direito financeiro e finanças - b - caderno i

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  • 7/21/2019 Direito Financeiro e Finanas - B - Caderno I

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    Direito Financeiro e Finanas - BBergmann vila

    Aula I Dia 08.08.2014

    Apresentao !a !isciplina.

    Quais so as nossas fontes? Em primeiro lugar, a Constituio Federal. Neste aspecto, uma

    grande particularidade: o direito financeiro est posto substancialmente na Constituio Federal. sso significa !ue princ"pios da #ep$blica Federati%ado &rasil, como Estado de 'ireito, reduo de desigualdades regionais, princ"pio federati%o e separaodos poderes so postos na Constituio Federal (. Quest)es estritamente de direito financeiro so postasnela tamb*m, tanto no !ue se refere a princ"pios da administrao p$blica e da ati%idade financeira e+rgos de controle. Como ser feito o controle financeiro dos estados est posto na Constituio Federal,os instrumentos de controle, os crit*rios de controle, tudo isso est posto na Constituio Federal. 'oponto de %ista tributrio, temos um subsistema tributrio artigos -/ a -01 da Constituio Federal2. 3!ue o Estado pode cobrar? Como ele pode cobrar? Quando ele pode cobrar? Em !ue medida ele podecobrar? Em !ue crit*rios ele pode cobrar? 4udo isso est posto na Constituio Federal.

    Essas obser%a)es do 'ireito &rasileiro no encontram respaldo no 'ireito Comparado. 5

    Constituio taliana tem apenas dois dispositi%os a respeito do tema. Na Constituio 5lem, no 6subsistema tributrio, mas um cap"tulo destinado ao regime financeiro. sso !ue est sendo mencionado *o padro para todos os pa"ses ocidentais democrticos. 7ior ainda nos Estados 8nidos. 4emos umsubsistema !ue %ai do artigo -/ ao -01 da Constituio Federal. 3 artigo -/0 * maior do !ue toda aConstituio Federal 5mericana. 3 !ue isso representa para n+s? 3 'ireito Financeiro *constitucionali9ado no &rasil. No !ue tudo este(a na Constituio Federal, mas uma parte substancialest nela. No s+ nessa parte, por!ue os subsistemas tributrios so relacionados com o restante daConstituio Federal. Ento, por eemplo, os entes federados podem instituir determinados tributos, masde%em obser%ar certos direitos fundamentais. E mesmo esses direitos no esto apenas na ConstituioFederal. 4emos um 'ireito Financeiro constitucionali9ado, mas no s+ nesses subsistemas epressos.4oda a Constituio Federal tem influ;ncia sobre o 'ireito Financeiro. E pior, o 'ireito Financeiro delegapara !ue a legislao infraconstitucional certas mat*rias. sso tra9 uma repercusso muito grande do ponto

    de %ista prtico e do te+rico. 7or !u;? En!uanto na tlia o su(eito estuda 'ireito 4ributrio com base naConstituio Federal, mas substancialmente %endo o !ue o legislado estabelece, no 'ireito 4ributrio&rasileiro * diferente. no se fica discutindo ainconstitucionalidade. 5 #eceita Federal e a legislao federal definem as coisas. Ento a !uesto dainconstitucionalidade l * pe!uena, por!ue a ofensa ser sempre indireta. Estudar 'ireto Financeiro *estudar a Constituio Federal e os instrumentos normati%os re!ueridos pela Constituio Federal, mas o!ue no podemos fa9er * a!uilo !ue os estrangeiros fa9em nos seus pa"ses, !ue * estudar direto alegislao. 4emos !ue comear por cima e ir descendo, se necessrio. Em outras pala%ras, tendo em %istaessa caracter"stica do 'ireito 4ributrio &rasileiro, temos !ue comear pela Constituio Federal, ir para alei complementar e depois para a legislao infraconstitucional. Constituio Federal, >ei de#esponsabilidade Fiscal e C+digo 4ributrio Nacional. Essas so as nossas fontes primordiais.

    "uest#es $urocr%ticas& 5s aulas iniciam @s A6, com a c6amada sendo feita @s A6, sendo !ue a!ueles !ue responderem ac6amada posteriormente recebero meia presenaB ero feitas duas pro%as, a primeira no dia -D.D.1-, a segunda no dia 1-.--.1- e uma especial nodia 1A.--.1-B 5s notas seguem a regra departamental D, a - 5B G,0 a A,D &B 0, a G,/ CB menos do !ue 0, '2B 7ode 6a%er cerca de tr;s a !uatro faltasB 5s pro%as sero de cun6o mais prtico, no seguinte sentido: ser feito um teto em !ue ser eposto um

    caso, em !ue de%ermos di9er se pode ou no, se * inconstitucional ou no, etc. = necessrio !ue o alunose posicioneB 'o ponto de %ista financeiro, so indicados dois li%ros: um mais simples, mas correto, de #icardo >obo4orres. = um li%ro ade!uado. H outro um pouco mais compleo, com um n"%el de especificidade um

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    pouco maior, #egis Fernandes 3li%eira. Iurisprud;ncia notadamente do 4F e do 4I !ue ser citada aolongo do semestre.

    Aula II Dia 1*.08.2014

    DIREITO FINANCEIRO E FISCAL

    Cassiano

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    5ti%idade financeira do Estado: receita, oramento, despesa. 'entro dessa ati%idade, temos, noLmbito da receita, o Estado pode tanto arrecadar por meio das c6amadas receitas originrias, e a >ei n.O1P0 >ei das Finanas 7$blicas2 adotou essa classificao, e !uando ela conceitua tributo como areceita deri%ada, e a >ei Complementar n --P1, >ei de #esponsabilidade Fiscal, ambas leis

    complementares, se ocupam da ati%idade financeira do Estado.3 'ireito 4ributrio est contido no 'ireito Financeiro e Fiscal. 5 Constituio cont*m um sistema

    financeiro, ela contempla um subsistema, ela agrupa normas de 'ireito Financeiro do artigo -/ ao artigo-0D. Ento, no Lmbito constitucional, sistema financeiro e tributrio est nos artigos -/ a -0D e nalegislao infraconstitucional est nas leis mencionadas.

    b)5ti%idade Financeira e 'ireitos Fundamentais

    Essa ati%idade financeira, portanto, * uma ati%idade instrumental. = uma ati%idade !ue no se(ustifica em si mesma. 3 Estado no reali9a arrecadao e despesa de oramento como fins em simesmos. 5 ati%idade financeira do estado * uma ati%idade instrumental (ustificada pela necessidade de

    promoo e de proteo dos direitos fundamentais.

    Esse sistema eterno, esse agrupamento se conecta com outro ponto, com outro grupo de normasda Constituio, e se conecta com os direitos fundamentais, !ue so limites materiais. e de um lado aConstituio agrupou normas e procurou delimitar forma e procedimento, de outro lado ela arrolou tamb*mnormas, princ"pios, direitos e garantias fundamentais, pri%ilegiando o conte$do, a substLncia.

    Qual o papel dos direitos fundamentais diante dessa ati%idade financeira? Em apertada s"ntese, osdireitos fundamentais, em sua eficcia (ur"dica de princ"pio, eigem !ue o Estado faa determinadaspresta)es positi%as e se absten6a de outras negati%as ara promo%er a dignidade, a propriedade, aliberdade, patrimonial ou no patrimonial, para promo%er o Estado de coisas em !ue esses princ"piosfundamentais, esses direitos fundamentais se(am efica9es. = preciso gastar din6eiro. = preciso reali9ar

    presta)es positi%asB direitos fundamentais como limites materiais do direito financeiro e fiscal.

    3s direitos fundamentais implicam limites positi%os e limites negati%os @ ati%idade financeira.>imites materiais e limites formais. 7ositi%o: determina condutas faa issoRS2B negati%os: determinamalgumas absten)es ao Estado na mat*ria tributria fundamentalmente, como, por eemplo, imunidadetributria. 3 upremo 4ribunal Federal, no #E -A.OO- 6 uma frase !ue foi pronunciada pela upremaCorte 5mericana e !ue foi adotada pelo &rasil, !ue di9 !ue o poder de tributar no pode c6egar @desmedida do poder de destruirS.

    3s direitos fundamentais, de um lado, eigem !ue 6a(a uma ati%idade tributaria. 3 direitofundamental * fonte para o direito tributrio tamb*m. 5ra ter despesa, de%e 6a%er din6eiroB de%esearrecadar. Esses direitos fundamentais !ue eigem uma ati%idade tributria tamb*m delimitam a 9ona !uese torna protegida conta esse pr+prio direito tributrio.

    Ento os limites negati%os so limites do estado na!uilo !ue ele no pode fa9er, por eemplo,imunidades, proibio de confisco, princ"pio da irretroati%idade. Ento, limites negati%os, mas tamb*mmateriais e formais. No s+ regras sobre o eerc"cio do poder, mas tamb*m regras sobre o eerc"cio dosdireitos. Ento, limites materiais e limites formaisB limites positi%os e limites negati%os.

