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DOSSIÊ

HSM EXPOMANAGEMENT

2014

Prof. Isaac Martins

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#3 dias de muito conteúdo, networking

e insights

Olá caro leitor ,

Me chamo Isaac Martins e sou fundador do Instituto Isaac Martins empresa que

atua no desenvolvimento de ninjas (talentos).

Por ser professor, sou apaixonado por compartilhar. Se você já me conhece

sabe bem disso.

Foi pensando nessa missão que, juntamente com minha equipe, reunimos um

rico material da última HSM EXPOMANAGEMENT 2014, um mega evento

realizado no início de novembro de 2014.

Tenho certeza que esse material vai ajudá-lo.

Foram 3 dias de muitas ideias.

Boa leitura e não esqueça de visitar o meu site www.institutoim.com.br

Abs,

Isaac Martins

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#colaboradores

Sozinho não chegamos à lugar nenhum!

Participaram desse material:

Elaine de Oliveira Martins; [email protected]

Juliana Batista de Oliveira; [email protected]

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#Índice

Jonatt Berguer 06

Ricardo Amorin 10

Chad Hurley 13

Rita Gunther 17

César Souza 21

Nolan 24

Suzan Cain 28

Al Gore 32

Artur e Miguel 34

Jim Collins 36

Tal Ben-Shahar 40

Robert McKee 43

Raj Sisodia 46

Clóvis de Barros 49

A.Osterwalder 51

Thomaz Davenport 55

Ram Charan 58

Primeiro Dia 65

Segundo Dia 66

Terceiro Dia 67

Bibliografia 69

Quem somos 71

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COMO VIRALIZAR IDEIAS,

PRODUTOS E SERVIÇOS

Aos 32 anos, o americano Jonatt Berguer é considerado um

dos gurus do marketing digital atual. Fruto de dez anos de

estudos, suas ideias, aplicadas em Wharton (Universidade da

Pensilvânia), fogem do senso comum. Ele não se preocupa

tanto em entender as novas tecnologias ou montar estratégias

para aplicar nas redes sociais.

Berger defende que o importante para entender os estímulos e

as razões que fazem produtos, ideias e

comportamentos "viralizem" é se concentrar na mensagem e

não no meio. "O futuro do marketing não é digital. É

comportamental. Não é entender só como funcionam as

tecnologias, mas sim buscar o que fazem as pessoas

compartilharem produtos e serviços", afirmou, durante sua

palestra

"Um dólar gasto no boca a boca chega a ir dez vezes mais longe do que

a publicidade. Pense no último filme que você viu ou restaurante que

foi. Você não viu isso em um comercial. Foi indicação de alguém", diz.

Com tantas empresas repetindo o discurso de ter o melhor produto, os

consumidores tendem a se perder e, no fim, achar que "tudo é igual".

Para criar um boca a boca eficaz, que acabe se refletindo no

faturamento da empresa, Berger defende que é preciso ir além do

investimento em digital. "Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube...qual

porcentagem do boca a boca ocorre online? Apenas 7%.

Você pode ter milhões de seguidores, mas para colocar seu produto na

cabeça das pessoas é preciso colocá-los na conversa do café da manhã,

no almoço, na relação interpessoal". E como fazer isso?

Em seu livro, o americano lista possíveis caminhos para chegar lá.

Confira na próxima página:

6

Jonatt Berguer

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COMO

VIRALIZAR

IDEIAS,

PRODUTOS E

SERVIÇOS

Encontre a moeda social - "Se você criar um vídeo

viral e conseguir 10 milhões de visualizações,

parabéns pelo trabalho. Mas essa não é a meta.

Você não quer que sua empresa seja popular só

hoje. Entenda por que as pessoas gostam e compram

seu produto. Faça com que elas se sintam especiais.

Pense que a roupa que elas usam, o carro que elas

dirigem...é tudo uma escolha. E mostra aos outros

quem elas são. O que alguém usa, o que alguém fala

é um sinal de quem a pessoa é. Faça os

consumidores parecem bem nas interações sociais

ao compartilhar seu produto e serviço. Que eles

pareçam inteligentes ou bem informados, por

exemplo".

Como fazer o consumidor se sentir especial -

"Gosto muito do que a Coca-Cola fez ao colocar os

nomes de pessoas nas embalagens das garrafas.

Fizeram com que os consumidores se sentissem

especiais. Quando eles viam uma garrafa com o

nome deles ou de algum amigo, a probabilidade de

comprar o refrigerante era muito maior. É gostoso se

sentir VIP"

Encontre algo notável do seu produto ou serviço -

"Uma empresa conseguiu 200 milhões de

visualizações com um vídeo de um liquidificador. A

Blentec colocou o CEO da empresa para fazer um

comercial em que ele moía um iPhone na máquina.

Eles conseguiram promover um produto pouco

interessante, um negócio chato. Gastaram US$ 50 e

aumentaram em 700% as vendas. Ele mostrou para

as pessoas a potência do produto, sem fazer um

comercial que simplesmente listasse suas

características. Muitas vezes você acha que tem que

chegar e falar do produto, explicar por que ele é

melhor. Se eles falassem que o liquidificador era

muito potente, ninguém iria compartilhar o vídeo.

Em vez disso, mostraram essa característica de uma

forma notável. Qualquer coisa pode ser notável, se

você encontrar a notoriedade interna. Mostrar, em

vez de falar. Não há produto chato"

Qual é o gatilho do seu produto? - "Descubra as

possíveis associações que podem ser feitas com seu

produto e serviço. Alguns psicólogos fizeram uma

experiência num supermercado: em alguns dias,

colocaram música alemã de fundo. Em outros,

francesa. Nos primeiros, a venda de vinhos alemães

cresceu muito. Nos outros, a de franceses. Por quê?

A música mudou o gosto do cliente? Não. Só lembrou

para ele que existia aquele vinho. O erro das

empresas é achar que se o consumidor gosta dos

produtos, eles vão comprar sempre. Mas não. Eles

precisam ser lembrados do produto. Ache algo que

faça uma ligação com o seu produto e o efeito é

muito maior do que a publicidade tradicional.

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Descubra as possíveis associações que

podem ser feitas com seu produto e serviço.

O Kit Kat, por exemplo, lançou um anúncio relacionando o chocolate ao café.

Um slogan simples. Mas as pessoas bebem muito café e aí elas passaram a

consumir muito mais o Kit Kat. Aumentaram de US$ 300 milhões para US$ 500

milhões o faturamento. Não é mudança no gosto"

Torne seu produto visível para as pessoas poderem imitá-lo - "É aquela velha

máxima do restaurante. Por que eles precisam ter janelas? Para que as pessoas

de fora vejam a lotação. Restaurante cheio acaba virando sinônimo de

qualidade. Ninguém quer ir a restaurante vazio. A Apple tem um grande

exemplo. Todo mundo usava fone de ouvido preto. Todas as empresas

fabricavam fone preto. O que a Apple fez? Lançou o fone branco. Tornou o fone

mais visível. As pessoas passaram a notar. Como chamou mais atenção, pareceu

que mais gente usava fone branco - o que estimulou ainda mais a compra e

venda do produto".

Invista em histórias - "A gente precisa parar de só vender e começar a contar

histórias. Um exemplo é a propaganda que viralizou do Panda Cheese "Never

Say No To Panda". O panda não é só engraçado. Desafio vocês a contar esse

comercial a alguém e não falar Panda, o nome da marca do queijo. Eles

construíram um cavalo de troia - uma historia que carrega a mensagem. O

objetivo não é só falar com humor - nem precisa de humor sempre. Mas sempre

precisa de uma mensagem consistente"

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Cenários para o Brasil

em 2015

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O Economista Ricardo Amorim, um dos apresentadores do programa “Manhattan Connection”, da

Rede Globo, participou do HSM ExpoManagement 2014. Amorim falou para uma plateia de executivos

sobre o cenário brasileiro no próximo ano. Confira os principais pontos da palestra, abaixo:

“Por que o Brasil não cresceu como os demais países emergentes nos últimos quatro anos? Tinha uma

Dilma no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma Dilma”, afirmou o economista Ricardo

Amorim, arrancando risos dos executivos presentes

Em sua palestra, Amorim fez uma análise da performance da economia mundial nas últimas décadas,

com foco na comparação entre o desempenho do Brasil e do resto do mundo. Também analisou os

motivos do menor crescimento nos últimos anos e comentou as perspectivas para o segundo

mandato da presidente Dilma.

Dois caminhos para Dilma. Para o economista a presidente percebeu, com o resultado da eleição,

que precisa mudar os rumos da política econômica. “Eu não tenho nenhuma dúvida que Dilma vai

mudar a política econômica. O que eu não sei é para que lado ela vai mudar”, afirmou Ricardo

Amorim. Segundo ele, as mudanças tanto podem ser no sentido de maior intervencionismo do

governo na economia ou no sentido oposto, como a recente medida de aumento na taxa de juros

parece indicar. “Ela é inteligente e sabe que precisa reconquistar a confiança”, disse Amorim.

Ricardo Amorim

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Riscos e oportunidades: Para Amorim, o novo governo

precisa sinalizar um choque de confiança para o

mercado. A situação política instável, com o escândalo

em torno da Petrobras, e um possível regime hídrico

desfavorável neste verão, apontando para um

racionamento de energia em 2015, são os maiores riscos

para o início do mandato de Dilma. Segundo o

economista, a receita para reconquistar a confiança

passa por uma política agressiva de estimulo à produção

e aumento da produtividade, para recolocar o Brasil na

rota do crescimento.

Sem bolha: Amorim revelou que tem feito pesquisas

sobre o mercado imobiliário brasileiro e garantiu que

não há qualquer risco de uma bolha estar sendo inflada

ou estourar neste momento ou nos próximos anos.

