decreto 49.969 - pmsp

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DECRETO N.º 49.969, DE 28 DE AGOSTO DE 2008 Regulamenta a expedição de Auto de Licença de Funcionamento, Alvará de Funcionamento, Alvará de Autorização para eventos públicos e temporários e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonância com as Leis n.º 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e n.º 13.885, de 25 de agosto de 2004; revoga os decretos e a portaria que especifica. Gilberto Kassab, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, Considerando a necessidade de conferir nova regulamentação aos procedimentos para expedição de Auto de Licença de Funcionamento, Alvará de Funcionamento, Alvará de Autorização para eventos públicos e temporários e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonância com as disposições previstas na Lei n.º 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e respectivas alterações posteriores, e na Lei n.° 13.885, de 25 de agosto de 2004, em especial nos Capítulos I e II do Título IV de sua Parte III; Considerando a necessidade de regulamentar os procedimentos relativos à obtenção de Auto de Licença de Funcionamento para atividades com características físicas e de funcionamento específicas ou exclusivas; Considerando a necessidade de simplificação das normas e de agilização dos procedimentos para o licenciamento de atividades não-residenciais, compatíveis ou toleráveis, nos termos definidos na Lei n.º 13.885, de 2004, quando não causem impactos significativos, visando, inclusive, ao licenciamento eletrônico em implantação, coordenado pela Secretaria Especial de Desburocratização, Decreta: Art. 1º - Este decreto regulamenta a expedição de Auto de Licença de Funcionamento, Alvará de Funcionamento, Alvará de Autorização para eventos públicos e temporários e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonância com as disposições previstas nas Leis n.º 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e respectivas alterações posteriores, e n.º 13.885, de 25 de agosto de 2004, em especial nos Capítulos I e II do Título IV de sua Parte III, relativas à regularidade e irregularidade de usos não-Residenciais - nR, definindo os procedimentos administrativos referentes à emissão de licenças para instalação desses usos. Parágrafo único. A expedição de licenças por meio eletrônico continua regulada pelo Decreto n.º 49.460, de 30 de abril de 2008. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º - Nenhum imóvel poderá ser ocupado ou utilizado para instalação e funcionamento de usos não-Residenciais - nR, sem prévia emissão, pela Prefeitura, da licença correspondente, sem a qual será considerado em situação irregular quanto ao uso. DECRETO N.º 49.969/2008 01 WWW.LEISPAULISTANAS.COM.BR

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Decreto 49.969 - PMSP

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  • DECRETO N. 49.969, DE 28 DE AGOSTO DE 2008

    Regulamenta a expedio de Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento, Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonncia com as Leis n. 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e n. 13.885, de 25 de agosto de 2004; revoga os decretos e a portaria que especifica.

    Gilberto Kassab, Prefeito do Municpio de So Paulo, no uso das atribuies que lhe so conferidas por lei,

    Considerando a necessidade de conferir nova regulamentao aos procedimentos para expedio de Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento, Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonncia com as disposies previstas na Lei n. 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e respectivas alteraes posteriores, e na Lei n. 13.885, de 25 de agosto de 2004, em especial nos Captulos I e II do Ttulo IV de sua Parte III;

    Considerando a necessidade de regulamentar os procedimentos relativos obteno de Auto de Licena de Funcionamento para atividades com caractersticas fsicas e de funcionamento especficas ou exclusivas;

    Considerando a necessidade de simplificao das normas e de agilizao dos procedimentos para o licenciamento de atividades no-residenciais, compatveis ou tolerveis, nos termos definidos na Lei n. 13.885, de 2004, quando no causem impactos significativos, visando, inclusive, ao licenciamento eletrnico em implantao, coordenado pela Secretaria Especial de Desburocratizao,

    Decreta:

    Art. 1 - Este decreto regulamenta a expedio de Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento, Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios e Termo de Consulta de Funcionamento, em consonncia com as disposies previstas nas Leis n. 10.205, de 4 de dezembro de 1986, e respectivas alteraes posteriores, e n. 13.885, de 25 de agosto de 2004, em especial nos Captulos I e II do Ttulo IV de sua Parte III, relativas regularidade e irregularidade de usos no-Residenciais - nR, definindo os procedimentos administrativos referentes emisso de licenas para instalao desses usos.

    Pargrafo nico. A expedio de licenas por meio eletrnico continua regulada pelo Decreto n. 49.460, de 30 de abril de 2008.

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 2 - Nenhum imvel poder ser ocupado ou utilizado para instalao e funcionamento de usos no-Residenciais - nR, sem prvia emisso, pela Prefeitura, da licena correspondente, sem a qual ser considerado em situao irregular quanto ao uso.

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  • 1 - A licena dispensada:

    I - para o exerccio da profisso dos moradores em suas residncias, em qualquer zona de uso, exceto na Zona Estritamente Residencial - ZER, com o emprego de, no mximo, 1 (um) auxiliar ou funcionrio, nos termos do artigo 249 da Lei n. 13.885, de 2004, desde que observados os parmetros de incomodidade definidos para a zona de uso ou via;

    II - para o exerccio, em Zona Estritamente Residencial - ZER, de atividades intelectuais dos moradores em suas residncias, desde que observados os respectivos parmetros de incomodidade e no sejam recebidos clientes nem utilizados auxiliares ou funcionrios, conforme disposto no artigo 250 da Lei n. 13.885, de 2004.

    2 - Os usos no-residenciais - nR sero considerados em situao irregular, frente legislao disciplinadora do uso e ocupao do solo, em caso de ausncia ou ineficcia da licena.

    3 - A licena perder sua eficcia nas seguintes hipteses:

    I - invalidao, nos casos de falsidade ou erro das informaes ou ausncia dos requisitos que fundamentaram a expedio da licena;

    II - cassao, nos casos previstos em lei, tais como:

    a) descumprimento das obrigaes impostas por lei ou por ocasio da expedio da licena;

    b) se as informaes, documentos ou atos que tenham servido de fundamento licena vierem a perder sua eficcia, em razo de alteraes fsicas ou de utilizao, de incomodidade ou de instalao, ocorridas no imvel em relao s condies anteriores, aceitas pela Prefeitura;

    c) desvirtuamento do uso licenciado;

    III - decurso do prazo de 1 (um) ano de sua expedio, contado da data da respectiva publicao no Dirio Oficial da Cidade (DOC), sem a devida revalidao, no caso de Alvar de Funcionamento;

    IV - revogao, no caso de Alvar de Autorizao, quando a Prefeitura no tiver interesse em sua manuteno ou renovao;

    V - ausncia de renovao, exigida nas hipteses previstas no artigo 3 e seguintes da Lei n. 10.205, de 1986, e alteraes posteriores.

    4 - s hipteses definidas nos incisos I e II do 3 deste artigo, aplica-se o disposto no artigo 43 deste decreto.

    5 - A perda da eficcia da licena acarretar a instaurao de regular procedimento fiscalizatrio, observadas as disposies da Lei n. 13.885, de 2004.

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  • CAPTULO II

    DAS LICENAS

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    DOS TIPOS DE LICENA

    Art. 3 - Sero expedidas as seguintes licenas para usos no-Residenciais:

    I - Auto de Licena de Funcionamento;

    II - Alvar de Funcionamento;

    III - Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios.

    Art. 4 - Devem requerer Alvar de Funcionamento os estabelecimentos com capacidade de lotao igual ou superior a 250 (duzentas e cinqenta) pessoas, que pretendam instalar-se, por tempo indeterminado, em parte ou na totalidade de edificao permanente, para o exerccio de atividades geradoras de pblico, incluindo, dentre outras assemelhadas:

    I - cinemas, auditrios, teatros ou salas de concerto;

    II - templos religiosos;

    III - buffet, sales de festas ou danas;

    IV - ginsios ou estdios;

    V - recintos para exposies ou leiles;

    VI - museus;

    VII - restaurantes, bares, lanchonetes e choperias;

    VIII - casas de msica, boates, discotecas e danceterias;

    IX - autdromo, hipdromo, veldromo e hpica;

    X - clubes associativos, recreativos e esportivos.

