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VOZ DO CORAÇÃO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO | ANO XII - EDIÇÃO Nº 132 | JANEIRO 2017 5 voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br 6 01 Francisco Das Chagas De Oliveira Adriana Fernandes Costa Elizangela Batista Candido Lucas Kelveyn do N. Silva 02 José Edjailson de M. Machado 04 Franklin Nelson R. de Souza 05 Fabia Maria Oliveira de Santana Guilherme Barreto da Silveira Anielli Gomes da Silva 06 Marta Sampaio Aguiar 07 Otania de Araujo Ribeiro Suely Cristina da Silva 08 Leidjane Martins Felipe da Silva Erica Vitoria da Silva 10 Aldilene Vital dos Santos de Moura 11 Raquel Petronilio Batista Lauseane de Jesus Macedo Freire Gidilene Paixao da Cruz Maria Edivania de Oliveira Leite 13 Ana Celia Martins da Costa Gomes Rosilene Maria Alves Bernardino Elielton de Lima Gomes Maria Fabiola Marques de Souza 14 Maria José de Oliveira Andrea Carla Alves Rosilenia Cristina da Silva 15 Francisco Alexon do Nascimento 16 Celi Mares Souza de Alcantara Jirlane Teixeira da Silva Erica Patricia Pereira de Souza 17 Willamy Alves do Nascimento Geovani de Souza de Castro Francisco de Assis Resende Massilon de Moura 18 Camila Ruth Sabathier Debora Priscila Oliveira da Silva Sara Milena Nunes da Silva 20 Paulo Miranda Torres João Maria Vicente de Souza 21 José Paiva Sobrinho Joatan de Sousa Matias Gildemberg Martins Grilo Tercio Santino de Oliveira Neto Neuma Costa de Melo Myrelly Nunes da Silva Manasses Cirilo de Medeiros Neto Elistanrley Erickson Monteiro Alves 22 Manoel Verissimo da Nobrega Neto 25 Kezia Pinheiro da Costa Andresa Araújo 27 Adriana Sousa Neves Iranaldo José da Costa Pamella Roberta Reis Gameleira 28 Naftaly Venancio Davi Oliveira Do Coração Fevereiro Aniversários Hospital do Coração, ano 17 Limonada de coco e biscoito de parmesão sem glúten Dia 21 de janeiro o Hospital fez aniversário e diretores, médicos, enfermeiros, coordenadores e encarregados comemoraram a data lembrando nossos 17 anos de história e pioneirismo, sempre promovendo a saúde. Página 2 Na nossa dica de nutrição deste mês, duas receitas rápidas e práticas para um lanche saudável. Página 6 Dica de Nutrição Boas vindas DICA DE NUTRIÇÃO FAMÍLIA Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela Tire dúvidas e saiba mais sobre essas doenças. Páginas 3 e 4 Aedes aegypti – a biograa de um vilão Nesta edição, contamos a história do mosquito que tantos problemas traz para a saúde do brasileiro. Página 5 INGREDIENTES: • 200 ml de leite de coco • Suco de 3 limões • Açúcar (ou adoçante culinário) e gelo PREPARO: 1- No liquidicador adicione o suco dos limões espremidos na hora, adicione o leite de coco, o açúcar ( ou adoçante culinário) e o gelo. Bata rapidamente. 2- Passe limão na borda das taças e coloque num pratinho com coco ralado, despeje a bebida e sirva a seguir. INGREDIENTES: • 200 g de fécula de batata (1 xícara de chá) • 1 ovo • 150 g de parmesão ralado no ralo no (1 ½ xícara de chá) • 100 g de manteiga sem sal gelada (1 xícara de chá) PREPARO: 1. Numa tigela coloque a fécula de batata, 1 ovo, 150 g de parmesão ralado no ralo no, 100 g manteiga sem sal gelada e misture até obter uma massa homogênea. 2. Entre 2 sacos plásticos abra a massa até car com uma espessura de 3 mm e corte no formato desejado (disco, triângulo, retângulo, quadrado). 3. Coloque os biscoitos numa assadeira e com um palito de churrasco grosso faça furos na massa, imitando os furos de um queijo. Leve para assar em forno preaquecido a 200º C por 20 minutos. 