ebd adultos 2ºtrimestre 2016 - lição 05

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VERDADE PRTICACristo Jesus a graa divina manifestada em forma humana.

LEITURA DIRIASegunda Rm 3.24 - A graa do Senhor Jesus Cristo prov a justificaoTera Cl 1.29 - A graa nos capacita para o trabalho e o combateQuarta Ef 1.3 -A graa nos concede bnos espirituais nos lugares celestiaisQuinta Ef 2.13 - A graa nos aproximou e nos reconciliou com DeusSexta Ef 2.8 - A graa resultado da misericrdia do Todo-PoderosoSbado Jo 3.16 - A graa resultado do amor de Deus pela humanidade

OBJETIVO GERALMostrar que Cristo Jesus a graa divina manifestada em forma humana.

OBJETIVOS ESPECFICOSApresentar: Alguns dos inimigos da graa;Mostrar: A vitria da graa para com o domnio do pecado;Relacionar: Os frutos da graa.

ESBOO DA LIOI OS INIMIGOS DA GRAA1. Antinomismo. 2. Paulo no aceita e no confirma o antinomismo. 3. Legalismo.

II- A VITRIA DA GRAA1. A graa destri o domnio do pecado. 2. A graa destri o reinado da morte. 3. A graa e os efeitos do pecado.

III- OS FRUTOS DA GRAA1. A graa liberta. 2. Exigncias da graa. 3. A graa santifica.

PONTO CENTRALJesus Cristo a revelao do amor e da graa de Deus.

LEITURA BBLICA EM CLASSERomanos 6.1-121 QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graa abunde?2 De modo nenhum. Ns, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?3 Ou no sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?4 De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glria do Pai, assim andemos ns tambm em novidade de vida.

Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhana da sua morte, tambm o seremos na da sua ressurreio;Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que no sirvamos mais ao pecado.Porque aquele que est morto est justificado do pecado.Ora, se j morremos com Cristo, cremos que tambm com ele viveremos;Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, j no morre; a morte no mais tem domnio sobre ele.

Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.Assim tambm vs considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.No reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscncias.

TEXTO UREO...Porque o pecado no ter domnio sobre vs, pois no estais debaixo da lei, mas debaixo da graa..." (Rm 6.14)

Temos aqui uma declarao indicativa, uma promessa, e no um imperativo ou uma exortao. O princpio controlador da vida do crente o reinado da graa, que nos livra do reinado do pecado (5.21) e nos transforma segundo a semelhana de Cristo.A graa de Deus no pode ser confundida com uma "obrigao" de Deus em resgatar a humanidade perdida. Ningum pode exigir nada de Deus neste sentido. Deus simplesmente constrangido pelo seu amor a buscar e salvar o homem de seus pecados e males e a abeno-lo. Este o conceito bblico ...por que todos ns temos recebido de sua plenitude, e graa sobre graa... Jo 1.16.

INTRODUOO captulo cinco da Epstola aos Romanos mostra o triunfo da graa sobre o pecado. Paulo j havia falado a respeito da justificao, mas o que significava isso na prtica? Que implicaes teria na vida dos crentes? O apstolo no procurou filosofar a respeito da origem do pecado e suas consequncias. Ele buscou mostrar, de forma clara, como Deus resolveu essa questo. A graa de Deus nos justificou, abolindo o domnio do pecado e fazendo-nos viver livres em Cristo.

Temos visto at agora que h homens que, por causa da queda em Ado permanecem sob condenao e em inimizade com Deus, e homens que, pela redeno em Cristo, o ltimo Ado, esto justificados e em paz com Deus.

Para demonstrar a consistncia de sua tese, Paulo retroage no tempo e demonstra onde e como se deu a condenao de todos os homens, contrastando com a redeno em Cristo (Rm 5.12 -21). Paulo demonstrou que Ado e Cristo constituem-se 'os cabeas' de duas famlias distintas. Este trouxe vida (existncia) os filhos de Deus, e quele traz existncia na condio de mortos e em inimizade com Deus os filhos da ira, filhos da desobedincia, filhos do diabo, ou filhos de Ado (Rm 5.15-19).O Captulo 6 iniciado com um esclarecimento acerca do captulo 5.20-21, de que o aumento do pecado aumentava a graa.

Paulo, ento, diz que a idia de um cristo continuar no pecado totalmente contrria ao evangelho.

O pecado abominvel e destrutivo, e aqueles que esto mortos para o pecado e o poder governante do pecado nunca mais deveriam querer viver nele.

