pmsp - manual de controle de distúrbios civis

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  • 8/10/2019 PMSP - Manual de Controle de Distrbios Civis

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    M-8-PM

    Polcia Militar do Estado de So Paulo

    MANUAL DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVISDA

    POLCIA MILITAR

    3 EdioTiragem: 2.000 exemplares1997

    Setor Grfico do CSM/M IntPublicado no Bol G PM 159/97

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    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULOCOMANDO GERALSo Paulo, 07 de julho de 1997.DESPACHO N DSist N-013/322/97

    O Comandante Geral da Polcia Militar do Estado de So Paulo, nostermos dos Artigos 16 e 43 das I-1-PM (Instrues para Publicaes daPolcia Militar), aprova, manda pr em execuo e autoriza a impresso doManual Policial Militar (M-8-PM) MANUAL DE CONTROLE DEDISTRBIOS CIVIS DA POLCIA MILITAR, 3 Edio. Fica revogado apublicao inserta no Boletim Geral n 191 de 07Out92.

    Autorizo que seja publicado apenso ao Boletim Geral.

    ( assinatura) ilegivlCARLOS ALBERTO DA COSTA

    Cel PM - Cmt Geral

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    QUADRO DISTRIBUIO CARGA

    1.rgos de Direoa. Geral

    Cmt G ..................................................................................... 01S Cmt PM ............................................................................... 02Gab Cmt G ............................................................................. 02EM/PM (cada) ....................................................................... 02

    Corregedoria PM .................................................................... 10b. SetorialDiretorias (cada) ..................................................................... 03

    2. rgos de ApoioOPM de Apoio ao Ensino (cada) ............................................. 10

    3. rgos Especiais de Apoioa. AG .......................................................................................... 02b. C Com Soc. ............................................................................ 02c. Centros (cada)....................................................................... 024. rgos de Execuoa. Grandes Comandos (cada) .................................................... 02b. CPA/M e CPA/I (cada) ........................................................... 03c. Btl/M e Btl/I (cada) .................................................................. 05

    5. APM(cada) ............................................................................ 036. Consultoria Jurdica............................................................. 017. Reservaa. Na DSist ................................................................................ 058. rgos Especiais de Execuoa. CPChq .................................................................................... 05b. 1 BPChq ................................................................................ 10c. 2 BPChq ................................................................................ 30d. 3 BPChq ................................................................................. 30e. RPMon .................................................................................... 209. Para Vendaa. No CSM/Mint .................................................................... demaisb. Tiragem: ........................................................................... 2.000

    (*) observao: Os exemplares da distribuio carga devero ser includosem carga nos termos do Artigo 57 da I-1-PM (Instrues para asPublicaes da Polcia Militar).

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    NDlCE GERALPg.

    Ttulo I - Controle de Distrbios Civis ............................................... 08Captulo I - Introduo ...................................................................... 08

    1.0 - Finalidade ........................................................................... 081.1 - Regular ......................................................................... 081.2 - Conceitos ...................................................................... 081.3 - Causas de Distrbios Civis ........................................... 09

    Captulo II - Operaes de CDC ...................................................... 101.0 - Fases das Operaes de CDC ........................................... 10

    1.1 - Situaes da Tropa ....................................................... 101.2 - Determinao da Situao ........................................... 11

    2.0 - Ttica de Controle de Distrbios Civis ................................ 112.1 - Controle ........................................................................ 112.2 - Ttica ............................................................................ 112.3 - Objetivo principal .......................................................... 112.4 - Reunies pacficas ....................................................... 112.5 - Acompanhamento......................................................... 122.6 Ao de disperso .......................................................... 122.7 Frao da Tropa ............................................................. 122.8 - Policiamento de rea .................................................... 12

    3.0 - Prioridade no Emprego dos Meios...................................... 133.1 - Objetivo principal .......................................................... 133.2 - Ttica adotada .............................................................. 13

    Captulo III Fraes da Tropa de Controle de Distrbios Civis ......... 161.0 - Constituio Bsica do Peloto de Choque ........................ 16

    1.1 - Funes e Numerao ................................................. 161.2 - Material Blico e Equipamentos de Proteo individual

    e coletiva ....................................................................... 181.3 - Caixa de Choque .......................................................... 191.4 - Acessrios .................................................................... 201.5 - Formaes Bsicas ...................................................... 201.6 - Deslocamentos ............................................................. 24

    2.0 - Aplicaes das Formaes ................................................. 242.1 - Formaes .................................................................... 24

    3. 0 - Comandos.......................................................................... 243.1 - Comandos para as formaes ..................................... 243.2 - Comandos por Gestos .................................................. 26

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    4.0 - Constituio Bsica da Companhia de Choque ................. 264.1 - Pessoal ......................................................................... 264.2 - Funes ........................................................................ 274.3 - Equipamentos ............................................................... 274.4 - Reviso ......................................................................... 285.0 - Formaes Bsicas ...................................................... 285.1 - Formao a partir do Peloto Base .............................. 285.2 - Principais apoios ........................................................... 295.3 - Outros apoios ............................................................... 315.4 - Deslocamentos ............................................................ 315.5 - Aplicaes das Formaes ......................................... 31

    6.0 - Comandos........................................................................... 326.1 - Voz ou gestos ............................................................... 32

    Captulo IV - Operaes de Controle Distrbios Civis Motorizados . 331.0 - Dispositivo do Peloto de Choque Motorizado

    (Pel Chq Mtz) ...................................................................... 331.1 - Finalidade ..................................................................... 33

    2.0 - Grupo de Choque Motorizado (Gr Chq Mtz) ....................... 332.1 - Composio .................................................................. 332.2 - Gr Chq .......................................................................... 332.3 - Frao mnima .............................................................. 332.4 - Formaes de Gr Chq .................................................. 33

    3.0 - Peloto de Choque Motorizado (Pel Chq Mtz) .................... 343.1 - Composio .................................................................. 343.2 - Pel Chq Mta .................................................................. 343.3 - Constituio .................................................................. 343.4 - Formaes do Pel Chq Mtz .......................................... 34

    4.0 - Companhia de Choque Motorizado (Cia Chq Mtz) ............. 354.1 - Deslocamento ............................................................... 354.2 - Formaes da Cia Chq Mtz .......................................... 35

    5.0 - Armamento e Equipamento utilizado pelo Pel Chq Mtz ...... 355.1 - Viatura Comando .......................................................... 35

    6.0 - Simbologia .......................................................................... 366.1 - Simbolos utilizados ....................................................... 366.2 - Peloto de Choque Motorizado (coluna por dois

    embarcados) ................................................................. 376.3 - Peloto de Choque Motorizado em coluna por trs ..... 386.4 - Peloto de Choque Motorizado Formao por Linha ... 396.5 - Peloto de Choque Motorizado Formao em Cunha . 40

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    6.6 - Formaes do Gr Chq Mtz ........................................... 416.7 - Formaes do Gr Chq Mtz ........................................... 42

    Captulo V - Tropa Montada ............................................................. 431.0 - A Tropa Montada no Controle de Distrbios Civis .............. 43

    1.1 - Finalidade ..................................................................... 431.2 - Consideraes gerais ................................................... 431.3 - Caracteristicas .............................................................. 43

    2.0 - Fundamentos ...................................................................... 442.1 - Composio bsica de CDC......................................... 442.2 - O Peloto Hipo.............................................................. 452.3 - O Gr Hipo ...................................................................... 452.4 - Esquadra Hipo .............................................................. 45 3.0

    - Formaes do Grupo Hipo .............................................................. 453.1 - Coluna por trs ............................................................. 453.2 - Coluna por dois ............................................................. 463.3 - Coluna por um .............................................................. 473.4 - Formao do Grupo em Batalha .................................. 483.5 - Formao do Grupo em linha de uma fileira ................ 483.6 - Do Peloto Hipo ............................................................ 49

    4.0 - Aplicaes da Tropa Montada em Aes de CDC ............. 534.1 - Recurso Ttico.............................................................. 53

    5.0 - Consideres para o Emprego de Tropa Montada emAes de CDC .................................................................... 545.1 - Comando ...................................................................... 545.2 - Aes de Controle de Distrbios Civis ......................... 545.3 - Aproximao Ttica ...................................................... 545.4 - Utilizao arma de fogo ................................................ 54

