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  • 8/18/2019 Apostila UTI

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    Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva

    Conceito: Segundo a Portaria GM/MS no.1884 de 11 de novembro de 1994, UTIs sãounidades hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes graves ou de risco, quedispõem de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, com equipamentosespecíficos próprios, recursos humanos especializados e que tenham acesso a outrastecnologias destinadas a diagnóstico e terapêutica.

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    A Unidade de Terapia Intensiva é idealizada como Unidade de Monitoração de pacientegrave através da Enfermeira Florence Nightingale.

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    ! Cria-se a Primeira UTI no Mundo - EUA em Boston em 1927 - 3 Leitos Neurocirúrgicos -Johns Hopkins Hospital

    ! Formam-se médicos anestesistas e na década de 1950 é preconizado o

    atendimento de urgência-emergência! Ainda nesta época é formulado o ABC primário onde cria a técnica de

    ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa.!  Na cidade de Baltimore estabelece a primeira UTI cirúrgica e em 1962 na

    Universidade de Pittsburgh, cria a primeira disciplina de “critical caremedicine”nos EUA.

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    MINISTÉRIO DA SAÚDEPORTARIA Nº 3432 12 DE AGOSTO DE 1998 - EM VIGOR 

    Ref.: Estabelecimentos de critérios de Classificação para as Unidades deTratamento Intensivo - UTI

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    O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, considerando: aimportância na assistência das unidades que realizam tratamento intensivo nos hospitaisdo pais, e a necessidade de estabelecer critérios de classificação entre as Unidades deTratamento Intensivo, de acordo com a incorporação de tecnologia , a especialização

    dos recursos humanos e a área física disponível, resolve:Artº. 1º Estabelecer critérios de classificação entre as diferentes Unidades deTratamento Intensivo - UTI.Art. 2º - Para as finalidades desta Portaria, as Unidades de Tratamento Intensivo serãoclassificadas em tipo I, II e III.§ 1º - As unidades atualmente cadastradas pelo SUS, a partir da vigência desta Portaria,serão classificadas como tipo I.§ 2º - As unidades que comprovarem o cumprimento das especificações do anexo destaPortaria, poderão ser credenciadas pelo gestor nos tipos II ou III, de acordo com anecessidade de assistência da localidade onde estão inseridas.

    Art. 3º - A partir da data de publicação desta portaria, serão cadastradas somenteunidades do tipo II ou III.Art. 4º - Fica revogada a Portaria GM/MS/Nº 2918, de 9 de junho de 1998, publicada no DOU nº111, de 15 de junho de 1998, e as demais disposição em contrário.Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

    JOSÉ SERRA

    ANEXO

    1. Disposições Gerais:1.1. As Unidades de Tratamento Intensivo devem atender às disposições da PortariaGM/MS nº 1884, de 11 de novembro de 1994, publicada no D.O nº 237, de 15 dedezembro de 1994.1.2. São unidades hospitalares destinadas ao atendimento de pacientes graves ou derisco que dispõem de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, comequipamentos específicos próprios, recursos humanos especializados e que tenhamacesso a outras tecnologias destinadas a diagnóstico e terapêutica.1.3. Estas unidades podem atender grupos etários específicos; a saber:

     Neonatal - atendem pacientes de 0 a 28 dias;

    Pediátrico - atendem pacientes de 28 dias a 14 ou 18 anos de acordo com as rotinashospitalares internas;Adulto - atendem pacientes maiores de 14 ou 18 anos de acordo com as rotinashospitalares internas.;Especializada - voltadas para pacientes atendidos por determinada especialidade ou

     pertencentes a grupo específico de doenças.1.4. Todo hospital de nível terciário, com capacidade instalada igual ou superior a 100leitos, deve dispor de leitos de tratamento intensivo correspondente a no mínimo 6%dos leitos totais.1.5. Todo hospital que atenda gestante de alto risco deve dispor de leitos de tratamento

    intensivo adulto e neonatal.

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    2 - Das Unidades de Tratamento Intensivo do tipo II:2.1. Deve contar com equipe básica composta por:-um responsável técnico com título de especialista em medicina intensiva ou comhabilitação em medicina intensiva pediátrica;

    -um médico diarista com título de especialista em medicina intensiva ou comhabilitação em medicina intensiva pediátrica para cada dez leitos ou fração, nos turnosda manhã e da tarde;-um médico plantonista exclusivo para até dez pacientes ou fração;-um enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, responsável pela área deenfermagem;-um enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada dez leitos ou fração, por turno detrabalho;-um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração no turno da manhã e da tarde;-um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois leitos ou fração, por turno de

    trabalho;-um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de limpeza;-acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neurocirurgião eortopedista.2.2. O hospital deve contar com-laboratório de análises clínicas disponível nas 24 horas do dia;-agência transfusional disponível nas 24 horas do dia;-hemogasômetro;-ultra-sonógrafo;-eco-doppler-cardiógrafo;

    -laboratório de microbiologia;-terapia renal substitutiva;-aparelho de raios-x-móvel;-serviço de Nutrição Parenteral e enteral;-serviço Social-serviço de Psicologia;2.3 O hospital deve contar com acesso a:-estudo hemodinâmico;-angiografia seletiva;-endoscopia digestiva;

    -fibrobroncoscopia;-eletroencefalografia.2.4. Materiais e Equipamentos necessários:-cama de Fawler, com grades laterais e rodízio, uma por paciente;-monitor de beira de leito com visoscópio, um para cada leito;-carro ressuscitador com monitor, desfibrilador, cardioversor e material para intubaçãoendotraqueal, dois para cada dez leitos ou fração;-ventilador pulmonar com misturador tipo blender, um para cada dois leitos, devendoum terço dos mesmos ser do tipo microprocessado;-oxímetro de pulso, uma para cada dois leitos;

    -bomba de infusão, duas bombas por leito;-conjunto de nebulização, em máscara, um para cada leito;

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    -conjunto padronizado de beira de leito, contendo: termômetro (eletrônico, portátil, nocaso de UTI neonatal), esfigmomanômetro, estetoscópio, ambu com máscara(ressuscitador manual), um para cada leito;-bandejas para procedimentos de: diálise peritonal, drenagem torácica, toracotomia,

     punção pericárdica, curativos, flebotomia, acesso venoso profundo, punção lombar,sondagem vesical e traqueostomia;-monitor de pressão invasiva;-marcapasso cardíaco externo, eletrodos e gerador na unidade;-eletrocardiógrafo portátil, dois de uso exclusivo da unidade;-maca para transporte com cilindro de oxigênio, régua tripla com saída para ventilador

     pulmonar e ventilador pulmonar para transporte;-máscaras com venturi que permita diferentes concentrações de gases;-aspirador portátil;-negatoscópio;

    -oftalmoscópio;-otoscópio;-Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com válvulas reguladoras de pressão e

     pontos de vácuo para cada leito;-cilindro de oxigênio e ar comprimido, disponíveis no hospital;-conjunto CPAP nasal mais umidificador aquecido, um para cada quatro leitos, no casode UTI neonatal, um para cada dois leitos;-capacete para oxigênioterapia para UTI pediátrica e neonatal;-fototerapia, um para cada três leitos de UTI neonatal;-Incubadora com parede dupla, uma por paciente de UTI neonatal;

    -balança eletrônica, uma para cada dez leitos na UTI neonatal2.5. Humanização:-climatização;-iluminação natural;-divisórias entre os leitos-relógios visíveis para todos os leitos;-garantia de visitas diárias dos familiares, à beira do leito;-garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por meio de

     boletins.3. As Unidades de Tratamento Intensivo do tipo III, devem , além dos requisitos

    exigidos paras as UTI tipo II, contar com:3.1. Espaço mínimo individual por leito de 9m2, sendo para UTI Neonatal o espaço de6m2 por leito;3.2. Avaliação através do APACHE II se for UTI adulto, o PRISM II se UTI Pediátrica eo PSI modificado se UTI neonatal.3.3. Além de equipe básica exigida pela a UTI tipo II, devem contar com:-um médico plantonista para cada dez pacientes, sendo que pelo menos metade daequipe deve ter título de especialista em medicina intensiva reconhecido pelaAssociação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB);-enfermeiro exclusivo da unidade para cada cinco leitos por turno de trabalho;

    -fisioterapeuta exclusivo da UTI;-acesso a serviço de reabilitação

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    3.4. Além dos requisitos exigidos para as UTI tipo II, o hospital deve possuir condiçãode realizar os exames de:-tomografia axial computadorizada;-anatomia patológica;

    -estudo hemoginâmico;-angiografia seletiva;-fibrobroncoscopia;-ultra-sonografia portátil.3.5. Além dos materiais e equipamentos necessários para as UTI tipo II, o hospital devecontar com:-Metade dos ventiladores do tipo microprocessado, ou um terço, no acaso de UTIneonatal;-monitor de pressão invasiva, um para cada cinco leitos;-equipamento para ventilação pulmonar não invasiva;

    -capnógrafo;-equipamento para fototerapia para UTI Neonatal, um para cada dois leitos;-marcapasso transcutâneo.

    REGULAMENTO TÉCNICO PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADES DE TERAPIAINTENSIVA – AMIB

     1. OBJETIVO1.1 Estabelecer padrões mínimos exigidos para o funcionamento das Unidades deTerapia Intensiva, objetivando a redução de riscos aos pacientes, aos profissionais eao meio ambiente.

    2. ABRANGÊNCIA2.1 Este regulamento é aplicável a todas as Unidades de Terapia Intensiva do país,públicas e privadas, civis ou militares.

    3. DEFINIÇÕES3.1 Para os efeitos deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes definições:

    3.1.1 Alvará de Licenciamento: Documento expedido pelo órgão sanitáriocompetente Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, que libera o funcionamentodos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de Vigilância Sanitária.

