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ÁLVARO DUARTE Direito das Sucessões

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Page 1: Direito Das Sucessões AULA 2

ÁLVARO DUARTE

Direito das Sucessões

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Direito das Sucessões

A unidade e indivisibilidade da herança.

Cessão de direitos hereditários.Direito de preferência do coerdeiro. Responsabilidade do herdeiro. Administração dos bens do espólio.O inventariante. Administração provisória do

inventário.

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2.1. A unidade e indivisibilidade da herança.

Para efeitos legais, a sucessão aberta é percebida como imóvel (art. 80, II do Código Civil). Segundo o princípio da indivisibilidade da herança o direito dos coerdeiros quanto à propriedade a posse da herança será indivisível até a partilha, sendo regulado pelas normas relativas ao condomínio (art. 1791: “A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros”).

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Somente com a partilha serão determinados os bens que comporão o quinhão de cada herdeiro. Por este motivo, qualquer um dos coerdeiros pode reclamar a universalidade da herança em face de terceiro, não podendo este opor-lhe o caráter parcial de seu direito nos bens da sucessão.

Antes da partilha, nenhum herdeiro tem a propriedade ou a posse exclusiva de um bem certo e determinado; somente a partilha determina e individualiza os bens cabíveis a cada um.

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2.2. Cessão de direitos hereditários O direito à sucessão aberta pode ser transferido

mediante cessão de direitos hereditários, consistindo em negócio jurídico translativo inter vivos. Mesmo que o inventário ainda não tenha sido aberto, a cessão de direitos hereditários é possível, após a abertura da sucessão, desde que não exista cláusula de inalienabilidade imposta aos bens do falecido. Esta cessão deverá ser feita antes de julgada a partilha porque, após este julgamento da partilha, a herança não será mais indivisível, uma vez que cada herdeiro passa a ser dono de seu quinhão.

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A cessão consiste na transferência de todo o quinhão ou de parte dele cabível ao herdeiro após a abertura da sucessão. Este tema está disciplinado nos artigos 1793 a 1795 do Código Civil. Nos termos do art. 1793, “O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública”. A cessão é a transferência que o herdeiro (legítimo ou testamentário) faz a outrem, dos direitos hereditários que lhe competem após a abertura da sucessão. Daí dizer-se que a cessão é negócio translativo, porque passa o quinhão (ou parte dele) de uma pessoa a outra.

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O herdeiro cede o direito à sucessão aberta quando ainda não tiver declarado de maneira tácita ou expressamente que aceita a herança. Neste caso, estará aceitando a herança tácita ou explicitamente porque só poderá ceder direito que tenha aceitado. Porém, cede o quinhão de que dispõe o herdeiro que já tiver aceitado a herança.

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A cessão de direitos hereditários deve ser realizada por escritura pública, exigindo-se outorga uxória ou autorização marital para que seja considerada válida. É o que disciplina o artigo 1647 ( caput e inciso I): “.... nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação absoluta: I- alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; Caso este requisito não seja observado, poderá haver invalidade, conforme define o art. 166, IV: “É nulo o negócio jurídico quando:... IV- não revestir a forma prescrita em lei.” Não será exigida, todavia, nas situações de casamento realizado pelo regime de separação absoluta.

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No instrumento público de cessão deve ser mencionado tratar-se de cessão a título oneroso ou gratuito, além de indicar se abrange a totalidade da herança (no caso de herdeiro único) ou se refere a parte dela. Se a cessão envolver todos os direitos do cedente, ou a sua quota por inteiro, ela será universal; se for restrita a uma parte do patrimônio componente do quinhão do cedente, a cessão será parcial, permanecendo o direito do cedente de participar do inventário.

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O cessionário recebe a herança no estado em que se encontra, e assume o lugar e a posição jurídica do cedente, ficando sub-rogado em todos os direitos e obrigações, como se fosse o próprio herdeiro, recebendo, na partilha, o que o herdeiro haveria de receber.

Isto significa que a cessão abrange o direito à sucessão e o quinhão de que vai dispor o herdeiro. Não se faz cessão de coisa individuada, uma vez que, desde a morte do de cujus, embora ocorra a transmissão imediata, permanece a indevisão, tendo cada herdeiro o direito a uma quota-parte ideal nos bens. Ou seja, não fica definido o que receberá o cessionário porque, com o negócio, existe uma transferência de direitos, ou de quotas, e não de coisas.

Uma vez efetuado o instrumento, será ele introduzido nos autos do inventário para que todos tenham conhecimento, e para viabilizar o procedimento até o final.

Ocorrendo cessão, os credores do espólio não ficarão prejudicados porque as obrigações continuam garantidas. Isto significa que o cessionário corre o risco de ficar sem nenhum bem, uma vez que o patrimônio deve suportar todo o passivo.

