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SIM EFG 2018 Simulação de ONU do Sebrae David Feres Myssior Lucas Augusto de Oliveira Borges Sofia Goulart CSNU- Guerra Civil Ucraniana 2017 Belo Horizonte 2018

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SIM EFG 2018

Simulação de ONU do Sebrae

David Feres Myssior

Lucas Augusto de Oliveira Borges

Sofia Goulart

CSNU- Guerra Civil Ucraniana 2017

Belo Horizonte

2018

 

 

SUMÁRIO 

1. O TEMA ................................................................................................................................... 3 1.2 Ucrânia 2014 ..................................................................................................................... 3 1.2 Crimeia .............................................................................................................................. 4 1.2.1 Importância da Crimeia ............................................................................................. 5 

1.3 Gás Natural ....................................................................................................................... 5 1.3 O Leste Ucraniano ............................................................................................................ 6 1.3.1 Referendo .................................................................................................................. 6 1.3.2 Conflitos e medidas tomadas .................................................................................... 7 

1.4 Cenário Mundial ............................................................................................................... 9 2. OBJETIVO DO COMITÊ ............................................................................................................ 9 3 DELEGAÇÕES ............................................................................................................................ 9 3.1 Criméia .............................................................................................................................. 9 3.2 Estado Plurinacional da Bolívia ....................................................................................... 10 3.3 Estados Unidos da América ............................................................................................ 11 3.4 Federação Russa ............................................................................................................. 12 3.5 Hungria ........................................................................................................................... 13 3.6 Japão ............................................................................................................................... 13 3.7 Reino Unido da Grã‐Bretanha e Irlanda do Norte .......................................................... 14 3.8 República Árabe da Síria ................................................................................................. 15 3.9 República Árabe do Egito ............................................................................................... 15 3.10 República Bolivariana da Venezuela ............................................................................. 16 3.11 República de Belarus .................................................................................................... 16 3.12 República Democrática Federal da Etiópia ................................................................... 17 3.13 República do Cazaquistão ............................................................................................. 18 3.14 República do Senegal .................................................................................................... 18 3.15 República Federal da Alemanha ................................................................................... 19 3.16 República Francesa ....................................................................................................... 20 3.17 República Italiana ......................................................................................................... 20 3.18 República Oriental do Uruguai ..................................................................................... 21 3.19 República Popular da China .......................................................................................... 22 3.20 Romênia ........................................................................................................................ 23 3.21‐ Suécia .......................................................................................................................... 23 3.22 Ucrânia .......................................................................................................................... 24 

 

 

1. O TEMA

1.2 Ucrânia 2014

A guerra civil ucraniana foi um conflito que se deu início no ano de 2014 com a oferta vinda

da União Europeia para que o país se juntasse ao bloco econômico. Tal ato era apoiado pela

maior parte da população que vivia na parte ocidental do território ucraniano, porém, era, ao

mesmo tempo, rejeitada pela parte oriental e pelo então presidente do país Víktor Fédorovych

Yanukóvytch que gostariam que sua nação continuasse obtendo relações econômicas com o

governo Russo.

Tal divergência de opiniões fez com que, no inverno de 2013/2014, a porção oeste do país

começasse a protestar exigindo um acordo imediato com o bloco econômico europeu. As

manifestações mobilizaram centenas de milhares de cidadãos ucranianos, essa pressão fez com

que o governo vigente tomasse providências radicais, como o uso de armas de fogo, violência

e humilhação generalizada. Vidas foram perdidas no conflito, mas os manifestantes

continuaram insistindo até que, após 93 dias contínuos de protestos, o governante fosse deposto

recebendo assim exílio em território Russo.

Tudo começou na capital Kiev, localizada no coração da Ucrânia, assim que souberam da

notícia de que Víktor Yanukóvytch havia rejeitado a proposta vinda da União Europeia, alguns

manifestantes compareceram na praça Maidan, exercendo seu direito de manifesto de forma

pacífica, ainda não haviam ocorrências que fizessem menção a qualquer tipo de conflitos

violentos, seja entre os próprios manifestantes ou entre estes e as forças do estado.

Os dias foram passando e a notícia de que tais protestos estavam sendo realizados se espalhou

pela população, o número de pessoas na praça crescia cada vez mais. Os protestantes dormiam

em pleno espaço público, improvisaram fogueiras e barracas para se proteger do rigoroso

inverno que atingia temperaturas negativas. Os grandes números começavam a chamar a

atenção do governo e da polícia, e o exército se declarava a favor do povo.

