direito internacional privado

60
Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José Direito Administrativo Resumos e apontamentos do curso do 2° ano de Direito da UAL, ano lectivo 2003/2004, "destilados" pelo aluno 20021078, António Filipe Garrcez José Regente do curso: Dr. João Caupers Professor das aulas teóricas: Dr. José Tavares Professor das aulas práticas: Dr. Manuel Freire Barros Bibliografia : Introdução ao Direito Administrativo, Dr. João Caupers 7ª edição, Âncora editora www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 1 … ora , vamos lá então !!!

Upload: wilma88

Post on 17-Jan-2016

7 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Direito internacional privado

TRANSCRIPT

Page 1: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Direito Administrativo

Resumos e apontamentos do curso do 2° ano de Direito da UAL, ano lectivo 2003/2004, "destilados" pelo aluno 20021078, António Filipe Garrcez José

Regente do curso: Dr. João Caupers

Professor das aulas teóricas: Dr. José TavaresProfessor das aulas práticas: Dr. Manuel Freire Barros

Bibliografia:Introdução ao Direito Administrativo, Dr. João Caupers 7ª edição, Âncora editora Curso de Direito Administrativo, Dr. Freitas do Amaral, volume I, 2ªedição, Almedina

Constituíçãp da República PortuguesaPermanentemente debaixo do braço !! Código do Procedimento Administrativo

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 1

… ora , vamos lá então !!!

Page 2: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O regulamento administrativo

O procedimento regulamentar

Fundamento jurídico geralO fundamento jurídico do poder regulamentar no Estado social de direito, encontra-se nas normas constitucionais e legais atributivas de competência regulamentar.

Regulamento administrativoConjunto de normas jurídicas editadas por um órgão de uma pessoa colectiva pública, no exercício do poder administrativo.

Vários critérios de distinção entre regulamento e lei

Lei Regulamento

À lei cabe a fixação dos princípios de um certo regime jurídico.

Ideia de novidade, conteria previsões normativas novas.

As leis aprovadas pelo Governo revestem a forma de decretos--leis e são editadas ao abrigo do art. 198° da CRP.

A lei só pode ver a sua validade aferida pela CRP.

Ao regulamento cabe estabelecer o detalhe de tais princípios.

Encarregar-se-ia dos aspectos visando facilitar a aplicação da lei, sem inovar.

Os regulamentos independentes do Governo revestem a forma de decretos regulamentares (art. 112°/ 7 da CRP) e são editados ao abrigo do art. 199° da CRP.

O regulamento tem também de respeitar a lei.

Distinção entre regulamento e acto administrativo

Regulamento Acto adminnistrativo Apresenta carácter normativo.

Em matéria de interpretação, integração de lacunas e validade, aplicar-se-ão, subsidiáriamente os princípios e regras relativos às leis.

É individual e concreto.

Em matéria de interpretação, integração de lacunas e validade, aplicar-se-ão, subsidiáriamente os princípios e regras relativos aos negócios jurídicos.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 2

Page 3: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Classificações dos regulamentos administrativos

Critério da dependência face à lei :

Regulamentos complementares (ou de execução)Desenvolvem e detalham uma determinada lei, em cujo texto a sua emissão se encontra expressamente prevista (operam como condição de exequibilidade de algumas das normas legais que regulamentam)

Regulamentos independentes (ou autónomos)Não se referem a nenhuma lei em especial (mas tem de identificar a norma legal que atribui competência regulamentar ao seu autor)

Critério do objecto das normas regulamentares :

Regulamentos de organização Estruturam um aparelho administrativo.

Regulamentos de funcionamento Incidem sobre os métodos de actuação de órgãos e serviços públicos

Regulamentos de polícia Operam restrições à liberdade individual.

Critério da projecção da eficácia do regulamento :

Regulamentos internos Apenas produzem efeitos no interior da pessoa colectiva pública cujo órgão os editou.

Regulamentos externos Projectam os seus efeitos nas esferas jurídicas de outros sujeitos de direito

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 3

Page 4: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Limites do poder regulamentar

3 limites :

Reserva de competência legislativa da A.R (arts.164°e165° CRP) Nas matérias que integram esta reserva, o Governo somente pode aprovar regulamentos de execução.

Regulamentos das autarquias locais ( art. 241° CRP) Os regulamentos editados por órgãos da freguesia, não podem dispor em contrário dos regulamentos do município em cujo território se inclua o território da freguesia.

Eficácia retroactiva As normas dos regulamentos administrativos, não podem ter eficácia retroactiva.

Competência regulamentar

Governo

Regiões Autónomas

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 4

Decreto regulamentarForrma obrigatória dos regulamentos independentes (art. 112°/6 CRP)

Resolução do Conselho de MinistrosPode ter ou não, natureza regulamentar

PortariaQuando possui natureza regulamentar, é da autoria de um ou mais ministros em nome do Governo.

Despacho normativoRegulamento editado por um ou mais ministros em nome próprio.

Despacho simplesGeralmente têm a forma de actos administrativos, mas por vezes apresentam natureza regulamentar.

Decreto regional (arts 232°/1 e 227°/1/d CRP) Quando se trata de regulamentar uma lei Geral da República a competência pertence à Assembleia Legislativa Regional.

Decreto regulamentar regionalQuando a regulamentação tem por objecto um decreto legislativo regional, a comptetência é do Governo regional.

Page 5: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Autarquias Locais (art. 241°CRP)

(Lei n° 169/99)

Institutos públicos

Entidades Públicas Empresariais

Associações públicas

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 5

Assembleia de freguesiaCompetência para aprovar regulamentos com eficácia externa, sob proposta da Junta de freguesia.

Câmara municipalCompetência para aprovar regulamentos em matérias da sua exclusiva competência.

Assembleia MunicipalCompete a aprovação dos restantes regulamentos do município, sob proposta da Câmara municipal

Podem dispor de competência regulamentar, nos termos das respectivas leis orgânicas ou estatutos.

Page 6: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Modo de produção dos regulamentos (artigos 114° a 119° do CPA)

Iniciativa procedimental dos interessados

Artigo 115º

Petições 1 - Os interessados podem apresentar aos órgãos competentes petições em que solicitem a elaboração, modificação ou revogação de regulamentos, as quais devem ser fundamentadas, sem o que a Administração não tomará conhecimento delas.

2 - O órgão com competência regulamentar informará os interessados do destino dado às petições formuladas ao abrigo do nº 1, bem como dos fundamentos da posição que tomar em relação a elas.

Artigo 116º

Projecto de regulamento Todo o projecto de regulamento é acompanhado de uma nota justificativa fundamentada.