    3 direito financeiro e fiscal %isa a regular uma ati%idade financeira !ue se desdobra, por sua %e9,em tr;s subati%idades instrumentaisB instrumentais na medida em !ue %isam promoo e @ proteo dosdireitos fundamentais. Esses direitos, por sua %e9, protegem determinados bens (ur"dicos liberdade decontrata, liberdade de ir e %ir, liberdade de dispor da propriedade, liberdade de se informar e ser

    informado2. 7ara !ue esses bens (ur"dicos este(am dispon"%eis, o Estado de%e orar os recursos limitados,pre%iamente arrecadados, em relao aos !uais * feita uma ati%idade de plane(amento, programao, deeleio de escol6as, fins prioritrios, e a!ui temos !uest)es das mais di%ersas dificuldades. 5ti%idadefinanceira * meio.

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    Caso em !ue o su(eito precisou colocar um marcapasso em ra9o de um acidente ocasionado peloEstado. 3 Estado alegou !ue no 6a%ia mais din6eiro para isso. 3 su(eito alegou !ue 6a%ia dentro dosdireitos fundamentais presta)es positi%as T...U.

    7ara terminar, outro caso interessante sobre a eficcia dos direitos fundamentais no oramentop$blico. 8m munic"pio !ue decidiu fec6ar uma turma de terceira s*rie e tr;s crianas bsucram inscriona!uela turma e no conseguiram e, por meio de uma medida (udicial !ue c6egou at* o upremo 4ribunalFederal, foi decidido !ue, por fora da eficcia dos direitos fundamentais direito @ educao, dignidade dapessoa 6umana2, era de%ido limite positi%o2 abrir a turma da terceira s*rie.

    Em resumo, o direito financeiro * um ramo, um campo do direito !ue se ocupa de regular umaati%idade. Qual? 5 c6amada ati%idade fiancneira do estado. Ela, por sua %e9, se subdi%ide em tr;ssubati%idade: de arrecao, de despedas e de oramento. 'espesas so idnispensa%eis para a promoodas necessidades. T...U 3 roamento se (utidica na medida em !ue as despesas para necessidadelimitadas e receitas para recursos limitadas. Essas ati%idade financeira, como todas as ti%idade estatais,de%e ser re%estida pelo dieito, pela lei, e a lei, por as %e9, a re%este de uma disicplna cosnitucnal e

    infracosntuconal. Consitucnal, criando um con(unto de normas c6amada sistema financeiro. Essesubsistema contem regras sobre limites formais relati%imante ao pdoer de tributar,d e f9er oramento e aode%er de gastar. nfracosnitucinalmente, outra duas fontes so presntasda: uma lei de -D0 e outra de1. Esse grupo de normas formais se cocneta com outro grupo de normas materiais: dieitosfundamnetasi, !ue delimitam formal e materialmente, positi%a e negti%manete a atuao doe stado nesseLmbito financeio. Finanas publicas, atii%ade financeira * uma ati%idade !ue permeia todas as outrasati%idades estatais e perpassa todos os demais ramos direito pre%idencirio, direito processual2.

    Aula III Dia 22.08.2014

    F3N4E '3 '#E43 FN5NCE#3

    Normalmente, as fontes, nos li%ros em geral, di9em respeito aos diplomas legislati%os !ue supostamenteestabelecem normas CF, EC, >eis complementares e ordinrias, e instrumentos normati%os secundrios2.Fontes M algo do !ue * gerado alguma coisa, um instrumento !ue produ9 normas.

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    E.: pensemos nos casos de dispositi%os redundantes, isto *, tetos nroamti%os !ue so repetiti%os outautol+gicos. 'ois dispositi%os d euma lei !ue cont*m a mesma redao. e para cada teto de%essecompreender uma norma, no conseguir"amos eplicar os tetos repetiti%os. 4amb*m temos casos de !uea!uilo !ue um teto eprime (a foi eprimido por outro teto, ainda !ue no se(a igual. E 6 situa)es em!ue a!uilo !ue o teto eprime ( * a interpetacao con(unta de outras n...B 6 casos em aue o teto eprime

    a!uilo !ue ( sabemos o dispositi%o c6o%e no mol6ado M * o !ue o 4F di9 !uando menciona normasepliti%as, so sentidos normati%os !ue (a resultam de outros2. 5inda, 6 dispositi%os !ue no di9em oisanen6uma, como o art. -0 do C4N, !ue i9 !ue a legislao ser interpretada e aplicada conforme odisposto nesse cap"tulo M e isso * +b%io. Em outras pala%ras, 6 dispositi%os sem normas. Em oturassitua)es, temos nroams, mas no 6 suporte f"sica descrito, a partir do !ual anorma possa ser constru"daM pensemos nos princ"pios prorporcionalidad,e racionalidade, certe9a do direito. Iurisprud;ncia do stf,esse sprincipios tem sido continuamente aplicado, por*m se procurarmos no teto da cf, ficaremossupresos: ano 6 nen6um teto da cf !ue ten6a suporte epresso desses princ"pios, em !ue pesse elesserem continuamente aplicados. Ento, 6a norma e no 6 teto. E as %e9es temos um teto, !uedependendo do modal deontico, so constru"das %arias normas. E. 5rt. -/- da cf M sem pre(u"9o de

    outras garantias, * %edada a instituio de tributos sem lei !ue o pre%e(a. Esse dispositi%o * base p !ue adoutrina e a (urisprud;ncia criem di%ersas normas: principio da legalidade formalB principio da legalidadematerial ou tipicidadeB proibio de delegao nroamti%aB proibio de instituio de regulamentosautXnomos e independentes, apenas admitidos os eecuti%osB proibio de analogia das disposi)estributrias. Ento, um teto pode gerar %arias normas. E as %e9es * o oposto: constru"mos uma norma s+pela con(ucao de sentidos, correntes, preliminares de %rios dispositi%os M e.: seguranaa (ur"dica Mcontroise com legalidade, irretroati%idade, anterioridade, estado de direito, se paracao de poderes, direitosfundamentais, tudo (unto e misturado. Em outras pala%ras, no EY4E C3##E73N'ENC5 EN4#E4EY43 E N3#

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    alguns fatos gera um efeito. 5mes acoisa acontece !do interpretamos um ato administrati%o. E as %e9es,apenas condutas, costume regularidade comportamental em ra9o da !ual se cria uma norma M atra%*sde um ato institucional2. Ento, o fenXmeno da inteprretacao * mais amplo, en%ol%e a interpretao detetos, de normas, fstos, atos, condutas, finalidades, efeitos.

    7ara n3s, o !ue interesse * !ue, feito esse processo, teremos esp*cies normati%as, e estas podem ser de tr;sgrandes esp*cies: temos as normas, essas normas podem ser regras, princ"pios e postulados. Este tem *pol;mico.#egras so nroams !ue possuem um aspecto referencialB em alguma medida, elas decre%em o !ue *permitido, proibido ou obrigat+rio. Elas pdoem ser reconstru"das da seguinte ofmra: se a, ento b. 5 aulade dir financeiro se inciia @s A 6. 3 limitide para transitar em %ias urbanas * de 0 JmP6. 5 possibilidade de%otar em elei)es aos -0 anso.a a posentrodira comulsoria no ser%io publico se d aos G anos.e iste,nesse con(untod e regra,s um elemento em comum: o aspecto referencial, ou se(a, a descrio da!uielo!ue * permitido, proibido ou obrigat+rio.

    e fi9*ssemos a distino entre meios e fins, as regras estabelecem os meios, e os princ"pios os fins.