4. Retire do forno, deixe esfriar e sirva em seguida (quando retirar os biscoitos da assadeira use uma espátula para evitar que se quebrem). Obs.: Pode ser usada a mesma quantidade de queijo provolone no lugar do parmesão. Faz parte da família dos culicídeos, nome que vem de culex -mosquito em latim. Descende de insetos contemporâneos dos dinossauros: o culicídeo mais antigo que se tem notícia foi achado preservado em âmbar em Mianmar, no sudeste da Ásia, e tem idade estimada em 90 milhões de anos. Não se sabe ao certo quando surgiu a espécie Aedes aegypti, mas sua classicação na taxonomia moderna foi feita pelo naturalista sueco Lineu, no século XVIII, que deu o nome ao mosquito de Culex aegypti. Antes de virar Aedes , essa espécie ainda foi conhecida por Stegomyia fasciata, Culex excitans, Aedes inexorabilis e Aedes insatiabilis . O seu nome atual signica “o odioso do Egito”. É natural do norte da África, onde ocupava originalmente orestas. Aos poucos, os mosquitos silvestres passaram a viver próximo das aglomerações humanas. Em 1793, uma epidemia de febre amarela na Filadéla, que era a capital dos EUA, fez pelo menos 5 mil vítimas fatais (cerca de 10 por cento da população), e levou o então presidente George Washington a refugiar-se em outra cidade. Na época, ainda sem saber que o agente de transmissão era um mosquito, acreditava- se que o surto tinha se originado devido a uma grande quantidade de grãos de café que haviam sido deixados para apodrecer nas docas da cidade. Hoje, acredita-se que o vírus pode ter sido trazido para a Filadéla por refugiados que fugiram de uma revolução na ilha de Saint Domingue (atual Haiti). Durante a construção do canal do Panamá, iniciada em 1802 por empreendedores franceses para possibilitar a ligação dos oceanos Atlântico e Pacíco, não houve o cuidado de combater as populações de mosquitos nos canteiros da obra. As mortes por malária e febre amarela passaram de 20 mil, levando à interrupção da obra e a conseqüente falência da construtora. Em 1881, o médico cubano Carlos Finlay publicou o artigo “ El mosquito hipoteticamente considerado como agente de transmisión de La ebre amarilla”. Essa idéia de Finlay, que associava o mosquito à transmissão da febre amarela, foi contestada por muitos, e somente em 1901 uma equipe americana estabelecida em Cuba, liderada pelo médico Walter Reed, comprovou sua veracidade. Entre 1850 e 1902, a febre amarela fez 58 mil vítimas no Rio de Janeiro. O presidente da república Rodrigues Alves, que tinha perdido uma lha para essa doença, priorizou urbanizar e sanear a então capital do Brasil. Nomeou o prefeito Pereira Passos, que traçou um plano de urbanização da região central inspirado na Paris do Barão Haussmann, à custa da demolição de centenas de casas e prédios e da remoção forçada de populações de baixa renda. A reforma sanitária foi conada a um médico de 30 anos, Oswaldo Cruz, que havia passado três anos em estudos no Instituto Pasteur de Paris. O jovem sanitarista priorizou o combate à febre amarela, peste bubônica e varíola. Teve carta branca do presidente , com um aparato legal que lhe permitia entrar em casas e se valer, se necessário, de um tribunal exclusivo para julgar questões de saúde pública. As brigadas de mata-mosquitos motivaram protestos de muitos cidadãos que viram sua privacidade invadida, sendo tema de discussões no parlamento e debates na imprensa. Apesar da resistência da população, a campanha contra o Aedes foi vitoriosa: as mortes por febre amarela foram reduzidas de 600, no ano de 1903; para zero, seis anos depois. O trabalho de Oswaldo Cruz foi reconhecido: o instituto de pesquisas sanitárias de Manguinhos foi batizado com seu nome e ele ganhou estátuas de herói nacional. Em 1926 , o presidente Arthur Bernardes declarou que a febre amarela estava erradicada da costa brasileira e 61 postos de combate