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2.3. Direito de preferência do coerdeiroComo o direito do coerdeiro em relação à herança é

indivisível, não poderá ele ceder a sua quota a pessoa estranha se outro coerdeiro a quiser. Nos termos do art. 1794: “O coerdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.”

Isto significa que os coerdeiros são equiparados aos coproprietários no que se refere ao direito de preferência, em caso de alienação de quotas a estranhos. A herança consiste em coisa indivisa, pertencente a todos os herdeiros e por isso o cedente, antes de efetuar a cessão, deve comunicar aos co-erdeiros, estabelecendo um prazo para que possam expressar interesse ou não em adquirir.

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Se um coerdeiro não for informado da cessão, ele poderá depositar o preço e requerer para si a quota cedida a estranho, desde que adote esta providência no prazo de 180 dias após a transmissão, conforme dispõe o art. 1795. Estará, assim, o coerdeiro, exercendo o seu direito de preferência. Com este dispositivo, pretende a lei evitar o ingresso de estranhos no condomínio e prevenir litígios futuros.

Os herdeiros legítimos serão intimados da cessão no próprio inventário, iniciando-se, então, o prazo de 180 dias previsto em lei.

A expressão “tanto por tanto” constante do texto legal (art. 1794), diz respeito às cessões onerosas, uma vez que, tratando-se de cessão gratuita de um coerdeiro a outro, não existe pessoa estranha à sucessão.

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.4. A responsabilidade dos herdeirosAtualmente, “o herdeiro não responde por encargos

superiores às forças da herança”, conforme determina o art. 1792 do Código Civil. Mas, nem sempre foi assim. No Direito Romano, a responsabilidade do herdeiro era ilimitada, sendo ele responsável pelas dívidas, independentemente de seu valor, ocorrendo a confusão do seu patrimônio com o patrimônio do falecido. Com a morte do autor da herança, todos os seus haveres e todos os encargos passavam ao herdeiro, que assumia a obrigação de pagar todas as dívidas do falecido, o que poderia significar a sua ruína, caso os bens do de cujus não fossem suficientes para quitar seus débitos.

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Para evitar este problema, foi permitido aos herdeiros sui renunciarem à herança, mediante autorização do pretor. Mais adiante, com a edição de uma Constituição do Imperador Adriano, foi possível a aceitação da herança livre de dívidas. E, finalmente, em 531, Justiniano disciplinou a possibilidade de aceitação da herança a benefício do inventário, permitindo ao herdeiro aceitar a herança somente no caso de, realizado o inventário, o ativo superar o passivo. Não ocorria, desta forma, a confusão do patrimônio, desde logo.

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No Brasil, enquanto vigoravam as Ordenações Filipinas, era necessário que o herdeiro declarasse receber a herança a benefício do inventário, caso contrário a aceitação pura e simples lhe acarretaria a também aceitação dos encargos do monte. Esse costume passou a ser adotado de maneira geral, vindo o Código Civil de 1916 a incluí-lo em seus dispositivos, estabelecendo que a responsabilidade do herdeiro nunca ultrapassaria as forças da herança. O Código atual manteve este entendimento em seu artigo 1792: “O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso...”.

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Ao ser realizado o inventário, relacionam-se os bens e apura-se o total de créditos e débitos. As dívidas são de responsabilidade da herança, cabendo aos herdeiros os bens e valores que restarem após os pagamentos. É o que dispõe o art. 1997: “A herança responde pelas dívidas do falecido...”.

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2.5. Administração dos bens do espólio. O inventariante

O inventário deve ser requerido no prazo de 30 dias contados da abertura da sucessão (data do falecimento do de cujus), conforme estabelece o art. 1796. No entanto, o Código de Processo Civil, em seu artigo 983, prevê um prazo de 60 dias, conforme redação dada pela Lei 11 441 /2007. A inobservância do prazo pode acarretar o pagamento de multa sobre o imposto a recolher.

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A petição de inventário deverá ser instruída com a certidão de óbito do falecido, sendo legitimado para requerer aquele que se encontrar na posse e administração do espólio, conforme dispõe o art. 987 do CPC. São também legitimadas as demais pessoas elencada no art. 988 do CPC. Na falta destas, o juiz determinará, de ofício, o início do inventário. Conforme já mencionado, o foro competente é aquele do último domicílio do de cujus.

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Da Legitimidade para Requerer o Inventário Art. 987. A quem estiver na posse e administração do espólio incumbe,

no prazo estabelecido no art. 983, requerer o inventário e a partilha. Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito

do autor da herança. Art. 988. Tem, contudo, legitimidade concorrente: I - o cônjuge supérstite; II - o herdeiro; III - o legatário; IV - o testamenteiro; V - o cessionário do herdeiro ou do legatário; Vl - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; Vll - o síndico da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança

ou do cônjuge supérstite; Vlll - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; IX - a Fazenda Pública, quando tiver interesse

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No despacho inicial do inventário, o juiz nomeará o inventariante, que é a pessoa que assume o encargo de administrar os bens do espólio. Só poderão assumir o encargo as pessoas capazes e que não tenham interesses contrários aos do espólio. A ordem de preferência para a inventariança encontra-se no art. 990 do CPC.

