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O país Localizado no leste da Ásia, a China é o 3ºmaior do mundo, além de ser o mais populoso e estar entre as potências mundi- ais. Alguns países com quem faz fronteira são: Coreia do Nor- te, Índia, Paquistão, Vietnã, Rússia, Japão, Indonésia, Coréia do Sul, etc. A civilização chinesa é uma das mais antigas e ricas do mundo, com dinastias que possuíam a tecnologia mais de- senvolvida para suas épocas e com ligações com Europa e Áfri- ca durante as Rotas da Seda. Depois dos séculos de dinastias o país passou a ser uma república em 1912, foi destruída pelo Japão na II Guerra Mundial e devastada pela Guerra Civil Chi- nesa (1927-49). Em 1949, a China foi declarada república socia- lista por Mao Tsé-Tung com um sistema unipartidário, instituí- do até os dias atuais. É a 2ª maior economia do mundo, alta- mente diversificada e a que mais exporta atualmente. Suas exportações são principalmente de manufatura e varejo, side- rurgia , eletrônica, telecomunicação e tecnologia de ponta, que resultam em um saldo comercial positivo (mais exporta do que importa). Possui um Produto Interno Bruto (PIB) de US$12.8 trilhões, crescendo em média 6.3% ao ano. Entre os principais clientes se encontram EUA, Japão e Alemanha e está fortalecendo as relações de comércio e investimento com a África e América Latina. Seu Índice de Desenvolvimento Hu- mano (IDH) de 0,755, considerado alto, entanto, ainda é um país com altíssimos níveis de desigualdade socioeconômica. Perfil militar, tecnológico e direitos humanos A China é uma potência militar e nuclear do mundo, possuindo um exército grande e em ascensão. O país está na 2a posição dos que mais gastam com investimento nas suas forças arma- das, já passando a Rússia, são US$224 bilhões injetados na área pela China. Desde os anos 90 a China busca renovar e aprimorar seus equipamentos militares e estratégias de com- bate, principalmente nos meios marítimos, aéreos e sistemas de defesa antimíssil, mas o progresso veio antes na evolução da alta tecnologia chinesa, na sua indústria robotizada e no investimento pesado em Inteligência Artificial. Isso é resultado de um processo que até hoje está em andamento para mudar a percepção que tinham de uma China de produção inferior e/ou falsificada. A Rússia é a maior fornecedora de equipamentos militares para China e cooperam sobre segurança nacional e defesa. O país é um dos principais na atuação das missões de paz da ONU, e o 2º maior financiador das missões, ajuda com o fornecimento de soldados e equipamentos. Entretanto, esse engajamento com a segurança internacional não se equipara com a perspectiva ao se tratar de sua relação com Taiwan, além dos recentes embates com os EUA e a Coreia do Norte. Há inúmeros relatos de violações às liberdades de expressão, de opressão policial a manifestações, prisões sem justificativa e julgamento, desaparecimento de pessoas, entre outros. A China também detém um avançado sistema de vigilância por câmeras e pela monitoração de pessoas pela internet. O siste- ma é uma integração de mais de 250 mil câmeras com um sis- tema de inteligência artificial e de reconhecimento facial, além de um sistema de créditos sociais que avalia a reputação de seus cidadãos. Essas ações são amplamente criticadas por violar a privacidade das pessoas, mas o governo chinês se re- serva a utilizar tamanha vigilância pela eficiência em manter a segurança nacional. O país, os armamentos autônomos e participação internaci- onal Investe avidamente na produção de drones de combate e “jatos de quinta geração” com uma tecnologia invisível a rada- res e que quebra a barreira de som em velocidade supersônica, além do desenvolvimento de mísseis inteligentes. Em 2021 as Filipinas acusaram a China de invadir seus territórios maríti- mos com veículos aquáticos autônomos. O país pediu o bani- mento preventivo do uso SAALs, mas não de seu desenvolvi- mento. O governo reconhece que é algo “altamente comple- xo” , visto os complicados estudos jurídicos, humanitários e técnicos que são necessários para essa área. A aproximação com a Rússia é devido aos atritos diplomáticos e estratégicos com os EUA e por estes terem vetado no Conselho de Segurança (CSNU) uma proposta que atribui à Rússia a culpa do conflito com a Estônia no começo de 2025. Dossiê República Popular da China POR AGNU 2025 INFORMAÇÕES