I OS INIMIGOS DA GRAA

1. Antinomismo. 2. Paulo no aceita e no confirma o antinomismo. 3. Legalismo.

Paulo percebeu que a sua argumentao a respeito da graa poderia gerar um mal-entendido. Por isso, tratou logo de esclarecer o seu pensamento a respeito do assunto. Usando o mtodo de diatribe, ele dialoga com um interlocutor imaginrio, procurando explicar de forma clara o seu argumento. Paulo j havia dito que onde o pecado abundou, superabundou a graa (Rm 5.20). Tal argumento seria uma afirmao ao estilo dos antinomistas, pois estes acreditavam que podemos viver sem regras ou princpios morais. 1 - Antinomismo.

Aps demonstrar que 'onde o pecado abundou, superabundou a graa', Paulo antecipa-se queles que poderiam argumentar que permaneceriam no pecado visando aumentar a graa.

...Que diremos..., ou seja, qual deve ser o entendimento do cristo? ...Permanecer no pecado... (em Ado), ...para que a graa aumente?... ...No!...Este no deve ser o entendimento do cristo. O argumento dos crticos seria esse: se Deus justifica o pecador pela graa, quanto mais pecado se tiver, maior a graa da justificao. Como o pecador visto por Deus como justo aps a justificao, o pecado deixa de ser um problema, no podendo haver mais castigo.

Ou seja, segundo os crticos de Paulo, a justificao incentivaria o pecado antes e depois da salvao.

Paulo diz que no porque a graa superabundou onde o pecado abundou que o comportamento do cristo deva ser de devassido. O pecado reinou pela morte (pena decorrente da transgresso de Ado), e a lei somente fomentou a ofensa ( Rm 5:20 ). Mas, a graa de Deus se h manifestado para que, da mesma forma que o pecado reinou por meio da natureza decada do homem (carne) e em obedincia as suas concupiscncias (conduta aqum da lei de Deus), a graa tambm reine pela justia atravs da nova natureza (espiritual) e em obedincia justia (conduta segundo a lei da liberdade).

No antinomismo no h normas. Os que erroneamente aceitavam tal pensamento acreditavam que quanto mais pecarmos mais graa receberemos. 2 - Paulo no aceita e no confirma o antinomismo.

Em outras palavras, a graa no impe limite algum. Antevendo esse entendimento equivocado, o apstolo pergunta: ...Que diremos, pois?... - ...Permaneceremos no pecado, para que a graa seja mais abundante?..." (Rm 6.1). A resposta no! A graa no deve servir de desculpa para o pecado. Infelizmente, o antinomismo tem ganhado fora em nossa sociedade, passando a ser socialmente aceito at mesmo dentro das igrejas evanglicas. Esta uma doutrina venenosa, que erroneamente faz com que a graa de Deus parea validar todo tipo de comportamento contrrio Palavra de Deus.

Em geral, tal pensamento vem "vestido" de uma roupagem espiritual, porm o antinomista costuma ser relativista quando se utiliza da expresso "no tem nada a ver".

Colocando em outras palavras, se Deus nos aceita como somos, no seria lgico pensar que isso nos daria liberdade para viver como quisermos? Essa dvida pode estar correndo na mente de algumas pessoas tambm em nossos dias. Para os leitores da carta que argumentassem que permaneceriam no pecado para que a graa aumentasse, Paulo demonstra que quem assim pensa desconhece o real significado do batismo.Tanto Paulo quanto os leitores da sua carta havia sido batizados na morte de Cristo por meio da f "...fomos batizados em Jesus...", ou seja, todos os que creem so batizado na morte de Cristo Jesus "...um morreu por todos, logo todos morreram..." ( 2Co 5.14 ).

Se todos morreram porque Cristo morreu, isto demonstra que 'de uma vez morreram para o pecado' conforme Paulo demonstra no verso 10. De uma ou de outra forma, o que est sendo esquecido que a justificao imediatamente seguida pela santificao. Esta uma operao de Deus que comea no momento da nossa salvao e continua por toda nossa vida na terra, at o momento em que formos morar com Deus. um crescimento contnuo em direo do alvo que a estatura do varo perfeito Cristo.

