o poder de jesus sobre a natureza e os demônios - lição 08 - 2ºtrimestre/2015

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Pr. Andre Luiz

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Page 1: O poder de Jesus sobre a natureza e os demônios - Lição 08 - 2ºTrimestre/2015

Pr. Andre Luiz

Page 15: O poder de Jesus sobre a natureza e os demônios - Lição 08 - 2ºTrimestre/2015

Este relado é encontrado nos três Sinóticos. Para uma argumentaçãomais detalhada, veja Mateus 8.18, 23-27 (cf. Mc 4.35-41). Sendo o próprioCriador, Ele demonstrou seu poder sobre a natureza ao repreender atempestade que aterrorizava os discípulos que, no barco, atravessavam o marda Galiléia (Mt 8:23-26). Depois do atraso causado pela conversa com os doishomens (cf. v. 18), Jesus entrou em um barco com os seus discípulos (23). Esteera provavelmente o pequeno barco de pesca de Pedro. Quando eles estavamcruzando o lago, se levantou (24) uma tempestade (seismos, “terremoto”).Enquanto o barco era coberto pelas ondas, Jesus estava dormindo (tempoimperfeito). Ele estava tão cansado que a tempestade não o despertou (vejatambém Mc 4.35-41; Lc 8.22-25). Muito assustados, os discípulos o despertaramcom o grito: Senhor, salva-nos, que perecemos (25). Ele primeiro os repreendeupor temerem (26; de forma literal, “covardemente”) e então repreendeu osventos e o mar. O resultado foi uma grande bonança. Não é de surpreender queaqueles homens tenham se maravilhado (27). Em seus anos de pescaria no lagoeles já tinham passado por muitas tempestades graves, mas nunca por umaque tivesse sido subitamente acalmada pela ordem de uma pessoa. A reaçãodeles ainda hoje é pertinente: Que homem é este! Como um mero homem Eleseria completamente inexplicável. Comentário Bíblico Beacon – CPAD, pág 74

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Os demônios, como em outras ocasiões, reconheceram Cristo comosendo o Filho de Deus e temeram o tormento que inevitavelmente sofreriam.Atendendo um pedido, Jesus permitiu que os demônios entrassem em umamanada de porcos que estava nas proximidades - Marcos afirma que eramquase dois mil. O resultado foi que toda a manada morreu nas águas do lago(30-32). Aqueles que guardavam os porcos fugiram até à cidade para contartudo o que havia ocorrido (33). Toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus. Opovo, tomado pelo medo (Lc 8.38) rogou que Ele se retirasse do seu território(das suas “fronteiras” ou do seu “distrito”). Eles tiveram medo do poder deJesus. Algumas vezes, duas questões têm sido formuladas a respeito desseacontecimento. A primeira é: Por que Jesus permitiu que esses porcos fossemdestruídos? Houve quem sugerisse que Ele queria confirmar a fé dos doisendemoninhados curados, por esta evidência visível de que os demônios haviamrealmente deixado os seus corpos. Alguns pensam que Jesus fez isso paramostrar à multidão o poder tremendo e as tendências destrutivas que osdemônios possuem.

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Jesus, durante o Seu ministério terreno, encontrou muitos demônios. Claroque nenhum deles era mais poderoso que o próprio Cristo: "Chegada a tarde,trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu osespíritos..." (Mateus 8:16). A autoridade de Jesus sobre os demônios é uma dasprovas de que Ele era realmente o Filho de Deus (Lucas 11:20). Os demônios que Oencontraram sabiam quem Ele era, e temiam: "E eis que gritaram: Que temos nóscontigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?" (Mateus8:29). Os demônios sabem que o seu fim será um de tormento. Satanás e seusdemônios agora têm o objetivo de destruir a obra de Deus e enganar qualquerpessoa (1 Pedro 5:8, 2 Coríntios 11:14-15). Os demônios são descritos como espíritosdo mal (Mateus 10:1), espíritos imundos (Marcos 1:27), espíritos mentirosos (1 Reis22:23) e os anjos de Satanás (Apocalipse 12:9). Satanás e seus demônios enganam omundo (2 Coríntios 4:4), promulgam a falsa doutrina (1 Timóteo 4:1), atacam oscristãos (2 Coríntios 12:7, 1 Pedro 5:8) e combatem os santos anjos (Apocalipse 12 :4-9). Os demônios/anjos caídos são inimigos de Deus, mas são inimigos derrotados.Cristo tem despojado "os principados e as potestades”, e “publicamente os expôs aodesprezo, triunfando deles na cruz" (Colossenses 2:15). À medida que nossubmetemos a Deus e resistimos ao diabo, não temos nada a temer. "Filhinhos, vóssois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está emvós do que aquele que está no mundo" (1 João 4:4).

