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__________________________________________________________________ 1 ___________________________________________________________________________ www.enfermagemadistancia.com.br PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM UTI Siga as instruções abaixo para navegar no ambiente virtual do Ead e obter êxito no curso. Após a inscrição, o usuário tem 30 dias para concluir o curso e emitir o certificado. Para fazer a avaliação digite seu e-mail e senha, na área do usuário (IDENTIFICAÇÃO), clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone AVALIAÇÃO. O usuário deverá responder a avaliação existente na última página do material do curso e transcrever as respostas para o gabarito existente no site. Uma vez confirmada às respostas, a avaliação não será mais disponibilizada. Em seguida, você pode emitir o Certificado. Para emitir o certificado, em outro momento, digite seu e-mail e senha, na área do usuário, clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone CERTIFICADO. O arquivo será visualizado no formato PDF, para que você possa salvar ou imprimir. Observação: No ato da avaliação o usuário recebe um e-mail informando o seu percentual de acerto. Para emitir o certificado, o usuário precisa obter pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação. Boa sorte! 1. Apresentação As unidades de Terapia Intensiva ocupam áreas hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes gravemente enfermos e que necessitem cuidados complexos e específicos. O cotidiano na terapia intensiva exige do profissional capacitação técnico-científica e preparo psicológico para lidar com a dor, com a perda e com o sofrimento. 2. Objetivos Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca dos procedimentos mais comuns que ocorrem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Descrever os protocolos mais utilizados na Terapia Intensiva. Descrever a Unidade de Terapia Intensiva com suas peculiaridades na assistência. Esclarecer dúvidas a cerca da assistência de enfermagem na terapia intensiva. 3. Premissas A UTI é uma unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua. Neste setor é realizado a admissão de pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e tenham possibilidade de recuperação através do suporte e tratamento intensivos. Os objetivos dos serviços de terapia intensiva são concentrar recursos humanos e materiais para o atendimento de pacientes graves que exigem assistência permanente, além da utilização de recursos tecnológicos apropriados para a observação e monitoração contínua das

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PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM UTI Siga as instruções abaixo para navegar no ambiente virtual do Ead e obter êxito no curso. Após a inscrição, o usuário tem 30 dias para concluir o curso e emitir o certificado. Para fazer a avaliação digite seu e-mail e senha, na área do usuário (IDENTIFICAÇÃO), clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone AVALIAÇÃO. O usuário deverá responder a avaliação existente na última página do material do curso e transcrever as respostas para o gabarito existente no site. Uma vez confirmada às respostas, a avaliação não será mais disponibilizada. Em seguida, você pode emitir o Certificado. Para emitir o certificado, em outro momento, digite seu e-mail e senha, na área do usuário, clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIÇÕES e, por fim, clique no ícone CERTIFICADO. O arquivo será visualizado no formato PDF, para que você possa salvar ou imprimir. Observação: No ato da avaliação o usuário recebe um e-mail informando o seu percentual de acerto. Para emitir o certificado, o usuário precisa obter pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação. Boa sorte!

1. Apresentação As unidades de Terapia Intensiva ocupam áreas hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes gravemente enfermos e que necessitem cuidados complexos e específicos. O cotidiano na terapia intensiva exige do profissional capacitação técnico-científica e preparo psicológico para lidar com a dor, com a perda e com o sofrimento.

2. Objetivos

Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca dos procedimentos mais comuns que ocorrem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Descrever os protocolos mais utilizados na Terapia Intensiva. Descrever a Unidade de Terapia Intensiva com suas peculiaridades na assistência. Esclarecer dúvidas a cerca da assistência de enfermagem na terapia intensiva.

3. Premissas A UTI é uma unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua. Neste setor é realizado a admissão de pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e tenham possibilidade de recuperação através do suporte e tratamento intensivos. Os objetivos dos serviços de terapia intensiva são concentrar recursos humanos e materiais para o atendimento de pacientes graves que exigem assistência permanente, além da utilização de recursos tecnológicos apropriados para a observação e monitoração contínua das

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condições vitais dos pacientes e para intenvenção em situação de descompensação. Ainda é funçao da UTI amenizar sofrimento tais como dor e falta de ar, independente do prognóstico. A equipe multiprofissional que atuam nestas unidades complexas são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, constituída por diversas profissões: médicos, enfermeiros, farmacêuticos,terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. A rotina da UTI gera constante expectativa de situações de emergências, devido a alta complexidade tecnológica e da concentração de pacientes graves sujeitos a mudanças súbitas no estado geral. A unidade de terapia intensiva é um setor de alta complexidade, reservado e único no ambiente do hospital, no qual é realizado monitorização completa do paciente nas 24 horas. O ambiente da UTI é bastante estressante, e o grupo que atua nesse local requer cuidados, pois o resultado do trabalho depende da equipe como um todo. Exemplos mais comuns de doenças que levam a internação em UTI são: Infanto Agudo do Miocárdio (IAM); Desconforto Respiratório (DR), Acidente Vascular cerebral (AVC) e Hipotensão Arterial Refratária.

