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CONCEITUANDO CONCEITUANDO O DIREITO O DIREITO INTERNACIONAL INTERNACIONAL PÚBLICO PÚBLICO

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Page 1: CONCEITUANDO O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. “ O direito aplicável à sociedade internacional “ Dailler e Pellet “ O direito internacional público, de

CONCEITUANDO CONCEITUANDO O DIREITO O DIREITO

INTERNACIONAL INTERNACIONAL PÚBLICOPÚBLICO

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“ O direito aplicável à sociedade internacional “

Dailler e Pellet

“ O direito internacional público, de uma perspectiva tradicional, poderia ser definido como um sistema de normas e princípios jurídicos que regula as relações entre os Estados. Na atualidade, contudo, tal definição é por demais estreita, uma vez que não contempla um dos grandes destinatários de suas normas, a pessoa humana, nem situações particulares de outros sujeitos de Direito Internacional Público, que não são os Estados ”

Guido Soares

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“ Sistema jurídico autônomo, onde se ordenam as relações entre os Estados Soberanos “

Rezek

“ O conjunto de normas jurídicas que rege a com um idade internacional, determina direitos e obrigações dos sujeitos, especialmente nas relações mútuas dos estados e, subsidiariamente, das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações, bem como os indivíduos ”

Accioly

“ O direito internacional público, é o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores que compõem a sociedade internacional”

Celso de Albuquerque Melo

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MARCOS HISTÓRICOS MAIS SIGNIFICATIVOSMARCOS HISTÓRICOS MAIS SIGNIFICATIVOS

1648Paz de Wesphalia Paz de Wesphalia

•Uma série de tratados que puseram fim à guerra dos 30 anos.

•Consagração dos princípios da soberania estatal, da igualdade jurídica entre os Estados, da territorialidade e da não intervenção.

1815Congresso de VienaCongresso de Viena

•O objetivo foi reorganizar as fronteiras européias, alteradas pelas conquistas de Napoleão.

•A França havia ignorado a regra da não intervenção, importante motivador para a reunião das potências (Áustria, Prússia, Reino Unido e Rússia), e a determinação de novas regras internacionais.

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MARCOS HISTÓRICOS MAIS SIGNIFICATIVOSMARCOS HISTÓRICOS MAIS SIGNIFICATIVOS

1919Liga das Nações Liga das Nações

• Tentativa de se regulamentar as relações internacionais a partir de uma instituição multilateral não restrita às potências.

1945Organização das Nações Unidas (ONU)Organização das Nações Unidas (ONU)

•Importante tentativa de regulamentação institucional e jurídica do direito internacional, além de iniciar um processo de consagração do ser humano como sujeito de D.Internacional.

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Direito Internacional do Direitos Humanos

Patrimônio comum da humanidade

Direito Internacional do Meio Ambiente

Direito de Integração

VALORES COMPARTILHADOS NO CENÁRIO INTERNACIONAL

Temas globais

Cooperação Internacional

Compartilhar valores, necessidades e oportunidades

Interesses em comum

Valores globais

Criações coletivas

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O Direito Internacional não é Direito pois não possui regras !

DESCONSTRUINDO OS NEGADORES DO DIREITO INTERNACIONAL

O Direito Internacional não é Direito pois não possui tribunais para impor normas !

O Direito Internacional não é Direito pois nele não existe sanção !

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FUNDAMENTOS FUNDAMENTOS DO DIREITO DO DIREITO

INTERNACIONAL INTERNACIONAL PÚBLICOPÚBLICO

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DOUTRINA

VOLUNTARISTA

DOUTRINA

OBJETIVISTA

Para fundamentar a existência do DIP, prevalecem duas doutrinas, essencialmente teóricas, mais de índole filosófica do que jurídica.