ao Aedes aegypti foram fechados em todo o país. Em 1928, porém, um surto da doença acometeu o Rio de Janeiro e provocou 436 mortes. Nos anos 1930, com o trabalho do sanitarista americano Frederick Soper no Brasil, o Aedes aegypti havia sido eliminado em seis estados e no Distrito Federal. Nos anos 1940, Soper passou a utilizar o inseticida DDT (diclorodifeniltricloroetano), descoberto pelo químico suíço Paul Müller (prêmio Nobel em 1948) e praticamente eliminou o mosquito no Brasil. Em 1958, na XV Conferência Sanitária Pan- Americana em Porto Rico, o relatório da delegação brasileira informava “ depois de longa e árdua campanha, chegou a ocasião do Brasil declarar-se livre do Aedes aegypti” . Outros países também se declararam livres do inseto: Belize, Bolívia, Equador, Guiana Francesa, Nicarágua, Uruguai e o Panamá. Acredita-se que pelo fato de a febre amarela não ser um problema emergencial de saúde pública nos Estados Unidos, não houve adesão às campanhas de erradicação do inseto dos anos 1950, e este migrou para o México (1965) e países da América Central( 1966). Em 1967 foi identicado na Colômbia e no Brasil: no nosso país, o mosquito foi agrado de volta próximo ao porto de Belém, no Pará. Em 02 de abril de 1986, exames laboratoriais conrmaram o vírus da dengue em pacientes de Nova Iguaçu, na baixada uminense, sendo a transmissão feita pelo Aedes aegypti ( através da picada da fêmea do mosquito, no ciclo humano-mosquito-humano). O sangue humano contém os ingredientes necessários para o desenvolvimento dos ovos, por isso o mosquito adaptou-se ao ambiente doméstico - os machos se alimentam da seiva de vegetais. Além da dengue e da febre amarela, o Aedes aegypti também é o vetor para a zica e a chikungunya (aqueles que se dobram). O saneamento básico insuciente no país facilita a proliferação do mosquito - um relatório de fevereiro de 2016 do Ministério das Cidades mostrou que 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada, e que apenas 57,6% da população urbana é servida pela rede de esgotos, sendo 80% dos criadouros do Aedes aegypti dentro das residências. Para agravar a situação, a febre amarela, que não era considerada grande problema de saúde, uma vez que a doença tem vacina disponível na rede pública, voltou a fazer vítimas: desde o nal do ano passado até 30 de janeiro deste ano, já foram 107 conrmados nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A Bahia também têm casos suspeitos, e 46 mortes de pessoas vítimas da doença já foram conrmadas pelo Ministério da Saúde. Até o momento, todos os doentes foram vítimas da febre amarela silvestre . Entre os motivos deste aumento de casos estariam maior circulação do vírus, desmatamento e mudanças do clima que favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores da forma silvestre da doença. Como vemos, a luta é difícil e o mosquito, muito resistente - para vencermos o mais letal inimigo do homem, temos que seguir os exemplos de Pereira Passos, Oswaldo Cruz e Frederick Soper. Aedes aegypti - o inimigo tenaz Por Dr. Lauro Arruda Câmara, cardiologista Quer ideias para um lanche rápido e gostoso? Veja essas sugestões: >> Limonada de Coco >> Biscoito de queijo parmesão (sem glúten) A família do Hospital do Coração dá as boas vindas a João Filipe, lho de Rafaela Duarte, coordenadora do Setor de Nutrição, e Filipe Benévolo, enfermeiro do hospital. João Filipe chegou ao mundo dia 5 de janeiro, para alegria dos orgulhosos papais e da irmãzinha Maria Gabriela, de 5 anos. Desejamos muita saúde, amor e paz a toda família! A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 1 A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 1 02/02/2017 17:02:07 02/02/2017 17:02:07