    6.0 - Procedimentos Preliminares Ao de CDC ..................... 546.1 - Instruo permanente ................................................... 54

    7.0 - Segurana da Tropa Montada ............................................ 557.1 - Nos deslocamentos ...................................................... 557.2 - No ponto de desembarque ........................................... 557.3 - Nas aes de CDC ....................................................... 55

    8.0 - Comandos........................................................................... 558.1 - Tipos comandos ................................................................. 558.2 - Clareza de comandos ......................................................... 558.3 - Comandos por voz ............................................................. 558.4 - Comandos por gestos ........................................................ 559.0 - Disposies gerais .............................................................. 57

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    Captulo VI - Fora Ttica Especial no Apoio da Tropa deControle de Distrbios Civis......................................... 58

    1.0 - Doutrina de Emprego e misses ........................................ 581.1 - Emprego Ttico ............................................................ 581.2 - Misses ......................................................................... 58

    2.0 - Organizao da Fora Ttica Especial ............................... 583.0 - Responsabilidade e Subordinao ..................................... 584.0 - Seleo e Emprego de Meios ............................................. 59

    Ttulo II - A Fora Ttica apoia a Tropa de CDC ............................... 60Captulo VII - Controle de Distrbios Civis com a Utilizao da

    Borduega em conflitos Rurais................................. 601.0 - Introduo ........................................................................... 60

    1.1 - Finalidade ..................................................................... 601.2 - Objetivo ......................................................................... 601.3 - Prioridade no emprego de meios.................................. 60

    2.0 - Emprego Ttico .................................................................. 623.0 - Prescries Diversas .......................................................... 64

    Anexo I - Apndice 1 ........................................................................ 66Anexo I - Apndice 2 ........................................................................ 67Anexo I - Apndice 3 ........................................................................ 68Anexo I - Apndice 4 ........................................................................ 69Anexo I - Apndice 5 ........................................................................ 70Anexo I - Apndice 6 ........................................................................ 71Anexo I - Apndice 7 ........................................................................ 72Anexo I - Apndice 8 ........................................................................ 73

    Anexo II - Apndice 1 ....................................................................... 74Anexo II - Apndice 2 ........................................................................ 75Anexo II - Apndice 3 ....................................................................... 76Anexo II - Apndice 4 ....................................................................... 77Anexo II - Apndice 5 ........................................................................ 78Anexo II - Apndice 6 ....................................................................... 79Anexo II - Apndice 7 ........................................................................ 80Anexo II - Apndice 8 ........................................................................ 81Anexo II - Apndice 9 ....................................................................... 82Anexo II - Apndice 10 ...................................................................... 83Anexo II - Apndice 11 ...................................................................... 84

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    Anexo II - Apndice 12 ...................................................................... 85Anexo II - Apndice 13 ..................................................................... 86Anexo II - Apndice 14 ...................................................................... 87Anexo II - Apndice 15 ..................................................................... 88Anexo II - Apndice 16 ...................................................................... 89Anexo II - Apndice 17 ...................................................................... 90Anexo II - Apndice 18 ...................................................................... 91Anexo II - Apndice 19 ...................................................................... 92

    ndice Analtico - ............................................................................... 93

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    TTULO ICONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    CAPTULO IINTRODUO

    1.0 - FINALIDADE

    1.1 - Regular as questes de doutrina, de instruo e emprego dasUnidades ou fraes que tenham por misso o Controle de Distrbios Civisno mbito da Polcia Militar do Estado de So Paulo.

    1.2 - CONCEITOS1.2.1 - Aglomerao: Grande nmero de pessoas temporariamente

    reunidas. Geralmente, os membros de uma aglomerao pensam e agemcomo elementos isolados e no organizados. A aglomerao poderresultar da reunio acidental e transitria de pessoas, tal como acontece narea comercial de uma cidade em seu horrio de trabalho ou nas estaesferrovirias em determinados instantes.

    1.2.2 -Multido: Aglomerao psicologicamente unificado por interessecomum. A formao da multido caracteriza-se pelo aparecimento do

    pronome ns entre os membros de uma aglomerao; assim, quando ummembro de uma aglomerao afirma - ns estamos aqui para cultura ... , ns estamos aqui para protestar ... podemos tambm afirmar que amultido est constituda e no se trata mais de uma aglomerao.

    1.2.3 -Turba: Multido em desordem. Reunio de pessoas que, sob oestmulo de intensa excitao ou agitao, perdem o senso da razo, erespeito Lei e passam a obedecer a indivduos que tomam a iniciativa dechefiar aes desatinadas. A turba pode fazer tumultos e distrbios.

    1.2.4 - Manifestao: Demonstrao, por pessoas reunidas, desentimento hostil ou simptico a determinada autoridade ou a algumacondio ou movimento econmico ou social.

    1.2.5 -Tumulto: Desrespeito ordem, levado a efeito por varias pessoas,em apoio a um desgnio comum de realizar certo empreendimento, por meio

    de ao planejada contra quem a elas se possa opor (o desrespeito ordem, uma perturbao da mesma por meio de aes ilegais, traduzidasnuma demonstrao de natureza violenta ou turbulenta).

    1.2.6 - Distrbio interno ou civil: Inquietao ou tenso civil que tomaforma de manifestao. Situao que surge dentro do pas, decorrente de

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    atos de violncia ou desordem e prejudicial a manuteno ou preservaoda Lei e da ordem. Poder porvir da ao de uma turba ou originar-se deum tumulto.

    1.2.7 - Calamidade pblica: Desastres de grandes propores, ousinistros. Resulta da manifestao de fenmenos naturais em grauexcessivo e incontrolvel, como inundaes, incndios em florestas,terremotos, tufes, furaces; de acidentes, como exploses, coliso denavios, trens, etc., ou da dessiminao de substncias letais, que poderoser de natureza qumica, radiativa ou bacteriolgica.

    1.2.8 -Perturbao da ordem pblica: Em sentido amplo, so os tiposde aes que comprometem, prejudiquem ou perturbem a organizaosocial, pondo em risco as atividades e os bens privados e pblicos.

    1.3 - CAUSAS DE DISTRBIOS CIVIS1.3.1 -Sociais: Os distrbios de natureza social podero ser resultantes

    de conflitos raciais, religiosos, da exaltao provocada por umacomemorao, por um acontecimento esportivo ou por outra atividadesocial.

    1.3.2 - Econmicas: Os distrbios de origem econmica provem dedesnvel entre classes sociais, desequilbrio econmico entre regies,divergncias entre empregados e empregadores, ou resultam de condies

    sociais de extrema privao ou pobreza, as quais podero induzir o povo violncia para obter utilidades necessrias satisfao, s suasnecessidades essenciais.

    1.3.3 - Polticas: Os distrbios podero originar-se de lutas poltico-partidrias, divergncias ideolgicas estimuladas ou no por pasesestrangeiros, ou da tentativa para atingir o poder poltico por meios nolegais.

    1.3.4 - Conseqentes de calamidades pblicas: Determinadascondies resultantes de catstrofes podero gerar violentos distrbiosentre o povo, pelo temor de novas aes catastrficas, pela falta dealimento, de vesturio ou de abrigo, ou mesmo em conseqncia de aesde desordem e pilhagem, levadas a efeito por elementos marginais.

    1.3.5 - Conseqentes de omisso ou falncia da autoridade constituda:

    A omisso da autoridade no exerccio das suas atribuies poder originardistrbios, levados a efeito por grupos de indivduos induzidos a crena deque podero violar a lei impunemente.

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    CAPTULO II

    OPERAES DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    1.0 - FASES DAS OPERAES DE CDC

    1.1 - Situao da tropa: A tropa destinada ao controle de distrbioscivis deve estar perfeitamente orientada de como proceder em situaes

    que possa exigir sua atuao, de forma operacional as situaes possveise esto assim determinadas:1.1.1 - S-1 - Situao normal.