Em Romanos 6.15, o apstolo tem em mente o judeu legalista, quando pergunta: "Pois qu? Pecaremos porque no estamos debaixo da lei, mas debaixo da graa? De modo nenhum!" A doutrina da justificao pela f, independentemente das obras da lei, levaria o legalista a argumentar que Paulo estaria ensinando que, em virtude de no estarmos mais debaixo da lei, ento no h mais obrigao alguma com o viver santo. Nesse caso, no haveria mais nenhuma barreira de conteno contra o pecado.3 - Legalismo.

Na mente do legalista, somente a lei de Moiss era o instrumento adequado para agradar a Deus. Isso justifica as dezenas, e s vezes, centenas de preceitos que o judasmo associou com o Declogo. Os legalistas criaram como desdobramento da lei 613 preceitos. A teologia de Paulo ir ensinar que mesmo no estando mais debaixo da lei, o cristo no ficou sem parmetros espirituais. Pelo contrrio, agora que ele tem a vida de Jesus Cristo dentro de si, est capacitado a agradar a Deus, mesmo sem se submeter letra da Lei de Moiss.

Aps apresentar Ado e Cristo, o pecado e a graa no captulo anterior (Rm 5.12-21), neste captulo, a primeira referncia lei encontra-se no verso 15.

Atravs deste versculo Paulo demonstra que a ausncia da lei no determina a condio de submisso ao pecado, e sim o fato de o homem ter herdado de Ado tal condio. Antes mesmo de ser instituda a lei, j estava o pecado no mundo (Rm 5.13), o que demonstra que a abundante graa de Deus promove a justificao de vida (Rm 5.18 ), em contraste condenao herdada de Ado. Muitos entendem que neste versculo (v. 15) Paulo est perguntado aos seus leitores se pertinente aos cristos permanecerem em uma vida de devassido simplesmente por no terem o freio da lei, uma vez que agora esto na graa. Mas, no esta a colocao do apstolo.

preciso considerar a primeira pergunta: ...Pois que?.... Que introduz os elementos necessrio compreenso do leitor, quando ler a concluso: ...De modo nenhum...".

A argumentao apresentada no verso 2 complementada atravs deste verso e apresenta a mesma colocao de Joo e uma de suas cartas: ...Qualquer que permanece nele no peca (...) Qualquer que nascido de Deus no comente pecado; porque a sua semente permanece nele; e no pode pecar, porque nascido de Deus..." (1Jo 3.6-9). Sem esquecer que os argumentos deste captulo fundamenta-se no captulo 5, do verso 12 ao 21, Joo apresenta uma figura que ilustra a condio daquele que nascido de Deus, ou seja, uma planta plantada por Deus ...Ele, porm, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial no plantou, ser arrancada..." ( Mt 15:13 ).

Joo apresenta o motivo pelo qual o homem nascido de Deus no peca: porque a semente de Deus permanece nele, ou seja, o que determina o tipo de uma planta a semente. A bblia apresenta dois tipos de sementes: a corruptvel e a incorruptvel.

Est a palavra de Deus e aquela refere-se a semente corruptvel de Ado, por quem todos os homens pecaram e foram destitudos da glria de Deus por causa da semente de Ado. Sabemos que uma planta no pode produzir dois tipos de frutos, e nesta ilustrao, verifica-se que a planta plantada pelo Pai s pode produzir segundo a semente planta. um contra senso considerar que a planta que o Pai plantou possa produzir dois tipos de frutos: o bem e o mau. Uma vez que os cristos j morreram com Cristo e a ressurreio na semelhana da ressurreio de Cristo, segue-se que aqueles que morrem juntamente com Cristo, de uma vez por todas morrem para o pecado, j que tanto Cristo como os cristos passaram a viver para Deus por intermdio da ressurreio.

Desta forma os cristos esto assentados nas regies celestiais em Cristo, por causa da nova condio do homem espiritual gerado em Cristo (v. 10).

Antinomismo"Literalmente significa contra a lei. Doutrina que assevera no haver mais necessidade de se pregar nem de se observar as leis morais do Antigo Testamento. Calibrando esta assertiva, alegam os antinomistas que, salvos pela f em Cristo Jesus, j estamos livres da tutela de Moiss. Ignoram, porm, serem as ordenanas morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrustara na alma de Ado. Como podemos desprezar os Dez Mandamentos? Todo crente piedoso os observa, pois o Cristo no veio revog-los; veio cumpri-los e sublim-los.

Alm do mais, as legislaes modernas esto aliceradas justamente no Declogo."

