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Direito Civil I – Parte Geral DAS PESSOAS NATURAIS DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

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Direito Civil I – Parte Geral

DAS PESSOAS NATURAIS

DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

Page 2: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil I – Parte Geral

Parte Geral do Código Civil:

- Das pessoas naturais e jurídicas

- Dos bens

- Dos fatos e atos jurídicos

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Direito Civil I – Parte Geral

Parte Geral do Código Civil:

Das pessoas

Dos bens

Dos fatos e atos jurídicos

NaturaisJurídicasDomicílio

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Personalidade Jurídica

Direito Civil I – Parte Geral

Conceito: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.

OBS: Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade!

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Personalidade Jurídica

Direito Civil I – Parte Geral

Código Civil: Art. 1º

“Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.”

Page 6: Direito civil-i-parte-geral (1)

Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

É a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada.

Capacidade:

Page 7: Direito civil-i-parte-geral (1)

Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

- Capacidade de direito ou de gozo (capacidade de aquisição de direitos)

Capacidade:

- Capacidade de fato, de exercício (capacidade de ação)

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

É reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. Estende-se aos privados do discernimento e aos infantes em geral, independente de seu grau de desenvolvimento mental. Ex: podem receber herança, doações, etc.

Capacidade de direito:

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

É a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Assim, requisitos como maioridade, saúde, desenvolvimento mental, etc, limitarão as pessoas envolvidas. Será sempre necessária a participação de uma outra pessoa que as represente ou assista, conforme o caso.

Capacidade de fato:

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Capacidade de fato

Capacidade de direito

+

Capacidade Plena

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Sujeitos da relação jurídica:

Pessoa:(persona)

Natural

Jurídica

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Pessoa Natural:

É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Pessoa Natural:

Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Pessoa Natural:

Nascimento -> Ocorre quando a criança é separada do ventre materno, não importando se o parto foi ou não natural.

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Pessoa Natural:

OBS: Não importa se o cordão umbilical foi cortado ou não.

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Pessoa Natural:

Atenção!!!: Para se dizer que nasceu com vida, todavia, é necessário que haja respirado. Se respirou viveu.

Exame: Docimasia hidrostática de Galeno.

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Docimasia hidrostática de Galeno:

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Capacidade Jurídica e Legitimação

Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

NASCITURO

É o ser já concebido que se encontra em desenvolvimento no ventre* de sua genitora (existência intra uterina)

* Nidação do zigoto

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

EMBRIÃO

Expressão utilizada para designar existência ultra uterina (concebida artificialmente)

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

Teoria Natalista

O nascituro só adquire personalidade APÓS o nascimento com vida.

O nascituro tem apenas EXPECTATIVA de deireitos, não sendo, pois, pessoa!

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

Teoria da Personalidade CondicionalA personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, ou seja, são direitos eventuais.

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

Teoria da Personalidade Condicional

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do NascituroTeoria Pré-Concepcionista

“Desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, seja in vitro ou in utero estariam preenchidas todas as condições para se considerar existente um novo ser.” (Fábio Ulhoa)

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do Nascituro

Teoria Concepcionista

O nascituro adquire personalidade desde a concepção da vida no útero materno.

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do NascituroTeoria Pré-Concepcionista

“Desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, seja in vitro ou in utero estariam preenchidas todas as condições para se considerar existente um novo ser.” (Fábio Ulhoa)

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Direito Civil I – Parte Geral

Personalidade Jurídica do NascituroQuestões Polêmicas:

“Desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, seja in vitro ou in utero estariam preenchidas todas as condições para se considerar existente um novo ser.” (Fábio Ulhoa)

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Direito Civil I – Parte Geral

DAS PESSOAS NATURAIS

DAS INCAPACIDADES

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade:

- Incapacidade de direito

- Incapacidade de fato (de exercício)

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade:

- Relativa

- Absoluta

Assistidos pelos representantes legais

Representados por quem de direito

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

Acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. A inobservância dessa regra provoca a NULIDADE do ato.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

        Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

        I - os menores de dezesseis anos;        II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;        III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

Menores de 16 anos:

O legislador considera que o ser humano, até atingir essa idade, não tem discernimento suficiente para dirigir sua vida e seus negócios e, por essa razão, deve ser representado por seus pais, tutores ou curadores.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental:

Compreende todos os casos de insanidade mental, permanente e duradoura, caracterizada por graves alterações das faculdades psíquicas.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental:

CUIDADO! A nossa lei não admite os chamados intervalos lúcidos. Assim, se declarado incapaz, os atos praticados pelo privado de discernimento serão NULOS.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:

Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental:

Sentença de Interdição:- Declaratória ou Constitutiva ?

- Efeito ex nunc ou ex tunc ?

- Eficácia erga omnes ?

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental:

Eficácia erga omnes da Sentença de Interdição:

- Deve ser registrada em livro especial no Cartório do primeiro ofício do Registro Civil da comarca- Publicada 3 vezes na imprensa local e oficial

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Absoluta:Os que mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade:

Não abrange as pessoas portadoras de deficiência ou doença mental permanente.

Causa transitória – exemplos:- Excessiva pressão arterial- Paralisia- Embriaguez não habitual- Uso eventual ou excessivo de entorpecentes, etc

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido por seu representante legal, sob pena de anulabilidade.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Certos atos, porém, podem praticar sem assistência de seu representante legal, como por exemplo: ser testemunha, fazer testamento, ser eleitor, celebrar contrato de trabalho, etc.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

        Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

        I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;        II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;       

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

        Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;        IV - os pródigos.        Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.       

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os maiores de 16 e menores de 18 anos

Os referidos menores figuram nas relações jurídicas e participam pessoalmente, assinando documentos, se necessário. Mas não podem fazê-lo sozinhos, mas acompanhados, ou seja, assistidos por seu representante legal.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os maiores de 16 e menores de 18 anos

        CC, Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os maiores de 16 e menores de 18 anos

        Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de discernimento reduzido        Somente os alcoólatras ou dipsômanos (os que têm impulsão irresistível para beber) e os toxicômanos, bem como os fracos da mente, estão elencados neste rol.