Direito de participação procedimental dos interessados Artigo 117º Audiência dos interessados 1 - Tratando-se de regulamento que imponha deveres, sujeições ou encargos, e quando a isso se não oponham razões de interesse público, as quais serão sempre fundamentadas, o órgão com competência regulamentar deve ouvir, em regra, sobre o respectivo projecto, nos termos definidos em legislação própria, as entidades representativas dos interesses afectados, caso existam. 2 - No preâmbulo do regulamento far-se-á menção das entidades ouvidas.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 6

Page 7: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Apreciação pública dos projectos de regulamento

Artigo 118º Apreciação pública 1 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior e quando a natureza da matéria o permita, o órgão competente deve, em regra, nos termos da legislação referida no artigo anterior, submeter a apreciação pública, para recolha de sugestões, o projecto de regulamento, o qual será, para o efeito, publicado na 2ª série do Diário da República ou no jornal oficial da entidade em causa. 2 - Os interessados devem dirigir por escrito as suas sugestões ao órgão com competência regulamentar, dentro do prazo de 30 dias contados da data da publicação do projecto de regulamento.

3 - No preâmbulo do regulamento dar-se-á menção de que o respectivo projecto foi objecto de apreciação pública, quando tenha sido o caso.

Publicação

1.ª série - B doDiário da República

Boletim autárquico ou Edital

Vigência

Os regulamentos podem cessar a sua vigência por :

Caducidade (por decurso do seu prazo ou revogação sem substituíção da lei respectiva)

Revogação (com substituíção da lei que visava regulamenntar art. 119° / 1 CPA)

Anulação contenciosa

ilegalidade

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 7

Decretos regulamentaresResoluções do Conselho de MinistrosPortariasDespachos normativos

Regulamentos autárquicosPosturas

Regulamentos de polícia

Page 8: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Artigo 119º

Regulamentos de execução e revogatórios

1 - Os regulamentos necessários à execução das leis em vigor não podem ser objecto de revogação global sem que a matéria seja objecto de revogação global e sem que a matéria seja simultaneamente objecto de nova regulamentação.

2 - Nos regulamentos far-se-á sempre menção especificada das normas revogadas.

Contratos administrativos

Contrato administrativo (art. 178° /1 CPA)Acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídico-administrativa.

CAPITULO III Do contrato administrativo

Artigo 178º

Conceito de contrato administrativo

1 - Diz-se contrato administrativo o acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídica administrativa.

Distinção entre contratos administrativos e contratos privados

Critérios :

Da sujeição Assenta na ideia de inferioridade do contraente privado.

Do objecto Aquele que constitui, modifica ou extingue uma relação jurídica de direito administrativo. (Art. 178° / 1 CPA)

estatutário Concepção do Direito administrativo como o direito da Administração Pública

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 8

Page 9: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

CAPITULO III

Do contrato administrativo

Artigo 178º

Conceito de contrato administrativo 1 - Diz-se contrato administrativo o acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídica administrativa. 2 - São contratos administrativos, designadamente, os contratos de:

a) Empreitada de obras públicasb) Concessão de obras públicas;c) Concessão de serviços públicos;d) Concessão de exploração do domínio público;e) Concessão de uso privativo do domínio público; f) Concessão de exploração de jogos de fortuna ou azar;g) Fornecimento contínuo; h) Prestação de serviços para fins de imediata utilidade pública.

Artigo 179º

Utilização do contrato administrativo

Os órgãos administrativos, na prossecução das atribuições da pessoa colectiva em que se integram, podem celebrar contratos administrativos, salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações a estabelecer.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 9

As competências dos órgãos da Administração Pública podem ser exercidas por via da outorga de contratos administrativos (art. 179° CPA)

Page 10: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Formação do contrato

Princípio da igualdadePor força dele, a lei estabelece normas detalhadas quanto à escolha do co-contratante.

Formas que pode revestir tal escolha (art. 182° CPA):

Concurso público Concurso limitado por prévia qualificação. Concurso limitado sem apresentação de candidaturas. Negociação, com ou sem publicação prévia de anúncio. Ajuste directo

Artigo 182º

Escolha do co-contratante 1 - Salvo o disposto em legislação especial, nos contratos que visem associar um particular ao desempenho regular de atribuições administrativas o co-contratante deve ser escolhido por uma das seguintes formas: a) Concurso público; b) Concurso limitado por prévia qualificação; c) Concurso limitado sem apresentação de candidaturas; d) Negociação, com ou sem publicação prévia de anúncio; e) Ajuste directo.

2 - Ao concurso público são admitidas todas as entidades que satisfaçam os requisitos gerais estabelecidos por lei.

3 - Ao concurso limitado por prévia qualificação somente podem ser admitidas as entidades seleccionadas pelo órgão administrativo adjudicante.

4 - Ao concurso limitado sem apresentação de candidaturas apenas serão admitidas as entidades convidadas, sendo o convite feito de acordo com o conhecimento e a experiência que o órgão administrativo adjudicante tenha daquelas entidades.

5 - Os procedimentos por negociação implicam a negociação do conteúdo do contrato com um ou vários interessados.

6 - O ajuste directo dispensa quaisquer consultas.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 10

Page 11: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Regra geralObrigatoriedade de concurso público (art. 183° CPA)

Artigo 183º

Obrigatoriedade de concurso Com ressalva do disposto nas normas que regulam a realização de despesas públicas ou em legislação especial, os contratos administrativos devem ser precedidos de concurso público.

Decreto-Lei n° 197/98Norma legal reguladora da realização de despesas inerentes aos contratos da administração (administrativos ou não)

AdjudicaçãoActo administrativo que corporiza a escolha do co-contratante .

Artigo 184º

Forma dos contratos Os contratos administrativos são sempre celebrados por escrito, salvo se a lei estabelecer outra forma.

Execução do contrato (art. 180°)

Poderes da Adm. Pública durante a execução do contrato administrativo:

Poder de fiscalização Poder de direcção do modo de execução das prestações devidas Poder de modificação unilateral Poder de aplicar sanções (em caso de inexecução, execução defeituuosa

ou mora) Poder de rescisão unilateral

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 11

Os contratos estão sujeitos à forma escrita (art. 184° CPA)

Page 12: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Artigo 180º Poderes da Administração Salvo quando outra coisa resultar da lei ou da natureza do contrato, a Administração Pública pode:

a) Modificar unilateralmente o conteúdo das prestações, desde que seja respeitado o objecto do contrato e o seu equilíbrio financeiro;

b) Dirigir o modo de execução das prestações;

c) Rescindir unilateralmente os contratos por imperativo de interesse público devidamente fundamentado, sem prejuízo do pagamento de justa indemnização; d) Fiscalizar o modo de execução do contrato; e) Aplicar as sanções previstas para a inexecução do contrato.