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DOUTRINA VOLUNTARISTADOUTRINA VOLUNTARISTADoutrina de base positivista, indicando a idéia de que a validade do Direito resulta sempre da qualidade da vontade que o exprime, restringindo, assim, o DIP e sua obrigatoriedade à vontade estatal, da nação ou de um grupo de Estados.

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Fundamenta o DIP na livre, clara e desimpedida manifestação de vontade do Estado no exercício regular de sua soberania.

Submissão voluntária do Estado ao conjunto de normas jurídicas que sustentam o DIP.

DOUTRINA DOUTRINA VOLUNTARISTAVOLUNTARISTA

PARADOXO: O DIP depende da soberania e da liberdade, para depois

restringi-la.

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DOUTRINA DOUTRINA VOLUNTARISTAVOLUNTARISTATeoria da Autolimitação da Vontade – Georg Jellineck Teoria da Autolimitação da Vontade – Georg Jellineck

O Estado somente se submete a sua vontade.Só põe limites a sua soberania, aceitando a ordem jurídica internacional, para não desrespeitar a sua vontade.

Teoria da Vontade Coletiva - Heinrich TriepelTeoria da Vontade Coletiva - Heinrich Triepel

Uma coletividade de Estados manifesta unanimemente a vontade de se submeter à ordem jurídica internacional.

Não se admite a supremacia de vontades, mas sim a uniformidade delas.

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Teoria da Delegação do Direito Interno - Max Teoria da Delegação do Direito Interno - Max WenzelWenzel

O Estado se submete ao Direito Internacional com base em seu próprio Direito Interno, por não reconhecer autoridade maior que a sua.

Teoria dos Direitos Fundamentais dos Estados -Teoria dos Direitos Fundamentais dos Estados -Pillet e RivierPillet e Rivier

Os Estados são dotados de direitos fundamentais pelo simples fato de existirem.

DOUTRINA DOUTRINA VOLUNTARISTAVOLUNTARISTA

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Teoria do Consentimento das Nações – Hall OpenheimTeoria do Consentimento das Nações – Hall Openheim

Uma coletividade de Estados manifesta a vontade de se submeter à ordem jurídica, exercida de maneira livre e desimpedida de qualquer vício que possa turvar a sua limpidez.

DOUTRINA DOUTRINA VOLUNTARISTAVOLUNTARISTA

CONCLUSÃO: O Estado somente se submete

à ordem jurídica internacional se quiser!

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DOUTRINA OBJETIVISTADOUTRINA OBJETIVISTA

Ao contrário da Teoria Voluntarista, esta, afasta o fundamento da vontade.

Vincula-se na existência de uma norma-base ou de princípios internacionais que se colocam em plano superior ao dos Estados.

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DOUTRINA OBJETIVISTADOUTRINA OBJETIVISTATeoria da Norma-Base – Hans KelsenTeoria da Norma-Base – Hans Kelsen

Todo ordenamento jurídico baseia-se em uma norma hipotética fundamental que lhe dá sustentação.

A norma fundamental que dá validade a todo ordenamento jurídico, é de caráter hipotético, necessária, mas indemostrável.

O que proporciona fundamento no DIP é a existência da norma-base.

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Teoria da Norma “pacta sunt servanda” - Anzilotti Teoria da Norma “pacta sunt servanda” - Anzilotti

Estabelece que as partes se obrigam ao contratado.

Os Estados se submetem ao DIP em virtude de princípios éticos, o respeito à palavra dada.

DOUTRINA OBJETIVISTADOUTRINA OBJETIVISTA

CONCLUSÃO: Há uma Norma-Base ou Princípios

que se sobrepõem ao Direito Interno!

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Leva em consideração as teorias anteriores e as combina para entender que o fundamento do DIP é o consenso sobre a necessidade de segurança jurídica a fim de que se atinjam os valores internacionais.

TEORIA ECLÉTICATEORIA ECLÉTICA

(Elementos Voluntaristas)(Normas jurídicas)

(Elementos Jusnaturalistas e Objetivistas).

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