Em certo momento, após poucos dias de protesto, as forças especiais da polícia local (Berkut)

já se posicionavam em oposição aos manifestantes nos locais de protesto. A cada dia que se

passava, os homens que a representavam se demonstravam mais violentos com relação aos

protestantes, utilizavam armas brancas a princípio, com o fim de conter o avanço, pouco tempo

 

 

depois começaram a usar armas com bala de borracha e chegaram

ao ponto de contar com verdadeiras armas de fogo para o combate

aos ucranianos. Sabendo disso, aqueles que se encontravam na

praça, até então com um viés pacífico, começaram a se armar e se

organizar de fato, prédios públicos viraram centros de atendimento

médico voluntário, refeições eram feitas e servidas a todos. Uma

verdadeira guerra vinha sendo construída em meio ao ambiente

urbano e a um inverno extremamente rigoroso.

Houveram baixas de ambos os lados e o governo não conseguiu tomar providências que

agradassem a maioria ocidental, o que fez com que, no dia 21 de fevereiro de 2014, o presidente

em exercício fosse deposto, assim como o primeiro ministro Mykola Azarov, e buscasse exílio

na Federação da Rússia onde se encontra até os dias de hoje. Ele ainda é procurado por crime

de alta traição ao estado.

1.2 Crimeia

Assim que foram firmados os resultados dos conflitos em Kiev, e Víktor Yanukóvytch se

encontrava em solo russo, no dia 27 de fevereiro (5 dias após a deposição do presidente

ucraniano), o Parlamento da Crimeia anunciou um referendo para o dia 25 de maio de 2014,

para decidir se a população crimeana optaria por uma anexação à Rússia ou pela restauração da

Constituição da Crimeia de 1992 que, basicamente, daria mais autonomia à região e a tornaria

mais independente da Ucrânia. Vladimir Putin anunciou que respeitaria a decisão tomada a

partir do referendo, independente do resultado, por outro lado, os Estados Unidos, a União

Européia e o governo provisório ucraniano repudiou tal ato. O julgamento não pareceu ser uma

decisão isolada, visto que a mesma, vinda dos deputados do Parlamento foi, praticamente,

unânime e a grande maioria dos cidadãos da Crimeia manifestou firme apoio através de

passeatas.

No dia 2 de março de 2014, o Primeiro-ministro da Crimeia, Sergey Aksyonov, anunciou que

o referendo seria antecipado para o dia 16 de março do mesmo ano, provocando medidas mais

severas da comunidade internacional, capitaneada pelos Estados Unidos e União Europeia, que

se apressaram em adiantar que o referendo seria ilegal e que não reconheceriam o mesmo. Tais

medidas contrastaram com a medida da Rússia, que continuou afirmando seu apoio a

legitimidade deste.

 

 

Portanto, após a realização de todo o processo, a região foi devolvida ao domínio russo, situação

na qual se encontra até hoje.

1.2.1 Importância da Crimeia

A região da Crimeia é vista como de extrema importância devido, em maior parte, a sua

localização geográfica. Através dela é possível obter acesso ao Mar Negro, o que significa que,

sob domínio do governo de Putin, a Rússia tem total controle de tudo aquilo que entra e sai na

região.

1.3 Gás Natural

A disputa pelo gás entre Rússia e Ucrânia teve início em março de 2005, quando o Governo

russo alterou radicalmente, em um curto

espaço de tempo, os preços para o gás

natural vendido na Ucrânia. Os dois

países não foram capazes de entrar num

acordo para resolver tal disputa, sendo

assim, o Kremlin cortou as exportações

de gás para a o território ucraniano em 1º

de janeiro de 2006, o que passou a afetar

vários países europeus.

É do interesse da UE, assim como da Rússia e da Ucrânia, que estes dois países

se revelem parceiros confiáveis no fornecimento do gás europeu e que a

segurança do fornecimento permaneça sem interrupção. (PORTA-VOZ DO

GOVERNO ALEMÃO, STEFFEN SEIBERT)

Atualmente, a Ucrânia consome por volta de 80 bilhões de metros cúbicos de gás natural por

ano. Dessa quantia, o país é responsável pela produção de 20 bilhões, compra por volta de 36

bilhões de metros cúbicos do Turcomenistão, e recebe cerca de 17 bilhões do governo russo

como pagamento pelo transporte de gás para a Europa. O resto (de 6 a 8 bilhões é adquirido da

Rússia. Segundo o CIA's World Factbook, a Ucrânia é o quarto maior importador e sexto maior

consumidor de gás natural do mundo, em parte devido ao desperdício e ineficiência, costumes

adquiridos durante a época de dominação da União Soviética.

 

 

A União Europeia já afirmou que o fato da Rússia continuar a mandar gás pela Ucrânia no

futuro é uma “prioridade máxima” para o bloco, apesar do conflito entre os dois países ex-

soviéticos.

O bloco depende de Moscou para receber cerca de um terço de seu suprimento de gás e metade

deste volume passa pelo território ucraniano vindo de terras russas.

Kiev e Moscou assinaram um acordo pelo qual a Rússia é obrigada a fornecer o combustível à

Europa via o sistema de transporte da Ucrânia até 2019. Porém, existe o constante medo vindo

dos países da Europa de que o Kremlin quebre este acordo em decorrência dos conflitos com o

governo ucraniano.

