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Origens Histricas do Direito Internacional Pblico a) Antiguidade 3100 a.C. 2000 a.C. Imprio Romano b) Idade Mdia Aliana entre feudos os senhores feudais comearam a realizar acordos para a defesa. Papel marcante da Igreja o papel da igreja importante para introduzir uma forma pacifica de soluo de conflitos. Paz de Deus centralizado no Papa Trgua de Deus Quarentena de Deus da violao do direito hostilidade devia-se esperar 40 dias. Guerra justa. c) Idade Moderna Tratados de paz de Westflia (1648) fim da guerra. Guerra dos 30 anos aconteceu entre catlicos e protestantes. Os Estados se tornaram soberanos e a igreja perde seu espao, nasce o Direito Internacional Pblico. Doutrina da Soberania Revoluo Francesa pe fim ao perodo de paz. d) Idade Contempornea Revoluo Francesa Congresso de Viena (1815) vem pacificar os Estados novamente. 1 Guerra mundial. Tratado de paz que pe fim 1 guerra criado um rgo para cuidar da paz, a saber, a SDN, porm no deu certo. 2 guerra mundial no final dessa guerra foi criada a ONU em 1945, carta das naes unidas. e) Sculo XX SDN (Sociedade e Naes) / ONU a filiao a ONU no obrigatria. Tendncias Evolutivas a) Universalizao (as organizaes unidas ajudam na independncia) o Direito Internacional comea a se preocupar com todos os Estados. b) Regionalizao (tendem a formar blocos) os Estados iro se filiar em blocos, geralmente pases mais prximos, formam blocos econmicos. Ex: Unio Europia. c) Institucionalizao (organizaes internacionais formadas por Estados) OMS. d) Funcionalizao (aplicao interna do direito internacional) faz com que o Direito Internacional chegue a todos os Estados. Ex: dois Estados contratam a ajuda para fabricao de um determinado medicamento. e) Humanizao (o individuo recorrendo ao direito internacional) significa que os organismos internacionais deixam de pensar s nos Estados e comeam a pensar nos indivduos. f) Objetivao: g) Codificao (codificao algo que j existe costumes) quando o costume vira lei. h) Jurisdicionalizao (criao dos tribunais e cortes internacionais) criao de cortes formais, lugar certo e fixo. Ex: CIJ (Corte Internacional de Justia) Fundamento do Direito Internacional Pblico Doutrinas

Doutrina Voluntarista proveniente da vontade dos Estados, se o Estado no contratar ele pode viver isolado (participar de algum tratado), se o Estado no age de forma contrria ao tratado entende-se que ele pactua com o tratado de forma expressa ou tcita. Doutrina Objetivista originada nas normas de Kelsen: A vontade dos Estados tem limites Normas imperativas (est acima da vontade) Conveno de Viana sobre o direito dos Tratados (1969) 1 Pacta Sunt Servanda (acordos tm que ser cumpridos) 2 Jus Cogens norma imperativa 09/02/2011 FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PBLICO As fontes do Direito Internacional Pblico so trs: tratados, costumes, princpios. Direito dos Tratados 1. Histrico da Conveno de Viena sobre Direito dos tratados de 1969. Anteriormente os tratados no eram codificados, eram verbais, os Estados ento, resolveram codificar o Direito dos tratados, para isso se reuniram 110 paises, dos quais apenas 39 aceitaram assinar o acordo, saindo desta reunio a Conveno de Viena. Essa conveno diz como sero os Tratados. A partir de 1980, a Conveno de Viena foi engajada por alguns Estados, mas antes disso j era valida, sendo ento equiparada ao Cdigo Civil Brasileiro. Esse tratado era um costume, sendo assim, mesmo que o pas no o assinou obrigado a cumpri-lo. 2. Conceito de Tratado (art 2, I, a C.V.) acordo Internacional (tem efeito jurdico) concludo por escrito (no pode ser oral, antes quem assinava os tratados eram os Reis, aps o regime republicano, que divide o poder entre o chefe de estado e de governo e o povo (parlamento), sendo assim atualmente quem assina os tratados o Presidente da Republica com o aval do Congresso Nacional) entre Estados ( a priori s podia conter o engajamento de dois Estados), e regido pelo Direito Internacional (se algum dos pases que vo contratar o tratado for regulado por Leis internas de cada Estado no um Tratado),quer conste de um instrumento nico, quer de dois ou mais instrumentos conexos (o tratado pode ser apenas um instrumento ou conter vrios anexos esses anexos so especificaes que no viro no corpo do tratado), qualquer que seja sua denominao especifica), a figura do tratado tem vrios nomes. 3. Terminologia tratado, conveno (multilaterais, vrias partes), pacto (delimitar objetivo poltico), acordo (questes comerciais), carta (delimitar quais os objetivos de uma organizao internacional), protocolo (final de uma grande conferncia, trazendo objetivos que foram ditadas na conferncia), estatuto (regem cortes internacionais), etc. a Declarao no tratado, diferente no tem valor convencional, somente declara o que viria a ser os direitos humanos. 4. Estrutura Prembulo quem so as partes, os considerandos razes pelas quais os tratados sero firmados.

Dispositivo os artigos, o fechamento com as assinaturas dos Estados e o selo de lacre (armas de cada Estado) Anexos disposies de carter tcnico. 5. Classificao a) Quanto ao nmero de partes: Multilateral feito por mais de duas partes recebero mais de duas partes, recebera o nome de tratado guarda-chuva, o tratado guarda chuva serve de base para outros tratados menores que ficaro a sua sombra. Bilateral feito por duas partes. OBS: no pode existir Tratado unilateral. b) Quanto ao procedimento utilizado para a sua concluso: Tratados em sentido estrito a forma de concluso depende de duas fases, ele bifsico depende de dois momentos de manifestao de consentimento, que so: a assinatura (no tem valor) e a ratificao (s a ratificao valida o tratado). Tratados em forma simplificada criam um tratado que somente com a assinatura o acordo j esta valendo, normalmente bilateral, feito atravs de notas, um pas envia uma nota ao outro. Esta forma de acordo mais rpida por no precisar passar pelo Congresso Nacional. Podem ser feitos por esta modalidade os tratados, por exemplo, de cooperao. c) Quanto natureza das normas: Tratados contratos firma o dar e o receber, via de mo dupla, cria obrigaes recprocas entre as duas partes. Tratados normativos repousa sobre as duas partes da mesma forma, no tem via de mo dupla. d) Quanto execuo no tempo Transitrios: execuo exaurida instantaneamente cria uma situao jurdica que perdura no tempo, mas a execuo do tratado instantnea. Ex: cesso do Acre pela Bolvia para o Brasil, a cesso do Acre foi instantnea, porm a sua permanncia perdura at os dias atuais. Permanentes: execuo se prolonga no tempo a execuo do tratado nunca vai acabar. Ex: Conveno de Viena. e) Quanto execuo no espao: Engaja todo o territrio o Brasil inteiro est engajado naquele tratado. Restrito a algumas reas aquele que diz respeito determinada parte do Brasil, no produz efeito a outras partes do pas, ex: tratado do Amazonas. Permanentes: execuo f) Quanto possibilidade de adeso posterior Fechados no permite a entrada de nenhum outro Estado, diz respeito somente aos pases que participaram da reunio para sua discusso. Abertos outros Estados podem aderir ao tratado, porm devero assin-lo conforme foi acordado pelos pases que participaram da sua discusso. De adeso limitada vai limitar por diversas questes a entrada de um pas no tratado, ex: para entrar na unio europia tem que ser um pas da Europa. De adeso ilimitada pode-se aderir ao pacto depois, a qualquer momento, desde que aceite o tratado como foi discutido. Conveno de Viena de 1969 sobre direito dos tratados, entrou em vigor em 1986, no Brasil foi