    7or !ue ra9o eistem regras? 5s regras possuem algumas fun)es M %isam a diminuirP eliminarproblemas de coordenaoo entre as pessoas, con6ecimento, custos de deliberao. 'ando um eemplode cada coisa: problemas de coordenao: por !ue eiste, em relao as %ias publica,s duas %ias, uma !ue %ai e outra!ue %em? 7ara fa9er com !ue os interesses das pessoas possam ser coordenamdos.da mesma forma,eistem regras !ue estabelecem !ue * poribidio passar em semforo %ermel6o, e no %erde pode passa Misso para coordenar interesses. Nos perdemos !uando os semforos no esto funcionando, pis cada um

    %ai enfiando seu autom+%el conforme seus interesses, at* !ue todos os carros esto trancados. Como arua da praia. Como temos interesses e %is)es conflitantes, as regras c coordenam interesses. #esol%er ou eliminar problemas de con6ecimento: no sentido de !ue, se a norma no tem densidadenormati%a sficiente p fa9er com !ue as pessoas possam adotar sua conduta conforme o !ue a normaestabelece, cada um c6egarZa uma concluso diferente. er !ue todos tem amesma %iso de (ustia,bondade, solidariedade? No, somos muito diferente, temos interesses, 6istorias, problemas, pretens)esdiferentes. Nos somos diferentes. 3 !ue fa9em as regras ao descre%er o !ue * minimamente proibidopermitido obrigat+rio? Elas punem os diferentes. Ento, elas unem as pessoas. [amos imaginar !ue a aulacomeasse a partir do momento em!ue todos esti%essem apto a refleo. 7ara alguns no comearia, etal%e9 no nos reun"ssemos au!i, apenas circunstancialmente. #edu9ir a influencia do interprete relati%amente ao conte$do da norma M a nroma para pdoer regular aconduta tem !ue ter alguma eist;ncia fora do su(eito !ue esta interpretando, tem !ue ter um limite. E porisso as regras eercem uma limitao maior M o inteprrete da norma pode ser interessado, ter suaspretensoe,s e 6 influecnias boas e influecia s ruins. sso pode se dar do aspecto positi%o ou dodescon6ecimento mesmo o destinatrio da norma no * o mel6or para saber seu conte$do. No %amosperguntar se o fil6o adolescente ac6a !ue tem autonomia paa dirigir o carro do pai seta a noite, ou seuma criana de%e comprar guloseimas.

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    perfeita,s elas so mel6ores do !ue o principio de indetemrinacao. Em outras pala%ras: as regras tem umafuno de orientao. E. 1: aeroporto de C6icago M se c6egou @ concluso de !ue era mel6or es!uecer as rgerasprocedimentais ... durou 0 meses, prou!e, no curiosamente, ap+s 0 meses, c6egouse @ concluso de!ue os mais re%istados eram os negros, rabes eos de apar;ncia menos fa%or%el. Ento, a aus;ncia de

    regras sobre o !ue de%e e no ser feito esconde preconceitos, e sem essa pre%iso epressa, aflora%am.5s regras pro%ocam in(ustias em algumas situa)es, mas na maior parte dos casos ela sainda produ9emresultados mel6ores do !ue a aus;ncia total de regras.

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    IZos princ"pios so aplicados como postulados da proporcionalidade..? as %e9es, os princ"pios colidirao, edesse conflito ser produ9ida uma regra concreta. \s %e9es, o legislador adota um meio para protege rumfim e produ9 efeitos colaterais em outros princ"pios.Ento, a proporcionalidade * uma norma !ue orienta a aplicao de normas, por isso metanorma.ndependentemente disso, !uando nos referimos @s fontes, temos !ue ter esse cuidade: as fontes podem

    ser atos normati%os, !ue produ9em, depois de promulgados, diplomas normati%os, !ue cont*mdispositi%os. Esses dispositi%os precisam ser interpretados, atra%*s de t*cnicas e argumentos. E depois deinterpretados produ9em as nromas, !ue so regras princ"pios e postulados. Quais so as fontes dodireito? 'epende. e por o termo fotnes se !uer fa9er referencia @ origem fonte so atos normati%os. ese !uer fa9er referencia ao ob(eto da itnerpretacao, so diplomasB se ao ob(eto da interpr]tacao, aodispositi%oB se ao resultado, as normas. Ento, depende, fonte de !ue?

    8ma mesma norma pode ser princ"pio e postulado ao mesmo tempo? No.no caos do in dubio pro reu,usamos o mesmo temro com significados diferentes M isso se c6ama ambiguidade. Eiste a ambiguidade ea 6omon"mia mesma pala%ra com origens complemtanete diferentes M e.: renda, como # ou em uma

    blusaB manga, fruta e da camisa2. sso se c6ama 6omon"mia. E eistem pala%ras amb"guas M duaspala%ras tem sentidos correlatos. 'ireito. 3 !ue * direito? 7ode ser fonte, sistema, ordnamento com letramai$scula2, pode ser o direito de cada um. Em outras pala%ras, peguemos um caso clssico deambiguidade: legalidade. >egalidade pode ser para tinstituir det tributo * preciso adotar o processolegislati%o legalidade formal2 M regraB por*m, @s %e9es se fala em legalidade para eprimir !ue as nromasde%em ser densars para garantir a pre%isibilidade epar ao eerc"cio da ati% econXmica legalidadeprinc"pio2B podese mencionar legalidade enos entido de !ue se o legalisdor tem !ue criar normas penais,os crimes tem !ue ser criados pelo legislador e no pelo interprete ou se(a, o interprete no pode usaranalogia M e a legalidade a!ui * em um sentido diferente2. 5 legalidade nesse caso no * tr;s coisas, maseprime tr;s significados diferentes.

    mportante:

    5 importLncia desse es!uema * a seguinte: !uando formos analisar a !uesto da paridade, teremosLmbitos diferentes.

    Eist;ncia[alidadeeficcia5plicabilidadeE efeti%idade= tudo igual? No, * diferente. ... a relao entre o dispositio% e a nroma superior !ue regula sua produo* uam relao 6ierr!ui%ca estrutural M * a!ui !ue se fala em %alidade formal dos dispositi%os. E como sed essa relao? 'ispositi%o norma superior, e essa elacao * estabelecida por uma outra nroma, anorma impicita !ue di9 !ue 6ierar!uicamente inferiro no pode colidir com superior supremacia da cf Misso * a %alidade formal2. Quando ti%ermos a norma, %amos fa9er um eame de %alidade material M anorma de baio de%e se rcompat"%el coma de cima, etudo isso * regulado por uam terceiro norm,a !ue di9!ue a norma de cima se sobrep)e @ de baio 6ierar!uia material, e predica um eame de %alidademateiral2. e a norma inferior no colide com a superior !ue regula seu conte$do, ela * materialmente%lida. e ela * %lida, pode produ9ir efeitos? 'ai %amos fa9er o eame da %ig;ncia, aptido para detnormas produ9irem seus efeitos pr+prios alguns c6amam de eficcia normati%a2. e ela pode produ9ir os

    efeitos, ela * aplic%el. E se ela for aplicada e as pessoas a seguirem, ela ser efeti%a. Ento %e(am:eist;ncia, %alidade formal, %alidade material, %ig;ncia, apliciabilidade e efeti%idade. Fonte pdoe significaratos normaticos, diplomas, dispositi%os, normas, ...

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    3nde estaoas fontes do direito financeiro? e o temro fonte * utili9ado oara se referir aos diplomas, temosa CF, documento normati%o !ue contem disposi)es, no precisma ser interpretadas, temso as EC, temosas leis complementares, leis ordinrias, @s %e9es resolu)es do senado, @s %e9es tratados internacionais,e temso elemtnos nroamti%os secundrios.e ntao, al*m desse es!uema de%emos %er ocmo se d arelao dessas fontes, e fontes no sentido de diploma. Quais os tipos de relao. Nesse aspecto, obser%ar

    !ue a CF * o diploma normati%o mais impirtanto do ordenamento (uridicio p! B esto concentradosprinc"pios fundamentais,...., e dispositi%os relati%os a como !uando em !ue medida o estado obtemrecursos, gatsa recursos, fiscali9a recursos. Essa mesma cf pode ser emendada, desde !ue no 6a(arelati%amente @ EC -2 %iolao dos procedimentos, OP/ do CN e 12 %iolao de mat*rias em %irtude dasclausulas p*treas M !uest)es atinentes a princ"pios fundamentais, direitos e princ"pios indi%iduais nopodem ser ob(eto de EC2. e no obedecer o procedimento, o diploma legislati%o emenda serformalmente in%lido. E por !ue? 7or!ue (amais pdoer produ9ir efeitos, e todos o resto no eiste. e aEC discrepar dos limtie smateriais ela ser materialmente in%lida, e por isso todas as !uest)es no irose colocar. 'epois, temos >eis complementares. 5s >C so em mateia financeira de mais alta importLnciaMe. >ei de resp fiscal, C4N decreto lei do regime anterior !ue foi recepcionado pela cf AA com eficcia d

    elei complementar2. sso dignifica !ue essa snromas estabelecem nroams gerais a respeito de!uest)esformais e maioriaias. Como as lc de%em ser apro%ada spor maioria absoluta do CN, se no6ou%er esse !u+rum ela ser formalmente in%alida. e ela no dispor sobre o conte$do pre determinadona CF, ela sera materialmente in%lida. E depois, temos as leis ordinrias, documento !ue tamb*mobser%am !uest)es de forma e de conte$do. E como elas criam obriga)es? 4odos os instuementosnormati%os secundrios M regulamento, decreto, protaria, ordem de ser%io, aprecer normati%o,isnturmento normati%o, consulta, tudo !ue %en6a do poder eecuti%o de%e eecutar o !ue st na lei,pro!ue entre a lei e os instrumentos secundrios tamb*m 6 uma 6ierar!uia material.

    Ento, !uais os problemas !ue surgem relati%amente a tudo isso?