    No h nenhuma alterao nas atividades da Unidade.1.1.2 - S-2 - Sobreaviso

    a) no so suprimidos os servios normais e nem h recolhimentode tropa;

    b) determinao de revistas extraordinrias, a critrio docomandante, sem interferncia das atividades normais;

    c) folgas so obrigatoriamente gozadas nas residncias ou entodeve-se ficar em condies de acionamento caso a situao exija;

    d) a guarda do Quartel poder ser reforada;e) aps as revistas segue mapa fora ao escalo superior;

    f) o expediente liberado aps contato com o escalo superior.1.1.3 - S-3 - Prontidoa) ficam suprimidas as folgas sem prejuzo do servio normal;b) aps as revistas segue mapa fora ao escalo superior;c) todas as ordens e toques gerais constituiro atribuies

    exclusivas do Cmt. As ordens devem ser escritas e a segurana doaquartelamento pode ser reforada;

    d).a frao de tropa empenhada em servio externo com efetivosuperior 20 (vinte) homens dever ser comandada por oficial;

    e) mediante ordem do escalo superior poder haver liberaoparcial do efetivo;

    f) fica estabelecido contato com o escalo superior a cada 04(quatro) horas e as estaes de rdio devem ficar em escuta permanente;

    g) aps recebimento da ordem de S-3 todo o efetivo deve seravisado para comparecer ao aquartelamento.1.1.4 - S-4 - Prontido rigorosa

    a) so suprimidos todos os servios prescindveis;

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    b) todas as folgas so suprimidas sem exceo. Os serviosimprescindveis podero ser substitudos, devendo porm permanecer deprontido;

    c) guarda do aquartelamento deve obrigatoriamente ser reforada;d) a tropa deve permanecer armada e equipada, com a munio

    pronta para ser distribuda;e) os meios de comunicao ficam inteiramente hipotecados ao

    servio.1.1.5 - S-5 - Ordem de Marcha

    a) vigora os itens previstos em S-4;b) deve-se providenciar a distribuio de munio;c) a ordem de marcha estabelecer os detalhes da misso a

    cumprir.

    1.2 - DETERMINAO DA SITUAO1.2.1 - As situaes previstas no artigo anterior so determinadas

    quando ocorrem os seguintes critrios:1.2.2 - S-1- quando a situao normal, nada ocorrendo que implique

    em outras medidas que as usuais.1.2.3 - S-2- quando h a possibilidade de perturbao grave da ordem

    pblica pelos mais diversos fatores.

    1.2.4 - S-3 - na iminncia de fatos anormais e graves que exijam oemprego extraordinrio da Tropa ou reservas maiores que as normais.1.2.5 - S-4 - na ocorrncia de fatos graves que exijam o emprego

    imediato da tropa com capacidade de resolver rapidamente a situao.1.2.6 - S-5- quando h necessidade de deslocamento da tropa para fora

    da sede da Unidade.

    2.0 - TTICA DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    2.1 - O controle de uma turba requer uma tcnica adequada econstantemente treinada, preparando o homem para enfrentar com sucessouma misso de CDC onde constantemente a tropa superada em efetivo.

    2.2 -A ttica de emprego, aliada a uma tcnica refinada, com a apoio defatores psicolgicos favorveis, permitir o cumprimento da misso.

    2.3 - Deve-se ter sempre em mente que o objetivo principal de umatropa de CDC a disperso da multido, no sua deteno ou

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    confinamento. A disperso deve ser calculada de tal forma que dificulte oudesanime os manifestantes a outra reunio imediata.

    2.4 - As reunies pacficas, legais e autorizadas mesmo com apossibilidade de uma transformao devido a diversos fatores, como porexemplo o exaltamento, no deve ser acompanhada preventivamente nolocal da ocorrncia pela tropa especializada em CDC.

    2.4.1 - A perda de um impacto psicolgico favorvel para a chegada

    repentina de uma Tropa de Choque acarretar em maiores dificuldades nadisperso da turba.2.4.2 - altamente recomendvel que a Tropa de Choque permanea

    longe das vistas dos manifestantes, porm em local que permita fcilacesso turba, permitindo rapidez e forte fator psicolgico quando de suachegada.

    2.5 - O acompanhamento da manifestao, enquanto no necessrio ouno decidido pelas autoridades competentes o emprego da Tropa deChoque e conseqente disperso da turba, deve ser executado pelopoliciamento de rea.

    2.5.1 - Esse policiamento permanecer postos at que, por falta detreinamento especializado, falta de meios e armamentos adequados, efetivo

    ou outras razes, no possa mais executar o controle da situao.2.5.2 - Caso ocorra o previsto no item anterior, por determinaosuperior o policial de rea deve abandonar o local dando campo de ao tropa encarregada da disperso.

    2.6 - A ao de disperso exige todo um planejamento rpido eadequado ao local, com uma coeso de todos os elementos da fraoTropa de Choque empregada agindo de forma conjunta.

    2.6.1 - A ao conjunta em Operao de CDC fator de primordialimportncia e por esta razo no se admite o fracionamento da tropa dechoque em frao menor que 01 (um) peloto de choque para tal mister.

    2.6.2 - A ao em estabelecimentos prisionais poder exigir, comomedida de segurana caso os amotinados estejam armados, o avano por

    lano de grupos choque, sem fracionar a ao conjunta.

    2.7 - Mesmo quando a frao de Tropa de Choque est hipotecadaoutra Unidade de ao especificada de CDC ficar a cargo da autoridade demaior patente da Tropa especializada.

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    2.8 - O policiamento de rea que se retirou do quadro ttico quando dadisperso deve ficar a postos para pronta ocupao da rea fsica doconflito, bem como deve proceder auxlio para deteno de lderes,enquanto a tropa de CDC se reorganiza para possvel outra necessidade deemprego.

    3.0 - PRIORIDADE NO EMPREGO DOS MEIOS

    3.1 - Como o objetivo principal de uma operao de CDC a dispersoda turba, o Cmt da frao de Tropa de choque empregada deve se utilizarde ttica adequada ao local, nmero de participantes e grau deagressividade da turba. auxilio valioso as informaes processadas pelosrgos competentes, municiando o Cmdo da Operao de itens importantespara a deciso.

    3.2 - claro que a ttica a ser adotada depender de fatores domomento, contudo, visando o objetivo final, o emprego dos meiosdisponveis podem ser relacionados em uma ordem de prioridade, evitandoao mximo o uso de meios violentos. Essa ordem de prioridade pode serassim determinada:

    3.2.1 - Vias de fuga: o conhecimento prvio do local do distrbio de

    suma importncia para permitir o deslocamento e a aproximao da tropapor vias de acesso adequadas de modo a assegurar vias de fuga aosmanifestantes. Quanto mais caminhos de disperso forem dados multidomais rapidamente ela se dispersar. A multido no deve ser pressionadacontra obstculos fsicos ou outra tropa pois ocorrer um confinamento deconseqncias violentas e indesejveis.

    3.2.2 - Demonstrao de fora: recomenda-se o desembarque fora dasvistas dos manifestantes, mas prximo o suficiente, permitindo a tropa a agirrapidamente e sem comprometimento da segurana das viaturas. Ademonstrao de fora feita atravs da disposio da tropa, em formaodisciplinada e com bom contato visual. A finalidade da demonstrao defora provocar um efeito psicolgico, pois as formaes tomadasrepassam idia de organizao, disciplina, preparo profissional e confiana

    na capacidade de ao.3.2.2.1.Caso se tenha conhecimento de armas de fogo e predisposioferrenha em agir contra a ao policial recomenda-se suspenso dedemonstrao de fora, substituindo-a por um ataque com armamentoqumico ou utilizao de viaturas blindadas.

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    3.2.3 - Ordem de disperso: sempre que possvel o Cmt da tropa deCDC deve, atravs de amplificadores de som, alto-falantes das viaturas ouutilizando megafones, incitar os manifestantes a abandonarempacificamente o local. Essa proclamao deve ser feita de modo claro emtermos positivos e incisivos. Os manifestantes no devem ser repreendidos,desafiados ou ameaados, mas devem sentir firmeza da deciso de agir datropa, caso no seja atendida a ordem de disperso.

    3.2.4 -Recolhimento de Provas: na verdade trata-se de uma importante

    providncia a ser tomada durante a operao. Consiste em fotografar oufilmar todos os fatos ocorridos para posterior apresentao. A ameaa quetal atitude faz identidade dos lderes e agitadores, a perda do anonimato,causa forte impacto psicolgico pela temeridade de posterior identificao edela se apercebendo os manifestantes deixaro o local.