Espécies de contratos administrativos (Art. 178°/ 2 CPA)Artigo 178º

Conceito de contrato administrativo 1 - Diz-se contrato administrativo o acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma relação jurídica administrativa. 2 - São contratos administrativos, nomeadamente, os contratos de:

i) Empreitada de obras públicas

j) Concessão de obras públicas;

k) Concessão de serviços públicos;

l) Concessão de exploração do domínio público;

m)Concessão de uso privativo do domínio público;

n) Concessão de exploração de jogos de fortuna ou azar;

o) Fornecimento contínuo;

p) Prestação de serviços para fins de imediata utilidade pública.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 12

Page 13: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Contrato de empreitada de obras públicasAtravés do qual um particular se encarrega de executar uma obra pública, mediante uma retribuíção a pagar pela Administração Pública.

Contrato de concessão de obras públicasPor via do qual um particular se encarrega de construir e explorar uma obra pública mediante uma retribuíção a pagar pelos utentes sob a forma de taxas de utilização.

Contrato de concessão de serviços públicosIdêntico ao precedente, mas em que o objecto é a exploração de um serviço público.

Contrato de concessão de uso privativo do domínio públicoAtravés do qual a Administração Pública proporciona a um particular a utilização económica exclusiva de bens do domínio público.

Contrato de concessão de exploração do domínio públicoAtravés do qual a Administração Pública transfere para um particular a gestão de bens do domínio público, cujo gozo este, por sua conta e risco, se encarregará de proporcionar aos interessados.

Contrato de concessão de exploração de jogos de fortuna ou azarAtravés do qual a Administração Pública encarrega um particular da exploração de um casino, sendo retribuído pelo lucro das receitas provenientes do jogo.

Contrato de fornecimento contínuoPelo qual um particular se obriga a entregar regularmente à Administraçãoo Pública, durante um certo período, bens necessários ao funcionamento de um serviço público.

C. de prestação de serviços para fins de imediata utilidade públicaAtravés do qual um particular se obriga perante a Administração Pública a assegurar a deslocação de pessoas ou coisas entre lugares determinados (contrato de transporte), ou a prestar-lhe a sua actividade profissional como funcionário público (contrato de provimento).

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 13

Page 14: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

A invalidade do contrato (art. 185° CPA)

Artigo 185º Regime de invalidade dos contratos 1 - Os contratos administrativos são nulos ou anuláveis, nos termos do presente Código, quando forem nulos ou anuláveis os actos administrativos de que haja dependido a sua celebração.

2 - São aplicáveis a todos os contratos administrativos as disposições do Código Civil relativas à falta e vícios da vontade.

3 - Sem prejuízo do disposto no número 1, à invalidade dos contratos administrativos aplicam-se os regimes seguintes: a) Quanto aos contratos administrativos com objecto passível de acto

administrativo, o regime de invalidade do acto administrativo estabelecido no presente Código;

b) Quanto aos contratos administrativos com objecto passível de contrato de direito privado, o regime de invalidade do negócio jurídico previsto no Código Civil.

Regra geralO contencioso dos contratos administrrativos segue a via da acção administrativa comum (art. 37°/ 2 / h do CPTA)

Responsabilidade civil da Administração Pública

Responsabilidade extracontratual (por actos de gestão pública)A obrigação que recai sobre uma pessoa colectiva que, actuando sob a égide de regras de direito público, tiver causado prejuízos aos particulares.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 14

Qual o objectivo da responsabilização do Estado e de outras entidades envolvidas no exercício de actividades administrativas públicas ?

O objectivo principal é a transferência do dano sofrido pelo cidadão para o seu causador, através do pagamento de uma quantia em dinheiro, a indemnização.

Page 15: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Responsabilidade subjectiva Envolve um juízo de censura sobre o comportamento culposo do causador do dano.

A responsabilidade subjectiva encontra-se enquadrada pelos artigos 22° e 271° da CRP e regulada nos artigos 1° a 4°, 6° e 7° do Decreto-Lei n° 48 051, 21 de Novembro de 1967

Pressupostos da obrigação de indemnizar :

Um acto ilícito A culpa O dano O nexo de causalidadeRegras quanto à obrigação de indemnizar :(arts.2° e 7° do Dec-Lei n° 48051)

Respondem solidariamente a pessoa colectiva e o agente Pelos actos praticados no exercício de funções públicas e por causa desse exercício.

Responde exclusivamente o agente Pelos actos praticados fora do exercício das funções ou no seu exercício mas não por causa dele.

Responsabilidade objectiva pelo risco(regulada no art. 8° do Dec-Lei n° 48051)A sua razão de ser assenta na ideia de compensar as vantagens que o exercício de determinadas actividades particularmente perigosas proporciona àquele que as exerce, ou em favor de quem são exercidas, com o dever de suportar os danos que elas causem a terceiros.

Responsabilidade objectiva pela prática de actos líciitas(assenta no art. 9°/ 1 do Dec-Lei n° 48051)A razão de ser da sua existência é o princípio da justa repartição dos encargos públicos: não seria justo que aquele que sofreu um prejuízo causado por um comportamento administrativo praticado no interesse e para proveito da colectividade não fosse ressarcido.

AS GARANTIAS DOS PARTICULARES

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 15

Culpa pessoalCulpa funcional

Page 16: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

GarantiasSão meios jurídicos de defesa dos particulares contra a Administração Pública.

Garantias

Garantias políticas

Garantias administrativasEfectivam-se através dos órgãos da Administração Pública, aproveitando as próprias estruturas adminiistrativas e os controlos de mérito e de igualdade nelas utilizados.

Garantias administrativas

Garantias petitórias

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 16

Políticas (por terem conteúdo político e se dirigem aos órgãos políticos)

Administrativas (graciosas)

Provedor de Justiça

Jurisdicionais (contenciosas)

De legalidadeDe méritoMistas

Petitórias

impugnatórias

Direito de petiçãoDireito de representação (de resistência)

Direito de denúnciaDireito de oposição administrativaDireito de queixa ao Provedor de J.

ReclamaçãoRecurso hierárquicoRecurso hierárquico impróprioRecurso tutelar

Dt° de petição (lei n° 43/90 de 10 de Agosto)

Dt° de resistência

Page 17: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

As que não pressupõem a prévia prática de uma acto administrativo

Direito de petição ( Art. 52° CRP, Lei 43/90 de 10 de Agosto, Lei 6/93 1 de Março)

Faculdade de solicitar aos órgãos da Administração Pública, providências que se consideram necessárias. (esta garantia é cumulável com qualquer outra garantia)

Direito de representação (de resistência) (art. 21° CRP)Faculdade de chamar a atenção de um órgão da Administração Pública responsável por uma determinada decisão administrativa, para as consequências prováveis desta.

!!! Defesa dos cidadãos contra a execução de actos nulos!!!

Direito de denúnciaFaculdade de chamar a atenção de um órgão da Administração Pública por um facto ou situação que este tenha a obrigação de averiguar

Pode ser…

Direito de queixaQuando o objecto da denúncia é o comportamento de um funcionário ou agente da Administração Pública, com o objectivo de que se proceda ao apuramento da responsabilidade disciplinar deste.