    Caso: eiste o n"%el constitucional, e o n"%el infraconstitucional.Na redao original, art. -D/, a cf di9ia !ue compet e a 8 federal instituir contribui)es sobre faturamento.e tem uma empresa !ue %ende bicicleta a - reais, seu faturamente * -. e ela pega os - poe nobanco, gan6a - de (uros, a receita bruta dela * -. 5c fdi9ia !ue a unio federal tem compet;ncia parainstituir contribui)es sociais sobre faturamento. = uma regra de compet;ncia. 3 legislador da lei DG-APDAdisse !ue !ueria instituir uma contribuio sobre faturamente e o art. 1 disse !ue entendase contribuiocomo receita. 'ai %rios di9iam !ue era inconstitucional por ampliaram a base de calculo da cf. Ento, essalei * materialmente in%lida. 3 problema * !ue essa lei estabeleceu contribuio social. egundo o art.-/ da cf as contribui)es so pdoem ser eigidas D dias ap+s a sua edio. 3 go%erno detin6a a maioriado congresso, mudou a cf no art. -D/, e pasosu a ser faturamento ou receita, antes da lei comear a %igerfoi mudado seu fundamento de %alidade. 5 5^8 disse !ue o !ue importa * !ue ten6a fundamento de%alidade !uando for aplicad,a e os contribuintes disseram !ue * !uando foi editada. 3 caso c6ega no stf,primeira !uesto a ser discutida: ampliou ou no a base de calculo? 5inda est no stf, %ai e %olta nadeciso. E segunda !uesto, se ampliou a base de calculao mesmo assim * inconstitucional por!ue antesde entrar em %ig;ncia de... ? (a ou%imos falar de ilegalidade super%enicente mas no deinconstitucionalidadesuper%eniente. 4emos uma fonte !ue foi editada, um diploma, esse diploma tem !ueser formalmente %lido, ou se(a, a relao entre o dispositi%o e a norma superior , a relao entee odiposito% e o resultado de sua interpretao de%e produ9ir um resultado positi%o, se for negati%o o diploma* formalmente in%lido. egundo, o sentidoda norma -. FatB 1. Fat receita2 tem !ue ser materialmente%lido, ou se(a, tem !ue corresponder @ norma !ue est em cima a nroma do tempo - 1 ou O?2 se a

    norma inferiro no for compat"%el com a inferiro, temse in%alidade mateiral. e ela * materialmentein%alida ela no pode prouri efeitos, no pode ser aplicada e no ser efeti%a. 5 5^8 !uis di9er !ue,como no esta%a aplicada e %igente no tin6a problema. Quis le%ar a efeti%idade e aplicabilidade para o

    'aura (elena )eis

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    lado material. E o stf disse !ue !uando a fonte * editada precisamos saber se o seu conte$do *compat"%el com anroma !ue regula a sua produo. e for incompat"%el, inconstitucional por in%alidadematerial. e no nasceu com %ida, no %amos perguntar se o bebe %i engatin6ar e falar. + %amos fa9erisso se ele antes nasceu. Ento, !uest)es relacionadas @ aplicabilidade, efeti%idade e %ig;ncia soposteriores @ %alidade, e o stf declarou a inconstirucioanlidade da lei. E o argumento de !ue depois tin6a

    sido resol%ido o fundamento da %alidade no perdurou.

    3 prof usou o eemplo da!ui da faculdade: um dos alunos no %in6a, e o aluno foi mal na pro%a. Ele pediupara mudar a nota, di9endo !ue na 6ora da pro%a no sabia nad amas na da correo sabia. C %ersando sobre

    determinadas mat*rias. 3 legislador estabelece, sobre uma mat*ria no reser%ada @ >C, determinada!uesto. 3 legislador por emio de >C regula uma mat*ria no reser%ada @ CF por >C M ele podia ter feitopor >3 mas fe9 por >C. Essa >C * posteiromente re%ogada por uma >3. 7erguntas: pode uma >3 re%ogar uma >C relati%amente a uma mat*ria no reser%ada @ >C? Como res%ol%er essasituao?

    1DPA

    C, >3 einstrumentos normati%os secundrios, !ue concreti9am a!uilo !ue est disposto em lei. 8m dos pontosmuito importantes do 'F di9 respeito @ >C: p. e., a lei de responsabilidade fiscal, !ue regula como osgastos p$blicos de%em ser eecutados, * >CB o C4N, ainda !ue editado em -D00, foi recepcionado pelano%a CF com status de >C. Em -DD- ?2, foi institu"da uma iseno de contribui)es para escrit+rios dead%ocacia. Ento, os escrit+rios de ad%ocacia no precisa%am pagar determinado tributo, e isso foi

    estabelecido por >C, !ue foi re%ogada em -DD0 por >3. 'iante disso, pode uma >3 re%ogar a!uilo !ue foiestabelecido por >C? Quais os argumentos?

    'e um lado, uns sustentam !ue a re%ogao * in%lida, por!ue a >C seria 6ierar!uicamente superior @>3, em ra9o do !u+rum, pois a >C s+ pode ser apro%ada por maioria absoluta dos membros do CNmetade _ - de todos os membros do CN2, a >3 pode ser apro%ada por maioria simples metade _ - dospresentes2, sendo mais dif"cil apro%ar >C do !ue >3. endo assim a >C seria mais forte do !ue uma >3, e,por conseguinte, a >3 no poderia re%ogala. = da" !ue se tira a ideia de 6ierar!uia: em ra9o do !u+rum,a >C seria ` >3.

    5 pr+pria epresso >C seria uma lei !ue complementa @ CF, ficando a CF perto da >3 e longe da >3.

    Est correto esse pensamento? 5 !uesto era contro%ertida M o 4I editou s$mula di9endo !ue no era%lida, por*m o 4F decidiu diferentemente. 3 !ue precisamos saber relati%amente a isso * o seguinte:'aura (elena )eis 10

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    H 6ierar!uia entre >C e >3? 3 !ue * 6ierar!uia? 4emos duas !uest)es fundamentais em relao @6ierar!uia: eite 6ierar!uia formal, !uando uma fonte regula procedimento, forma, pela !ual outra fonteser editada M a fonte - estabelece re!uisitos procedimentais para !ue a fonte 1 se(a produ9ida, de modo!ue se a fonte 1 no for produ9ida conforme a fonte - estabelece, a fonte 1 ser formalmente in%lida.Hierar!uia formal * a relao de pressuposio de fontes, de forma !ue uma regula o modo como a outra

    ser produ9ida. Quando a fonte 1 no * produ9ida do modo como a fonte - estabelece, a fonte 1 *formalmente in%lida. 'e outro lado, eiste a 6ierar!uia material, no caso de uma fonte regular o conte$do,a mat*ria da fonte 1, de tal sorte !ue se a fonte 1 %ersar sobre mat*ria di%ersa ou %ersar sobre mat*ria demodo diferente ser materialmente in%lida. Hierar!uia material * a pressuposio de duas fontes, !uandouma estabelece o conte$do !ue a outra de%e ter. >ogo, s+ 6 6ierar!uia !uando 6ou%er essa relao, detal sorte !ue s+ tem 6ierar!uia !uando uma fica em cima e a outra fica embaio. Quando s+ tem uma, notem 6ierar!uia. 'iante disso se pergunta: !uando a CF reser%a uma fonte a uma determinada mat*ria, seoutra fonte regular, ela ser in%lida. e uma fonte di%ersa regular uma mat*ria !ue no precisa sereditada por meio da!uela fonte, ela %ale como. No caso, eiste uma >C !ue %ersou sobre mat*ria noreser%ada @ >C. Essa lei * introdu9ida no sistema com status de >3. E se ela entra no sistema como >3

    ela ob%iamente pode ser modificada por uma >3. 5ssim, o argumento democrtico * fal6o: -2 a relao de6ierar!uia material se d entre fontes %lidas M depois !ue eu %e(o se entrou pelo procedimento %lido, eu%e(o !ual a 6ierar!uia, se uma regula o conte$do da outra. 5 !uesto democrtica di9 respeito @ eist;nciada fonte, e no @ sua %alidade material. Em !ue n"%el se estabelece a !uesto da 6ierar!uia material? Emoutro plano. Quantos %otaram * algo !ue se apaga ap+s a %ig;ncia da lei. 12 como essa fonte se relacionacom as outras? 'a" eu %e(o se ela fica em coma ou embaio. 5 !uesto do !u+rum * algo !ue se esgotadepois da re%ogao. No podemos transpor um re!uisito de eist;ncia da fonte par ao plano da relaoentre as fontes, so duas coisas separadas. e entend;ssemos !ue se foi apro%ada como >C seriasempre recebida como >C estar"amos aceitando a alterao da CF sem ser por emenda. 5 cf di9 !ue olegislador ordinrio de%e regular a mat*ria 5. + !ue o CN entendeu apro%ar a mat*ria por uma >C M

    estariamsoa ceitando !ue a CF pdoeria ser modificada por uma >3, por*m s+ pode ser modificada poruma >C M o mero fato de !ue uma lei foi apro%ada com !u+rum de >C no a torna na 6ierar!uia das fontesuma >C. 3 Q8E 43#N5 8C 8C = E>5 4#545# 'E 3, se descumprir * formalmente in%alida.Hierar!uia mateirla: !uando a >C regula o conte$do da >3, se descumprir * materialmente in%lida. 3C4N * uma >3 !ue foi recepcionada pel CF como >C. Quando so estados apro%arem uam lei, p. e., nopodero estabelecer um pra9o de decad;ncia !ue no / anos, estabelecido no C4N. No poder 735'aura (elena )eis 11

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    estabelecer modos distintos de produo de cr*ditos tributrios !ue no se(am por declarao, oficio ou...por!ue esses so os modelos do CN4. EN453, o CN4 estabelece normas gerais, %lidas para todos osmunic"pios, estados e unio, tudo de maneira uniforme, para garantir a segurana dos +rgos estatais edos entendes federados.