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo

São relativamente incapazes não apenas os portadores da Síndrome de Down, mas todos os excepcionais sem desenvolvimento completo, como, por exemplo, os surdos-mudos (que não puderem se exprimir)

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Direito Civil I – Parte Geral

Incapacidade Relativa:

Os pródigos

Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente.- É o indivíduo que gasta imoderadamente, dissipando o ser patrimônio com o risco de reduzir-se à miséria.

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Direito Civil I – Parte Geral

A situação jurídica dos Silvícolas

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Direito Civil I – Parte Geral

Responsabilidade do Incapaz

Page 51: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil I – Parte Geral

Responsabilidade do Incapaz:

        Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

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Direito Civil I – Parte Geral

Responsabilidade do Incapaz:

        Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:        I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

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Direito Civil I – Parte Geral

Responsabilidade do Incapaz:

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.        Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

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Direito Civil I – Parte Geral

Cessação da Incapacidade

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Direito Civil I – Parte Geral

Cessação da incapacidade

- Desaparecendo os motivos que a determinam

- Cessando a enfermidade físico-psíquica

que as determinou- Maioridade

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Direito Civil I – Parte Geral

Maioridade:

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

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Direito Civil I – Parte Geral

Início da Maioridade:

No primeiro momento do dia em que o indivíduo perfaz 18 anos.

OBS: nasceu em 29/02 cessa no dia 01/03.

OBS: não se sabe o dia do nascimento: exame médico OBS: Na dúvida pende-se pela capacidade (in dúbio pro capacitate)

OBS: Pensão alimentícia

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Emancipação

Direito Civil – Parte Geral

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação

        I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação

Voluntária

Judicial

Legal

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação Voluntária

Independe de homologação judicial

Concedida pelos pais se o menor tiver 16 anos completos

O ato é UNILATERAL. Não é direito do menor

Havendo divergência entre os pais o juiz decidiráSó pode ser feita por Instrumento Público

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação Judicial

Feita por Sentença do Juiz para o menor de 16 anos que esteja sob tutela. O tutor NÃO pode emancipar o tutelado

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação Legal

Decorre de determinados acontecimentos que a lei atribui esse efeito:

1. Casamento (idade mínima 16 anos com autorização dos pais ou com menos por suprimento judicial para evitar pena criminal)

2. Exercício de emprego público efetivo (2 correntes)

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Direito Civil – Parte Geral

Emancipação Legal

3. Colação de grau em curso de ensino superior, e o estabelecimento civil ou comercial ou a relação de emprego, desde que em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.

Page 67: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Registro das Emancipações

Voluntária -> Livro do 1º Ofício do Registro CivilJudicial -> O juiz comunica, de ofício, ao 1º Ofício do Registro Civil e então é feito o registro no livro.

Legal -> Não precisa de registro. Produz os efeitos legais desde logo.

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Extinção da Personalidade Natural

Direito Civil – Parte Geral

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Direito Civil – Parte Geral

Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

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Direito Civil – Parte Geral

Tipos de Morte

Morte Real

Morte Simultânea ou comoriência

Morte Presumida

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Real

Atualmente, o conceito moderno de morte não está ligado à parada de funções vitais (coração, pulmão, etc.), pois esses órgãos podem ser mantidos em funcionamento por meios artificiais, mas à impossibilidade de interação inteligente e contínua da pessoa ou personalidade que caracteriza determinado ser humano, com o meio ambiente, é a morte encefálica.

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Simultânea ou Comoriência

Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na

mesma ocasião, não se podendo averiguar se

algum dos comorientes precedeu aos outros,

presumir-se-ão simultaneamente mortos.

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Direito Civil – Parte Geral

Morte CivilExistiu na Idade Média, especialmente para

os condenados à Prisão Perpétua, para os religiosos, etc.

Este tipo de morte foi abolida pelas legislações

modernas.

Resquícios do CC:Herdeiro afastado da Herança

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Direito Civil – Parte Geral

Morte PresumidaPode ser de dois tipos:

Com declaração de ausência

Sem declaração de ausência

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Direito Civil – Parte Geral

Morte PresumidaSem decretação de ausência:

        Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

        I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

        II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

       

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Presumida

Sem decretação de ausência:

Art. 7º (...)Parágrafo único. A declaração da morte

presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

       

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Presumida

Com decretação de ausência:

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Presumida

Com decretação de ausência:

Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

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Direito Civil – Parte Geral

Morte Presumida

Com decretação de ausência:

Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

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Direito Civil – Parte Geral

Lei de Registros Públicos

Art. 88 - Poderão os juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar-se o cadáver paraexame.

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Direitos da Personalidade

Direito Civil – Parte Geral

Page 82: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

Direitos subjetivos que têm por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual. (Francisco Amaral)

Conceitos:

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

Direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto), a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social)

Conceitos:

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

Direito à vida, à liberdade, ao nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra.

Conceitos:

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

CF/88 Art. 5º, X

“X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

Proteção Constitucional:

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

a) os inatos (ex: direito à vida, à integridade física e moral)

Categorias:

b) os adquiridos (decorrem do status individual)

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

intransmissíveis e Irrenunciáveis

Características:

Absolutos (oponíveis erga omnes)Ilimitados (o rol é exemplificativo)Imprescritíveis Impenhoráveis Inexpropriáveis Vitalícios

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Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Page 89: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Page 90: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 12. (...)        Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Page 91: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Page 92: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 13. (...)        Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

Page 93: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Page 94: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 14. (...)        Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

Page 95: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

Page 96: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

Page 97: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

Page 98: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Page 99: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

Page 100: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade        Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se

necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Page 101: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 20. (...)        Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Page 102: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Direitos da Personalidade

        Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

Page 103: Direito civil-i-parte-geral (1)

Da Ausência

Direito Civil – Parte Geral

Page 104: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente

        Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Page 105: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente

        Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Page 106: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente

        Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

Page 107: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente

        Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.

Page 108: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente        Art. 25. O cônjuge do ausente,

sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.        § 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.

Page 109: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da curadoria dos bens do ausente        Art. 25.  (...)     

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.        § 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.

Page 110: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão.

Page 111: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:        I - o cônjuge não separado judicialmente;        II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;        III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;        IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

Page 112: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.

Page 113: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 28. (...)        § 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.        § 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

Page 114: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.

Page 115: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.

Page 116: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória        Art. 30.         § 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.        § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

Page 117: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

Page 118: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

Page 119: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.