    3.2.4.1 - O recolhimento de provas deve ser por equipes fora do quadrottico e, de preferncia, efetuado por elementos em trajes civis, de formaacintosa.

    3.2.5 - Emprego de Agentes Qumicos: o emprego de agentes qumicostem se revelado extremamente eficaz na disperso de uma turba: algunscuidados devem ser tomados, como por exemplo a direo do vento(favorvel a tropa) ou o uso de mscaras de proteo contra gases.

    3.2.5.1 - Conforme o grau de intensidade da concentrao de agentes

    qumicos vo variar seus efeitos. Baixas concentraes faro com que amultido se ponha em fuga enquanto altas concentraes causamtemporariamente cegueira e outros transtornos, como o pnico, deixandoindefesos os membros da multido.

    3.2.5.2 - A concentrao de gs ideal ir variar de acordo com aconformao fsica do terreno, a rea til e as condies climticas. O gstende a se dispersar mais na parte matutina e a permanecer em ao maiorna vespertina.

    3.2.5.3 - Os distrbios podem ser atacados a uma distncia segura, pormeio de projteis disparados por armas especiais. Em distrbios menoresou quando a distncia seja suficiente, a utilizao combinada comPetrechos de efeito moral e granadas fumgenas com os Petrechos de gsprovocam grande efeito psicolgico e tem se mostrado altamente eficaz.

    3.2.6 - Emprego de gua: jatos dgua, lanados por meio de CCDCCENTURION (veja MT-1-PM) ou por meio de mangueiras de incndiopodem ser empregados para movimentar a multido. Tinta inofensivapoder ser misturada a gua, marcando manifestantes para posterioridentificao e aumentando o efeito psicolgico.

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    3.2.7 - Carga de Cassetete: o avano sobre a multido deve serrealizado atravs das formaes. A carga deve ser rpida e segura. Avelocidade com que a multido se dispersa importante pois d menostempo para os agitadores se reorganizarem. O cassetete , provavelmente,o mais til instrumento de fora que se pode utilizar contra desordeiros.Componentes de um tumulto podem desafiar com sucesso as tropasarmadas apenas com armas de fogo pois sabem da hesitao natural queprecede o emprego de disparos contra a massa humana. Por outro lado, apresena da tropa empunhando cassetetes ostensivamente incute respeito,pois os manifestantes e curiosos sabem que os bastes sero usadosvigorosamente.

    3.2.8 - Deteno de lderes: aps a carga de cassetete til a detenode lderes. Contudo sabemos que estes so os primeiros a fugir ao avanoda tropa. Da a necessidade do apoio de tropa de rea ocupandoimediatamente o terreno aps a carga, com equipes encarregadas dessasdetenes.

    3.2.9 - Atiradores de Escol: dotados de armas de preciso executam asegurana da tropa de CDC durante uma operao, desde que possuamum bom campo de tiro, sem atirar contra a massa, neutralizando provveisfranco-atiradores. Dai a importncia dos rgos de informao para asegurana da tropa.

    3.2.10 - Emprego de Arma de Fogo: medida extremada a ser tomadapelo Cmt da tropa e s utilizada em ltimo recurso quando defrontar comataques armados.

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    CAPTULO III

    FRAES DA TROPA DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    1.0 - CONSTITUIO BSICA DO PELOTO DE CHOQUE

    1.1 - Funes e Numerao: O peloto de choque organizado de

    forma que cada homem possua uma funo definida. Alm disso, cada umde seus soldados possui um nmero de ordem que visa facilitar a adoode formao e o controle do peloto.

    1.1.1 - Funes:a) Comandante do peloto - (1 ou 2 Ten) tem a funo de

    comandar efetivamente o peloto de choque nas aes de controle detumultos sendo o responsvel quanto ao seu emprego operacional noscasos em que atue como apoio isoladamente;

    b) Sargento auxiliar - o auxiliar direto do Comandante de pelotono comando e controle dos homens durante a ao de controle de tumultos;

    c) Sargento Comandante de Grupo - o responsvel pela correoe orientao da frao sob seu comando evitando que ocorra o isolamentodo homem durante a ao;

    d) Escudeiros - so os responsveis pela proteo do pelotocontra o arremesso de objetos que possam causar leses;e) Lanadores - so os encarregados de lanar, manualmente, a

    munio qumica de arremesso;f) Atiradores - So os encarregados de lanar, atravs de

    armamento prprio, a munio qumica de autopropulso;g) Operador de canho D'gua/extintor - o encarregado da

    operao do canho D'gua do Carro de Controle de Distrbios civis -CENTURION (CCDC -CENTURION) quando a tropa estiver embarcado(vide MT-1-PM) e do extintor de incndio quando a tropa operar a p, com afinalidade de proteo contra bombas incendirias arremessadas pelamassa;

    h) Motorista - o encarregado da conduo, segurana e da

    manuteno de primeiro escalo da viatura empregada em Controle eTumultos;i) Segurana - o encarregado da segurana do peloto

    embarcado, em deslocamento ou no, e da viatura, quando estacionada,em conjunto com o motorista.

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    1.1.2 - Numeraoa) o nmero de ordem adotado para os homens do peloto de

    choque visa facilitar a execuo das formaes e o controle das fraes detropa. A utilizao de um homem-base (n 1) facilita os deslocamentos e oposicionamento dos demais membros do peloto e a coordenao dosmesmos por parte do comandante e dos sargentos que lhe auxiliam;

    b) Smbolos adotados:

    Cap PM Cmt Cia P Chq

    Ten PM Cmt Pel Chq

    1 Sgt PM Auxiliar

    2/3 Sgt PM Cmt Grupo

    Soldado PM Escudeiro

    Soldado PM Lanador

    Soldado PM Atirador

    Soldado PM Op Canho Dgua/extintor

    Soldado PM Motorista

    Soldado PM Segurana

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    c) nmeros de ordens e funes:

    1.2 - Material Blico e Equipamentos de Proteo individual ecoletiva: o peloto de choque dever ser dotado de material blico e deequipamentos de proteo individual e coletiva que lhe permitam o bom

    desempenho das variadas misses que lhe forem atribudas. Estesmateriais so assim distribudos:1.2.1 - Comandante de Peloto: Capacete de material resistente

    projteis de arma de fogo - classe II-ACassetete de borracha - CAS PM B-2

    Cmt Pel

    Aux. Cmt Pel

    Sgt Cmt GP

    Sd Escudeiro

    Sd Lanadores

    Sd Atiradores

    Op Canho Dgua/extintor

    Motorista

    Segurana

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    Revolver Cal. 38Munio qumica acondicionada em sacola prpria.1.2.2 - Sgt Auxiliar Peloto:Capacete de material resistente a projteis

    de armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2Revlver Cal. 381.2.3 - Sgt Cmt Grupo:Capacete de material resistente projteis de

    armas de fogo - classe II A

    Cassetete de borracha - CAS PM B-2Revolver Cal. 381.2.4 - Escudeiros: Capacete de material resistente projteis de

    armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2Escudo de policarbonato1.2.5 - Sd Lanadores: Capacete de material resistente projteis de

    armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2Munio qumica acondicionada em sacola prpria1.2.6 - Sd atiradores: Capacete de material resistente a projteis de

    armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2

    Armas apropriadas ao lanamento de munio qumica.1.2.7 - Sd Operador de canho D'gua/extintor:Capacete de materialresistente projteis de armas de fogo - classe II A

    Cassetete de borracha - CAS PM B-2Extintor de incndio porttil1.2.8 - Sd Motorista: Capacete de material resistente projteis de

    armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2Revlver Cal. 381.2.9 - Sd Segurana: Capacete de material resistente projteis de

    armas de fogo - classe II ACassetete de borracha - CAS PM B-2Revolver Cal. 38

    Arma porttil para defesa coletiva

    1.3 - Alm destes materiais, o peloto de choque dever possuir umacaixa de choque que conter:

    a) munio qumica e armamento sobressalente;

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    b) algemas;c) munio convencional;d) espargidores;e) outros materiais e equipamentos de pequeno porte.

    1.4Tambm deve ser previstos:a) holofotes, lanternas ou outros artefatos de iluminao;b) cordas e cabos de ao;

    c) concertinas, cavaletes, travesses, cones e cavalos de frisa;d) mquinas filmadoras e fotogrficas;e) megafones;f) handie-talkies;g) escudos de material resistente projteis de arma de fogo -

    classe II A;h) outros materiais considerados necessrios pelo Cmt de Peloto

    tais como binculos, etc. ...