    3 interessante * !ue isso nos mostra !ue uma >C pode ser editada como >C e %aler como >3 ou ooposto, caso do C4N M apro%ado como >3 e %lida como >C.

    4ema da aula de 6o(e:

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    c6ama de iseno. munidade * eclusao, por regra constitucional, do pode rde tributar realti%amente afatos,pessoas ou situa)es. 5 iseno ( * totalmente diferente. Eiste o poder, ele * eercido primeiro,mas %em uma segunda lei !ue elcui uma parte da 6ip+tese de incid;ncia pensar numa pi99a sem umafatia2 da regra de tributao, di9endo: isso a!ui no t tributado %enda de arro9 no #s no est tributado Mpodia tributar, tributou at*, mas %em uma lei di9endo !ue a %enda desse produto no est rib utado.

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    tamb*m M en%ol%e outras ati%idades !ue ela fa9, como estacionamento o din6eiro do estacionamento usapara mel6orar a isntituicao2 M no paga imposto de ser%io nem sobre a renda. Ento, 6 umainterpretao mais ampla. 4emplo de !ual!uer culto, no s+ igre(a como outros im+%eis !ue se(am usadosna mesma finalidade M salao paro!uial, im+%eis alugados a terceiros, e por fim os li%ros (ornais eperi+dicos M a (ursprudencia do stf, !ue * um pouco amb"gua, tem atribu"do sentido aos li%ros (ornais e

    periodcios final"stica, um pouco mais ampla. Ento, no !ue se refere a li%ros (ornais e peri+dicos surgiu, eo caso comeou a ser (ulgado 6a 1 semanas no supremo para decidir se li%ro eletrXnico * ou no li%ro parafins de imunidade. Est / . >i%ros, (ornais e peri+dicos e o papel destinado @ sua intimpressao. Ento, opapel impresso seria imune. No caso, os li%ros eletrXnicos so li%ros em outraforma. Esse caso mostracomo @s %e9es * dif"cil interpretar. 5 cf usa a epresso e o appel destinado a sua impresso disse !ue oli%ro seria de papel !uando di9 !ue o instrumento ser%e para manifestao de pensamento e deepressoa, de cultura , etc.

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    5us;ncia de compet;ncia do Estado relati%amente a algumas coisas ou algumas pessoas.munidade no sentido de incompet;ncia em relao a pessoas, fatos ou situa)es. 3 segundo assunto di9respeito @ isonomia, tanto dos particulares entre si !uanto dos entes federados entre si.

    A DA A3'A AADA&poderia uma lei ordinria re%ogar uma lei complementar anterioreditada, por*m, sobre uma mat*ria !ue a Constituio Federal no eigia a edio de lei complementar?7or trs dessa pergunta, eiste um fundamento a respeito do !ual precisamos con%ersar. 5 saber: eiste6ierar!uia entre as duas fontes? Com relao @s fontes en!uanto diplomas, temos, no 'ireito Financeiro,%rias: Constituio, emendas, leis complementares, leis ordinrias e instrumentos normati%os secundrios!ue concreti9am a!uilo !ue est disposto em lei. 8m dos pontos muito importantes no 'ireito Financeirodi9 respeito @ lei complementar. 7or eemplo, a >ei de #esponsabilidade Fiscal * uma lei complementar. 3C+digo 4ributrio Nacional, ainda !ue editado em -D00, foi recepcionado pela no%a CF com status de leicoplemnetar. 5 !uesto da lei complementar no direito rasileiro * um !uesta importante.

    Em -DD-, foi nsittuida uma iseno de contribui)es para aescritorios de ad%ocacia. Ento, osescrit+rios de ad%ocacia no precisa%a pagar determinado ributo, e isso foie stabelcdio por lei

    complementar, !ue em -DD0 foi re%ogada por uma lei ordinria. 'iante disso, pode uma leiordinariare%ogar a !uilo !ue foi estabelcedio por uma lie complementar? 'e um lado, eiste !!uele !ue sstentam!ue a re%ogso * in%alida. 7or !ue? 7or!ue a lei complementar seria 6ierar!uicamente superior @ leiordinria. Emr ao do !u+rum, en!uanto a lei complementar s+ pode ser pro%ada pela maioria absolutados membros do CN, ao passo !ue a lei ordinria pode ser apro%ada pela maioria simples, de tal sorte !uepara apro%ar uma lei complementar * mais dif"cil do !ue para uma lei ordinria, de modo !ue a leicomplementar seria uma lei complementar mais forte do !ue uma lei ordinria, e por conseguinte a leiordinria no poderia re%ogala * dai !ue se tira a ideia da 6ierar!uia, em ra9o do !u+rum, a leicmplementar seria superior @ lei ordinria.

    H cocne)es doutrianria no sentido de !ue a pr+pria epresso lei complementa seria uma lei !uecopemeta a consituti)a, ento estaria perto do constituio e distante da lei dordinaria. Em funo disso,

    no se poderia aceitar !ue uma lei apro%ada por mais gente pudesse re%ogar uma lei apro%ada por menosgente. Estaria correto esse entendimento? 3 4F c6egou a aeditara t* uma suula di9endo !ue a!uelare%ogao era ilegal tendo em %ista a 6ierar!uia entre lei complementa e lei ordinria. 3 caso foi para oupremo, !ue ecidiu diferente.

    3 !ue precisamos saber relati%amente a isso * o seguinte: foi perguntado se eiste 6ierar!uia entrelei complementar e lei ordinria. Eiste 6ierar!uia esttural, 6ierar!uia aiol+gica, etc. Eiste 6ierau!iaformal !uando uma fnte regula o prceidmento, a forma mediante a !ual outra fonte sera editada. Ento, afonte - estabeelce os re!uisitos procedimentais para !ue a fonte 1 se(a produ9ida, de tal sorte !ue se afonte 1 no for produ9ida a forma !ue a fonte - estabelce, a fonte 1 ser formalmente in%alida. Ento, a6ierar!uia formal * a relao de pressuposio de fontes d etal sorte !ue uma refgula a forma !ue a outra* produ9ida. 'e outro lado, eiste 6ierar!uia material no caos de uma fonte regular o conte$do, a materia,da fonte 1., de tal sorte !ue se a fonte 1 %ersar sobre mat*ria di%ersa ou %ersar sobre mat*ria de mododiferente, sera materialmente in%lida. 3 !ue * 6ierar!uia material? #elao de pressuposio de duasfontes !uando uma estabelece o conteuo !ue a outra de%e ter. logo, se percebe !ue s+ 6 6ierar!uia!uando 6ou%er essa relao, de tal sorte !ue s+ tem 6ierar!uia !uando uma fica em cima e a outra ficaembaio. Quando so tem uma, no tem 6ierar!uia. 'iante disso, se pergunta: !uando a cf resre%a aumafonte !ue tarta de determinada materia, se outra fonte regular, ela ser in%alida. e uma fonte di%ersaregular uma materia !ue no precisa ser editada por meo da!uela fonte, ela %ale como. Ento, no nossocaso eiste uma lei complementar !ue %ersou sobre materia no reser%ada lei compemnetar. Essa lei *introdu9ida no sistema com !ual statis na 6ierar!uia das fntes? Como lei ordinria. E se ela entra nosistema como lei ordinria, ela ob%iamente poe ser modificada como lei ordinria. 3 argumentodemocrtico * fal6o, em primeiro lugar por!ue a relao de 6ierar!uia material se d entre fontes %alidas,

    depois !ue eu %e( se entrou epelo procedimento ade!udo, eu %e(o !ual * a 6ierar!uia. 5 !uestodemocrtica di9 respeito @ eist;ncia da fonte, e no sua %alidade material. !uantos %otaram * algo !uese apaga depois da apro%ao da lei. Ela ntrou com o !u+rum ade!uado? e entrou, %ou depois sabercomo essa fonte se relaciona com as outras, e a" %ou %er se uma fica em cima e outra fica amebaio. 5