    Art. 5 - Depende da prvia expedio de Alvar de Autorizao a realizao de eventos pblicos e temporrios com mais de 250 (duzentas e cinqenta) pessoas, que ocorram em:

    I - imveis pblicos ou privados;

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  • II - edificaes ou suas reas externas, ainda que descobertas e abertas, tais como jardins, reas de lazer e recreao, ptios de estacionamento, reas externas em clubes de campo, reas para a prtica de atividades fsicas, esportivas e similares;

    III - terrenos vagos, terrenos no-edificados e edificaes inacabadas;

    IV - logradouros pblicos, tais como ruas, praas, viadutos e parques.

    1 - Entende-se por evento pblico aquele dirigido ao pblico, com ou sem a venda de ingressos.

    2 - Entende-se por evento temporrio aquele realizado em perodo restrito de tempo ou com prazo determinado de durao.

    3 - O disposto neste decreto aplica-se a eventos promovidos ou organizados por particulares ou pela Administrao Pblica Direta e Indireta.

    4 - Ficam dispensados de Alvar de Autorizao os eventos pblicos e temporrios em edificaes que abriguem atividades includas dentre aquelas referidas no artigo 4 deste decreto, j licenciadas com Alvar de Funcionamento em vigor, desde que:

    I - o pblico utilize exclusivamente as reas destinadas concentrao de pessoas e j licenciadas;

    II - haja controle da lotao mxima permitida para o local, indicada na licena concedida; III - no tenham ocorrido alteraes de ordem fsica no local, em relao ao regularmente licenciado;

    IV - no tenham sido implantados equipamentos transitrios ou edificaes, ainda no licenciados.

    5 - O processo visando expedio de Alvar de Autorizao tem por objeto a anlise das condies de segurana do evento a ser realizado.

    6 - O Alvar de Autorizao ser sempre concedido a ttulo precrio, podendo ser revogado a qualquer tempo, nos termos do inciso IV do 3 do artigo 2 deste decreto, sem prejuzo das hipteses de invalidao e cassao.

    Art. 6 - Nas demais hipteses no previstas nos artigos 4 e 5 deste decreto, o uso no-Residencial ser licenciado mediante Auto de Licena de Funcionamento.

    Art. 7 - Para efeito de aplicao deste decreto, a lotao ser calculada nos termos do Cdigo de Obras e Edificaes em vigor.

    Pargrafo nico. Nos casos de eventos a serem realizados em locais abertos, poder ser adotado, para clculo de lotao, critrio tcnico de comprovada eficcia.

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    DOS EFEITOS DAS LICENAS

    Art. 8 - As licenas de que trata este decreto somente produziro efeitos aps sua efetiva expedio.

    1 - O simples protocolo do pedido de Auto de Licena de Funcionamento, de Alvar de Funcionamento ou de Alvar de Autorizao no autoriza o funcionamento da atividade.

    2- O Auto de Licena de Funcionamento ou o Alvar de Funcionamento devero ser afixados, permanentemente, em local visvel para o pblico, no acesso principal do imvel.

    3 - O Alvar de Autorizao dever permanecer no local do evento para pronta exibio aos rgos de fiscalizao municipal, sempre que solicitado, assim como os documentos indispensveis comprovao do regular funcionamento da atividade, nos termos do inciso IX do artigo 12 deste decreto.

    Art. 9 - No caso dos estabelecimentos referidos no artigo 4 deste decreto, obrigatria a afixao, junto ao acesso principal e internamente, em local bem visvel para o pblico, dos seguintes avisos:

    I - indicao da lotao mxima aprovada para a atividade;

    II - informao sobre estar esgotada a lotao do recinto;

    III - quando os locais forem destinados exibio de espetculos, programados ou no, indicao das condies de segurana oferecidas, tais como:

    a) rotas de fuga e sadas sinalizadas;

    b) equipamentos de combate a incndio;

    c) Brigada de Combate a Incndio;

    d) iluminao de emergncia;

    e) portas com barra antipnico;

    f) sadas de emergncia.

    1 - O aviso a que se refere o inciso III do caput deste artigo poder ser substitudo por impressos a serem distribudos aos freqentadores.

    2 - Os estabelecimentos mencionados no inciso III do caput deste artigo devero manter, durante todo o perodo em que estiverem abertos ao pblico, Brigada de Combate a Incndio.

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  • 3 - Os estabelecimentos destinados a espetculos programados devero tambm demonstrar, por meio de representao ao vivo ou audiovisual, a localizao dos equipamentos de segurana e a maneira de sua utilizao em caso de sinistro, nos moldes dos procedimentos adotados em aeronaves.

    SEO III

    DAS INFORMAES CONSTANTES DA LICENA

    Art. 10 - Do Auto de Licena de Funcionamento e do Alvar de Funcionamento devero constar:

    I - endereo completo do local onde se pretende instalar a atividade;

    II - nmero do contribuinte do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU;

    III - atividade a ser exercida no imvel;

    IV - zona de uso e classificao da via;

    V - subcategoria de uso e grupo de atividade, de acordo com o Quadro n. 02, anexo ao Decreto n. 45.817, de 4 de abril de 2005, e respectivas alteraes posteriores;

    VI - parmetros de incomodidade e condies de instalao a serem observados no funcionamento da atividade;

    VII - rea construda a ser utilizada e rea total da edificao;

    VIII - nome do estabelecimento ou do profissional autnomo, inclusive nome fantasia;

    IX - nmero da ficha de inscrio da pessoa fsica ou jurdica no Cadastro de Contribuintes Mobilirios - CCM;

    X - outras observaes, se necessrias, sobre:

    a) a permanncia, no estabelecimento, dos documentos indispensveis comprovao do regular funcionamento da atividade, tais como contrato de locao de vagas para estacionamento, Termo de Permisso de Uso - TPU referente a servio de manobra e guarda de veculos (valet service), atestados referentes s condies de segurana contra incndio e aplice de seguro contra furto ou roubo de automveis, nos casos em que o nmero de vagas seja superior a 50 (cinqenta) veculos, para estacionamento de shopping-centers, lojas de departamentos, supermercados e empresas, observadas as respectivas validades;

    b) a proibio de acesso direto para a via pblica, em caso de atividade complementar destinada ao atendimento exclusivo dos usurios da atividade principal;

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  • XI - observao relativa necessidade de renovao, nos termos da Lei n. 10.205, de 1986;

    XII - outras informaes, a critrio do rgo tcnico.

    Pargrafo nico. Do Alvar de Funcionamento devero constar tambm as seguintes informaes:

    I - nmero de inscrio no Cadastro de Locais de Reunio e atividades similares - CADLORE;

    II - lotao mxima permitida;

    III - observao relativa obrigatoriedade de sua revalidao, nos termos do disposto no artigo 41 deste decreto.

    Art. 11 - Fica mantido o Cadastro de Locais de Reunio e atividades similares - CADLORE, no qual devero ser cadastrados, pelo Departamento de Controle de Uso de Imveis - CONTRU, da Secretaria Municipal de Habitao - SEHAB, e pelas Subprefeituras, os estabelecimentos que exeram quaisquer atividades referidas no artigo 4 deste decreto, com capacidade de lotao igual ou superior a 250 (duzentas e cinqenta) pessoas.

    1 - O CADLORE constitudo pelos dados e informaes referentes ao responsvel legal, localizao, tipo da atividade, construo e segurana da edificao, dentre outros considerados necessrios.

    2 Sempre que constatadas alteraes de ordem fsica ou de utilizao do local, os dados e informaes constantes do CADLORE devero ser atualizados pelo Departamento de Controle de Uso de Imveis - CONTRU e pelas Subprefeituras.

    3 - O cadastramento no CADLORE no implica o reconhecimento da regularidade da edificao e de seu uso.