    1.5 - Formaes bsicas:de acordo com a necessidade e levando-seem considerao o terreno, o formato da massa, seu tamanho e a direoque se deve dar a mesma, o peloto de choque deve assumir as seguintesformaes:

    1.5.1 - Em linha:partindo-se da formao em coluna de trs os policiaismilitares do 2 grupo de peloto de choque dispe-se, uns ao lado dosoutros, direita do homem-base (escudeiro n 1). O mesmo procedimentos adotado pelos homens do 3 grupo, esquerda, do homem-base. Ospoliciais integrantes do 1 grupo infiltrar-se-o no lado esquerdo, caso seunmero de ordem seja impar e do lado direito no caso de nmeros deordem pares. O operador do canho d'gua/extintor os comandantes degrupo, o sargento auxiliar e o comandante de peloto devem postar-se atrsda referida formao.

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    1.5.2 - Em cunha: a disposio dos homens ser a mesma do pelotoem linha quanto numerao, diferenciando-se apenas quanto formaona qual os policiais militares ficaro retaguarda e na diagonal, uns dosoutros, em ambos os lados ( esquerda e direita do homem-base) evoltados para a mesma frente.

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    1.5.4 - Escalo esquerda : idntico ao anterior porm com oposicionamento dos policiais militares retaguarda esquerda, uns dosoutros.

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    1.5.5 - Guarda alta: os escudeiros dispe-se ombro a ombro com osescudos oferecendo proteo na parte superior do corpo. O restante dopeloto se dispe retaguarda dos escudeiros. O cassetete empunhadopelo escudeiro efetua apoio na parte inferior do escudo e os policiais daretaguarda apoia-o na parte superior para maior firmeza.

    1.5.6 - Guarda baixa: os escudeiros dispe-se ombro a ombro,agachados, com os escudos oferecendo proteo a todo corpo. O restante

    do peloto se dispe retaguarda dos escudeiros. O cassetete empunhadopor esses policiais oferece apoio parte superior do escudo.

    1.6 - Deslocamentos: O peloto de choque desloca-se em todas asformaes em execuo de guarda baixa. O cassetete acompanha omovimento do brao. Adota, para esses deslocamentos, as seguintescadncias:

    1.6.1 -A cadncia normal para a tropa deslocar-se e reunir-se, a fim deadotar qualquer das formaes para o controle de tumultos e a de passoacelerado (180 passos por minuto);

    1.6.2 -A cadncia normal para o deslocamento da tropa depois que estatoma qualquer uma das formaes para controle de tumultos, superior ado passo ordinrio e do passo acelerado (cerca de 140 passos por minuto).

    Excetua-se, apenas, a cadncia adotada para a carga de cassetetes quedeve ser a do passo acelerado (180 passos por minuto)

    2.0 - APLICAES DAS FORMAES

    2.1 - As formaes de controle de tumultos tem caractereseminentemente ofensivas com execuo das guarda alta e baixa cujafuno defensiva. As principais aplicaes so:

    2.1.1 - Linha: usada para fazer recuar a massa ou para dirigi-laatravs de uma rea descoberta ou, ainda para faze-Ia evacuardeterminado local. Pode, tambm, ser empregada para conter a massa Oupara bloquear-lhe o acesso a determinado local;

    2.1.2 - Cunha: usada para penetrar e separar a massa;2.1.3 - Escales: so usados para dispersar a massa, seja em reasabertas, sejam em reas construdos ou para dirigir o movimento da mesmanuma s direo;

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    2.1.4 - Guarda alta e baixa:so usadas para proteo da tropa contra oarremesso de objetos por parte da massa.

    3.0 - COMANDOS

    3.1 - Os comandos para as formaes podem ser dados de duasformas: por voz ou por gestos.

    Os comandos por voz possuem, em geral, trs tempos: advertncia,comando propriamente dito e execuo.O comando propriamente dito divide-se, normalmente, em posio,

    frente e formao. Quando da voz de execuo, o homem-base adota aposio e a frente ordenadas seguidos pelos demais de acordo com aformao.

    Os principais comandos, por voz, so:3.1.1 - Peloto em linha. Exemplo:

    a) advertncia: "peloto"b) posio: "10 passos a frente"c) frente: "frente para tal ponto"d) formao: em linhae) execuo: "marche" ou "marche marche" conforme a cadncia

    adotada.3.1.2 - Peloto em cunha. Exemplo:a) advertncia: "peloto"b) posio: "1O passos a esquerda"c) frente: "frente para tal ponto"d) formao: em cunhae) execuo: "marche-marche"

    3.1.3 - Peloto em escalo.Exemplo:a) advertncia: "peloto"b) posio: "20 passos a frente"c) frente: "frente para tal ponto"d) formao: em escalo direita ou esquerda)e) execuo: "marche marche"

    3.1.4 - Guardas. Exemplo:a) advertncia: "peloto"b) comando: guarda (alta ou baixa)c) execuo: "posio"

    3.1.5 - Embarque e desembarque. Exemplo:

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    a) advertncia: "peloto"b) comando: "preparar para embarcar (deslocar)c) execuo: embarcar (ou desembarcar)

    3.1.6 - Lanamento de munio qumica.Exemplo:a) advertncia: "peloto"b) comando: "preparar para lanar"c) execuo: lanar

    Observao: todo s os lanamentos de munio qumica devem serefetuados da formao sem deslocamento de lanadores e/ou atiradores oque dispersaria o peloto.

    3.1.7 - Carga de cassetete.Exemplo:a) advertncia: "peloto"b) comando: "preparar para carga"c) execuo: a tal ponto carga

    Observao: ao comando propriamente dito os policiais militares devemerguer os cassetetes acima da cabea e a voz de execuo deveroexecutar gritos ritimados para intimidao da massa.

    3.1.8 - Embainhar (desembainhar) cassetete. Exemplo:a) advertncia. "peloto"b) execuo: desembainhar (embainhar) cassetetes

    3.1.9 - Deslocamentos.Exemplo:

    a) advertncia: "peloto"b) comando: "sem cadncia"c) execuo: marche

    3.2 - Quando necessrio podem ser empregados comandos por gestosem conexo com os comandos voz. Os comandos por gestos para asformaes bsicas so descritos como se seguem:

    3.2.1 - advertncia: o Cmt estende o brao direito na vertical com opunho cerrado;

    3.2.2 - Formao em linha: de costas para sua tropa, o comandantelevanta ambos os braos para o lado, na horizontal, braos e mosestendidos, palmas das mos para baixo;

    3.2.3 - Formao em escalo a direita ( esquerda):de costas para a

    tropa, o comandante estende o brao direito (esquerdo) para o lado e parabaixo, de modo que forme um ngulo de 45 com a horizontal, estende obrao direito (esquerdo) para o lado e para cima de modo que tambmforme um angulo de 45 com a horizontal, as palmas de ambas as mosficam voltadas para baixo;

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    3.2.4 - Formao em cunha: de costas para a tropa, o comandanteestende os braos na vertical e, com as mos espalmadas, junta as pontasdos dedos sobre a cabea, as palmas das mos ficam voltadas para dentro;

    3.2.5 - Formao em coluna por trs: de costas para a tropa, ocomandante estende o brao direito para cima e completa o gestoestendendo os dedos indicador, mdio e anular, ficando os dedos polegar emnimo encostados palma da mo;

    3.2.6 - Guarda baixa:de costas para a tropa o comandante estende o

    brao direito para baixo e movimentado da esquerda para a direita e viceversa. A palma da mo fica voltada para dentro com os dedos estendidos;3.2.7 - Guarda alta:idntico ao de guarda baixa, com o brao estendido

    acima da cabea e palma da mo voltada para fora, balanando-o paraesquerda e direita;

    3.2.8 - Deslocamento sem cadncia - de costas para a tropa, com opunho cerrado altura do ombro, ergu-lo e baix-lo vrias vezes comvivacidade.

    4.0 - CONSTITUIO BSICA DA COMPANHIA DE CHOQUE

    4.1 - Pessoal

    A subunidade de choque constituda basicamente de:1) Comandante2) Guarnio do comandante;3) Seo de comando;4) de 02 (dois) a 06 (seis) pelotes de choque sendo a formao

    bsica constituda por 03 (trs) Pelotes de choque.