    3.1.2 Centro de Terapia Intensiva (CTI): o agrupamento, numa mesma área física,de mais de uma Unidade de Terapia Intensiva.

    3.1.3 Enfermeiro assistencial: enfermeiro legalmente habilitado, que prestaassistência direta ao paciente e acolhimento do familiar participante.

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    3.1.4 Enfermeiro coordenador: enfermeiro legalmente habilitado, responsável pelacoordenação da equipe de enfermagem.

    3.1.5 Eventos Adversos Graves (EAG): ocorrência clínica desfavorável que resulte

    em morte, risco de morte, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalizaçãopreexistente, incapacidade significante, persistente ou permanente.

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    3.1.6 Familiar Participante: representante da rede social do usuário que garante aintegração com a equipe profissional dos serviços de saúde.

    3.1.7 Humanização da atenção à saúde: valorização da dimensão subjetiva esocial, em todas as práticas de atenção e de gestão da saúde, fortalecendo ocompromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões degênero, etnia, raça, religião, cultura, orientação sexual e às populaçõesespecíficas.

    3.1.8 Índice de Gravidade: valor que reflete o grau de disfunção orgânica de umpaciente.

    3.1.9 Médico diarista: profissional médico, legalmente habilitado, especialista emmedicina intensiva, responsável pelo acompanhamento diário dos pacientes e pelagarantia de continuidade do plano de tratamento de cada paciente;

    3.1.10 Médico plantonista: profissional médico, legalmente habilitado, que prestaassistência sob regime de plantões.

    3.1.11 Médico intensivista: profissional médico, legalmente habilitado, especialistaem medicina intensiva, capacitado para o tratamento de doenças agudas oucrônicas que levem a grave disfunção dos principais órgãos ou sistemas do corpohumano.

    3.1.12 Médico Coordenador (MC): profissional médico, legalmente habilitado,especialista em medicina intensiva, responsável pelo gerenciamento técnico-administrativo da unidade.

    3.1.13 Paciente Grave: paciente com comprometimento de um ou mais dosprincipais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto-regulação, necessitando deassistência contínua.

    3.1.14 Processamento de artigos e superfícies:

    3.1.15 Sistema de Classificação de Severidade de Doença: sistema que permiteauxiliar na identificação de pacientes graves por meio de indicadores e índices degravidade calculados a partir de dados colhidos dos pacientes.

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    3.1.16 Teste Laboratorial Remoto (TRL): Teste realizado por meio de umequipamento laboratorial situado fisicamente fora da área de um laboratório clínico.Também chamado Teste Laboratorial Portátil - TLP, do inglês Point-of-care testing -POCT.

    3.1.17 Unidade de Terapia Intensiva (UTI): unidade destinada à internação depacientes graves, que requerem atenção profissional especializada contínua,materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização eterapia.

    3.1.18 Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI-A): destinada à assistência apacientes com idade acima de 14 ou acima de 18 anos, sendo este critério definidode acordo com as rotinas hospitalares internas.

    3.1.19 Unidade de Terapia Intensiva Especializada: aquela destinada à assistênciaa pacientes selecionados por tipo de doença, como as UTI Coronarianas, UTINeurológica, entre outras.

    3.1.20 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-N): destinada à assistência apacientes com idade de 0 a 28 dias.

    3.1.21 Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-P): destinada à assistência apacientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este limite definido deacordo com as rotinas hospitalares internas

    3.1.21 Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTI-Pm): destinada àassistência a pacientes recém-nascidos (0-28 dias) e pediátricos (29 dias a 14 ou 18anos, limite este definido de acordo com as rotinas hospitalares internas).

    4. CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS

    4.1 O serviço de saúde em que a UTI está inserida deve possuir alvará delicenciamento atualizado, expedido pela vigilância sanitária local.4.1.1 A Unidade de Terapia Intensiva que tenha CNPJ próprio deve requerer junto àvigilância sanitária o alvará de licenciamento próprio (ver Medicina Nuclear)

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    4.2. O estabelecimento de saúde em que a UTI está inserida deve estar inscrito noCadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e manter atualizada aquantidade de leitos de UTI existentes 4.3 É obrigatória aexistência de Unidade de Terapia Intensiva em todo hospital terciário, e nossecundários que apresentem capacidade igual ou superior a 100 leitos, bem como nos

    especializados. (MS) 4.3.1 É obrigatóriaa existência de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal nos hospitais que realizemmais de 4000 partos por ano (1 leito para cada 80 recém-nascidos/ano com peso denascimento abaixo de 2500g). 4.4 O número de leitos daUnidade de Terapia Intensiva em cada hospital deve corresponder a um mínimo de 6%do total de seus leitos, não podendo ser inferior a 05 (cinco) leitos por unidade. (MS)4.5 O Hospital Materno-Infantil que realiza pré-natal e parto de gestantes de alto riscodeve ter Unidades de Tratamento Intensivo Adulto e Neonatal (MS) e RDC 36/2008 4.6O serviço de saúde, público ou privado, deve prever e prover os recursos humanos emateriais necessários à operacionalização das Unidades de Terapia Intensiva. 4.7 A Unidade de Terapia Intensiva deve ter profissionais qualificados, com treinamentoespecífico, atendendo aos requisitos mínimos deste Regulamento Técnico.4.8 Todos os profissionais da UTI devem ser vacinados em conformidade com alegislação vigente ou contra doenças epidemiologicamente importantes.4.8 A equipe da UTI deve implantar e implementar ações de farmacovigilância,tecnovigilância, hemovigilância e vigilância do controle de infecção e eventos 5

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    adversos, conforme definidas pelo Programa de Controle de Infecção e Eventos Adversos (PCIPEA). (ver com Gipea) 4.9 A equipe da UTI deve notificar os casossuspeitos, surtos e eventos adversos à coordenação do PCIPEA no prazo de até 24(vinte e quatro) horas, colaborando na investigação epidemiológica e na adoção demedidas de controle. ver com Gipea 4.10 A equipe da UTI deve orientar os familiares

    e acompanhantes dos pacientes, quando houver, em ações de controle de infecção eeventos adversos.

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    5. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA 5.1 A UTIdeve obedecer aos requisitos de Unidades de Terapia Intensiva determinados na RDC/ Anvisa n. 50, de 21 de fevereiro de 2002, RDC/Anvisa n. 307, de 14 de novembro de2002 e RDC/Anvisa nº. 189, de 18 de julho de 2003, e prover meios de garantir aprivacidade dos pacientes. 5.1.1 Ficam alterados

    os seguintes itens da RDC 50 e RDC 307, acima mencionadas (3 -DIMENSIONAMENTO, QUANTIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES PREDIAIS DOS AMBIENTES): 5.1.1.1 A Sala de Entrevistas passa a ser considerada como “Ambientede Apoio”; 5.1.1.2 Os seguintes “Ambientes de Apoio” podem ser situados fora doambiente da UTI, desde que sejam de fácil acesso: Sala de entrevistas, Copa,Sanitários com vestiários para funcionários (masculino e feminino), Depósito dematerial de limpeza e Rouparia5.2 Os lavatórios para higienização das mãos podem ter formatos e dimensõesvariadas, porém a profundidade deve ser suficiente para que se lavem as mãos semencostá-las nas paredes laterais ou bordas da peça e tampouco na torneira.6. RECURSOS HUMANOS

    6.1 A Unidade de Terapia Intensiva deve dispor, da seguinte equipe:

    6.1.1 Um Médico Coordenador (MC), legalmente habilitado, com título deespecialista em medicina intensiva, específico para a modalidade de assistênciada UTI sob sua responsabilidade (adulto, neonatal ou pediátrica);

    6.1.1.1 O MC pode assumir a responsabilidade por, no máximo, 02 (duas) UTI;

    6.1.1.2 Em caso de UTI Neonatal, o MC poderá ter título de especialista emNeonatologia ou em Medicina Intensiva Pediátrica;

    6.1.1.3 A UTI deve contar com um MC substituto para responder em caso deimpedimento do RT, atendendo aos mesmos requisitos de formação profissionaldeste;

    6.1.2 Um médico diarista para no máximo 10 (dez) leitos ou fração (ver), com títulode especialista em medicina intensiva específico para a modalidade de assistênciada UTI na qual está lotado;

    6.1.2.1 Nas unidades que dispõe de um número máximo de 10 (dez) leitos, o

    Médico Coordenador pode exercer cumulativamente a função de médico diarista;

    6.1.2.2 Em caso de UTI Neonatal, o diarista pode ter título de especialista emNeonatologia ou em Medicina Intensiva Pediátrica.

    6.1.3 Um médico plantonista, exclusivo da unidade, para no máximo 10 (dez) leitosou fração, por turno;

    6.1.3.1 O médico plantonista que presta assistência ao paciente neonatal epediátrico deve ter formação em pediatria;

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    6.1.4 Um enfermeiro coordenador, responsável pela coordenação da equipe deenfermagem, exclusivo da unidade na qual está lotado, capacitado paraatendimento em terapia intensiva e com experiência de, no mínimo, 03 (três) anosde trabalho no tipo de UTI que estará coordenando’

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    6.1.4.1 O enfermeiro coordenador deverá contar com um substituto para responderem caso de impedimento, atendendo aos mesmos requisitos de formaçãoprofissional do enfermeiro coordenador.