Direito de oposição administrativaFaculdade de contestar decisões que um órgão da Administração Pública projecta tomar.

Direito de queixa para o Provedor de JustiçaO Estatuto do Provedor de Justiça consta da Lei n° 9/91, de 9 de Abril, alterada pela Lei n° 30/96, de 14 de Agosto.O âmbito subjectivo de actuação do Provedor de justiça encontra-se constitucionalmente delimitado pelo n° 1 do artigo 23° da CRP

Garantias impugnatórias

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 17

Page 18: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Pressupõem sempre um comportamento administrativo e consubstanciam-se em meios de ataque a tal comportamento

Reclamação (art. 158°/2/a CPA)

Consiste no pedido de reapreciação do acto administrativo, dirigido ao seu autor.

Artigo.158º

Princípio geral

1 - Os particulares têm direito a solicitar a revogação ou a modificação dos actos administrativos, nos termos regulados neste Código. 2 - O direito reconhecido no número anterior pode ser exercido, consoante os casos: a) Mediante reclamação para o autor do acto;

Pode fundar-se na ilegalidade ou no demérito (art. 159 CPA)Artigo 159º Fundamentos da impugnação

Salvo disposição em contrário, as reclamações e os recursos podem ter por fundamento a ilegalidade ou a inconveniência do acto administrativo impugnado.

O prazo de interposição da reclamação é de 15 dias (162° CPA)Artigo 162º Prazo da reclamação A reclamação deve ser apresentada no prazo de 15 dias a contar: a) Da publicação do acto no Diário da República ou em qualquer outro periódico oficial, quando a mesma seja obrigatória;b) Da notificação do acto, quando esta se tenha efectuado, se a publicação não for obrigatória;c) Da data em que o interessado tiver conhecimento do acto, nos restantes casos.

O prazo de decisão da reclamação é de 30 dias (art. 165° CPA)Artigo 165º

Prazo para decisão

O prazo para o órgão competente apreciar e decidir a reclamação é de 30 dias.

Qualquer reclamação ou qualquer outro meio de impugnação administrativa, suspende o prazo de impugnação contenciosa do acto sobre que incide ( art. 59°/4 CPTA )

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 18

Page 19: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Recurso hierárquico

Consiste no pedido de reapreciação do acto administrativo, dirigido ao superior hierárquico do seu autor (art. 166°CPA).

Artigo 166º Objecto Podem ser objecto de recurso hierárquico todos os actos administrativos praticados por órgãos sujeitos aos poderes hierárquicos de outros órgãos, desde que a lei não exclua tal possibilidade.

Distinguem-se duas espécies de recurso hierárquico:

1. Necessário, porque a sua não interposição inviabiliza a posterior impugnação contenciosa

2. Facultativose a sua não interposição, não afecta a posterior impugnação contenciosa O recurso hierárquico pode fundar-se na ilegalidade ou no demérito

do comportamento administrativo (arts. 159° e 167°/2 CPA)

Artigo 167º Espécies e âmbito 1 - O recurso hierárquico é necessário ou facultativo, consoante o acto a impugnar seja ou não insusceptível de recurso contencioso.2 - Ainda que o acto de que se interpõe recurso hierárquico seja susceptível de recurso contencioso, tanto a ilegalidade como a inconveniência do acto podem ser apreciados naquele.

recurso hierárquico é dirigido ao mais elevado superior hierárquico do autor do acto recorrido (art. 169°/2 CPA)

Artigo 169º Interposição

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 19

Page 20: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

1 - O recurso hierárquico interpõe-se por meio de requerimento no qual o requerente deve expor todos os fundamentos do recurso, podendo juntar os documentos que considere convenientes. 2 - O recurso é dirigido ao mais elevado superior hierárquico do autor do acto, salvo se a competência para a decisão se encontrar delegada ou subdelegada. 3 - O requerimento de interposição do recurso pode ser apresentado ao autor do acto ou a quem seja dirigido.

Se se tratar de recurso hierárquico necessário, o seu prazo de interposição é de trinta dias (art. 168°/1 CPA)

No caso de recurrso hierárqico facultativo, o seu prazo de interposição é idêntico ao da impugnação contenciosa e corre paralelamente a este (art. 168°/2 CPA)

Artigo 168º Prazos de interposição 1 - Sempre que a lei não estabeleça prazo diferente, é de 30 dias o prazo para a interposição do recurso hierárquico necessário. 2 - O recurso hierárquico facultativo deve ser interposto dentro do prazo estabelecido para interposição do recurso contencioso do acto em causa.

!!! O recurso hierárquico , ainda que facultativo, suspende o prazo de impugnação contenciosa do acto sobre que incide (art. 59°/4 CPTA) !!!!

Quanto à tramitação do recurso hierárqico, o aspecto mais relevante é a previsão da intervenção dos contra-interessados (art. 171° CPA) e da intervenção do autor do acto recorrido, podendo o recurso ser decidido, em sentido favorável ao recorrente, por este (art. 172° CPA)

Artigo 171º Notificação dos contra-interessados Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deve notificar aqueles que possam ser prejudicados pela sua procedência para alegarem, no prazo de 15 dias, o que tiverem por conveniente sobre o pedido e os seus fundamentos.

Artigo 172º Intervenção do órgão recorrido

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 20

Page 21: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

1 - No mesmo prazo referido no artigo anterior deve também o autor do acto recorrido pronunciar-se sobre o recurso e remetê-lo ao órgão competente para dele conhecer, notificando o recorrente da remessa do processo. 2 - Quando os contra-interessados não hajam deduzido oposição e os elementos constantes do processo demonstrem suficientemente a procedência do recurso, pode o autor do acto recorrido revogar, modificar ou substituir o acto de acordo com o pedido do recorrente informando da sua decisão o órgão competente para conhecer do recurso.

A decisão do recurso hierárquico deve ser tomada no prazo de 30 dias (art. 175° CPA)

Artigo 175º Prazo para a decisão 1 - Quando a lei não fixe prazo diferente, o recurso hierárquico deve ser decidido no prazo de 30 dias contado a partir da remessa do processo ao órgão competente para dele conhecer. 2 - O prazo referido no número anterior é elevado até ao máximo de 90 dias quando haja lugar à realização de nova instrução ou de diligências complementares. 3 - Decorridos os prazos referidos nos números anteriores sem que haja sido tomada uma decisão, considera-se o recurso tacitamente indeferido.

O superior hierárquico pode sempre confirmar ou revogar o acto recorrido, declarar a respectiva nuliidade; podendo também modificar ou substituir aquele acto, excepto se a competência do autor for exclusiva (art.174° CPA)

Artigo 174º Decisão

1 - O órgão competente para conhecer do recurso pode, sem sujeição ao pedido do recorrente, salvas as excepções previstas na lei, confirmar ou revogar o acto recorrido; se a competência do autor do acto recorrido não for exclusiva, pode também modificá-lo ou substituí-lo. 2 - O órgão competente para decidir o recurso pode, se for caso disso, anular, no todo ou em parte, o procedimento administrativo e determinar a realização de nova instrução ou de diligências complementares.