    Art. 12 - Do Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios, dependendo das caractersticas da edificao ou equipamento, da natureza do uso pretendido e da capacidade de lotao ou do pblico estimado, devero constar as seguintes informaes:

    I - denominao do evento;

    II - identificao do responsvel pela promoo ou organizao do evento;

    III - endereo do evento, incluindo o nmero do Cdigo de Endereamento Postal (CEP) e o nmero de contribuinte, constante do IPTU, quando no se tratar de rea pblica;

    IV - datas de realizao e horrios de funcionamento (incio e trmino);

    V - lotao mxima permitida;

    VI - nvel mximo de rudo (som) permitido;

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  • VII - identificao do responsvel tcnico pelo sistema de segurana;

    VIII - observao relativa obrigatoriedade de sua prorrogao na hiptese do artigo 42 deste decreto;

    IX - anotao quanto obrigatoriedade de permanncia do Alvar de Autorizao no local do evento, durante sua realizao, devidamente acompanhado dos documentos indispensveis comprovao do regular funcionamento da atividade, conforme o caso, tais como contrato de locao de vagas, TPU referente a servio de manobra e guarda de veculos (valet service) e relao dos estacionamentos disponveis, observadas as respectivas validades;

    X - outras informaes, a critrio do rgo competente.

    CAPTULO III

    DOS PROCEDIMENTOS

    SEO I

    DA INSTAURAO E DAS COMPETNCIAS

    Art. 13 - O processo visando expedio das licenas mencionadas no artigo 3 ser instaurado mediante requerimento do interessado, a ser apresentado e instrudo nos termos dos artigos 22 a 24 deste decreto ao rgo municipal competente.

    Art. 14 - O Auto de Licena de Funcionamento, o Alvar de Funcionamento e o Alvar de Autorizao sero expedidos pela Secretaria Municipal de Habitao, por meio do Departamento de Controle de Uso de Imveis - CONTRU, ou pelas Subprefeituras, por meio da respectiva Coordenadoria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CPDU.

    1 - Compete ao Departamento de Controle de Uso de Imveis - CONTRU examinar e decidir solicitaes de Alvar de Funcionamento e de Alvar de Autorizao, exceto nas hipteses previstas no artigo 1, inciso II, alneas c e d, do Decreto n. 48.379, de 25 de maio de 2007.

    2 - Compete s Coordenadorias de Planejamento e Desenvolvimento Urbano das Subprefeituras examinar e decidir as solicitaes de Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento e Alvar de Autorizao referidas nas hipteses previstas no artigo 1, inciso II, alneas c e d, do Decreto n. 48.379, de 2007.

    3 - Os eventos pblicos e temporrios promovidos ou organizados pela Administrao Direta Municipal podero ser autorizados diretamente pelo titular da Pasta qual esteja vinculado o rgo responsvel por sua promoo ou organizao, aps anlise conclusiva dos tcnicos nela lotados.

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    DA ANLISE TCNICA E DA DECISO

    Art. 15 - A anlise tcnica dever observar os requisitos gerais e especficos previstos neste decreto e na legislao pertinente.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo da imediata aplicabilidade deste decreto, as Subprefeituras podero estabelecer, de forma complementar e mediante portaria do Subprefeito, a ser publicada no Dirio Oficial da Cidade, requisitos especficos para a concesso de Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento e Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios, em reas definidas de seu territrio, para atividades ou conjuntos de atividades que possam comprometer o bem-estar da populao ou a segurana urbana.

    Art. 16 - Os processos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos sero objeto de comunicado, do qual constaro todas as falhas a serem sanadas.

    1 - A chamada para atendimento do comunicado ser encaminhada, por via postal, ao interessado ou ao representante legal do estabelecimento, no endereo constante do requerimento ou, no caso de Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios, transmitida por fax ou mensagem eletrnica, sem prejuzo da publicao no Dirio Oficial da Cidade.

    2 - O prazo para atendimento dos comunicados ser de 30 (trinta) dias nos processos de Auto de Licena de Funcionamento e de Alvar de Funcionamento, e de 5 (cinco) dias nos de Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios, contados da data da respectiva publicao no Dirio Oficial da Cidade, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo, a pedido do interessado.

    3 - Os rgos municipais competentes pela anlise do pedido somente podero vistoriar o imvel se ainda restarem dvidas quanto ao preenchimento dos requisitos para a expedio da licena que no tenham sido dirimidas pelo atendimento do comunicado.

    Art. 17 - O Auto de Licena de Funcionamento, o Alvar de Funcionamento e o Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios devero ser expedidos no prazo mximo de 30 (trinta) dias, desde que o requerimento esteja instrudo com todos os documentos necessrios.

    Pargrafo nico. O curso do prazo definido no caput deste artigo ficar suspenso durante a pendncia de atendimento, pelo requerente, das exigncias municipais feitas por intermdio de comunicado ou intimao para execuo de obras e servios.

    Art. 18 - Os pedidos sero indeferidos:

    I - por abandono, quando no atendido o comunicado nos prazos referidos no 2 do artigo 16 deste decreto;

    II - por motivo tcnico ou jurdico, devidamente fundamentado.

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  • Pargrafo nico. Encerrada a instncia administrativa, os processos referentes a pedidos indeferidos sero encaminhados s unidades competentes para anotaes, planejamento da ao fiscalizatria e posterior arquivamento.

    Art. 19 - Deferido o pedido, o requerente ser notificado por via postal, com aviso de recebimento, para retirar o Auto de Licena de Funcionamento, Alvar de Funcionamento ou Alvar de Autorizao no prazo de 30 (trinta) dias, independentemente de publicao no Dirio Oficial da Cidade.

    Pargrafo nico. O documento no retirado no prazo fixado no caput deste artigo ser juntado ao processo administrativo e com ele arquivado.

    SEO III

    DOS RECURSOS E INSTNCIAS ADMINISTRATIVAS

    Art. 20 - Do despacho decisrio proferido pela autoridade competente nos termos deste artigo, caber um nico recurso, dirigido autoridade superior.

    1 - O prazo para a interposio do recurso ser de 15 (quinze) dias nos casos de Auto de Licena de Funcionamento e de Alvar de Funcionamento, e de 5 (cinco) dias em caso de Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios, a contar da data da publicao do respectivo despacho de indeferimento no Dirio Oficial da Cidade.

    2 - No mbito das Subprefeituras, as autoridades administrativas competentes para apreciao e deciso dos pedidos de que trata este decreto, na conformidade de seu artigo 14, so as seguintes:

    I - Supervisor de Uso do Solo e Licenciamentos;

    II - Subprefeito.

    3 - No mbito da Secretaria Municipal de Habitao, as autoridades administrativas competentes para apreciao e deciso dos pedidos de Alvar de Funcionamento e de Alvar de Autorizao, na conformidade do artigo 14 deste decreto, so as seguintes:

    I - Diretor de Diviso;

    II - Secretrio Municipal de Habitao.

    4 - O despacho do Subprefeito e do Secretrio Municipal de Habitao, bem como o decurso do prazo recursal, encerram definitivamente a instncia administrativa.

    5 - Os recursos sero processados nos mesmos autos do processo administrativo.

    6 - Eventuais pedidos de reconsiderao sero recebidos e processados como recursos, desde que interpostos no respectivo prazo.

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  • Art. 21 - Os prazos referidos neste decreto observaro o disposto no artigo 40 da Lei n. 14.141, de 27 de maro de 2006, alterada pela Lei n. 14.614, de 7 de dezembro de 2007.