    4.2 - Funes1) Comandante de Companhia - (Cap PM) tem a funo de

    comandar efetivamente a companhia de choque nas aes de controle detumultos sendo o responsvel quanto ao seu emprego operacional noscasos em que a mesma atue como apoio;

    2) Sargento Auxiliar - (guarnio do Cmt) e o auxiliar direto do

    Comandante de Companhia tendo por misso bsica o controle e adistribuio da munio qumica sobressalente aos pelotes de choque e asegurana pessoal do Cmt da Cia quando desembarcado;

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    3) Soldado PM motorista - (guarnio do Cmt) o encarregado daconduo, segurana e manuteno de primeiro escalo da viatura do Cmtde Cia empregada no controle de tumultos;

    4) Soldado PM segurana -(guarnio do Cmt) o encarregado dasegurana da guarnio, em deslocamento ou no, e da viatura, quandoestacionada, em conjunto com o motorista;

    5) Responsvel pelo almoxarifado - (Subten PM) o auxiliaradministrativo do Comandante de Cia nos assuntos referentes ao material eequipamentos acondicionados no almoxarifado;

    6) Sargenteante - (1 Sgt PM) o auxiliar direto do Cmt nosassuntos referentes administrao da Cia P Chq tais como documentos eescalas de servio;

    7) Sargento Auxiliar - (2 ou 3 Sgt PM) o auxiliar do sargenteantenos assuntos referentes administrao da Cia P Chq;

    8) Cabo Auxiliar - o auxiliar do sargenteante nos assuntosreferentes confeco de escalas de servio.

    4.2.1 - Smbolos adotados

    4.3 - Alm do material blico e equipamentos de proteo individual ecoletiva conduzidos pelos pelotes de choque, so previstos os seguintesequipamentos:

    a) Capacete de material resistente projteis de armas de fogo -classe II A

    Cassetete de borracha - CAS PM B-2Revlver Cal. 38

    b) Guarnio do Comandante: os mesmos materiais acima

    Cmt Cia P Chq

    Aux. Cmt Cia P Chq

    Segurana Cmt Cia P Chq

    Motorista Cmt Cia P Chq

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    4.4 - Deve tambm ser revista a existncia de escudos de policarbonatoe de fibras resistentes projteis de armas de fogo (classe II A) bem comode coletes do mesmo nvel, lanternas, armas portteis de proteo coletivae de uma caixa de choque com munio qumica, armamento e munioconvencional para reposio dos pelotes de choque. A guarnio do CmtCia P Chq deve conduzir ainda: binculos, "hande-talkies" com bateriasextras, caixas de primeiros socorros e quaisquer outros equipamentosconsiderados necessrios.

    5.0 - FORMAES BSICAS

    5.1 -A Subunidade adota, para controle de tumultos, formaes a partirde um peloto base, que so complementadas pelos demais na forma deapoios. Tais formaes so adotadas de acordo com a necessidadeelevando-se em considerao o efetivo disponvel, o terreno, o formato damassa, seu tamanho e a direo que se deve dar mesma.

    5.2 - Os principais apoios so:5.2.1 - Apoio lateral:independentemente da formao do peloto a ser

    apoiado o peloto de apoio divide-se, sendo que o 2 grupo e os nmeros

    pares do 1 grupo formam uma coluna por um na extremidade direita dopeloto base e o 3 grupo e os nmeros impares do 1 grupo adotam omesmo procedimento ao lado esquerdo.

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    5.2.2 - Apoio complementar:a diviso do peloto de apoio segue a mesmaorientao do item anterior, porm visa complementar a formao para

    aumentar o seu tamanho

    PELOTO DE APOIO EM APOIO COMPLEMENTAR

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    5.2.3 - Apoio Cerrado: o peloto de apoio adota a mesma formao dopeloto base porm atrs e nos intervalos deste peloto base.

    PELOTO DE APOIO EM APOIO CERRADO

    5.2.4 - Apoio central:o peloto de apoio permanece em coluna por trsa retaguarda do peloto Base.

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    5.3 - Alm desses apoios, a companhia de choque tambm poderadotar as formaes de guarda da mesma forma que o peloto de choque.

    5.4 - Deslocamentos:para fins de deslocamentos a Cia P Chq adota asmesmas cadncias do peloto de choque.

    5.5 - Aplicaes das formaes5.5.1 - Apoio lateral: visa a proteo das extremidades do peloto

    apoiado;5.5.2 - Apoio complementar: visa complementar a formaoaumentando o seu tamanho e a rea de atuao;

    5.5.3 - Apoio cerrado:visa reforar a formao adotada.5.5.4 - Apoio central:visa manter a reserva do Comandante de Cia em

    condies de pronto emprego como apoio ou em aes isoladas.

    6.0 - COMANDOS

    6.1 - Como no caso dos pelotes de choque os comandos podem serpor voz ou gestos.

    6.1.1 - Comandos por voz

    a) Apoio lateraladvertncia: "tal peloto"comando: "em apoio lateral a tal peloto"execuo: "marche-marche"

    b) Apoio complementar advertncia: "tal peloto"comando-. "em apoio complementar a tal peloto"execuo: "marche-marche"

    c) Apoio cerradoadvertncia: "tal peloto"comando: "em apoio cerradoexecuo: "marche-marche"

    d) Apoio Central advertncia: "tal peloto"comando: "em apoio central a tal peloto"

    execuo: "marche-marche"6.1.2 - Comandos por gestos: todos os comandos por gestos devemser precedidos pela advertncia que consiste em erguer-se o brao direitona vertical, acima da cabea, e determinar-se, atravs do uso dos dedos

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    qual o nmero do peloto ao qual o comando se dirige. Aps tal gesto, vemo comando propriamente dito como abaixo descrito:

    a) Apoio lateral: o Cmt coloca os braos na lateral, paralelamente aosolo, e os antebraos na vertical, perpendicularmente ao solo;

    b) Apoio complementar: o Cmt flexiona e estende os braos nalateral e horizontal;

    c) Apoio cerrado: o Cmt bate a palma de uma mo sobre as costasda outra, sobre a cabea;

    d) Apoio central: o Cmt bate as pontas dos dedos da mo direita napalma da mo esquerda, sobre a cabea.

    O gesto de execuo o mesmo utilizado para o peloto de choque.

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    CAPTULO IV

    OPERAES DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS MOTORIZADO

    1.0 - DISPOSITIVO DO PELOTO DE CHOQUE MOTORIZADO (PelChq Mtz)

    1.1 - Finalidade: tendo em vista a necessidade de conformedeterminaes, intervir com rapidez em alguns distrbios civis, no intuito dedispers-los, fazendo de forma eficiente e rpida, de forma que possadiminuir os riscos que correm os elementos designados para tal fim, dever-se manter a tropa unida, enquadrada e devidamente ajustada com seucomandante, diante da mobilidade e agilidade com que os Pel Chq Mtz atua.O Pel Chq Mtz poder ser reunido a qualquer momento adaptado ao serviode patrulhamento motorizado realizado com viaturas leves do tipo veraneio.

    2.0 - GRUPO DE CHOQUE MOTORIZADO (Gr Chq Mtz)

    2.1 - Composto por oito homens, sendo: 01 (um) Sargento comandantedo grupo (Sgt Cmt Gr Chq), 04 (quatro) escudeiros, 01 (um) granadeiro

    atirador e lanador e 02 (dois) motoristas. Pode-se acrescentar ainda 01(um) soldado como remuniciador.

    2.2 - O Gr Chq se desloca em duas viaturas do tipo veraneio.

    2.3 - a frao mnima de patrulhamento preventivo de choque.

    2.4 - Formaes de Gr Chq2.4 1 - em coluna: - embarcados: para deslocamento rpido, com

    viatura, ou mesmo para patrulhamento de choque, agindo preventivamente;2.4.2 - em coluna - desembarcados:para deslocamento a p;2.4.3 - em linha: a princpio uma formao de ataque para exigir-se o

    recuo ou impedir o acesso a uma rea reservada. Tambm chamada de

    "linha de disperso". Tem por finalidade precpua a disperso, limpeza darea, pois onde passar no deixar nenhuma pessoa. Dois grupos podemformar em linha, um ao lado do outro.