ratificado em 2009. 11/02/2011 PROCESSO DE FORMAO DOS TRATADOS 1. Competncia negocial somente os Estados podem assinar tratados. a) Chefes de Estado e de Governo a competncia originaria do chefe de Estado, no Brasil o Presidente da Repblica. b) Ministro das Relaes Exteriores ou Chanceler a competncia derivada, o Ministro das Relaes Exteriores o chefe de todos os Embaixadores brasileiros que esto lotados fora do Brasil, o M.R.E., organiza a vida poltica do Brasil no exterior. c) Demais plenipotencirios (com a carta de plenos poderes procurao) os Embaixadores tem a competncia negocial, eles negociam as clusulas dos acordos no pas em que esto lotados, na teoria o Embaixador no pode assinar acordos, na pratica no o que ocorre. O Chefe de Estado e o Ministro das Relaes Exteriores podem negociar e assinar acordos sem a carta de plenos poderes. 2. Negociaes preliminares a) Bilaterais quando o Brasil, por exemplo, quer negociar com outro Pas, os primeiros contatos so feitos pelo Embaixador que est lotado naquele pas. Quando um pas quer fazer uma negociao com outro pas e h eminncia de guerra ou hostilidade, as negociaes podem ser feitas em outro Estado. Ex: negociao de Israel com Lbano feita nos EUA. b) Colaterais quando so feitas conferncias que envolvem vrios pases. Ex: ECO/ 92. 3. Adoo do texto pela unanimidade ou maioria 2/3 quando o acordo bilateral, os dois Estados tm que concordar, sendo assim, no final assinam o tratado. Quando o Tratado multilateral, se for em nmero menor, por exemplo 4, os 4 tm que concordar com o teor do tratado, se for em nmero maior, por exemplo 190 pases, 2/3 deles tm que concordar. Os pases que negociam que decidem se a assinatura dever ser por porcentagem ou por unanimidade. 4. Assinatura firma que pe termo a uma negociao, autenticando o texto do compromisso. A assinatura somente no engaja o pas naquele tratado, para que o pas seja engajado no tratado necessrio a ratificao. A assinatura serve para o pas saber que estava presente naquela negociao e que o texto o que foi negociado. A nica obrigao gerada de que aquele Estado no pode agir contrrio ao tratado antes da ratificao ao objeto principal. Ex: se um pas assina um tratado de no haver mais tortura, at ratificar no pode haver tortura no determinado pas. 5. Aprovao Parlamentar por meio de Decreto Legislativo, vide art 49, I CF da competncia exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional; e art 84, VIII, CF - Compete privativamente ao Presidente da Repblica: VIII - celebrar tratados, convenes e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

Decreto legislativo norma que independe de sano presidencivel, o tratado passa a vigorar no pas atravs de Decreto criado pelo Congresso Nacional. Competncia privativa de um determinado rgo que pode deleg-la a outro. Quem resolve definitivamente o tratado o P. Rep. O congresso s resolve definitivamente se rejeitar a aprovao do Tratado. Quorum para aprovao dos tratados: Tratados em matria comum maioria simples. Tratados de direitos humanos 2 turnos 3/5 votos se for aprovado, se torna um decreto legislativo, no precisa de sano do presidente da Repblica, s entra em vigor aps a ratificao e promulgao do P.Rep. 6. Ratificao (s pode ser feita pelo chefe de governo) ato unilateral com que o sujeito do Direito Internacional Pblico, signatrio de um tratado, exprime definitivamente no plano internacional sua vontade de obrigar-se. a) Importncia b) Caractersticas i. Discricionariedade discusso art 84, VIII, CRFB/88 X 49, I CRFB/88 ii. Irretroatividade no existe a desratificao de um tratado. O pas que depois de um ano de engajamento em um determinado tratado, no quiser mais fazer parte dele no pode desratificar, tem que denunciar aquele tratado. c) Forma no precisa ser obrigatoriamente escrito, poder ocorrer de forma (manifesto) escrito, tcita ou oral. d) Troca e) Deposito todos os documentos devero ser entregues ao depositrio eleito pelos Estados. Em tratados multilaterais se eleger um depositrio para controlar o tratado no sentido de: recolher as assinaturas dos Estados que ratificaram os tratados, as reservas que algum estado expressou, todos os documentos referentes a esse tratado devero ser entregues ao depositrio. 7. Registro para ser argido na corte internacional. Iniciou-se com a SDN, entendia que se no registra, no tem valor. A ONU entende que uma regra falida. Efeitos: 1. Se no registrar na ONU, no pode utilizar a corte Especial de Justia para resolver possveis controvrsias. 2. Se no registrar dificulta a aplicao de sanes quando necessrio. 8. Publicidade o tratado s ter validade aps a promulgao do decreto executivo e publicado no Dirio Oficial da Unio. i. Embaixada Centrada em Braslia relaes exteriores (negocia tratados entre o Brasil e outros paises) ii. Consulados concesso de vistos. Os embaixadores podem fazer negociao sem a carta de plenos poderes, porm no podem assinar. Geralmente as negociaes preliminares so feitas nos prprios pases que esto negociando, salvo algum motivo de hostilidade. Quando o Congresso rejeita o tratado, ele rejeita definitivamente o tratado. Adeso por meio da adeso um Estado pode vir a fazer parte de um tratado. O procedimento unifasico. Isso permitido porque o tratado j esta pronto, nesse caso, no necessrio uma assinatura anterior, somente o ato de aderir. 16/02/2011

Reservas a) Conceito: Declarao unilateral (um nico pais faz reserva a alguma clausula de determinado tratado) feita pelo Estado ao assinar, aprovar, ratificar ou aderir (quando o Estado no participou da primeira negociao daquele tratado e anos depois quer fazer parte daquele tratado, para o Brasil aderir a um tratado o congresso tem que aprovar) a um tratado, visando excluir (tirar algum artigo para que o pas faa parte do tratado) ou modificar o efeito jurdico (mudar o que esta escrito em determinado artigo do tratado), de certas disposies do tratado em sua aplicao a este Estado. Faz com que o pas seja um signatrio daquele tratado, porm no concorda com o tratado todo. A finalidade da reserva fazer com que o maior nmero de pases faa parte daquele tratado, adequando as suas clusulas a realidade do Estado aderente. No tratado bilateral no h reserva e sim renegociao. Quando um determinado pas faz reserva os outros pases participantes daquele tratado obedecem a reserva em prol daquele pas, entretanto, o tratado fica valendo como o original para os outros pases. A reserva cria vrios regimes jurdicos dentro do mesmo tratado. b) Limite das Reservas. b.1.) Quando o prprio tratado vedar sua oposio. Ex: o Mercosul b.2.) Quando demonstrar quais reservas podem ser apostas e entre as quais no figurar a reserva em questo. Ex: no pode reservar o artigo 15. Neste caso os pases que concordam com a reserva negocia com o Estado, os pases que no concordarem com a reserva iro ignorar a presena daquele pas no tratado. b.3.) Quando a reserva for incompatvel com o objeto e a finalidade do tratado. Tem tratados que para o pas aderir fazendo reservas, os outros pases membros tem que concordar com aquela reserva. c) Procedimento deve ser confirmado na ratificao ou adeso feita por escrito. Quando um pas faz uma reserva quando da assinatura, deve fazer a reserva quando for ratificar. d) Espcies: Modificativas Exclusivas (# declarao interpretativa) interpreta parte de um tratado, mas no modifica o tratado. Ex: explicar uma expresso descrita no tratado em determinado idioma. e) Regime de aceitao e objeo das reservas e seus efeitos. Somente ocorre nos tratados que so silentes com respeito a reservas. Ex: tratado sobre pesca no Mar Mediterrneo Fictcio. Salmo Frana Aceita Noruega Portugal Reserva Objeta (exclui a modificativa (s obrigao do pode pescar no tratado) vero) Objeta Reserva Exclusiva Aceita Aceita Alemanha Objeta * Ressalva que no quer manter relaes. Objeta No quer manter relaes. Aceita

Bacalhau Atum Concluso:

Aceita Aceita

Frana e Noruega pescam bacalhau e atum o ano inteiro e salmo s vero. Frana e Portugal pescam salmo e atum o ano inteiro e no pescam bacalhau. Frana e Alemanha pescam salmo, bacalhau e atum o ano inteiro. Noruega e Portugal pescam atum. Noruega e Alemanha no tem relaes. Portugal e Alemanha no tem relaes. Efeitos jurdicos Aceitao em se tratando das reservas modificativas o efeito de sua aceitao por parte do outro Estado, a modificao do artigo reservado na relao obrigacional existente entre eles. J o efeito da sua objeo, a excluso da obrigao disposta no artigo na relao entre ambas as partes. Caso o Estado declara que objeta a reserva feita assinalando que no deseja estabelecer uma relao convencional com o Estado autor da mesma, no existir relao convencional entre os dois Estados. Em se tratando das reservas exclusivas, o efeito da sua aceitao por parte do outro Estado a excluso da obrigao contida no artigo reservado na relao obrigacional existente entre as partes, da mesma forma o efeito de sua objeo tambm a excluso da obrigao disposta no artigo reservado nas relaes entre ambas s partes, o que nos leva a afirmar que no que concerne as reservas exclusivas os efeitos da aceitao so os mesmos da objeo. Caso o Estado declara que objeta a reserva feita assinalando que no deseja estabelecer uma relao convencional com o Estado autor da mesma, no existir relao convencional entre os dois Estados. 18/02/2011 O Tratado em Vigor 1. Adeso para aderir a um Tratado j existente, o Estado pega o tratado em curso e o leva para o seu Congresso aprovar, havendo a aprovao do Congresso o tratado assinado pelo Presidente. 2. Emendas a emenda entra em vigor quando 2/3 dos participantes votarem a favor da emenda proposta, o 1/3 que no concordou dever abandonar o tratado regra anterior. Aps a Conveno de Viena, portanto, ficou decidido que quando uma emenda for proposta e 2/3 votarem a favor da emenda, ento, o tratado vale para este grupo com as alteraes feitas, para o 1/3 que votaram contra a emenda o tratado fica valendo como o original. Para a emenda vigorar tem que ser aprovada pelo Congresso de cada Estado participante. 3. Entrada em vigor o Tratado entra em vigor como foi aprovado pelos Estados, em regra o tratado entrar em vigor com o texto discutido nas negociaes, no texto de cada tratado ter um dispositivo informando quando entrar em vigor e com quantas ratificaes. O prazo do tratado de acordo com os dispositivos existentes em seu corpo, neste caso, o tratado tem que ser cumprido na sua integralidade; quando no dispe do tempo de inicio e termino, o tratado permanente. 4. Interpretao h duas correntes: 1 - Vontade das partes 2 - de acordo com o significado real do texto do tratado na conveno de Viena ficou