Amorim defendeu que, apesar do preço dos imóveis

estar alto, o setor não vive uma crise, pelo menos não

do ponto de vista de quem quer comprar um imóvel. "Eu

estudei 509 cidades, sendo 12 brasileiras, de 123 países.

O Brasil é só o 48º mais caro, quando se considera o

preço em relação à capacidade de pagamento da

população. Os imóveis aqui estão mais baratos que a

média dos países emergentes. Em Cuba e El Salvador, o

preço é de duas a quatro vezes maior", afirmou. Na Nova

Guiné, cinco vezes.

14 Setores que vão crescer em 2015

Comércio (mais do que indústria)

Serviços

Agronegócio

Interior das grandes capitais

Centro Oeste

Norte

Nordeste

Educação

Saúde

Infra estrutura

Petróleo e gás

Automação e tecnologia

Automotivo

Imobiliário

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Em cinco anos anunciantes

verão YouTube como TV

Em uma das apresentações mais esperadas da HSM Expo Management 2014, o co-

fundador do YouTube, Chad Hurley, foi entrevistado por Rivadavia Drumond,

presidente da HSM, durante uma hora.

Hurley afirmou que não acredita que o YouTube vá ser a única solução para a

divulgação de vídeos, mas acredita que em um prazo de cinco anos

os anunciantes já entenderão as plataformas on-lines da mesma maneira que

entendem a TV aberta hoje.

“Você já tem mais chance de atingir seu público on-line do que na TV aberta. Não

sei exatamente quanto tempo vai levar, talvez uns cinco anos”.

Chad Hurley também analisou a onda de séries produzidas para a televisão.

“Estamos vendo duas coisas acontecerem ao mesmo tempo. O crescimento do

YouTube e um outro movimento, que acontece na TV e no cinema”, afirmou. “No

cinema, só filmes de sucesso, os blockbusters, recebem financiamento. Isto levou o

talento do cinema para a televisão, com as séries, que são outro jeito de contar

boas histórias”, disse.

13

Chad Hurley

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Durante sua palestra Chad Hurley define a rede como

"um mero reflexo do mundo". "Não importa de onde

você é, nem quem é você. Você sempre achará lá algo

que vai te interessar. Se está aprendendo música ou a

cozinhar, o YouTube te dá a resposta“.

"É um reflexo também dos desejos das novas gerações,

que querem consumir, criar e produzir durante todo o

tempo que puderem".

Se quando era uma startup, o YouTube nasceu como

uma solução para facilitar o envio e visualização de

vídeos, hoje ele é fonte de renda para diversos jovens,

essencial para diversas empresas e espaço de criação

importante dentro da própria internet. Com mais de

800 milhões de usuários, a abundância de conteúdo é

também o novo desafio da rede para o futuro, afirma

Hurley. "O YouTube não é força organizadora. É puro

caos".

"Já que todo mundo hoje tem a chance de criar seu

próprio conteúdo, há mais ferramentas que precisam

ser construídas, para que tanta informação faça

sentido para as pessoas. Os próximos passos - que são

também o de outros veículos e plataformas - passam

por editoração humana ou curadoria baseada em

algoritmos", afirmou.

Hurley define esse desafio como um "buraco no

mercado digital", ou seja, uma "oportunidade". Para

ele, as ferramentas atuais de edição final ou criação

de conteúdo ainda são muito complicadas e

demandam uma quantidade razoável de tempo. "O

usuário comum não tem tempo. Ele vai viajar para a

Amazônia, por exemplo, e tira fotos lá. Mas quando

volta está cansado e não tem tempo para organizar

vídeos, fotos. Como fazer com que essas informações

tenham sentido e que sejam consumidas depois?

Criando mais estrutura para ele". Formas de criar

roteiros, ferramentais mais rápidas e fáceis de

manusear estão entre os exemplos citados pelo

empresário para solucionar isso.

O YouTube não matará a TV.

O empresário defende que o YouTube gera um

"nivelamento de condições": "Não importa o tamanho

da sua empresa, você participa da mesma forma e

será julgado apenas pela qualidade do seu conteúdo.

O internauta faz sua programação e escolhe o que e

quando assistir".

O YOUTUBE É PURO CAOS

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As televisões digitais estão aí para provar que

elas não ficaram para trás. E Hurley acredita

que não há uma concorrência direta entre

YouTube e TV. "São tipos diferentes de consumo.

O YouTube é apenas mais uma opção". O

americano cita que, se de um lado o YouTube

ganha cada vez mais valor, de outro, as TVs

adaptam-se e, nos últimos anos, têm ganhado

até ares de cinema com a vinda de diretores e

roteiristas que, antes, faziam dinheiro em

Hollywood. "A TV ainda é uma oportunidade

enorme de ganhar dinheiro. Estamos vendo

séries no melhor formato cinema. E houve

reação do público, que tem assistido mais".

Os estúdios de criação do YouTube

Uma das grandes ações da plataforma

atualmente é a criação de estúdios de

produção de vídeo online. Há cinco

'YouTube Spaces' no mundo - o Brasil

ganhou um na semana passada, em São

Paulo.

Segundo Hurley, os estúdios são uma

forma que a empresa do Google

encontrou para fornecer ferramentas e

equipamento de qualidade aos seus

usuários. "O mundo da criação é o

mundo da oportunidade. É importante

termos uma solução, para que o volume

imenso de informações produzido faça

algum sentido".

A vantagem desses estúdios, afirma o

americano, é que "você não precisa

trabalhar em um grande estúdio para ter

acesso ao espaço". "Você só precisa ter

um canal com um determinado número

de seguidores para fazer o

agendamento. E, claro, uma história boa

para contar. É impressionante ver cada

vez mais gente interessada para criar um

conteúdo fantástico", afirma.

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"NÃO EXISTE MAIS

VANTAGEM

COMPETITIVA"

A professora da Columbia Business School, Rita Gunther, é reconhecida mundialmente como

uma das mais influentes pensadoras de gestão de empresas. Em seu último bestseller, "O fim

da vantagem competitiva", Gunther reflete sobre novas estratégias que levariam as empresas

da "inovação ocasional para a capacitação constante" e a uma "nova mentalidade de

liderança". Segundo Rita, é importante buscar uma "reconfinguração contínua". Neste

último quesito, ela gosta de contar um caso que envolve a Kodak e a Fuji — duas empresas

de fotografia que eram, na década de 70, marcas globais e reconhecidas pela inovação.

Em 1973, o preço da prata, matéria-prima para rolos de filmes fotográficos, aumentou

exponencialmente. A principal fonte para os produtos das duas empresas ficou caríssima,

ameaçando o negócio delas. Só que cada uma escolheu um caminho para lidar com o novo

fator. A Fuji resolveu parar de olhar só para si mesma e investiu em negócios que iam além

dos filmes. Sobreviveu, inovou-se e hoje tem 80 mil funcionários e uma receita de US$ 27

bilhões. Já a Kodak, sustentada por um único negócio, implodiu fábricas, demitiu

funcionários e foi buscar a inovação tarde demais. “A Kodak era uma marca global.

Considerava-se inquebrável e não enxergou que era hora de mudar. Muitos de seus líderes

acharam que o sucesso era para sempre”, com o aumento da prata, a Kodak perdeu sua

vantagem competitiva e nunca mais se recuperou.

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Rita Gunther

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Rita Gunther conta o caso para defender sua nova visão de estratégia:

"Vejo ainda muitas empresas agarrando-se às suas vantagens e

protegendo-as de incursões de concorrentes. E seguram isso o quanto

podem. Mas tudo tem um fim.

Outras empresa vêm, apostam em novas tecnologias e aquelas vantagens

antigas tornam-se menos evidentes", afirma. Este é, para a americana, o

grande perigo das empresas que chegam ao topo.

Durante a palestra, ela mostrou uma capa da revista Forbes com o CEO

da Nokia. "Um bilhão de clientes — alguém consegue alcançar o rei dos

celulares?". O ano era 2007 — quando a Apple lançou o primeiro iPhone. O

resultado, a gente já conhece. "Quando você está no topo do mundo e

tudo que você faz é mágico, fica difícil ouvir o alerta", diz. Para Gunther,

há no entanto, "indicadores da prata" que mostram como as empresas

podem adiantar-se antes que seja tarde demais:

Vantagens emergem e dissipam-se:

"Lá atrás começamos com jogos arcades, que deram o caminho para os

consoles e que abriram o espaço para dispositivos de múltiplos

propósitos. Existe um padrão nisso: um período que a vantagem da sua

empresa é concebida e você desfruta dessa sorte e ideia. Mas

inevitavelmente algum concorrente vai se comparar a você, um cliente

vai se chatear ou uma tecnologia vai chegar. E aí a erosão começa.

A sua empresa está pronta para agir na hora em que é preciso fazer

algo diferente?"

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+ O poder dos tímidos

Pense por 'baixo da estratégia'

"Quando eu comecei, todo mundo fazia análise

industrial, de market share, sobre quem gastou

mais em pesquisa e desenvolvimento. Mas era tudo

uma comparação entre pares, entre empresas do

mesmo setor. Mas, se isso já era errado lá atrás,

hoje é mais ainda. Temos setores competindo com

outros. É preciso olhar o todo. O Google não

pretendia fechar empresas que faziam mapas

impressos, eles queriam converter informações em

algoritmos. Mas aí entraram em concorrência

direta com o pessoal da Paper Maps, por exemplo."

Estabilidade é um erro — a reconfiguração é

contínua

"Fiz um estudo em 2009 com mais de 5 mil

empresas de capital aberto, que têm valor de

mercado acima de US$ 1 bilhão. Só 10 delas

cresceram o faturamento líquido em um período de

10 anos. Fui descobrir como e vi que essas

empresas não haviam feito demissões em massa,

fusões importante ou mudanças radicais. Pelo

contrário. Tinham uma adaptação constante, de

mudanças pequenas. Foram se transformando no

dia a dia."