4. Histórico das Unidades de Terapia Intensiva

O surgimento da terapia intensiva deveu-se a necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade.

O setor de terapia intensiva tem suas origens nas unidades de recuperação pós-anestésica (URPA), onde os pacientes submetidos à procedimentos anestésico-cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais (respiratória, circulatória e neurológica) sendo instituídas medidas de suporte quando necessário até o término dos efeitos residuais dos agentes anestésicos.

As UTIs a partir da década de 1930 transformaram o prognóstico, reduzindo os óbitos em até 70%. Hoje todas especialidades utilizam-se das unidades intensivas, principalmente para controle de pós-operatório de risco.

Peter Safar, o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência-emergência.

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Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida.

Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM, o qual foi presidente em 1972.

É muito importante tanto para o paciente como para família compreender a UTI como etapa fundamental para superação da doença, porém tão importante é aliviar e proporcionar conforto independente do prognóstico. A equipe está orientada no respeito a dignidade e autodeterminação de cada pessoa internada, estabelecendo e divulgando a humanização nos seus trabalhos, buscando amenizar os momentos vivenciados através do paciente e família.

A UTI é sem dúvida muito importante para o avanço terapêutico, porém impõe nova rotina ao paciente onde há separação do convívio familiar e dos amigos, que pode ser amenizada através das visitas diárias. Outro aspecto importante é a interação família-

paciente com a equipe, apoiando e participando das decisões médicas.

5. Materiais e Equipamentos da UTI

A unidade de terapia intensiva representa uma unidade de vigilância contínua dos pacientes por isso os leitos são dispostos de forma que o balção de enfermagem esteja no local central de onde pode visualizar todos os leitos.

Nem sempre é possível projetar a unidade dessa forma, pois em algumas instituições a unidade é instalada em salas adaptadas para UTI e não construída visando a terapia intensiva.

Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e rede de gases.

Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:

Termômetro Oxímetro de pulso: Equipamento que

possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. Através da

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determinação da coloração sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação do oxigênio designada

Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua.

Eletrocardiográfico, com freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax.

Monitor de pressão arterial Não-invasivo (Esfigmomanômetro) Invasivo (por punção arterial em geral a

radial) Capnógrafo Monitor Cardíaco - Efetua o controle do

débito cardíaco Swan-Ganz

O cateter de Swan-Ganz, também conhecido como cateter balão-fluxo dirigido devido à presença de um balonete inflável na ponta do cateter, onde o próprio fluxo sangüíneo o dirige até a artéria pulmonar. Tem geralmente um diâmetro de 7F (French), de 110 cm, graduação a cada 10 cm, duas vias para transmissão do sinal pressórico (distal e proximal), termissor incorporado para cálculo do débito cardíaco e uma via com válvula para inflação do balonete.

Sonda naso-enteral: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção após o estomago. Dietas especiais

designadas Dietas Enterais, são mantidas em infusão contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. As Dietas especiais dispensam as dietas convencionais, podendo o paciente utilizá-las por longo período.

Sonda vesical - Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese (volume urinário), é necessário introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos.

Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e a máscara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. Em geral são dispositivos passageiros e retirados após melhora dos quadros dispnéicos .

Cateter Central - O cateter é chamado de central em decorrência de estar

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próximo ao coração. Fino, da espessura de uma carga de caneta, é introduzido através do pescoço ou no tórax (infraclavicular – abaixo da clavícula). Permite acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar de semana a meses. É indolor.

Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traquéia sob anestesia e sedação. Permite a conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de curta duração, até horas, ou semanas. Caso não possa ser retirado e com previsão maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueostomia e inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-se.

Ventilador Mecânico - Aparelho microprocessado valvular que permite a entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e segurança do sistema respiratório.