Page 120: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 33.         Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Page 121: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.

Page 122: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Page 123: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Provisória

        Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.

Page 124: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Definitiva

        Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

Page 125: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Definitiva

        Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

Page 126: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Definitiva

        Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

Page 127: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Da Sucessão Definitiva

        Art. 39. (...)       Parágrafo único. Se, nos dez anos a que

se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.

Page 128: Direito civil-i-parte-geral (1)

Das Pessoas Jurídicas

Direito Civil – Parte Geral

Page 129: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos para a constituição

   1) Vontade humana (+ de uma pessoa) (affectio societatis)

   2) Ato Constitutivo

Associações -> EstatutoSociedades simples (antigas civis) e

empresárias (comerciais) -> Contrato social

Fundação ->Escritura pública ou testamento

Page 130: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos para a constituição

   3) Liceidade (objeto lícito, determinado e

possível)

Page 131: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

  Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

       

Page 132: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

  Art. 45. (...)Parágrafo único. Decai em três anos o

direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Page 133: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

Art. 46. O registro declarará:        I - a denominação, os fins, a sede,

o tempo de duração e o fundo social, quando houver;

        II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

       

Page 134: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

Art. 46. O registro declarará:        III - o modo por que se administra

e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

        IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

       

Page 135: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

Art. 46. O registro declarará:        V - se os membros respondem, ou

não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

        VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Page 136: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

Dependem de prévia autorização: - Empresas estrangeiras,- Empresas de seguros,- Caixas econômicas, - Cooperativas, - Instituições financeiras, - Soc. Explor. Energia elétrica,- Empresas minerais,- Empresas jornalística, etc

Page 137: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Começo da existência legal

Local de Registro:

Contrato social -> Junta Comercial

Estatutos e atos constitutivos -> Cartório de registro Civil das Pessoas Jurídicas

Sociedades simples de advogados -> OAB

Page 138: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Sociedades irregulares ou de fato

Sem o registro do ato constitutivo a PJ será irregular, sem personalidade jurídica.

Page 139: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídica

a) Quanto à nacionalidadeNacionalEstrangeira

Page 140: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídica

b) Quanto à estrutura interna

Corporação (universitas personarum) – conjunto de pessoas

Associações (não tem fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais,

Assistenciais, desportivos, recreativos)

Page 141: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídicab) Quanto à estrutura interna

SociedadesSimples (antigas civis) fim econômico

e visam lucro, compostas de profissionais da mesma área.

Empresárias (antigas comerciais) Visam lucro. Atividade própria de empresário sujeito ao registro prévio Ver art 967.

Page 142: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídicab) Quanto à estrutura interna

Fundação (universitas bonorum) – conjunto de bens destinado a um fim.

Compõem-se de dois elementos: patrimônio e fim (estabelecido pelo instituidor)

Page 143: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídica

c) Quanto à função e órbita de atuação:Direito Público

Interno -> - união, estados, municípios, DF,

territórios - autarquias, associações públicas e

demais entidades de caráter público

Page 144: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídica

c) Quanto à função e órbita de atuação:Direito Público

Externo –> ONU, OEA, Santa Sé, EUA, etc)

Page 145: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Classificação da pessoa jurídica

c) Quanto à função e órbita de atuação:Direito Privado- Corporações

- Fundações

Page 146: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Pessoas Jurídicas de Direito Privado

AssociaçõesSociedadesFundaçõesOrganizações religiosasPartidos políticos

Page 147: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Pessoas Jurídicas de Direito Privado

OBS: São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.

Page 148: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Associações

Constituídas de pessoas que reúnem esforços para a realização de fins não econômicos. (Art. 53)

Page 149: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Associações

Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Objetivos: altruísticos, científicos, artísticos,

beneficentes, religiosos, educativos, culturais, políticos, esportivos ou recereativos.

Page 150: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

        I - a denominação, os fins e a sede da associação;

        II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

        III - os direitos e deveres dos associados;

       

Page 151: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

        IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

        V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;

        VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.

Page 152: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

OBS:

A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.

Page 153: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: I – destituir os administradores; II – alterar o estatuto. Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.

Page 154: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la.

Page 155: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

Page 156: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 61.

§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.

Page 157: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Elaboração do estatuto: Art 54 do CC

Art. 61.

§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.

Page 158: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Fundações

Page 159: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

a)Ato de dotação ou de instituição Ato inter vivos (escritura pública) ou causa mortis (testamento)

b) Elaboração do estatuto – pode ser direta ou própria (instituidor) ou fiduciária (pessoa de sua confiança) Prazo: Assinado pelo instituidor ou de 180 dias se não estipular... caso contrário o MP elabora.

Page 160: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.

Page 161: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

Page 162: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.

Page 163: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

c) Aprovação do estatuto -> Pelo MP em 15 dias. Se não se manifestar, o interessado pede ao juiz para suprir.

d) Registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas

Page 164: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:

I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;

II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;III - seja aprovada pelo órgão do Ministério

Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Page 165: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Constituição:

Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.

Page 166: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Fiscalização:

Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público Federal.§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público.

Page 167: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Desconsideração da Personalidade Jurídica

(Disregard Doctrine)(Disregar of Legal Entity)O Juiz em caso de fraude e de má-

fé, desconsidera o princípio de que as pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros e os efeitos dessa autonomia, para atingir e vincular os bens particulares dos sócios à satisfação das dívidas da sociedade.

Page 168: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Desconsideração da Personalidade Jurídica Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Page 169: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Responsabilidade das pessoas jurídicas

As PJ podem ser responsabilizadas por abusos ao meio ambiente nas esferas penal, administrativa e civil. Penas aplicáveis: multa, restritivas de direito e prestação de serviços.