II- A VITRIA DA GRAA

1. A graa destri o domnio do pecado. 2. A graa destri o reinado da morte. 3. A graa e os efeitos do pecado.

Para Paulo, o pecado era como um tirano impiedoso que no poupava seus sditos. Ele reinou desde que entrou no mundo e seu domnio parecia no ser ameaado. O pecado dominou os que no estavam debaixo da Lei e dominou tambm os que estavam sob sua gide. No havia escapatria. Por causa do "velho homem", uma expresso que para Paulo sinnimo de natureza cada e pecaminosa, que esse inquo tirano conseguia reinar. 1 - A graa destri o domnio do pecado.

Como se libertar, ento, desse tirano? Paulo mostra que a soluo de Deus foi aquilo que lhe servia de base de sustentao, o corpo do pecado: "Sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que no sirvamos mais ao pecado" (Rm 6.6). O "corpo do pecado" significa mais do que simplesmente o corpo fsico, mas o corpo como algo que instrumentaliza o pecado e que precisava ser destrudo. A palavra grega katargeo, traduzida em Romanos 6.6 como destrudo, possui o sentido de destronado ou tornado inoperante.

Foi, portanto, atravs da cruz de Cristo que esse tirano foi destronado e teve seu domnio desfeito. A graa de Deus triunfou sobre o pecado. Glria a Deus pelo seu dom inefvel (l Co 9.15).

Se o velho homem abrange a vida antes da converso, inclui tambm muito mais, e deveria ser interpretado luz de 5.12-21, dando a entender tudo quanto ramos em nossa unio com Ado. Devemos pensar que tudo isso foi encravado na cruz para morrer. Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que no sirvamos mais ao pecado (v. 6).

No h como um cristo dizer que permanecer no pecado com a ideia de que aumentar a graa de Deus, visto que: O velho homem (nosso) foi crucificado com Cristo; O corpo do pecado (carne) desfeito, e; No serve mais ao pecado.

Como seria possvel a algum que cr em Cristo permanecer no pecado, visto que os que creem so crucificados com Cristo e tiveram o corpo do pecado desfeito? Se o corpo do pecado foi desfeito, como viver ou andar no pecado? O crente crucificado e sepultado com Cristo para que no mais sirva ao pecado, e segundo este saber, as possveis argumentaes do verso 1 so inconsistentes.

O apstolo mostra que o reinado do pecado e seu domnio caracterizaram-se pela morte. ...Porque o salrio do pecado a morte, mas o dom gratuito de Deus a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor..." (Rm 6.23). No h lugar nesse mundo onde no se sinta as consequncias do pecado. 2 - A graa destri o reinado da morte.

A unio com Cristo em sua morte no destri o nosso corpo como tal, mas pe fim ao papel do corpo como o instrumento inescapvel do pecado, destruindo o reino do pecado no corpo.

Os corpos dos crentes so agora dedicados a Cristo e produzem fruto santo em seu servio (6.13,22; 7.4; 12.1). No somos mais escravos do pecado visto que a vida no corpo, dominada pelo desejo ardente de pecar, cedeu lugar vida no corpo, dominada pela paixo pela justia e pela santidade (v.18). O trplice contraste do salrio do pecado e da morte com o dom, Deus e a vida eterna leva o argumento de Paulo a um enfoque memorvel. No entender de Paulo, os cristos no podem mais viver no pecado porque morreram para o pecado. Foram identificados por Deus na morte de Cristo.

Morreram com Cristo e ressuscitaram para Deus.

3 - A graa e os efeitos do pecado. Os efeitos do pecado podem ser vistos por toda parte. Podemos v-los nas catstrofes naturais, nas guerras, homicdios, estupros e abortos. O pecado traz a marca da morte. Tanto a morte fsica, como a morte espiritual, o afastamento de Deus, so consequncias do pecado. Nada podia destruir esse domnio tenebroso do pecado e fazer parar seus efeitos. Todavia, Paulo mostra que a Graa de Deus invadiu o domnio do pecado e destruiu seu principal trunfo o poder sobre a morte.

A graa de Deus, presente na ressurreio do Senhor Jesus, destruiu o poder sobre a morte fsica e essa mesma graa, quando nos reconcilia com Deus, destri o poder da morte espiritual.