estipulado esta teoria, s usado a 1 caso no consiga resolver a questo de acordo com a 2 teoria. Interpretao Autentica - Quando o tratado vem dando problemas no curso de sua vigncia aps 10 anos os pases participantes criam um outro tratado para interpretar as clausulas divergentes, chamada de interpretao autentica. Declarao Conjunta - quando uma parte pequena dos participantes do tratado tem divergncia nas clusulas do tratado eles fazem uma declarao conjunta e aquela declarao fica valida entre eles, no engaja todos os paises, mas somente entre os Estados que fizeram aquela declarao. Declarao interpretativa quando s um dos pases participantes interpreta um determinado artigo. 5. Efeitos dos tratados Sobre as partes Sobre terceiros (quando cria deveres o terceiro tem que se manifestar, quando fica silente acredita-se que ele concorda) a) Efeito difuso: cria nova situao jurdica. Ex: quando a Bolvia cedeu o Acre ao Brasil, o traado geogrfico do Brasil no mapa mundi mudou. b) Aparente: Quando um terceiro sofre conseqncias diretas de um tratado por fora do disposto em tratado anterior, que o vincule a uma das partes. Clausula da nao mais favorecida (esta clausula quer dizer que quando dois pases firmam um determinado acordo para cederem um produto ao outro e aps firmar um tratado com outro pais para o mesmo produto com preos diferenciados, o preo menor passa a valer para o 1 pais) 23/02/2011 Nulidades dos tratados 6. Causas de anulabilidade se argida nula, os seus efeitos so ex nunc. a) Vcios de consentimento I) erro art 48 CV Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situao que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concludo e que constitua uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. 2. O pargrafo 1 no se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as circunstncias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro. 3. Um erro relativo redao do texto de um tratado no prejudicar sua validade; neste caso, aplicar-se- o artigo 79. II) Dolo conduta fraudulenta do outro Estado apresenta informaes errneas para induzir o outro Estado a erro art 49 CV Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado.

III)

Ratificao imperfeita quando o P Rep ratifica sem o consentimento do Congresso Nacional um vicio de consentimento e pode ser argido no mbito nacional para se retirar do tratado, (pela Conveno de Viena proibido um pas ratificar um tratado e posteriormente falar que no vai cumprir porque aquele tratado contrario a sua Constituio. Quando isto ocorre o pas deve se retirar daquele tratado). Art. 49.CRFB/ 88 - da competncia exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional; Corrupo de Representante do Estado

IV)

b) Causas de nulidade arbtrio os efeitos so ex tunc I) Coao sobre um Representante de Estado ameaa contra o representante do Estado, contra a sua famlia, pelo contedo do vicio de consentimento o tratado nulo. Art. 51 CV - No produzir qualquer efeito jurdico a manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coao de seu representante, por meio de atos ou ameaas dirigidas contra ele. II) Coao sobre o Estado ameaa de guerra, ataque armado - art 51 - nulo um tratado cuja concluso foi obtida pela ameaa ou o emprego da fora em violao dos princpios de Direito Internacional incorporados na Carta das Naes Unidas. Conflito com uma norma jus cogens normas imperativas de direito internacional que no podem ser derrogados por nenhuma norma, a no ser por outra da mesma categoria. a comisso internacional que dir quais normas so jus cogens. Norma jus cogens anterior o tratado j existe, nasce com problemas ele todo invalido, um caso de nulidade. Ex: um tratado sobre torturas entre Lbia e Ir. Neste caso indivisvel. Norma jus cogens posterior anula somente o que colide com a norma, o tratado no nasceu nulo, nasceu valido, somente ser nulo a parte que entra em desacordo com a norma jus cogens. Neste caso h a extino do tratado. A contrariedade com a norma jus cogens vira posteriormente. Neste caso o tratado divisvel. a primeira causa de extino do tratado

III)

A Corte Internacional quem diz se uma norma jus cogens ou no.

Extino dos tratadosa) Ab-rogao De conformidade com as disposies do tratado no corpo do tratado dever informar quando ser extinto. Se no tiver clusulas sobre o seu fim, o contrato ser valido at ter apenas dois Estados engajados. A qualquer momento pelo consentimento de todas as partes pode ser extinto pelo voto da maioria, ou quando as partes participantes forem menores que 10. b) Expirao do termo pactuado ou da condio resolutiva quando o tratado criado com prazo determinado, neste caso quando chegar aquela data o tratado por si s se extingue.

c) Execuo integral do objeto o tratado tinha por objetivo a construo da nova Ponte da Amizade entre o Brasil e Portugal, quando termina a construo da ponte o tratado se extingue. d) Tratado posterior tratado que venha dispor sobre a mesma matria. Ex: tratado entre Brasil e Argentina sobre comercio criado em 1971 e tratado sobre comrcio entre Brasil e Argentina em 2011, o tratado de 2011 ir extinguir o tratado de 1971. e) Denncia a forma de extino para uma das partes. Ato unilateral pela qual um participe em dado tratado exprime firmemente sua vontade de deixar de ser parte no acordo anteriormente firmado. A denuncia entregue para o depositrio que informar aos outros participantes que aquele pas deseja sair do tratado. Quando o tratado transitrio no pode haver a denncia, pois a sua execuo j terminou. 25/02/2011 Denncia parcial? Em regra no existe denncia parcial, em algumas excees a denncia parcial pode existir. Ex: determinado pas resolve denunciar os artigos 17, 18 e 19 de um tratado, se o tratado permitir reserva e for aberto, o pas pode fazer a seguinte manobra, sair do tratado, voltar e reservar aqueles artigos, sendo assim, o depositrio ento pode aceitar a denncia parcial. Denncia no Direito Interno o P Rep pode denunciar um tratado sozinho ou precisa do aval do Congresso Nacional? Principio dos atos contrrios impede que o PRep sozinho denuncie um tratado, aconteceu nos EUA. Segundo Bevilaqua quando o Congresso Nacional deu aval para assinatura do Tratado, tambm deu o aval para emendar o texto, ou ento o P Rep pode sair do tratado, sem que para isto tenha que pedir o aval do Congresso Nacional. O Congresso Nacional pode dar causa a denncia de um tratado quando vota uma lei contraria aquele tratado. Impossibilidade superveniente quando o objeto do tratado que imprescindvel ao seu cumprimento desaparece, (casos de fora maior) quando for definitivo extingue o tratado, quando for temporrio suspende o tratado. ex: tratado de navegao em um determinado rio, se o rio secou temporariamente o tratado fica suspenso temporariamente, se o rio secou ad eternum, o tratado ento no tem mais razo de ser. Mudana fundamental das circunstncias rebus sic stantibus se ocorreu mudanas fundamentais quando do termino do tratado, estas clausulas podem por fim ao tratado. Esta clausula serve para extino quando estas alteraes forem argidas, mas antes do seu descumprimento. Rompimento das relaes diplomticas quando um pas rompe as relaes diplomticas com o outro, possivelmente todos os outros tratados sero rompidos, pois os Embaixadores daqueles pases voltaro para os seus pases de origem. Violao o fato de um pas violar um tratado no motivo de violao, dependendo do carter da violao os outros pases podem pedir a extino do tratado, o que no pode ocorrer o pas violador pedir a extino do tratado. Estado de guerra o estado de guerra extingue com todos os tratados bilaterais entre os pases que esto em guerra, suspende os tratados multilaterais em que os dois pases fazem parte, os tratados de direito humanitrio, que foram criados para funcionar em tempo de guerra, continuam em vigor durante o perodo de guerra mesmo entre os dois pases. Os tratados transitrios tambm continuam em vigor durante o perodo de guerra, estes tratados esto imunes guerra. Os tratados de emprstimos tambm continuam a vigorar durante o perodo de guerra. 02/03/2011

f)

g)

h) i) j)