    6.1.5 Um enfermeiro assistencial, exclusivo da unidade, para no máximo 05 (cinco)leitos ou fração, por turno;

    6.1.6 Um fisioterapeuta, exclusivo da unidade, para no máximo 10 (dez) leitos oufração, por turno;

    6.1.7 Um técnico de enfermagem exclusivo da unidade, para no máximo 02 (dois)leitos, por turno;

    6.1.8 Um auxiliar administrativo exclusivo da unidade;

    6.1.9 Um funcionário responsável pelo serviço de limpeza, exclusivo da unidade,por turno;

    7. COMPETENCIAS/RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES 7.1 O médicocoordenador e o enfermeiro coordenador têm a responsabilidade de planejar,implementar e garantir a qualidade dos processos. 7.2 O médico coordenador devegarantir a implantação de um programa de educação permanente para toda a equipe,devidamente registrado, contemplando: 7.2.1 elaboração e revisão de normas erotinas técnicas; 7.2.2 incorporação de novas tecnologias; 7.2.3 capacitação de novos

    profissionais; 7.2.4 atualização de conhecimento de todos os profissionais. 7.3 Aequipe da UTI deve: 7.3.1 possuir estrutura organizacional documentada; 7.3.2preservar a identidade e a privacidade do paciente, assegurando um ambiente derespeito e dignidade;

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    7.3.3 promover ambiência acolhedora; 7.3.4 incentivar e promover a participação dafamília na atenção ao paciente; 7.3.4.1 garantir o direito a acompanhante parapacientes pediátricos e adolescentes; 7.3.5 fornecer orientações aos familiares e aospacientes, quando couber, em linguagem clara, sobre o estado de saúde do paciente ea assistência a ser prestada desde a admissão até a alta;

    7.3.6 promover ações de humanização da atenção à saúde;

    7.3.7 dispor de manual de normas e rotinas técnicas implantadas.

    7.4 O manual de normas e rotinas técnicas deve ser elaborado em conjunto com ossetores envolvidos na assistência ao paciente grave, considerando o PCIPEA,

    7.4.1 O manual deve ser assinado pelo MC e pelo enfermeiro coordenador; atualizadoanualmente ou sempre que houver a incorporação de novas tecnologias ouprocedimentos e estar disponível para todos os profissionais da unidade.

    7.5 O manual de normas e rotinas técnicas deve contemplar, no mínimo, os seguintesprocedimentos:

    7.5.1 médicos;

    7.5.2 de enfermagem;

    7.5.3 de fisioterapia;

    7.5.4 de biossegurança;

    7.5.5 de processamento de artigos e superfícies;

    7.5.6 de controle de operação e manutenção de equipamentos;

    7.5.7 de transporte do paciente grave.

    7.6 A UTI deve contar com a presença, em tempo integral, do médico plantonista, doenfermeiro assistencial, do fisioterapeuta e dos técnicos de enfermagem do turno.

    8 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

    8.1 A UTI deve manter disponível na unidade, para uso exclusivo, de acordo com afaixa etária e peso do paciente os seguintes itens:

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    8.1.1 cama com ajuste de posição, grades laterais e rodízios ou berços com ajustede posição, grades laterais e rodízios (para serviços pediátricos) ou incubadoracom parede dupla ou berço de terapia intensiva (para serviços neonatais): 01(um)por leito;

    8.1.2 equipamento para monitoração contínua de eletrocardiograma (monitorcardíaco): 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) equipamento paracada 10 (dez) leitos;

    8.1.3 equipamento para monitoração de pressão arterial não invasiva (monitor): 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 10(dez) leitos;

    8.1.4 equipamento de oximetria de pulso: 01(um) por leito, com reservaoperacional de 01 (um) equipamento para cada 10 (dez) leitos;

    8.1.5 equipamento para monitoração de pressão invasiva: 01 (um) para cada 05(cinco) leitos, com reserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 10 (dez)leitos;

    8.1.6 ventilador pulmonar mecânico microprocessado: 01(um) por leito, comreserva operacional de 01 (um) equipamento para cada 05 (cinco) leitos, sendoque cada equipamento deve dispor de, no mínimo, 02 (dois) circuitos;

    8.1.7 equipamento para ventilação mecânica não invasiva: 01(um) para cada 05(cinco) leitos quando o ventilador pulmonar mecânico microprocessado nãopossuir recursos para realizar a modalidade de ventilação não invasiva;

    8.1.8 equipamentos de interface facial para ventilação pulmonar não invasiva,

    adaptáveis às idades dos pacientes, 02 (duas) para cada 05 (cinco) leitos para aUTI adulto ou pediátrica e 02 (duas) para cada 02 (dois) leitos para a UTI neonatalou mista;

    8.1.9 ressuscitador manual do tipo balão auto-inflável com reservatório e máscarafacial: 01(um) por leito, com reserva operacional de 01 (um) para cada 05 (cinco)leitos;

    8.1.10 conjunto de nebulização em máscara: 01(um) por leito;

    8.1.11 máscara facial que permita diferentes concentrações: 01 (um) para cada 02(dois) leitos, exceto para os serviços neonatais;

    8.1.12 equipamento para infusão contínua e controlada de drogas (bomba deinfusão): 03 (três) por leito, com reserva operacional de 05 (cinco) equipamentospara cada 10 (dez) leitos, sendo que, em caso de nutrição enteral, deve serreservada uma bomba de infusão específica para esta finalidade;

    8.1.13 termômetro: 01(um) por leito;

    8.1.14 estetoscópio: 01(um) por leito;

    8.1.15 capnógrafo: 01 (um) por unidade;

    8.1.16 material de emergência para reanimação, composto por carro ou maleta de

    emergência, contendo medicamentos, ressuscitador manual com reservatório,máscaras,

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    laringoscópio completo, tubos endotraqueais, conectores, máscaras laríngeas,cânulas de Guedel e fio guia estéril: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração;

    8.1.17 aparelho desfibrilador e cardioversor, 01 (um) para cada 10 (dez) leitos para

    a UTI-Adulto e 01 (um) para a UTI-Pediátrica ou mista e 01 (um) para a UTI-Neonatal;

    8.1.18 marcapasso cardíaco temporário, eletrodos e gerador: 01 (um) para a UTIadulto e 01 (um) para a UTI pediátrica ou mista;

    8.1.19 aspirador a vácuo portátil: 01 (um) por unidade;

    8.1.20 eletrocardiógrafo portátil: 01 (um) para cada 20 leitos, exceto UTI-Pediátrica, Mista ou Neonatal, que deverão ter acesso a este equipamento nopróprio hospital 24 horas por dia;

    8.1.21 negatoscópio: 01 (um) por unidade, exceto quando a UTI utilizar radiologiadigital;

    8.1.22 oftalmoscópio: 01 (um) por unidade;

    8.1.23 otoscópio: 01 (um) por unidade;

    8.1.24 equipamento para aferição de glicemia capilar: 01 (um) por unidade;

    8.1.25 fitas para aferição de, glicemia capilar, glicosúria e densidade urinária;

    8.1.26 material de intubação traqueal, um conjunto de laringoscópio com lâminas ecânulas endotraqueais de tamanhos variados: 01 (um) para cada 05 (cinco) leitos;

    8.1.27 material para diálise peritoneal em sistema fechado;

    8.1.28 material para drenagem torácica em sistema fechado;

    8.1.29 material para punção pericárdica;

    8.1.30 material para curativos;

    8.1.31 material para flebotomia;

    8.1.32 material para acesso venoso profundo;

    8.1.33 material para punção lombar;

    8.1.34 material para drenagem liquórica em sistema fechado;

    8.1.35 material para cateterismo vesical de demora em sistema fechado;

    8.1.36 material para traqueostomia;

    8.1.37 foco cirúrgico portátil;

    8.1.38 relógio visível para todos os leitos;

    8.1.39 geladeira, exclusiva para guarda de medicamentos, com monitorização econtrole da temperatura, 01 (uma) por unidade;

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    8.1.40 balança portátil: 01 (uma) por unidade;

    8.2 As Unidades de Terapia Intensiva pediátrica e neonatal, além do mencionado no

    item 8.1, devem dispor de:

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    8.2.1 aparelho de fototerapia: 01 (um) para cada 02 (dois) leitos neonatais;

    8.2.2 poltrona removível destinada ao acompanhante: 01 (uma) para cada leitopediátrico;

    8.2.3 estadiômetro (régua para aferição de estatura): 01 (um) para a unidade;

    8.2.4 fita métrica: 01 (uma) por leito neonatal;

    8.2.5 balança: 01 (uma) para a unidade;

    8.2.6 material para cateterismo umbilical e exsanguíneo transfusão.

    8.2.7 capacetes ou tendas para oxigenoterapia.

    8.3 A UTI deve possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a complexidadedo serviço e necessários ao atendimento de sua demanda.

    8.4 Os equipamentos e materiais utilizados, nacionais e importados, devem estarregularizados junto à Anvisa, de acordo com a legislação vigente.

    8.5 Novos equipamentos ou materiais podem substituir os listados neste regulamentotécnico, desde que tenham comprovada sua eficácia propedêutica e terapêutica esejam regularizados pela Anvisa.

    8.6 Quando houver a terceirização de fornecimento de equipamentos médico-hospitalares, deve ser estabelecido contrato formal entre o hospital e a empresacontratante, com a garantia de entrega dos equipamentos na UTI em, no máximo, 30(trinta) minutos após solicitação à empresa terceirizada.

    8.7 A equipe da UTI deve:

    8.7.1 manter instruções escritas referentes a equipamentos e materiais, que podemser substituídas ou complementadas por manuais do fabricante em língua portuguesa;

    8.7.2 assegurar o estado de integridade do equipamento;

    8.7.3 monitorar o registro da realização das manutenções preventivas e corretivas.

    8.7.4 manter os equipamentos de reserva em condições de uso.