Page 170: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Responsabilidade da PJ de direito privado

- Pelo CDC por fato ou vício do produto e do serviço

- O empregador por seus empregados, serviçais e prepostos

Page 171: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Extinção da Pessoa jurídica

a) Convencional (art 1033)b) Legal (falência, outro motivo legal)c) Administrativa (o poder público

cassa a autorização)d) Judicial (art 1034 e 1035)

Page 172: Direito civil-i-parte-geral (1)

Individualização da Pessoa Natural

Direito Civil – Parte Geral

Page 173: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Individualização da Pessoa Natural

Elementos:

Nome – designação que a distingue das demaisEstado – indica a sua posição na família

Domicílio – sua sede jurídica

Page 174: Direito civil-i-parte-geral (1)

Nome

Direito Civil – Parte Geral

Page 175: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOME

Designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa se identifica no seio da família e da sociedade

Aspecto Público – interesse do Estado em individualizar as pessoas na sociedade

Aspecto Individual – consiste no direito ao nome, no poder reconhecido ao seu possuidor de por ele designar-se e de reprimir abusos cometidos por terceiros

Page 176: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOME

Prenome

Sobrenome (patronímico ou apelido familiar)

Agnome (apenas em alguns casos)

Page 177: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOME

Prenome - Nome próprio de cada pessoa e serve para distinguir membros da mesma família.

Simples: Carlos, MarcosDuplo: José Roberto, Carlos AndréTriplo: Caroline Louise MargueriteQuádruplo etc.

Page 178: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOMEPrenome – Pode ser escolhido livremente

pelos pais desde que não exponha o filho ao ridículo.

LRP – Art. 55 Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do juiz competente.

Page 179: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOMESobrenome – é sinal que identifica a

procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estirpe.

As pessoas já nascem com o apelido familiar herdado dos pais, não sendo, pois, escolhido por estes, como ocorre com o prenome.

O escrivão pode lançá-lo de ofício!

Page 180: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOMEAgnome – é sinal que distingue pessoas

pertencentes a uma mesma família que têm o mesmo nome.

Ex: Júnior, Neto, Sobrinho, Segundo, etc

Page 181: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

NOME – Outras Denominações

Axiônio – designação cortez de tratamentoEx: Conde, Comendador, etc

Alcunha – é o apelido depreciativo que se pões em alguém geralmente tirado de uma particularidade física ou moral

Epitélio – é palavra que qualifica pessoa ou coisa, em regra usada como sinônima de alcunha.Hipocorístico – é o diminutivo do nome.

Ex: Aninha, Zezinho, Tião

Page 182: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Retificação do PrenomeLei 9.708/98 – Art 58 (LRP) O prenome será

definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios

Lei 9808/99 – Art 58, Parágrafo único – A substituição do nome ainda será admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o MP.

Page 183: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Retificação do Prenome

Evidente erro gráfico

Exposição de seu portador ao ridículoEx: Kumio Shotaro, Paulo Shotaro

Adoção (alteração total prenome + sobrenome)

Page 184: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Retificação do Prenome

Art. 57. O interessado, no primeiro ano após ter

atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente

ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de

família, averbando-se a alteração que será publicada

pela imprensa.

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Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Retificação do Prenome - Jurisprudência

RT 537/75“O uso de um nome por longo tempo, sem

dolo e com notoriedade, outorga ao seu portador o direito de obter a retificação do registro civil. Substituição de Benedita por Silvia Stéfani. Admissibilidade”

Page 186: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Artigo sobre registro de nomes nos cartórios

Page 187: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Mudanças no Sobrenome

Em regra é estável, mas o STF aceita sua Mudança para, por exemplo excluir osobrenome paterno.

A lei limitou a mutabiliadde de modo nãoAbsoluto. A mudança deve seu, porém, bemJustificada.

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Direito Civil – Parte Geral

IMUTABILIADE DO NOME

Outras Hipóteses de mudança do nome:

Pelo Casamento

Pela Separação Judicial

Pelo Divórcio

Pelo Reconhecimento do filho

Na união estável

Transexualismo (Decisão 7ª. Vara Família SP)

Page 189: Direito civil-i-parte-geral (1)

Estado

Direito Civil – Parte Geral

Page 190: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Estado

Vem do latim STATUS – É a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos.

Page 191: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Estado Individual

É o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde, etc.

Page 192: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Estado Familiar

É o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimônio e ao parentesco por consaguinidade ou afinidade.

OBS: o estado de companheiro (CF/88)

Page 193: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Estado Político

É a qualidade de advém da posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado) ou estrangeiro. Ver Art. 12 CF.

Page 194: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Características do Estado

a) Indivisibilidade – Assim como não podemos ter mais de uma personalidade, do mesmo modo não podemos ter mais de um estado. (uno e indivisível). Ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo!

Page 195: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Características do Estado

b) Indisponibilidade – O estado civil, como visto, é um reflexo de nossa personalidade e, por esta razão, constitui relação fora do comércio. É inalienável e irrenunciável. Não impede, porém, sua mutação.

Page 196: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Características do Estado

c) Imprescritível – Não se perde nem se adquire o estado pela prescrição. O estado é o elemento integrante da personalidade. Nasce com a pessoa.

Page 197: Direito civil-i-parte-geral (1)

Domicílio

Direito Civil – Parte Geral

Page 198: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Domicílio da Pessoa Natural

Conceito: O lugar onde ela, de modo definitivo, estabeleça a sua residência e o centro principal de sua atividade.

Page 199: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Domicílio da Pessoa Natural

O direito brasileiro admite apluralidade de domicílio!

Ex: Mora em Campina, Trabalha em João Pessoa e Natal. CPC, art 94 § 1º

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Direito Civil – Parte Geral

Domicílio da Pessoa Natural

O direito brasileiro admite apluralidade de domicílio!

Ex: Mora em Campina, Trabalha em João Pessoa e Natal. CPC, art 94 § 1º “Tendo mais de um domicílio o réu será demandado no foro de qualquer deles.

Page 201: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Perde-se o domicílio:

-> Mudança definitiva

-> Determinação de lei

-> Pela vontade ou eleição das partes nos contratos

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Direito Civil – Parte Geral

Espécies de Domicílio

Domicílio de Origem:

É o primeiro domicílio da pessoa, que se prende ao seu nascimento. Corresponde ao domicílio dos pais.

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Direito Civil – Parte Geral

Espécies de Domicílio

Domicílio Voluntário:

É aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. Pode ser:

- Geral (escolhido livremente)- Especial – fixado com base no contrato. Domicílio de Eleição.

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Direito Civil – Parte Geral

Espécies de Domicílio

Domicílio Necessário ou Legal:

É aquele determinado por lei, em razão da condição ou situação de certas pessoas. Ex: incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso

Page 205: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Espécies de Domicílio

Domicílio da Pessoa Jurídica:

A pessoa jurídica de direito privado não tem residência, mas sede ou estabelecimento, que se prende a um determinado lugar. (domicílio especial) que pode ser livremente escolhido nos seus estatutos ou atos constitutivos.