Conflito entre tratados Isto ocorre quando as partes se renem para pactuarem um tratado entre si depois as mesmas partes se renem para firmar tratado com outras partes ira funcionar da seguinte forma: Lex posteriori derogat priori lei posterior derroga anterior. Lex spcialis derogati generali - funciona quando h conflitos entre membros de um tratado, prevalece portanto o tratado que tem as regras mais favorveis queles pases. Firmado entre poucos pases. Lei especial derroga lei geral. Exceo: carta da ONU art 103 os tratados que entram em conflito com este artigo (a carta das naes unidas prevalecem sobre todos os outros tratados), no podem ser registrados na ONU. Para o conflito real no tem soluo. Ex: o pas A faz um tratado com o pas B e C, se Teorias sobre a posio hierrquica dos tratados no ordenamento jurdico interno Monismo diz que existem duas ordens jurdicas que no so separadas, mas sobrepostas, no importa se aquele pas se obrigou internamente ou externamente, quando ocorre conflito entre as normas internacionais pode escolher se quer dar primazia ao direito interno ou ao direito externo, esta disposio pode estar descrito no corpo da sua lei. Com primazia do direito interno neste caso a lei interna tem maior relevncia que os tratados. A lei interna esta acima dos tratados. Com primazia do direito internacional neste caso os tratados tem maior relevncia, pois o pas que participa do tratado pode escolher o tratado em que quer participar, tambm pode sair quando quiser. O tratado esta acima da lei. Moderado para esta corrente, a lei e os tratados esto no mesmo patamar. Dualismo para a doutrina dualista no existe conflito entre tratado e lei, quando o tratado internalizado, os conflitos so resolvidos como os conflitos das leis internas. No existe intercesso entre a ordem nacional e a internacional. Radical para este corrente quando o tratado ratificado para que ele passa a atingir a populao tem que ser criado uma nova lei interna com os direitos do tratado. Moderado para esta corrente na hora de internalizar o direito no precisa ser atravs de lei, pode ser atravs de um decreto. No Brasil Conflito entre tratado e norma constitucional art, 102, III, b Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida: b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; Conflito entre tratado e lei RE 80004/ 1977 omisso internacional o tratado tem valor de lei, o que for posterior prevalece e o que for especial prevalece. Conflito entre normas de Direitos Humanos os tratado de direitos humanos celebrados depois de 2004, entram no ordenamento jurdico com valor de emenda constitucional, os tratados celebrados antes de 2004 que tratam dos direitos humanos tem valor de norma supra legal.

Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: 2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte. 3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. RE 349703/ 2008 RE 466343/ 2008 Conflito entre tratados e normas de Direito Tributrio. O Brasil uma mistura do monismo e do dualismo moderado. 04/03/2011 Hierarquia dos tratados na ordem jurdica interna No monismo moderado pode ocorrer o descumprimento de um tratado, pois tendo a lei e o tratado o mesmo valor, se houver conflito entre eles e a lei for posterior, sendo a lei aplicada h o descumprimento do tratado. Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: 3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. 16/03/2011 Fontes do DIPU 1) Tratados 2) Costumes os costumes so criados pela falta de lei para regular determinado assunto, pela pratica reiterada de determinado assunto. Para mudar o costume preciso que haja a criao de um tratado. Quando h um tratado e os Estados membros usam um costume, esto violando o tratado, portanto o tratado entra em desuso, neste caso h uma pratica reiterada no uso do costume, como posterior o costume revoga o tratado. 1. Elementos a) material pratica reiterada so aplicadas como sendo direito. Sem o sentimento de obrigao. b) subjetivo (opinio jris) conscincia de que se age assim pois assim manda o direito. Art 38 da CIJ 1. A Corte, cuja funo seja decidir conforme o direito internacional as controvrsias que sejam submetidas, dever aplicar; 2. as convenes internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 3. o costume internacional como prova de uma prtica geralmente aceita como direito;

2. 3. 4. 5. 6.

4. os princpios gerais do direito reconhecidos pelas naes civilizadas; 5. as decises judiciais e as doutrinas dos publicitrios de maior competncia das diversas naes, como meio auxiliar para a determinao das regras de direito, sem prejuzo do disposto no Artigo 59. 6. A presente disposio no restringe a faculdade da Corte para decidir um litgioex aequo et bono, se convier s partes. Formao feita pelo uso continuado de uma determinada pratica.x Generalidade o costume no deve ser geral e sim regional. Prova do costume a prova que o costume existe, cabe a quem o alegar. Hierarquia entre costumes e Estados novos tratado e costume tem o mesmo valor hierrquico. Quando o Estado novo se manifesta desde o comeo contrario ao costume, ele no esta engajado a ele. Objetor persistente tem que persistir na objeo para no ser engajado no costume. Se no quiser se engajar tem que se manifestar. Tem que ter atitude ativa.

19/03/2011 3) Princpios Gerais dos Direito no so do direito internacional so os princpios do direito interno, os chamados princpios do direito internacional so criados pelo uso continuo de um determinado costume, um costume to generalizado que parece um principio. Ex: a liberdade dos mares um costume, porm visto como um principio. A origem deste direito no esta na discusso dos filsofos, esta na iniciativa dos paises de comear a usar o mar para navegar. Artigo 38 CIJ 1. A Corte, cuja funo seja decidir conforme o direito internacional as controvrsias que sejam submetidas, dever aplicar; 2. as convenes internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes; 3. o costume internacional como prova de uma prtica geralmente aceita como direito; 4. os princpios gerais do direito reconhecidos pelas naes civilizadas; 5. as decises judiciais e as doutrinas dos publicitrios de maior competncia das diversas naes, como meio auxiliar para a determinao das regras de direito, sem prejuzo do disposto no Artigo 59. 6. A presente disposio no restringe a faculdade da Corte para decidir um litgioex aequo et bono, se convier s partes. Meio auxiliares: Jurisprudncia internacional art 59 do Estatuto da CIJ - A deciso da Corte no obrigatria seno para as partes em litgio e respeito ao caso alvo de deciso a deciso s vale para as partes em litgio e para aquela deciso, portanto as jurisprudncias da CIJ, no vinculam, ela s auxilia, s obriga as partes em litgio para aquela ocasio, em um outra ocasio sobre o mesmo assunto a CIJ, pode decidir de forma diferente. Doutrina a doutrina deve ser consensual por autores reconhecidos mundialmente. Analogia fazer valer para determinada situao de fato, a norma jurdica concebida para aplicar-se a uma situao semelhante, na falta de regramento que se ajuste ao exato contorno do fato. A analogia uma ajuda para postular pedidos na CIJ, s pode ser usada para ampliar direitos. Ex: caso Jean Charles no Reino Unido. Quando um estrangeiro tiver seus direitos usurpados ele pode pedir Proteo Diplomtica (concedida a um estrangeiro que esta em outro pas), ou ento quando um funcionrio tem

os seus direitos violados a organizao em que ele vinculado pode pedir a proteo funcional. A analogia s pode ser usada para ampliar direitos. Equidade s pode ser usado quando as partes autorizarem. Fontes secundrias: Atos unilaterais ex: Presidente da Frana prometeu diante da CIJ que no faria mais testes nucleares no Pacifico, portanto se a Frana realizar mais testes estar violando um tratado, internacional. A origem do ato unilateral a regra primaria de tudo o que prometido deve ser cumprido. Decises das organizaes internacionais se descumprir uma ordem da CIJ, o pas pode ser sancionado. Ex: quando a CIJ decidiu sancionar o Ir o Brasil votou contra, mas mesmo assim teve que sancionar o Ir para no ser sancionado. A origem da obrigao neste caso est no tratado. Correo exerccio a) o Afeganisto tinha um tratado com o Brasil, portanto para romper este tratado o Afeganisto deveria denunciar o tratado e no romp-lo. 25/03/2011 Muitas pessoas falam que o Jus cogens tambm uma fonte do direito, o jus cogens uma caracterstica imperativa como se fosse de uma norma fundamental. 30/03/2011 Sujeitos do DIPU A) Sujeitos Incontestveis so os sujeitos originrios. 1) Estados os tratados nascem com a Guerra dos 30, o papel que era da Igreja passou a ser dos Estados que so sujeitos do direito internacional. Os micros Estados (Mnaco, Vaticano), tambm so considerados sujeitos incontestveis. 2) Organizaes Internacionais so sujeitos derivados so formados por Estados, estas organizaes no tem soberania, s podem contratar dentro de suas funes, tem que respeitar suas finalidades ex: Mercosul, OEA, etc. B) Sujeitos Contestveis: 1) Os indivduos os indivduos passaram a fazer parte dos sujeitos contestveis quando se verificou que os prprios Estados estavam massacrando seus nacionais, foram ento criados tratados para proteger a populao, sendo assim abriu-se a possibilidade do nacional discutir seus direitos na organizao internacional contra o seu prprio Estado. Aps foi aberta a possibilidade de ser incutado contra um individuo ser julgado e condenado no mbito internacional por crimes contra a humanidade. 2) A Santa S e o Estado Vaticano A Igreja tinha um papel fundamental, foi a Igreja que criou os primeiros pactos de bem viver entre a populao.