A inovação não é ocasional

"Eu vejo que as empresas sabem a importância de

inovar. Mas elas não veem isso como uma proeficiência

sistemática, dentro de uma estrutura definida. E o

problema aqui não é ter boas ideias. Já há ideias

suficientes. É preciso torná-las protótipos, processos,

onde a inovação é um dos motores. A mentalidade tem

que ser: em vez de sair na capa da Forbes, lute pelo que

virá para saber como reagir."

O líder é cada vez mais importante

"Me preocupa quando um líder diz a seus funcionários:

não me tragam surpresas. Eles não vão trazer e aí você

vai ficar sabendo dessas surpresas muito tarde. Gosto

muito do Alan Mulally, que transformou a Ford. Em 2006,

quando ele assumiu a cadeira de CEO, a empresa tinha

prejuízo de US$ 17 bilhões e muito disso devia-se ao fato

de que havia pequenos feudos na companhia — cada um

tinha seu império e as divisões não conversavam entre

si. Em uma de suas primeiras reuniões ele foi bem claro:

'Não dá para gerir um segredo'.

O bom líder dos dias atuais é aquele que recebe o

questionamento do status quo. É aquele que não tem

medo necessariamente de fracassar. Aí tem outra

questão. Se você consegue fracassar rápido, sem gastar

muito, você pode se dar ao luxo de ter vários fracassos.

Preocupe-se com o custo e não com o índice."

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Líderes não sabem gerenciar a si

mesmos

Segundo ele, um dos principais problemas que os líderes

encontram ao se "autogerenciar" é a administração do próprio

tempo. "O tempo é igual para todo mundo. O que é

necessário é saber dizer não e definir prioridades", disse.

Outro ponto em que os gestores pecam, de acordo com

Souza, é a conciliação das diversas dimensões da vida (como

saúde, amigos, vida espiritual e em comunidade) com o

trabalho.

"Há um preconceito de que se preocupar com essas coisas tira

o tempo do trabalho. Mas o que importa não é trabalhar

mais, e sim melhor. E quando você se exercita, está

oxigenando o cérebro. Quando está com os amigos, amplia

seu network. Quando trabalha em comunidade, se sente

bem. O sucesso está no equilíbrio", afirmou.

Além disso, de acordo com ele, quem lidera precisa ser

exemplo, ter inteligência emocional e coerência entre o que

diz e o que faz.

Para César Souza, presidente do Grupo

Empreenda, "o calcanhar de Aquiles da

maioria dos líderes é o

autogerenciamento". O que falta aos

comandantes não é competência, mas

sim o cuidado com eles mesmos.

"Competências são possíveis de

construir, aprender, ou complementar

com o conhecimento de outras pessoas",

afirmou.

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César Souza

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Dogmas ultrapassados

Conseguir gerir a si mesmo, entretanto, não é o único

desafio dos líderes. Falta saber formar outros líderes,

planejar sucessão e conseguir executar o que é planejado.

Muitos desses problemas, para Souza, são causados por

crenças e práticas ultrapassadas que ainda estão muito

presentes no dia a dia das companhias.

"Continuamos dirigindo empresas olhando pelo retrovisor,

com princípios de gestão da era industrial, pós-guerra.

Também existem ideias mortas, dogmas do passado, que

precisamos sepultar", disse.

Uma dessas ideias, segundo Souza, é a de que "o segredo é

a alma do negócio". Para ele, se a estratégia não for

compartilhada, as pessoas jamais irão se engajar e se "o

segredo" não for passado adiante, cedo ou tarde morrerá

com o seu dono, que levará junto consigo toda a

organização.

"É necessário criar condições na empresa para que outras

lideranças apareçam, para que a genialidade delas

apareça. O verdadeiro líder é aquele que tem gente ao

redor de si, não atrás. Seu papel é formar outros".

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90% DAS EMPRESAS NÃO

CONTRATARIAM STEVE JOBS

A vida de Nolan Bushnell é de dar inveja. E não apenas a nerds e geeks.

O americano fundou a Atari, tornando-se um dos pais da hoje

multimilionária indústria de videogames. Para sua empresa, contratou

Steve Jobs. Foi o primeiro e o único a dar um emprego ao futuro

fundador da Apple. Na época, Jobs estava longe de ser o candidato ideal,

sequer o candidato aceitável. Steve gostava de andar descalço, fugia dos

banhos e era temperamental. Por que apostar em alguém tão diferente?

"É muito fácil ir com a corrente, mas ao fazer isso você opta

pela mediocridade", afirmou Bushnell durante palestra no HSM Expo

Management. "Nos próximos dez anos, vamos experimentar mais

mudanças do que nunca. As empresas que não mudarem ficarão para

trás". Para isso, encontrar profissionais que fujam ao senso comum é

necessário.

Não que seja fácil. "Steve era uma pessoa difícil. Ele tinha muita paixão,

mas era terrível com muitos de seus colegas. Para resolver a situação,

decidi colocá-lo no turno da noite. Veja bem, não tínhamos um turno

noturno na Atari", afirmou Bushnell. "Eu também sabia que Wozniak

[cofundador da Apple] era um engenheiro genial e provavelmente

passaria algumas noites com o Jobs. Foi como contratar dois Steves pelo

preço de um."

24

Nolan Bushnell

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Bushnell acredita que, mesmo hoje, sua opção pela

contratação de Jobs seria uma exceção. "90% das

empresas não contratariam Steve Jobs. As práticas das

companhias e seus processos de recrutamento

eliminam pessoas como ele. Alguns podem até estar

dentro das empresas, mas não conseguem prosperar,

ter sua criatividade aproveitada."

Como evitar esse erros e atrair os melhores

profissionais? Bushnell dá sua receita:

Faça propaganda da sua empresa

"Steve nos encontrou porque tínhamos um ambiente de

trabalho muito descontraído. Nós nos divertíamos

bastante. Tínhamos festa e muitos jogos. Nosso

ambiente era muito 'estranho' para o Vale do Silício da

época. Não nos importávamos se os funcionários

vinham à empresa, quando vinham, como se

vestiam ou agiam, desde que eles fizessem seu

trabalho"

Celebre o fracasso

"É normal que as empresas, à medida que cresçam,

sejam tomadas pelos processos. Elas deixam de tomar

riscos, de pensar fora da caixa, de ser criativas. Porém,

a criatividade está intimamente ligada ao fracasso. Na

Atari, todos os bimestres tínhamos um jantar, onde

celebrávamos o funcionário que tinha tido a ideia mais

maluca que tinha falhado. Queríamos que as pessoas

falhassem para aprender. Sem errar, não se aprende.

Se você não cair, é porque não está andando rápido o

suficiente"

Procure intensidade

"Paixão é essencial. Seja apaixonado e se

rodeie de pessoas apaixonadas"

Encontre um lugar para os profissionais

"terríveis"

"Vira e mexe, encontramos profissionais

muito criativos, apaixonados e geniais,

porém sem habilidade social. Coloque-os

num porão. Crie um turno noturno para

eles. Encontre uma maneira"

Livre-se de quem sempre fala não

"Quando você sempre diz não, você está

sempre certo. Nunca assume

responsabilidade, não constrói nada.

Muitos profissionais constroem carreiras

inteiras assim. Eles estão matando a sua

empresa. Não tentar coisa novas não é

mais aceitável"

Mantenha o espírito de pequena

empresa

"Quando a companhia cresce, a

preocupação de proteger a marcar se

torna perigosa. Separe um grupo de

profissionais e deixe eles operarem como

uma startup"

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Faça seus funcionários lerem ficção científica

"Quem quer inventar o futuro deve ler ficção científica. O livro Diamond

Age, por exemplo, falava em iPad e nanotecnologia muito antes de eles

existirem"

Procure e vivencie tribos de inovação

"Frequente convenções de quadrinhos. Por quê? Porque metade das

pessoas lá é louca. Existe uma linha muito tênue entre genialidade e

loucura"

Difícil de colocar em prática? É mesmo. Bushell também deixou passar

oportunidades únicas por não arriscar. Ele recebeu uma proposta para

comprar um terço da Apple por US$ 50 mil. Não aceitou. "Desde então

me arrependo. Eu enxergava o Jobs como alguém muito talentoso, mas

não o via como capaz de fazer a Apple virar o que virou". Não dá para

acertar todas.

Mesmo com o crescimento da empresa, o espírito deve ser

sempre de uma empresa pequena. "Separe um grupo de

profissionais e os deixe operar como uma startup", recomenda

Nolan;

O diploma nem sempre é necessário. Steve Jobs, por exemplo,

nunca chegou a se formar, assim como Michael Dell e Richard

Branson.

A dica final de Nolan é sempre explorar o novo e buscar uma

linha entre a genialidade e a loucura.

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O PODER DOS TÍMIDOS

A próxima revolução no mundo dos negócios será silenciosa. Ao menos é o que defende a

americana Susan Cain, autora do bestseller "O Poder dos Quietos: como os tímidos e

introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar". Segundo estima, o grupo dos

silenciosos representa metade da população mundial. "A maior tendência dos negócios nos

próximos 10 anos será enfrentar o desafio de destravar o potencial desses profissionais",

afirmou Susan, em palestra realizada no HSM Expo.

"Está claro que para ser bem-sucedida uma empresa precisa das duas maneiras de pensar: a

dos introvertidos e dos extrovertidos".

O caminho para os introvertidos, no entanto, não será fácil. "Vivemos em uma cultura que diz

que todos precisam ser extrovertidos, mesmo que isso signifique não ser você mesmo. Metade

da humanidade é tímida, mas acaba adquirindo hábitos de extrovertidos. Eu, por exemplo, fui

uma advogada de Wall Street antes de me tornar uma escritora, que era o que eu realmente

queria".

Mas o que significa ser introvertido ou extrovertido?