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Art. 990. O juiz nomeará inventariante: (Vide Lei nº 12.195, de 2010) I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse

convivendo com o outro ao tempo da morte deste; (Redação dada pela Lei nº 12.195, de 2010)    Vigência

II - o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados; (Redação dada pela Lei nº 12.195, de 2010)  Vigência

III - qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do espólio;

IV - o testamenteiro, se Ihe foi confiada a administração do espólio ou toda a herança estiver distribuída em legados;

V - o inventariante judicial, se houver; Vl - pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial. Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará,

dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo.

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1) A primeira pessoa elencada é o cônjuge sobrevivente, havendo, porém, a ressalva de ser casado pelo regime de comunhão e de que estivesse convivendo com o de cujus por ocasião de seu falecimento. Há o entendimento de que o cônjuge que não estivesse convivendo com o falecido poderia não ter o total conhecimento dos bens para efetuar as primeiras declarações.

Consoante a igualdade preconizada na Constituição Federal, o companheiro da união estável terá a mesma preferência atribuída ao cônjuge.

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No que se refere ao regime de comunhão mencionado no art. 990 do CPC, há o entendimento jurisprudencial de aplicar-se tanto à comunhão universal como à parcial (RSTJ, 58/334). Todavia, o STF permitiu a inventariança de cônjuge sobrevivente casado sob o regime de separação legal de bens e que se encontrava na posse e administração do espólio, tendo em vista o seu direito à meação dos bens adquiridos durante o matrimônio (RTJ, 89/895).

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2)Na sequência prevista no art. 990 do CPC, na falta ou impedimento do cônjuge sobrevivente, assume o herdeiro que se encontrar na posse e administração dos bens da herança.

3) Não havendo nenhum herdeiro na condição acima mencionada, será inventariante qualquer herdeiro, legítimo ou testamentário, a critério do juiz, devendo ser o herdeiro maior de idade. Em geral, será indicado aquele que residia com o falecido, ou o mais velho dentre os herdeiros, o que melhor conhece os negócios do falecido, ou que seja indicado pelos demais. A idoneidade moral é um dado a ser observado.

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4) Na falta de herdeiros, assume o testamenteiro, desde que lhe tenha sido atribuída a posse e administração dos bens, consoante o art. 1977 do Código Civil. Necessário se faz que seja ele testamenteiro universal e que toda a herança esteja distribuída em legados.

5)E por fim, há o inventariante dativo, pessoa estranha idônea, onde não houver inventariante judicial, e que deverá desempenhar as funções cabíveis ao inventariante, porém não poderá representar a herança ativa e passivamente.

Após a nomeação, o inventariante presta compromisso de bem desempenhar as funções e apresenta as primeiras declarações.

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O inventariante representa a herança até a conclusão do processo, cabendo-lhe a administração dos bens até a entrega da parte correspondente a cada herdeiro. Para alguns autores, o inventariante pode ser considerado um depositário, sem que, no entanto, possa lhe ser aplicada a penalidade prevista em lei quanto ao depositário infiel. Para outra parte da doutrina, a inventariança se assemelha a um mandato, na medida em que o inventariante representa os demais herdeiros. Para outros, é considerada um munus público, sujeito à fiscalização judicial, sendo esta a percepção preferencial por parte da doutrina.

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Os arts. 991, 992 e 993 do CPC discriminam as obrigações do inventariante. No exercício deste munus público, o inventariante poderá ser removido, caso venha a infringir as obrigações impostas, conforme dispõe o art. 995 do CPC. Outras faltas que caracterizem a deslealdade ou improbidade do inventariante poderão ensejar a sua remoção, não sendo, assim, exaustiva, a enumeração do art. 995 do CPC.

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A remoção do inventariante poderá ocorrer a pedido de qualquer interessado, ou poderá ser determinada pelo juiz, ex officio (ver art. 995 do CPC). Caso isto aconteça, o inventariante será intimado para defender-se e apresentar provas, no prazo de 5 dias, conforme o art. 996 do CPC. O incidente será apensado aos autos do inventário. Sendo removido o inventariante, o juiz deverá nomear outro, seguindo a ordem indicada no art. 990 do CPC.

Dentre os motivos que podem provocar a remoção do inventariante, citam-se:

- não prestar as primeiras declarações no prazo legal; - não der andamento regular ao inventário; - se, por sua culpa, os bens do espólio se deteriorarem ou forem

dilapidados; - não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de

cobrar dívidas ativas ou não tomar providências para evitar o perecimento de direitos;

- não prestar contas, ou prestando-as, não forem aprovadas; - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.

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BIBLIOGRAFIA

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