a) Histria depois dos tratados de West Phali, a Igreja perdeu um pouco do seu domnio, foi criado um tratado dando algumas regalias ao Papa, foi criado ento no governo de Mussolini em 1929 o Acordo de Latro, devolvendo assim a Igreja uma parte do territrio que ela j possua, sendo formado o Estado do Vaticano. O Papa no deixou de ser o representante da Igreja, deixou de fazer parte do governo. b) Territrio 0,5 km2, fica na cidade de Roma. c) Populao so nacionais do Vaticano todos os cardeais que trabalham no Vaticano, nacionalidade funcional. d) Governo Monarquia absoluta. O Chefe o Papa que controla o executivo, o legislativo e o judicirio, o Papa esta presente em todos os poderes. d.1.) Poder Legislativo Comisso de cardeais como se fosse o congresso nacional. Lei fundamental auxilia o Papa na redao das leis. Cdigo Cannico como se fosse a Carta Constitucional. d.2.) Poder Executivo Cria Romana e Episcopado Nncios Papais a jurisdio do Vaticano no teria muito servio se julgasse somente os funcionrios, a sua jurisdio se estende a todos os paises catlicos, julgando assim os crimes cometidos pelos seus internos e tambm na analise de anulao de casamentos religiosos realizados na Igreja Catlica e) Concordatas o Vaticano pode firmar tratados bilaterais e pode fazer parte dos tratados que esto ligados sua finalidade, por exemplo, no assinaria um tratado comercial, mas poderia assinar um tratado ligado a direitos humanos, ajuda humanitria. 01/04/2011 3) Coletividades no estatais a) Beligerantes ela ocorre quando dentro de um Estado verifica-se uma sublevao da populao por meio de movimento armado politicamente organizado para fins de desmembramento de governo ou mudana de regime vigente, constituindo-se uma verdadeira guerra civil. O ponto alto da beligerncia a guerra armada. Recebem o status de sujeito do direito internacional. Nesse caso h a provocao de uma guerra civil interna. Status temporrio de sujeitos incontestveis, para conversar de igual para igual com os outros Estados e para participar dos tratados que dizem respeito guerra. b) Insurgentes na sua luta os insurgentes atingem um certo grau de importncia, mas no atinge totalmente a vida da populao, no se forma um caos geral. Ex: Farc da Colmbia, ainda no provocou uma guerra civil na Colmbia, um grupo que tem a inteno de tomar o poder, porm no tem fora de beligerante, eles tem inteno de tomar o poder, no se forma uma guerra civil interna. No recebem o status de sujeitos de direito. c) Movimentos de libertao nacional so os grupos de pessoas (minoria) que vo lutar por seus direitos individuais contra o prprio Estado, lutam para formar um novo Estado, geralmente so pessoas com caractersticas diferentes da maioria da populao do pas, so aqueles que so alvos de racismo, que lutam para a libertao nacional, ex: OLP (Organizao para Libertao da Palestina). d) Soberana Ordem Militar de Malta foi criada em 1050, com o intuito de dar assistncia medica aos peregrinos que iam para Jerusalm, os servidores eram monges, era uma organizao hospitalar que recebeu da Igreja um territrio, aps a tomada de Napoleo ela recebeu um nico imvel em Roma onde mantm sua sede. Esta instituio tem organizao interna e tem representantes diplomticos em diversos pases.

4) Empresas transnacionais criao de CIRDI centro de soluo que ajuda a solucionar problemas entre empresas e os Estados, os rbitros so escolhidos pela empresa e pelos Estados o centro ligado ao Banco Mundial que esta em Nova York. Tem que ter uma clausula arbitral, o conflito resolvido por juizes internacionais. No so ainda declaradamente sujeitos de direito internacional. 5) Cruz Vermelha Criada na Itlia em 1859, aps a Guerra Batalha de Soferino, para tratar os feridos da guerra, movimento mais reconhecido na ajuda humanitria. A cruz vermelha uma ONG de status internacional, tem sede em vrios Estados.

Sujeitos Estados Organizaes Internacionais Indivduos Santa S/ Vaticano Beligerantes Movimento de Libertao Nacional Palestina 2 prova

Quase sujeitos Insurgentes Empresas transnacionais

No sujeitos Soberana Ordem de Malta Cruz Vermelha

06/04/2011 Estado 1) Elementos a) Povo o conjunto dos nacionais, este nacional pode morar no Brasil ou exterior, nacional aquele que tem a nacionalidade prpria. b) Territrio precisa existir, deve ser mais ou menos limitado, mesmo que as fronteiras no estejam totalmente definidas, mesmo que o Estado seja minsculo (Vaticano) se existe um territrio considerado Estado. O territrio compreende: mar territorial, espao areo, subsolo, vias de gua, etc. c) Governo o governo tem que ser efetivo, colocar ordem, tem que contribuir para a manuteno da ordem pblica, que consiga ser efetivo, sendo assim, ser um Estado soberano. Para que se efetive a formao de um novo Estado, ele tem que possuir os trs elementos. 2) Formao: a) Fundao para se formar por esta modalidade o Estado tem que se instalar em terra que no de ningum, esta modalidade era mais comum no perodo do descobrimento, res nullius (terra de ningum), pode se criar um pas onde houver um espao que no pertena a nenhum outro Estado. b) Emancipao quando um pas regido por um outro Estado (colonizao), a populao ento resolve se emancipar, esta emancipao pode ser de maneira pacifica (acordo ou grito de liberdade como o Brasil) ou sangrenta (guerra), e com a emancipao se da a formao de um novo Estado.

c) Separao ou desmembramento o territrio se divide para formar novos pases. Ex: Unio Sovitica. d) Fuso juno de dois territrios, um absorve o outro. Ex: (Tangancia + Zanzibar) = Tanzania e) Por deciso de organizao deciso de uma organizao Internacional. Ex: ONU que atravs da Assemblia Geral criou o territrio de Israel. 3) Reconhecimento de Estado como os outros Estados vem o Estado que acabou de se formar. importante para o relacionamento com os outros Estados. O reconhecimento no precisa ser por todos ao mesmo tempo. a) Teoria constitutiva se no for reconhecido no ser Estado. b) Teoria declaratria o que cria o Estado a juno dos trs elementos, povo, territrio e governo, no adianta ser reconhecido e no conseguir gerir a prpria populao. Os pases que reconhecem os Estados que ainda no so totalmente reconhecidos tm um tipo de relacionamento com ele, aqueles que no o reconhecem no tm relacionamento. O reconhecimento pode ser expresso ou tcito. Expresso quando o Estado diz que reconhece aquele Estado que se formou. Tcito quando um Estado manda, por exemplo, um embaixador para o novo pas. Para que o novo Estado faa parte das Naes Unidas, tem que ser votado na eleio por unanimidade pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurana da ONU que so: Frana, Rssia, Reino Unido, EUA, China. 4) Reconhecimento de Governo alterao de governo que pode ser legitima (atravs de eleio) ou ilegtima (golpe). a) Doutrina tobar criada em 1907, pelo Ministro das Relaes Exteriores do Equador, condena a tomada de governo de forma ilegal, o governo que subiu ao poder por meio de golpe no poderia ser reconhecido. b) Doutrina Estrada criada em 1930 se o governo ascendeu ao poder por intermdio de golpe e o pas esta sendo bem gerido, tem-se um governo efetivo, portanto se o povo do pas aceitou o golpe, a comunidade internacional no tem que desaprovar. Para a comunidade internacional o ideal que o governo seja obtido de forma legal, porm quando h uma tomada do poder a comunidade internacional deve observar se internamente naquele pas a populao esta satisfeita com o novo governo. O Estado resiste s mudanas de governo. Os outros Estados devem evitar a ingerncia quando um novo Estado formado atravs de um golpe. ________________________________________________________________________________ Direito Internacional Pblico ORIGENS HISTRICAS A) Antiguidade 3.100 a. c. - Tratado entre Lagash e Umma 2.000 a. c. - Tratado entre Hamss e rei Hitita Hatsuli