    9 ACESSO A RECURSOS ASSISTENCIAIS

    9.1 O hospital em que a UTI está inserida deve garantir que o paciente recebaassistência, por meios próprios ou terceirizados, na própria unidade, aos seguintesserviços:

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    9.1.1 assistência clínica vascular;

    9.1.2 assistência clínica cardiovascular, com especialidade pediátrica;

    9.1.3 assistência clínica neurológica e neurocirúrgica;9.1.4 assistência clínica ortopédica;

    9.1.5 assistência clínica urológica;

    9.1.6 assistência clínica gastroenterológica;

    9.1.7 assistência clínica nefrológica, incluindo hemodiálise;

    9.1.8 assistência clínica hematológica;

    9.1.9 assistência oftalmológica;

    9.1.10 assistência de otorrinolaringologia;

    9.1.11 assistência nutricional;

    9.1.12 assistência farmacêutica;

    9.1.13 assistência fonoaudiológica;

    9.1.14 assistência psicológica;

    9.1.15 assistência em terapia ocupacional;

    9.1.16 assistência social;

    9.1.17 assistência hemoterápica (24 horas);

    9.1.18 terapia nutricional (enteral e parenteral);

    9.1.19 serviço de laboratório clínico, incluindo microbiologia e hemogasometria (24horas);

    9.1.20 serviço de anatomia patológica;

    9.1.21 serviço de radiografia móvel;9.1.22 serviço de ultrassonografia portátil.

    9.1.23 serviço de endoscopia digestiva alta e baixa.

    9.1.24 serviço de fibrobroncoscopia.

    9.2 O hospital em que a UTI está inserida deve dispor, na própria estrutura hospitalar,por meio próprio ou terceirizado, dos seguintes serviços diagnósticos e terapêuticos:

    9.2.1 serviço radiológico convencional;

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    9.2.2 serviço de ecodopplercardiografia, com especialidade pediátrica para ospacientes pediátricos e neonatais;

    9.2.3 serviço de eletroencefalografia;

    9.2.4 assistência cirúrgica geral.

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    9.3 O hospital em que a UTI está inserida deve garantir o acesso aos seguintesserviços diagnósticos e terapêuticos, na sua estrutura ou em outro estabelecimento,por meio de acesso formalizado:

    9.3.1 assistência cirúrgica cardiovascular, com especialidade pediátrica;9.3.2 assistência cirúrgica vascular

    9.3.3 assistência cirúrgica neurológica;

    9.3.4 assistência cirúrgica ortopédica;

    9.3.5 assistência cirúrgica urológica;

    9.3.6 assistência cirúrgica buco-maxilo-facial;

    9.3.7 assistência radiológica intervencionista;

    9.3.8 serviço de tomografia computadorizada.

    9.4 Toda UTI que utilizar em suas dependências equipamentos destinados arealização de testes laboratoriais remotos (TLR), devem fazê-lo em conformidade coma RDC/Anvisa n. 302, de 13 de outubro de 2005.

    10 PROCESSOS ASSISTENCIAIS

    10.1 Todo paciente internado em UTI deve receber assistência integral einterdisciplinar.

    10.2 Todo paciente internado em UTI deve ser avaliado quanto ao seu estado clínicoem todos os turnos e nas intercorrências clínicas pelas equipes médica, deenfermagem e de fisioterapia, com registro legível, assinado e datado em prontuário.

    10.3 As assistências nutricional, farmacêutica, psicológica, fonoaudiológica, deassistência social e de terapia ocupacional devem estar integradas às demaisatividades assistenciais prestadas ao paciente.

    10.4 A avaliação de outros profissionais envolvidos na assistência ao paciente quandorealizada, deve ser registrada, assinada e datada em prontuário, de forma legível.

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    10.5 Todo paciente internado em UTI tem que ser avaliado por meio do Sistema deClassificação de Severidade de Doença para a previsão da mortalidade.

    10.5.1 O SAPS III (Simplified Acute Physiology Score) é o índice prognósticoescolhido para determinação da estimativa de mortalidade em UTI adulto, oPRISM II (Pediatric Risk of Mortality) ou o PIM (Pediatric Index of Mortality) em UTIpediátrica e o CRIB II (Clinical Risk Index for Babies) em UTI neonatal. .

    10.5.2 O Médico Coordenador da UTI deve correlacionar a mortalidade geral desua unidade com a mortalidade geral esperada de acordo com o escore utilizado. .

    10.5.3 Os registros destes dados devem estar disponíveis em local de fácil acesso,inclusive para auditoria externa.

    10.6 A equipe da UTI deve proceder ao uso racional de antimicrobianos,estabelecendo protocolos de forma interdisciplinar com as equipes de Controle deInfecção e de Farmácia Hospitalar. 10.7 A equipe da UTI deve monitorar e manterregistros dos eventos sentinela que possam indicar a má qualidade da assistência, taiscomo extubação acidental, perda de cateter venoso e úlceras de pressão eestabelecer medidas de controle ou redução dos mesmos. 10.8 A atenção ao pacientegrave internado em qualquer unidade do hospital é de responsabilidade da referidaunidade, podendo haver suporte técnico da equipe da UTI.

    11 TRANSPORTE DOS PACIENTES11.1 A UTI deve ter disponível, para transporte de pacientes graves: 11.1.1 maca paratransporte de pacientes adultos e pediátricos, com grades laterais, suporte parasoluções parenterais e suporte para cilindro de oxigênio, exceto para os serviçosneonatais; 11.1.2 incubadora para transporte de pacientes neonatais;

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    11.1.3 cilindro transportável de oxigênio; 11.1.4 ventilador mecânico para transporte;11.1.5 equipamento portátil para monitoração contínua de eletrocardiograma (monitorcardíaco), oximetria de pulso e pressão arterial não invasiva; 11.1.5 medicamentos deemergência como: antiarrítmico, anti-hipertensivo, barbitúrico, benzodiazepínico,broncodilatador, diurético, drogas vasoativas, vasodilatador e vasoconstritor

    coronarianos, anticonvulsivante, glicose hipertônica e isotônica, solução fisiológica eágua destilada, dentre outros; 11.1.6 materiais e equipamentos de emergência,incluindo ressuscitador manual com reservatório, jogo de laringoscópio completo,máscaras, tubos endotraqueais, conectores e cânulas de Guedel de numeraçãocorrespondente ao paciente transportado, fio guia estéril, dentre outros.

    11.2 Em caso de transporte intra-hospitalar , o paciente deve ser transportado com oprontuário, com o registro de todas as informações relativas ao seu quadro clínico,procedimentos e evolução durante o transporte.

    11.2.1 No transporte de pacientes intubados e sob ventilação mecânica, a equipedeverá ter em sua composição pelo menos 1 médico, 1enfermeira e 1 técnico deenfermagem.

    11.3 Em caso de transferência inter-hospitalar, o paciente deverá ser acompanhado deum relatório de transferência, o qual será entregue no local de destino do paciente;

    11.3.1 O relatório de transferência deve conter, no mínimo:

    11.3.1.1.1 dados referentes ao motivo de internação na UTI, incluindo diagnósticos.

    11.3.1.1.2 dados referentes ao período de internação na UTI, incluindo principaisintercorrências, realização de procedimentos invasivos, infecção por germesmultirresistentes, transfusões de sangue e hemoderivados, tempo de permanência emassistência ventilatória mecânica invasiva e não-invasiva, realização de diálise e

    exames diagnósticos.

    11.3.1.1.3 dados referentes à alta e ao preparatório para a transferência, incluindoprescrições médica e de enfermagem do dia, especificando aprazamento de horários,doses e cuidados administrados antes da transferência; data de realização e tipo decurativo, quando couber; perfil de monitorização hemodinâmica, equilíbrio ácido-básico, balanço hídrico e sinais vitais das últimas 24 horas.

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    11.4 Todo paciente grave deve ser transportado com o acompanhamento contínuo deum médico e de um enfermeiro, ambos com habilidade comprovada para oatendimento de urgência e emergência.

    11.5 O transporte do paciente deve ser realizado de acordo com o manual de normas,rotinas e procedimentos estabelecido pela equipe da UTI, em conformidade com esteRegulamento Técnico.

    12 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO

    12.2 A UTI deve cumprir as medidas de prevenção e controle de infecções definidaspelo Programa de Controle de Infecção do serviço de saúde.

    12.3 A equipe da UTI deve orientar os familiares e demais visitantes dos pacientessobre ações de controle de infecção e eventos adversos.

    12.4 A UTI deve disponibilizar os insumos, produtos, equipamentos e instalaçõesnecessários para as práticas de higienização de mãos de profissionais de saúde evisitantes.

    12.5 Os lavatórios para higienização das mãos devem possuir provisão de sabonetelíquido, além de papel toalha que possua boa propriedade de secagem.

    12.6 As preparações alcoólicas para higienização das mãos devem estardisponibilizadas na entrada da unidade, entre os leitos e outros locais estratégicosdefinidos pelo Programa de Controle de Infecção do serviço de saúde.

    12.7 O RT e o enfermeiro coordenador devem estimular a adesão às práticas dehigienização das mãos pelos profissionais de saúde e demais usuários.17

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    12.8 Os saneantes para uso hospitalar e os produtos usados nos processos delimpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as especificações do fabricante eestar regularizados junto à Anvisa, de acordo com a legislação vigente.

    12.9 As UTI que realizam processamento de produtos para a saúde devem atender àsseguintes regulamentações:

    12.9.1 RE/Anvisa n. 2.606/2006, que dispõe sobre as diretrizes para elaboração,validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos;

    12.9.2 RE/Anvisa n. 2.605/2006, que estabelece a lista de produtos médicosenquadrados como de uso único, proibidos de serem reprocessados;

    12.9.3 RDC/Anvisa n. 156/2006, que dispõe sobre o registro, rotulagem ereprocessamento de produtos médicos.

    13 BIOSSEGURANÇA

    13.1 As normas e rotinas técnicas relacionadas a biossegurança mencionadas no item7.5.4 devem contemplar os seguintes itens: 13.1.1 condutas de segurança biológica,química, física, ocupacional e ambiental; 13.1.2 instruções de uso para osequipamentos de proteção individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); 13.1.3procedimentos em caso de acidentes; 13.1.4 manuseio e transporte de material eamostra biológica.

