele não se limitava a avaliar apenas as ações exteriores, mas, sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores. Dessa forma, valorizou as atitudes da mulher pecadora na casa de Simão, o leproso, e de Maria de Betânia, a irmã de Marta e de Lázaro (Lc 7.36-50). Não era, portanto, apenas se desfazer dos bens, mas a atitude e intenção com que isso era feito (Lc 11.41; 21.1-4). Não basta apenas ofertar, ou dar o dízimo, mas a atitude com que se faz essas coisas. Não era apenas doar, mas doar-se.

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4.1 Avaliando a Intenção do Coração.IV – DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRISTÃ

No sermão do (Mt 6.14, 15), Jesus durante sua ministração, deu uma grande ênfase sobre a importância da necessidade de perdoar. Entre todos os pontos destacados por Jesus na oração dominical, sem dúvida alguma, a necessidade de perdoar é o que teve mais relevância, pois este tipo de preocupação se encontrava indispensável em seu discurso. A Bíblia diz: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mt 5. 23-24). “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só” (Mt 18. 15). “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo... não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.25-27). “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai a vós” (Cl 3. 13).

Avaliando a Intenção do Coração Comentário

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Mordomo é alguém que administra os bens de outra pessoa. Os bens não lhe pertencem, mas ele pode usufruir deles enquanto os administra para seu legítimo dono. Jesus contou a parábola do administrador, ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13). O entendimento entre os intérpretes da Bíblia é que essa parábola tem um fim escatológico. Assim como os filhos deste mundo são perspicazes e astutos no que diz respeito ao uso de suas riquezas, assim também os filhos do Reino devem ser sábios na aplicação de seus bens. O ensino da parábola é que o melhor investimento é usar os recursos materiais adquiridos na propagação do Reino de Deus e, dessa forma, ganhar amigos para a vida eterna (Lc 16.9).

Jesus ensinou a respeito do uso correto do dinheiro, mostrando o cuidado que devemos ter com a avareza.

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4.2 Entesourando no Céu.IV – DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRISTÃ

O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa. Jesus deixou esse fato claro na sua parábola do credor incompassivo. Aquele servo que recebeu um perdão de dez mil talentos não perdoou seu conservo de uma pequena dívida de cem denários. Dez mil talentos é seiscentas mil vezes mais que cem denários. Aquele que havia recebido um perdão seiscentas mil vezes maior negou-se a perdoar alguém que lhe devia uma dívida seiscentas mil vezes menor. O rei, então, lhe entregou aos verdugos até que ele “pagasse” a dívida impagável. Um homem precisaria trabalhar cento e cinqüenta mil anos para adquirir dez mil talentos recebendo o salário de um denário por dia. A nossa dívida com Deus é impagável. Por isso, o perdão de Deus é ilimitado. E Jesus foi enfático em afirmar que se não perdoarmos, não seremos perdoados: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.35). O perdão é o caminho da cura das feridas. É a ponte de reconciliação das relações quebradas. O perdão é o remédio divino para os relacionamentos enfermos. O perdão é o bálsamo do céu para aqueles que andam machucados e feridos pela mágoa. Hoje é tempo de perdoar. Hoje é tempo de pedir perdão. Hoje é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena, maiúscula e abundante”.

Entesourando no Céu Comentário

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Não há valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrópica, ou investir na obra missionária, é uma coisa útil e louvável. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus, simplesmente com a atitude de querer mais posses, mais prestígio, mais autossatisfação, acaba se tornando uma coisa ruim. Leiamos com cuidado o terceiro Evangelho e descubramos o exercício da verdadeira mordomia cristã.

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CONCLUSÃO

Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Como é visto o dinheiro na cultura secular?Uma das formas mais comuns de enxergar o dinheiro, bens e posses na cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material.

Como era a situação dos pobres nos dias de Jesus?Os pobres eram "o povo da terra" (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).

Como o judaísmo via as riquezas?A posse de bens materiais não era vista como um mal em si.

Como Jesus avaliava aqueles que possuíam riquezas? Ele avaliava não apenas as ações exteriores, mas sobretudo as atitudes interiores.

O que você pensa a respeito do ter dinheiro? É algo ruim ou bom?Resposta livre. A ideia é que o aluno responda sob a perspectiva bíblica ensinada na lição

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QUESTÕES PARA REFLEXÃO

Nome: Andre Luiz de O. SilvaIdade: 33 anosCargo Eclesiástico: PastorDenominação: Assembleia de DeusEstado Civil: CasadoFilhos: 1Contatos: (21) 995346512Email: [email protected]

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Biografia