1.3 O Leste Ucraniano

Assim que se encerraram os conflitos em Kiev, em 2014, o território ucraniano se dividiu em

duas posições distintas. O Oeste seguia fragilizado após os conflitos, porém otimista com uma

melhora no cenário e a promessa de um período de pacificidade. Já o Leste do país começaria

a viver uma era de tensão e

descontentamento que duraria até os

dias de hoje. Devido a sua proximidade

ao território russo, a populações de

cidades como Donetsk e Lugansk se

mostravam contrárias às decisões

tomadas até o momento, mesmo

durante os conflitos em Kiev, eles se

manifestavam obtendo um

posicionamento pró-Rússia, não demorou muito para que movimentos de caráter separatista

fossem formados ali. Trata-se de um conflito armado entre as forças autodeclaradas Repúblicas

Populares de Donetsk e Lugansk e o governo ucraniano. Os separatistas são amplamente

liderados por cidadãos russos. Os paramilitares voluntários russos são relatados por compor

entre 10% e mais de 50% dos combatentes.

1.3.1 Referendo

Com boa parte do leste da Ucrânia ocupada por milícias separatistas pró-Rússia, um referendo

foi convocado, apesar da intensificação dos combates com o governo ucraniano lançando suas

 

 

tropas em ofensivas contra Donetsk. Em 11 de maio de 2014, após as apurações do referendo,

são autoproclamadas formalmente, Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, com os

federalistas e pró-russos se declarando independentes do atual governo de Kiev: "Pela primeira

vez formaremos um Governo verdadeiramente popular e posteriormente formaremos nossas

Forças Armadas e os corpos da ordem", "a vitória do referendo não representa a saída imediata

da Ucrânia nem a união com outros Estados" declarou o líder Denis Pushilin. O referendo do

dia 11 de maio foi marcado por hostilidades no sudeste ucraniano entre civis e as forças

militares de Kiev. As potências Ocidentais condenaram a organização deste. Em 24 de maio

foi anunciada a fusão de Donetsk e Lugansk formando a Novorossiya (a Nova Rússia), tendo

também uma discussão sobre incluir outras regiões, incluindo um projeto de Frente Popular

para combater as políticas de Kiev.

1.3.2 Conflitos e medidas tomadas

Entre julho e agosto de 2014, o governo ucraniano lançou várias ofensivas contra o leste do

país, visando reconquistar Donetsk e Lugansk. Os combates então se intensificaram, matando

mais 1000 pessoas entre abril e julho. As operações iniciais foram bem-sucedidas e os rebeldes

separatistas recuaram, enquanto o exército ucraniano fazia progressos, conquistando algumas

cidades. Perante essa situação, o líder rebelde, Igor Girkin, exigiu mais ajuda russa e até teria

pedido uma intervenção militar direto em seu favor. O presidente russo, Vladimir Putin, que,

segundo informações de inteligência européias e americanas, já estaria armando os rebeldes,

não respondeu diretamente. Por sua vez, a Rússia acusou as potências ocidentais de "terem dois

pesos e duas medidas" ao suspenderem as restrições para a venda de equipamentos e de

tecnologia militar à Ucrânia, que foram estabelecidas em 20 de fevereiro quando o Conselho

Europeu, ou seja, "quando o presidente Víktor Yanukóvich estava no poder." Nesse meio

tempo, o líder rebelde, Pavel Gubarev, garantia que suas forças se sairiam vitoriosas em

Donbass. A crise humanitária na região também se acentuava. Em agosto, dados confirmados

pela Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), estimavam cerca de 730

mil refugiados do conflito na Rússia. Enquanto o governo de Kiev continuava ganhando terreno

no Leste, as potências ocidentais anunciaram mais uma rodada de sanções econômicas contra

a Rússia devido ao seu envolvimento no conflito.

Em meados de agosto, a ofensiva ucraniana a leste prosseguia enquanto os rebeldes recuavam.

As cidades de Donetsk e Lugansk, considerados os principais focos da rebelião separatista, já

estariam cercadas por tropas leais a Kiev. Enquanto isso, cerca de 45 000 soldados russos se

 

 

aproximavam da fronteira ucraniana, com o apoio de equipamento pesado incluindo tanques de

guerra, sistemas de mísseis, aviões de combate e helicópteros, segundo um porta-voz militar

ucraniano. A OTAN expressou preocupações, afirmando que era alta a probabilidade de a

Rússia invadir a Ucrânia, com o propósito de impedir o colapso dos rebeldes no leste do país.

O governo russo negou tais acusações e disse que enviaria uma coluna com ajuda humanitária

para a população daquela localidade. Enquanto isso, as cidades de Pervomaisk, Kalynove e

Komyshuvakha, no oeste de Luhansk Oblast, próximo de Popasna, foram tomadas por forças

ucranianas após combates. Durante todo esse período, o cerco e bombardeio de Donetsk

prosseguiam. Nesse meio tempo, Igor Girkin renunciou ao posto de líder dos rebeldes na região

e foi substituído pelo comandante Vladimir Kononov.