Os equipamento modernos permitem maior interação entre paciente-ventilador com seu comando ou não. Apesar das inúmeras vantagens e em vários casos obrigatórios, estabelece interrupção da fisiologia normal respiratória, favorecendo infecções pulmonares designadas “pneumonias do ventilador”. O processo de retirada do ventilador mecânico é chamado de desmame ventilatório, que é gradual. Os doentes em UTIs muitas vezes apresentam falência do sistema respiratório e necessitam de um suporte extra de oxigênio. Este pode ser fornecido por máscaras, ou em casos mais graves, pela ventilação mecânica. O ventilador mecânico é uma máquina que garante a entrada de oxigênio nos pulmões dos doentes que apresentam insuficiência respiratória, isto é, incapacidade de manter boa

oxigenação dos tecidos. O respirador mecânico é capaz de fornecer oxigênio mesmo que o paciente não seja capaz de respirar por conta própria.

6. Procedimentos Técnicos em UTI

6.1. Monitorização (Monitor Multiparâmetro):

Todo paciente internado em uma UTI precisa estar monitorizado. O monitor serve para a equipe médica avaliar de modo contínuo e "ao vivo", os sinais vitais do doente. Através de eletrodos, aparelhos de pressão automáticos e sensores ligados ao paciente e a máquina, é possível acompanhar a freqüência cardíaca e respiratória, a pressão arterial, a saturação de oxigênio do sangue e ter um traçado básico de eletrocardiograma. Qualquer arritmia cardíaca, queda ou elevação

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abrupta da pressão arterial, ou queda nos níveis de oxigenação do paciente são logo detectados pelo monitor que imediatamente avisa a equipe médica ou de enfermagem.

6.2. Manuseio com as Bombas de Infusão

Pacientes internados em UTI frequentemente necessitam de drogas infundidas de modo contínuo. A bomba infusora permite a administração venosa de drogas em ritmo constante. É muito comum o uso de bombas infusoras em paciente com sepse e choque circulatório. Doentes em choque não conseguem manter níveis normais de pressão arterial e precisam de drogas para manter a perfusão adequada dos tecidos. As drogas mais usadas para elevar a pressão arterial são a noradrenalina e a dopamina. Como são drogas de curtíssima duração e com grandes efeitos, precisam ser administradas continuamente e de modo muito controlado. Do mesmo modo, nas crises hipertensivas também podemos administrar drogas anti-hipertensivas por via venosa, controladas pela bomba infusora. Deste nodo conseguimos uma redução mais gradual e controlada da pressão arterial. A bomba infusora também é usada nos casos em que precisamos manter os pacientes sedados, como naqueles que estão em ventilação mecânica (explico no próximo tópico). Essa sedação é conhecida popularmente como coma induzido. As drogas mais usadas para sedação são os benzodiazepínicos (ex: Midazolam), Fentanil ou Propofol.

Em doentes diabéticos com níveis de glicose descontrolados, também se usa a bomba para se controlar a infusão de insulina.

6.3. Punção de Veia Central (Procedimento Médico)

O doente em UTI recebe basicamente todas as medicações pela via venosa. Porém, nem todas as drogas podem ser administradas nas pequenas veias periféricas que temos nos braços. Dois exemplos comuns são as drogas usadas no choque circulatório, explicado acima, e a nutrição parenteral, usada nos casos dos doentes incapazes de se alimentarem. Esses tratamentos só podem ser administrados em veias centrais de grande calibre. Para isso, os médicos lançam mão da punção de uma veia profunda, com implantação de um cateter. Normalmente punciona-se a veia subclávia (foto abaixo) ou a veia jugular interna ou a veia femoral.

6.4. Manuseio com o Ventilador Mecânico e Auxílio no Procedimento de Intubação

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Para se acoplar o paciente em um ventilador mecânico é necessário primeiro que o mesmo seja submetido à intubação das vias respiratórias. A intubação orotraqueal consiste na introdução pela vias aéreas de um tubo plástico. Uma extremidade do tubo fica localizado bem ao final da traquéia, logo antes do início de ambos os pulmões, e a outra por fora da boca, onde será ligado o ventilador mecânico. Doentes que necessitam de ventilação mecânica por vários dias são normalmente submetidos a uma traqueostomia. Deste modo o tubo pode ser ligado diretamente à traquéia, não precisando mais passar pela boca. Isso reduz os riscos de complicações como lesões das cordas vocais, pneumonias e extubações involuntárias.