Aps saber ou conhecer que Cristo ressurgiu dentre os mortos e que a morte no tem domnio sobre Ele, resta que o pecado no tem domnio sobre os cristos, uma vez que ressurgiram com Cristo (v. 9) ...Portanto, se fostes ressuscitados com Cristo..." (Cl 3.1). O fato de os cristos terem sido batizados com Cristo na sua morte, e ressurgido dentre os mortos para a glria do Pai (v. 4), tirou-os da condio de sujeio a lei, para estabelec-los debaixo da graa de Deus. A premissa : o pecado no tem domnio sobre o cristo. Mas, tal premissa introduzida por um operador e conectivo argumentativo: porque - conjuno coordenativa explicativa.

Ou seja, a premissa (o pecado no ter domnio sobre vs) do verso 14 introduzida como uma explicao sobre porque o cristo deve considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus.

III - OS FRUTOS DA GRAA

1. A graa liberta. 2. Exigncias da graa. 3. A graa santifica.

1 - A graa liberta.

A graa libertadora (Rm 6.14) e produz frutos para a nossa santificao: "Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificao, e por fim a vida eterna" (Rm 6.22). Somente a graa seria capaz de desfazer o domnio do pecado. A Bblia afirma que quem comete pecado escravo do pecado (Jo 8.34). E mais, o escravo no possua domnio sobre o seu arbtrio. Essa situao mudou quando a graa, revelada na pessoa de Jesus Cristo, entrou na histria e desfez o domnio do pecado. Paulo afirmou que o "pecado no ter domnio sobre ns". Somos livres em Cristo.

Essa liberdade uma realidade na vida do crente: ...Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e no torneis a meter-vos debaixo do jugo da servido..." (Gl 5.1).

o pecado no ter domnio sobre vos (v. 14), temos aqui uma declarao indicativa, uma promessa, e no um imperativo ou uma exortao. Paulo usa a analogia humana de escravido ao apelar para a santidade, lembrando o contraste entre a antiga vida pecaminosa e a nova vida regenerada. A frase 'De nenhum modo' pede uma explicao da parte do apstolo sobre a impossibilidade de o homem pecar quando alcanado pela graa. Tal explicao advm de elementos pertinente figura do escavo, que introduzida atravs da argumentao seguinte ...No sabeis vs...?". No sabeis vs que impossvel servir a dois senhores? No sabeis vs que a rvore s produz fruto segundo a sua espcie? Ou no sabeis que um fonte no pode jorrar gua doce e salgada?... (Tg 3.12).

Todas estas figuras complementam-se e apontam para os elementos apresentados por Cristo acerca das duas portas e dos dois caminhos. Como o homem apresenta-se como servo para obedecer ao seu senhor (...a quem vos apresentardes por servos...)? Ou seja, como o homem passa a condio de servo daquele a quem ele obedece (pecado ou obedincia)? A bblia clara sobre este aspecto.

Todos os homens quando vem ao mundo atravs do nascimento natural, segundo Ado, apresentam-se ao pecado para o servir e obedecer. Ou seja, o nascimento natural a porta larga que d acesso a um caminho espaoso que conduz a perdio "Entrai pela porta estreita; porque larga a porta, e espaoso o caminho que conduz perdio, e muitos so os que entram por ela" (Mt 7.13). O nascimento segundo a semente corruptvel de Ado (natural) a maneira como o homem se apresenta como servo ao pecado. o nascimento segundo a vontade da carne, segundo a vontade do varo e do sangue que coloca o homem em sujeio e em obedincia ao pecado (Jo 1.13).

Como o homem se apresenta a Deus como servo? Atravs da obedincia a palavra da verdade (evangelho) "...obedecestes de corao a forma de doutrina a que fostes entregues" (v. 17).

A graa liberta, mas ao mesmo tempo tem suas exigncias. Isso fica claro pelo uso dos termos considerar (6.11), que no original (logizomai) significa reconhecer, tomar conscincia: "Assim tambm vs considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.11). Em Romanos 6.13 a palavra "apresentar" (gr. paristemi), significa colocar-se disposio de algum: "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justia" (Rm 6.13). 2 - Exigncias da graa.

Paulo procura conscientizar os seus leitores a considerarem (Retrica perfeita) que estavam mortos para o pecado e vivos para Deus. "Assim tambm..." remete as consideraes apresentadas anteriormente. Ou seja, da mesma maneira que 'conheciam' que Cristo morreu uma nica vez por causa do pecado e foi sepultado, os cristos deveriam considerar estarem mortos para o pecado e vivos para Deus em Cristo Jesus. Esta relao entre a morte de Cristo e a morte dos cristos, e a vida de Cristo e a nova vida dos cristos Paulo J havia estabelecido no verso 8, porm, discorre de forma a no deixar dvidas quando a morte dos cristos para o pecado, e ressurreio deles para vida, por meio de Cristo Jesus.