    14 NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS GRAVES

    14.1 A equipe da UTI deve implantar e implementar ações de farmacovigilância,tecnovigilância, hemovigilância e vigilância do controle de infecção e de eventosadversos. 14.1.1 O monitoramento dos eventos adversos ao uso de sangue ecomponentes deve ser realizado em parceria e de acordo com o estabelecido peloserviço de hemoterapia da instituição ou serviço fornecedor de sangue ehemocomponentes. 18

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    14.2 A equipe da UTI deve notificar os casos suspeitos, surtos e eventos adversosgraves à coordenação do Programa de Controle de Infecção do serviço de saúde.

    14.3 O coordenador do Programa de Controle de Infecção do serviço de saúde devenotificar surtos e casos suspeitos de eventos adversos graves à vigilância sanitárialocal, no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas.

    14.4 A notificação não isenta o coordenador pelo Programa de Controle de Infecçãodo serviço de saúde da investigação epidemiológica e da adoção de medidas decontrole do evento.

    14.5 A equipe da UTI deve colaborar com a equipe de Controle de Infecção emServiços de Saúde e com a vigilância sanitária, na investigação epidemiológica e naadoção de medidas de controle.

    15. DESCARTE DE RESÍDUOS 15.1 A UTI deve implantar as ações do Plano deGerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), atendendo aosrequisitos da RDC/Anvisa n. 306, de 07 de dezembro de 2004, e Resolução Conaman. 358, de 29 de abril de 2005.

    16. AVALIAÇÃO

    16.1 O médico coordenador deve implantar, implementar e manter registros deavaliação do desempenho e qualidade do funcionamento da UTI, buscando processocontínuo de melhoria da qualidade. 16.2 A avaliação deve ser realizada levando emconta os Indicadores para a Avaliação dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal

    e as demais disposições estabelecidas na Instrução Normativa (IN) da Anvisa.16.3 A UTI deve disponibilizar à vigilância sanitária as informações referentes aomonitoramento dos indicadores durante o processo de inspeção sanitária ou deinvestigação de surtos e eventos adversos. 1916.4 A UTI deve encaminhar à vigilância sanitária local o consolidado dos indicadores dosemestre anterior, nos meses de janeiro e julho. 16.5 O consolidado do município deve serencaminhado à Secretaria Estadual de Saúde e o consolidado dos estados à Anvisa. São Paulo,24 de abril de 2009.

    Comissão de Defesa do Exercício Profissional

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    ELETROCARDIOGRAMA

    Definição: É a representação visual da atividade elétrica do coração, conformeobservação dos vários ângulos sobre a superfície cutânea, nos planos horizontal efrontal.

    ! A informação registrada no ECG representa os impulsos elétricos que estimulama contração cardíaca. (DUBIN,1996)

    ! O ECG nos fornece evidências para confirmar um diagnóstico, juntamente com

    a história e o exame físico do paciente. Ele é uma ferramenta, uma técnica queestuda a atividade elétrica do coração! O ECG é feito na forma de um traçado sobre uma fita de papel ou é mostrado na

    tela de um osciloscópio. Cada fase do ciclo cardíaco é representada por ondasespecíficas que são captadas e registradas.

    ! A atividade elétrica é captada por um conjunto de eletrodos colocados em pontos específicos sobre o corpo em posições anatômicas padronizadas.

    ! A atividade elétrica da célula miocárdica compreende a sucessão cíclica de doiseventos: o potencial de ação e o potencial de repouso

    ! Fase 0: Despolarização. Aumento do potencial de ação. Entrada de Na+ célula! Fase 1: Inicio da repolarização. Diminuição da permeabilidade ao Na+.! Fase 2: Plateau. Diminuição da permeabilidade ao K+, entrada lenta de Na+/Ca+

    +!

    Fase 3: Repolarização. Retorno ao potencial da membrana. Saída de K+.! Fase 4: Diástole elétrico. (Bomba de Na+/K+)

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    Condução do Impulso Elétrico

    O ECG padrão constitui-se de 12 derivações:

    DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS (plano frontal)

    Com os quatros eletrodos das extremidades instalados podem ser registradas as

    seis primeiras derivações:! DI – diferença de potencial entre o braço D e o E.! DII – diferença de potencial entre o braço D e a perna E.! DIII – diferença de potencial entre o braço E e a perna E.! aVR – aVL – aVF – são os potenciais absolutos do BD, BE, e perna em relação

    ao coração.DERIVAÇÕES PRECORDIAIS OU TORACICAS (plano horizontal)

    São registradas de modo semelhante: é o potencial de pontos na superfície docoração.

    ! V1 – 4º EIC a direita do esterno! V2 – 4º EIC a esquerda do esterno! V3 – entre V2 e V4! V4 – 5º EIC, linha hemiclavicular ! V5 – 5º EIC, linha axilar anterior ! V6 – 5º EIC, linha axilar média.

    ! DII, DIII e aVF - olham a parede inferior do coração.! aVR - olha o AD.

    ! DI, e aVL - olham a parede lateral alta do coração.! V1 a V4 - olham a parede antero-septal

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    ! V3 e V4 - baixo septo! V1 a V6 - anterior extenso! V5 e V6 - apical

    O Traçado Eletrocardiográfico

    ! O papel é quadriculado, sendo 1mm de lado cada quadrado menor(“quadradinho”). A cada cinco quadradinhos a linha é mais forte tanto nahorizontal como na vertical o que corresponde a um quadrado maior.

    ! Velocidade padrão (n): 25mm é a distância percorrida em 1s.! A medida na horizontal de cada quadradinho corresponde a 4 centésimos de

    segundo (0,04s) e de um quadrado 0,20 s.! A medida na vertical registra a amplitude das deflexões. Assim 1mm ou seja um

    quadradinho corresponde a 0,1 mV e dois quadrados -10mm equivale a 1mV.

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    Análise do ECG

    O ECG é composto por várias ondas: P, Q, R, S, T, U. Pelo complexo QRS,segmento ST, intervalo PR e intervalo QT.

    ONDA P: representa a despolarização do músculo atrial – sístole atrial.

    ! É positiva obrigatoriamente em D1, D2 e aVF e negativa em aVR, com

     polaridade variavel em D3 e aVL.! Amplitude = 2,5mm ou 0,25mV. Se maior indica sobrecarga atrial.! Duração = 0,10s - varia com a idade e FC. Aumento pode indicar crescimento

    atrial

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    ! ONDA Q – 1ª deflexão negativa após a onda P.! Duração = 0,03s, amplitude = até 0,3mm. Deve ser menor que 25% da R que a

    sucede.! ONDA R  – 1ª deflexão positiva . cresce até v5 e diminui em v6! ONDA S – deflexão negativa. Cresce até v2 ou v3.

    ! COMPLEXO QRS – representa a despolarização do músculo ventricular. Osventrículos tem uma grande massa, portanto ocorre grande deflexão – QRS.Duração = 0,06 – 0,10s. deve ser medida no plano frontal. Nem todos oscomplexos QRS tem todas as 3 ondas.

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    ! ONDA T – representa a repolarização do músculo ventricular, vem a seguir decomplexo QRS e geralmente tem a mesma deflexão . É (+) em v5 e v6obrigatoriamente e em D1, D2 e aVF e é (-) em aVR.

    ! Amplitude: não há critérios bem definidos para a amplitude da onda t, possuiuma forma assimétrica com seu ramo ascendente lento e o seu ramodescendente rápido.

    ! ONDA U - representa a repolarização das fibras de Purkinje. Pode ser vista em pacientes com hipocalemia (baixos níveis de potássio no sangue) ou em ritmos bradicárdicos. Ocorre com maior freqüência nas derivações D2, aVL, v3, v4, v5.Aparece normalmente na angina, distúrbios metabólicos e sobrecarga ventricular

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    ! SEGMENTO ST - representa a repolarização ventricular inicial, vai desde ofinal da onda S até o começo da onda T. pode indicar sinais de deficiência desuprimento de O2 ao coração. Tem duração variável. Alarga-se na hipocalcemia

    e encurta-se na hipercalcemia .

    ! INTERVALO – PR  – é medido desde o inicio da onda P até o começo da ondaQ ou onda R e representa o tempo necessário para a despolarização atrial edesaceleração do impulso no nódulo AV antes da despolarização ventricular. Suaduração vai de 0,12 a 0,20 s. se maior que 0,20s pode indicar BAV de 1º.

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    ! INTERVALO – QT – representa o tempo total de despolarização e repolarizaçãoventriculares. É medido desde o começo da onda Q ou da onda R, até o final daonda T. este intervalo varia com a FC. Tem duração de 0,32 a 0,40s se a FC

    estiver entre 65 a 95 bat/min. Aumenta com a bradicardia e encurta com ataquicardia.

    Freqüência cardíaca

    ! Há 300 quadrados grandes em 1 minuto do traçado.! Em um ritmo regular pode-se contar o número de quadrados grandes entre 2

    ondas R e dividir 300 pelo número encontrado. Ex: se tenho 2 quadrados entre 2ondas R, a FC = 150; já se houver 5 quadrados entre 2 ondas R, a FC = 60 bat/min.

    ! Outro método menos eficaz é usado quando o ritmo é irregular: contar o númerode intervalos RR durante 6s e multiplicar o resultado por 10. usualmente o papelde ECG é marcado a intervalos de 3s ( 15 quadrados grandes, horizontalmente )

     por uma linha vertical na linha superior do papel.

    EIXO CARDIACO = está em um ângulo reto (90º) às derivações nas quais asondas R e S são do mesmo tamanho.

    ! O eixo cardíaco é medido em graus. A derivação DI é definida como olhando para o coração a partir de 0º.

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    ! A derivação DII é definida como olhando para o coração a partir de +60º.! A derivação DIII é definida como olhando para o coração a partir de +120º.! A derivação aVF é definida como olhando para o coração a partir de +90º.! Já as derivações aVL, aVR são definidas como olhando para o coração a partir

    de –30º e –150º respectivamente.! O eixo cardíaco normal está na faixa entre –30º a +90º.