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    !uestoa do !u+rum * algo !ue se esgota depois da apro%ao. No podemos transpor um re!uisito deeistecia da fonte para o plano de relao entre as fontes.

    e n+s entend;ssemos nos entido se !ue sendo apro%ada como lei complementar sempre %aleriacomo lei complementar, estar"amos aceitando a mudana da cf sem ser por emenda. 5 cf atribui cpetencia

    para o legislador ordinrio regular certa materia. + !ue o cn, apesar de no precisr regular a materia porlei complementa, decide fa9elo. Ento, indiretamente, estar"amos aceitando !ue a cf poderia ser mudadapor uma lei complementar, e ela s+ pode ser mudada por emenda. Em outras pala%ras, um mero fato de!ue uma lei foi apro%ada com !u+rum de lei complementar no a torna na 6ierar!uia das fontes uma leicomplementar. 3 !ue torna uma lei complementa * ela %ersar sobre mat*ria reser%ada a lei complementarpela cf e ter sido apro%ada pelos re!uisitos pre%istos. 3 upremo alegou !ue no 6 6ierar!uia necessriaentre as fontes. + 6a%eria !uando a lei complementar %ersar sobre a forma ou o conte$do da lei ordinria.

    3 upremo, na 5'N n -, ( tin6a, nos %otos, entendido !ue no 6 6ierar!uia necessria entre asfontes. No entanto, o 4I comeou a entender de maneira di%ersa e comeou (ulgar fa%ora%elmente essesprocessos para os grandes escrit+rios. 5 35& entrou com uma ao direta e o supremo, seguindo seuentendimento antigo, sustentou !ue os escrit+rios de ad%ocacia no tin6am ra9o. H 6ierar!uia formal

    !uando a lei complementar regula procedimento de apro%ao da lei ordinria. e descumprir, *formalmente in%alida. E 6ierar!uia material !uando a lei complementar regula o conte$do da lei ordinria.

    3 C4N * uma lei complementar !ue estabelece normas gerais, !ue %o %aler para todos os entesfederados, tudo de maneira uniforme, para garantir a segurana no s+ dos particulares em face dos+rgos estatais como dos entes federados entre si. sso tudo nos mostra !ue uma lei complementar podeser editada como complementar e %aler como ordinria ou o oposto.

    5s imunidades di9em respeito falta de compet;ncia dos entes federados relati%amente a fatos,situa)es ou pessoas !ue a CF !ualifica como sendo dignas de proteo. 5 CF, por eemplo, estabelece!ue os li%ros, (ornais e peri+dicos no podem ser ob(eto de tributao. 5 mesma CF estabelece !ue osentes federados no podem se tributar reciprocamente, isto *, a 8nio no pode tributar os estados e os

    munic"pios, por!ue a CF estabelece o principio federati%o. 7arte desse princ"pio di9 respeito autonomiafinanceira administrati%a, de tal sorte !ue se um ente federado pudesse tributar outro ente federado, elesno triam autonomia entre si. e a CF com uma mo estabelece o principio federati%o !ue pressup)eautonomia financeir, no pode com a outra mo isnitutir tributos de outros entes federados. 'a mesmaforma, a CF rotege a solidariedade social, ento no pode permitir !ue a 8nio Federal tribute por meio decontribui)es sociais as entidades filantr+picas. E assim eistem %rios eemplos.

    3 !ue * a imunidade? munidade seria a ecluso do poder de tributar pela CF relati%amente adeterminados fatos, pessoas ou situa)es. munidade * uma regra de incompet;ncia, ou uma regraconsittucionla !ue eclui o poder de tributar relati%amente a fatos, pessoas ou situa)es.

    Qual a diferena da imunidade relati%amente a outros fenXmenos? 3 efeito da imunidade * !ue oestado no pode tributar li%ros, (ornais e peri+dicos, institui)es de educao !ue ten6am finalidade noeducati%a, outros entes federados, incluindo autar!uias e funda)es, igre(as e templos de !ual!uer culto eassim outros eemplos2. 5!ui, temos como se a imunidade ti%esse algumas irms ou primas !ue so muitoparecidas com ela, e !ue causam no ponto de %ista prtico uma serie de problemas. H um es!uema,di%idindo a discusso em dois blocos: eiste uma parte da CF !ue atribui poder e eiste uma outra parteda CF !ue eclui o poder de tributar. Na parte !ue a CF por meio de regras eclui o poder de tributar, no6 esse poder, ento ali temos as imunidades. 5 8nio, os estados e os munic"pios no podem tributar osli%ros, (ornais e peri+dicos, igre(as e entidades de !ual!uer culto, etc. 5 CF, toda%ia, atribui poder por meiode regras. Esse poder, toda%ia, de%e ser eercido, e como se eerce o poder de tributar? 7or meio de lei.4endo sido atribu"do o poder, ele de%e ser eercido. Como * eercido? 7or meio de lei. Essa lei de%edemarcar !uais os fatos e situa)es !ue sero tributados. 3 !ue ficar dentro, di9emos !ue * incid;ncia, e

    o !ue ficar fora * no incid;ncia pura e simples. 7ode acontecer !ue o legislador tribute, por eemplo, amo%imentao financeira, e %em uma segunda lei e di9 !ue a mo%imentao financeira na bolsa de %aloresno esta tributada. 5!ui, ento, * o !ue se c6ama de iseno.

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    munidade * ecluso, por regra constitucional, do poder de tributar em relao a fatos, pessoas ousitua)es. 5 iseno ( * diferente. Eiste o poder, ele * eercido primeiro, mas %em uma segunda lei !ueeclui uma parcela da 6ip+tese de incid;ncia da regra de tributao, di9endo isso a!ui no est tributadoS.Ento, esta ecluso da 6ip+tese de incid;ncia da regra legal de tributao num abito em !ue 6 poder * o!ue denomina de iseno. Ento, imunidade e iseno no tem nada a %er uma com a outra.

    Caso: as entidades de educao e assist;ncia social no paga%am contribui)es sociais. 4in6auma lei di9endo !ue no era pra pagar, !ue l pelas tantas foi re%ogada. 5 8nio Federal disse !ue tin6a!ue comear a pagar, e as entidades de educao disseram !ue eram imunes. E a" comeou a discussose seriam ou no imunes. 3 G do artigo -D/ da CF di9 !ue so isentas das contribui)es sociais asentidades de educao. Ento, era preciso saber em !ual dos dois sentidos elas seriam isentas. 3supremo disse !ue onde di9 isentas era, na %erdade, so imunes. 'e maneira !ue a!uela lei apenas di9iao !ue ( esta%a dito pela CF, ento se ela foi re%ogada ou no pouco importa%a. 5s entidades de educaopri%adas aumentaram as mensalidades em %irtude de a lei ser re%ogada, mas, no entanto, nunca baiaramdepois de terem decidido !ue se trata%a de uma imunidade.

    seno, imunidade esto em planos diferentes, e no plano da lei temos outras coisas: anistia

    perdo de penalidade2, remisso remisso de cr*dito constitu"do2, al"!uota 9ero.

    Coo so interpretadas as imunidades? Em relao @ (urisprud;ncia do 4F, a interpretao !ue o4F d aos dispositi%os referentes @s imunidades * uma interpretao teleol+gica, de algum modointerpretam esses dispositi%os de modo mais elstico do !ue fa9 em relao @s normas de compet;ncia.Com relao @s imunidades, o tipo de intepretao dada pelo 4F * di%ersa. 5s imunidades principaispostas no artigo -/ so as seguintes:

    munidade reciproca: os entes federados no podem se tributar reciprocamente. Caso clssico: o7

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    7rimieor pnto e definir comos e d a relao de igualdade. 3 !ue signficiaigualdade? gualdade * umconceito de relao entre dosi su(eitos com base num crit*rio !ue decorre de um fim. = uma relao entredosi su(eitos com base em um crit*rio, pois as pessoas so iguais ou diferentes com relao a algumacoisa. H os mais baios e os maisl altos, os mais (o%ens e os mais %el6os, osmais ricos e os mais pobres.Ento, sempre !ue compraramos, temos !ue comparar com base em um crit*rio. 3 problema comea

    !uando nos damos conta !ue as pessoas so igausi ou diferentes em ra9o de um crit*rio, masempregamos crit*rios para atingir um fim. 7or !ue alguns crit*rios so arbitarios e outros so ra9o%eis?

    5s pessoas so iguais ou diferentes em relao ao seo. 5lguns so 6omens e outras so mul6eres.

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    incide C

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    (udicairo no * unifrme,d epende de determinadas %aria)es: s %e9es sera maior e as %e9es ser menos.4udo depende do !ue o (udiciarioesta fa9endo. No !ue se refere polticas publias de sa$de, no 6 umconsenso, mas 6 uma grande critica do eame casual !ue * feito, com ani!uilao da (ustia geral. No!ue se refere @ (urisprud;ncia do 4F, eiste essa (urispduencia tradicional.