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Page 1: Do Coração CORAÇÃOhospitaldocoracao.com.br/wp-content/uploads/2016/02/Voz... · 2017-06-02 · Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela SUCESSO SAÚDE 3 voz do coração | janeiro

VOZ DOCORAÇÃO

VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO | ANO XII - EDIÇÃO Nº 132 | JANEIRO 2017

5voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br6

01 Francisco Das Chagas De Oliveira Adriana Fernandes Costa Elizangela Batista Candido Lucas Kelveyn do N. Silva02 José Edjailson de M. Machado04 Franklin Nelson R. de Souza05 Fabia Maria Oliveira de Santana Guilherme Barreto da Silveira Anielli Gomes da Silva06 Marta Sampaio Aguiar07 Otania de Araujo Ribeiro Suely Cristina da Silva08 Leidjane Martins Felipe da Silva Erica Vitoria da Silva10 Aldilene Vital dos Santos de Moura11 Raquel Petronilio Batista Lauseane de Jesus Macedo Freire Gidilene Paixao da Cruz Maria Edivania de Oliveira Leite13 Ana Celia Martins da Costa Gomes Rosilene Maria Alves Bernardino Elielton de Lima Gomes Maria Fabiola Marques de Souza 14 Maria José de Oliveira Andrea Carla Alves Rosilenia Cristina da Silva15 Francisco Alexon do Nascimento16 Celi Mares Souza de Alcantara Jirlane Teixeira da Silva Erica Patricia Pereira de Souza17 Willamy Alves do Nascimento Geovani de Souza de Castro Francisco de Assis Resende Massilon de Moura18 Camila Ruth Sabathier Debora Priscila Oliveira da Silva Sara Milena Nunes da Silva 20 Paulo Miranda Torres João Maria Vicente de Souza21 José Paiva Sobrinho Joatan de Sousa Matias Gildemberg Martins Grilo Tercio Santino de Oliveira Neto Neuma Costa de Melo Myrelly Nunes da Silva Manasses Cirilo de Medeiros Neto Elistanrley Erickson Monteiro Alves22 Manoel Verissimo da Nobrega Neto25 Kezia Pinheiro da Costa Andresa Araújo27 Adriana Sousa Neves Iranaldo José da Costa Pamella Roberta Reis Gameleira28 Naftaly Venancio Davi Oliveira

D o C o r a ç ã o

Fevereiro

Aniversários

Hospital do Coração, ano 17

Limonada de coco e biscoito de parmesão sem glúten

Dia 21 de janeiro o Hospital fez aniversário e diretores, médicos, enfermeiros, coordenadores e encarregados comemoraram a data lembrando nossos 17 anos de história e pioneirismo, sempre promovendo a saúde. Página 2

Na nossa dica de nutrição deste mês, duas receitas rápidas e práticas para um lanche saudável.

Página 6

Dica de Nutrição

Boas vindas

DICA DE NUTRIÇÃO

FAMÍLIADengue, Zika, Chikungunya e Febre AmarelaTire dúvidas e saiba mais sobre essas doenças.

Páginas 3 e 4

Aedes aegypti – a biografi a de um vilãoNesta edição, contamos a história do mosquito que tantos problemas traz para a saúde do brasileiro.

Página 5

INGREDIENTES:• 200 ml de leite de coco • Suco de 3 limões• Açúcar (ou adoçante culinário) e gelo

PREPARO:1- No liquidifi cador adicione o suco dos limões espremidos na hora, adicione o leite de coco, o açúcar ( ou adoçante culinário) e o gelo. Bata rapidamente.2- Passe limão na borda das taças e coloque num pratinho com coco ralado, despeje a bebida e sirva a seguir.

INGREDIENTES:• 200 g de fécula de batata (1 xícara de chá) • 1 ovo • 150 g de parmesão ralado no ralo fi no (1 ½ xícara de chá) • 100 g de manteiga sem sal gelada (1 xícara de chá)

PREPARO:1. Numa tigela coloque a fécula de batata, 1 ovo, 150 g de parmesão ralado no ralo fi no, 100 g manteiga sem sal gelada e misture até obter uma massa homogênea. 2. Entre 2 sacos plásticos abra a massa até fi car com uma espessura de 3 mm e corte no formato desejado (disco, triângulo, retângulo, quadrado).3. Coloque os biscoitos numa assadeira e com um palito de churrasco grosso faça furos na massa, imitando os furos de um queijo. Leve para assar em forno

preaquecido a 200º C por 20 minutos. 4. Retire do forno, deixe esfriar e sirva em seguida (quando retirar os biscoitos da assadeira use uma espátula para evitar que se quebrem).

Obs.: Pode ser usada a mesma quantidade de queijo provolone no lugar do parmesão.