    CAPTULO IV

    DOS REQUERIMENTOS

    SEO I

    DO REQUERIMENTO DE AUTO DE LICENA DE FUNCIONAMENTO

    Art. 22 - Para fins de instruo do pedido de Auto de Licena de Funcionamento, dependendo das caractersticas da edificao e da natureza do uso pretendido, devero ser apresentados:

    I - requerimento-padro, assinado pelo interessado ou seu representante legal, com as seguintes informaes:

    a) endereo completo do local onde se pretende instalar a atividade (estabelecimento ou local de trabalho), includo o Cdigo de Endereo Postal - CEP;

    b) classificao da atividade, segundo o Quadro n. 02, anexo ao Decreto n. 45.817, de 2005;

    c) rea construda a ser utilizada e rea total da edificao;

    II - cpia da cdula de identidade do requerente;

    III - cpia de Notificao-Recibo do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU referente ao imvel em que se pretende instalar a atividade, caso no seja pblico;

    IV - cpia do ttulo de propriedade do imvel, nos casos em que no haja lanamento fiscal para o lote particular;

    V - termo de anuncia ou permisso, ou documento equivalente, em se tratando de imvel de posse ou propriedade da Administrao Direta ou Indireta da Unio, do Estado ou do Municpio, includas as concessionrias de servios pblicos e quaisquer outras empresas a elas equiparadas;

    VI - cpia da ficha de inscrio da pessoa fsica ou da pessoa jurdica no Cadastro de Contribuintes Mobilirios - CCM;

    VII - documento comprobatrio da regularidade da edificao para o uso pretendido, nos termos do artigo 25, 1 e 2, deste decreto;

    VIII - declaraes do representante legal do estabelecimento, sobre os parmetros de incomodidade e condies de instalao que devero ser observados pela atividade, e sobre a manuteno da regularidade da edificao, na conformidade do documento comprobatrio apresentado, nos termos do inciso VII deste artigo;

    IX - guia de recolhimento quitada. DECRETO N. 49.969/2008 11

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  • Pargrafo nico. No caso de atividade a ser instalada em edificao com rea total construda superior a 150,00m (cento e cinqenta metros quadrados), as declaraes previstas no inciso VIII do caput deste artigo sero subscritas tambm por profissional habilitado e acompanhadas de cpias da carteira do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA/SP e respectiva Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART.

    SEO II

    DO REQUERIMENTO DE ALVAR DE FUNCIONAMENTO

    Art. 23 - Para fins de instruo do pedido de Alvar de Funcionamento, dependendo das caractersticas da edificao e da natureza do uso pretendido, devero ser apresentados os seguintes documentos:

    I - requerimento-padro, assinado pelo interessado ou seu representante legal, com as seguintes informaes:

    a) endereo completo do local onde se pretende instalar a atividade (estabelecimento ou local de trabalho), includo o Cdigo de Endereo Postal - CEP;

    b) classificao da atividade, segundo o Quadro n. 02, anexo ao Decreto n. 45.817, de 2005;

    c) rea construda a ser utilizada e rea total da edificao;

    II - cpia da cdula de identidade do requerente;

    III - cpia de Notificao-Recibo do IPTU referente ao imvel em que se pretende instalar a atividade, caso no se trate de rea pblica;

    IV - cpia do ttulo de propriedade do imvel, nos casos em que no haja lanamento fiscal para o lote particular;

    V - termo de anuncia ou permisso, ou documento equivalente, em se tratando de imvel de posse ou propriedade da Administrao Direta ou Indireta da Unio, do Estado ou do Municpio, includas as concessionrias de servios pblicos e quaisquer outras empresas a elas equiparadas;

    VI - documento comprobatrio da regularidade da edificao para o uso pretendido, nos termos do artigo 25, 1 e 2, deste decreto;

    VII - declaraes assinadas pelo representante legal do estabelecimento e por profissional habilitado, acompanhadas de cpias da carteira do CREA/SP e respectiva ART, sobre os parmetros de incomodidade e condies de instalao que devero ser observados pela atividade, bem como sobre a manuteno da regularidade da edificao, na conformidade do documento comprobatrio apresentado;

    VIII - Laudo Tcnico de Segurana, nos termos da Portaria Pref. n. 1751, de 10 de maio de 2006;

    DECRETO N. 49.969/2008 12

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  • IX - planta da edificao, em 3 (trs) vias, representando fielmente o local, contendo a localizao dos equipamentos do sistema de segurana, ou projeto de adaptao s normas de segurana, bem como o projeto de adequao s normas de acessibilidade de pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida, na hiptese do artigo 39 deste decreto;

    X - cronograma fsico-financeiro e memorial descritivo das obras e servios, quando necessria adaptao da edificao s condies de segurana;

    XI - ART de cada um dos responsveis tcnicos, bem como as respectivas cpias das carteiras do CREA/SP.

    1 - Na hiptese de no ser necessria a execuo de obras, devero ainda ser apresentados:

    I - atestados:

    a) das instalaes eltricas, conforme NBR 5410/ABNT;

    b) do Sistema de Proteo contra Descargas Atmosfricas, conforme NBR 5419/ABNT;

    c) de formao de Brigada de Combate a Incndios, conforme NBR 14276 e 14277/ABNT;

    d) de estabilidade estrutural, conforme o caso; e) dos equipamentos de segurana;

    f) da acessibilidade do imvel a pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida;

    g) das instalaes de gs, conforme o Decreto n. 24.714, de 7 de outubro de 1987, e alteraes subseqentes;

    h) de concluso de obras;

    II - guia de recolhimento quitada;

    III - laudo tcnico comprobatrio de tratamento acstico, quando necessrio, nos termos do artigo 38 deste decreto;

    IV - declarao do responsvel pelo estabelecimento, que comprove o atendimento das disposies relativas aos avisos obrigatrios dos locais de reunio, previstos no artigo 9 deste decreto.

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  • SEO III

    DO REQUERIMENTO DE ALVAR DE AUTORIZAO

    PARA EVENTOS PBLICOS E TEMPORRIOS

    Art. 24 - Para fins de instruo do pedido de Alvar de Autorizao, dependendo das caractersticas da edificao ou equipamento, da natureza do uso pretendido, da capacidade de lotao e do pblico estimado, devero ser apresentados os seguintes documentos e informaes:

    I - requerimento-padro, assinado pelo interessado ou seu representante legal;

    II - documentos de identificao do responsvel pelo evento;

    III - cpia de Notificao-Recibo do IPTU referente ao imvel em que se pretende instalar a atividade, caso este no seja pblico;

    IV - cpia do ttulo de propriedade do imvel, nos casos em que no haja lanamento fiscal para o lote particular;

    V - contrato de locao, termo de anuncia, termo de autorizao ou documento equivalente, firmado pelo proprietrio ou possuidor do imvel;

    VI - termo de anuncia ou permisso, ou documento equivalente, em se tratando de imvel de posse ou propriedade da Administrao Direta ou Indireta da Unio, do Estado ou do Municpio, includas as concessionrias de servios pblicos e quaisquer outras empresas a elas equiparadas;

    VII - guia de arrecadao quitada, referente ao preo do servio pblico;

    VIII - memorial descritivo do evento, contendo, dentre outros:

    a) identificao do objetivo;

    b) datas de realizao e horrios de incio e trmino;

    c) capacidade de lotao ou pblico estimado;

    d) endereo completo do imvel ou identificao do logradouro;

    e) descrio das estruturas a serem montadas, dos equipamentos a serem instalados e da organizao da segurana;

    f) nos casos de eventos a serem realizados em ptio de estacionamento, demonstrao de que a utilizao da rea no interfere nas vagas obrigatrias da edificao;

    IX - cpias das peas grficas descritivas, necessrias perfeita compreenso do pedido de Alvar de Autorizao;

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  • X - clculo da capacidade de lotao, ou estimativa de pblico, e das condies de escoamento do pblico, de acordo com as caractersticas do evento, observada a Portaria n. 14/SEHAB-G, de 1 de outubro de 1996, ou a norma que venha a suced-la;

    XI - indicao das providncias relativas a sanitrios, estacionamento de veculos, acesso de pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida e controle de rudos;

    XII - identificao das empresas e profissionais responsveis pelos projetos, por sua execuo e pela organizao do evento;

    XIII - contrato com empresa responsvel pela segurana do pblico durante o evento, devidamente cadastrada junto ao rgo competente;

    XIV - ofcio protocolado perante a Polcia Militar do Estado de So Paulo, comunicando o evento;

    XV - anuncias do Centro de Comunicaes - CECOM, da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC, da Secretaria Municipal da Sade, e da Companhia de Engenharia de Trfego - CET;

    XVI - atestados tcnicos ou termos de compromisso tcnico de:

    a) estabilidade das edificaes, instalaes e equipamentos, inclusive coberturas, arquibancadas, palcos, torres de equipamentos, painis, mobilirios, gradis e elementos decorativos;

    b) regularidade das instalaes eltricas do evento, bem como dos sistemas de aterramento referidos na NBR 5410/ABNT, e da proteo contra descargas eltricas atmosfricas (SPDA), de acordo com a NBR 5419/ABNT;

    c) adequao e funcionamento do sistema de segurana, incluindo equipamentos e brigada de combate a incndio e pnico, em condies de operao;

    d) atendimento Lei n. 11.345, 14 de abril de 1993, e NBR 9050/ABNT, para os efeitos de aplicao das disposies especiais para pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida, na forma prevista na legislao municipal;

    e) atendimento aos limites de rudo estabelecidos nos Quadros 02/a a 02/h, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004, e no 8 do artigo 177, todos da mesma lei;

    XVII - a critrio da Municipalidade, conforme as necessidades do caso, indicao do engenheiro de segurana que dever estar presente no local por ocasio da realizao do evento.