Imprio Romano B) Idade Mdia - Papel marcante da Igreja: Paz de Deus locais que no podem ser atacados durante a guerra. Ex. Igrejas, hospitais. Trgua de Deus no pode haver ataques durante a quaresma Quarentena de Deus quando uma nao ofendida por outra deve-se aguardar 40 dias para se tentar um acordo de paz. Guerra justa guerra declarada pelo prncipe Cruzadas

C) Idade Moderna Hugo Grotius (1585-1645)

Tratados de Paz de Westflia (1648) Princpios: Igualdade religiosa cada estado pode definir a sua religio Equilbrio europeu igualdade entre estados D) Idade Contempornea Revoluo Francesa Congresso de Viena (1815)

E) Sec. XX Pacto da Sociedade das Naes (1919) Carta das Naes Unidas criada em 1945, para manter a paz. TENDNCIAS EVOLUTIVAS DO DIPU Universalizao: Aps a 2 guerra mundial, o continente europeu deixa de ser visto como foco/modelo principal, e passa a abranger outros continentes como exemplo. Regionalizao: Criao de blocos regionais para fortalecer os Estados. Ex. Unio Europia; Mercosul; OEA; Unio Africana e etc. Institucionalizao: Criao de Organizaes Internacionais. Ex. Greenpeace; ONGs; OMT (turismo); e etc. Funcionalizao: O DIPU, passa a ter ampla funo na sociedade. Ex. criao de tratados que refletem na vida pessoal do indivduo. Humanizao: A priori o Dir. Internacional nasceu para tratar de assuntos relativos aos Estados, posteriormente passa abranger no s os Estados, mas tambm os indivduos, podendo estes se dirigir aos Tribunais Internacionais. Codificao: Temos como exemplo, a codificao de costumes ou de atos difceis de serem provados ou justificados. Jurisdicionalizao: Criao de Tribunais para colocar em prtica, as nossas regras, e ao final responsabilizar os Estados ou indivduo pelos seus atos praticados.

Conceito de DIPU: Conjunto de princpios e regras jurdicas que disciplinam e regem a atuao e a conduta da sociedade internacional, visando alcanar metas comuns da humanidade, tais como a

paz, a segurana e a estabilidade das relaes. Fundamentos do DIPU: 1. Voluntaristas: O fundamento vontade dos Estados. Nos tratados a vontade manifestada explicitamente, e nos costumes implicitamente. 2. Objetivistas: Fundamenta-se em princpios de base, normas principiolgicas jus congens, est acima da vontade dos Estados. Estas normas no devem retroagir para solucionar conflitos, devido sua evoluo histrica dos fatos que levaram a sua criao. 3. Fundamento Maior: A conveno de Viena tem como princpio pacta sun servanda preceito voluntarista, mas ainda, a conveno trata concomitantemente do princpio jus cogens normas imperativas dos tratados que falam sobre normas mais importantes do que outras, no podendo estas ser revogada, salvo se a outra norma for de mesma natureza. Ex. do fundamento: livre a contratao desde que no viole normas jus cogens do Dir. Internacional.

FONTES DO DIPU 1) Tratados I Tratados Internacionais 1) Conceito: Acordo Internacional celebrado por escrito, concludo entre Estados regido pelo Direito Internacional celebrado em instrumentos corretos, qualquer que seja sua denominao especfica, destinado a produzir efeitos jurdicos. Sua terminologia: Conveno, acordo, ata, convnio, estatuto, pacto, protocolo, regulamento, etc. (no o mesmo que Declarao). Conveno de Viena sobre direito dos tratados de 1969. Reuniram-se 110 pases para escrever o texto da conveno, sendo ratificados por apenas 32 pases, faltando ainda 3 pases para ser ratificado a Conveno. Em 2009 foi ratificado pelo Brasil por meio de decreto do Presidente da Repblica. 2) Estrutura: Prembulo (Apresentao das partes e consideraes). Dispositivo (Artigos) Anexos ( Ex. Quando existir matrias que no comportar dentro do prprio tratado, ou, quando tratar de matria diferente do objeto do tratado e etc.). 3) Classificao: IV) Quanto ao nmero de partes:

Bilateral: celebrado entre dois Estados. Ex: O Mercosul considerado uma parte no tratado. Multilateral: celebrado entre trs ou mais estados.

b) Quanto ao procedimento utilizado para sua concluso: Tratados em sentido estrito: So tratados bifsicos. Por ex. representantes podem assinar o tratado e depois o presidente pode ratific-lo.

Tratados em forma simplificada: So tratados unifsicos. Por exemplo, o tratado que se torna vlido com a simples assinatura do chefe de Estado, por tratar de matria muito simples.

c) Quanto natureza de suas normas: Tratados-contratos: Cria-se uma partilha entre direitos e deveres. Ex. Mercosul onde o Brasil e Uruguai contratam entre eles a importao recproca de produtos sem ter que pagar impostos. Tratados-normativos: Criam normas gerais, por exemplo, tratado sobre meio ambiente, pena de morte, direitos humanos e etc. d) Quanto execuo no tempo: Transitrios: Execuo exaurida de forma instantnea. Esse tratado pode vir a ser permanente. Ex. fronteira do Acre, cedido para o Brasil. Permanentes: Tratados cuja execuo se prolonga indefinidamente. Ex. Tratado de extradio; ou Imposto de Importao de produtos. Esses tratados podem ser interrompidos. e) Quanto execuo no espao: Restrita a uma poro do territrio: Reflete apenas para alguns estados-membros. Aplicveis a todo o territrio: Abrange todo o Estado nacional.

f) Quanto possibilidade de adeso posterior: Abertos: permite a adeso posterior de outras partes no tratado. Divide em: - Adeso limitada: Quando h condies no tratado para aderi-lo. - Adeso ilimitada: Quando no h condies no tratado para aderi-lo. Fechados: Quando, por exemplo, refletir apenas para alguns estados-membros. (Rio Amazonas).

II Processo de formao do tratados 1) Competncia negocial: a) Chefes de Estado e de Governo b) Ministro das Relaes Exteriores c) Demais Plenipotencirios com a Carta de Plenos Poderes 2) Negociaes preliminares a) bilateral b) coletivas Processo:

Adoo do texto: no caso de vrios pases necessrio 2/3. No caso de poucos pases pode ser que seja necessria a unanimidade. Assinatura: Firma que pe termo a uma negociao, autenticando o texto do compromisso. Aprovao parlamentar: Tratados em matria comum = Maioria simples. Tratados de DH = 2 turnos, 3/5 votos. Art. 84, VIII CF; art. 49, I CF; Feita por Decreto Legislativo. Ratificao: ato administrativo mediante o qual o chefe de estado confirma tratado firmado em seu nome ou em nome do estado, declarando aceito o que foi convencionado pelo agente signatrio. Geralmente, s ocorre a ratificao depois que o tratado foi aprovado pelo Parlamento, a exemplo do que ocorre no Brasil, onde essa faculdade do Congresso Nacional. a) Importncia: A ratificao deixou de ter importncia anterior, tanto assim que sua necessidade s existe se o prprio tratado a estipular. A dispensa da ratificao ocorre quando o prprio tratado assim disponha; nos acordos celebrados para cumprimento ou interpretao de tratado devidamente ratificado; nos acordos sobre assuntos puramente administrativos que prevem eventuais modificaes e etc. Se, entretanto o tratado prev sua ratificao, esta claro que este deve submeterse as formalidades constitucionais estabelecidas para esse fim. b) Caractersticas: . Discricionariedade o presidente pode, ou no, ratificar. . Irretratabilidade o presidente no pode desratificar. Se o tratado no fala, o Estado deve se vincular ao tratado no mnimo doze meses. c) Forma: oral ou escrita. d)Troca ou deposito: escolhido um dos pases para recolher os tratados. Quando trata de tratados multilaterais adota-se o processo do depsito das ratificaes. e) Registro: A carta das naes unidas determina (art 102) que todo tratado concludo por qualquer membro dever ser registrado no Secretariado e por este publicado acrescentando que nenhuma parte num tratado no registrado poder invoc-lo perante qualquer rgo das naes unidas.O registro na ONU d o direito de solucionar um conflito hipottico no Tribunal Internacional de Justia. Promulgao: Por Decreto presidencial e publicao no DOU