6.5. Cateterismo Vesical

Todo doente com sinais de instabilidade hemodinâmica é submetido ao cateterismo da bexiga. Deste modo conseguimos aferir precisamente o débito urinário do paciente. Além de ajudar na avaliação do funcionamento dos rins, que é um dos primeiros a sofrer quando há instabilidade, a quantidade de urina produzida em 24 horas nos auxilia no

planejamento do volume de soro que será infundido ao longo do dia.

6.6. Hemodiálise

A insuficiência renal aguda é uma

complicação comum nos pacientes em estado crítico internados em um CTI. A máquina de hemodiálise procura fazer o papel do rins, controlando o volume de água do corpo, os níveis de eletrólitos e filtrando as toxinas.

A hemodiálise (HD) é um dos maiores avanços da medicina. Os rins são os únicos órgãos nobres que podem ser substituídos, ainda que não perfeitamente, por uma máquina. Se você tem uma falência do coração, do cérebro, dos pulmões, do fígado, etc. e não se submeter a um transplante de órgãos, o seu destino será impreterivelmente a morte. Se seu rim entrar em falência, você passará a fazer diálise e ainda poderá viver e ser produtivo por muitos anos. O tratamento tem que ser encarado como uma oportunidade de vida em uma doença que há poucas décadas era fatal. Hoje as pessoas dialisam e levam uma vida próxima do normal, podem sair trabalhar, ir ao cinema, viajar, praticar exercícios, jantar fora etc. 90% dos pacientes em hemodiálise afirmam que o método não é tão ruim quanto imaginavam.

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Alguns inclusive nem se interessam por entrar na fila do transplante de tão bem adaptados que ficam.

Princípios da Diálise

Toda vez que dois líquidos com concentrações diferentes são separados por uma membrana permeável (ou seja, contenha poros), a tendência é que elas se equilibrem. Após algum tempo, a concentração da substância fica igual dos dois lados. Isto só ocorre se as moléculas da suposta substância forem menores que os poros da membrana. Pense na membrana como uma esponja fina. Existe a hemodiálise, que é feita pelo sangue com um filtro artificial, e a diálise peritoneal, que usa o peritônio, uma membrana que envolve os órgãos abdominais como filtro.

Mecanismo da Diálise O paciente insuficiente renal é ligado a uma máquina que puxa seu sangue através de uma bomba circuladora. Esse sangue passa por um filtro que possui uma membrana semipermeável, que retira as toxinas e as substâncias em excesso, e devolve o sangue limpo para o paciente. Existe infusão de heparina para evitar que o sangue coagule dentro do sistema.

Uma sessão de hemodiálise convencional para pacientes renais crônicos dura 4 horas. Este é o tempo necessário para a filtragem da maioria das moléculas desejadas e de uma ultrafiltração que não provoque queda da pressão arterial. Em geral são realizadas três sessões por semana. Na insuficiência renal aguda, que acontece em pessoas com rins previamente normais que são atacados por algum evento, como um sepse ou intoxicação, as sessões de diálise são mais intensas, podendo durar horas e serem diárias. Normalmente são doentes muito graves e internados em CTI. Um dos inconvenientes da HD é a necessidade de se puncionar um vaso para puxar e outro para devolver o sangue. A simples punção de uma veia comum não funciona por dois motivos: o primeiro é o baixo fluxo e pressão de sangue das veias periféricas; o segundo é porque as veias superficiais apresentam paredes mais frágeis e depois de várias punções repetidas ficariam inutilizáveis. As artérias possuem fluxo e pressão elevadas, além de uma parede mais forte. Porém, elas são profundas e de difícil punção. A solução para esse problema veio através da construção das fístulas arteriovenosas. Pacientes em diálise são submetidos a uma pequena cirurgia vascular onde se liga uma artéria a uma veia, criando um vaso periférico, com alto fluxo e mais resistente a punções repetidas.

A veia quando passa a receber o alto fluxo da artéria, começa a se

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desenvolver, crescendo e engrossando sua parede. Com o tempo a fístula adquire o aspecto mostrado na foto ao lado. Trata-se de um grande vaso bem visível, com alto fluxo e pressão de sangue e facilmente puncionável. O problema da fístula é que esta precisa de pelo menos um mês para se tornar apta à punção pelas grossas agulhas da hemodiálise. Nem todos os pacientes podem esperar por este intervalo para começar a dialisar.

Neste caso, lança-se mão do cateter de hemodiálise. Este cateter é introduzido geralmente na veia jugular interna, localizada no pescoço, que prolonga-se até a veia cava, próximo à entrada do coração. É um procedimento de 30 minutos e o paciente pode seguir imediatamente para hemodiálise.