Faz parte da família dos culicídeos, nome que vem de culex -mosquito em latim. Descende de insetos contemporâneos dos dinossauros: o culicídeo mais antigo que se tem notícia foi achado preservado em âmbar em Mianmar, no sudeste da Ásia, e tem idade estimada em 90 milhões de anos. Não se sabe ao certo quando surgiu a espécie Aedes aegypti, mas sua classifi cação na taxonomia moderna foi feita pelo naturalista sueco Lineu, no século XVIII, que deu o nome ao mosquito de Culex aegypti. Antes de virar Aedes , essa espécie ainda foi conhecida por Stegomyia fasciata, Culex excitans, Aedes inexorabilis e Aedes insatiabilis . O seu nome atual signifi ca “o odioso do Egito”. É natural do norte da África, onde ocupava originalmente fl orestas. Aos poucos, os mosquitos silvestres passaram a viver próximo das aglomerações humanas.

Em 1793, uma epidemia de febre amarela na Filadélfi a, que era a capital dos EUA, fez pelo menos 5 mil vítimas fatais (cerca de 10 por cento da população), e levou o então presidente George Washington a refugiar-se em outra cidade. Na época, ainda sem saber que o agente de transmissão era um mosquito, acreditava-se que o surto tinha se originado devido a uma grande quantidade de grãos de café que haviam sido deixados para apodrecer nas docas da cidade. Hoje, acredita-se que o vírus pode ter sido trazido para a Filadélfi a por refugiados que fugiram de uma revolução na ilha de Saint Domingue (atual Haiti).

Durante a construção do canal do Panamá, iniciada em 1802 por empreendedores franceses para possibilitar a ligação dos oceanos Atlântico e Pacífi co, não houve o cuidado de combater as populações de mosquitos nos canteiros da obra. As mortes por malária e febre amarela passaram de 20 mil, levando à interrupção da obra e a conseqüente falência da construtora.

Em 1881, o médico cubano Carlos Finlay publicou o artigo “ El mosquito hipoteticamente considerado como agente de transmisión de La fi ebre amarilla”. Essa idéia de Finlay, que associava o mosquito à transmissão da febre amarela, foi contestada por muitos, e somente em 1901 uma equipe americana estabelecida em Cuba, liderada pelo médico Walter Reed, comprovou sua veracidade.

Entre 1850 e 1902, a febre amarela fez 58 mil vítimas no Rio de Janeiro. O presidente da república Rodrigues Alves, que tinha perdido uma fi lha para essa doença, priorizou urbanizar e sanear a então capital do Brasil. Nomeou o

prefeito Pereira Passos, que traçou um plano de urbanização da região central inspirado na Paris do Barão Haussmann, à custa da demolição de centenas de casas e prédios e da remoção forçada de populações de baixa renda. A reforma sanitária foi confi ada a um médico de 30 anos, Oswaldo Cruz, que havia passado três anos em estudos no Instituto Pasteur de Paris. O jovem sanitarista priorizou o combate à febre amarela, peste bubônica e varíola. Teve carta branca do presidente , com um aparato legal que lhe permitia entrar em casas e se valer, se necessário, de um tribunal exclusivo para julgar questões de saúde pública. As brigadas de mata-mosquitos motivaram protestos de muitos cidadãos que viram sua privacidade invadida, sendo tema de discussões no parlamento e debates na imprensa. Apesar da resistência da população, a campanha contra o Aedes foi vitoriosa: as mortes por febre amarela foram reduzidas de 600, no ano de 1903; para zero, seis anos depois. O trabalho de Oswaldo Cruz foi reconhecido: o instituto de pesquisas sanitárias de Manguinhos foi batizado com seu nome e ele ganhou estátuas de herói nacional.

Em 1926 , o presidente Arthur Bernardes declarou que a febre amarela estava erradicada da costa brasileira e 61 postos de combate ao Aedes aegypti foram fechados em todo o país. Em 1928, porém, um surto da doença acometeu o Rio de Janeiro e provocou 436 mortes. Nos anos 1930, com o trabalho do sanitarista americano Frederick Soper no Brasil, o Aedes aegypti havia sido eliminado em seis estados e no Distrito Federal. Nos anos 1940, Soper passou a utilizar o inseticida DDT (diclorodifeniltricloroetano), descoberto pelo químico suíço Paul Müller (prêmio Nobel em 1948) e praticamente eliminou o mosquito no Brasil. Em 1958, na XV Conferência Sanitária Pan-

Americana em Porto Rico, o relatório da delegação brasileira informava “ depois de longa e árdua campanha, chegou a ocasião do Brasil declarar-se livre do Aedes aegypti” . Outros países também se declararam livres do inseto: Belize, Bolívia, Equador, Guiana Francesa, Nicarágua, Uruguai e o Panamá.