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Page 1: Dossiê - WordPress.comaproximação com a Rússia é devido aos atritos diplomáticos e estratégicos com os EUA e por estes terem vetado no Conselho de Segurança (CSNU) uma proposta

O país

Localizado no leste da Ásia, a China é o 3ºmaior do mundo, além de ser o mais populoso e estar entre as potências mundi-ais. Alguns países com quem faz fronteira são: Coreia do Nor-te, Índia, Paquistão, Vietnã, Rússia, Japão, Indonésia, Coréia do Sul, etc. A civilização chinesa é uma das mais antigas e ricas do mundo, com dinastias que possuíam a tecnologia mais de-senvolvida para suas épocas e com ligações com Europa e Áfri-ca durante as Rotas da Seda. Depois dos séculos de dinastias o país passou a ser uma república em 1912, foi destruída pelo Japão na II Guerra Mundial e devastada pela Guerra Civil Chi-nesa (1927-49). Em 1949, a China foi declarada república socia-lista por Mao Tsé-Tung com um sistema unipartidário, instituí-do até os dias atuais. É a 2ª maior economia do mundo, alta-mente diversificada e a que mais exporta atualmente. Suas exportações são principalmente de manufatura e varejo, side-rurgia , eletrônica, telecomunicação e tecnologia de ponta, que resultam em um saldo comercial positivo (mais exporta do que importa). Possui um Produto Interno Bruto (PIB) de US$12.8 trilhões, crescendo em média 6.3% ao ano. Entre os principais clientes se encontram EUA, Japão e Alemanha e está fortalecendo as relações de comércio e investimento com a África e América Latina. Seu Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH) de 0,755, considerado alto, entanto, ainda é um país com altíssimos níveis de desigualdade socioeconômica. Perfil militar, tecnológico e direitos humanos A China é uma potência militar e nuclear do mundo, possuindo um exército grande e em ascensão. O país está na 2a posição dos que mais gastam com investimento nas suas forças arma-das, já passando a Rússia, são US$224 bilhões injetados na área pela China. Desde os anos 90 a China busca renovar e aprimorar seus equipamentos militares e estratégias de com-bate, principalmente nos meios marítimos, aéreos e sistemas de defesa antimíssil, mas o progresso veio antes na evolução da alta tecnologia chinesa, na sua indústria robotizada e no investimento pesado em Inteligência Artificial. Isso é resultado de um processo que até hoje está em andamento para mudar a

percepção que tinham de uma China de produção inferior e/ou falsificada. A Rússia é a maior fornecedora de equipamentos militares para China e cooperam sobre segurança nacional e defesa. O país é um dos principais na atuação das missões de paz da ONU, e o 2º maior financiador das missões, ajuda com o fornecimento de soldados e equipamentos. Entretanto, esse engajamento com a segurança internacional não se equipara com a perspectiva ao se tratar de sua relação com Taiwan, além dos recentes embates com os EUA e a Coreia do Norte. Há inúmeros relatos de violações às liberdades de expressão, de opressão policial a manifestações, prisões sem justificativa e julgamento, desaparecimento de pessoas, entre outros. A China também detém um avançado sistema de vigilância por câmeras e pela monitoração de pessoas pela internet. O siste-ma é uma integração de mais de 250 mil câmeras com um sis-tema de inteligência artificial e de reconhecimento facial, além de um sistema de créditos sociais que avalia a reputação de seus cidadãos. Essas ações são amplamente criticadas por violar a privacidade das pessoas, mas o governo chinês se re-serva a utilizar tamanha vigilância pela eficiência em manter a segurança nacional. O país, os armamentos autônomos e participação internaci-onal Investe avidamente na produção de drones de combate e “jatos de quinta geração” com uma tecnologia invisível a rada-res e que quebra a barreira de som em velocidade supersônica, além do desenvolvimento de mísseis inteligentes. Em 2021 as Filipinas acusaram a China de invadir seus territórios maríti-mos com veículos aquáticos autônomos. O país pediu o bani-mento preventivo do uso SAALs, mas não de seu desenvolvi-mento. O governo reconhece que é algo “altamente comple-xo” , visto os complicados estudos jurídicos, humanitários e técnicos que são necessários para essa área. A aproximação com a Rússia é devido aos atritos diplomáticos e estratégicos com os EUA e por estes terem vetado no Conselho de Segurança (CSNU) uma proposta que atribui à Rússia a culpa do conflito com a Estônia no começo de 2025.

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