Portanto, o cateter de hemodiálise é uma solução provisória e deve ser sempre substituído pela fístula o mais rápido possível. Quando não é possível estabelecer uma fístula a curto prazo, a preferência deve ser sempre pelo cateter tunelizado de longa duração. Atualmente os cateteres temporários de curta duração só devem ser usados em casos urgentes. Qualquer doente com previsão de permanecer em hemodiálise por mais de 15 dias deve ter seu cateter provisório substituído por um de longa duração, para reduzir o risco de infecção do cateter.

6.7. Inserção do Catéter de Swan-Ganz

O cateter de Swan-Ganz quando posicionado corretamente, obtém-se os parâmetros fisiológicos como pressão venosa central, pressão sistólica e diastólica do ventrículo direito (obtidas durante o posicionamento), pressões sistólica e diastólica da artéria pulmonar.

Quando se insufla o balonete dentro de um dos ramos da artéria pulmonar, verifica-se os valores da pressão capilar pulmonar (PCP) ou pressão da artéria pulmonar ocluída (PAPO), que servirá de dados para se identificar a pressão hidrostática capilar pulmonar e a pré-carga do ventrículo esquerdo.

Além desses parâmetros, poderá utilizar-se do cateter na coleta de sangue venoso misto para análise gas o e oximétrico e para a mensuração do débito cardíaco através do método de termodiluição.

A inserção é realizada por punção percutânea geralmente das veias subclávia, jugular interna ou externa, veia femoral ou dissecção de veia antecubital.

Passagem do cateter de Swan-ganz:

Após a fixação do introdutor, parte-se para a introdução do cateter de Swan-ganz.

Abra sobre a mesa estéril o cateter de Swan-ganz e o Kit de monitorização (intra-flow). Neste momento, o médico lhe dará a parte do kit que

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contém o intra-flow, a conexão para o monitor e a conexão do equipo para a bolsa pressurizadora. Coloca-se o equipo que vem com o kit à solução (sol. fisiológica ou com heparina) e adapte à bolsa pressurizadora, pendurando tudo a um suporte de soluções. No suporte de soluções, coloque o suporte para transdutores, adaptando aos transdutores a serem utilizados e identificando suas vias (Pressão Arterial e Pressão Venosa). Então insufle a bolsa de pressão de 150 a 300 mmHg. Através do sistema de intra-flow, puxe o sistema para irrigar todo o prolongamento do(s) equipo(s).

7. Ocorrência de edema nos pacientes internados em terapia intensiva

Uma das coisas que mais chamam a atenção dos familiares de pacientes internados em um CTI é o edema (inchaço) generalizado que os doentes apresentam. Causas dos edemas:

1- Nossos vasos sanguíneos apresentam poros microscópicos que permitem a passagem de água de dentro para fora e de fora para dentro. Toda vez que há um aumento da pressão dentro dos vasos, como por exemplo, por excesso de água, ou quando há um estado de inflamação que aumente o tamanho dos poros, ocorre transferência de água dos vasos para os tecidos.

2- A água do corpo se localiza em 3 compartimentos: dentro dos vasos, dentro das células ou no interstício (espaço que existe entre uma célula e outra).

3- O edema é o acumulo de líquido no interstício. Pode ocorrer no cérebro, nos pulmões, na cavidade abdominal etc... O mais visível e comum é o edema no

interstício do tecido cutâneo (pele). Em um indivíduo normal, 60% do peso é composto de água. Ou seja, uma pessoa de 70 kg tem 42 kg ou litros (1L de H2O = 1 kg) só de água. Desses 42 litros, 28L estão dentro das células, 11L no interstício e apenas 4L dentro dos vasos, diluindo o sangue.

O edema ocorre quando há um desbalanço nesta distribuição em favor do interstício. Doentes internados em UTI apresentam vários fatores que favorecem a formação do edema. Pacientes em choque recebem uma quantidade enorme de líquidos na tentativa de elevar a pressão arterial. Recebem mais líquidos do que podem excretar. O excesso vai todo para o interstício. Muitas vezes os pacientes apresentam insuficiência renal o que impede a eliminação do excesso da água administrada. Doentes graves apresentam um estado inflamatório sistêmico, o que favores a saída de água dos vasos para o interstício e impede a sua recaptação. Quando o edema é só na pele, não há grandes riscos. É basicamente uma conseqüência do estado grave do paciente. Conforme há melhora do quadro clínico, o organismo consegue restaurar a distribuição normal da água corporal. Em geral, quando recebem alta hospitalar, os pacientes já não estão mais inchados.