    1 - O Alvar de Autorizao dever ser requerido com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias da data de realizao do evento.

    2 - O atendimento s exigncias tcnicas constantes deste artigo dever ser comprovado por atestados tcnicos ou termos de compromisso tcnico, firmados por empresas ou profissionais devidamente habilitados, acompanhados das respectivas ART e cpias das carteiras do CREA/SP.

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  • 3 - Dependendo das particularidades do caso, podero ser solicitados esclarecimentos adicionais aos interessados, bem como a apresentao da documentao complementar necessria instruo e apreciao do pedido, assim como poder ser dispensada a apresentao de documento relacionado neste artigo por motivo devidamente fundamentado.

    CAPTULO V

    DOS REQUISITOS GERAIS PARA EXPEDIO DO

    AUTO DE LICENA DE FUNCIONAMENTO E DO ALVAR DE FUNCIONAMENTO

    SEO I

    DA REGULARIDADE DA EDIFICAO

    Art. 25 - O uso no-Residencial - nR, desde que permitido, poder instalar-se em edificao em situao regular, ainda que no-conforme, desde que observados os parmetros de incomodidade e condies de instalao previstos nos Quadros 02, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004.

    1 - Constituem-se documentos hbeis para a comprovao da regularidade da edificao, desde que esta tenha sido mantida sem alteraes em relao ao regularmente licenciado:

    I - planta aprovada com o respectivo Habite-se, Auto de Vistoria, Auto de Concluso ou Certificado de Concluso;

    II - planta conservada com o Alvar de Conservao correspondente;

    III - planta regularizada com o Auto de Regularizao correspondente;

    IV - Certificado de Mudana de Uso e pea grfica correspondente.

    2 - A constatao da situao de regularidade da edificao, junto ao Cadastro de Edificaes do Municpio - CEDI, dispensar a apresentao do documento relacionado no inciso VII do artigo 22 deste decreto, exceto quando se tratar de pedido para:

    I - atividades classificadas como nR1 e nR2, de acordo com a Lei n. 13.885, de 2004, e o Decreto n. 45.817, de 2005, a serem instaladas em edificao cujo eventual alvar de reforma inclua-se nas competncias de anlise e deciso do Departamento de Aprovao de Edificaes - APROV, da Secretaria Municipal de Habitao, na conformidade das atribuies definidas no Decreto n. 48.379, de 2007;

    II - atividades classificadas como nR3 e nR4, de acordo com a Lei n. 13.885, de 2004, e o Decreto n. 45.817, de 2005;

    III - edificao que deva ser adaptada, em funo de exigncias quanto habitabilidade, higiene, segurana ou acessibilidade para a atividade pretendida, definidas na legislao edilcia ou de uso e ocupao do solo.

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  • SEO II

    DA SEGURANA DA EDIFICAO

    Art. 26 - A expedio de licena depender da demonstrao do atendimento s condies de segurana da edificao.

    1 - Para fins de obteno de Auto de Licena de Funcionamento, desde que a edificao tenha sido mantida sem alteraes de ordem fsica ou de utilizao em relao ao regularmente licenciado, com a comprovada manuteno do sistema de segurana implantado, o atendimento s condies de segurana da edificao poder ser demonstrado por meio dos seguintes documentos, expedidos nos termos das Leis n. 8.266, de 20 de junho de 1975, e n. 11.228, de 26 de junho de 1992, e do Decreto n 32.329, de 23 de setembro de 1992, com as respectivas alteraes subseqentes:

    I - Auto de Concluso;

    II - Certificado de Concluso;

    III - Auto de Conservao;

    IV - Auto de Regularizao;

    V - Auto de Verificao de Segurana - AVS;

    VI - Alvar de Funcionamento dos Equipamentos do Sistema de Segurana.

    2 - Excluem-se da obrigatoriedade de demonstrao do atendimento s condies de segurana:

    I - as edificaes que estejam desobrigadas de espaos de circulao protegidos, de acordo com o Captulo 12 do Anexo I da Lei n. 11.228, de 1992, com altura igual ou inferior a 9,00m (nove metros) e populao igual ou inferior a 100 (cem) pessoas (por andar), exceto as atividades ou grupos de atividades referidos no inciso II do 2 deste artigo, com capacidade de lotao total superior a 100 (cem) pessoas;

    II - as edificaes destinadas ao comrcio, prestao de servios de sade, educao e automotivos, s indstrias, s oficinas e aos depsitos, aos locais de reunio e prtica de exerccio fsico ou esporte, com capacidade de lotao igual ou inferior a 100 (cem) pessoas;

    III - as atividades enquadradas na subcategoria de uso nR1, de acordo com a Lei n. 13.885, de 2004, e o Decreto n. 45.817, de 2005, instaladas nos pavimentos trreos de edifcios, desde que em locais compartimentados vertical e horizontalmente em relao ao restante da edificao, e com sada imediata para a via pblica.

    DECRETO N. 49.969/2008 17

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  • 3 - No caso de Auto de Licena de Funcionamento para as atividades nR1 e nR2, de acordo com a Lei n. 13.885, de 2004, e o Decreto n. 45.817, de 2005, a serem instaladas em edificao cujo eventual alvar de reforma inclua-se nas competncias de anlise e deciso das Subprefeituras, na conformidade das atribuies definidas no Decreto n. 48.379, de 2007, o documento poder ser substitudo, a critrio e sob a responsabilidade do requerente, por atestado tcnico referente segurana da edificao, emitido por Engenheiro de Segurana, acompanhado de cpia da carteira do CREA/SP e respectiva ART.

    4 - A demonstrao das condies de segurana da edificao, para fins de obteno de Alvar de Funcionamento, depender da apresentao da documentao pertinente, nos termos do artigo 23 deste decreto.

    Art. 27 - As edificaes existentes, que no apresentem condies de segurana, na forma prevista na legislao vigente e nas normas tcnicas oficiais, devero ser adaptadas s exigncias de segurana, mediante a execuo de obras e servios considerados necessrios para garantir a segurana em sua utilizao, conforme disposto nas Leis n. 9.433, de 1 de abril de 1982, e n. 11.228, de 1992, e no Decreto n. 32.329, de 1992.

    1 - A adaptao poder ser requerida e executada no mesmo processo administrativo em que foi requerida a licena, em todos os casos de Alvar de Funcionamento e nos casos de Auto de Licena de Funcionamento nos quais a apreciao do projeto de adaptao seja tambm de competncia das Subprefeituras, nos termos do Decreto n. 48.379, de 2007.

    2 - Nos casos de Auto de Licena de Funcionamento, no sendo apresentado documento comprobatrio das condies de segurana e competindo ao Departamento de Controle de Uso de Imveis - CONTRU a apreciao de eventual projeto de adaptao, nos termos do Decreto n. 48.379, de 2007, a Subprefeitura competente comunicar o fato quele rgo, em expediente apartado do pedido de licena.

    3 - Executadas as obras ou servios e cumpridas as demais exigncias deste decreto e da legislao vigente, ser expedida a licena de funcionamento, que constituir documento hbil para fins de comprovao do atendimento s condies de segurana.