    Aula /I Dia 12.0.20147#NCh73 '5 54['5'E FN5NCE#5 '3 '#E43 FN5NCE#3

    4emos %rios prncipios, e a rigor, se fossemos analisalos separadamente e em profundidade,precisar"amos de mais tempo. 'ado o arater introdut+rio d nossa disiclina, esses prnicpios ero tratadosde maneira compacta, ressaltandose a!uilo !ue * mais importante. [amos di%idir os prncipios entre osprinciios !ue di9em respeito a como as obriga)es tributarias ou a ati%idade financeira do estado de%e serdesmpan6ada, princ"pios !ue di9em respito ao aspecto temporal !uando a ati%idade financeira do estadode%e ser reali9ada2, princ"pios !ue di9em respeito ao ob(eto da atuao ou com base em !ue crterios essaatuao de%e ser desempen6ada, princ"pios !ue di9em respeito @ medida atuao ou aos limites m"nimosou mimos dessa atuao.

    E^5>'5'E'E['3 7#3CE3 >E^5> relati%amente @ ati%idade procedimenta, e processual da administrao.

    12

    5N4E#3#'5'E regra de acorod com a !ual para cobrar um tributo num eerc"cio a lei !ue ti%erinsituido ou aumentado de%e ter sido editada noe ercicio anteror !uando for imposto ou at* / dias antes!uando for contribuio social.##E4#354['5'E assume %arias fei)es2

    O2

    ^85>'5'EC575C'5'E C3N4#&84[5

    2

    7#373#C3N5>'5'E#535&>'5'E7#3&3 'E EYCE3

    5l*m desses, 6 outros, mas por anguia d etempo, sero tratados esses, !ue parecem mais importantes,de modo !ue possamos compreender.

    Como de%e ser eercda a ati%idade . de acrod com a cf, /, s+ se pode ...2. o estado s+ pode fa9er a!uilo!ue se(a permitido e o particular s+ no pode fa9er a!uilo !ue este(a proibido. 7or tars dessa afirmao, 6

    a ideia de !ue as copetencia spra retsiro de igualdade, propriedade e liberdade de%em estar pre%istasemlei, no apenas no sentido de !ue de%e 6a%er uma lei, mas no sentido de !ue a atuao estatal de%aestar baseada numa lei. 'ai !ue se fa9 uma distino oriunda do direito alemo de atuao cpor meio delei e atuao com base na lei.

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    >E^5>'5'E. 3 prncipio da legalidade est especificado tanto no ponto geral art. /2 como estano artigo OG com prncipi geral da administrao publico e esta no artigo -/, . com isso !uerse di%er !ueno apena de%e 6a%er uma re%iso legal por meo de lei, mas * a pr+pria lei !ue de%e especificar asobriga)es !ue sero impostas. No basta uma lei !e delegue a insitio de obig)es. Ela mesma de%e

    conter os elementos das obriga)es. 5 legalidade, no Lmbito do direito financeiro, significa, tamb*m, al*mde legalidade formal, por meio de lei, tamb*m legalidade material, com base na lei, no sentido de !ue a leide%e ter densidade normati%a al !ue os particulares de%em se rrientads com base na pr+pria lei, e noisntruento notmari%o ssecundarios. 5 legalidade material, !ue * essa eig;ncia de dtermnao suficnetdadas 6ip+teses normati%as, * normalmente tratada no '4 como principio da tipicidade, !ue se fossemosin%stigar com mais rigor, de%eria ser tratado com outro nome.

    5 pr+pria lei de%e ter uma densidade normati%a suficiente para guair o comportamente doparticulares. Como conse!u;ncia disso, no Lmbito do '4, as leis de%em ter al"!uota na base de claculo,fato gerador e su(eitos. em esses elementos, * imposs"%el !ue os seus particulares possam guiar seucomportamnet com base no lei. sso representa !ue nos eia dmite no direito financeiro delegaonormati%aB a lei no pode se isnituida e passar a bola para o regulamento definir. = a pr+pria lei !ue de%e

    fa9elo. 'ai se di9er !ue os princ"pios da legalidade formla e material implicam a proibio de delegaonormati%a, !ue, pro sua %e9, implcia, a proibio de edi)a de regulamentos autXnomos, independetes ede urg;ncia. #egulamento autXnomo * a!uele !ue, emnroa baseado na lei, dela se desprende, e tem porsiso poder para isnittuir obriga)es autonomoas. #egulamento independet * a!uele !ue surge independetda lei. Nasce paralemnate e de maneira des%incuada da lei. Esses odis dtipso de regulamento no dt noso permitidos. 7or isso se con(uga no Lmbito da legalidade a pre%iso geral com o art. OG e com o inciso[ do artigo A. e os regulamentos ser%em para dar fiel eecuo lei, no podem ser isnituidosregulamento nemautonomos, nem inependetes e nem os regulamentos de urg;ncia,a!ueles !ue em raode uma situao etraoridnaria fariam surgir uma compet;ncia separda das ocmpetencias isnituidas porlei. sso no Lmbito administrati%o.

    5 legalidade tamb*m tem conse!u;ncias com relao ati%idade de interpretao. Como

    meiconado, como * a prorpia lei !ue de%e isntuir as obrigaoes inanceira e tributarias, isso tar9repercuss)es, no apenas no !ue se refere ao !ue de%e conter a lei, como tamb*m 6 refleos indiretosdo ponto de %ista da itrepretao, posi se a proria lei de%e definir, * o legislador !ue de%e isnitutir ouaumentar obriga)es tributarias. sso pode ser didatcmanete eicado de maneira sucinta da seguinteforma: no se admite para criar obrigaeos triutaria o uso da analodia e, para alguns autoreas, ns eadmite inpretraao restriti%a etensi%a. 3r !ue isso? 5 analogia signficia rgorosamnete o seguinte: eisteuma lei, %amos supor lei 5, essa lei 5 regula o caso 5B eit toda%ia o caso & para o !ual o 6 pre%isonormati%a. 3 intrpete, sobe alegao e !ue o caso & * igal ao 5, estende a cooseu!nci anormati%apre%ista para o 5 tamb*m para o &, para o !ual no 6 norma epressa. sso signficia uma forma idnretade criar uma obrigao sem lei. E por !ue? 7or!ue para o caso & no 6 uma lei. Ento o interpete nopode estender ocnseu!ucnai pre%ista spara o caso em !ue no pre%iso ormati%a, po!ue assim fa9endoacaba criando obrigao sem lei. e no 6 lei, no pode 6a%er criao para essa obrigao. 7or isso !ueele no pode criar normas po meio de interpetao de teto ou integrao de lacnas.

    Eiste uma figura dffernete !ue * a interpetao etensi%a. Eiste uma lei !ue contem uma6ip+tese de cnidencia, !ue * assim: as regras possuem tamb*m um fundamento. 7or %e9es, interpretandoa 6ip+tese de uma rgera com base no seu fundamento, podese c6egar a concluso de duas formas: ou!ue a 6ip+tese esta muito ampla em elaoa ao fundamento, e enta o interete fa9 uma restriotelegologica, como pode fa9r o in%erso, entender !ue com base no fundamento a 6ip+tese de incid;ncia *muito retrita e !ue de%e ser alargada, ento fa9 uma itrpetao etensi%a. = o caso mencionado : *proi%ida a entrada de ces. C6ega o su(eito com um labrado guia de cego. [e(asse !ue no * todo co,apenas os perigosos. Ent, eu tiro uma parte da 6ip+tese, fo restrio telegoligoca. C6ega o su(eito com ourso, ento eu aumento a 6ip+tese paa pegar casos no pre%istos no setido geral. Ento, pode no direito

    financeio 6a%er intreptao etensi%a de 6ip+teses? Ela no * a mesma coisa !ue ntereptao anal+gica.'outrinariamente se critica isso, mas (urisprudencialmente podese di9er !ue o 4I e o 4F admitemintrrpretao etensi%a no Lmbito do direito financeiro.

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    7or !ue poderia e por !ue no poderia? sso traria insegurana. 3 principio da segurana (ur"dica *bastante amplo, tem %arias dimens)es e dentro delas %rios aspectos, e um deles di9 respeito pre%isibilidade da atuao estatal, de tal sorte !ue se admitirmos tanto a interpetao anal+gica !uanto aetensi%a, os particulares podem ser surpreendidos com obrgaoes triutaria n pe%stas no sentidopreliminar das 6ip+teses normati%as, fa9endo com !ue 6(e os particulares no possam pre%er as

    conse!u;ncias (ur"dicas dos aos praticados 6o(e. e ocnectamso esse princ"pios com outrossubprinc"pios, ter"amos um sigficado diferente para legalidade, !ue tamb*m seria um subprinciiod asegurana a coibir a impre%isibilidade. Ento no poderimaos permitir obriga)es tributaria !uer poranalogia !uer por intepretao etensi%a retsrii%a.