8. Procedimentos médicos mais frequentes na UTI

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Coma induzido - Na UTI há grande preocupação em fornecer conforto e ausência de dor a todos pacientes internados. Em casos mais graves, principalmente quando há necessidade da Intubação Orotraqueal, é iniciada sedação (tranqüilizante e indutor de sono) e analgesia (abolição da dor) contínua que pode levar a ausência total de consciência e sonolência profunda. Neste estágio, designado “coma induzido”, não há dor, não há frio e a percepção do paciente é interrompida. O tempo e espaço nesta situação é abolido, onde pacientes que permanecem “meses” na Unidade, recordam como “horas” .

As Infecções - São as causas mais importantes de internações em Unidades Intensivas. Em geral respiratórias ou urinárias, recebem tratamento com antibióticos de última geração e de amplo espectro de ação contra bactérias. Os riscos das infecções ocorrem quando há disseminação hematogênica (através do sangue) e ocorre generalização do processo infeccioso designada tecnicamente como sepse. Outro motivo de preocupação crescente é a infecção desenvolvida no ambiente hospitalar, sendo na grande maioria prevista e inevitável principalmente em decorrência de técnicas invasivas como a pneumonia do Ventilador Pulmonar.

Procedimentos Cirúrgicos Eventuais: Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte podem ser necessários. Nas situações emergenciais são realizados através do próprio intensivista e na rotina através da equipe cirúrgica especializada de apoio do Hospital.

Traqueostomia: Não é recomendada a manutenção por longos períodos da cânula de intubação em virtude de

lesões que podem ocorrer na traquéia e laringe.

Não há tempo específico recomendado, cabendo ao intensivista a indicação e recomendação da traqueostomia. Procedimento relativamente simples, consiste na abertura da traquéia na região inferior frontal do pescoço e introdução de cânula plástica em substituição a mantida através da boca. Pode ou não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do ventilador mecânico.

Drenagem Torácica: Em coleções líquidas importantes no pulmão ou no pneumotórax (colabamento do pulmão), pode ocorrer necessidade da colocação de dreno torácico com sistema coletor. Trata-se de procedimento provisório.

Catéter de PIC: Catéter em geral provisório introduzido na porção superior da cabeça para drenagem liquórica de alívio.

Catéter de Diálise Peritoneal: introduzido no abdome, permite a infusão de líquido intra abdominal e troca dialítica. Procedimento simples, podendo ser permanente ou não.

Exames complementares de rotina na Terapia Intensiva: Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como: Hematológicos: através da punção venoso, coleta-se pequena amostra de sangue para avaliação no laboratório central dos principais eletrólitos, enzimas e metabólitos do organismo. A função renal é medida indiretamente através da dosagem da uréia e creatinina, dando ao médico informação valiosa em relação à integridade renal.

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Gasométricos: designada de gasometria arterial é efetuada punção na artéria radial situada no punho (local do pulso). Após coleta, a amostra é analisada através do equipamento designado hemogasômetro que permite a análise dos principais gases do sistema respiratório tais como oxigênio e gás carbônico. Portanto é método para avaliação da boa função pulmonar. Radiológicos: Diariamente efetua-se nos pacientes submetidos à ventilação mecânica a radiologia torácica pulmonar para controle e diagnósticos de derrames (líquidos) e infecções como a broncopneumonia.

9. Assistência de Enfermagem na UTI

A enfermagem na UTI é umas especialidades dentro da enfermagem que trata especificamente de pacientes graves.

A atuação da enfermeira na UTI consiste em obter o histórico do paciente, realizar o exame físico, e cuidar do indivíduo nas diferentes situações críticas dentro da terapia intensiva de forma

integrada e contínua com os membros da equipe de saúde.

Para isso o enfermeiro de UTI precisa pensar criticamente analisando os problemas e traçando juntamente com sua equipe soluções para os mesmos, assegurando sempre sua prática dentro dos princípios éticos do exercício profissional.

Compete ainda ao enfermeiro avaliar, sistematizar e decidir sobre o uso apropriado de recursos humanos, físicos, materiais e de informação no cuidado ao paciente de terapia intensiva, visando o trabalho em equipe, a eficácia e custo-efetividade.