    SEO III

    DA REGULARIDADE DO USO

    Art. 28 - O uso de imveis, para fins da disciplina do uso e ocupao do solo, classifica-se em permitido e no permitido e em conforme e no conforme.

    1 - Uso permitido aquele passvel de ser implantado ou instalado no imvel, em funo do tipo de zona de uso, da categoria da via e da sua largura.

    2 - Uso no permitido aquele no passvel de ser implantado ou instalado no imvel, em funo do tipo de zona de uso, da categoria da via ou da sua largura.

    DECRETO N. 49.969/2008 18

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  • 3 - Uso conforme aquele permitido e que, no caso de uso no-Residencial - nR, atende tambm a todos os parmetros de incomodidade e condies de instalao, constantes dos Quadros 02/a a 02/i, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004.

    4 - Uso no conforme aquele que no permitido ou, no caso de uso no-Residencial - nR, aquele que, mesmo permitido, no atende a, pelo menos, um dos parmetros de incomodidade ou uma das condies de instalao, constantes dos Quadros 02/a a 02/i, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004.

    Art. 29 - Para a expedio da licena, o uso pretendido deve ser considerado conforme.

    1 - Em qualquer zona de uso, para instalao de usos no-residenciais, no se aplica a limitao de rea construda computvel mxima permitida referida nos Quadros 02, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004, s edificaes existentes consideradas em situao regular nos termos do caput e do 1 do artigo 217 da mesma lei.

    2 - Quando se tratar de pedido de licena para funcionamento de estabelecimento em edificao em situao regular, no sendo possvel atender o nmero de vagas exigidas para estacionamento de veculos, conforme previsto nos Quadros 02, anexos Parte III da Lei n. 13.885, de 2004, essa exigncia poder ser atendida com a vinculao de vagas em outro imvel, distncia mxima de 200 (duzentos) metros.

    3 - O espao destinado ao estacionamento de veculos em outro imvel, referido no 2 deste artigo, poder estar situado a mais de 200 (duzentos) metros, quando o estabelecimento firmar convnio com estacionamento e servio de manobristas, devendo o instrumento contratual mantido disposio dos rgos de fiscalizao municipal.

    4 - s atividades classificadas no grupo comrcio de alimentao ou associado a diverses, previstas no inciso I do artigo 156 da Lei n. 13.885, de 2004, das vias coletoras da ZM e da ZMp, no se aplica a restrio do horrio de funcionamento previsto no Quadro 02/e da citada lei, at a regulamentao da matria por lei especfica.

    5 - O uso comprovadamente instalado at a data da publicao da Lei n. 13.885, de 2004, permitido para o local pela legislao vigente quando de sua instalao, que tenha se tornado no permitido ou no conforme nos termos da referida lei, poder ser tolerado, desde que:

    I - a edificao possa ser considerada em situao regular, nos termos do artigo 25 deste decreto;

    II - sejam atendidos os parmetros de incomodidade relativos ao rudo e ao horrio de carga e descarga, at a regulamentao dos demais parmetros.

    6 - A comprovao do uso mencionado no 5 deste artigo se dar mediante a apresentao de documento emitido por rgo da Prefeitura do Municpio de So Paulo ou do Poder Pblico estadual ou federal que tenha autorizado o exerccio da atividade, no mbito de sua competncia.

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  • 7 - Aos estabelecimentos destinados venda de produtos alimentcios, com ou sem consumo no local, ou ao desenvolvimento de atividades de lazer e diverso, do grupo de atividades comrcio de alimentao ou associado a diverses, j comprovadamente instalados at a entrada em vigor da Lei n. 13.885, de 2004, nas vias locais da ZM ou ZMp, no se aplica a restrio do horrio de funcionamento previsto no Quadro 02/d da referida lei, at a regulamentao da matria por lei especfica.

    SEO IV

    DA INEXISTNCIA DE DBITOS

    Art. 30 - As licenas de que trata este decreto no sero expedidas caso a pessoa fsica ou jurdica requerente esteja includa no Cadastro Informativo Municipal CADIN MUNICIPAL, nos termos do artigo 3 da Lei n. 14.094, de 6 de dezembro de 2005, com a redao dada pelo artigo 47 da Lei n. 14.256, de 29 de dezembro de 2006.

    CAPTULO VI

    DAS SITUAES, ATIVIDADES E REQUISITOS ESPECFICOS

    PARA EXPEDIO DE AUTO DE LICENA DE FUNCIONAMENTO

    E DE ALVAR DE FUNCIONAMENTO

    SEO I

    DAS ATIVIDADES SUJEITAS A CONTROLE SANITRIO

    Art. 31 - Nos pedidos de Auto de Licena de Funcionamento ou de Alvar de Funcionamento para atividades sujeitas a controle sanitrio, os interessados devero apresentar termo de cincia quanto necessidade de atendimento s exigncias previstas no artigo 90 da Lei n. 13.725, de 9 de janeiro de 2004, relativas ao Cadastro Municipal de Vigilncia Sanitria - CMVS.

    SEO II

    DA INSTALAO DE DUAS ATIVIDADES NA MESMA EDIFICAO

    Art. 32 - Podero ser licenciadas duas ou mais atividades em uma mesma edificao, sem prejuzo das demais condies estabelecidas neste decreto, desde que:

    I - as atividades sejam permitidas na zona;

    II - os parmetros de incomodidade e as condies de instalao sejam atendidos; DECRETO N. 49.969/2008 20

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  • III - as atividades possam funcionar de modo independente;

    IV - sejam atendidas, em cada caso, as demais disposies da Lei n. 13.885, de 2004;

    V - seja atendida a quantificao total das instalaes sanitrias, nos termos do disposto na Lei n. 11.228, de 1992.

    1 - Podero ser expedidas tantas licenas quantas forem as atividades que puderem ser instaladas no local, todas vinculadas entre si.

    2 - A licena de funcionamento poder ser expedida para as unidades individualmente ou para o conjunto de atividades.

    3 - As licenas de funcionamento podero ser emitidas inclusive nos casos em que o acesso e as instalaes sejam comuns para todas as atividades.

    SEO III

    DAS ATIVIDADES SECUNDRIAS OU COMPLEMENTARES

    Art. 33 - A expedio do Auto de Licena de Funcionamento de atividade considerada secundria ou complementar, observadas as disposies constantes do artigo 32 deste decreto, depender da prvia emisso do Auto de Licena de Funcionamento ou de Alvar de Funcionamento da atividade principal.

    1 - Do Auto de Licena de Funcionamento da atividade secundria ou complementar dever constar sua vinculao ao Auto de Licena de Funcionamento ou ao Alvar de Funcionamento da atividade principal.

    2 - No caso de atividade complementar ou secundria que consista em estande ou box de venda de produtos embalados e prontos para o consumo, situada em shopping-centers, centros de compras, lojas de departamento ou magazines, mercados, supermercados, hipermercados e similares, dever ser apresentado, alm dos documentos relativos prpria atividade, Termo de Compromisso e Responsabilidade firmado pelos responsveis pelas atividades principal e secundria ou complementar, com a declarao de que a nova atividade no prejudica os corredores de circulao, as rotas de fuga e o acesso aos equipamentos da edificao utilizada.

    3 - Na hiptese de a atividade secundria ou complementar implicar pequena reforma, dever ser apresentada a respectiva planta aceita pela Municipalidade para essa finalidade.

    4 - Para a emisso do Auto de Licena de Funcionamento de atividades complementares destinadas ao atendimento exclusivo dos usurios da atividade principal, conforme previsto nos 1 e 2 do artigo 39 do Decreto n. 45.817, de 2005, sero necessrios:

    I - atendimento s condies de instalao estabelecidas para a atividade principal;

    II - apresentao de declarao dos responsveis pela atividade principal, quanto sua cincia das restries impostas ao funcionamento da atividade complementar.

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  • SEO IV

    DAS ATIVIDADES EM CONDOMNIO

    Art. 34 - As licenas de funcionamento para atividades em condomnio, que ocupem fraes ideais de uma mesma edificao, sero expedidas separadamente para cada uma das atividades.