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Iguais aos anjos, os demônios também são seres espirituaiscriados com juízo moral e com alta inteligência, mas sem corpos físicos.Podemos definir os demônios da seguinte e maneira: Os demônios são anjosque pecaram contra Deus e que agora operam continuamente o mal nomundo. Quando Deus criou o mundo, ele “viu tudo o que havia feito, e tudohavia ficado muito bom” (Gn 1.3 1). Isso significa que mesmo o mundoangelical que Deus havia criado não possuía anjos maus nem demôniosàquela altura. Mas, quando chegamos a Gênesis 3 , percebemos queSatanás, na forma de uma serpente, tentou Eva para que pecasse (Gn 3.1-5).Portanto, em um determinado tempo entre os eventos de Gênesis 1.31 eGênesis 3.1 , deve ter havido uma rebelião no mundo angelical, com muitosanjos se voltando contra Deus e tornando-se maus. O Novo Testamento faladisso em dois lugares. Pedro nos diz que “Deus não poupou a anjos quepecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos afim de serem reservados para o juízo” (2Pe 2.4). Judas também diz que“quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade masabandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presoscom correntes eternas para o juízo do grande Dia” (Jd 6).

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Assim como Satanás induziu Eva a pecar contra Deus (Gn 3.1-6), ele também induziu Jesus a pecar para que falhasse na sua missãocomo Messias (Mt 4.1-11). As táticas de Satanás e seus demônios sãoas de usar as mentiras (Jo 8.44), o engano (Ap 12.9), o assassinato (Sl106.37; Jo 8.44) e qualquer outra espécie de atividade destrutiva paraprovocar nas pessoas o abandono de Deus e a destruição delaspróprias. Os demônios tentarão toda tática para cegar as pessoas parao evangelho (2Co 4.4) e mantê-las em escravidão às coisas que asimpedem de vir a Deus (Gl 4.8). Eles também usarão tentação, dúvida,culpa, temor, confusão, doença, inveja, orgulho, calúnia ou quaisqueroutros meios para impedir o testemunho e a utilidade dos cristãos.Quando Jesus enviou os doze discípulos adiante dele para pregar oReino de Deus, ”deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos osdemônios” (Lc 9.1). Após os setenta terem pregado sobre o Reino deDeus nas cidades e aldeias, eles retornaram com alegria, dizendo:”Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome” (Lc 10.17), e Jesus lhes disse: ”Eu lhes dei autoridade [...] sobre todo o poder doinimigo”(Lc 10.19).

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Quando Filipe, o evangelista, desceu para Samaria para pregar oevangelho de Cristo , ”os espíritos imundos saíam de muitos, dando gritos” (At8.7), e Paulo usou a autoridade espiritual sobre os demônios para dizer aoespírito de adivinhação que estava em uma jovem adivinhadora: “Em nome deJesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela!” (At 16.18). Paulo estava cônscio daautoridade espiritual que possuía, tanto nos encontros face a face como o deAtos 16 , como também em sua vida de oração. Ele disse: “Pois, emboravivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armascom as quais lutamos não são humanas; ao contrario, são poderosas em Deuspara destruir fortalezas” (2Co 10.3,4). Além disso, ele falou em alguma medidada luta que os cristãos têm contra “as ciladas do Diabo” em sua descrição doconflito “contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (v. Ef 6.10-18). Tiago fala a todos os seus leitores (em muitas igrejas): “Resistam aoDiabo, e ele fugirá de vocês” (Tg 4.7). Semelhantemente, Pedro diz a seusleitores em muitas igrejas na Ásia Menor: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo,o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quempossa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé” (lPe 5.8,9).

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Não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão(16). Para qualquer um que não esteja cego pelo preconceito, a resposta não só é óbviacomo também é mais poderosa quando está implícita e não abertamente verbalizada.A referência de Jesus à mulher como sendo filha de Abraão sugere que ela tem umduplo apelo à misericórdia e ajuda de todos os judeus - como um ser humano e comouma compatriota israelita. E, dizendo ele isso, todos os seus adversários ficaramenvergonhados (17). A palavra todos indica que o chefe da sinagoga tinha algunsajudantes ativos no seu ataque ao Mestre. Mas a réplica de Jesus era tão relevante etão adequada, que até mesmo estes homens egoístas ficaram envergonhados. Eles nãoexpressaram qualquer refutação - não havia nenhuma a fazer. E todo o povo sealegrava por todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele. O povo reconheceu eapreciou aquilo que os líderes religiosos negligenciavam por sua cegueira: que Deushavia trabalhado entre eles, e que havia demonstrado a sua ilimitada compaixão,assim como o seu soberano poder. Aquilo que viram fez com que associassem esteJesus ao Deus do Céu. Sem dúvida, a resposta de Jesus censurando o príncipe dasinagoga aumentou o entendimento e a admiração que sentiram pelo milagre alipresenciado por eles. Charles Simeon faz três reflexões sobre este episódio: 1) Quantacegueira e hipocrisia existem no coração humano! 2) Como é desejável abraçar cadaoportunidade de esperar em Deus! - esta mulher recebeu a cura porque participavafielmente das reuniões na sinagoga; 3) Com que conforto e esperança podemos confiaros nossos problemas a Jesus!