Page 206: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

        Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

Page 207: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

        Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.

Page 208: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

        Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.        Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.

Page 209: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

       Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

Page 210: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código CivilArt. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.        Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

Page 211: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código CivilArt. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:        I - da União, o Distrito Federal;        II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;        III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;        IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

Page 212: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.        § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.

Page 213: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

        Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.       

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Page 214: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

Page 215: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Artigos do Código Civil

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

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Atos do Registro Civil

Direito Civil – Parte Geral

Page 217: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Atos do Registro Civil

Registro civil é a perpetuação, mediante anotação por agente autorizado, dos dados pessoais dos membros da coletividade e dos fatos jurídicos de maior relevância em suas vidas. Tem por base a publicidade, cuja função específica é provar a situação jurídica do registrado e torná-la conhecida de terceiros.

Conceitos:

Page 218: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

I - Registro Civil da pessoas naturaisII – Registro Civil das pessoas jurídicasIII – Registro de títulos e documentosIV – Registro de imóveis

Registros Públicos:

Atos do Registro Civil

Page 219: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Anotação feita à margem do registro para indicar alterações ocorridas no estado jurídico do interessado.

Averbação:

Atos do Registro Civil

Page 220: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

I – Os paisII – O parente mais próximoIII – Os administradores do hospital, médicos e parteirasIV – Pessoa idônea da casa em que ocorrer o partoV – Pessoa encarregada da guarda de menor

Obrigados a fazer a declaração de nascimento:

Atos do Registro Civil

Page 221: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito.

ART 5º, LXXVI:

Atos do Registro Civil

Page 222: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Art. 9o Serão registrados em registro público:I - os nascimentos, casamentos e óbitos;II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Atos do Registro Civil

Page 223: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;

Atos do Registro Civil

Page 224: Direito civil-i-parte-geral (1)

Dos Bens

Direito Civil – Parte Geral

Page 225: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Imóveis

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudoquanto se lhe incorporar natural ouartificialmente.

Page 226: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Imóveis

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

        I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

        II - o direito à sucessão aberta.

Page 227: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Imóveis

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

        I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

        II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Page 228: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Móveis

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio (semoventes), ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Page 229: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Móveis

        Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

        I - as energias que tenham valor econômico;

        II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

        III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Page 230: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Móveis

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Page 231: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Fungíveis e Infungíveis

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: Dinheiro

Page 232: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Consumíveis e Inconsumíveis

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação.

Page 233: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Divisíveis

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Page 234: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Divisíveis

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.

Page 235: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.

Page 236: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.

        Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

Page 237: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.

Ex: Herança, Patrimônio

Page 238: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.

Page 239: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes (frutos e produtos), se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Ex: Objetos de decoração

Page 240: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Page 241: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

Page 242: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

        § 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

        § 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

        § 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.

Page 243: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Reciprocamente Considerados

Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

Page 244: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Page 245: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

Art. 99. São bens públicos:        I - os de uso comum do povo, tais

como rios, mares, estradas, ruas e praças;

        II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

Page 246: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

Art. 99. São bens públicos:              III - os dominicais, que constituem o

patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

        Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Page 247: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

        Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Page 248: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

        Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Page 249: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

         Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Page 250: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Dos Bens Públicos

       Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

Page 251: Direito civil-i-parte-geral (1)

Fatos Jurídicos

Direito Civil – Parte Geral

Page 252: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Fato Jurídico em Sentido Amplo

Todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera

relevante no campo do direito. Todo fato para ser jurídico deve passar por um juízo de valoração.

Page 253: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Fato Jurídico em Sentido Amplo

Classificação:

Fatos Naturais (fatos jurídicos em sentido estrito) Ordinários (nascimento, a morte,

maioridade, etc) Extraordinários (casos fortuitos e força

maior – ex: terremoto, raio, tempestade)

Page 254: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Fato Jurídico em Sentido Amplo

Classificação:

Fatos Humanos (atos jurídicos em lato sensu)Ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos

a) Lícitos (atos praticados de acordo com a legislação vigente)

b) Ilícitos (atos praticados em desacordo com a legislação vigente) Ver arts 186 a 188 do CC

Page 255: Direito civil-i-parte-geral (1)

Atos Lícitos

Direito Civil – Parte Geral

Page 256: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Atos Lícitos

1. Ato jurídico em sentido estrito ou meramente lícito

2. Negócio jurídico

3. Ato-fato jurídico

Page 257: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Ato jurídico em sentido estrito ou meramente lícito

O efeito da predeterminação da vontade

está escrito em lei. Ex: pescar, reconhecer

um filho, uso da coisa, etc. Art. 1263

Page 258: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Negócio jurídicoÉ aquela espécie de ato jurídico que, além

de se originar de um ato de vontade, implica a declaração expressa da vontade, instauradora de uma relação entre dois ou mais sujeitos tendo em vista o objeto protegido pelo ordenamento jurídico.

Não se confundem com o ato jurídico em sentido estrito, no qual não há um acordo de vontades.Tem finalidade negocial, que abrange a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos.

Page 259: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Ato-fato jurídico

O efeito do ato não é imaginado, nem buscado pela pessoa. Ex: Achar um tesouro. Art. 1264

Page 260: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Negócio Jurídico (finalidade negocial)

No negócio jurídico a manifestação da vontade tem finalidade negocial, que abrange a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos.

Page 261: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Ocorre a aquisição de um direito com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Pode ser:

a) Originária – quando se dá sem qualquer interferência do anterior titular. Ex: ocupação de coisa sem dono (Art.1263), Usucapião.

Page 262: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Ocorre a aquisição de um direito com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Pode ser:

b) Derivada – quando decorre de transferência feita por outra pessoa. Nesse caso, o direito é adquirido com todas as qualidades e defeitos do título anterior. Ex: compra e venda

Page 263: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Ocorre a aquisição de um direito com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Pode ser:

c) Gratuita – quando só o adquirente aufere vantagem, como acontece na sucessão hereditária.

Page 264: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Ocorre a aquisição de um direito com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Pode ser:

d) Onerosa – quando se exige do adquirente uma contraprestação, possibilitando a ambos os contratantes a obtenção de benefícios. Ex: Compra e venda.