    2.4.4 - em cunha:a formao ofensiva para penetrar em uma multido,ou dividi-la em duas, ou parar na penetrao, procurar, deter um ou mais

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    elementos que se encontre no meio do distrbio civil, ou mesmo, dali tirarum policial, em cuja formao receber a proteo necessria.

    2.4.4.1 - em escalo (direita ou esquerda): uma formao paradirigir a multido para reas abertas ou construdas. Com esta formao,obedecidas as exigncias, de acordo com as circunstncias, (nimo demultido, reao, armados) presta-se para afastar as Multides dos portesdas fbricas, ou de um estabelecimento qualquer onde possa estar amultido estacionada.

    3.0 - PELOTO DE CHOQUE MOTORIZADO (Pel Chq Mtz)

    3.1 - Composto por 25 (vinte e cinco) homens sendo: 01 (um) Oficialsubalterno (Cmt de Gr), 03 (trs) Sargentos (Cmt Gr Chq) 02 (dois)Sargentos granadeiros atiradores e lanadores, 12 (doze) escudeiros, 06(seis) motoristas e 01 (um) operador de rdio e remuniciador.

    3.2 - O Pel Chq Mtz se desloca em comboio, ou em coluna por um ouem coluna por dois.

    3.3 - Poder constituir uma frao em patrulhamento para

    demonstrao de fora e dissuaso.

    3.4 - Formaes do Pel Chq Mtz3.4.1 - em coluna: para deslocamentos, podendo ser em um ou por

    dois, ou por trs grupos, conforme manual de Ordem Unida. Serve parademonstrao de destreza e disciplina, o que influenciar psicologicamenteno distrbio civil;

    3.4.2 - em linha: como formao ofensiva, usada para fazer umamultido recuar ou dirigi-la atravs de uma rea ou, ainda faz-la evacuaruma rua. Defensivamente, empregada para conter uma multido oubloquear-lhe o acesso a determinadas estradas, ruas, ou pontos sensveis;

    3.4.3 - em linha com apoio lateral: usado defensivamente, eofensivamente, procurando evitar infiltraes de indivduos da multido, com

    inteno de ferir o efetivo empregado;3.4.4 - em escalo direita ou esquerda: ofensivamente empregadopara dispersar a multido, seja em reas abertas, seja em reasconstrudos ou para comprimir agitadores contra obstculos, e,defensivamente, para dirigir o movimento de uma multido numa s direo;

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    5.1.1 - Viaturas de Sargentos04 (quatro) capacetes de choque04 (quatro) mscaras contra gases04 (quatro) cassetetes 58 em01 (um) colete porta granadas02 (dois) escudos10 (dez) granadas lacrimogneas10 (dez) granadas de efeito moral

    6.0 - SIMBOLOGIA

    6.1 - Os smbolos utilizados sero:

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    6.2 - Peloto de Choque Motorizado (coluna por dois embarcados).

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    6.3 - Peloto de Choque Motorizado em coluna por trs.

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    6.4 - Peloto de Choque Motorizado Formao por Linha.

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    6.5 - Peloto de Choque Motorizado Formao em Cunha.

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    6.6 - Formaes do Gr Chq Mtz.

    figura coluna figura coluna

    figura linha

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    6.7 - Formaes do Gr Chq Mtz.

    figura cunha

    figura escalo esquerda

    figura escalo direita

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    CAPTULO V

    1.0 - A TROPA MONTADA NO CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    1.1 - Finalidade: o presente captulo tem por objetivo a indicao deparmetros tcnicos profissionais com vistas instruo e emprego dosrecursos de Tropa Montada, na realidade da Polcia Militar do Estado deSo Paulo, em aes de Controle de Distrbios Civis, consoante estratgia

    operacional da Corporao.1.2 - Consideraes gerais - os recursos de Tropa Montada, atravs

    dos conjuntos PM/Cavalos, pelo porte fsico dos solpedes, pelo planosuperior em que o profissional sesitua, pela mobilidade e fora emprestadapela formao emassada, atuam estrategicamente, como impactopsicolgico, ensejando nveis de inibio e desestmulos ao confronto direto.Contudo atravs da conjuno de emprego dos recursos diferenciados dasUnidades de Choque que a Corporao alcana a desenvoltura eflexibilidade operacionais, necessrias e imprescindveis, para fazer frentes mais diversas e variadas situaes de distrbios civis, possibilitando,assim, resposta pronta e imediata, sem qualquer tipo de restrio comvistas ao restabelecimento da ordem pblica.

    o sentido de atuao sincronizada dos recursos do Comando dePoliciamento de Choque cuja definio, para tanto, deve decorrer delevantamento adequado e preciso das peculiaridades do movimento, dalocalidade com suas vias de acesso e escoamento, nvel de agressividade ettica dos manifestantes.

    1.3 - Caractersticas1.3.1 - Especializao - a Unidade deve concentrar seus esforos no

    sentido de manter o efetivo de seus conjuntos Policiais Militares/cavaloscondicionados em princpios tcnico-profissional em nveis adequados parao enfrentamento das adversidades em aes de Controle de DistrbiosCivis, com desenvoltura e propriedade.

    1.3.2 - Adestramento- traduz um conjunto de atividades permanentes

    visando (o):a) preparao intelectual, fsica, psicolgica e ttica do PolicialMilitar de Tropa Montada, para emprego em aes de Controle deDistrbios Civis;

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    2.1 - Composio bsica de CDC2.1.1 - Peloto Hipo: o Peloto Hipo (Pel Hipo) constitui a Unidade

    Bsica Operacional de Tropa Montada em aes de Controle de DistrbiosCivis. constitudo de :

    a) 01 (um) Oficial Subalterno Cmt do Peloto;b) 01 (um) Sgt PM Auxiliar;c) 02 (dois) Grupos Hipo;

    2.2 - O Peloto Hipo integrado por:a) 01 (um) Oficial Subalterno;b) 01 (um) Sgt PM Auxiliar;c) 02 (dois) Sgt PM Cmt de Grupo;d) 04 (quatro) Cb PM ee) 18 (dezoito) Sd PM.

    2.3 - O Grupo Hipo (Gp Hipo) composto de duas Esquadras Hipo,tendo em seu efetivo:

    a) 01 (um) Sgt PM Cmt de Grupo;02 (dois) Cb PM;09 (nove) Sd PM.

    2.4 - A Esquadra Hipo (Esq Hipo) constitui a menor frao da TropaMontada em aes de Controle de Distrbios Civis, tendo a seguintecomposio:

    1) Esquadra:01 (um) Sgt PM Cmt;01 (um) Cb PM;04 (quatro) Sd PM

    2) Esquadra:01 (um) Cb PM Cmt;OS (cinco) Sd PM.

    3.0 - FORMAES DO GRUPO HIPO:3.1 - Coluna por trs:formao utilizada em deslocamentos e na ao

    de Controle de Distrbios Civis em vias estreitas que no comportem aformao de frente mais ampla.

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    3.3 - Coluna por um: formao utilizada principalmente emdeslocamentos por vias de trfego intenso e em estradas.

    1 Gp Hipo em Coluna por 1

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    3.4 - Formao do Grupo em Batalha: formao mais completautilizada em aes de Controle de Distrbios Civis, em relao a gruporeduzido de manifestantes e que no exijam emprego de escalo superior.

    2 Esquadro 1 Esquadro

    O comando para esta formao "EM BATALHA", obtido a partir daformao de "coluna por trs", seguido do comando de "Grupo em BatalhaMarche".

    Nesta formao teremos o grupo "em linha de duas fileiras" conformefigura. A 2 Esquadra se coloca esquerda da 1 Esquadra.

    3.5 - Formao de Grupo Hipo em linha de uma fileira: tambmconstitu uma formao utilizada em Aes de Controle de Distrbios Civis,visando conduo da massa para determinada via de escoamento.

    O comando para esta formao obtido a partir da formao em colunapor trs ou formao em batalha, consoante a voz de comando "grupo emlinha de uma fileira "Marche".

    Estando o grupo em batalha, os cavaleiros 1, 2 e 3 da 2 fileira das duasEsquadras se colocam esquerda destas.