    1 - A licena de funcionamento de cada atividade exercida no condomnio poder ficar vinculada licena previamente expedida para a unidade administrativa responsvel pelo condomnio, desde que a unidade administrativa responsvel pelo condomnio esteja nele instalada.

    2 - Caso seja requerida a vinculao e apresentada a licena da unidade administrativa responsvel pelo condomnio, ser dispensada a apresentao dos documentos comprobatrios da regularidade da edificao e da segurana das instalaes, sem prejuzo do cumprimento das demais exigncias descritas neste decreto ou na legislao municipal.

    SEO V

    DO ESTACIONAMENTO DE VECULOS COMO ATIVIDADE COMPLEMENTAR

    Art. 35 - A expedio de Auto de Licena de Funcionamento para a atividade estacionamento, quando se tratar de atividade complementar principal, de acordo com o disposto no 4 do artigo 162 da Lei n. 13.885, de 2004, depender da apresentao dos seguintes documentos, alm daqueles referidos no artigo 22 deste decreto:

    I - cpias da Conveno de Condomnio e da ata da assemblia que elegeu o sndico, acompanhadas de:

    a) cpia do contrato de locao firmado entre o sndico e o responsvel pela atividade estacionamento, desde que a Conveno de Condomnio assim o autorize; ou

    b) anuncia do condomnio, comprovada por cpia da ata de assemblia que autorizou a atividade estacionamento nas vagas aprovadas para esse fim;

    II - declarao sobre o nmero de vagas que sero utilizadas para a atividade a ser licenciada, demarcando-as em peas grficas.

    1 - No caso de condomnio, a Notificao-Recibo do IPTU, mencionada no inciso III do caput do artigo 22, poder ser a de qualquer um de seus contribuintes.

    2 - Do Auto de Licena de Funcionamento dever constar o nmero de vagas de estacionamento utilizadas pela atividade, alm dos dados arrolados no artigo 10 deste decreto.

    3 - Nos casos de ausncia ou de inexistncia dos documentos mencionados no 1 do artigo 25 deste decreto e atestada a regularidade da edificao perante o CEDI, a documentao dever ser acompanhada de croqui da rea objeto do pedido, demonstrando:

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  • I - que os acessos da edificao principal no sero comprometidos, em razo do funcionamento do estacionamento;

    II - acessos, circulao e espaos de manobra e porcentagens de vagas para deficientes fsicos e motos, de acordo com as disposies do Captulo 13 do Anexo I da Lei n. 11.228, de 1992, e do Anexo 13 do Decreto n. 32.329, de 1992;

    III - implantao, no solo, de demarcao e numerao de vagas;

    IV - instalao de equipamentos de segurana, de acordo com as normas constantes da legislao em vigor, comprovada atravs da apresentao do Auto de Verificao de Segurana - AVS ou outro documento comprobatrio, nos termos deste decreto;

    V - existncia de instalao sanitria para a atividade estacionamento.

    SEO VI

    DA ATIVIDADE ESTACIONAMENTO DE VECULOS EM TERRENO VAGO

    Art. 36 - Poder ser expedida licena de funcionamento para a prestao de servio de estacionamento em terreno vago, desde que permitido na zona e observados os parmetros de incomodidade e as condies de instalao pertinentes, mediante a apresentao dos seguintes documentos, alm daqueles referidos no artigo 22 deste decreto:

    I - pea grfica com a representao:

    a) do nmero mximo de vagas que o imvel comporta, atendendo s dimenses previstas na Lei n. 11.228, de 92, e no Decreto n. 32.329, de 1992, inclusive com a previso de vagas para deficientes fsicos;

    b) da vegetao de porte arbreo, atendendo s disposies da Lei n. 13.319, de 5 de fevereiro de 2002, e do Decreto n. 44.419, de 26 de fevereiro de 2004, que a regulamenta;

    c) da rea permevel resultante da aplicao da Taxa de Permeabilidade prevista nos Quadros 04, anexos aos Planos Regionais Estratgicos das Subprefeituras institudos pela Lei n. 13.885, de 2004;

    d) de guarita e de, pelo menos, um sanitrio contendo bacia e lavatrio;

    e) de muro de fecho, de acordo com as normas estabelecias pela legislao pertinente em vigor;

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  • II - termo assinado por profissional devidamente habilitado, atestando que o projeto de instalao atende s posturas municipais pertinentes, especialmente quanto:

    a) segurana de uso do imvel e dos dispositivos de sinalizao viria;

    b) ao tratamento adequado do solo, de forma a garantir a estabilidade dos macios e boas condies de conforto, salubridade e segurana para os usurios;

    c) instalao de sistema de drenagem compatvel com as caractersticas morfolgicas e topogrficas da rea utilizada;

    III - comprovante de contratao de seguro, caso o nmero de vagas seja superior a 50 (cinqenta), nos termos da Lei n. 10.927, de 8 de janeiro de 1991, alterada pela Lei n. 11.362, de 17 de maio de 1993, e regulamentada pelo Decreto n. 30.102, de 4 de setembro de 1991;

    IV - Certido de Diretrizes emitida pela Secretaria Municipal de Transportes, nas seguintes hipteses:

    a) nmero de vagas igual ou superior a 200 (duzentos);

    b) nmero de vagas seja igual ou superior a 80 (oitenta), no caso de imvel includo em rea Especial de Trfego - AET, definida pela Lei n. 10.334, de 13 de julho de 1987.

    Pargrafo nico. Do Auto de Licena de Funcionamento devero constar, alm das informaes referidas no artigo 10, o nmero de vagas e a observao relativa necessidade de manuteno, no estabelecimento, da pea grfica mencionada no inciso I do caput deste artigo, disposio dos rgos de fiscalizao municipal.

    SEO VII

    DAS ATIVIDADES QUE ARMAZENEM OU UTILIZEM LQUIDOS COMBUSTVEIS

    Art. 37 - A expedio da licena de funcionamento, nos casos de atividades em imveis em que sejam armazenados ou utilizados lquidos combustveis, depender da apresentao do Alvar de Funcionamento de Equipamento, expedido pelo rgo municipal competente.

    SEO VIII

    DAS ATIVIDADES GERADORAS DE FONTE SONORA

    Art. 38 - Ser exigido laudo tcnico comprobatrio de tratamento acstico para os estabelecimentos, instalaes ou espaos, inclusive aqueles destinados ao lazer, cultura, hospedagem, diverses, culto religioso e instituies de qualquer espcie, que utilizarem fonte sonora, com transmisso ao vivo ou por amplificadores, acompanhado da descrio dos procedimentos adotados para o perfeito desempenho da proteo acstica do local, de acordo com as disposies da Lei n. 11.501, de 11 de abril de 1994, e respectivas alteraes subseqentes.

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  • SEO IX

    DO CERTIFICADO DE ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS COM DEFICINCIA

    OU MOBILIDADE REDUZIDA

    Art. 39 - Ser exigida a apresentao do Certificado de Acessibilidade ou outro documento comprobatrio da acessibilidade do imvel s pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida, de acordo com as disposies do Decreto n. 45.122, de 12 de agosto de 2004, ou o protocolo do pedido, conforme previsto no 3 do artigo 6 do referido decreto, para os seguintes usos:

    I - cinemas, teatros, salas de concerto, casas de espetculos e estabelecimentos bancrios, com qualquer capacidade de lotao;

    II - locais de reunio com capacidade para mais de 100 (cem) pessoas, destinados a abrigar eventos geradores de pblico, tais como:

    a) auditrios;

    b) templos religiosos;

    c) sales de festas ou danas;

    d) ginsios ou estdios;

    e) recintos para exposies ou leiles;

    f) museus;

    g) restaurantes, lanchonetes e congneres;

    h) clubes esportivos e recreativos;

    III - qualquer outro uso, com capacidade de lotao para mais de 600 (seiscentas) pessoas, tais como:

    a) estabelecimentos destinados prestao de servios de assistncia sade, educao e hospedagem;

    b) centros de compras - shopping centers;

    c) galerias comerciais;

    d) supermercados.