    No Lmbito procedimental e processual, tofa ati%idade de fiscali9ao, !uer do ponto de %istafinanceiro, como tamb*m no! eu se refere a ati%idade etritamente tributaria d efisclai9ao de tributos,instituio de arrcedao, esse pincipio do dei%od processo legal * muito importante. Ele * umsobreprncipio do !ual deocrrem alguns subprincipis, (ui9 natural, imparcial, neutro e isentio, contradit+rio,ampla defesa, proibio de utili9ao de pro%a ilcita e fundamentao anal"tica das decisoes e dos atosadministarti%os. 3 importante e entender ocmo funciona um principio como esse.toda %e9 !ue o particularpuder ser surpreendido relati%amente @ defesa dos seus direitos, ele de%era ter meios de defesa, no

    sentido de !ue de%er poder se manifestar e ter a sua manifestao efeti%amente considerada por meio deuma (ustificati%a minimanete ade!uada. Ento, se lermos a cf, no %amso encontrar nen6um teto !uediga respeito de%e de atribuir %ista a parte contarria !uando se 6ulga documento no% !uer noprocedimento !ue no processo admnistarti%o. Entretanto, se (utando esse documento no%o e puderinfluenciar no resultado fial do prcesso, a arte estar sendo pre(udicada. 7or isso, ela de%e ter acess aodocumento, de%e ter direito de se maniestar e ter sua manifestaocosnderada pelo (ulgador. 3 prinicpioa(uda a interpetar o !ue foi psto, tirar o !ue foi posto e colocar o !ue no foi psoto, e isso, do ponto de%ista da atuao estatal, * absolutamente impresicndi%el. e no 6ou%esse o de%ido processo legal, ascoisas seriama inda piores.

    N3#54[5

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    atuao estatal, e os detal6es formais, como !ue 6 um no%o impacto, so irrele%antes, e o !ue *rele%ante * !ue o su(eito ter !ue pagar mais, e isso causa uma modicia restri%ia da reali9ao dos seusdireitos fundamentis de !uantidade de liberdade. 3 4F tin6a e ainda tem uma deciso di9endo !ue are%ogao no meio do eerccio permite cobrana imediata. Ento, o stf muitas %e9es %ai para o ladomermente formal. Ento, o !ue parece mais ade!uado e saber para !ue ser%e os princ"pios. Ento, se *

    para garantir pre%isibilidade, naturalmente, se esta%a tudo pre%isto at* a data ...2. isso %ale tanto para oeerccio !uanto para D dias.

    5 ##E4#354['5'E tamb*m parece fcil, mas no o * de acorod com o modo !ue oanalisamos. ignifica proibio de retroao. #etroao * eficcia para tras. 5 !uesto toda * !e eistemno caso da irretroati%ade os casos fceis, os dif"ceis e os trgicos. 3s fceis so assim: imaginemos !ueeiste uma lei e em %irtude dessa lei eiste passado e futuro. [amos imaganr !ue tena 6a%ido no passadoum fato e !ue ten6a sido omplementada a conse!u;ncia. 3 su(eito tin6a !ue se aposentar com O anos,conseguiu os O anos e implementou a posentadoria. E a" %em uma no%a lei no futuro e muda de O anosde aposentadoria para O/, pega o !ue se aposentou? No. 7or !ue no pega? 7or!ue fa9er dessa formaseria aplicar retroati%amente essa no%a lei, !ue no pode atingir fatos geradores ocorridos antes do incioda sua %ig;ncia, por!ue isso seria retroagir. E ai pdoeriamos pegar tanto casos de direito administrati%o,

    !ue seriam !ualificados como direito ad!uirido art. /2, como no dt fatos geradores ocorridos2. sso * o!ue se c6ama de retroati%idade genu"na, pelos alemes2. 5 nossa CF, noa rtigo -/, , a, di9 !ue *%edade T...U. por !ue * um caso facl? 7or!ue pode acontecer duas coisas: pode acontecer !ue uma partedo fato ocorra no passado, uma parte ocorra no futuro e a cosne!uencia opere no fuuto e tamb*m podeacontecer !ue o fato ocorra no passado e a conse!u;ncia no ftutor. sto *, nno podese di9er !ue tudoococre antes da leiB alguma coisa ficou para depois, e isso fa9 co !ue surJ(a a indagaos e se psosa!ulificar essas duas 6ip+teses como retroati%adeB alguns c6amam de restrospeti%idade ou retroaiti%adeno genu"na ou impropria. No Lmbito do '4, caso clssico (ulgado pelo stf, contriubo social sobre o lucroli!uido, aumento da ali!uita em agosto. 'e (aneiro ate o final do eercic a al"!uota era A. 'a" se passou ater a no%a al"!uota de -. 7ara o final do eerccio? 7ara o eercio seguinte? 3u desde o incio do pr+imoeercico? Ento, o raccnio do stf * !ue s epode mudar as regras do (ogo at* o final da partida. Ento,como entende !ue o fato s+ ocorre no futuro, !uando se completa, segundo o stf, no seria retroao, e

    seria prmiido. 3 professor acredita !ue a irretrai%iade * um supricnpio da segurana e de%e garantirpre%isibilidade da autao estatal. e o su(eito comea o eerccio ac6ando !ue * A e se programa paraisso, e %em um no%o regulamento e di9 !ue * -. Ento, no final do (ogo as regras so mudadas. 3professor ac6a !ue o supremo erra profundamente ao permitir esse tipo de ati%idade.

    H uma ultima 6ip+tese, em !ue a causa esta no passado, o fato e a conse!u;ncia esto no futuro.Em -DD, -DD/, o 7residente da #ep$blica edita um decreto !ue com base no

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    tratadndo a todos como ob(etos, pois estanos sendo submetidoa a uma esocl6a forada, pois a conduta *irre%ers"%el, no podemos %oltar no tempo e c6egar @s G:O. sso significa restrio @ li%erdade, e aconduta !ue rpe%iamos e !ue assumimos %ai ser trocada arbitrariamente. sso implica %iolao no s+ aliberdade, como @ dignidade. 5o tratar a gente dessa forma, ele termina %iolando a legalidade. >egalidade* a eig;ncia d esnituio de obriga)es gerais e abstratas para uma classe de pessoas, no * para e

    V,mas para todo a!uele !ue, para uma classe indeterminada de pessoas e de situa)es. 4odo a!uele !uefre!uenta a aula de direito triburatio c6egara gan6ar apr]nea. e ele aplcia retroati%amente, como elesae !uem c6egou s G:O, ele esta aplicando relati%manete a pessoas !ue con6ece e a fatos coorrdios!ue conece. Ento ele esta tornando um regra !ue de%eria ser geral a uma norma indi%idual ara algumaspessoa ss+, e para situa)es dteemrinadas em !ue as pessoas c6egaram s A6. e o professor, nessamodalidade, sabe para !uem as conse!u;ncia ssero implementadas por!ue os ats ( ocorreram.

    No (ulgamento da fic6a limpa, decidiram se ela seria aplicada nas elei)es ( reali9adas, e ao fa9erdessa forma, pessoali9ase a aplicao. e o aplicao pdoer decidir ara !uem aplicar a e como aplicar,temos %iolao da li%erdade e da dignidade e da legalidade, e da igualdade, por!ue todos est%amos nasmesma situao rlati%manete @ norma, sbaiamos !ue tin6amso !ue c6egar as A6, e agora %amos ertraatdos com o crit*rio da casualidade. sso *, toos na mesma situao tratados e maneira sifernete com

    bae em um crit*rio co base em umc rterio !ue no cone6cimaos.

    3 problema no * saber se o fato aocnetecu ou no aconteceu, mas se a condta ser ou noalterada depois !ue ela se tornou irre%ers"%el. Estamos falando de legalidade, moralidade, confinaa,liberdade, dignidade. 5t* mesmo norma idutora tem efeito retsati%o, por!ue o emsmo su(eito !ue %aipraticar estilmula o su(eito a fa9er e depois !ue foi praticado ele muda a conse!u;ncia.

    3 4F s+ pro"be a primeira 6ip+tese, em !ue a causa est no passado e a conse!u;ncia no futuro.5s outras so permitidas.

    ^85>'5'E, %ista na aula passada. E a capacidade constributi%a * um crit*rio cm base naigualdade, como na aula passada.

    Faltam os outros princ"pios, !ue ficam para uma aula segunte.

    7#3[5: tr;s ou !uatro perguntas, casos, de umas de9 lin6as, um espao pe!ueno para cada uma,uma %aler !uatro e s outras duas tr;s. 7ode ser usada a CF, e o tema %ai at* a aula de 6o(e.