Em 14 de agosto, foi então reportado que alguns de blindados russos haviam penetrado no

território ucraniano, na região de Izvaryne, controlada pelos insurgentes. A veracidade da

informação teria sido confirmada pela OTAN. O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko,

afirmou que os militares do país abriram fogo contra o comboio russo, destruindo vários dos

seus veículos. A autenticidade do ocorrido não foi confirmada, mas seria a primeira vez que

tropas ucranianas e russas se enfrentaram no conflito. A Rússia negou as informações e

classificou as acusações como falsas. Frente a esses acontecimentos, o primeiro-ministro da

(autoproclamada) “República Popular de Donetsk”, Alexander Zakharchenko, afirmou que os

rebeldes estariam recebendo reforços que incluíam cerca de 150 veículos blindados, dentre estes

30 tanques, que teriam sido abandonados pelo exército ucraniano, e ainda 1 200 combatentes

que teriam sido treinados na Rússia. A Ucrânia, em resposta, teria pedido mais ajuda militar da

OTAN e da União Europeia.

Enquanto a ofensiva governamental contra os separatistas em Donetsk e Lugansk avançava, foi

reportado que blindados russos atravessaram a fronteira ucraniana em Mariupol, num território

em disputa entre rebeldes separatistas e tropas leais a Kiev. Segundo o Conselho de Defesa da

Ucrânia, os veículos inimigos teriam sido repelidos e recuaram após uma curta, porém violenta

luta. Essas ações receberam críticas da comunidade internacional e, praticamente confirmaram

as suspeitas de uma possível intervenção militar russa no leste da Ucrânia sob os olhos do

ocidente. Uma fonte do ministério russo da Defesa confirmou a detenção destes combatentes

do país, mas afirmou que estes haviam entrado em território ucraniano por engano. Já Sergey

Lavrov, ministro das relações exteriores de Moscou, disse que não tinha conhecimento de tais

eventos e afirmou que tudo isso é uma campanha de desinformação do governo ucraniano. No

meio tempo, os rebeldes lançaram uma contraofensiva em larga escala para tentar deter o

 

 

avanço das forças governamentais na região de Donbass. Os separatistas firmaram posições nas

estradas entre Donetsk e Novoazovsk. Eles também tomaram rapidamente vários vilarejos na

cidade de Starobesheve e se apossaram de muitos equipamentos militares abandonados.

Cidadãos locais afirmaram que soldados com sotaques russos e sem insígnias ajudaram os

insurgentes na luta.

1.4 Cenário Mundial

O conflito teve uma repercussão em caráter mundial. Isso serviu para que países como os

Estados Unidos se envolvessem no problema. Obama criticou as ações tomadas pelo governo

russo e os criticou por estarem agredindo a soberania territorial ucraniana, e ainda reiterou que

a Rússia não poderia redesenhar as fronteiras nacionais com base em guerras e a contragosto

da diplomacia e da autoridade do estado em questão. Em abril de 2015 cerca de 200 soldados

americanos foram enviados à Ucrânia com o objetivo de treinar a guarda nacional do país. A

decisão foi acompanhada de outras medidas para isolar a Rússia política e economicamente,

com uma série de sanções contra aliados do presidente Putin e entidades russas, incluindo

bancos, empresas de energia e de defesa. Em respostas às acusações vindas do ocidente, o

Kremlin se manifestou dizendo que tais sanções foram "totalmente infundadas e ilegais" e, em

retaliação, anunciou no mês passado uma proibição quase total da importação de alimentos

provenientes da União Europeia, dos Estados Unidos e também de outros países ocidentais.

2. OBJETIVO DO COMITÊ

O comitê foi convocado no ano de 2017, na cidade de Genebra na Suíça, com o objetivo de

resolver a questão da região da Crimeia. Sendo assim os delegados devem tentar, da melhor

forma possível, estabelecer um acordo que seja positivo para a Ucrânia, para a Rússia, para a

Crimeia e para a ordem mundial.

3 DELEGAÇÕES

3.1 Criméia

A Crimeia é uma região autônoma da Ucrânia que ao longo da história viveu longos

períodos de instabilidade política. O território sempre foi cotado como estrategicamente

importante, isto fez com que os demais países lutassem pelo seu domínio. Entretanto, no ano

de 1992 ela se tornou uma “República Autônoma”, após ser a República Autônoma Socialista

 

 

da Crimeia e membro da União Soviética, mas concordou em permanecer no território

ucraniano.

A maior parte dos habitantes da Crimeia possuem origem russa e a Federação Russa

deseja, então, anexar a área em seu território. O parecer da população que habita a Crimeia é

favorável aos ideais da Rússia, mesmo que a situação seja muito controversa.