III) Reservas uma declarao unilateral feita pelo Estado ao assinar, aprovar, ratificar ou aderir a um tratado, visando excluir, ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratado em sua aplicao a este Estado. Nas reservas modificativas o efeito da sua aceitao a modificao da obrigao. E o efeito de sua objeo a excluso daquela obrigao. Quando a reserva exclusiva, os efeitos de sua aceitao, so os mesmos da no aceitao. A reserva somente poder ser feita por escrito, e feita no momento da ratificao. J as reservas feitas no momento da assinatura devem ser confirmadas no momento da ratificao. Tratados constitutivos de organizao internacional no admitem reservas. O Congresso Nacional no pode se manifestar sobre as reservas feitas por outros Estados IV)Efeitos dos tratados

a) entre as partes: obriga as partes a cumprir o tratado desde que tenha entrado em vigor. b) efeitos atingindo terceiros Estados: Um tratado no cria obrigaes nem direitos para um 3 Estado sem o seu consentimento. Art.34 a 38, Conv. de Viena. Entretanto so especificadas as hipteses de tais efeitos, e criando uma obrigao para o terceiro Estado, sua aceitao obrigatria. - Tratado que cria obrigao para 3Art 35 - Uma obrigao nasce para um terceiro Estado de uma disposio de um tratado se as partes no tratado tiverem a inteno de criar a obrigao por meio dessa disposio e o terceiro Estado aceitar expressamente, por escrito, essa obrigao. - Tratado que cria direitos para 3 Art 36 1. Um direito nasce para um terceiro Estado de uma disposio de um tratado se as partes no tratado tiverem a inteno de conferir, por meio dessa disposio, esse direito quer a um terceiro Estado, quer a um grupo de Estados a que pertena, quer a todos os Estados, e o terceiro Estado nisso consentir. Presume-se o seu consentimento at indicao em contrrio, a menos que o tratado disponha diversamente. 2. Um Estado que exerce um direito nos termos do pargrafo 1 deve respeitar, para o exerccio desse direito, as condies previstas no tratado ou estabelecidas de acordo com o tratado.

- Revogao ou Modificao de Obrigaes ou Direitos de 3 Art 37: 1. Qualquer obrigao que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 35 s poder ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e do terceiro Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente. 2. Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 36 no poder ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a inteno de que o direito no fosse revogvel ou sujeito a modificao sem o consentimento do terceiro Estado. - Quando regras de um Tratado Obrigam 3: por Fora do Costume Internacional. Nada nos artigos 34 a 37 impede que uma regra prevista em um tratado se torne obrigatria para terceiros Estados como regra consuetudinria de Direito Internacional, reconhecida como tal. c) difuso: nova situao jurdica. d) aparente: o caso que determinado terceiro sofre conseqncias diretas de um tratado anterior por fora do disposto em tratado anterior que o vincule a uma das partes. V) Nulidade e Anulabilidade dos Tratados I-VCIOS DE CONSENTIMENTO (causas de anulabilidade). a) Codificao imperfeita-Consentimento expresso com agravo do Direito Pblico Interno (46 CV 1. Um Estado no pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violao de uma disposio de seu direito interno sobre competncia para concluir tratados, a no ser que essa violao fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importncia fundamental.2. Uma violao manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matria, de conformidade com a prtica normal e de boa f). b) Erro (48 CV 1.Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situao que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concludo e que constitua uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se pelo tratado.2. O pargrafo 1 no se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as circunstncias foram tais que o Estado devia ter-se

apercebido da possibilidade de erro.3. Um erro relativo redao do texto de um tratado no prejudicar sua validade; neste caso, aplicar-se- o artigo 79). c) Dolo (49 CV Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado). d) Corrupo de representante do Estado (50 Se a manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corrupo de seu representante, pela ao direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupo como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado). VCIOS DE CONSENTIMENTO (causas de nulidade). e) Coao de Representante do Estado (51 No produzir qualquer efeito jurdico a manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coao de seu representante, por meio de atos ou ameaas dirigidas contra ele). f) Coao de um Estado pela Ameaa ou Emprego da Fora (52 nulo um tratado cuja concluso foi obtida pela ameaa ou o emprego da fora em violao dos princpios de Direito Internacional incorporados na Carta das Naes Unidas). g) Coao sobre o Estado que conflita com uma norma JUS COGENS anterior. (53 nulo um tratado que, no momento de sua concluso, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Conveno, uma norma imperativa de Direito Internacional geral uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogao permitida e que s pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza). OBS: A nulidade do tratado ser absoluta, (se criado posteriormente a norma imperativa). VI) Extino dos Tratados I) Supervenincia de uma norma JUS COGENS contrria ao tratado. Quando uma norma JUS COGENS for posterior ao tratado, quando conflitante, ser extinto totalmente ou parcialmente. Tratados posteriores revogam os anteriores Tratados especiais sobressaem os gerais

II) Ab-rogao: a) de conformidade com as disposies do tratado: um tratado pode prev, por exemplo, que, se determinado nmero de Estados acabam por se retirarem do pacto, este deixara de existir, pode ser que um tratado multilateral se torne bilateral por fora de circunstncia. b) a qualquer momento pelo consentimento unnime das partes: os Estados no esto obrigados a permanecerem vinculados a determinado pacto, caso em que podero consentir na ab-rogao do tratado. III) Expirao do termo pactuado: apesar da possibilidade de prorrogao do tratado por

manifestao dos Estados partes, no silncio destes expirar-se- o respectivo tratado. IV) Execuo integral do objeto: executado o objeto, obvio que no h motivo de continuar em vigor o tratado. V) Supervenincia de um tratado posterior: O tratado posteriormente elaborado pelas mesmas partes revoga o anterior. (exceto quando for tratado especial e aps cria tratado geral, o especial prevalece). VI) Denncia: (se compara a um pedido de demisso). um ato unilateral pelo qual um partcipe de um determinado tratado exprime firmemente sua vontade de deixar de ser parte no acordo anteriormente firmado. Essa manifestao feita atravs de uma carta (denncia), porm, a de observar o prazo do pr-aviso, de 12 meses. OBS: Via de regra a denncia dever ser total, excepcionalmente, se o tratado for aberto e no texto dele conter redigidas as reservas especificadas dos dispositivos, pela lgica admitir-se- a denncia parcial, isto porque o Estado poderia se retirar e em seguida aderir novamente fazendo Reserva no que diz respeito s clusulas que intentava denunci-las o que na prtica surtiria o mesmo efeito da denncia parcial. Quanto a denncia no direito interno: - EUA, tanto faz entrar ou sair de um tratado, dever ser mediante aprovao do parlamento. (teoria do ato contrrio). - Rezeck: Para entrar em um tratado necessrio que o Presidente e o Congresso nacional concordem. O Presidente da repblica pode sair sozinho de um tratado. J o Congresso Nacional tem que criar lei contrria ao tratado tendo um nmero grande de votos para derrubar o veto presidencial para sair do tratado. O presidente ainda que no queria fazer denuncia formal do tratado, ele apenas comunica a sociedade internacional a denuncia interna (criao da lei contraria ao tratado), para provar que ele sai do tratado contra gosto. VII) Impossibilidade superveniente: caso de fora maior cuja causa no pode ter sido originada por um dos Estados bem como deve ser definitiva. Exemplo: desaparecimento de uma ilha objeto de um tratado... VIII) mudana fundamental das circunstncias: Rebus sic standibus, deve ser argida antes da violao e nunca depois da violao, porque a causa ser esta e no aquela... IX) rompimento das relaes diplomticas: caso o tratado dependa de certas relaes diplomticas e estas sejam rompidas o respectivo tratado mostrar-se- extinto por impossibilidade da execuo. X) violao: neste caso o Estado que violou no pode pedir extino do pacto, direito que estar reservados aos outros Estados pactuantes. XI) Estado de Guerra: tratados criados para vigorarem em tempos de guerra. Tratados de direitos humanitrios.

HIERARQUIA NO DIREITO DAS NORMAS INTERNAS E INTERNACIONAIS Art. 102, III da CR/88 conflito com a CF. Conflito com leis, duas teorias:

- Monista existe apenas uma nica ordem jurdica, com duas vertentes: . monismo com primazia do direito internacional (a ordem jurdica uma s, mas as normas dedireito interno devem ajustar-se ao direito internacional).

. monismo com primazia do direito interno (uma nica a ordem jurdica, mas as normas dedireito internacional devem ajustar-se ao direito interno).