Recurso hierárquico impróprio

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 21

Page 22: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

É o pedido de reapreciação de um acto administrativo dirigido a um órgão da mesma entidade pública a que pertence o autor do acto recorrido e que exerce sobre este um poder de supervisão (art.178°CPA)

SUBSECÇÃO IV Do recurso hierárquico impróprio e do recurso tutelar

Artigo 176º Recurso hierárquico impróprio 1 - Considera-se impróprio o recurso hierárquico interposto para um órgão que exerça poder de supervisão sobre outro órgão da mesma pessoa colectiva, fora do âmbito da hierarquia administrativa. 2 - Nos casos expressamente previstos por lei, também cabe recurso hierárquico impróprio para os órgãos colegiais em relação aos actos administrativos praticados por qualquer dos seus membros. 3 - São aplicáveis ao recurso hierárquico impróprio, com as necessárias adaptações, as disposições reguladoras do recurso hierárquico. Também o recurso hierárquico impróprio se pode fundar na ilegalidade ou no demérito (arts 159° e

167°/2 CPA)

Existem duas espécies de recurso hierárquico impróprio:

Por natureza O recurso hierárquico que decorre da existência de poder de supervisão de um órgão sobre outro (art. 176°/1 CPA)

Por determinação da lei O recurso hierárquico que resulta de uma outra previsão normativa que o institui (art. 176°/2 CPA)

Recurso tutelar

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 22

Page 23: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

É o pedido de reapreciação de um acto administrativo praticado por um órgão de uma entidade pública, dirigido a um órgão de outra entidade pública, que exerce sobre aquela um poder de superintendência ou de tutela (art. 177 / 1° CPA)

Artigo 177º Recurso tutelar 1 - O recurso tutelar tem por objecto actos administrativos praticados por órgãos de pessoas colectivas públicas sujeitas a tutela ou superintendência.

2 - O recurso tutelar só existe nos casos expressamente previstos por lei e tem, salvo disposição em contrário, carácter facultativo.

3 - O recurso tutelar só pode ter por fundamento a inconveniência do acto recorrido nos casos em que a lei estabeleça uma tutela de mérito. 4 - A modificação ou substituição do acto recorrido só é possível se a lei conferir poderes de tutela substitutiva e no âmbito destes.

5 - Ao recurso tutelar são aplicáveis as disposições do recurso hierárquico, na parte em que não contrariem a natureza própria daquele e o respeito devido à autonomia da entidade tutelada.

GARANTIAS JURISDICIONAIS (OU CONTENCIOSAS)

São as que se efectivam através dos Tribunais Administrativos

Justiça administrativaO conjunto das garantias jurisdicionais ou contenciosas

Jurisdição administrativaO conjunto dos tribunais administrativos

Processo de jurisdicionalização dos Tribunais Administrativos

Decreto-Lei n° 250/74, de 12 de Junho Procedeu à transferência dos tribunais administrativos do âmbito da Presidência do Conselho de Ministros para o Ministério da Justiça

Artigo 212°/ 3 da CRP de 1976 Previu a existência de tribunais administrativos integrados no poder judicial.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 23

Page 24: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Decreto-Lei n° 256-A/77, de 17 de Junho Jurisdicionalizou o processo de execução das sentenças dos tribunais administrativos

Artigo 16° do antigo ETAF de 1984 Determinou a eleição do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo pelos seus pares.

ETAF e LEPTA leis de 1984 e 1985 Procederam apenas a uma modesta actualização do ordenamento jurídico do contencioso administrativo, tudo sob pressão das modificações introduzidas no art. 268° da CRP

2002 ano da publicação da reforma de fundo do contencioso administrativo

1 de Janeiro de 2004, entrada em vigor da Reforma de 2002

Órgãos da jurisdição administrativa

São órgãos da jurisdição administrativa e fiscal (art. 8° ETAF):

O Supremo Tribunal Administrativo, (STA) Os tribunais centrais administrativos, (TCA) Os tribunais administrativos de círculo (TAC)

A orgânica dos tribunais administrativos

comporta 3 instâncias :

1ª instânciaPreenchida pelos tribunais administrativos de círculo e pelos tribunais agregados, em todos os processos de âmbito da jurisdição administrativa, com excepção daqueles cuja competência, em primeiro grau de jurisdição, esteja reservada aos tribunais superiores. (art. 44°/ 1 ETAF)

2ª instânciaOcupada pela Secção do Contencioso Administrativo dos TCA (art. 37° ETAF)

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 24

Page 25: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Última instânciaEncontra-se a 1ª Secção do STA, também chamada Secção do Contencioso Administrativo (art. 24° ETAF).

Âmbito da jurisdição administrativa

Formulação positiva O artigo 4°/ 1 do ETAF, contem uma enumeração exemplificativa dos litígios considerados incluídos no âmbito da jurisdição administrativa.

Delimitação negativa Operada pelo artigo 4°/ 2 / 3, onde está nomeadamente excluída do âmbito da jurisdição administrativa a apreciação de litígios que tenham por objecto a impugnação de :

Actos praticados no exercício da função política e da função legislativa;

Actos relativos ao inquérito e instrução criminais e ao exercício da acção penal.

A fiscalização de comportamentos da autoria de magistrados dos tribunais comuns e dos órgãos de governo próprio desta magistratura

Responsabilidade civil A jurisdição administrativa passa a ter competência…

Para apreciar as questões de responsabilidade civil emergente de actos das funções política, legislativa e jurisdicional.

Para a apreciação de todas as questões de responsabilidade civil que envolvam pessoas colectivas de direito público, independentemente da questão de saber se tais questões se regem por um regime de direito público ou por um regime de direito privado

Contratação pública (Influência do art. 185° CPA)A competência da jurisdição administrativa para o contencioso contratual

assenta num destes três factores:

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 25

Page 26: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

1° - na Lei

2° - na vontade das partes

3° - nas ligações entre a actividade contratual e a actividade unilateral da administração pública.

Não se verificando nenhum destes factores, os litígios emergentes da relação contratual serão da competência da jurisdição comum

Artigo 185º

Regime de invalidade dos contratos

1 - Os contratos administrativos são nulos ou anuláveis, nos termos do presente Código, quando forem nulos ou anuláveis os actos administrativos de que haja dependido a sua celebração.2 - São aplicáveis a todos os contratos administrativos as disposições do Código Civil relativas à falta e vícios da vontade.3 - Sem prejuízo do disposto no número 1, à invalidade dos contratos administrativos aplicam-se os regimes seguintes: c) Quanto aos contratos administrativos com objecto passível de acto

administrativo, o regime de invalidade do acto administrativo estabelecido no presente Código;

d) Quanto aos contratos administrativos com objecto passível de contrato de direito privado, o regime de invalidade do negócio jurídico previsto no Código Civil.

