ae satpres urbanistico lantonio aula 01 e 02 17.04.2014 priscila

12
INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico Luis Antonio Data: 17/04/2014 Aula 1 e 2 INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira Complexo Educacional Damásio de Jesus SUMÁRIO 1) Ordem urbanística constitucional 1) Ordem urbanística constitucional I) Conceito de meio ambiente 1) Art. 3º, I da Lei 6938/81 Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. A CF traz 4 conceitos/aspectos/espécies Inclusive incluindo o meio ambiente urbano. II) Natureza jurídica do meio ambiente art. 225 “caput” da CF Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. - Bem de natureza difusa;

Upload: juliamelaragnoassumpcao

Post on 13-Apr-2016

215 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Aula de direito urbanístico do cursinho damásio

TRANSCRIPT

Page 1: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

SUMÁRIO

1) Ordem urbanística constitucional

1) Ordem urbanística constitucional I) Conceito de meio ambiente

1) Art. 3º, I da Lei 6938/81

Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental; V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

A CF traz 4 conceitos/aspectos/espécies Inclusive incluindo o meio ambiente urbano.

II) Natureza jurídica do meio ambiente – art. 225 “caput” da CF

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

- Bem de natureza difusa;

Page 2: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

- fruição coletiva; - uso comum do povo; - direito fundamental; e - direito Intergeracional. É preciso um meio ambiente equilibrado para ter dignidade humana. No Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001, art. 1º, parágrafo único – quando fala que é de

ordem pública são de aplicação obrigatória, de interesse social.

Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

No art. 2º, I – a cidade é um bem intergeracional. Então, a cidade sustentável, justa é

intergeracional.

Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

III) Espécies Meio ambiente: - físico/natural; - cultural; e - do trabalho e artificial ou urbano. O espaço aberto e fechado. O espaço urbano fechado é o conjunto de edificações, já o

espaço urbano aberto são os equipamentos públicos. O princípio 15 da Declaração do Meio Ambiente de Estocolmo já falava do meio ambiente

urbano para dar qualidade de vida para as pessoas. IV) Destinatários

Page 3: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

1) Art. 3º, I da LPNMA – 6938/81 – tinha uma visão biocêntrica, coloca toda a forma de vida como destinatária do meio ambiente e sempre ecocêntrica.

Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

2) Art. 225 “caput” da CF – antropocêntrica

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Visão errônea, pois deve ter sempre uma visão coletiva.

3) Art. 182 “caput” do CF – política urbana tem que ser exercitada pelo poder público municipal.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

Tem que garantir as funções sociais da cidade, toda cidade tem que cumprir funções

sociais. As funções sociais são: a) Urbanísticas: habitação, trabalho, lazer e mobilidade; b) Cidadania: educação, saúde, segurança e proteção; e c) Gestão: prestação de serviços, planejamento, preservação do patrimônio natural e

cultura da cidade, sustentabilidade urbana.

Tem que compartilhar essas funções. O instrumento básico para instalar essas coisas é o plano diretor, por audiências públicas, a pessoa tem que participar nas decisões da cidade.

Ler artigo 40, §4º, I do Estatuto da Cidade.

Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;

Page 4: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

V) CF/88 Instaurou o Estado Constitucional Ecológico, socioambiental, que é formado por 3 vetores:

Tem que ter esse tripé bem estruturado para ter um meio ambiente urbano ecológico.

VI) Princípios 1) Supremacia do INTERESSE PÚBLICO; 2) Participação e compartilhamento; 3) Limite: administração pública tem que fixar limites e padrões de qualidade; 4) Natureza pública do bem ambiental; 5) Desenvolvimento sustentável; 6) Função: sócio, econômico, ambiental da propriedade.

Art. 182, §2º da CF – função social da propriedade, atende quando obedece as diretrizes fixadas no plano diretor.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

7) Provedor/protetor recebedor

Na política municipal da lei de mudança do clima: consta como protetor/receptor. A ideia é: aquele que protege o meio ambiente pode receber benefícios e incentivos. Art. 196 da Lei orgânica do Município de São Paulo.

Art. 196 - O Município poderá conceder, na forma da lei, financiamento, incentivos e isenções fiscais aos proprietários de bens culturais e ambientais tombados ou sujeitos a outras formas legais de preservação que promovam o restauro e a conservação destes bens, de acordo com a orientação do órgão competente.

Desenvolvimento econômico

Sustentabilidade Desenvolvimento social

Page 5: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

Parágrafo único - Aos proprietários de imóveis utilizados para objetivos culturais poderão ser concedidas isenções fiscais, enquanto mantiverem o exercício de suas finalidades.

Art. 4º, ‘d’ do Estatuto da Cidade – diz os instrumentos da política urbana, ou seja tombamento, que serve para preservar a cultura de uma cidade, criar uma cidade sustentável.

Art. 4o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos: d) plano plurianual;

O art.35 da Lei 12.305/10 – sistema de coleta coletiva pelo poder público municipal.

Art. 35. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, os consumidores são obrigados a: I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados; II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. Parágrafo único. O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam do sistema de coleta seletiva referido no caput, na forma de lei municipal.

VII) Competência 1) Legislativa: a) Privativa

- União – art. 22, XI da CF (legislar sobre trânsito e mobilidade urbana);

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XI - trânsito e transporte;

- Estados – art. 25, §3º da CF (integrar a organização e planejamento de funções

públicas de interesse comum – funções sociais);

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Page 6: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

LC 760/94 – estabelece diretrizes para organização regional do estado de SP: art. 3º -

fala o que é região metropolitana; art. 4º e art. 5º.