Cain sugere um teste simples: "Depois de duas horas de uma boa festa, o que você pensa? O

introvertido começa a considerar ir para casa e isso tem uma razão biológica: eles são mais

sensíveis a estímulos. Já os extrovertidos precisam de mais agitação para não se entediarem".

A americana cita um estudo que mostrou que os extrovertidos se davam melhor ao tentar

resolver problemas de matemática quando havia mais barulho no ambiente. Já o contrário,

era válido para os introvertidos. "Isso mostra que não existe um ambiente que funcione

melhor para todos os profissionais". Essa, segundo ela, é uma primeira lição para as empresas.

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Susan Cain

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"Albert Einstein costumava dizer que não era tão

esperto assim. O que o diferenciava dos outros era

ficar com os problemas por mais tempo. O

megainvestidor Warren Buffett uma vez se

comparou a um pintor: 'Eu não ligo se alguém me

mandar pintar com mais vermelho. Eu não me

importo. É o meu quadro' ".

Isso não significa, Susan argumenta, que os

introvertidos não saibam trabalhar em grupos. "Há

estudos que mostram que os tímidos se dão bem no

trabalho em grupo. Mas é uma boa ideia para as

empresas deixá-los trabalhar inicialmente sozinhos,

para depois se juntarem aos demais. O processo de

criação é muitas vezes solitário". Até porque,

lembra a americana, como um ser social, os

humanos são altamente influenciados por seus

pares. Um fator favorável adicional ao trabalho

individual vem de outro estudo comentado por

Susan. Em uma reunião grande, três pessoas

costumam monopolizar a conversa por 70% do

tempo. Péssimo, considerando que provavelmente

elas não têm 70% das melhores ideias.

Como fazer reuniões?

Obviamente, o trabalho em grupo segue sendo

importante, assim como as reuniões são

fundamentais. Existem alguns truques para que

tanto introvertidos como extrovertidos

possam aproveitá-las melhor:

Introvertidos: "Pense no que você quer falar e tente falar o

mais cedo possível na reunião. Quem fala antes ganha mais

atenção ao longo do encontro inteiro. Aqueles que deixam

para falar depois geralmente são percebidos como alguém

que fica à margem".

Extrovertidos: "Tente ficar um pouco mais quieto. Sheryl

Sandberg, COO do Facebook e uma das mulheres mais

poderosas do Vale do Silício, chegou a contratar um coach

para aprender a falar menos e ouvir mais".

Uma nova liderança

Susan defende que há diversas maneiras de liderar.

"Precisamos redefinir o conceito de liderança. Um bom líder

não é necessariamente um líder carismático", diz. "Gandhi

costumava voltar correndo da escola para casa para não ter

que ficar conversando com as pessoas. Ele nunca gostou de

falar em público, mas o fazia porque se importava com as

causas que defendia".

Líderes introvertidos já estão presentes mundo corporativo.

Mesmo em uma cultura que identifica comportamentos

extrovertidos como traços de liderança, nomes de

introvertidos como Bill Gates, fundador da Microsoft, Larry

Page, fundador do Google, e Marissa Mayer, CEO do Yahoo,

integram a lista de importantes personalidades do mundo dos

negócios, aponta a americana. "Muitas vezes os tímidos nem

procuram os cargos de liderança, mas por serem tão

apaixonados pelo que fazem acabam chegando lá".

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Se os extrovertidos devem se preocupar em como

tratar os introvertidos, essa liderança silenciosa

também deve tomar um certo cuidado com os

extrovertidos. Susan dá um exemplo de sua vida

pessoal que pode ser transferido também para um

ambiente empresarial. "Quando o meu livro entrou

para a lista de bestsellers, meu marido, que é

extrovertido, deu pulos de alegria. Eu, uma

introvertida, estava tão feliz quanto, mas tive uma

reação mais discreta. Porém, eu sei que se algo de bom

acontece com ele, eu tenho que mostrar mais

empolgação, senão ele se chateia e interpreta como se

eu não ligasse tanto para aquilo. Esse mesmo

comportamento deve passar pela cabeça de um chefe

introvertido".

Se Susan estiver correta, extrovertidos e introvertidos

terão que passar muito tempo tentando se entender

nos próximos anos. Uma revolução silenciosa ainda é

uma revolução.

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Ex-vice-presidente dos EUA fala sobre os riscos

ao meio ambiente

O presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum, foi o responsável

pela apresentação do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al

Gore - líder mundial em conscientização ambiental e educação

sobre mudanças climáticas e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em

2007, Al Gore.

O político americano e guru ambiental, recentemente, lançou a

campanha global The Climate Reality Project (Projeto Realidade

Climática) e, em 2013, o livro O Futuro - seis desafios para mudar o

mundo.

Segundo Grynbaum, "Al Gore é um convidado muito especial que

falou do olhar de futuro e a transformação do mundo. Ele é um

visionário político, empresarial e ambiental, reconhecido em todo

o mundo. A palestra dele foi muito inspiradora",

Ele falou sobre o estágio crítico do consumo no mundo. "As

prateleiras dos supermercados estão abarrotadas de produtos, mas

não pensamos para onde vai todo esse lixo". O criador do PIB uma

vez disse para que não se utilizasse o método para medir o

crescimento de um país, porque ele não media aspectos negativos -

como a poluição - e nem os positivos- como os avanços sociais.

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Al Gore

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Outro ponto abordado por Al Gore foi o uso de antibióticos em animais,

para que eles se desenvolvam mais rapidamente, trazendo um lucro

maior ao proprietário. O antibiótico fica na carne do animal, que depois

passa para o ser humano. ''E o que acontece? Os antibióticos começam a

não fazer efeito nas pessoas. O que é mais importante: acelerar o

crescimento do gado em função de um lucro mais imediato ou promover

qualidade de vida e saúde"?

Ainda falando sobre meio ambiente, questionou o que a falta de água

tem a ver com a Amazônia. " A causa principal é o desmatamento. A

rolagem das nuvens de vapor não encontra resistência. E a crise

climática já afeta a produção de alimentos".

Além de abrir a palestra de Al Gore, Artur e Miguel Krigsner, fundador de

O Boticário e presidente do Conselho de Administração do Grupo

Boticário participaram de um talk show na ExpoManagement, na

segunda-feira (3).

Durante o talk show, os sócios e também cunhados, discutiram o que está

por trás do sucesso da empresa fundada em 1977 e hoje conta com

quatro unidades de negócio, mais de 3,8 mil pontos de venda e um

faturamento de R$ 8 bilhões varejo.

Ambos deram detalhes de como ocorreu o processo de sucessão na

presidência. A troca de comando no Grupo Boticário aconteceu em 2008.

A sucessão foi planejada com base nas premissas de governança

corporativa e só ocorreu após ser estabelecido um conselho de

administração, com Miguel Krigsner na presidência. Artur Grynbaum, que

trabalha no Grupo desde os 17 anos de idade, tornou-se o presidente

executivo da empresa.

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POR QUE A SUCESSÃO É TÃO

IMPORTANTE

Miguel Krigsner fundador do O Boticário e Arthur Grybaum, funcionário que começou no grupo

como assessor e é hoje seu amigo e cunhado falaram sobre sucessão.

Segundo os dois executivos - o processo de sucessão diz também muito sobre a relação da

empresa com seus franqueados. Em primeiro lugar, porque, antes de tudo, era preciso "passar

tranquilidade a eles". "Eles lidavam comigo há muitos anos e quando anunciamos minha saída,

eles não podiam pensar que a empresa estava à venda. Era preciso passar tranquilidade para que

eles continuassem investindo na companhia. Por isso o processo demorou anos", afirma Krigsner.

Outro fator diz respeito à gestão das franquias: a maioria, segundo Grybaum, é de cunho familiar.

"A franquia não é hereditária, é preciso provar o sucessor como bom operador do negócio. Em

1995, já começamos a discutir isso e fizemos uma convenção para os franqueados. Eles ficaram

assustados, falando que eram muito novos para deixar o cargo. Em 2008, mostramos que o

Krigsner também era muito novo para deixar o cargo. Mas demos o exemplo de que a empresa

precisa de mudanças".

Grybaum cita a criação do programa O Futuro em Nossas Mãos, que auxilia franqueados a

escolherem seus sucessores, por meio de palestras e consultorias especializadas. "Mostramos que,

assim como Miguel está hoje no conselho, o líder não precisa deixar a empresa e ir para casa

vestir o pijama. Sucessão bem feita faz com que as pessoas assumam outros papeis. Ninguém quer

abrir mão da experiência - e nem vai abrir", afirma. O programa, segundo o executivo, ajudou a

entender que não era O Boticário que escolheria quem ocuparia o novo comando das franquias e

que a interação de quem entra e sai é o que faz o negócio crescer na ponta e lá no alto.

Miguel KrigsnerArthur Grybaum

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As 5 lições de Jim Collins, tido

por muitos como o sucessor de

Peter Drucker

Ter o reconhecimento mundial da comunidade do Management e da Administração não é tarefa das mais fáceis.

Imagina, então, ser considerado por muitos o sucessor do grande maestro da Administração contemporânea. Jim

Collins foi o “cara” que alcançou esse status e hoje é um dos mais respeitados pensadores do mundo

management da atualidade, tido por muitos como o herdeiro de Peter Drucker.

Suas ideias e ideais já pararam em 3,5 milhões de livros vendidos em 29 idiomas diferentes. Em palestra no HSM

ExpoManagement de 2010, Jim Collins revelou algumas lições de bons modelos de Administração e cases de

grandes empresas duradouras que conseguiram um desempenho superior ao longo do tempo. Veja as cinco

grandes lições de Collins.

Lição 1 – Cuidado com o declínio

Jim Collins destaca que as grandes responsáveis pelo declínio de uma organização são as próprias empresas.

“Algumas empresas caem ou sobem e isso não é questão das circunstâncias, é questão da escolha consciente e

disciplina”, afirma.