Considerar ter em conta, ou seja, andar conforme a nova vida alcanada "...assim andemos ns tambm em novidade de vida..." (v. 4).

Paulo no recomenda um faz de conta ao pedir que os cristos considerassem estarem mortos para o pecado e vivos para Deus. Eles deviam contar com a nova vida e descansar por estarem de posse dela (regenerao), porm, andarem de modo digno da nova condio alcanada graciosamente (comportamento).

3 - A graa santificaPaulo revela que um dos efeitos imediatos da graa a justificao e o outro a santificao: "Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificao, e por fim a vida eterna" (Rm 6.22). A palavra "santificao", que traduz o grego hagiasmos mantm o sentido de "separao". A graa nos libertou e nos separou para Deus. A santificao aparece aqui nesse texto como um fruto da graa. No ensino de Paulo a santificao ocorre em dois estgios. Primeiramente somos santificados em Cristo quando o confessamos como Salvador de nossas vidas. Na teologia bblica isso conhecido como santificao posicional.

Por outro lado, no podemos nos acomodar, mas procurar a cada dia nos santificar, isto , nos separar para Deus. Essa a graa progressiva, aquilo que existe como um processo na vida do crente.

Santificao o processo no qual os crentes crescem e chegam maturidade em Cristo (Ser Semelhantes a Cristo) e deve ser entendida como: 1. Separao do mal (2Co 6.14-18; 1Pe 3.11); 2. Separao para Deus (2Co 5.15);

necessrio saber que diferente da Salvao, a Santificao um processo que tem incio no novo nascimento e s termina com a volta gloriosa de Cristo. A Bblia chama No, J, L, Davi e outras pessoas de "justo", "'integro", "temente a Deus", "perfeito", ou "sem culpa", mas isto no significa que chegaram a ser "absolutamente sem pecado e incapazes de pecar; No se embriagou vergonhosamente (Gn 9.20-27); J confessou pecado (J 42.6); L andou pela vista, quis viver em terra idlatra, embriagou-se e caiu em incesto com as filhas; Davi adulterou, depois providenciou a morte do marido; etc. Ento, note que santificao no erradicao da natureza pecaminosa; perfeio impecvel; impecabilidade.

Santificao (gr. hagiasmos) significa tornar santo, consagrar, separar do mundo e apartar-se do pecado, a fim de termos ampla comunho com Deus e servi-Lo com alegria. Esses termos no subentendem uma perfeio absoluta, mas a retido moral de um carter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de Deus, na obedincia sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristo, pela graa que Deus lhe deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domnio do pecado (Rm 6.18); por isso, no precisa nem deve pecar, e sim obter a necessria vitria no seu Salvador, Jesus Cristo.

Mediante o Esprito Santo, temos a capacidade para no pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos condio de estarmos livres da tentao e da possibilidade do pecado.

CONCLUSOVimos nesta lio quem so os inimigos da graa, conhecemos a vitria da graa e os seus frutos. Tudo que temos e tudo que somos s foram possveis pela graa de Deus. Essa graa que trouxe salvao. "Porque a graa salvadora de Deus se h manifestado a todos os homens". Que venhamos viver segundo a recomendao de Tito renunciando impiedade e vivendo neste presente sculo de forma sbria, justa e piamente (Tt 2.11,12).

A GRAA E NO VOC: ...Ningum pode vir mim sem que o Pai que me enviou o trouxer... (Jo 6:44)

Graa significa favor divino no merecido. O termo grego no original charis, que deriva do verbo charizomai. Esta palavra significa mostrar favor para e assume a bondade do doador e a indignidade do receptor. Quando charis usada para indicar a atividade de Deus, significa favor no merecido. Para louvor da glria de sua graa, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado (Ef 1.6). Por conseguinte, qualquer ensino que oferea frmulas ou tcnicas para obter a aceitao de Deus, que no seja pela graa somente, falso.

O perdo de pecados, a redeno por meio do sangue de Cristo, a sabedoria e o entendimento e todas as bnos espirituais so concedidos somente pela graa (Veja Ef 1.1-5). Pregar o evangelho significa pregar a graa - ...e o ministrio que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graa de Deus. (At 20.24). O ministrio do evangelho no tem outra mensagem seno a graa de Deus em Cristo. Se isto no o que se prega, ento no estamos pregando o evangelho.