De acordo com o disposto nas alíneas b), e) e f) do art. 4°/ 1 do ETAF...

a jurisdição administrativa tem competência :

Relativamente a quaisquer contratos outorgados no exercício da função administrativa

Para verificar a respectiva invalidade quando esta seja consequente da invalidade do acto administrativo em que se fundou a celebração do contrato. Relativamente a contratos a respeito dos quais haja lei

específica que os submeta a um procedimento pré-contratual regulado por normas de direito público.

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 26

Page 27: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Para resolver as questões relativas à validade de actos pré-contratuais e à interpretação, validade e execução dos contratos

Relativamente a contratos de objecto passível de acto administrativo, de contratos específicamente a respeito dos quais existam normas de direito público que regulem aspectos do respectivo regime substantivo, ou de contratos que as partes tenham expressamente submetido a um regime substantivo de direito público.

Para resolver as questões relativas à interpretação, validade e execução de tais contratos.

Competência dos tribunais administrativos

Competência material

Conhecimento da competência e do âmbito da jurisdição (Art. 13° do CPTA)O âmbito da jurisdição administrativa e a competência dos tribunais administrativos é de ordem pública e o seu conhecimento precede o de qualquer outra matéria.

Fixação da competência (Art. 5°/ 1 ETAF)A competência dos tribunais da jurisdição administrativa fixa-se no momento da propositura da causa, sendo irrelevantes as modificações de facto e de direito que ocorram posteriomente

Competência dos tribunais administrativos de círculo (TAC) (Art. 44°/ 1 ETAF)

A 1ª instância da jurisdição administrativa é preenchida pelos tribunais administrativos de círculo, constituindo estes os tribunais comuns da jurisdição administrativa.

Pertence-lhes conhecer em 1ª instância:"todos os processos do âmbito da jurisdição administrativa, com excepção daqueles cuja competência, em 1° grau de jurisdição, esteja reservada aos tribunais superiores e da apreciação dos pedidos que nestes processos sejam cumulados" Competência da Secção do Contencioso Administrativo dos TCA (art. 37° ETAF) Em 1ª instância ,

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 27

Page 28: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

é atribuído o conhecimento das acções de regresso propostas contra magistrados judiciais e do Ministério Público dos tribunais administrativos de círculo .

Em 2ª instância Dos recursos das decisões proferidas em matérias do contencioso administrativo por tribunais arbitrais e dos recursos das decisões dos tribunais administrativos de círculo, para que não seja competente o STA.

Competência da Secção do Contencioso Administrativo do STA(art. 24° ETAF)

Encontra-se reservado o conhecimento…

Em 1ª instância Dos processos relativos a actos ou omissões de titulares de órgãos de Soberania e de outros órgãos superiores do Estado;Dos procedimentos cautelares relativos a processos da sua competência, da execução dos seus julgados e dos pedidos cumulados nos seus processos; Das acções de regresso contra magistrados judiciais ou do ministério Público do STA e do TCA

Em 2ª instância Dos recursos de acórdãos do TCA proferidos em primeiro grau de jurisdição; Dos recursos de revista sobre matéria de direito, interpostos de acórdãos da Secção de Contencioso Administrativo do TCA e de decisões dos tribunais administrativos de círculo (arts 150° e 151° do CPTA)

Dos conflitos de competência entre tribunais administrativos

Competência territorial

STA (art. 11°/ 1 ETAF)

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 28

Page 29: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O Supremo Tribunal Administrativo tem sede em Lisboa e jurisdição em todo o território nacional.

TCA 's (art. 31°/ 1/ 2 ETAF) São tribunais centrais administrativos, o Tribunal Central Administrativo Sul, com sede em Lisboa e o Tribunal Central Administrativo Norte, com sede no Porto.

TAC 's (art. 39° ETAF, art. 3° D-L 325/2003 e portaria n°1418/2003) A sede dos Tribunais administrativos de círculo são determinadas por Decreto-Lei

As regras de competência territorial em 1ª instância constam dos arts.16° a 22 do CPTA

Petição a tribunal incompetente (art.14° CPTA)

O autor enganou-se no tribunal administrativo competente Mas não se enganou na jurisdição; neste caso o processo será oficiosamente remetido ao tribunal administrativo competente. (art. 14°/ 1 CPTA)

O autor enganou-se na jurisdição Não há lugar à remessa oficiosa do processo, mas o interessado dispõe do prazo de trinta dias a contar do trânsito em julgado da decisão que declare a incompetência para requerer tal remessa ao tribunal competente. (art. 14°/ 2 CPTA)

Elementos do processo administrativo contenciosoAquilo que constitui o processo, sem o que este não existe

Elementos : Os sujeitos

O objecto

O pedido

A causa de pedir

Os sujeitos

O autor

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 29

São as partes do processo

Page 30: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O réu

O tribunal (composto por 1 ou mais juízes)

O Ministério Público

As partes

Legitimidade activa (art. 9° e 55° CPTA) O autor é considerado parte legítima quando alegue ser parte na relação material controvertida.

Legitimidade passiva (art. 10° CPTA)Cada acção deve ser proposta contra a outra parte na relação material controvertida

O autor

Legitimidade activa (do autor)Assenta, geralmente, na titularidade de um interesse egoístico, mas a lei admite que os interesses difusos possam ser defendidos judicialmente por quem não é pessoalmente seu titular (cidadãos, autarquias, associações , fundações etc (art. 9°/ 2 CPTA))

O réuÉ o autor quem "escolhe " o réu, é o autor que aponta ao tribunal com quem quer litigar, isto é, quem é na sua versão o outro sujeito da relação material controvertida.

Legitimidade passiva (do réu)A legitimidade passiva pertence ao réu, mas também a quem for titular de "interesses contrapostos aos do autor" (art. 10°/ 1 CPTA)

O juízCabe a delicada missão de solucionar o conflito

Missão do juíz

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 30

Page 31: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Apenas lhe cabe julgar do cumprimento pela Administração Pública das normas e princípios jurídicos a que deve obediência; não tem por missão controlar o mérito ou a oportunidade da actuação administrativa pública

Estatuto próprio dos juízes dos TAFEssencialmente integrado pelas normas dos arts. 57° a 84° do ETAF

Garantias de independência (art. 3°/ 1/ 2/ 3 ETAF)Os juízes da jurisdição administrativa podem incorrer em responsabilidade pelas suas decisões, exclusivamente nos casos previstos na lei.