Page 265: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Quanto à sua extensão:

A título singular – que ocorre no tocante a bens determinados: em relação ao comprador, na sucessão inter vivos, e em relação ao legatário (que não é herdeiro), na sucessão causa mortis.

Page 266: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Quanto à sua extensão:

A título universal – quando o adquirente sucede o seu antecessor na totalidade de seus direitos, como se dá com o herdeiro.

Page 267: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Direito atual – é o direito subjetivo já formado e incorporado ao patrimônio do titular, podendo ser por ele exercido.

Page 268: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Direito futuro – é o que ainda não se constituiu. Denomina-se “deferido” quando a sua aquisição depende somente do arbítrio do sujeito. Ex: compra e venda – registro do imóvel. Denomina-se “não deferido” quando a sua consolidação se subordina a fatos e condições falíveis. Ex: a eficácia de uma doação pode depender de um fato futuro falível, como, por exemplo, a safra futuro.

Page 269: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Algumas vezes o direito se forma gradativamente:

Expectativa de direito – na fase preliminar, quando há apenas esperança ou possibilidade de que venha a ser adquirido. Mera possibilidade de se adquirir um direito. Ex: filhos em relação à herança do pai.

Page 270: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Algumas vezes o direito se forma gradativamente:

Direito eventual – quando é ultrapassada a fase preliminar e se acha na fase inicial. Já há um interesse, ainda que embrionário ou incompleto, protegido pelo ordenamento jurídico. É um direito concebido mas ainda pendente de concretização. Ex: aceitação da proposta de compra e venda.

Page 271: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

1) Aquisição de direitos

Algumas vezes o direito se forma gradativamente:

Direito condicional – difere do eventual porque se encontra em uma situação mais avançada, ou seja, completamente constituído. Sua eficácia depende do implemento da condição estipulada.

Page 272: Direito civil-i-parte-geral (1)

Requisitos de Existência do Negócio

Jurídico

Direito Civil – Parte Geral

Page 273: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Existência

a)declaração da vontade- expressa- tácita

OBS.: a vontade, uma vez manifestada, obriga o contratante! É o princípio da obrigatoriedade dos contratos – Pacta sunt servanda = o contrato faz lei entre as partes).

Page 274: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Existência

b) a finalidade negocial ou jurídicaÉ a finalidade de criar, conservar, modificar ou extinguir direitos.

c) a idoneidade do objetoPassível de figurar como centro de uma relação jurídica.

Page 275: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Validade

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;II - objeto lícito, possível, determinado

ou determinável;III - forma prescrita ou não defesa em

lei.

Page 276: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Validade

DE CARÁTER GERAL:

- Agente Capaz

- Objeto lícito, possível, determinado ou

determinável- Forma prescrita ou não defesa em lei

Page 277: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Validade

Agente Capaz:

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Page 278: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Validade

Forma livreForma especial (solene) Única – a lei não dá outra

alternativa Múltipla (plural) – a lei dá diversos

meios art 1609 do CC.Forma Contratual

Forma Prescrita ou Não Defesa em Lei

Page 279: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Requisitos de Validade

DE CARÁTER ESPECÍFICO:

São aqueles pertinentes à determinado

negócio jurídico. Ex: compra e venda (coisa,

preço e consentimento)

Page 280: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Reserva Mental

Ocorre reserva mental quando um dosdeclarantes oculta a sua verdadeira intenção, isto é, quando não que um

efeito que declara querer. Objetivo –>

enganar o Outro!

Page 281: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Reserva Mental

OBS: Se o declaratário desconhece a reserva, o ato é plenamente válido e

produz os efeitos desejados. Se ele conhece, o

CC considera ausência de vontade,considerando o ato inexistente!

Page 282: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Reserva Mental

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

Page 283: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

O Silêncio nas declarações de vontade

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

Page 284: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Representação Civil

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.

    Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao      representado.

Page 285: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Negócio Consigo Mesmo

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

Page 286: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Representação Civil

    Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a      extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

Page 287: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ELEMENTOS ACIDENTAISDA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO

ENCARGO

Condição -> Evento FUTURO E INCERTO.

Page 288: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Condição

Espécies:

Quanto à licitude: (Lícitas e Ilícitas)Quanto à Possibilidade: (Possíveis e Impossíveis)

Quanto à fonte de onde promanam:Causais – são as que dependem do

acaso, do fortuito. Ex: te dou 1 real se chover amanhã

Page 289: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

CondiçãoEspécies:

Quanto à fonte de onde promanam:Potestativas – são as que decorrem da

vontade de uma das partes.Puramente potestativas (são ilícitas!!!) – “se eu quiser” te dou 1 real.

Simplesmente (meramente) potestativas – “se você for a roma te dou 1 real)Mistas “te dou 1 real se vc casar com fulana

Page 290: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

CondiçãoEspécies:

Quanto ao Modo de atuação

Suspensiva – impede que o ato produza efeito até a realização do evento.

Resolutiva – é a que extingue, resolve. Ex. Te dou tanto até vc casar.

Page 291: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

CondiçãoEstados da Condição:

- Condição pendente

- Condição implementada

- Condição frustrada

Page 292: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

TERMO

É o dia em que começa ou extingue a eficácia do negócio jurídico.

Termo convencional – evento futuro e certo

Page 293: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

TERMO

Termo incerto – quando eu morrerTermo certo – ex: dia 22/10/2005Termo de direito – decorre da leiTermo de graça – dilatação do prazo concedido ao devedorTermo inicial (dies a quo)Termo final (dies ad quem)

Page 294: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

TERMO

OBS: PRAZO = intervalo entre o termo inicial (a quo) e final (ad quem)

Meado = em qualquer mês = 15º diaPrazos -> contagem: exclui-se o começo e inclui-se o fim.Feriado – prorroga-seMeses – contagem mês a mês.Hora – minuto a minuto

Page 295: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ENCARGO (ou modo)

Encargo é uma cláusula acessória às liberalidades (doações e testamentos) pelo qual se impõe uma obrigação ao beneficiário.

É admissível também nas declarações unilaterais da vontade, como a promessa de recompensa.