A maioria dos países europeus não acreditam na legitimidade da anexação e nem

reconhecem a área como parte russa. Com isso, a Crimeia perderia muitos aliados econômicos,

mas também ganharia um mercado novo, como o chinês. Entretanto, essa mudança, caso

aconteça, causará ainda mais instabilidade para o local, que já é palco de muitas disputas

armadas e várias mortes.

Tendo em vista a situação caótica do local, essa reunião do Conselho de Segurança

das Nações Unidas foi convocada e a Crimeia encontra-se como membro-observador, mas é o

um dos principais afetados com o andar do comitê.

3.2 Estado Plurinacional da Bolívia

O Estado Plurinacional da Bolívia, cuja capital é La Paz, é um país que possui

aproximadamente de 11 milhões de habitantes. Apesar de parecer distante do conflito que se

passa na Ucrânia, o país se mostra interessado no mercado de gás existente na região.

Cerca de 65% do gás natural produzido na Rússia é exportado para países europeus e

estes não veem com bons olhos a anexação da Crimeia pela Federação Russa, por acreditarem

que há uma invasão da soberania ucraniana nesse conflito. Dessa forma, a Bolívia, que é a

maior exportadora de gás natural da América Latina, encontra uma oportunidade de expandir

suas relações com a União Europeia, que tem quebrado contratos com a Rússia por causa do

conflito na Ucrânia.

 

 

3.3 Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América, cuja capital é Washington, é uma das maiores

potências mundiais e possui aproximadamente 325 milhões de habitantes. Como a grande

potência que é, suas decisões possuem grande impacto em âmbito mundial.

O país não vê com bons olhos a situação da Ucrânia atual, por acreditar que a

influência russa em qualquer nação não é benéfica, ainda mais nas devidas proporções do

conflito separatista. O governo norte-americano condena ainda o oportunismo russo com a

instabilidade ucraniana, que usou dos movimentos sociais ocorridos na época para influenciar

na instauração de um governo interino no país, além de ter enviado, de maneira ilegal, tropas

armadas para a região.

Os Estados Unidos possuem muitos aliados no comitê, mas um dos mais importantes

é o Reino Unido. Os dois países acreditam que a Rússia, ao declarar guerra à Ucrânia, também

declararam a eles, pois, em 1994, juntamente com a Rússia, os dois tornaram-se fiadores da

integridade territorial ucraniana. Pode-se mais uma vez, então, ressaltar na visão norte-

americana, que a Federação Russa está mal-intencionada no conflito por quebrar com uma

hegemonia que ela mesma ajudou a construir. Outro aliado importante é a União Europeia que

também é contra as investidas russas na Ucrânia.

 

 

3.4 Federação Russa

A Federação Russa, cuja capital é Moscou, possui aproximadamente 145 milhões de

habitantes e é o país com maior extensão territorial do mundo. Sua extensão vai além do

território, afinal é uma nação muito influente politicamente e possui vários aliados,

principalmente os países que assim como a Rússia são ex-integrantes da União Soviética. Além

disso, a delegação russa é integrante do P-5 no presente comitê e é de extrema importância em

seu andamento e resolução do conflito tema de discussão.

A Rússia e a Ucrânia possuíam grande afinidade política e econômica, o ex-presidente

ucraniano Viktor Yanukovich era pró-Rússia e mantinha fortes com a grande potência. Apesar

de ter sido exilado e não governar mais o país, a Rússia ainda considera Yanukovich o

presidente legítimo da Ucrânia. A Rússia foi questionada por ter enviado tropas à Crimeia e

alega que as não enviou por se reservar ao direito de, “em último caso”, lançar uma ofensiva se

a população de origem russa estiver ameaçada.

Além disso, a Rússia possui vários aliados e bases militares próximas à área de conflito, o que

gera ainda mais instabilidade e pressão nas decisões, evidenciando uma necessidade urgente de

conclusão do conflito.

 

 

3.5 Hungria

A Hungria, cuja capital é Budapeste, é um país membro da União Europeia que possui

cerca de 10 milhões de habitantes. A Hungria se localiza na Bacia dos Cárpatos e faz fronteira

com a Ucrânia. O país possui um posicionamento único no comitê e o defende veementemente.

A o governo húngaro se recusa a apoiar as aspirações de Kiev em integrar a União

Europeia até que os direitos das minorias sejam restaurados na Ucrânia. A tensão entre os dois

países teve início a partir de discussões sobre uma lei ucraniana que reduz significativamente a

possibilidade de ensino nas línguas das minorias étnicas, o que a Hungria não enxerga com

bons olhos e relata não ser uma postura adequada para um possível país membro da União

Europeia.

3.6 Japão

O Japão, cuja capital é Tóquio, é um país insular da Ásia Oriental que possui cerca de

130 milhões de habitantes. Por localizar-se no Oceano Pacífico, é um país vizinho à Rússia e é

completamente afetado com os conflitos existentes na Ucrânia.