Os tribunais administrativos podem condenar a Administração Pública à prática de um acto administrativo legalmente devido

Condenação à prática de acto devidoA lei, dentro dos limites decorrentes deste princípio, permite que o juiz administrativo atribua a sentenças proferidas contra a Administração Pública, os efeitos de um acto administrativo que deveria ter sido praticado e, contra as normas e princípios jurídicos que impunham tal prática, não o foi. (arts. 66° e segs. CPTA)

Fixação de prazosA lei permite ao juiz administrativo fixar aos órgãos da Administração Pública prazos para cumprir os deveres que o tribunal decida impor-lhes e aplicar-lhes sanções pecuniárias pelo desrespeito de tais prazos.

Processos em massaA lei autoriza o juiz administrativo, em determinadas circunstâncias, a juntar vários processos, a fim de simplificar e acelerar a respectiva decisão (art. 48° CPTA)

O Ministério Público

Ministério Público (art. 51° ETAF)

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 31

Page 32: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O artigo 51° do ETAF comete ao Ministério Público as funções de representação do Estado, de defesa da legalidade democrática e de promoção da realização do interesse público.

O Ministério Público exerce a acção pública.

Ver os artigos do CPTA :

- 9°/ 2- 11°/ 2- 40°/ 2/ c)- 55°/ 1/ b) f)- 68°/ 1/ c)- 73°/ 3/ 4- 77°/ 1- 104°/ 2

Assiste-lhe legitimidade para interpor recursos.

Ver os artigos do CPTA :

- 141°- 155°/ 1

Tem legitimidade para suscitar ao STA que proceda à uniformização de jurisprudência (art. 152°/ 1 CPTA)

Tem a faculdade de se substitur ao autor da acção (art.62° CPTA)

Poderes processuais, quando não é autor nem seu substituto(Arts. 85° e 146°/ 1CPTA)

Faculdades especiais em tutela cautelar (arts 124°/1 e 130°/3 CPTA)

Faculdades especiais no âmbito da solução de conflitos de comptetência jurisdicional e de atribuíções (art. 136° CPTA)

O objecto

O objecto do processo

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 32

Page 33: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O legislador considerou que o objecto do processo é a pretensão do autor (art. 46°/ 1 CPTA)No CPTA, o objecto do processo é referido a propósito da acção administrativa especial.

O pedido

O pedidoÉ aquilo que o interessado quer do tribunal

6 espécies diferentes de pedidos :

Pedidos de simples apreciação (art. 2º/ 2/ a)b)c)d) segunda parte, e h) CPTA)

Pedidos constitutivos (art. 2º/ 2/ d) primeira parte CPTA)

Pedidos condenatórios (art. 2º/ 2/ e) f) i) j) e l) CPTA)

Pedidos de execução (arts. 157º/ 3 e 176º/ 1 CPTA)

Pedidos cautelares (art. 2º/ 2/ m CPTA)

Pedidos de recurso (art; 141°/ 1 CPTA)

A causa de pedir

A causa de pedir (art.78°/ 2/ g) 1ª parte e l) CPTA)

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 33

…o pedido de declaração da nulidade é um pedido de simples apreciação

o pedido de anulação é um pedido constitutivo

!!! No âmbito da justiça administrativa, é habitual a aproximação destes dois pedidos tendo em conta os seus objectos comuns e utiliza-se habitualmente a expressão IMPUGNAÇÃO ou pedido de impugnação, para os designar a todos.

Page 34: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Consiste nos factos constitutivos da situação jurídica que o autor pretende fazer valer em juízo

Cumulação de pedidos (art. 4°/ 1 CPTA)Esta norma prevê a cumulação de pedidos quando a "causa de pedir" seja a mesma (alínea a) ou mesmo em certos casos que a "causa de pedir é diversa (alínea b)

A causa de pedir é tão essencial à apreciação e eventual satisfação do pedido do autor como o próprio pedido !!!!

Os grandes princípios do processo administrativo

P° do acesso à justiça administrativa (art. 20° CRP, 7° CPTA)

P° da tutela jurisdicional efectiva

(art.268°/ 4 CRP, arts. 2° / 1, 45°, 63°, 70°, 64°/ 1, 15°, 142°/3/d) CPTA)

P° da igualdade das partes (arts. 6°, 8°/ 3 CPTA

P° da cumulação de pedidos (art. 4°/ 1/ 2 CPTA)

P° da cooperação e da boa fé processual (art. 8° CPTA

P° dispositivo (art. 51°/ 4 CPTA)

P° do inquisitório (art. 62° CPTA)

Os meios processuaisFormas tipificadas de veícular cada pretensão dirigida aos TAF

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 34

Justiça "à medida"Justiça oportuna"flexibilidade" da instânciaJustiça estável

Em matéria de impugnação de actos administrativos, existe ainda hoje uma configuração atípica, reflectindo, ora o princípio dispositivo Onde o juiz se encontra geralmente vinculado ao pedido do autor e à respectiva causa de pedir, ora o princípio do inquisitórioonde o impugnante não dispõe do objecto do processo, pois em caso de desistência, o Ministério Público pode substituir-se-lhe na posição de autor.

Page 35: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

1° pedido de intervenção judicial Os meios processuais dividem-se em dois grupos :

Meios principais e meios acessórios

Meios principaisA utilização de cada meio principal é independente do eventual uso de qualquer outro meio processual.

Este grupo pode dividir-se em dois subgrupos :

UrgentesOs que beneficiam de regras que visam acelerar a sua tramitação

Tais como:

- As impugnações em matéria eleitoral

- As impugnações de actos administrativos de natureza pré-contratual

- As intimações para prestação de informações, consulta de processos ou passagem de certidões

- A intimação para protecção de direitos, liberdades e garantias

NormaisOs que são tramitados a uma velocidade dita "normal"

Tais como :

- A acção administrativa comum

- A acção administrativa especial

Meios acessóriosA utilizaçao de um meio acessório encontra-se na dependência de um meio processual de carácter principal.Os meios processuais acessórios, encontram-se englobados no grupo dos processos cautelares Após uma 1ª intervenção judicialExistem meios processuais somente utilizados após uma 1ª intervenção de um órgão da jurisdição administrativa

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 35

Page 36: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Processos executivosCom os quais se pretende assegurar a eficácia de uma anterior sentença de um tribunal administrativo.

recursosAtravés dos quais se visa conseguir uma allteração de uma decisão jurisdicional anterior.

Valor da causa (art. 31°/ 1 CPTA)

Valor da causa ((arts 31°, 32° 33° CPTA)Representa a utilidade económica do pedido

Valor indeterminável (art. 34°/ 1 CPTA)Existem casos em que não é possível estabelecer o valor da causa

Formas do processoRemete para os níveis de complexidade da intervenção judicial, que dependem da importância dos interesses em jogo.

Duas formas :

Acção administrativa comumÁ qual são apenas dedicados 9 artigos (arts 37° a 45° CPTA) e corresponde às antigas "acções administrativas" na treminologia anterior à Reforma de 2002.