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Jim Collins

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Collins destaca que existem cinco estágios do declínio e que é

preciso ficar atento a eles:

– Estágio 1: O excesso de confiança proveniente do sucesso

– Estágio 2: A busca indisciplinada por mais (escala,

crescimento, “aplausos”…)

– Estágio 3: A negação dos riscos e perigos

– Estágio 4: A luta desesperada pela salvação

– Estágio 5: A entrega à irrelevância ou à morte

Lição 2 – Seja um “líder nível 5″

Um dos elementos que fazem com que uma empresa deixe

de ser boa para ser excelente é a liderança. Para Collins,

essa liderança deve ser baseada em tomadas de decisões

corajosas, buscar fazer o melhor possível e, principalmente,

ter humildade. “O ingrediente mágico entre os grandes

CEOs não está em sua genialidade ou competência, mas em

sua humildade e boa-vontade”, explica.

Jim Collins afirma que essas pessoas são consideradas os

“líderes nível 5″ e possuem as qualidades dos níveis

anteriores. Nível 1: reúne as capacidades individuais. Nível

2: as de equipe. Nível 3: as de administração. Nível 4: reúne

habilidades de liderança: capacidade de comandar, dar

direção, mobilizar e transformar um grupo.

Lição 3 – Não fique arrogante com o sucesso

A queda das empresas, muitas vezes, está na continuidade do modelo

de gestão. Muitas empresas quando chegam ao sucesso mantêm o

formato que lhes deu bons resultados e se acomodam, ou seja, não

buscam inovar ou trazer algo diferente que agregue à empresa. “É

preciso manter a empolgação, a auto-estima, criatividade e

intensidade, mesmo quando tiver sucesso. Se as pessoas perdem isso,

há possibilidade de declínio”, afirma Collins.

De acordo com Collins, foi assim que a Johnson & Johnson e a Page

conseguiram se manter em mais de 100 anos de mercado.

Lição 4 – Não desmotive seus funcionários

Jim Collins explica que é comum ouvir que é preciso motivar os

funcionários da empresa. Mas, através de pesquisas em diversas

organizações pelo mundo, ele constatou que as características dos

funcionários contratados recentemente já indicam um grau de

motivação natural nesses profissionais.

Collins afirma, então, que a questão central não está na motivação

desses funcionários, mas em não desmotivá-los. O guru diz que isso é

possível quando a empresa está aberta a novas sugestões, encara

outros projetos e dá as ferramentas necessárias para o andamento do

trabalho.

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Lição 5 – Escolha as pessoas certas

“A habilidade executiva número um é escolher as pessoas certas e colocá-

las nas posições certas”, afirma Collins. Ele destaca que ter uma equipe

comprometida com a empresa e ocupando os cargos ideais aumentam

drasticamente as chances de o empreendimento dar certo.

Collins indica que existem algumas características para saber se a empresa

contratou o profissional certo. Entre elas estão:

– pessoas certas se encaixam nos valores da corporação;

– pessoas certas não precisam ser gerenciadas de perto;

– pessoas certas compreendem que não tem emprego, mas sim

responsabilidade;

– Elas fazem 100% do que realmente se propõe a fazer;

– Elas têm uma enorme paixão pela empresa e pelo trabalho que exercem.

Jim Collins

É um dos mais respeitado pensador do mundo de management da

atualidade e considerado o sucessor de Peter Drucker. Jim Collins escreveu

quatro livros – incluindo o clássico Built to Last, que registra 3,5 milhões de

cópias vendidas em 29 idiomas e até hoje figura em listas de best-sellers.

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"AS PERGUNTAS SÃO MAIS IMPORTANTES DO

QUE AS RESPOSTAS"

Tal Ben-Shahar, especialista em liderança e psicologia positiva, decide fazer

uma experiência. Antes de colocar um slide com diversas formas geométricas, pede para que o

público contabilize, em 30 segundos, quantas formas diferentes existem na figura que ele irá

mostrar. Finalizado este tempo, ele pergunta: quantas formas vocês contaram?

As respostas até variam, mas todos parecem ter algum palpite. Shabar,

então, muda a pergunta: que horas marcava o relógio da figura?

Relógio? Quantas crianças era possível ver dentro do ônibus? Criança no

ônibus? Silêncio. Ninguém - ou praticamente ninguém - havia reparado

que existia um relógio ou um ônibus. O foco estava voltado para outra

tarefa.

"As perguntas são importantes, porque criam realidades ao definir as

respostas", afirmou Shabar durante palestra no HSM Expo Management.

Formado em em filosofia e psicologia por Harvard, Shabar também é PhD

pela faculdade em Comportamento Organizacional. Ele é autor de dois

bestsellers: Choose the life you want e Being Happy - traduzidos para

mais de 25 idiomas.

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Tal Ben-Shahar

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"O relacionamento talvez tenha milhares de coisas boas, mas se o indivíduo só se

perguntar sobre o que vai mal, de fato, essas coisas maravilhosas começam a

desaparecer. É como com o ônibus e o relógio. As pessoas passam a não enxergar mais",

diz Shabar."Não é de se surpreender que tantos relacionamentos acabem".

O psicólogo diz saber exatamente qual é o problema do relacionamento de todas as

pessoas."O seu parceiro não é perfeito. E quer saber mais? O parceiro do seu parceiro

também não é perfeito", brinca. "Por isso, os problemas potenciais se multiplicam

exponencialmente".

Troque a pergunta

Segundo Shabar, desde os anos 80, a psicologia positiva tem tentado provar que o simples

gesto de trocar a pergunta "o que está errado?" para "o que faz as pessoas darem certo,

mesmo em ambientes com adversidades?" aumenta o nível de felicidade. No ambiente

corporativo, a concentração sobre o que está funcionando tornaria os times e profissionais

mais competentes. Shabar cita uma pesquisa que realizou uma pequena experiências com

funcionários de uma empresa. "Eles foram instados a listar por um tempo um progresso feito

durante o dia de trabalho. Ao final da jornada, passaram a relatar uma satisfação maior

com o trabalho e apresentar até mesmo um nível maior de resultados". Outro exemplo

citado por ele é de uma experiência similar, que pediu para que as pessoas listassem todos

os dias, antes de dormir, cinco coisas pelas quais eram gratas. "Houve nesse grupo um

aumento da felicidade e até melhoria na saúde", afirmou.

"É muito comum pacientes terminais relatarem se sentirem vivos pela primeira vez na

vida. Dizerem que conseguem apreciar mais os amigos, a família ... Tudo isso existia

antes, mas não era visto por eles", afirma Shabar. Mas será que precisamos que algo

trágico aconteça em nossas vidas para apreciarmos tudo que está dentro de nós e ao

nosso redor?, questiona o psicólogo. A resposta é óbvia: não. Basta apenas, segundo ele,

fazer as perguntas certas.

• "Por muito tempo, a psicologia, preocupou-se

em perguntar o que estava errado com as

pessoas. Nos anos 80, quando surgiu a

psicologia positiva, isso começou a mudar.

Percebeu-se que, para ser mais efetivo na

resolução de problemas, era preciso

concentrar-se no que dava certo". Mas por

quê?

• O experimento de Shabar mostra que as

pessoas enxergam apenas um pedacinho da

realidade que está na frente delas. "Isso não

é necessariamente um problema, se tivermos

a consciência de que é apenas um pedaço o

que estamos vendo. Se não percebermos isso,

no entanto, pagaremos um preço muito alto

em nossos relacionamentos e mesmo no

trabalho".

• Nos primeiros três ou quatro anos de um

relacionamento, a parte do nosso cérebro

responsável pelo nosso crítico em relação ao

parceiro simplesmente não funciona. Após

esse período, ela volta a operar - e a um

ritmo mais rápido que o usual, acendendo um

senso crítico maior. É quando as pessoas

começam a se perguntar: mas o que está

errado?

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“SE VOCÊ SÓ APRESENTAR NÚMEROS,

NINGUÉM VAI TE OUVIR”

Robert McKee não é ator nem diretor, mas possui 60 estatuetas do Oscar em seu currículo. Ok, não

foi bem ele quem levou os prêmios, mas seus alunos. O norte-americano é considerado o maior

especialista em storytelling do mundo e já deu aula para nomes conhecidos de Hollywood, como

Peter Jackson e Paul Haggis, roteiristas de Senhor dos Anéis e Menina de Ouro, respectivamente. Além

de ensinar técnicas de narrativa para o mundo do cinema, ele também ajuda empresas e executivos a

conquistarem suas plateias, sejam elas compostas de funcionários, clientes ou investidores.

Segundo McKee, contar histórias é um jeito eficiente de se comunicar com as pessoas, porque é assim

que a mente humana funciona. “A sua mente é uma máquina de fazer histórias. Quando você é

criança, a coisa mais natural é contar histórias. É dessa maneira que a mente foi desenhada por

milhões de anos para interpretar a realidade. Contar histórias é a única linguagem internacional e a

maneira de fazer as pessoas entenderem seu ponto de vista”, afirmou em palestra no HSM

ExpoManagement.

Ele afirma que vivemos em um mundo confuso, que faz cada vez menos sentido. Portanto, o que as

pessoas querem ouvir de um líder executivo é um relato dinâmico, honesto e que tenha a ver com

seus próprios objetivos. “Assim, elas entenderão o que você pensa e poderão se juntar a você. Elas te

seguirão e te acompanharão em direção à sua meta. Histórias 'empoderam' a liderança.”

Muitas pessoas têm dificuldade para entender o que é exatamente uma história. Na definição de

McKee, listas ou uma sequência de fatos cronológicos não são. É preciso haver uma sequência de

eventos ligados por causa e efeito e a contraposição de valores, como sucesso e fracasso, para criar

uma boa narrativa.

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Robert McKee

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“No caso dos

executivos, os dados

são o conteúdo e a

história é a forma”

“No caso dos executivos, os dados são o conteúdo e a história é a forma.