    EIXO CARDÍACO

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     ELETROCARDIOGRAMA NORMAL

    Avaliar:

    " Ritmo" Eixo cardíaco: -30º a +120º" Freqüência cardíaca" Duração: onda p e intervalos PR,QRS,QT" Morfologia da onda p e t.

    Definição de Ritmo Sinusal

    Ritmo sinusal é o ritmo normal do coração. O impulso é originado no nó sinusalem ritmo regular em uma freqüência regular.

    Ritmo Sinusal:" Presença de onda p." Onda “p” anteceder o complexo QRS." Onda “p” ter a mesma morfologia em uma mesma derivação, ser positiva em D2

    e negativa em aVR." Intervalo RR regular " Onda “t” acompanhar o complexo QRS." Onda “u” ter a mesma carga da onda “t”

    Eixo: -30º a +120ºFreqüência cardíaca: 60 a 100 bpm

    Duração" Onda p: 0,10 s

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    "  Taquicardia atrial Paroxística"  Flutter atrial"  Fibrilação atrial"  Assistólia atrial

    As arritmias funcionais (nódulo A.V):"  Extra-sístole juncional"  Ritmo juncional passivo"  Taquicardia juncional paroxística"  Taquicardia juncional não paroxítica

    As arritmias ventriculares:

    "  Extra-sístole ventricular "  Taquicardia ventricular "

     Fibrilação ventricular Arritmias devidas aos distúrbios de condução

    " Bloqueio sino-atrial" Bloqueio Atrioventricular • B.A.V de 1ºgrau• B.A.V de 2ºgrau – Tipo 2:1 – Mobitz tipo II - Wenckebach• B.A.V completo (3ºgrau) ou BAVT.

    Bloqueio Intraventricular;

    "  Bloqueio de ramo esquerdo"  Bloqueio de ramo direito"  Bloqueio bilateral de ramo"  Assistolia ventricular 

    Arritmias Sinusais

    1- Taquicardia sinusal Nó sinusal acelera FC>100 bpmCausas: Aumento do tônus simpático

    2- Bradicardia Sinusal Nó sinusal com FC

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    Arritmias Juncionais

    É definido como sendo um impulso ectópico de um foco na junção AV, ocorrendoprematuramente, antes do próximo impulso sinusal.

    Arritmias Ventriculares1- Taquicardia Ventricular (TV)

    Conceito: É uma sucessão de três ou mais extrassístoles ventriculares com umafreqüência média entre 130 a 180 bpm

    ECG: FC elevada

    Complexos ventriculares anormais (QRS alargados 0,12s ou mais)bizarros com entalhes

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    2- Fibrilação Ventricular 

    Conceito: Despolarização rápida, irregular e ineficaz do ventrículo.

    ECG: Traçado é absolutamente irregular. As deflexões são caóticas e éimpossível a identificação de qualquer onda no ECG.

    Extrassístoles

    Conceito: Batimento prematuro (contração prematura). Podem ser de origematrial, ventricular ou juncional.

    ECG: Complexos bizarros, pausa compensatória.

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    Bloqueio átrio ventricular

    Conceito: Distúrbio em alguma parte do sistema de condução AV que resulta emum retardo no batimento ou bloqueio completo.

    1- BAV 1º grauIntervalo PR prolongado >0,20s

    2- BAV 2º grau2.1- Mobitz tipo I: prolongamento progressivo intervalo PR até não ocorrermais condução pelo nó AV

    2.2- Mobitz tipo II: Contrações atriais bloqueadas periodicamente. Ocorre certaindependência entre o átrio e o ventrículo.

    3- BAV Total

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    Independência total entre átrio e ventrículo. Nó sinusal ativa porém semresposta ventricular

    Bloqueio de Ramo

    Conceito: Ocorre um bloqueio funcional ou patológico em um dos principaisramos do sistema de condução intraventricular. Á medida que a condução de umfeixe é bloqueada, o impulso percorre ao longo do feixe não afetado.

    I- Bloqueio de Ramo Direito: rSR’ em aVR, V1 e V2

    II- Bloqueio de Ramo Esquerdo: qS profundo em D1, aVL, V5 e V6

    Infarto Agudo do Miocárdio

    Conceito: É o desenvolvimento de necrose miocárdica decorrente de isquemia

    severa. Resulta geralmente de rotura de uma placa de ateroma e formação de umtrombo oclusivo, que interrompe o fluxo sanguíneo em uma artéria coronária.

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    Diagnóstico

    1. Exame Físico:• Distensão venosa jugular • Hipotensão

    • Taquicardia• Desdobramento da 2ª bulha, B3 ou sopro• Creptações

    Tratamento

    1. Analgesia2. Oxigenoterapia3. Reperfusão – química/ mecânica4. Cirurgia de Revascularização do miocardio

    Cuidados de Enfermagem

    1. Promover analgesia2. Estimular repouso no leito3. Monitorização cardíaca e oximetria4. Avaliar débito urinário5. Avaliar nível de consciência6. Avaliar parâmetros hemodinâmicos7. Avaliar padrão respiratório8. Realizar ECG sempre que necessário

    9. Avaliar dor 10. Acompanhar exames laboratorias

    2. Quadro clínico• Dor torácica• Identificação de fatores de risco

    3. Eletrocardiograma• Elevação do segmento ST em duas ou mais derivações• BRE novo

    4. Marcadores bioquímicos

    • Dosagem seriadas de CK, CKMB e troponina I ou T

    Regra dos Três I’s:

    ! Infarto = Onda Q. Infarto é resultado da necrose isquêmica do miocárdio.Portanto, significa que houve lesão miocárdica irreversível devido ao tempo

     prolongado de isquemia.! Injúria= Supradesnivelamento do segmento ST. A corrente de lesão ou SUPRA

    de ST representa uma área de miocárdio em risco. Existe uma lesão isquêmica porém reversível, se houver alguma intervenção terapêutica rápida.

    ! Isquemia= Alterações da onda T. Significa que existem áreas de miocárdio comsofrimento isquêmico, porém, sem evidência de lesão.

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    Ondas T apiculadas (Onda T Hiperaguda)

    Supra do segmento ST (Corrente de Lesão) 20min

    Ondas Q patológicas (após horas de isquemia contínua)

    Inversão de onda T e normalização do segmento ST (dias após a oclusão)

    Positivação da onda T.

    Localização das Lesões

    IAM PAREDE ANTERIOR 

    Artéria Coronária Esquerda ou Descendente Anterior Esquerda (DAE)

    IAM PAREDE LATERAL

    Artéria Coronária Circunflexa (CX), ramos da DAE e marginal

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    IAM DE PAREDE INFERIOR 

    Coronária direita (CD)

    IAM DE PAREDE POSTERIOR 

    CD ou CX

    Tratamento

    1. M O N A P (Morfina, oxigenoterapia, nitratos, AAS, propranolol

    2. Reperfusão – química (estreptoquinase)/ mecânica (angioplastia)3. Cirurgia de Revascularização do miocárdio

    Angioplastia

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    INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

    “A ICC acontece quando o coração é incapaz de bombear o sangue em uma taxa proporcional às necessidades dos tecidos metabolizantes ou é capaz disso, apenas comuma pressão de enchimento elevada.”

    Epidemiologia

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    ! O maior problema de saúde dos EUA. Em torno de 5 milhões de pessoastem ICC

    ! 500.000 novos casos a cada ano

    ! 300.000 pessoas morrem por ano devido a ICC ou devido a contribuiçãodessa patologia

    ! 6% a 10% das pessoas com 65 anos ou mais possuem ICC

    !  No ano de 2007, as doenças cardiovasculares representaram a terceiracausa de internações no SUS, com 1.156.136 hospitalizações. A IC é acausa mais freqüente de internação por doença cardiovascular.

    Origem

    ! Problemas primários – miocardiopatias

    !

    Aterosclerose! Cardiopatia valvar 

    ! HAS

    ! Eventos agudos

    Fisiopatologia

    O aspecto dominante na ICC é a passagem lenta de sangue para os tecidos eorgãos tornando o oxigênio insuficiente, o que acarreta a diminuição DC e provocamanifestações amplas: Tontura, confusão, fadiga, intolerância aos esforços e ao calor,

    estremidades frias, oligúria, tosse, dispnéia, hipóxia, edema generalizado (anasarca ),ascite, esplenomegalia, hepatomegalia, veias do pescoço dilatadas, pressão arterial baixa, ganho de peso e disritmias.

    Classificação Funcional New York Heart Association

    ! Classe I - ausência de sintomas (dispnéia) durante atividades cotidianas. Alimitação para esforços é semelhante à esperada em indivíduos normais;

    ! Classe II - sintomas desencadeados por atividades cotidianas;! Classe III - sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as

    cotidianas ou pequenos esforços;

    ! Classe IV - sintomas em repouso. 

    PRIORIDADES DE ENFERMAGEM:

    # Melhorar a contratilidade miocárdica/perfusão sistêmica.# Reduzir a sobrecarga de volume hídrico# Prevenir complicações

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    # Proporcionar informação sobre doença/prognóstico, necessidades terapêuticas.DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

    # Débito cardíaco diminuído: relacionado a contratilidade alterada do miocárdio,alterações na freqüência, ritmo e condução elétrica, evidenciado por FC

    aumentada, arritmias, mudanças na PA, débito urinário diminuído, dor torácica,edema.

    Ações/prescrições:

    - Auscultar pulso apical; avaliar FC; ritmo.- Avaliar sons cardíacos- Palpar pulsos periféricos- Monitorizar PA- Avaliar a pele quanto a palidez ou cianose- Monitorizar débito urinário

    - Observar alterações sensoriais – letargia, confusão, ansiedadeIntolerância a atividade: relacionada a fraqueza generalizada, repouso no leito,desequilíbrio entre a demanda e suprimento de oxigênio, evidenciado por

    Fraqueza, fadiga, alterações nos sinais vitais, arritmias, dispnéia, palidez.