Pode ser:Ordinária, sumária e sumaríssima, (art. 43° CPTA)dependendo do valor da causa e da alçada do tribunal (valor legalmente estabelecido até ao qual um tribunal de 1ª e 2ª instância julga definitivamente as causas da sua competência

A escassez de regulamentação da acção administrativa comum encontra a sua justificação na circunstância de a respectiva tramitação ser regulada pelo Código de Processo Civil (art. 42°/ 1 CPTA)

Acção administrativa especialÀ qual o código dedica 51 artigos ( arts 46° a 96°CPTA)

Patrocínio judiciário (art. 11°/ 1/ 2 CPTA)Regra da obrigatoriedade da representação por advogado

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 36

Page 37: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Acção administrativa especial (Arts. 46° a 96° CPTA)

A acção administrativa especialVeícula pedidos intimamente ligados ao estatuto competencial da Administração Pública.

2 tipos de pedidos :

impugnações (art. 46°/ 2/ a)/ c)/ d) CPTA)

Com o objectivo de obter do tribunal a:

anulação ou a declaração da nulidade ou da inexistência jurídica de um acto administrativo

declaração da ilegalidade de uma norma regulamentar ou da sua omissão

Pedidos condenatórios (art. 46°/ 2/ b) CPTA)Com os quais se pretende obter do tribunal que obrigue um órgão da Administração Pública a praticar um acto administrativo legalmentee devido

Impugnação de actos administrativosO objectivo é conseguir uma decisão do tribunal que anule ou declare a nulidade ou a inexistênciaj urídica do acto administrativo impugnado, por se apresentar desconforme com as regras e princípios jurídicos que deveria respeitar ou resultar de uma vontade administrativa viciada. (art. 50° / 1 CPTA)

Objecto da impugnaçãoO objecto da impugnação é sempre um acto administrativo lesivo de direitos e interesses legalmente protegidos

O indeferimento tácito não é um acto administrativo, logo a via processual adequada é o pedido de condenação à prática de acto devido (arts. 51°/ 4 e 67°/ 1/ a) CPTA)

Do acto administrativo impugnável

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 37

Page 38: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O CPTA procede à delimitação do círculo dos actos administrativos susceptíveis de impugnação judicial.Arts. 51°/ 1/ 2, 52°/ 1, 53° e 54°/ 1 CPTA

!!! Apenas são impugnáveis os actos administrativos dotados de eficácia externa !!!

Actos administrativos com eficácia externaCom capacidade para projectar os seus efeitos nas relações jurídicas que se estabelecem entre a Administração Pública e os particulares

São especialmente impugnáveis os actos lesivos

A impugnabilidade do acto não depende da forma que este revista

A impugnabilidade do acto é independente da respectiva eficácia

A protecção jurisdicional administrativa depende da natureza pública da actividade desenvolvida

Causa de pedirÉ a alegada invalidade do acto administrativo

Pressupostos processuaisSão as condições que se têm de verificar para que o tribunal possa apreciar o pedido

Competência

Competência do tribunal (arts; 24°, 37° e 44° ETAF)Os pedidos de impugnação de actos administrativos, são em regra, da competência dos tribunais administrativos de circulo.

Competência territorial dos TAC (arts. 20°/ 1/ 2 e 16° CPTA)

Legitimidade

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 38

Page 39: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Legitimidade activa (art. 55° CPTA)Legitimidade para impugnar actos administrativos

Legitimidade passiva (arts. 10°/2 /3/ 4 e 57° CPTA)Determinação daquele contra quem é dirigido o pedido de impugnação

Oportunidade

Os prazos que devem ser respeitados nos pedidos de impugnação de actos administrativos anuláveis, constam do art. 58°/2 CPTA

Condenação à prática de acto administrativo devido

PedidoO pedido apresenta natureza condenatória. O objecto do processo é a pretensão do interessado a ver praticado um acto administrativo. (art. 66° CPTA)

Pressupostos processuais

Competência do tribunalMutatis mutantis relativamente ao que foi dito para os pedidos de impugnação de actos administrativos

Legitimidade activaO artigo 68° CPTA regula a legitimidade activa para estes pedidos

Legitimidade passivaArt. 10°/ 2/ 3/ 4 CPTA como para os pedidos de impugnação

oportunidade Tratando-se de um caso de indeferimento (art. 69°/ 2 CPTA) Tratando-se de uma omissão (art. 69°/ 1 CPTA)

Pressuposto processual específicoO pedido de condenação à prática do acto devido só pode ser formulado quando se verificar uma das circunstâncias previstas no artigo 67° CPTA. (Ver também o art. 71°/2 CPTA)

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 39

Page 40: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

Impugnação de normas e declaração de ilegalidade por omissão

ObjectoÉ constituído por normas regulamentares (art. 72°/ 1 CPTA)

Causa de pedirA alegada contradição material de tais normas com uma lei (art. 72°/ 1, 2ªparte CPTA)

Pressupostos processuais

Competência do tribunalO processo deve ser instaurado num TAC, excepto quando a norma impugnada for da autoria de uma das autoridades mencionadas no artigo 24°/ 1/ a), caso em que o processo será instaurado no STA

LegitimidadeRegulada nos termos do artigo 73° CPTA

OportunidadeA lei não estabelece qualquer prazo para estes pedidos (art. 74° CPTA)

Pressuposto processual específico Ver artigo 73° CPTA

Efeitos da decisãoVer os arts. 73°/ 2, 76° e 77°/ 2 CPTA

TramitaçãoA marcha do processo designa a análise cronológica do evoluir do mesmo

Fase dos articuladosFase inicial do processo, onde o propósito fundamental é o esclarecimento das posições das partes através da troca de documentos. Ver arts. 78°/ 2, 81°/ 1, 82°, 85°/ 1, 83°CPTA

Fase da condensação

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 40

Page 41: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

O centro do processo passa das partes para o juiz . (Ver arts 87°/ 1/ a), 89°/ 1, 87°/ 1, 88°/ 1, 88°/ 2, 89°/ 1/ 2 , 88°/ 4, 89°/ 2, 89°/ 3, 87°/ 1/ c) CPTA)

Fase da instruçãoApuramento da matéria de facto, consistindo na recolha e tratamento da prova (art. 90°/ 1/ 2 CPTA)

Fase de discussãoTerminada a produção da prova, pode o juiz considerar necessário proceder à realização de uma audiência pública destinada à discussão oral da matéria de facto. (art. 91°/ 1/ 2 CPTA)(Ver também o art. 92°/ 1 e 93° CPTA)

conteúdo da sentença ou acórdãodeve respeitar o determinado pelo art. 94° CPTA

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 41

Tchin-tchin !!! Felicitações para todas e todos que passaram com sucesso este ano escolar e muita coragem para aqueles e aquelas que ainda têm que sofrer um pouco mais. FORÇA !!

Page 42: Direito internacional privado

Apontamentos sem fronteiras António Filipe Garcez José

www. cogitoergosun2.no.sapo.pt 42