Eles andam juntos. Se você só apresentar números, ninguém vai te ouvir.

Se tudo o que você tiver for histórias, provavelmente será enrolação e

ninguém vai te escutar também. É preciso transformar em narrativa seu

conhecimento e contá-lo com profundidade”. O segredo, portanto, não é

excluir números ou fatos de exposições, mas sim apresentá-los de uma

maneira mais agradável ao público. “As histórias captam a atenção das

pessoas”.

A barreira dos executivos em relação ao jeito diferente de apresentar

seus argumentos e suas posições tem muito a ver com sua educação. Na

escola e nas universidades, eles são treinados para apresentar seus

argumentos, a partir de lógicas dedutivas ou indutivas, escrever

relatórios e tirar conclusões, excluindo a habilidade que cultivamos

desde a infância de amarrar os fatos e contá-los em forma de história.

Sobre o uso do PowerPoint em apresentações, ele afirma que não é

absolutamente contra a ferramenta. “É simplesmente um meio de

ilustrar os argumentos. O problema com o PowerPoint é mais embaixo: é

a lógica das empresas, como elas pensam e tentam convencer as pessoas

usando apenas a lógica indutiva. É uma dissertação escolar com efeitos

de Hollywood.”

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O PODER DAS

COMPANHIAS

MOVIDAS PELO

PROPÓSITO É

EXTRAORDINÁRIO

O capitalismo é bom para a sociedade, mas pode melhorar.

É essa, de uma maneira bem resumida, a tese do indiano

Raj Sisodia, professor, consultor e um dos fundadores do

movimento Capitalismo Consciente. Segundo Sisodia, desde

a revolução industrial, o mundo fez progressos

consideráveis, especialmente nos últimos cinquenta anos. A

renda média per capita cresceu, os direitos dos cidadãos

foram ampliados em boa parte do mundo e a pobreza pode

ser eliminada nos próximos 30 anos, caso os esforços sejam

mantidos no nível atual. Ele acredita que as empresas têm

um papel fundamental em melhorar a vida das pessoas, mas

perderam credibilidade nos últimos anos. Segundo dados dos

Estados Unidos, apenas 16% da população dizia confiar em

grandes empresas em 2009 – um número pior do que o

Congresso.

“Os negócios muitas vezes são relacionados à ganância e

exploração. Vocês já viram algum filme em que o herói é o

líder de uma companhia? Mas negócios são bons, porque

criam valor. São baseados na troca voluntária e tiram as

pessoas da pobreza. Precisamos celebrar os negócios e os

empreendedores como verdadeiros heróis do nosso tempo”,

afirmou Sisodia durante palestra no HSM Expo Management,

nesta quarta-feira (05/11), em São Paulo.

A barreira para uma percepção mais amigável em relação às

empresas é uma diferença de valores. Sisodia argumenta

que, desde o final da década de 1980, a sociedade passou

por grandes mudanças e adotou novos valores, mas poucas

companhias foram capazes de se adaptar.

RAJ SISODIA, UM DOS FUNDADORES DO MOVIMENTO CAPITALISMO CONSCIENTE

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O muro de Berlim caiu, Tim Berners-Lee criou a web, a defesa do meio ambiente entrou na pauta, o acesso à

educação foi ampliado e as mulheres passaram a ser maioria em muitos cursos universitários e profissões. Apesar

de as manchetes dos jornais estarem cheias de problemas, as estatísticas mostram que vivemos o momento mais

pacífico em milênios, diz Sidodia. A sociedade rejeita a violência, cobra mais compromisso com a verdade,

inclusão social e responsabilidade pelas ações. Mas quantas empresas realmente traduzem essa demanda?

Para Sisodia, as empresas precisam encontrar um

propósito maior, que vá além do lucro. Ele compara

o lucro às hemácias no corpo humano. Você precisa

delas para viver, mas não pode se ocupar a vida

inteira pensando em produzi-las. Esse é um dos

princípios chave do Capitalismo Consciente. O

interessante é que, segundo o consultor, as

companhias que têm uma razão de ser maior do que

só ganhar dinheiro geralmente acabam tendo

melhores resultados financeiros. Um levantamento

feito com as “empresas mais queridas” de 1998 a

2013 mostra que elas tiveram um retorno acumulado

de 1.681%, contra 118% do S&P 500. “Importa como

você faz dinheiro. Se o lucro é obtido colocando um

fardo sobre a sociedade, essa empresa é um

parasita. Devemos medir o sucesso olhando o

impacto que causamos na vida das pessoas”, defende

Sisodia.

A valorização e o cuidado com os funcionários

também é um aspecto importante do capitalismo

consciente. Ele cita um dado dos Estados Unidos que

mostra que 88% dos trabalhadores acham que suas

empresas não se importam com eles como pessoas.

“A maior parte dos negócios é gerido com o medo e

estresse. Não é por acaso que a maioria dos ataques

cardíacos acontece na segunda de manhã.”

Com a valorização de um propósito, as empresas

podem ganhar funcionários mais engajados. Mas há

um detalhe importante: para a construção de um

negócio consciente, é necessário ter líderes

conscientes. “Sabe, todo indiano precisa colocar um

slide de Gandhi em suas apresentações”, brinca

Sisodi, antes de citar uma frase do líder pacifista:

“seja a mudança que você deseja ver no mundo”.

“O poder das companhias movidas pelo propósito é extraordinário”, diz. Como exemplos, ele cita a rede de

supermercados Whole Foods, a Southwest Airlines e o Google. Na Whole Foods, por exemplo, há iniciativas como

a diferença máxima de 19 vezes entre o menor e o maior salário e 80% menos gastos com marketing.

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Somos gestores de

nossa própria

trajetória

A palestra de Clóvis de Barros Filho foi uma grande aula de filosofia e reflexão sobre valores e escolhas.

Professor de filosofia da Universidade de São Paulo e participou de obras como “A vida que vale a pena ser

vivida” e “Ética e comunicação organizacional”.

Filho comparou a diferença entre a natureza e o ser humano, pois nascemos sem saber e precisamos fazer

durante toda nossa vida escolhas. Seu exemplo de que um animal nasce e segue seus instintos já pronto

para agir como tal em qualquer situação. Nós seremos humanos construímos, mudamos, inventamos.

O professor disse aos participantes “Ninguém te amarra onde você não quer estar. Somos gestores de

nossa própria trajetória”. Escolher, segundo o dicionário, é identificar a alternativa de melhor valor. É

viver a vida que vale a pena ser vivida.

E ainda refletiu “Se você só faz aquilo que sabe fazer está resolvendo um problema que não existe mais. É

preciso ter coragem de propor aquilo que ninguém nunca fez. A disposição para refletir sobre o que é

certo e errado no mundo, isso chamamos de ética”.

E finalizou “sempre que torcemos para a semana acabar, o dia acabar estamos torcendo para a vida

acabar mais rápido.

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Clóvis de Barros Filho

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COMO AS GRANDES COMPANHIAS

PODEM INOVAR COMO STARTUPS “Ninguém quer ter um momento

Kodak”. É assim que Alexander

Osterwalder começou a conversa. A

Kodak era uma empresa bem-sucedida

e, em pouco tempo, desapareceu. A

empresa criou a primeira câmera

digital, mas não conseguiu encontrar

um modelo de negócios para o século

21. Ou seja, inovou no produto, mas

não conseguiu encontrar um jeito de

fazer dinheiro com ele.

Depois desse exemplo, Osterwalder

provoca os presentes. “Pensem em

quanto vocês investem em pesquisa e

desenvolvimento por ano. Agora,

pensem em quanto vocês investem em

encontrar modelos de negócios para

esses produtos e tecnologias. Pois é, a

maioria das empresas gasta próximo

de zero.”

A preocupação de como rentabilizar a

inovação deveria estar na agenda das

empresas, porque ter sucesso hoje não

significa que a companhia sobreviverá.

“Você precisa trabalhar

constantemente para ter sucesso

amanhã”, defende o empreendedor e

autor do bestseller Business Model

Generation.

Ele não tardou a citar a Apple como

exemplo. “A única razão por ela ser

uma das companhias mais bem-

sucedidas não é porque ela tem uma

tecnologia melhor, é porque ela tem

um modelo de negócios melhor”,

afirmou Osterwalder.

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Alexander Osterwalder

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Segundo ele, as grandes empresas já estabelecidas no

mercado podem ter um processo de inovação parecido

com o de startups. Porém, elas precisam encarar o

desafio de operar com duas mentalidades

completamente diferentes. Isto é, de um lado,

continuar fazendo o que sabem e o que lhes garante a

sobrevivência hoje, com modelos estabelecidos. Do

outro, formar uma equipe que tenha a liberdade de

criar e testar novas ideias e modelos de negócio que

podem ser o futuro da empresa. “Se você aplica ao

lado da inovação as regras de funcionamento do lado

que já existe, você mata a inovação”, diz. “Esse outro

lado requer cultura, processos, habilidades e

remuneração diferentes.”

Apesar de terem a desvantagem de avançar em um

ritmo mais lento que as startups, as grandes

companhias têm a vantagem de dar à área de

inovação acesso a recursos valiosos para testes de

novas ideias, como clientes ou vendedores

experientes.

Por fim, Osterwalder defende a criação de dois novos

cargos dentro das empresas para que essa dinâmica

funcione: o “chief corporate entrepeneur”

(presidente de empreendedorismo, com poderes

parecidos com o CEO) e o “chief internal ambassador”

(chefe-embaixador), com a função de construir pontes

entre os dois lados da empresa.

