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DPC SEMESTRAL Processo Penal Guilherme Madeira Data: 22/03/2013 Aula 8 DPC SEMESTRAL 2013 Anotador(a): Tiago Ferreira Complexo Educacional Damásio de Jesus RESUMO SUMÁRIO 1) Ação Penal...continuação; 2) Competência. 10) Ações Penais em Espécie : 10.1) Crimes Contra a Honra de Funcionário Público em Razão do Exercício da Função : Súm. 714 do STF - Legitimidade concorrente do ofendido, mediante queixa-crime ou do MP, mediante representação. Caso o ofendido represente e o promotor requeira o arquivamento não poderá o ofendido oferecer queixa- crime. 10.2) Lesão Corporal Leve ou Culposa : a) Perseguidas por ação penal pública condicionada à representação - Art. 88 da L 9.099/95. b) L 11.340/06 - Na Lei Maria da Penha: Conclusão do STF: Lesão corporal leve é perseguida por ação penal pública incondicionada. A decisão do STF não afetou os demais crimes , para eles valem as regras gerais específicas nas leis. A renúncia da representação é feita em audiência especialmente designada para essa finalidade e a vítima terá defesa técnica obrigatória. Atenção: Esta audiência não pode ser designada de maneira automática. Só haverá esta audiência se a mulher expressamente manifestar o desejo de renúncia.

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  • DPC SEMESTRAL Processo Penal

    Guilherme Madeira Data: 22/03/2013

    Aula 8

    DPC SEMESTRAL 2013 Anotador(a): Tiago Ferreira

    Complexo Educacional Damsio de Jesus

    RESUMO

    SUMRIO

    1) Ao Penal...continuao; 2) Competncia.

    10) Aes Penais em Espcie: 10.1) Crimes Contra a Honra de Funcionrio Pblico em Razo do Exerccio da Funo: Sm. 714 do STF - Legitimidade concorrente do ofendido, mediante queixa-crime ou do MP, mediante representao. Caso o ofendido represente e o promotor requeira o arquivamento no poder o ofendido oferecer queixa-crime. 10.2) Leso Corporal Leve ou Culposa: a) Perseguidas por ao penal pblica condicionada representao - Art. 88 da L 9.099/95. b) L 11.340/06 - Na Lei Maria da Penha: Concluso do STF: Leso corporal leve perseguida por ao penal pblica incondicionada. A deciso do STF no afetou os demais crimes, para eles valem as regras gerais especficas nas leis. A renncia da representao feita em audincia especialmente designada para essa finalidade e a vtima ter defesa tcnica obrigatria. Ateno: Esta audincia no pode ser designada de maneira automtica. S haver esta audincia se a mulher expressamente manifestar o desejo de renncia.

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    COMPETNCIA -Art. 5, XXXVII e Art. 5, LIII, ambos da CF/88 -Artigos 69 a 91 do CPP 1) Princpio do Juiz Natural (Art. 5, XXXVII e LIII da CF/88): Trs regras dele decorrem: a) S exercem jurisdio os rgos institudos pela CF/88. b) Ningum pode ser julgado por tribunal ex post facto, ou seja, tribunal criado aps o fato. c) Entre os juzos h uma ordem pr-estabelecida de fixao da competncia. Ateno: A lei que altera a competncia para o julgamento dos crimes tem aplicao imediata, incidindo nos processos em andamento. 2) Critrios de fixao da competncia segundo o CPP (Art. 69 do CPP): Determinar a competncia jurisdicional: -Lugar da infrao; -Domiclio ou residncia do ru; -Natureza da infrao; -Distribuio; -Preveno; -Prerrogativa de funo; -Conexo e Continncia. Ateno: A conexo e continncia, segundo a doutrina, so critrios de modificao da competncia, no de fixao (Ficar atento na 1 fase dos concursos). Ateno: O domiclio da vtima no critrio de fixao da competncia no processo penal, somente no processo civil. 3) Classificao da Competncia:

    Competncia Absoluta Competncia Relativa

    O interesse tutelado de ordem pblica Prepondera o interesse das partes

    improrrogvel (pode ser alegada a qlq tempo - Salvo duas excees [vide abaixo]**

    prorrogvel

    Pode ser declarada de ofcio Pode ser declarada de ofcio (isso no ocorre no processo civil)

    ratione materiae / Em razo da matria ratione personae / Em razo da pessoa Competncia funcional