Artigo 3.° - Considerar-se-á região metropolitana o agrupamento de municípios limítrofes, com destacada expressão nacional, a exigir planejamento integrado e ação conjunta com união permanente de esforços para a execução das funções públicas de interesse comum, dos entes públicos nela atuantes, que apresente, cumulativamente, as seguintes características: I - elevada densidade demográfica; II - significativa conurbação; III - funções urbanas e regionais com alto grau de diversidade; e IV - especialização e integração sócio-econômica. Artigo 4.° - Considerar-se-á aglomeração urbana o agrupamento de municípios limítrofes, a exigir planejamento integrado e a recomendar ação coordenada dos entes públicos nele atuantes, orientada para o exercício das funções públicas de interesse comum, que apresente, cumulativamente, as seguintes características: I - relações de integração funcional de natureza econômica-social; e II - urbanização contínua entre municípios ou manifesta tendência nesse sentido. Artigo 5.° - Considerar-se-á microrregião o agrupamento de municípios limítrofes a exigir planejamento integrado para seu desenvolvimento e integração regional, que apresente, cumulativamente, características de integração funcional de natureza físico-territorial, econômico -social e administrativa.

b) Exclusiva - município – art. 30, I da CF: legislar assuntos de interesse local.

Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local;

c) Concorrente

- art. 24 da CF – União, Estados e municípios de forma concorrente sobre direito urbanísticos.

Page 7: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

d) Municípios – art. 30, II da CF: legislar de forma suplementar, quando couber.

Art. 30. Compete aos Municípios: II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

Page 8: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

Por isso o estatuto da cidade no art. 3º diz que compete a União editar normas de caráter geral, portanto, é um piso protetivo mínimo federal.

Art. 3o Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana: I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional; III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; IV – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

2) Administrativa, executiva ou de cunho material:

a) Exclusiva - União

art. 21, IX da CF (zoneamento ambiental de cunho nacional e regional para ordenar o território, ZEE - Decreto 4297/02);

Art. 21. Compete à União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

Art. 21, XVIII da CF: Lei 12.608/2012

Art. 21. Compete à União: XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;

OBS: Importante para concursos da Defensoria e Procuradorias – defesa civil. Diversas obrigações estão elencadas no art.8º da Lei.

Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

Page 9: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por cento ao ano. § 2o O valor real da indenização: I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza após a notificação de que trata o § 2o do art. 5o desta Lei; II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios. § 3o Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos. § 4o O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público. § 5o O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatório. § 6o Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do § 5o as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei.

Art. 41 do Estatuto da Cidade – diz quando o plano diretor é obrigatório, e no Inciso VI consta que determinadas cidades TEM que fazer plano diretor para evitar calamidade pública.

Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades: I – com mais de vinte mil habitantes;

II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal; IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. § 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos

Page 10: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas. § 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido.

Art. 21, XX da CF:

Art. 21. Compete à União: XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

- Daqui que saiu a Lei 11.445/07 - Estatuto da Cidade - Lei 12.587/2012: tinha o objetivo de fazer com que os municípios

promovessem os planos de mobilidade urbana. - Municípios:

Art. 30, V da CF

Art. 30. Compete aos Municípios: V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

Art. 30, III da CF: uso, parcelamento (loteamento) e ocupação do solo urbano.

Art. 30. Compete aos Municípios: III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

Ou seja, toda ocupação irregular e loteamento ilegal o município responde, pois p município tem que tutelar essa utilização, e o MP pode propor ação com obrigação de fazer.

Art. 30, IX da CF

Art. 30. Compete aos Municípios:

Page 11: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

b) Competência Comum União, Estados, DF e Município devem de forma comum – art. 23, III, IV, VI (art. 3º, III

da LPNMA) e VII da CF.

Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

3) Administrativa (especifica)

a) Art. 182 caput da CF: instalar a política urbana para criar a cidade sustentável. b) Art. 182, §1º da CF: criando o plano diretor, é o principal instrumento de política

urbana. A CF cita apena suma hipótese mais o art. 41 do Estatuto da Cidade citam diversos casos.

c) Art. 182, §2º da CF: poder de polícia, é obrigação do município fiscalizar e tutelar. d) Art. 182, §4 da CF: executivo municipal, quando tem um mau uso da propriedade

urbana. Tudo para dar a função social da propriedade.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar

Page 12: AE SATPRES Urbanistico LAntonio Aula 01 e 02 17.04.2014 Priscila

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Direito Urbanístico

Luis Antonio Data: 17/04/2014

Aula 1 e 2

INTENSIVO MODULAR COMPLETO - AVANÇADO Anotadora: Priscila Ferreira

Complexo Educacional Damásio de Jesus

o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. § 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

VIII) Direito à cidade sustentável: é um direito fundamento da pessoa humana.

A era dos direitos – Roberto Bobbio: diz que na tarefa de concretizar a dignidade... a dignidade é constantemente alterada e algumas coisas que não damos valor hoje, amanhã será importante.

Então a dignidade é uma evolução é um grande princípio que está em construção a cada dia.

É um direito fundamental. IX) Direito a moradia: também é um direito fundamental e é dignidade humana. Os dois últimos fazem parte do “mínimo existencial”.