Com relação à educação permanente ou também denominada educação em serviço o enfermeiro de Terapia Intensiva, deve ter um compromisso contínuo com seu próprio desenvolvimento profissional, sendo capaz de atuar nos processos educativos dos profissionais da equipe de saúde, em situações de trabalho, proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os profissionais, responsabilizando-se ainda pelo processo de educação em saúde dos indivíduos e familiares sob seu cuidado, reconhecendo o contexto de vida e os hábitos sócio-econômico e cultural destes, contribuindo com a qualificação da prática profissional, construindo novos hábitos e desmistificando os conceitos inadequados atribuídos a UTI.

O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo (U.T. I) é complexo e intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para a qualquer momento, atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento

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específico e grande habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Desta forma, pode-se supor que o enfermeiro desempenha importante papel no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva.

O Cuidado Intensivo dispensado a pacientes críticos torna-se mais eficaz quando desenvolvido em unidades específicas, que propiciam recursos e facilidades para a sua progressiva recuperação.

Desta forma, o citado autor ressalta que o enfermeiro de U.T. I precisa estar capacitado a exercer atividades de maior complexidade, para as quais é necessária a autoconfiança respaldada no conhecimento científico para que este possa conduzir o atendimento do paciente com segurança.

Para tal, o treinamento deste profissional é imprescindível para o alcance do resultado esperado.

A tecnologia pode ser copiada; assim, o grande diferencial no mercado competitivo são as pessoas. Desta forma o preparo adequado do profissional constitui um importante instrumento para o sucesso e a qualidade do cuidado prestado na UTI.

O aspecto humano do cuidado de enfermagem, com certeza, é um dos mais difíceis de ser implementado.

A rotina diária e complexa que envolve o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) faz com que os membros da equipe de enfermagem, na maioria das vezes, esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que esta a sua frente.

Apesar do grande esforço que os enfermeiros possam estar realizando no sentido de humanizar o cuidado em UTI,

esta é uma tarefa difícil, pois demanda atitudes às vezes individuais contra todo um sistema tecnológico dominante. A própria dinâmica de uma Unidade de Terapia Intensiva não possibilita momentos de reflexão para que seu pessoal possa se orientar melhor, no entanto compete a este profissional lançar mão de estratégias que viabilizem a humanização em detrimento a visão mecânica e biologicista que impera nos centros de alta tecnologia como no caso das UTIs.

Pode-se dizer que o conhecimento necessário para um enfermeiro de UTI vai desde a administração e efeito das drogas até o funcionamento e adequação de aparelhos, atividades estas que integram as atividades rotineiras de um enfermeiro desta unidade e deve ser por ele dominado.

O enfermeiro de UTI trabalha em um ambiente onde as forças de vida e morte, humano e tecnológico encontram-se em luta constante.

Apesar de existirem vários profissionais que atuam na UTI o enfermeiro é o responsável pelo acompanhamento constante, consequentemente possui o compromisso dentre outros de manter a homeostasia do paciente e o bom funcionamento da unidade.

10. Equipe multiprofissional e interdisciplinar

Médico intensivista: designação técnica do médico especializado e dedicado exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas Unidades Intensivas e Emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexos emergenciais. A especialidade é definida como

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Medicina Intensiva, reconhecida mundialmente com certificações específicas. Cabe a este profissional evoluir e medicar diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre outros. Responde integralmente na condução e responsabilidade da Unidade como todo. Enfermeiro intensivista: Enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de enfermagem, como a higienização, controle das medicações e prescrições, tendo papel assistencial fundamental. Fisioterapeuta intensivista: a fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há diminuição do trofismo muscular, emagrecimento, retração de tendões e vícios posturais que podem provocar contrações permanentes e no dorso (nas costas) as chamadas úlceras de pressão. A assistência ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que efetua higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador mecânico. Nutrólogo e nutricionista: o nutrólogo é médico especializado no diagnóstico e prescrição nutricional. Diariamente efetua avaliações e mantém o aporte calórico, protéico, glicêmico e vitamínico equilibrado e essencial para manutenção do funcionamento e atividades vitais do organismo. O nutricionista, incorporado na equipe multiprofissional, efetua diagnósticos e evoluções dietéticas específicas, coordenando, organizando e acompanhando as prescrições nutricionais. Psicólogo intensivista: todos os aspectos emocionais, seja do paciente, da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados através da psicologia intensiva. Com presença fundamental nos períodos das visitas familiares, objetiva estabelecerem além da

humanização a aproximação e apoio terapêutico necessário. Assistente social: atua no apoio a família e paciente em situações externas ou internas que possam impor dificuldades não relacionadas ao andamento terapêutico direto, seja no âmbito familiar, do trabalho ou pessoais.