 

 

Apesar da proximidade geográfica com a Rússia, o Japão quando toca a questão da Guerra na

Ucrânia alia-se a posição norte-americana. Pensando na Crimeia, o Japão qualificou como

“ilegal” o referendo de adesão à Rússia e exigiu ainda que a Federação Russa respeite a

soberania e o território ucraniano. Como medida de combate às ações russas, o governo japonês

impôs modestas sanções à Rússia, como por exemplo suspender negociações para reduzir

exigência de vistos e planos de investimento, exploração espacial e cooperação militar.

3.7 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, cuja capital é Londres, possui

cerca de 66 milhões de habitantes. Juntamente com os Estados Unidos da América, o país é a

favor da integridade da Ucrânia.

O Reino Unido alega que a Rússia está ultrapassando um limite que foi estabelecido

por ela mesma, em 1994 quando Rússia, Estados Unidos e Reino Unido tornaram-se fiadores

da integridade territorial da Ucrânia, que renunciou às armas nucleares. Partindo dessa situação

no passado, quando a Rússia declarou guerra à Ucrânia, declarou também aos outros países

supracitados.

Na visão do Reino Unido, a agressão russa não teria acontecido se a Ucrânia tivesse

aderido antes à Otan. Além disso, o país envia tropas militares para o local conflituoso a fim de

oferecer treinamento às tropas locais e garantir a segurança na área.

 

 

3.8 República Árabe da Síria

A República Árabe da Síria, cuja capital é Damasco, possui cerca de 18 milhões de

habitantes e enfrenta uma intensa guerra civil em seu território. A guerra, assim como na

Ucrânia, perdura por disputa de interesses que envolvem o governo norte-americano e o

governo russo.

O governo sírio atual conta com o apoio da Rússia, porque a potência acredita que

países do ocidente, como os Estados Unidos, não podem interferir na soberania nacional da

Síria. Além disso, a Federação Russa também é uma grande aliada militar, pois fornece armas

à Síria e possui base militar no país. Dessa forma, torna-se evidente, diante de tantas relações

entre os dois países, que a Síria apoia as ações e a posição russa no conflito na Ucrânia.

3.9 República Árabe do Egito

A República Árabe do Egito, cuja capital é Cairo, possui cerca de 93,5 milhões de

habitantes. Em 2013, houve um golpe militar no Egito e desde então as relações econômicas

com a Rússia se estreitaram.

 

 

A relação entre os dois países se aproximou de forma que Putin prometeu acelerar a

venda de armas ao Egito e disse ainda que estava discutindo com representantes do governo

egípcio uma zona de livre comércio com a União Aduaneira Asiática. Dessa forma, fica

evidente o apoio do Egito à Rússia no conflito na Ucrânia.

3.10 República Bolivariana da Venezuela

A República Bolivariana da Venezuela, cuja capital é Caracas, é um país da América

do Sul que possui cerca de 31 milhões de habitantes. Apesar de parecer distante do conflito, o

governo venezuelano alega que a situação da Ucrânia em 2014 é extremamente parecida com

a da Venezuela.

De acordo com o governo venezuelano, as manifestações que estavam acontecendo na

Ucrânia eram legítimas assim como as da Venezuela, entretanto os dois países sofreram

influências externas de governos de extrema direita, que fez com que surgissem cada vez mais

focos de violência nos países. O governo enxerga ainda o Estados Unidos como um problema

na questão ucraniana e alega que estão invadindo a soberania, assim como fizeram na

Venezuela. Portanto, a Venezuela acredita que as influências russas na Ucrânia são necessárias

para que a hegemonia de interesses americanos seja quebrada.

3.11 República de Belarus

 

 

A República de Belarus, cuja capital é Minsque, é um país da Europa Oriental que

possui cerca de 10 milhões de habitantes. No século XX o atual território da Bielorrússia

pertencia a diversos países, incluindo a Rússia. Após a Revolução Russa, Belarus tornou-se

uma das repúblicas constituintes da União Soviética e passou a ser a República Socialista

Soviética Bielorrussa que só se tornou independente em 1991.

Apesar de ter sido completamente devastada e ter perdido cerca de um terço de sua

população após a Segunda Guerra Mundial, Belarus foi um dos membros fundadores da

Organização das Nações Unidas e conseguiu se reerguer. Como já é evidente, é grande aliada

da Rússia no conflito atual que acontece na Ucrânia, ainda mais depois de 2000, quando assinou

com a Federação Russa um tratado de cooperação

3.12 República Democrática Federal da Etiópia

A República Democrática Federal da Etiópia, cuja capital é Adis Abeba, possui cerca

de 9,5 milhões de habitantes em seu território. A Etiópia é um país africano que enfrenta uma

grande guerra civil em seu estado, o que gerou instabilidade política e grandes dívidas

econômicas.