    Ações/prescrições:

    - Verificar sinais vitais, antes e imediatamente após a atividade.- Monitorizar arritmias, taquicardias, dispnéia, palidez.- Proporcionar ajuda com as atividades de autocuidado.

    Excesso de volume de líquidos relacionado a débito cardíaco diminuído e retenção

    de sódio e água evidenciado por oligúria, edema, ganho de peso, hipertensão,dispnéia.

    Ações/prescrições:

    - Monitorizar débito urinário- Monitorizar/calcular o balanço entre a ingestão e o débito de 24 horas- Sentar ou manter em repouso no leito em posição semi-fowler.- Monitorizar ingesta hídrica. Realizar higiene oral freqüente.- Avaliar distensão das veias do pescoço e periféricas. Inspecionar áreas de

    edema.

    - Auscultar sons respiratórios. Observar dispnéia, tosse persistente- Monitorizar PA e PVC. Pesar diariamente- Avaliar sons intestinais. Náuseas, constipação, anorexia.- Observar o aumento da letargia, hipotensão, cãibra muscular.

    Déficit de conhecimento sobre o distúrbio, tratamento, necessidades deautocuidado e alta pode estar relacionado a falta de compreensão evidenciado

    or questionamentos, preocupações, incompreensões, internações recorrentes.

    Ações/prescrições:

    - Discutir sobre o funcionamento cardíaco normal

    - Discutir o tratamento incluindo a família no ensino

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    - Encorajar o desenvolvimento de exercícios regulares no domicilio e orientaçõessobre atividade sexual.

    - Orientar repouso entre as atividades- Encaminhar à nutricionista para orientações específicas

    - Orientar a ingestão adequada dos medicamentos e melhores horários.- Discutir com o paciente os fatores de risco e fatores precipitantes.- Proporcionar ao paciente oportunidades para perguntas, discutir preocupações.

     Assistência Circulatória Mecânica

    É a parte do arsenal terapêutico utilizado em pacientes com ICC grave que nãorespondem às medidas convencionais.

    Objetivos:

    • Restaurar a perfusão adequada de órgãos vitais• Reverter distúrbios metabólicos• Diminuir trabalho cardíaco

    Balão Intra-aórtico (BIA)

    Esta modalidade de assistência circulatória temporária e de curta duração (algunsdias), requer a existência de atividade cardíaca para a sua aplicação, uma vez que

    a pulsação do balão é sincronizada com a atividade mecânica do coração dopaciente. O balão é insuflado durante a diástole e esvaziado durante a sístole.

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    • O princípio que rege a aplicação do balão intra-aórtico é denominadocontrapulsação.

    • A insuflação do balão durante a diástole cardíaca, produz um aumento da pressão de perfusão coronariana e, dessa forma, a função miocárdica torna-semais eficaz.

    • A desuflação do balão durante a sístole cardíaca evita o aumento da resistênciaao esvaziamento do ventrículo esquerdo; o rápido colapso do balão cria umefeito de sucção que favorece a redução do trabalho ventricular esquerdo.

    EFEITOS DO BIA:

    1. Redução das necessidades de oxigênio do miocárdio, porque o trabalhonecessário à ejeção sistólica é menor;2. O tempo de ejeção sistólica é menor; isso aumenta a duração da diástole, queresulta em mais fluxo para as artérias coronárias;

    3. O volume de sangue ejetado em cada sístole aumenta, devido à redução daresistência ao fluxo (redução da pós-carga) e, finalmente;4. A função do ventrículo direito pode melhorar indiretamente, em razão daredução das pressões de enchimento do ventrículo esquerdo.

    Complicações:

    • Isquemia do membro usado para a inserção do balão• Contrapulsação Ineficaz• Trombocitopenia• injúria da parede arterial,• perfuração e/ou dissecção da artéria utilizada para a inserção do catéter-balão.• dissecção aórtica à partir de traumatismos produzidos pela extremidade do

    catéter-balão.

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     Pós operatório de cirurgia cardíaca

    A rotina empregada a chegada do paciente à UTI inclui:

    $ Monitorização clínica:#  Pressão Arterial Invasiva#  ECG contínuo#  Pressão Venosa Central#  Parâmetros respiratórios# Diurese#

    Temperatura# Descida dos drenos, colocação em aspiração contínua e observar drenagem pleural e mediastinal

    # Monitorização do catéter de swan-ganz, se necessário# Glicemia capilar# Coleta de exames# Sinais vitais# Perfusão Periférica# Amplitude de Pulso# Ausculta cardíaca e respiratória

    # Exame neurológico Observação do funcionamento e ajuste do ventilador # Obtenção de informações do transoperatório

    Complicações:# IAM# Hipovolemia# Disfunção ventricular # Tamponamento cardíaco# Síndrome Vasoplégica# Arritmias cardíacas# Hipertensão

    # Infecção# Hemorragias# Pericardite

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    CATETER DE SWAN-GANZ 

    # É um cateter de dispositivo de multilúmem usado a beira do leito paramonitorização hemodinâmica

    # Permite obter dados pressóricos da:# Artéria pulmonar (P.A.P.)# Artéria capilar pulmonar (P.C.P.)# Débito cardíaco (D.C)

    # Via distal (AP): transmite a pressão da artéria pulmonar (PAP) e da pressão deoclusão da artéria pulmonar (POAP). Pode ser coletado sangue venoso mistodesta via, já que a ponta do cateter está na artéria pulmonar. Drogas ou soluçõeshiperosmóticas não devem ser administradas nesta via, pois podem causarlesão vascular local ou reação tecidual.

    #  Via do balão: via para insuflar o balão.# Via proximal (AD): localiza-se a 30 cm da ponta do cateter, no átrio direito e

    transmite a pressão do mesmo. Pode-se administrar drogas, fluídos e eletrólitos.A solução para a realização da medida do débito cardíaco é injetada nesta via.

    #

    Via do termistor: está localizada de 4 a 6 cm da ponta do cateter e transmite avariação da temperatura no sangue. Esta variação é importante para a medida do

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    débito cardíaco, onde é injetada uma solução fria e identificada a variação datemperatura na passagem do sangue neste local. Também é utilizado para amedida da temperatura sangüínea.

    Principais Indicações

    1 - Avaliação da função cardiovascular e sua resposta às manobras terapêuticas empacientes com:

    # IAM complicado# ICC crônica descompensada# Disfunção valvar aguda# Tamponamento cardíaco# Monitorização intra e pós operatória em cirurgia de revascularização

    miocárdica# Cirurgia de grande porte em pacientes com cardiopatia importante

    2 – Distinção entre quadros de edema pulmonar cardiogênico e não cardiogênico3 – Choque de qualquer natureza4 – Monitorização de reposição volêmica em pacientes com:

    # Trauma severo# Grande queimado

    Valores Normais

    # Artéria pulmonar:# Sistólica: 20 a 30 mmhg# Diastólica: 08 a 12 mmhg# Média: 09 a 17 mmhg

    # Capilar pulmonar # Média: 02 a 12 mmh

    # Débito cardíaco = FC x VS : 04 a 06 l/min.# PAM = (PAD x2) + PAS : 70 a 105 mmhg

    3

    # Pressão do átrio direito: 10 mmhg

    Complicações

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    # Relacionadas a punção venosa# Punção arterial# Pneumotórax# Lesão transitória do plexo braquial

    # Embolia gasosa# Relacionadas a passagem do cateter 

    # Arritmias# Enovelamento do cateter e nó do cateter # Perfurações da aorta pulmonar e danos nos sistemas valvares

    # Relacionadas à presença do cateter # Trombose venosa no local da inserção# Sepse, endocardite, infecção# Infarto pulmonar e embolismo

    Procedimento

    # Técnica asséptica# Via utilizada mais comum: veia jugular interna ou subclávia# Passagem do cateter:

    Observação constante da curva de pressão característica de cada cavidade:

    - Insere –se o cateter por uma grande veia e alcança o átrio direito-  insufla-se o balonete existente na ponta do cateter - Ultrapassa a valva tricúspide- Ventrículo direito- Passa a valva pulmonar chegando com o cateter no tronco pulmonar -

    Ramo direito da artéria pulmonar - Amortecimento da curva quando há impactação e obtenção da pressão de

    oclusão pulmonar - Desinsufla-se então o balonete, a curva da A.P.desaparece. Fixação.

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    Assistência de enfermagem na monitorização hemodinâmica

    # Curativo oclusivo com técnica asséptica# Manipulação do cateter/camisinha# Manter a permeabilidade do cateter e circuito# Infecção# Sangramento# Retirada do cateter: ideal 48 a 72 h, compressão por 20 minutos, conforme

    necessidade.# Exames complementares:

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    #  gasometria arterial e venosa, Hb, HTC# Ventilação FiO2 a 100% por 20 min.# Anotação na ficha de monitorização HDN.

    Removendo o cateter de Swan-Ganz

    # A remoção do cateter de Swan-Ganz pode ser realizada pelo médico ouenfermeiro. Para evitar algumas complicações, antes de remover, observecriteriosamente alguns pontos importantes:

    # Visualizar o cateter de Swan-Ganz em um Rx de tórax recente. Observar se nãohá nó ou laço no cateter nas estruturas do sistema cardiovascular.

    # Verificar se o balão está desinsuflado.# Todas as saídas do sistema devem ser fechadas para o paciente.# O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal e horizontal# Paciente acordado e consciente: Deve-se explicar o procedimento e solicitar

    que ele realize a manobra de Valsalva durante a retirada do cateter.# - Paciente sedado ou inconsciente: Mantê-lo em decúbito a zero graus durante

    a retirada do cateter #   Nestes dois casos, o importante é manter uma pressão intratorácica aumentada,

     para evitar a entrada de ar durante ou logo após a retirada do cateter # O cateter desliza facilmente durante a retirada e nunca apresenta resistência.