    Pargrafo nico. Esto dispensados da apresentao do Certificado de Acessibilidade os estabelecimentos instalados nas edificaes referidas no artigo 13 do Decreto n. 45.122, de 2004.

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  • SEO X

    DAS ATIVIDADES QUE EXIGEM LICENA AMBIENTAL

    Art. 40 - Os pedidos de Auto de Licena de Funcionamento e de Alvar de Funcionamento sero instrudos com a respectiva Licena Ambiental de Operao para Atividades e Empreendimentos nos casos exigidos pela legislao vigente, especialmente nas hipteses listadas na Resoluo CONAMA n. 237, de 19 de dezembro de 1997, e no Anexo I da Resoluo n. 61/CADES/2001, de 5 de outubro de 2001, ou em normas que venham a suced-las.

    CAPTULO VII

    DOS DE MAIS PROCEDIMENTOS

    SEO I

    DA REVALIDAO DO ALVAR DE FUNCIONAMENTO

    Art. 41 - Os responsveis pelo funcionamento das atividades referidas no artigo 4 deste decreto devero solicitar, anualmente, a revalidao do Alvar de Funcionamento, mediante requerimento padronizado, instrudo com os seguintes documentos:

    I - cpia do Alvar de Funcionamento ou de sua ltima revalidao;

    II - declaraes assinadas pelo representante legal e por profissional habilitado, acompanhadas de cpias da carteira do CREA/SP e respectiva ART, sobre as condies de segurana e estabilidade da edificao, a manuteno do sistema de segurana contra incndio e da regularidade da edificao;

    III - documento comprobatrio do pagamento da Taxa de Fiscalizao de Estabelecimento - TFE;

    IV - atestado de curso e reciclagem de treinamento dos integrantes que compem a Brigada de Combate a Incndio;

    V - atestado das instalaes eltricas, conforme NBR 5410/ABNT, acompanhado de cpias da carteira do CREA/SP e da respectiva ART do profissional habilitado.

    1 - A revalidao do Alvar de Funcionamento somente ser deferida caso no tenham ocorrido alteraes referentes ao tipo ou caractersticas da atividade, ou modificaes na edificao utilizada, e desde que constatadas adequadas condies de segurana e estabilidade da edificao e perfeita manuteno do sistema de segurana contra incndio.

    2 - Verificada alterao substancial nas condies de segurana, novo Alvar de Funcionamento dever ser requerido nos termos do artigo 23 deste decreto.

    DECRETO N. 49.969/2008 26

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  • SEO II

    DA PRORROGAO DO ALVAR DE AUTORIZAO

    Art. 42 - O Alvar de Autorizao para eventos pblicos e temporrios ter validade mxima de 6 (seis) meses, podendo ser prorrogada, por igual perodo, uma nica vez, dependendo de novo recolhimento do valor devido, nos termos da Lei n. 11.228, de 1992.

    Pargrafo nico. Persistindo a atividade no local, decorridos os prazos referidos no caput deste artigo, o responsvel legal pelo evento ser notificado a requerer Alvar de Funcionamento.

    SEO III

    DA INVALIDAO E CASSAO DAS LICENAS DE FUNCIONAMENTO

    Art. 43 - As licenas de funcionamento de que trata este decreto sero declaradas invlidas ou cassadas nas hipteses referidas no artigo 2, 3, deste decreto, mediante a instaurao de processo administrativo, observada a Lei n. 14.141, de 2006.

    1 - O processo poder ser instaurado de ofcio ou a requerimento de qualquer muncipe. 2. O objeto do processo ser a verificao da hiptese de invalidao ou cassao, mediante a produo da prova necessria e a respectiva anlise.

    3 - O interessado dever ser intimado para o exerccio do contraditrio, na forma da lei.

    4 - A deciso sobre a invalidao ou a cassao da licena caber s mesmas autoridades competentes para sua expedio.

    5 - Contra a deciso ser admitido um nico recurso, sem efeito suspensivo, dirigido mesma autoridade competente para a deciso de recurso de despacho decisrio relativo expedio da licena.

    6 - A comunicao dos despachos decisrios ser feita ao interessado mediante publicao no Dirio Oficial do Municpio.

    SEO IV

    DO TERMO DE CONSULTA DE FUNCIONAMENTO

    Art. 44 - Poder ser requerida, em carter facultativo, prvia anlise quanto possibilidade de instalao e funcionamento de atividade em edificao regular, em face da legislao de uso e ocupao do solo, por meio da expedio de Termo de Consulta de Funcionamento.

    1 - O pedido de Termo de Consulta de Funcionamento somente ser admissvel se formulado antes da instalao da atividade no imvel.

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  • 2 - O Termo de Consulta de Funcionamento no substitui nem dispensa a prvia obteno de Auto de Licena de Funcionamento ou de Alvar de Funcionamento para a efetiva instalao e funcionamento da atividade no imvel.

    3 - O processamento dos pedidos de Termo de Consulta de Funcionamento obedecer as regras de competncia definidas no artigo 14 deste decreto.

    Art. 45 - O requerimento do Termo de Consulta de Funcionamento dever ser instrudo com informaes e documentos mencionados nos incisos I a V do caput do artigo 22 e nos incisos I a V do caput do artigo 23, ambos deste decreto.

    1 - O requerente ser intimado do resultado da consulta por via postal, sem prejuzo da publicao no Dirio Oficial da Cidade.

    2 - Deferido o pedido, ser expedido o Termo de Consulta de Funcionamento, que ter validade por 60 (sessenta) dias, para efeito de prosseguimento do pedido de Auto de Licena de Funcionamento ou de Alvar de Funcionamento, por meio do mesmo processo no qual foi requerida a consulta.

    3 - Na hiptese do 2 deste artigo, ficar o requerente dispensado da apresentao dos documentos mencionados no caput deste artigo.

    4 - Se a anlise tcnica, diante dos elementos apresentados, concluir pela impossibilidade de utilizao do imvel para a atividade pretendida, o pedido ser indeferido, no lhe sendo aplicvel o disposto no artigo 16 deste decreto, encerrada a instncia administrativa.

    Art. 46 - O Termo de Consulta de Funcionamento, desde que seu respectivo pedido esteja devidamente instrudo com os elementos necessrios sua anlise, ser expedido no prazo mximo de 15 (quinze) dias, contados da data de seu protocolamento.

    Art. 47 - Do Termo de Consulta de Funcionamento devero constar obrigatoriamente:

    I - endereo completo do local onde se pretende instalar a atividade;

    II - nmero do contribuinte do IPTU;

    III - atividade a ser exercida no imvel;

    IV - zona de uso e classificao da via;

    V - subcategoria de uso e grupo de atividade, de acordo com o Quadro n. 02, anexo ao Decreto n. 45.817, de 2005;

    VI - parmetros de incomodidade e condies de instalao a serem observados no funcionamento da atividade;

    VII - rea construda a ser utilizada e rea total da edificao;

    VIII - lotao pretendida, indicada na consulta;

    IX - relao dos documentos necessrios obteno do Auto de Licena de Funcionamento ou do Alvar de Funcionamento.

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  • CAPTULO VIII

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 48 - Os recursos administrativos j interpostos, dirigidos s autoridades que no mais detenham competncia para sua apreciao nos termos do disposto no artigo 20 deste decreto, devero ser por elas decididos, vedada a interposio de outros recursos com fundamento nas normas ora revogadas.

    Art. 49 - Este decreto entrar em vigor 30 (trinta) dias aps a data de sua publicao, revogados os Decretos n. 15.636, de 18 de janeiro de 1979, n. 24.636, de 24 de setembro de 1987, n. 32.543, de 3 de novembro de 1992, n. 34.571, de 11 de outubro de 1994, n. 41.361, de 13 de novembro de 2001, e n. 41.532, de 20 de dezembro de 2001, o 1 do artigo 12 do Decreto n. 44.577, de 7 de abril de 2004, o Decreto n. 49.669, de 24 de junho de 2008, e a Portaria n. 395/03-Pref, de 19 de dezembro de 2003.

    DECRETO N. 49.969/2008 29

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