Uma das suas principais dívidas era com a Federação Russa, que se mostrou

completamente amigável ao cancelar parte da dívida da Etiópia em 2005, perdoando cerca de

1,104 bilhões de dólares. Dessa forma, a Etiópia, apesar de um pouco ausente do conflito por

ser membro rotativo do comitê, apresenta-se como pró-Rússia.

 

 

3.13 República do Cazaquistão

A República do Cazaquistão, cuja capital é Astana, é um país da Ásia Central que

possui aproximadamente 18 milhões de habitantes. O Cazaquistão é um país muito próximo da

área de conflito que há de ser resolvida nessa sessão do Conselho de Segurança das Nações

Unidas, portanto precisa ser uma delegação ativa no comitê, tendo em vista que a atual Guerra

na Ucrânia afeta o país diretamente.

Em 1920, o Cazaquistão tornou-se uma república autônoma da Rússia e durante a

Segunda Guerra Mundial a República Socialista Soviética Cazaque contribuiu com cinco

divisões militares aos esforços da União Soviética. Dessa forma, já fica evidente a relação entre

os dois países e o total apoio do Cazaquistão às decisões russas, ainda mais tendo em vista a

importante União Econômica Euroasiática que aproxima mais ainda os interesses dos dois.

3.14 República do Senegal

A República do Senegal, cuja capital é Dacar, é um país da África Ocidental que possui

cerca de 134 milhões de habitantes. O Senegal é um membro rotativo do Conselho de Segurança

das Nações Unidas e não tem participação direta no conflito, apesar disso é uma delegação que

tem muito a contribuir por manter relações fortes com a França e os Estados Unidos da América.

 

 

Senegal tornou-se um país independente da França em 1960, mas mesmo após a

independência mantém relações próximas com sua ex-Metrópole. Em 2017, por exemplo, a

França e o Senegal firmaram um acordo de combate ao terrorismo na África. Esse acordo possui

proximidade com o pacto firmado em 2016 com o Estados Unidos, que se constitui em um

acordo de defesa que permite a presença de militares norte-americanos em solo senegalês.

Portanto, fica evidente o apoio da República do Senegal à posição norte-americana e francesa.

3.15 República Federal da Alemanha

A República Federal da Alemanha, cuja capital é Berlim, possui cerca de 83 milhões

de habitantes. A Alemanha, como membro da União Europeia, é a favor da inclusão da Ucrânia

e contra a anexação e todos os interesses russos.

Entretanto, a Alemanha não se coloca em posições tão firmes e inflexíveis, a Primeira

Ministra alemã Angela Merkel juntamente com o presidente ucraniano Petro Poroshenko

tentam melhorar a segurança no leste ucraniano, com isso o mais visível no momento é a volta

da implementação do tratado de cessar-fogo de Minsk, devido ao aumento de violência na

região. Para os dois governantes conferir segurança é primordial neste período de guerra, para

que no futuro haja um progresso político entre os dois países.

 

 

3.16 República Francesa

A República Francesa, cuja capital é Paris, é um país membro que possui cerca de 65

milhões de habitantes. Como membro da UE, é a favor da inclusão da Ucrânia e contra os

interesses russos no local.

A França deseja que haja segurança na Ucrânia para findar a guerra e afastar os russos

do local, além de manter o cessar-fogo estabelecido no tratado de Minsk. Como combate ao

avanço russo na região, a França enviou 55 helicópteros para realizarem a defesa da área a

mando do governo ucraniano. A França, para reforçar sua insatisfação com a situação alega

ainda que a anexação da Crimeia é algo não reconhecido pois é “ilegal”.

3.17 República Italiana

A República Italiana, cuja capital é Roma, é um país membro da União Europeia que

possui aproximadamente 61 milhões de habitantes. Assim como todos os membros da UE, luta

veementemente contra o domínio russo na Ucrânia.

 

 

A União Europeia, que realizou o convite para que a Ucrânia fizesse parte de seu bloco,

não vê com bons olhos o domínio russo sobre os países daquela região, principalmente em

relação à Ucrânia. A Ministra italiana Pinotti alega que é preciso reagir a situação através da

ONU, OTAN e UE, ressaltando que, se for preciso a Itália estará pronta para enviar à Ucrânia

um contingente de forças de pacificação.

3.18 República Oriental do Uruguai

A República Oriental do Uruguai tem como capital Montevidéu e o país latino possui

cerca de 4 milhões de habitantes. O Uruguai se posiciona acerca da Guerra na Ucrânia de

maneira favorável à União Europeia e aos Estados Unidos, pois possui fortes relações

comerciais com estes.

Além disso, por ser um país bastante diplomático, o Uruguai não vê com bons olhos a

continuação do conflito na Ucrânia por acreditar que todo e qualquer tipo de guerra gera

instabilidade em todo o mundo. Portanto, é a favor de uma resolução rápida para o conflito.