Page 296: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ENCARGO (ou modo)

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

Page 297: Direito civil-i-parte-geral (1)

Defeitos do Negócio Jurídico

Direito Civil – Parte Geral

Page 298: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Intodução

A vontade é base e fundamento do ato, sua

razão de ser, a alma do negócio jurídico.

Ademais, é necessário que esse elemento,

além de ter existido, haja funcionado normalmente. Só então o ato produz

efeitos jurídicos objetivados pelas partes.

Page 299: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Intodução

Pode acontecer que a vontade não tenha existido, isto é, o

interessado Realmente quis praticar o ato questionado, mas sua vontade

estava contaminada por algum dos vícios do consentimento: erro, dolo, estado de

perigo e lesão.

Page 300: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Intodução

Há, porém, casos em que a vontade existe e funciona normalmente, existe a perfeita correspondência entre a vontade interna e a sua declaração. Mas, esta se desvia da lei, ou da boa-fé, e orienta-se no sentido de prejudicar a terceiros, ou de infringir o direito. Surge a Fraude Contra Credores.

Page 301: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Vícios do Consentimento

• Erro• Dolo• Coação• Estado de Perigo• Lesão

Page 302: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Vícios Sociais

• Simulação• Fraude Contra Credores

Page 303: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prazo para anulação

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:

        I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

        II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;

Page 304: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO

Erro é uma noção inexata, não verdadeira, sobre alguma coisa, objeto ou pessoa, que influencia a formação da vontade. É a manifestação de vontade que se forma sob pressupostos falsos.

Page 305: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

Page 306: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO SUBSTANCIAL

É o erro sobre circunstâncias e aspectos relevantes do negócio. Se conhecida a realidade, o negócio não seria realizado.

Page 307: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO SOBRE A NATUREZA DO NEGÓCIOError in negotio – quando uma das partes manifesta sua vontade pretendendo e supondo celebrar determinado negócio jurídico e, na verdade, realiza outro diferente. Ex: Quer alugar e escreve vender. Ex: empresta coisa a outra pessoa que pensa ser doação.

Page 308: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO SOBRE O OBJETO PRINCIPAL

Error in corpore – incide sobre a identidade do objeto. Ex: adquire uma pintura achando se tratar de um pintor famoso, quando na verdade não é.

Page 309: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO SOBRE ALGUMAS DAS QUALIDADESError in substantia ou Error in qualitate – suposição de que o objeto possui determinada qualidade que posteriormente se verifica não existir. Ex: comprar objeto pintado de tinta prata pensando que é parta pura.

Page 310: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO QUANTO À PESSOA

Error in persona. Ex: casar-se com uma pessoa pensando que ela é de bem, quando na verdade é uma perigoso traficante.

Page 311: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO QUANTO À IDENTIDADE

Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.

Page 312: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO DE DIREITO

Error juris – É o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica aplicável à situação concreta. Ex: Pessoa que contrata a importação de determinada mercadoria, desconhecendo haver lei que proíba tal importação.

Page 313: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ERRO DE ACIDENTAL

Se opõe ao substancial, porque se refere a circunstâncias de somenos importância e não acarretam efetivo prejuízo. Ex: cor do carro errada.

Page 314: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO

É o artifício ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou terceiro.

Page 315: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo principal – Quando o negócio só foi realizado porque houve induzimento malicioso de uma das partes.

Page 316: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo acidental – Quando o negócio seria realizado, embora de outra forma. Diz respeito às condições do negócio. Esse dolo não vicia o negócio. Pode-se pedir a reparação financeira do prejuízo.

Page 317: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolus bonus (direito romano) – É o dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação de vontade. É comum no comércio normal.

Page 318: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolus malus (direito romano) – É o revestido de gravidade. Exercido com o propósito de ludibriara e de prejudicar. Pode ser através de palavras, atos e até de silêncio.

Page 319: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo positivo ou comissivo – ações com o objetivo de causar dano

Page 320: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo negativo ou omissivo – omissões = omissão dolosa = reticência.

Page 321: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

Page 322: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo de terceiro – o negócio pode ser anulado também se quem aproveitou tivesse conhecimento. Se não, responderá por perdas e danos.

Page 323: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo do representante – se agiu dentro de seus poderes segue a regra geral.

Page 324: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

Page 325: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

DOLO - ESPÉCIES

Dolo bilateral – Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.

Page 326: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

COAÇÃO

É toda ameaça ou pressão exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio.

Page 327: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

COAÇÃO - ESPÉCIES

• Coação absoluta ou física (vis absoluta)

• Coação relativa ou moral (vis compulsiva)

Page 328: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

COAÇÃO - ESPÉCIES

• Coação absoluta ou física (vis absoluta)

Ex: colocar a impressão digital de alguém no

papel (não há vontade nem intenção) -> Negócio nulo!!!! Na verdade é

inexistente.Coação relativa ou moral (vis

compulsiva)

Page 329: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

COAÇÃO - ESPÉCIES

• Coação relativa ou moral

Coação relativa ou moral – torna o negócio

anulável. Ex: A bolsa ou a vida!

Page 330: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

COAÇÃO - ESPÉCIES

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Page 331: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ESTADO DE PERIGO

        Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

        Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.

Page 332: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

ESTADO DE PERIGO

EX: Prometer recompensa para ser salvo. Doente que aceita fazer a cirurgia

pagando alto preço. Ex.: Caução de Hospital!

Page 333: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

LESÃO

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

Page 334: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

LESÃO

É o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes.

Page 335: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

LESÃO - EFEITOS

O lesionado pode optar por anular o negócio ou pela revisão contratual.

Page 336: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES

É todo ato suscetível de diminuir ou onerar seu patrimônio, reduzindo ou eliminando a garantia que este representa para pagamento de suas dívidas.

Page 337: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Objetivo -> Eventus dammi (a própria insolvência, que constitui o ato prejudicial)

Subjetivo -> Consilium fraudis (é a má-fé do devedor, a consciência de prejudicar terceiros)

Page 338: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES

Protege-se:

1) Interesses dos credores

2) Terceiros de boa-fé (código civil optou por este). Conservará o bem e não se anula o negócio se desconhecia o fato.