    Caso haja dificuldade ou resistência, pare imediatamente e comunique aomédico, pois o cateter pode estar preso em alguma estrutura cardíaca.

    #   Após a retirada do cateter, deve-se manter o local com curativo compressivodurante, pelo menos, 24 horas. Nestas 24 horas deve-se observar:

    Sinais e sintomas para embolia pulmonar.Sinais e sintomas para tromboembolismo.Sangramento no local.

    PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA

    # Punção é feita:# Aa radial# Aa braquial# Aa femoral# Aa pediosa

    # Finalidade: fornecer em tempo real e de forma constante a pressão arterial média# Fórmula = PAM = (PAD X 2) + PAS

    3

    # Valor normal = 70 a 105 mmhg Indicações:- cirurgias de grande porte- pacientes instáveis- monitorização da pressão constante- obtenção de amostras de sangue

    Complicações:

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     MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA

    Monitorização da Pressão Intracraniana

    O somatório do volume do encéfalo, do líquor e do sangue é responsável pela pressãono interior do continente cranio-vertebral o qual é praticamente inextensível. Qualqueraumento de volume de um dos componentes sem a correspondente redução de outro,resultará em aumento da pressão intracraniana (doutrina de Monro-Kellie).

    PIC = Volume ( encéfalo + sangue + líquor )

    • A pressão intracraniana normal é de 18cm de H2O ou 14mmHg em condições basais.

    • A manutenção do adequado fluxo sanguíneo cerebral (FSC) pode serdepreendida da equação de Poiseouille – Hagen aplicada ao sangue:

    (PAM – (PIC + PJ))

    FSC = --------------------------

    RCV

    FSC = fluxo sanguíneo cerebral PAM = pressão arterial média PIC = pressãointracranianaPJ = pressão venosa jugular RCV = resistência cerebrovascular 

    • A pressão venosa jugular (PJ) em geral é baixa e pode ser desprezada na maioriados casos. O numerador da fração ficaria PAM – PIC que traduz a pressão de

     perfusão cerebral (PPC), a qual deve ser mantida acima de 70mmHg, para quehaja adequada perfusão cerebral.

    PPC = PAM – PIC

    • Em condições normais o FSC está em torno de 50 a 55ml / 100g de tecido /minuto.

    • Com FSC se aproximando de 25ml / 100g / min começa a haver edema eacúmulo de ácido lático.

    • Abaixo de 20ml / 100g / min cessa a condução neuronal de impulsos elétricos.• Reduzindo-se para 15ml / 100g / min cessa a atividade da bomba de Na / K que

    mantém potencial eletroquímico através da membrana neuronal. Finalmentesobrevem a morte celular.

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     Manifestações Clínicas da HIC 

    Tríade da hipertensão intracraniana:

    • Cefaléia• Vômito• Edema de papila

    Tríade de Cushing 

    • hipertensão arterial• Bradicardia• alterações do padrão respiratório

    Causas de HIC:

    • Edema cerebral

    • Hidrocefalia• Processos expansivos intracranianos: hematomas, tumores, abcessos, cistos• Combinações entre as três causas acima.

    Tratamento da HIC

     Medidas Gerais

    • Cabeceira elevada 30º• Não comprimir jugulares• Desobstruir vias aéreas• Evitar hipotensão arterial

    • Analgesia (evitar hipotensão)• Normotermia Medidas Específicas

    • Manter PaCO2 entre 35 e 45 mmHg e Sat. O2 > 95%• Manter PPC > 70 mmHg , PIC < 20 mmHg, PAM = 80-100 mmHg ou 90-110

    mmHg• Drenar ventrículo; ressecar processo expansivo intracraniano.• Administrar soluções isotônicas IV ( cristalóides ou colóides ), para manter

    normovolemia com pressão venosa central (PVC ) entre 8 e 12 cm de H2O.• Anticonvulsivantes

    Para monitorização da PIC é necessário um catéter posicionado que pode estar:• Intraventricular • Subdural• Intraparenquimatoso• Extradural

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    • O sistema para mensurar a PIC deve ser calibrado tendo como nível zero a pressão atmosférica, na altura do conduto auditivo externo do paciente.

    • Utiliza-se um domus, deve ser retirado todo o ar do sistema

     Escala de Coma de Glasgow

      Espontaneamente 4

    er uraOcular 

    o comando verbal 3

     dor 2

     

     Sem resposta 1

    Obedece ao comando verbal 6  

     Localiza a dor 5

     Resposta Flexão - Sem localizar 4

    otora Flexão anormal (decorticação ) 3

     Extensão (descerebração ) 2

     Sem resposta 1

    Orientado e conversando 5

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    Escala de Sedação de Ramsay:

    1. Ansioso, agitado ou inquieto.2. Tranqüilo, cooperativo, orientado.3. Sedado, porém responsivo a comandos.4. Sedado, com resposta rápida à leve toque da glabela ou estímulo auditivo alto.

    5. Sedado, responde lentamente a estímulo auditivo alto ou toque da glabela

    6. Sedado, não responsivo.

     SEPSE Infecção: fenômeno microbiológico caracterizado por uma resposta inflamatória à

     presença de microoganismos.

    SIRS: Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica – Resposta inflamatóriasistêmica a diversos insultos clínicos graves (T> 38 ºC ou < 36 ºC FC > 90 bat/min, FR >20, contagem de leucócitos >12.000 )

    SEPSE: Síndrome da resposta inflamatória sistêmica associada à infecção.

    Choque Séptico: Sepse com hipotensão apesar de adequada ressucitação hídrica, juntamente com anormalidades da perfusão.

    Disfunção múltipla de órgãos e sistemas: presença de função orgânica alteradaem uma paciente agudamente enfermo de maneira que homeostase não pode sermantida sem intervenção.

    Etiologia

    1. Organismos Gram-negativos

    2. Gram-positivos3. Fungos

    Fisiopatologia

    Microorganismos ou produtos constitucionais estimulam a liberação de mediadoresinflamatórios:• Interleucinas,• óxido nítrico,• substância depressoras do miocárdio

    • TNF• IFN

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    • Fragmentos do complemento• PAF• TXA• Metabólitos do Ácido Aracdônico

    Demanda de oxigênio aumentada pela resposta inflamatóriaVasodilataçãoLimitação do transporte de oxigênio pela depressão miocárdica

    Manifestações Clínicas

    • Alterações da temperatura• Taquicardia• Hiperventilação• Alterações no Leucograma

    TratamentoObjetivo: Erradicar a causa e dar suporte as alterações orgânicas.Iniciar antibioticoterapia se necessário cirurgia ou drenagemRegra do VIP:

    V = VentilaçãoI = InfusãoP = Pump (bomba)Ventilação

    Restabelecer ou manter as vias áreas permeáveis. Se necessário instalar ventilaçãomecânica.

    InfusãoRessucitação inicial de volemia deve ser rápida .Monitorar PVC e PCPPump (Bomba)Manter débito cardíaco, iniciar com agentes vasoativos em caso de hipotensão oudébito cardíaco insuficiente

    • Suporte nutricional

    • Insulinoterapia.

    Choque

    O choque circulatório pode ser dividido, de acordo com os mecanismos e característicashemodinâmicas encontrada, em quatro classes distintas. São elas:

    1. Choque Hipovolêmico

    2. Choque Obstrutivo3. Choque Distributivo

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    4. Choque Cardiogênico

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     Principais Medicações em Terapia Intensiva

    Sedativos

    % MidazolamÉ um benzodiazepinico com efeito ansiolítico, hipnótico, anticonvulsivante e relaxantemuscular.Possui ação sedativa e indutora do sono de intensidade pronunciada e muitorápida.

    Efeitos Colaterais:Alterações de Pressão Arterial, freqüência de pulso e respiração

    ! Citrato de FentanilaÉ um analgésico narcótico que se caracteriza por possuir as seguintes propriedades:

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    Rápida ação, curta duração e elevada potencia

    Efeitos Colaterais:Depressão Respiratória, Rigidez muscular, Bradicardia , Hipotensão

    ! Cloridrato de CetaminaÉ um agente anestésico com ação rápida e simpatomiméticaIndicações:É indicado como agente anestésico para procedimentos cirúrgicos e diagnósticosSedação prolongada em UTI, droga de escolha para pacientes hipotensos e em

     broncoespasmoEfeitos Colaterais:Elevação da pressão arterial, Depressão respiratória, Delírio caracterizado por sonhos,

    vividos, Aumento do tônus muscular esquelético

    ! PropofolIndicaçõesIndução e manutenção de anestesia e pré medicação para procedimentos diagnósticos eterapêuticos . Manutenção de sedação de pacientes em UTI

    Efeitos Colaterais

    Hipotensão, Bradicardia e assistolia

    Hipotensores

    ! Nitroprussiato de SódioVasodilatador potente que age igualmente em músculo liso de artérias e veias.Efeitos ColateraisHipotensão Severa. Níveis tóxicos de Tiocianeto (fraqueza, náusea e inibição da funçãotiroidiana.

    ! NitroglicerinaAge na musculatura lisa vascular, conseqüentemente vasodilatando artérias eveias periféricasEfeitos colaterais:Taquicardia, Hipotensão Severa, Cefaléia

    ! AmiodaronaAntiarrítmico cuja ação é prolongar o potencial de ação cardíaco, prolongando o

     período refratário.

    Efeitos Colaterais

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    Erupções cutâneas por fotossensibilidade, Anormalidades da Tireóide, TaquicardiaVentricular, Hipotensão

    ! Adrenalina

    Indicações

    Parada Cardíaca por assistolia, Manutenção de pressão arterial, Broncoespasmo

    Efeitos Colaterais

    Efeito cronotrópico positivo (Taquicardia)

    Vasoconstrição periférica com conseqüente lesão isquêmica

    Perfusão renal diminuída

    Hipertensão