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PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM UTI AVALIAÇÃO Atenção! Ao realizar avaliação se faz necessário o preenchimento do gabarito em nossa página para que possamos avaliar seu rendimento e emitir o seu certificado. Clique no link abaixo e siga as instruções. http://www.enfermagemadistancia.com.br/conta-do-usuario.php

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por fim, clique no ícone .

1) Com relação aos procedimentos técnicos realizados na UTI, assinale a alternativa incorreta:

a) Manuseio com bomba de infusão b) Hemodiálise c) Inserção de cateter central d) Radioterapia

2) Faz parte da equipe multiprofissional

que atua na UTI, exceto:

a) Terapeuta Ocupacional b) Médico c) Psicólogo d) Enfermeiro

3) As veias utilizadas para inserção de

cateteres centrais. Marque a alternativa incorreta:

a) Jugular b) Subclávia c) Podálica d) Femural 4) Equipamentos permanentes presentes

na UTI, exceto:

a) Equipamento de Quimioterapia b) Monitor Multiparâmetro c) Bomba de Infusão d) Ventilador

5) Procedimentos médicos comuns na UTI,

exceto:

a) Inserção de cateter central b) Traqueostomia c) Punção Venosa d) Hemodiálise

6) Compete ao enfermeiro da UTI, exceto:

a) Avaliar, sistematizar e decidir sobre o

uso apropriado de recursos humanos, físicos, materiais.

b) Prestar cuidado ao paciente crítico na terapia intensiva.

c) Sistematizar o trabalho da equipe na terapia intensiva.

d) A responsabilidade quanto aos materiais estéreis da CME.

7) Qual é o cateter que introduzido no abdome, permite a infusão de líquido intraabdominal e troca dialítica. Procedimento simples, podendo ser permanente ou não.

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a) Cateter de Diálise peritoneal b) Cateter de Hemodialise c) Boton d) Cateter de gastrostomia

8) As drogas mais usadas para sedação, exceto:

a) Midazolam b) Fentanil c) Diclofenaco de Sódio d) Propofol.

9) Uma sessão de hemodiálise

convencional para pacientes renais crônicos dura em média quantas horas?

a) 18 horas b) 4 horas c) 1 hora d) 24 horas

10) Todo doente com sinais de instabilidade hemodinâmica é submetido ao:

a) Cateterismo da bexiga b) Sonda naso-gástrica c) Sonda Naso-entérica d) Traqueostomia

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REFERÊNCIAS

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PINHEIRO, C. T. S. e Cols. Rotinas em Terapia Intensiva 3 ed Porto Alegre: Artmed, 2003.

2- CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

3- CIANCIARULLO, Tamara Iwanow (Org.). Instrumentos básicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de assistência. 1ª ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

4- ELLATO, R; PEREIRA WR, MARUYAMA SAT, OLIVEIRA PC. A convergência cuidado-educação-politicidade: um desafio a ser enfrentado pelos profissionais na garantia aos direitos à saúde das pessoas portadoras de estomias. Texto Contexto Enferm, Florianópolis 2006 abr-jun; 15 (2): 334-42.

5- KNOBEL, E. e Cols. Terapia Intensiva: enfermagem. São Paulo: Atneu, 2006.

6- LIMA, E. X.; SANTOS, I. Atualização de enfermagem em nefrologia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, 2004.

7- MURTA, G. F. Saberes e Práticas: guia

para ensino e aprendizado de enfermagem. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2006.

8- NORONHA, R. Projeto de Sistematização: atendimento contínuo, regular e escalonado na 14- UPA Oeste. Belo Horizonte: UPA Oeste, 2003.

9- PORTO, Celmo Celeno. Exame Clínico:

bases para a prática médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

10- POSSO, Maria Belén Salazar. Semiologia

e Semiotécnica. SP. Atheneu, 2010.

11- POTTER, Patrícia A. Semiologia em Enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann& Afonso Ed., 2010.

12- ROCHA, A. F. S. Determinantes da Procura de Atendimento de Urgência Pelos Usuários nas Unidades de Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade de Enfermagem da UFMG, 2005. 98f.

13- SANTOS JÚNIOR, E. A. Violência no Trabalho: o retrato da situação dos médicos das Unidades de Pronto Atendimento da Prefeitura de Belo Horizonte. Dissertação. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2004. 145f.