 

 

3.19 República Popular da China

A República Popular da China, cuja capital é Pequim, é o país com a maior população

do mundo, cerca de 1,4 bilhões de habitantes. A China, como o esperado, é forte aliada russa

no que tange o conflito existente na Ucrânia.

Para a China, a situação aparece como uma grande oportunidade para o seu mercado.

Se a Ucrânia começar a fazer parte da Rússia ou estreitar ainda mais suas relações com ela, abre

espaço para que também negocie com a China, uma forma de explicitar este desejo chinês se

dá no convite da parte chinesa em financiar grandes projetos de infraestrutura na Ucrânia. Com

isso, a China busca um livre trânsito de pessoas, fazendo com que o número de turistas

ucranianos suba. A China alega ainda que está disposta a investir na Ucrânia de uma maneira

que União Europeia jamais faria, como forma de tentar persuadir a decisão ucraniana em fazer

ou não parte da UE.

Além disso, a China não vê com bons olhos a influência que os Estados Unidos estão

tendo em território ucraniano, principalmente porque os norte-americanos estão fazendo

pressão para que a Ucrânia rompa a cooperação militar com a China. Logo, estar contra as

medidas dos Estados Unidos reforça ainda mais a posição pró-Rússia da China.

 

 

3.20 Romênia

A Romênia, cuja capital é Bucareste, é um país da Europa Centro-Sudeste que possui

cerca de 22 milhões de habitantes. O país é membro da União Europeia e faz fronteira com a

Ucrânia. A delegação romena é de extrema importância no comitê, devido à grande

proximidade do conflito e os interesses que envolvem seu impacto na discussão.

Apesar de ser condizente com a posição da União Europeia, até por ser membro desse

grupo, encontra-se em uma situação diferente da maioria dos países europeus. A Romênia é ex-

membro da União Soviética e, portanto, ainda mantém fortes relações com a Rússia. Entretanto,

a Romênia enxerga a Guerra na Ucrânia como uma possibilidade de atingir interesses próprios:

aproximar-se dos Estados Unidos. O governo do país acredita que se a Rússia conseguir, de

fato, anexar partes da Ucrânia, dará um próximo passo em direção à Moldávia e tentará anexá-

la também.

3.21- Suécia

A Suécia, cuja capital é Estocolmo, é um país europeu membro da União Europeia que

possui cerca de 10 milhões de habitantes. Nos grandes conflitos do século XX, Segunda Guerra

 

 

Mundial e Guerra Fria, o país tomou uma postura indiferente, ficando quieta em diversos

embates. De certa forma, posiciona-se conforme os outros países membros da UE.

Entretanto, no que toca o conflito na Ucrânia, a Suécia possui uma posição estratégica

e privilegiada por ser completamente banhada em suas fronteiras pelo Mar Báltico: a região

está em constante disputa, gerando uma situação de insegurança, se agravando ainda mais

devido as fortes investidas russas. Portanto, o governo enviou brochuras para 4,7 milhões de

famílias, com o intuito de direcionar para um eventual conflito no país, este panfleto é dividido

em 3 secções tendo como pautas: a preparação para emergências, a defesa total e os sistemas

de alertas. Sabe-se ainda que este é somente o primeiro passo, servindo como um guia de

prevenção e diminuição de eventuais estragos, tendo em vista que no caso de um conflito

diversas outras medidas efetivas deverão ser tomadas.

3.22 Ucrânia

A Ucrânia, cuja capital é Kiev, é um país que possui aproximadamente 45 milhões de

habitantes e 22% dessa população é de origem russa. Em geral, a população de maioria russa

encontra-se na porção leste do país, onde há fronteira com a Federação Russa, grande aliada do

governo ucraniano vigente. Em 2013, a Ucrânia recebeu um convite para participar da União

Europeia e o então Presidente Ucraniano Viktor Yanukovich, que é pró-Rússia, se recusou a

assinar o acordo de livre comércio com a UE.

Partindo dessa decisão do Presidente, a Ucrânia vive desde então discussões

fervorosas: a população se divide em oriental, que é separatista, a favor da anexação de uma

parte da Ucrânia na Rússia, e em ocidental, que é a favor da inserção da Ucrânia na UE.

Em 2014, a capital Kiev e os separatistas assinaram um acordo chamado Minsk, que

contava com a participação russa e da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação

 

 

na Europa) com o propósito de traçar uma resolução política para o conflito. E em 2015 esse

pacto foi reafirmado após uma mediação franco-alemã e apoio do Presidente Russo Vladimir

Putin. Apesar desse acordo ter sido reafirmado e apelidado como Minsk 2, vários cessar-fogo

foram quebrados, deixando o acordo em suspensão.

É de extrema necessidade uma resolução para os conflitos que ainda persistem no país,

tendo em vista que o índice de morte da população civil é preocupante e a instabilidade gerada

no país tem afetado todos os fatores econômicos e sociais.