Como pensar um novo negócio

Para Osterwalder, é inútil criar um plano de negócios

quando se pretende criar um novo negócio. “Esse tipo de

plano para novas ideias não faz sentido: você não sabe o

que vai acontecer. O processo de criação não é linear, é

bagunçado”, diz. O que ele defende – e o que o tornou

famoso – é a produção de um “business model canvas”,

uma espécie de mapa com as informações sobre o futuro

negócio. A partir de respostas a perguntas como “quem

serão os clientes?”, “qual será seu produto?” e “como

você vai ganhar dinheiro? elabora-se um rascunho de

como funcionará a empresa.

O segundo passo é criar protótipos da ideia, e refletir

sobre possíveis mudanças no modelo que melhorem o

negócio e o tornem mais lucrativo.

Por fim, é preciso testar a ideia. “Não somos mais

espertos do que nossos clientes. Não sabemos se as ideias

vão funcionar, mas podemos testá-las”. Nesse momento,

é preciso refletir sobre quais são as condições para que a

ideia funcione. Depois, é preciso organizar de forma

hierárquica essas condições: qual delas é a mais

importante? Aí sim, chega o momento de levar a ideia

para fora e ver como as pessoas reagem a ela. Se as

condições mais importantes para que o negócio exista

não forem encontradas, é melhor voltar para o rascunho.

“Quanto mais você aprende, mais você pode investir nos

testes”, diz Osterwalder.

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Além de responder a essas perguntas, é preciso

pensar no que os clientes querem realizar e no que

eles esperam dessa organização.

"Colocar uma inovação em prática não é um processo linear. É caótico. É preciso avançar, ver o que não deu

certo, voltar algumas casas e caminhar de novo", disse Osterwalder. De acordo com o pensador, a ferramenta

Canvas, criada por ele, possibilita a visualização, teste e reinvenção de novos modelos de negócio sem gastar

muito dinheiro.

Basicamente, a Canvas indica como gerar valor para a nova empresa ou serviço que será criada. Isso é feito

por meio de uma série de questionamentos como: quem serão os nossos consumidores? Para quem criaremos

valor? Quem nos ajudará a atingir esse público? Que tipo de relacionamento vamos estabelecer com eles?

Como vamos ganhar dinheiro com isso? O que precisamos para esse modelo? O que vamos fazer para atingir

esse objetivo? Com que parceiros vamos trabalhar?

"E quando você tiver a prova de que tudo isso

funcionou, aí sim faz um modelo de negócios",

explicou. "O grande desafio, em empresas já

estabelecidas é montar esse tipo de sistema

operacional e ao mesmo tempo executar o que traz

o seu lucro no presente", completou.

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Big Data em ação;

Derrubando mitos, revelando

oportunidades

Dr. Thomas Davenport, professor no Babson College e um dos

principais pesquisadores no uso de métodos analíticos nas

empresas, autor do primeiro livro que colocou a capacidade

analítica como fator de diferenciação competitiva das empresas

(“Competing on Analytics”, publicado em 2007 com Jeanne Harris),

bem antes que o termo “big data” tivesse virado moda.

Apesar de considerar um bom número de empresas (tais como

Netflix, Facebook, Marriott, UPS) “competidores analíticos”, o

último degrau entre os cinco estágios de evolução que ele mesmo

definiu, ele acredita que ainda há muito o que fazer em vários

setores (incluindo a indústria farmacêutica, hospitais, clínicas,

seguradoras e operadoras de planos de saúde).

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Thomas Davenport

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Explicando os três tipos de análises: a análise descritiva tem como

objetivo explicar os fatos presentes ou passados, gerando relatórios

úteis para a gestão e melhoria dos processos de uma empresa.

Uma boa notícia para as empresas é que o “big data” já é uma

realidade. Por exemplo, análise genômica, dados coletados por

dispositivos médicos e mesmo por dispositivos de monitoramento

de atividade física são exemplos de dados em grande volume

(considerando uma população inteira), não estruturados e em

contínua atualização, características do “big data”.

Estamos ainda “arranhando a superfície” neste assunto,

mas já existem algumas iniciativas interessantes em

curso, muitas delas ainda em pequena escala, mas com

potencial para gerar grande impacto.

Ele menciona o exemplo da United HealthCare,

controladora da Amil, como uma empresa claramente

engajada em se tornar um competidor analítico. Através

de sua divisão Optum (que também está presente no

Brasil), a UnitedHealthCare transforma em realidade as

promessas de sua campanha “Health in Numbers” (saúde

em números).

Algumas recomendações para empresas que desejam

atingir o nível Analytics 3.0:

Comece aproveitando qualquer capacitação existente em

dados e análises

Adicione dados não estruturados, em grande escala, e

inovações em produtos e serviços

Incorpore os resultados aos processos e sistemas da

organização

Tenha na empresa a posição de “Chief Analytics Officer

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AS SETE HABILIDADES DE

UM GRANDE LÍDER

Integrar. Essa é a habilidade que os líderes das empresas precisarão treinar para

sobreviver na nova realidade do mundo dos negócios. Pelo menos é o que defende o

guru de gestão Ram Charan. Ele recorre a Steve Jobs para ilustrar seu argumento.

“Vocês conhecem o iPhone. Quantas partes ele tem? Como é o seu chip, seu software e

seu vidro? Quanta integração é necessária para juntar tudo isso? O Steve Jobs não

inventou nenhuma tecnologia. Ele só as uniu”, afirmou, durante palestra no HSM Expo

Management.

Charan compara um líder integrador a um diretor de cinema. Ele precisa pensar no

dinheiro, nos atores, nos efeitos especiais, nos roteiristas e na locação para apresentar

um trabalho final que entretenha e emocione o público. Ou a um maestro, que precisa

ficar de olho em vários músicos, cada um especialista em seu instrumento, e identificar

se há alguém fora de ritmo ou desafinado.

A capacidade de integração ganha importância no momento em que empresas da nova

geração, como Amazon, Google, Netflix, Apple e Alibaba, forçam mudanças dentro das

empresas tradicionais. Essas companhias são orientadas pela velocidade e pela

experiência do consumidor. Para alcançá-las, é necessário, segundo Charan, reduzir as

hierarquias para tornar as decisões mais dinâmicas e incentivar a colaboração. Além

disso, é importante criar times multidisciplinares.

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Ram Charan

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AS SETE

HABILIDADES DE UM

GRANDE LÍDER

Voltando ao exemplo do iPhone: para torná-lo realidade, foi

necessário unir especialistas em vidro, em chips, em software e

em design. Cada um deles é muito bom no que faz e tinha suas

propostas para criar o melhor em sua área. Mas, para produzir o

melhor produto possível, eles tiveram que ser integrados e

dialogar.

Charan listou as sete habilidades que os líderes integradores

precisam ter. Para se tornar um especialista no assunto, é

necessário praticar.

1. Tenha clareza da meta. Imagine e visualize onde você quer

chegar com sua empresa ou um produto

2. Selecione os melhores especialistas

3. Ouça e procure pela melhor ideia. Não se contente com as

primeiras opções colocadas na mesa e encoraje o time a

apresentar seu melhor

4. Conecte os especialistas, faça com que eles confrontem suas

ideias e tente encontrar os conflitos

5. Faça escolhas e tome decisões, de preferência em conjunto

6. Consiga que a equipe se comprometa com o todo

7. Execute e entregue

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Outros mapas mentais

A seguir, outros resumos de palestras que não assisti mas que com o mapa

mental você conseguirá ter uma ideia do que se tratou.

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Os trabalhos de ExpoManagement 2014 foram iniciados

pelo jovem professor Jonah Berger, autor do livro

'Contágio', que falou do impacto das epidemias sociais e

da importância da mensagem emocional no efeito viral

das coisas. Segundo ele, são 6 passos que geram um

Efeito Viral, curiosamente formando o acrônimo STEPPS

(step = passo em inglês): Moeda Social, Provocação,

Emoção, Público, Valor Prático e Histórias.

Na sequência, o economista e jornalista

brasileiro Ricardo Amorim fez suas considerações de

cenários para a economia do País. Analisou as causas da

crise econômica brasileira e do não-crescimento, além de

listar as 15 áreas/setores que vão crescer no Brasil a

despeito da crise. Interessantes oportunidades.

Chad Hurley, fundador do YouTube, falou em entrevista

de sua experiência com esse fenômeno que ajudou a

reinventar a comunicação moderna.

A profa. Rita McGrath que explicou o fenômeno (título de

seu livro) o Fim da Vantagem Competitiva, num leve

desafio às teorias de Michael Porter. Ela defende que

qualquer Vantagem Competitiva é efêmera, temporária e

facilmente copiável, superável. Para Rita, são 6

princípios que sustentam a boa estratégia:

1. Reconfiguração Contínua

2. Desligamento Saudável

3. Alocação Hábil de Recursos

4. Proficiência em Inovação

5. Nova Mentalidade em Liderança

6. Gestão Empreendedora de Carreiras.

A professor McGrath, também citou vários casos de insucesso

baseados em Estratégias 'Nostáligicas', que não admitem a

mudança.

O professor e consultor César Souza fechou o dia explicando

os atributos que as Empresas brasileiras buscam em um

Líder. Souza elencou esses atributos em 7 disciplinas:

1. Empresariamento (Gestão) de Resultados

2. Empresariamento de Pessoas

3. Empresariamento de Clientes

4. Empresariamento de Parceiros

5. Empresariamento de Tecnologia, Processos e Sistemas

6. Cultura e Valores

7. Auto-empresariamento

O destaque do dia, em minha visão, ficou por conta da

abordagem analítica de Rita McGrath sobre diversos erros

estratégicos de empresas baseados em vantagens

competitivas tênues.

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O segundo dia de ExpoManagement 2014 começou

com Nolan Bushnell, fundador da Atari, figura famosa do

Vale do Silício. Como primeiro e único profissional a

empregar Steve Jobs, contou como contratar e reter

talentos criativos, dando diversas dicas práticas.