Acredita-se que pelo fato de a febre amarela não ser um problema emergencial de saúde pública nos Estados Unidos, não houve adesão às campanhas de erradicação do inseto dos anos 1950, e este migrou para o México (1965) e países da América Central( 1966). Em 1967 foi identifi cado na Colômbia e no Brasil: no nosso país, o mosquito foi fl agrado de volta próximo ao porto de Belém, no Pará. Em 02 de abril de 1986, exames laboratoriais confi rmaram o vírus da dengue em pacientes de Nova Iguaçu, na baixada fl uminense, sendo a transmissão feita pelo Aedes aegypti ( através da picada da fêmea do mosquito, no ciclo humano-mosquito-humano). O sangue humano contém os ingredientes necessários para o desenvolvimento dos ovos, por isso o mosquito adaptou-se ao ambiente doméstico - os machos se alimentam da seiva de vegetais. Além da dengue e da febre amarela, o Aedes aegypti também é o vetor para a zica e a chikungunya (aqueles que se dobram). O saneamento básico insufi ciente no país facilita a proliferação do mosquito - um relatório de fevereiro de 2016 do Ministério das Cidades mostrou que 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada, e que apenas 57,6% da população urbana é servida pela rede de esgotos, sendo 80% dos criadouros do Aedes aegypti dentro das residências.

Para agravar a situação, a febre amarela, que não era considerada grande problema de saúde, uma vez que a doença tem vacina disponível na rede pública, voltou a fazer vítimas: desde o fi nal do ano passado até 30 de janeiro deste ano, já foram 107 confi rmados nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A Bahia também têm casos suspeitos, e 46 mortes de pessoas vítimas da doença já foram confi rmadas pelo Ministério da Saúde. Até o momento, todos os doentes foram vítimas da febre amarela silvestre . Entre os motivos deste aumento de casos estariam maior circulação do vírus, desmatamento e mudanças do clima que favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores da forma silvestre da doença.

Como vemos, a luta é difícil e o mosquito, muito resistente - para vencermos o mais letal inimigo do homem, temos que seguir os exemplos de Pereira Passos, Oswaldo Cruz e Frederick Soper.

Aedes aegypti - o inimigo tenazPor Dr. Lauro Arruda Câmara, cardiologista

Quer ideias para um lanche rápido e gostoso? Veja essas sugestões:

>> Limonada de Coco

>> Biscoito de queijo parmesão (sem glúten)

A família do Hospital do Coração dá as boas vindas a João Filipe, fi lho de Rafaela Duarte, coordenadora do Setor de Nutrição, e Filipe Benévolo, enfermeiro do hospital. João Filipe chegou ao mundo dia 5 de janeiro, para alegria dos orgulhosos papais e da irmãzinha Maria Gabriela, de 5 anos. Desejamos muita saúde, amor e paz a toda família!

A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 1A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 1 02/02/2017 17:02:0702/02/2017 17:02:07

Page 2: Do Coração CORAÇÃOhospitaldocoracao.com.br/wp-content/uploads/2016/02/Voz... · 2017-06-02 · Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela SUCESSO SAÚDE 3 voz do coração | janeiro

Dengue, Zika, Chikungunya e Febre AmarelaSAÚDESUCESSO

voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br3 4

RedaçãoAna Luiza Câmara 470 – DRT/RN

DiagramaçãoJoão Paulo de Almeida84 9902-9225

Tiragem: 1.000 exemplares

Hospital do Coração de NatalRua Auris Coelho, 235 - Lagoa Nova - Natal/RN Tel. (84) 4009-2000 | Fax: (84) 4009-2023Fale conosco: Email: [email protected] Site: www.hospitaldocoracao.com.brFacebook: Hospital do Coração Nat/RN Twitter: twitter.com@HospCoracaoNatInstagram: www.instagram.com/hospitaldocoracao

Expediente

MissãoServir à comunidade e promover satisfação, saúde e melhoria da qualidade de vida à população

Política de QualidadeAgir com vistas ao desenvolvimento contínuo, inovação e melhoria dos serviços de saúde, proporcionando aos clientes a satisfação pelos serviços recebidos e aos colabora-dores a oportunidade de atingirem seus objetivos profi ssionais e pessoais.