Page 339: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES Pistas para se reconhecer a fraude:

a) Clandestinidade do atob) Continuação dos bens alienados na

posse do devedorc) Falta de causad) Parentescoe) Preço vilf) Pela alienação de todos os bens

Page 340: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES Outras Hipóteses:

1) Atos de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida

2) Atos de transmissão onerosa3) Pagamento antecipado de dívida4) Concessão fraudulenta de garantias

Page 341: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

FRAUDE CONTRA CREDORES

AÇÃO PAULIANA OU REVOCATÓRIA:

É a ação anulatória do negócio jurídico celebrado em fraude contra os credores.

Page 342: Direito civil-i-parte-geral (1)

Invalidade do Negócio Jurídico

Direito Civil – Parte Geral

Page 343: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Negócio Inexistente

O negócio é inexistente quando lhe falta algum elemento estrutural.

a) declaração da vontadeb) a finalidade negocial ou jurídicac) a idoneidade do objeto

Page 344: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Negócio Inexistente

Se a vontade foi manifestada mas encontra-se eivada de ERRO, DOLO, COAÇÃO, ESTADO DE PERIGO ou LESÃO o negócio EXISTE mas é ANULÁVEL.

Page 345: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade

Sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios.

Page 346: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Espécies de Nulidade

Nulidade Absoluta - existe um interesse social (público). É pronunciada de ofício pelo juiz.

Nulidade Relativa (anulabilidade) - atingem os negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a invalidade, mas que pode ser afastado ou sanado.

Page 347: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

        Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:        I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;        II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;        III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;       

Page 348: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

        IV - não revestir a forma prescrita em lei;        V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;        VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;       

Page 349: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Page 350: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

        Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.       Ex: Escritura com valor inferior ao real. Anula-se o valor e permanece a escritura com valor real.

Page 351: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:        I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;               

Page 352: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Absoluta

Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:      

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;       

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.       

Page 353: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade Relativa

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:        I - por incapacidade relativa do agente;        II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.       

Page 354: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Anulabilidade

• Interesse privado • Pode ser suprida pelo juiz • Não pode ser pronunciada de ofício • Efeito ex nunc • Só pode ser alegada pelos

prejudicados• Ocorre decadência (se não

estabelecer prazo ->2 anos)

Page 355: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Nulidade

• Interesse público• Não pode ser sanada ou suprida • Deve ser pronunciada de ofício • Efeito ex tunc • Legitimidade do MP e qualquer

interessado• Não tem prazo

Page 356: Direito civil-i-parte-geral (1)

Prescrição e Decadência

Direito Civil – Parte Geral

Page 357: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Introdução

O decurso do tempo tem grande influência na aquisição e na extinção de direitos. Distinguem-se duas espécies de prescrição:

- Extintiva- Aquisitiva (também denominada usucapião)

Page 358: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Introdução

Prescrição Extintiva (Parte Geral)

Prescrição Aquisitiva (Direito das Coisas)

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Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Conceito

É a extinção da pretensão, em virtude da inércia de seu titular durante certo lapso de tempo.

Page 360: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Observações

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Page 361: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Observações

Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz.

CUIDADO: ARTIGO REVOGADOLei 11.280 (16/02/2006)

Page 362: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

Page 363: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - CasosArt. 206. Prescreve:        § 1o Em um ano:        I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;

Page 364: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - CasosArt. 206. Prescreve:        § 1o Em um ano:                II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:       

Page 365: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - CasosArt. 206. Prescreve:        § 1o Em um ano:                a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;               

Page 366: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - CasosArt. 206. Prescreve:        § 1o Em um ano:                b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

Page 367: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos        III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;        IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;

Page 368: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - CasosV - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.

Page 369: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

Page 370: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

§ 3o Em três anos:        I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;        II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;

Page 371: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;        IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;        V - a pretensão de reparação civil;

Page 372: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

                VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;

Page 373: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:       a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;

Page 374: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;

Page 375: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;

Page 376: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;

Page 377: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.

Page 378: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        § 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

Page 379: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        § 5o Em cinco anos:        I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

Page 380: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

        II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

Page 381: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Casos

  III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

Page 382: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Prescrição - Elementos

a) Existência de uma pretensãob) Inércia do titular da ação pelo não exercícioc) Continuidade dessa inércia durante certo lapso de tempod) Ausência de algum fato ou ato a que a lei atribua eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva do curso prescricional.

Page 383: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Pretenções Imprescritíveis

a) Direitos da personalidadeb) As que se prendem ao Estado das Pessoas (estado de filiação, cidadania, condição conjugal - Ex: Investigação de paternidade, separação, interdição, etc.)c) As de exercício facultativo - em que não existe direito violado (Ex: ação de divisão de coisa comum.)

Page 384: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Pretensões Imprescritíveis

d) As referentes a bens públicose) As que protegem o direito de propriedadef) As pretensões de reaver bens confiados à guarda de outrem (ex: depósito, penhor, mandato, etc)g) As destinadas a anular inscrição do nome empresarial feita com violação a lei ou do contrato

Page 385: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Causas que impedem ou suspendem        Art. 197. Não corre a prescrição:        I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;        II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;        III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Page 386: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Causas que impedem ou suspendemArt. 198. Também não corre a prescrição:        I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;        II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;        III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Page 387: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Causas que impedem ou suspendemArt. 199. Não corre igualmente a prescrição:        I - pendendo condição suspensiva;        II - não estando vencido o prazo;        III - pendendo ação de evicção.

Page 388: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Causas que interrompem a prescriçãoArt. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:        I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

Page 389: Direito civil-i-parte-geral (1)

Direito Civil – Parte Geral

Causas que interrompem a prescriçãoArt. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:        II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

OBS: Protesto judicial

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Direito Civil – Parte Geral

Causas que interrompem a prescriçãoArt. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:   IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

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Causas que interrompem a prescriçãoArt. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:   V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

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Causas que interrompem a prescriçãoArt. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:   VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

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Causas que interrompem a prescriçãoOBS: A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

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Causas que interrompem a prescriçãoArt. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

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Causas que interrompem a prescrição§ 1o

A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.

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Causas que interrompem a prescrição§ 1o

A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.

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Decadência

É a perda do direito pela inércia do seu titular no período determinado na lei

A decadência se consubstancia, pois, no decurso infrutífero de um termo prefixado para o exercício do direito.

Se não o prazo não for os dos arts 205 e 206 estaremos diante da decadência.

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Decadência

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.