- Dualista o direito internacional e o direito interno so completamente independentes e a validade da norma de um no depende do outro). Defende a existncia de duas ordens jurdicas que no conflitam. O conflito vai existir quando o tratado for promulgado por um decreto. Quando existir, o tratado revoga o anterior. Dualismo Puro: Dualismo Moderado: No Brasil: adota dualismo moderado, o que quer dizer que o tratado tem fora de lei ordinria. (exceto em matria de direitos humanos). TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS E A NORMA INTERNA Art.5 3 Para ser solucionado um conflito sobre direitos humanos pode ser acionada a Corte Internacional de Direitos Humanos atravs da Comisso de Direitos. Deve-se provar que foram esgotados todos os meios de justia do Estado, provando o ato ilcito e o dano provocado pelo Estado. Ser aplicado o monismo dialgico (o que for melhor pro homem), por deciso do STF. Os tratados ratificados aps 2004 Art 5 3 (sero aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, equivalentes s emendas constitucionais). Os tratados ratificados antes 2004 devem ser interpretados considerando eles serem normas supra legais (estando acima da Lei), porm so, infraconstitucionais (abaixo da CF). A crtica que se faz a essas normas supra legais , justamente elas terem sido criadas ainda que a constituio respeita a aplicao da norma mais benfica pro homem (princpio pro homine). Exemplo: Constituio Federal No haver priso legal, Salvo: I- Devedor de alimentos II- depositrio infiel x Pacto de So Jos da Costa Rica No haver priso legal, Salvo: I- Devedor de alimentos

Pacto de So Jos da Costa rica: Considerada norma supra legal, estando acima da lei ordinria. Aplica-se a norma que seja mais favorvel ao homem ainda que seja norma supra legal. TRATADOS DE DIREITO TRIBUTARIO NO DIREITO INTERNO Art. 98 CTN .Os tratados normativos e convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna. J a lei tributaria criada posterior aos tratados contratos tem que respeit-lo no podendo modific-lo. Os tratados contratos sobre tributao podem ser ratificados sobre qualquer tributo, haja vista, que quem ratifica Repblica Federativa do Brasil. Iseno heternoma. Quando for tratado-contrato ele estar acima da lei FONTES DO DIPU

2) Costumes 1. Elementos a) material prticas reiteradas b) subjetiva - opinio juris (sentimento de que o direito) III. Princpios Gerais do Direito Princpios da Cincia do Direito. Ex.: Pacta Sunt Servanda, Boa-f, lex posteriori derrogati posteriore, lex especiali derrogati posteriore Todo princpio de Direito Internacional tem sua origem em um costume. IV. Atos Unilaterais fonte secundria deriva do Princpio Geral do Direito V. Decises das organizaes internacionais fonte secundria derivado do Tratado 3) Princpios: MEIOS AUXILIARES I. Jurisprudncia (Tribunais Internacionais) auxilia a fundamentar o direito, diferente da fonte. II. Doutrina III. Analogia (Caso Bernadoth) IV. Equidade SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PBLICO I) ESTADOS/ micro Estados Conceito: instituio criada com a finalidade de organizar as diversas atividades humanas dentro de um determinado territrio. Sujeitos Originrios do DIPU, independente do seu tamanho. So vistos igualmente. 1) Elementos: a) Populao: E a massa de indivduos ligados de maneira estvel ao Estado pelo vnculo jurdico de nacionalidade.(conjunto de nacionais). Princpio da autodeterminao dos povos. b) Territrio: Precisa existir, deve ser mais ou menos limitado, mesmo que as fronteiras no estejam totalmente definidas, mesmo que o Estado seja minsculo (Vaticano) se existe um territrio considerado Estado. O territrio compreende: mar territorial, espao areo, subsolo, vias de gua, etc. c) Governo (efetivo): o governo tem que ser efetivo, colocar ordem tem que contribuir para a manuteno da ordem pblica, que consiga ser efetivo, sendo assim, ser um Estado soberano. - Para que se efetive a formao de um novo Estado, ele tem que possuir os trs elementos. 2) Formao do Estado

a) Fundao direta: No pode mais acontecer. para se formar por esta modalidade o Estado tem que se instalar em terra que no de ningum, esta modalidade era mais comum no perodo do descobrimento, res nullius (terra de ningum b) Emancipao: Conquista Independncia. Quando um pas regido por um outro Estado (colonizao), a populao ento resolve se emancipar. Esta emancipao pode ser de maneira pacifica (acordo ou grito de liberdade como o Brasil) ou sangrenta (guerra), e com a emancipao se da a formao de um novo Estado. c) Desmembramento: O territrio se divide para formar novos pases. Ex. Unio Sovitica. d) Fuso: Juno de dois territrios, um absorve o outro. Ex: (Tangancia + Zanzibar) = Tanzania. e) Por deciso de Organizao Internacional: Deciso de uma organizao Internacional. Ex. Ex: ONU que atravs da Assemblia Geral criou o territrio de Israel ou, Israel e o Movimento de Libertao Nacional (Palestina), que quer ser reconhecida como Estado para impedir a infiltrao do governo Israelense no territrio. 3) Reconhecimento do Estado a) Teoria Constitutiva: Precisa ser dito (institudo) como Estado por outros paises para ser reconhecido. b) Teoria Declaratria: O reconhecimento do Estado meramente declaratrio com base na existncia dos trs elementos (Povo, Territrio e Governo), para seu reconhecimento. Ex: Kosofo que separou da srvia. Ele um Estado ainda que nem todos os paises o reconheam como tal. (Prevalece essa teoria). 4) Reconhecimento de Governo a) Doutrina Tobar (1907): condena a tomada de governo de forma ilegal, o governo que subiu ao poder por meio de golpe de Estado no poderia ser reconhecido. A idia da comunidade internacional se unir contra esse tipo de mudana abrupta. b) Doutrina Estrada (1930): se o governo ascendeu ao poder por intermdio de golpe e o pas esta sendo bem gerido, tem-se um governo efetivo, portanto se o povo do pas aceitou o golpe, a comunidade internacional no tem que desaprovar. Para a comunidade internacional o ideal que o governo seja obtido de forma legal, porm quando h uma tomada do poder a comunidade internacional deve observar se internamente naquele pas a populao esta satisfeita com o novo governo. (Doutrina majoritria). II) ORGANIZAES INTERNACIONAIS (governamental): Sujeitos derivados. So organizaes composta por Estados, criadas mediante tratados. Ex: MERCOSUL, OEA, Unio Europia, OMC, ONU, OIT, OMS e etc. III) INDIVDUOS: Pode acionar ou ser punido. (TPI). H discusses quanto a consider-los sujeitos de Direito Internacional. Alguns estudiosos entendem que o indivduo tambm seria modernamente um sujeito de direito internacional, ao argumento de que diversas normas internacionais criam direitos e deveres para as pessoas naturais. Outros, porm, preferem no o classificar como tal, para evitar a implicao de capacidades de que o indivduo na verdade no dispe na arena internacional. O mais aceito e consider-los sujeitos de direito internacional s que com capacidade relativa.

IV) SANTA S OU ESTADO DO VATICANO: A Igreja tinha um papel fundamental, foi a Igreja que criou os primeiros pactos de bem viver entre a populao. O Papa que controla o executivo, o legislativo e o judicirio, o Papa esta presente em todos os poderes.

SUJEITOS CONTESTVEIS DO DIREITO INTERNACIONAL PBLICO e) Beligerantes: ocorre quando dentro de um Estado verifica-se uma sublevao da populao por meio de movimento armado politicamente organizado para fins de desmembramento de governo ou mudana de regime vigente, constituindo-se uma verdadeira guerra civil. O ponto alto da beligerncia a guerra armada. Recebem o status de sujeito do direito internacional. Nesse caso h a provocao de uma guerra civil interna. Status temporrio de sujeitos incontestveis, para conversar de igual para igual com os outros Estados e para participar dos tratados que dizem respeito guerra. f) Insurgentes: na sua luta os insurgentes atingem um certo grau de importncia, mas no atinge totalmente a vida da populao, no se forma um caos geral. Ex: Farc da Colmbia, ainda no provocou uma guerra civil na Colmbia, um grupo que tem a inteno de tomar o poder, porm no tem fora de beligerante, eles tem inteno de tomar o poder, no se forma uma guerra civil interna. No recebem o status de sujeitos de direito. Obs: Os Beligerantes e os insurgentes no concordam com o governo, no querem se libertar do povo, se identificam com o povo, a sua luta contra o representante que governa o Estado. c) Movimentos de libertao Nacional: so os grupos de pessoas (minoria) que vo lutar por seus direitos individuais contra o prprio Estado, lutam para formar um novo Estado, geralmente so pessoas com caractersticas diferentes da maioria da populao do pas, so aqueles que so alvos de racismo, que lutam para a libertao nacional, ex: OLP (Organizao para Libertao da Palestina). d) Soberania Ordem militar de Malta: foi criada em 1050, com o intuito de dar assistncia medica aos peregrinos que iam para Jerusalm, os servidores eram monges, era uma organizao hospitalar que recebeu da Igreja um territrio, aps a tomada de Napoleo ela recebeu um nico imvel em Roma onde mantm sua sede. Esta instituio tem organizao interna e tem representantes diplomticos em diversos pases. e) Empresas Transnacionais: criao de CIRDI centro de soluo que ajuda a solucionar problemas entre empresas e os Estados, os rbitros so escolhidos pela empresa e pelos Estados o centro ligado ao Banco Mundial que esta em Nova York. Tem que ter uma clausula arbitral, o conflito resolvido por juizes internacionais. No so ainda declaradamente sujeitos de direito internacional. ________________________________________________________________________________