Susan Cain deu prosseguimento aos trabalhos tratando

da introversão e o Poder dos Quietos. Segundo ela,

metade da população do mundo é Introvertida (a outra,

Extrovertida), no entanto vivemos em uma cultura que

valoriza apenas os Extrovertidos e as atitudes

extrovertidas. Com isso, estamos muitas vezes

desperdiçando talentos introvertidos por simplesmente

não saber como lidar com eles. Susan deu várias dicas

para vencer barreiras para ambos, Introvertidos e

Extrovertidos. Bem útil!

Al Gore, ex-presidente norte-americano, fechou a manhã

falando das 6 Forças que estão mudando o Mundo:

1. Automação do Trabalho

2. Novas Tecnologias de Comunicação (equipamentos

móveis inteligentes, internet das coisas e big data)

3. Balanço do Poder

4. Crescimento e Concentração Demográfica

5. Biotecnologias

6. Mudanças Climáticas

Jim Collins abriu a volta do almoço em videoconferência

tratando de uma tema que permeia seus 4 livros: a

Grandeza. Homem de perguntas, Collins enunciou suas

famosas 12 perguntas essenciais para um Líder de "Nível 5".

O prof. Tal Ben-Sharar na sequência explicou a abordagem

da Psicologia Positiva em contraste com a tradicional,

fechando o dia.

Um dia bem rico em conteúdos, difícil escolher um destaque.

Mas, dadas minhas preferências de temas, tendo a indicar

como destaque a abordagem de Susan Cain sobre os

Introvertidos (como eu...).

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O último dia de ExpoManagement 2014 começou

com Robert McKee que abordou interessantes aspectos

do Poder do Storytelling, explicando como criar histórias

fascinantes que prendem a atenção. Segundo McKee,

nosso cerebro é uma máquina de montar histórias e tem

7 poderes:

1. Inteligência

2. Autoconsciência

3. Consciência dos outros

4. Imaginação

5. Correlação

6. Insight

7. Auto expressão

Criar histórias é o que dá poder à Humanidade.

Na sequência, Raj Sisodia explicou quais as

características do Capitalismo Consciente, um conceito

muito interessante de como liberar o espírito heroico das

Empresas. Segundo ele, o novo mundo requer um novo

Capitalismo, mais consciente e humano, citando

empresas como a Whole Foods.

O prof. Ram Charan fechou os trabalhos da manhã,

abordando a nova competência dos grandes líderes:

Integração. As mudanças de mercado exigem estruturas

hierárquicas com apenas 4 níveis e líderes integradores

de experts. Charam citou alguns casos de empresas de

sucesso que aprenderam a integrar bem e ensinou o

processo de integração.

A jornada final começou com Thomas Davenport que

mostrou o Big Data em ação. Como a Análise de Dados

(Analytics) evoluiu da análise 1.0 para 2.0 e agora 3.0, com

ricos exemplos de empresas que passaram de usuárias

de Analytics para geradoras, para competidoras na base

de Analytics. Super interessante!

A edição 2014 da ExpoManagement foi encerrada

por Alexander Osterwalder que explicou o seu

famoso canvas de Inovação em Modelos de Negócios e o novo

canvas de Design de Proposta de Valor, tema de seu último

livro recém saído do forno e de certa forma derivado, um

"zoom" no canvas anterior, na parte de produto/serviço e

clientes.

Sem dúvida os ensinamentos de Ram Charan foram o ponto

alto do último dia de ExpoManagement 2014.

Enfim. Mais uma ExpoManagement que termina.

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#Bib

liogra

fia &

#Fonte

sAl Gore

•http://www.dci.com.br/dci-mais/palestra-de-al-gore-conta-com-participacao-de-artur-grynbaum,-do-grupo-boticario-id424683.html•http://www.atribuna.com.br/economia/ex-vice-presidente-dos-eua-fala-sobre-os-riscos-ao-meio-ambiente-1.412798

Rita Gunther•http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2014/11/nao-existe-mais-vantagem-competitiva-diz-rita-gunther.html•Imagem: RITA GUNTHER (FOTO: HSM DIVULGAÇÃO)•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/869880893045498/?type=1&theater

Jonah Berger •https://www.facebook.com/regenciaconsult/photos/a.259672980887874.1073741828.226279330893906/290247984497040/?type=1&theater•http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/11/como-viralizar-ideias-produtos-e-servicos.html•Imagem: JONAH BERGER (FOTO: HSM/DIVULGAÇÃO)

Raj Sisodia•http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/11/voce-ja-viu-algum-filme-em-que-o-heroi-e-o-lider-de-uma-companhia.html•Imagem: SISODIA (FOTO: DIVULGAÇÃO)•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/870474359652818/?type=1&theater

Chad Hurleyhttp://www.vitrinepublicitaria.net/noticias_do_mercado/10824/4/11/2014/em-cinco-anos-anunciantes-verao-youtube-como-tv-afirma-cofundador-chad-hurley/1

•http://www2.hsm.com.br/eventos/expomanagement-2014/palestrantes/chad-hurley•Imagem: HURLEY (FOTO: HSM/DIVULGAÇÃO)

Alexander Osterwalder•http://www.hsm.com.br/eventos/specialmanagement-program-alexander-os14•http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2014/11/grandes-companhias-podem-inovar-como-startups.html•Imagem: ALEXANDER OSTERWALDER (FOTO: HSM / DIVULGAÇÃO)• http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/inovar-sem-novo-modelo-de-negocios-e-receita-para-o-fracasso•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586719541582/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586699541584/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586709541583/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586732874914/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586739541580/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871586749541579/?type=1&theater

Continuidade da referência Alexander Osterwalder•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871688369531417/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871688449531409/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.871586686208252.1073741834.114474718586123/871688446198076/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/870545519645702/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.835754913124763.1073741828.114474718586123/870530116313909/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870517819648472/?type=1&theater

Thomas Davenport•http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,714533,Amil_traz_Thomas_Davenport_para_o_HSM_ExpoManagement_2014,714533,5.htm•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870497549650499/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/870547882978799/?type=1&theater•http://www.brasilbeneficios.com.br/geral/thomas-davenport-no-hsm-expomanagement-analytics-e-big-data-em-saude-e-medicina/

César Souza•http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-management/•http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/lideres-nao-sabem-gerenciar-a-si-mesmos-diz-cesar-souza•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870030273030560/?type=1&theater

Robert McKee•http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/11/se-voce-so-apresentar-numeros-ninguem-vai-te-ouvir.html•Imagem: MCKEE: (FOTO: AFP; OLIVIER LABAN-MATTEI)•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/870333706333550/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870331326333788/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870325279667726/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870322806334640/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870322526334668/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870308383002749/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870308383002749/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870306153002972/?type=1&theater69

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sRam Charan

•http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Empresa/noticia/2014/11/sete-habilidades-de-um-grande-lider.html•Imagem: RAM CHARAN (FOTO: DIVULGAÇÃO)•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.870463699653884.1073741832.114474718586123/870404119659842/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870391979661056/?type=1&theater•https://www.facebook.com/hsmbr/photos/a.162967837070144.32554.114474718586123/870376162995971/?type=1&theater

SUSAN CAIN•HTTP://EPOCANEGOCIOS.GLOBO.COM/INSPIRACAO/CARREIRA/NOTICIA/2014/11/O-PODER-DOS-TIMIDOS.HTML

Tal Ben-Shahar•https://www.facebook.com/regenciaconsult•Imagem: BEN-SHAHAR (FOTO: HSM DIVULGAÇÃO)•http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/11/perguntas-sao-mais-importantes-do-que-respostas.html

Jim Collins•http://www.sopadeideias.com.br/blog/tag/hsm-expo/

Nolan Bushnellhttp://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2014/11/90-das-empresas-nao-contratariam-steve-jobs.htmlhttp://corporate.canaltech.com.br/tag/Steve-Jobs/http://corporate.canaltech.com.br/tag/Steve-Jobs/#ixzz3IsAMyJWGhttp://www.pautasdeguarda.com.br/n/nadando-contra-a-mare-por-andreia-gentilini-milan/Imagem: nolan bushnell (foto: open space/lolastudio)

Clóvis de Barros Filhohttp://www.vagas.com.br/forumvagas/3-edicao/estamos-torcendo-pra-vida-acabar-antes/http://www.vagas.com.br/forumvagas/3-edicao/estamos-torcendo-pra-vida-acabar-antes/#sthash.7HswBO1E.dpuf

Artur Grynbam e Miguel Krigsnerhttp://www.grupoboticario.com.br/pt-br/imprensa/Paginas/Grupo-Boticario-estimula-discussao-insercao-sustentabilidade-negocios-HSM-ExpoManagement-2014.aspxhttp://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2014/11/por-que-sucessao-e-tao-importante-para-o-boticario.htmlImagem: (FOTO: DIVULGAÇÃO/HSM)

Ricardo Amorimhttp://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2014/11/ricardo-amorim-nao-vai-estourar-bolha-imobiliaria-no-brasil.htmlImagem RICARDO AMORIM (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)

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#Prof. Isaac Martins• Publicitário, pós graduado em Relações Públicas pela Universidade de São Paulo;• Mestre em Comunicação Organizacional pela USP;• Fundador do Instituto Isaac Martins;• Consultor com larga experiência – com foco em televendas & telemarketing;• Já atuou em mais de 150 segmentos diferentes em todo o Brasil;• Autor dos livros; SuperMotivado volume 1 e volume 2; 100 Atitudes de um Guerreiro e O segredo das vendas – as técnicas

matadoras de vendas – www.institutoim.com.br/livros• Professor de diversas entidades entre elas: Abrava, Artesp, Sindratar, Aapsa e Associação Comercial de São Paulo;• Colaborador de diversos sites e portais;• Palestrante dos maiores congressos da internet, entre eles: CONAEVE, CONALMA, SEBRANETE, CONAINC, LIDERAR e RH;• Desenvolvedor de cursos-online (visite o site www.institutoim.com.br/digital)

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