    Competncia Territorial Competncia por distribuio e preveno Competncia por conexo e continncia

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    **Ateno: Se houver sentena absolutria transitada em julgado, no poder haver reviso criminal pro societate, ainda que se trate de incompetncia absoluta. **Ateno: No caso do juiz absolutamente incompetente que determina o arquivamento do inqurito por atipicidade da conduta haver a formao de coisa julgada material. 4) Critrios de concretizao da competncia (Carnelutti): -Competncia de jurisdio (Qual a justia competente?). -Competncia por prerrogativa de funo (O acusado tem foro privilegiado). -Competncia territorial (Qual a comarca?). -Competncia de juzo (Qual a vara?). -Competncia interna (Qual o juiz competente? - uma vara com dois juzes). *Lembrar que justia federal justia comum e no justia especializada. 5) Competncia originria (ou Competncia por prerrogativa de funo / ou Competncia por foro

    privilegiado): 5.1) Localizao: H previso na CF/88 e na Constituio Estadual. Ateno: Lei ordinria no pode criar hipteses de competncia originria (s a CF/88 ou a CE). -Previso na CF/88: Artigos 29, X; 96, III; 102, I; 105, I e 108, I,a. 5.2) Relao com o Princpio da Igualdade: A competncia por prerrogativa de funo no viola o princpio da igualdade, pois existe em razo da funo e no da pessoa. Vale dizer: Se a pessoa deixar de exercer a funo ou o cargo ela perder a prerrogativa de funo. Ateno: O Supremo estabelece que se o parlamentar renunciar com o intuito exclusivo de escapar ao julgamento no haver modificao da competncia (AP 396/RO - Rel. Min. Carmen Lucia - J. 28.10.10). 5.3) Tabela (no exaustiva - apenas os principais): STF julga: -Presidente e vice nos crimes comuns; -Advogado Geral da Unio; Presidente do Banco Central; O controlador geral da Unio; -Deputados Federais e Senadores; -Ministros do STF; -Procurador Geral da Repblica; -Membros do TCU.

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    STJ julga: -Governador; -Desembargador*; -Membros do Tribunal de Contas do Estado; -Membros do MPF que atuem em tribunais (Procurador da Repblica). TJ julga: -Juzes -Promotores; -Procuradores de Justia*; -Prefeitos. Ateno: O Procurador de Justia julgado pelo TJ e no pelo STJ - no fazer a transposio da regra do Desembargador. Ateno: Quanto ao Prefeito - Sm. 702 do STF: A competncia de julgamento do Prefeito muda conforme a natureza do crime por ele cometido. -Se o Prefeito cometer crime federal ser julgado pelo TRF. Se cometer crime eleitoral ser julgado pelo TRE e assim sucessivamente. Ateno: Quanto ao Juiz - O Juiz julgado julgado pelo TJ a que esteja vinculado, ainda que o crime seja federal. Mas, se for praticado crime eleitoral, ser julgado pelo TRE ( a nica exceo) - Art. 96, III da CF/88. Tais regras so aplicadas ao promotor e, com as devidas particularidades, ao juiz federal. Ateno: A competncia de Deputado Estadual, Defensor, Vereador, Deputado estadual, Delegado, Secretrio estadual, Vice-Governador, no tem previso na CF/88 - vai depender de cada Constituio Estadual. Ateno: Nos casos em que a prerrogativa de funo esteja prevista exclusivamente em Constituio Estadual e houver crime doloso contra a vida prevalecer a competncia do Jri, conforme Sm. 721 do STF. *O STJ entende que esta smula no se aplica ao Deputado Estadual por fora da simetria que deve haver entre Deputado Estadual e Deputado Federal (HC 109941/RJ - Rel. Min. Gilson Dipp - J. 02.12.2010) - Se o deputado estadual matar algum e na CE tiver estabelecida competncia do TJ, para o STJ ele responder no TJ e no perante o Jri. J para o STF responderia perante o Jri- Para a prova preferir o entendimento sumulado, ou seja, o do STF. 5.4) Concurso de Agentes: a) Regra: Julgamento conjunto dos corrus - Sm. 704 do STF. Ex: AP 470/MG. b) Exceo: Nos casos de competncia constitucional haver separao de processos. 6) Competncia da Justia Federal: