rsa no setor financeiro - painel 2: gustavo pimentel, sitawi finanças do bem

ContribuiçõesApoio financeiroRealização

Setembro/2016

Sumário da Publicação

I Introdução

II Gestão socioambiental em instituições financeiras

III Gestão socioambiental no BNDES

IV Caminhos da Responsabilidade socioambiental no BNDES

Caminhos da Responsabilidade Socioambiental do BNDES

Por que analisar as políticas e práticas socioambientais do BNDES?

4

> Uma das maiores instituições financeiras de desenvolvimento do mundo: +R$ 800 bi

desembolsados em 2011-15

> Tem como missão “promover o desenvolvimento sustentável”, contemplando em seus

valores a promoção da “sustentabilidade econômica e socioambiental em todas as

atividades”

> Papel indutor no setor produtivo: Pelo volume dos investimentos e complexidade da

carteira de produtos, o banco tem impacto indireto relevante na sociedade. Seus requisitos

socioambientais se refletem em melhores práticas dos clientes.

> Papel indutor no setor financeiro: pela sua relevância política e estratégica como instituição

pública de desenvolvimento e sua operação em parceria com outras instituições financeiras, o

banco tem papel indutor nas práticas do setor financeiro


I Introdução

Dessa forma, o estudo pode despertar o interesse de diferentes grupos de interesse

5Caminhos da Responsabilidade Socioambiental do BNDES

I Introdução

Dessa forma, o estudo pode despertar o interesse de diferentes grupos de interesse


I Introdução

A criação de instrumentos de IFs para gestão do risco socioambiental remonta ao histórico do Banco Mundial

10

II Gestão socioambiental em instituições financeiras

Anos 80 e 90:

Desenvolvimento de

salvaguardas

socioambientais temáticas (1)

1983: Primeira

guia operacional

ambiental do

Banco Mundial

(1983)

1998: Políticas de

Salvaguardas

Socioambientais e

Política de

Divulgação de

Informações

2006: Política de

Sustentabilidade,

nova Política de

Divulgação de

Informações e

criação das

Normas de

Desempenho para

avaliar empresas

(1) Exemplos de temas: avaliação de impacto ambiental, habitats naturais, reassentamento involuntário

1980 1990 2000 2010

2012: Revisão das

políticas e das

normas de

desempenho


GESTÃO

SOCIOAMBIENTAL

NO BNDES

A PRSA dialoga com outras políticas do banco que contemplam aspectos socioambientais

17

III Gestão socioambiental no BNDES – Conjunto de instrumentos


Como outras IFs, o conjunto de instrumentos do BNDES tem 4 dimensões

18

Critérios

socioambientais para

apoio financeiro

Categorização de risco

socioambiental

Critérios e diretrizes

setoriais

Análise socioambiental das operações

Monitoramento das operações

Monitoramento do risco socioambiental da carteira

Finem Eficiência Energética

Fundo Clima

Restauração Ecológica

Desenvolvimento de

produtosSoluções financeiras para que clientes implementem

projetos de impacto socioambiental positivo

Inventário de gases efeito

estufa

Política de Compras

Sustentáveis

Administrativa

Inclusão de boas práticas socioambientais nas

atividades administrativas do banco, onde o impacto

socioambiental físico é direto.

Portal BNDES

Transparente

Iniciativa PNUMA para IFs

Institucional

Posicionamento do banco frente à sociedade:

• Transparência de investimentos/produtos e práticas

• Participação em fóruns e iniciativas com parceiros


O que contemplamDimensões Exemplos no BNDES

Na dimensão transacional, o banco dispõe dos seguintes instrumentos

19


> Guias Setoriais, com a identificação de impactos (apenas para 4 setores: água e esgoto,

pecuária bovina, sucroenergético e soja)

> Políticas Setoriais, com riscos identificados e diretrizes para análise de operações

(apenas para o setor de mineração)

> Diretrizes e Critérios Socioambientais, com exigências de requisitos mínimos (apenas

para 3 setores: pecuária bovina, sucroalcooleiro e geração termoelétrica)

> Metodologia de Avaliação de Empresas, que incorpora à análise de crédito das

empresas ativos socioambientais, entre outros intangíveis

> Política de Atuação no Apoio ao Desenvolvimento Regional e Territorial, que traz

diretrizes para que seja analisado o impacto das operações no desenvolvimento local

> Subcrédito social, pelo qual são disponibilizados recursos para iniciativas de impacto

social positivo desenvolvidas pelo cliente após recomendação do banco

TR

AN

SV

ER

SA

ISS

ET

OR

IAIS

CAMINHOS DA

RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL

DO BNDES

A gestão socioambiental no banco está em revisão

29

IV Caminhos da responsabilidade socioambiental do BNDES

Pilares no BNDES

Conformidade

Risco

Promoção do desenvolvimento

Resultado de demandas externas e também de evolução

interna

O Plano Plurianual da PRSA tem ações previstas em cinco frentes de trabalho

30

Plano Plurianual

de Implementação e

Monitoramento

da PRSA

1. Alinhamento Estratégico e Gestão da

Implementação da PRSA

2. Diálogo e prestação de contas

3. Atuação finalística

4. Liderança, Cultura e Aprendizado

5. Administrativo-organizacional

Curto Médio LongoFASES

Datas limite de início

previstas1º Sem. 2015 1º Sem. 2016 2º Sem. 2016

Comitê de

Sustentabilidade

Socioambiental

MONITORAMENTO

(1) Antes do 2º sem/16, era secretariado pela AP.


Essa revisão foi estruturada pelo CSS demandando envolvimento de níveis de liderança

31

Frentes:

1. Alinhamento Estratégico e Gestão da

Implementação

2. Diálogo e prestação de contas

3. Atuação finalística

4. Liderança, Cultura e Aprendizado

5. Administrativo-organizacional1

1

1

2

2

Assessoria, Ouvidoria e

Dpto. Divulgação (DEDIV)

3

3

3

3

3 3 3

3

3

3

3

4 4

1 2 3 4

5

5

5

3

3

3

22


Esse momento traz uma análise que destaca oportunidades de evolução

32


Revisão da PRSA em curso

Engajamento de níveis de

liderança e governança validada

com o CSS

Demandas estruturadas da

sociedade civil

Oportunidade e papel de

liderança no setor, em momento

de destaque da agenda

socioambiental

14 propostas para a gestão

socioambiental do banco

As seguintes oportunidades foram identificadas (1/2)

33

Com relação a... Oportunidades

Alinhamento

estratégico e

Gestão da

Implementação

Revisão do conjunto de instrumentos de gestão socioambiental

Integração do conceito de risco socioambiental às demais modalidades de risco

Revisão de funções e responsabilidades no sistema de gestão socioambiental

Diálogo e Prestação

de contas

Acompanhamento da implementação da PRSA por partes interessadas

Evolução da transparência ativa

Revisão do mecanismo de ouvidoria do banco



As seguintes oportunidades foram identificadas (2/2)

34

Com relação a... Oportunidades

Atuação finalística

Criação de uma unidade de análise de risco socioambiental independente das áreas

operacionais, com influência no processo decisório

Modularização dos questionários socioambientais

Definição de diferentes salvaguardas para diferentes níveis de risco socioambiental

Alinhamento aos Princípios do Equador

Clareza sobre condições socioambientais para suspensão de desembolsos

Implementar Avaliação de Impactos Cumulativos

Aprimoramento do subcrédito social

Liderança, Cultura e

AprendizadoAprofundamento da capacitação dos técnicos e lideranças



Com relação ao alinhamento estratégico e gestão da implementação (1/2)

35

Revisão do conjunto de instrumentos de

gestão socioambiental

Políticas específicas para temas e setores de

maior sensibilidade e onde o banco é mais

ativo [como a de Mineração, recém lançada]


Ações

> Articulação entre as A.O. com

expertise de atuação em cada setor +

AMA + DEPRI

> Identificação de elementos de

sucesso em instrumentos prévios (ex:

Diretrizes para Pecuária bovina)

> Consulta a OSCs com histórico de

engajamento

Integração do conceito de risco

socioambiental às demais modalidades

Considerar na análise individual dos projetos

(e na análise da carteira), o impacto do risco

socioambiental

Ações

> Extensão da MAE para projetos,

impactando seu risco

> Utilização de indicadores

socioambientais para monitorar

exposição

* Essa é uma das iniciativas já

contempladas no Plano Plurianual.

Com relação ao alinhamento estratégico e gestão da implementação (2/2)

36


Revisão de funções e

responsabilidades no sistema de

gestão socioambiental

Repensar estrutura de governança

Ações

> Concentração das funções

transversais de gestão

socioambiental em áreas não

operacionais

Área não-

operacional

INSTRUMEN-

TOS

E GESTÃO

AMA

(operacional)

PRODUTOS

“VERDES”

Unidade de Risco

Socioambiental

(não-operacional)

TRANSACIONAL

Área não-operacional

INSTITUCIONAL

SUPERVISÃO E DELIBERAÇÃO DAS INICIATIVAS

Liderança e Secretariado do CSS

Com relação a diálogo e prestação de contas (1/2)

37

Acompanhamento da implementação da

PRSA por partes interessadas

Consulta a OSCs, agentes financeiros,

associações, órgãos reguladores e ministérios


Ações

> Definição de atores, por temas e

setores

> Retomada do Fórum de Diálogo com

a Sociedade Civil, alinhado à agenda

do Plano Plurianual

> Incorporar de forma estruturada

demandas já existentes da sociedade

civil

* O Plano Plurianual prevê consulta.

Evolução da transparência ativa

Aumentar informações de interesse coletivo

disponibilizadas proativamente

Ações

> Utilizar caso positivo da Plataforma

BNDES Transparente

> Divulgar aspectos socioambientais

das operações, como já será feito

para operações de exportação > US$

10 milhões, de alto e médio risco

Com relação a diálogo e prestação de contas (2/2)


Revisão do Mecanismo de Ouvidoria

Unidade independente para receber queixas,

apurar eventuais falhas e propor soluções

aos impactados

Ações

> Adoção de instrumentos que facilitem

e guiem a elaboração de reclamações

de comunidades

> Ampliação dos recursos

orçamentários e humanos

(profissionais com experiência em

resolução de conflitos

38

Com relação à atuação finalística (1/4)

39


Modularização dos questionários

socioambientais

Adaptar perguntas aos setores das

operações, montante e localização

Ações

> Definição das questões relevantes por

natureza da atividade, montante e

localização

> Alinhamento das perguntas às

diretrizes para avaliação dos projetos

e aos requerimentos mínimos* Os questionários já estão em versão

eletrônica, o que facilita a modularização

Criação de unidade de análise de risco

socioambiental com influência no

processo decisório

Unidade responsável por identificar riscos,

classificar as operações, definir

condicionantes e monitorar

Ação

> Integração entre as atribuições

formais e informais hoje divididas

entre AP (DEPRI e Depto. de

Assuntos Transversais, até jul/16),

Áreas Operacionais e Área de Meio

Ambiente. Esta unidade seria

independente das Áreas

Operacionais.


40

Definição de salvaguardas para diferentes

níveis de risco socioambiental

Requerimentos específicos para cada

categoria (A, B, C)


Ações

> Revisão de casos de sucesso dos

requerimentos definidos para

operações passadas do BNDES

> Utilização dos requerimentos

definidos para operações de

exportação, desde 2T2016, como

referência

Alinhamento aos Princípios do Equador

Alinhamento de diretrizes, salvaguardas e

instrumentos aplicados a project finance >

US$ 10 milhões (e operações relacionadas)

Ações

> Análise da viabilidade de implementar

mudanças para alinhamento

> Pode ser visto como etapa

intermediária à futura adesão aos

Princípios do Equador


41

Clareza sobre condições socioambientais

para suspensão de desembolsos

Prescrição de circunstâncias de

descumprimento de condicionantes e outros

danos socioambientais que resultem em

suspensão de desembolsos


Ações

> Maior prescritividade na descrição

destas circunstâncias nos contratos,

para além dos casos de perdas de

licenças e condenações transitadas

em julgado

> Definição de um fluxo de processos a

ser seguido em caso de evidência de

descumprimento das condicionantes

Implementação da Avaliação de Impactos

Cumulativos

Interação entre projetos apoiados pelo banco

em uma mesma região, considerando

vulnerabilidade socioambiental

Ações

> Incluir esta avaliação no

Enquadramento e incorporar seus

resultados à fase de Análise e

Aprovação

> Integração desta avaliação à

Avaliação Territorial Preliminar, que

vem sendo feita em modelo piloto


42

Aprimoramento do subcrédito social

Prescrição de circunstâncias de descumprimento de

condicionantes socioambientais que resultem em

suspensão


Ações

> Articulação com os resultados da Avaliação

Territorial Preliminar. [O banco já vem usando

resultados para subcrédito em algumas

operações.]

> Elaboração de indicadores padronizados para

monitoramento

> Aumentar a participação de organizações

sociais não vinculadas às empresas na

execução e monitoramento

Com relação a liderança, cultura e aprendizado

43

Aprofundamento da capacitação dos funcionários

e lideranças

Lacunas mapeadas e preenchidas com relação à

gestão socioambiental nos programas de capacitação


Ações

> Utilização dos instrumentos já existentes para

suporte à elaboração de material para

capacitação.

> Inclusão de incentivos de desempenho

socioambiental no plano de desenvolvimento

dos funcionários

Mensagens finais



> Nos últimos anos, o banco vem acumulando experiência/expertise que o habilitou a evoluir na

gestão socioambiental.

> Iniciativas já desenvolvidas ou em desenvolvimento apresentam respostas a demandas da

sociedade civil e também são resultados de percepções internas sobre riscos e oportunidades.

> Há uma governança validada no banco e que envolve pessoal de liderança, o que facilita a

evolução da agenda.

> A adoção de novos instrumentos e governança permite ao banco ter políticas e práticas

compatíveis com a sensibilidade de sua carteira e aproveitar novas oportunidades (ex. aumento

de captação com multilaterais e mercado de capitais).

> O papel da sociedade civil é essencial para guiar o banco na execução de ações propostas aqui e

em outros fóruns.

Créditos

Autores:

Guilherme Teixeira, SITAWI Finanças do Bem

Gustavo Pimentel, SITAWI Finanças do Bem

Com contribuições de:

Christian Donaldson, Bank Information Center

Apoio:

Esta publicação foi viabilizada com apoio financeiro da Fundação Mott.

Agradecimentos:

Os autores agradecem pelas informações e sugestões dadas por diferentes atores ao longo do

projeto de pesquisa que gerou esta publicação: BNDES (Área de Meio Ambiente, Área de

Planejamento), organizações participantes de oficina do projeto em Maio/2016, Alessandra Cardoso

(Inesc). As conclusões desta publicação não refletem os posicionamentos destes atores, mas sim

os da SITAWI.

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