DiretoriaDr. Nelson Solano ValeDiretor Administrativo

Dr. Lauro Arruda CâmaraDiretor Financeiro

Dr. Manoel MessiasDiretor Médico

voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br2

O mosquito que transmite a zika, a chikungunya e a dengue é um velho conhecido dos brasileiros: desde a segunda metade dos anos 1980 casos da dengue têm sido registrados em todos os estados. Já os primeiros casos de zika e chikungunya apareceram no Brasil em 2014. No caso da zika, a transmissão, além de ser via Aedes aegypti, também ocorre de mãe para fi lho durante a gravidez e por via sexual. Com relação a chikungunya, possíveis outras formas de transmissão ainda são

investigadas.Já a dengue e a febre amarela são

transmitidas apenas por meio dos mosquitos. Desde o fi nal do ano passado, houve um aumento nos casos de febre amarela, com 107 confi rmados nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A Bahia também têm casos suspeitos, e, até o fi nal de janeiro, 46 mortes de pessoas vítimas da doença já tinham sido confi rmadas pelo Ministério da Saúde. O novo surto ocorre após 10 anos

- o último tinha acontecido em 2007. A febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes nas cidades, mas desde 1942 não há um caso fora das zonas silvestres e de mata do Brasil. Nessas regiões, a transmissão ocorre por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus ou Sabethes. A questão que preocupa agora é se o vírus vai alcançar centros urbanos ou se permanecerá restrito ao campo.

Pessoas que moram ou vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro das áreas de risco, no Brasil ou no exterior –a imunização deve ser feita dez dias antes da viagem. Quem não se encaixa nesses casos não precisa buscar a vacina neste momento. Pela possibilidade de causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.

1. Qual é o ciclo da febre amarela?

O período de incubação varia entre 3 e 6 dias, em média, e o vírus fi ca no corpo humano por no máximo 7 dias.

2. Como prevenir?A vacina é a principal forma

de prevenção e controle.

Fontes: http://portal.fi ocruz.br/pt-brhttp://portalsaude.saude.gov.br

Médicos, enfermeiros, coordenadores e encarregados de setor se reuniram com a direção no auditório, dia 20 de janeiro, para comemorar os 17 anos do Hospital do Coração. Os presentes assistiram a depoimentos da coordenadora de Recursos Humanos, Elba Raulino, há 14 anos fazendo parte da nossa equipe; do coordenador das UTI´s, cardiologista Marcel Delafi ori, que está no hospital desde o início – Dr. Marcel foi o primeiro plantonista da UTI e pronto-socorro- ; e do administrador da instituição, Reinaldo Marques, no Hospital do Coração desde 2002. Os diretores Lauro Arruda, Manoel Messias e Nelson Solano também falaram, lembrando aos presentes um pouco da história do hospital, desde quando surgiu o sonho dos médicos do então Centro Cardiológico de Natal, nos anos 1980/90, de ter em Natal um hospital que reunisse

profi ssionais qualifi cados, tecnologia de última geração e infra-estrutura semelhante a dos melhores centros médicos do país. Entre o planejamento inicial e as obras, iniciadas em janeiro de 1997, se passaram cinco anos, ao longo dos quais médicos de outras especialidades se juntaram ao projeto – e o que seria um hospital especializado em cardiologia foi inaugurado dia 21 de janeiro de 2000, já como Hospital com ênfase na alta complexidade em várias especialidades.

Dezessete anos se passaram e o hospital que é considerado - para orgulho e alegria dos seus 16 sócios- uma das principais referências hospitalares do norte e nordeste cresceu, sempre mantendo a qualidade, ética e humanismo. A todos que acreditaram neste sonho, à equipe dedicada e profi ssional que faz parte da nossa instituição e aos nossos clientes, razão maior da nossa existência, o nosso agradecimento pelos 17 anos de parceria, história e pioneirismo.

voz do coração | janeiro 2017 | www.hospitaldocoracao.com.br

Hospital do Coração: 17 anos fazendo históriaSaiba mais sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Zika, dengue e chikungunya: sintomas

Febre amarela: sintomas

Quem deve se vacinar?

A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 2A Voz do Coração - janeiro 2017.indd 2 02/02/2017 17:02:4602/02/2017 17:02:46