    2 Esquadra 1 Esquadra

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    3.6 - Do Peloto Hipo: o peloto a unidade bsica operacionalempregada em Aes de Controle de Distrbios Civis, adotando asseguintes formaes:

    3.6.1 - Coluna por trs: formao tambm utilizada em deslocamentose nas Aes de Controle de Distrbios Civis, em vias estreitas, que nocomportem a formao de frente mais ampla. Possui alto poder depenetrao e constitui a formao base para o desenvolvimento das outrasformaes.

    1 Gp Hipo

    2 Gp Hipo

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    3.6.2 - Coluna por dois: formao utilizada principalmente emdeslocamentos por vias de trfego intenso e emestradas.

    3.6.3 - Coluna por um: formao utilizada principalmente emdeslocamentos por vias de trfego intenso e em terrenos acidentados ouquando a situao de segurana assim o exigir.

    1 Gp Hipo

    2 Gp Hipo

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    1 Pel Hipoem coluna por 1

    Ten Cmt Pel

    Sgt Cmt 1 Gp HipoSd Guarda Cavalo de moSd

    Cb da 1 EsquadraSd Guarda Cavalo de moSd

    Cb Cmt da 2 EsquadraSd Guarda Cavalo de moSdSdSdSd Guarda Cavalo de moSd

    Sgt Cmt do 2 Gp HipoSd Guarda Cavalo de moSdSdSdSd Guarda Cavalo de moSd

    Cb Cmt do 2 Gp HipoSd Guarda Cavalo de moSdSdSd

    Sd Guarda Cavalo de moSd

    1 Sgt Auxiliar

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    3.6.4 - Coluna de Grupos de Batalha:formao compacta utilizada emAes de Controle de Distrbios Civis, em locais que possibilitem oemprego dos recursos de Tropa Montada em formao com frente maisampla. Possui alto poder de Penetrao e de disperso da massa,empurrando-a para as vias de escoamento.

    Ao comando de "peloto, coluna de grupos em batalha" "marche", o 1Grupo Hipo entra na formao em batalha e permanece na frente do 2Grupo Hipo, tambm na formao de Batalha.

    3.6.5 - Peloto em Batalha: formao de controle de Distrbios Civisque requeiram frente mais ampla, executando varredura de determinadarea, empurrando a massa para vias de escoamento.

    Nesta formao, os Grupos de Batalha colocam-se na mesma linha,sendo o 1 Grupo Hipo direita e o 2 Grupo esquerda.

    O oficial Comandante do Peloto se coloca no centro do 1 Gp Hipo e oSgt Auxiliar se coloca no centro do 2 Gp Hipo.

    Nesta formao tem-se o Peloto Hipo "em linha de duas fileiras.

    2 Grupo Hipo 1 Grupo Hipo

    2Gp Hipoem

    Batalha

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    3.6.6 - peloto em linha de 1 fileira:formao de frente ampla utilizadaem Aes de Controle de Distrbios Civis, visando conduo da massa paradeterminadas vias de escoamento, quando ocorre cobertura de outrosrecursos da Tropa de Choque, evitando-se envolvimento da Tropa Montadapela retaguarda.

    1 Pel Hipo em Linha com 1 Fileira

    4.0 - APLICAES DA TROPA MONTADA EM AES DECONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    4.1 - Recurso ttico: em razo de suas peculiaridades em Aes deControle de Distrbios Civis a Tropa Montada se constitui em recurso ttico disposio do Cmt da Operao, cujo emprego deve merecer previaavaliao quanto oportunidade e convenincia, consoante segue:

    4.1.1 - Emprego preventivo: com o propsito de proceder ocupaoprvia de rea onde se presuma registros de concentrao, taticamente nodesejvel; nestas condies o Pel Hipo poder ser fracionado at o nvel deEsquadras, realizando patrulhamento de reas restrita, objetivando-se evitaro ajuntamento e conseqente disperso de pessoas para outros pontossecundrios.

    4.1.2 - Emprego repressivo: traduz ao da Tropa Montada onde somobilizados, com intensidade, a mobilidade, a flexibilidade, a velocidade, aforte expresso decorrente do impacto psicolgico, traduzindo-se em aode fora.

    Utiliza-se, para tanto, formaes compatveis com a situao,objetivando-se basicamente, a disperso, necessrio se faz a previso dasvias de escoamento, a fim de evitar-se registros no desejveis.

    A carga da Cavalaria deve ser rpida, segura e decisiva, devidamentecontrolada pelo Cmt do Pel, fazendo-a com as espadas desembainhadas. Oemprego de arma de fogo se constitui em medida extrema para casosextremados, como ltimo recurso, exclusivamente, para casos de legtimadefesa, mediante prvia ordem do Cmt do Pel.

    Dependendo do quadro ttico localizado, aps uma ao repressiva; aTropa Montada deve reorganizar-se e se manter em condies de novasincurses repressivas ou se for o caso, apoiar outras Unidades

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    Operacionais de Choque na misso de ocupao de rea com vistas preservao da ordem.

    5.0 - CONSIDERAES PARA O EMPREGO DE TROPA MONTADAEM AES DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    5.1 - O Comando de uma Operao de Controle de Distrbios Civis,aps criteriosa avaliao da situao e dos recursos disponveis,

    estabelecer misses Tropa Montada, considerando que o Peloto seconstitui sua Unidade Bsica Operacional.

    5.2 - Nas Aes de Controle de Distrbios Civis, a Tropa Montadarealiza seus deslocamentos tticos, com espadas desembainhadas, emposio "perfilada", na ao repressiva, ao galope e carga, sempre naposio de preparao para golpes.

    5.3 - Para uma aproximao ttica em relao a massa, o deslocamentoda Tropa Montada feito ao passo e trote, com o propsito de empregorepressivo, sob comando, a Tropa parte ao passo, toma o trote, parte agalope e executa a carga sempre mediante controle do comando do CmtPel.

    5.4 - Em aes de Controle de Distrbios Civis a utilizao de arma defogo traduz ao extrema para situaes extremadas, como ltimo recurso,exclusivamente, para casos de legtima defesa, quando, para tanto, a ordemdo Cmt Pel se torna imprescindvel, a espada, por outro lado, se constituiem recurso cuja utilizao adequada por parte da Tropa Montada tem semostrado altamente eficaz em tais situaes.

    Isto posto, a preparao tcnico-profissional de cada Policial Militar deTropa Hipo, para emprego em Aes de Controle de Distrbios Civis,mormente seu controle emocional, deve merecer ateno especial nainstruo de cada Cmt de Pel.

    6.0 - PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AO DE CDC

    6.1 - A instruo permanente, visando ao condicionamento do conjuntoPM/cavalo para emprego em Aes de Controle de Distrbios Civis se

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    constitui em premissa necessria e imprescindvel para que a TropaMontada alcance sua eficcia operacional em nvel mximo.

    A instruo permanente possibilita a grande oportunidade para aseleo dos conjuntos PM/cavalo melhores qualificados para o emprego emtais aes, numa condio bsica para reduzir a nvel mnimo, os riscos deatuao da Tropa Montada.

    Todo equipamento, tanto do homem como o correspondente ao materialde montaria, deve merecer medidas de conservao e manutenoadequados, o que somado a uma constante verificao e inspeo por partedo Cmt Pel, ensejar reduo, ao mnimo, dos riscos de danos que venhama comprometer a atuao da Tropa Montada.

    Taticamente, o levantamento operacional prvio atuao da TropaMontada se faz imprescindvel, com vistas alimentao dos dados ao CmtPel, da mesma forma, durante e aps a ao da Tropa Montada, o Cmt damesma deve ser mantido informado.

    Taticamente, o levantamento operacional se faz imprescindvel nacanalizao de informaes aos Cmt da Tropa Montada, quer antes daatuao, durante e aps, tendo em vista esquema de segurana aosdispositivos a ser adotados.

    7.0 - SEGURANA DA TROPA MONTADA

    7.1 - Nos deslocamentos7.1.1 - quando embarcado: o comboio dever receber apoio de

    guarnies em viaturas leves, que exercero a segurana atravs davigilncia frente, retaguarda e flancos do comboio.

    7.1.2 - cavalo:a Tropa desloca-se de acordo com as peculiaridades doterreno e das vias pblicas, em coluna por dois ou coluna por um, a fim dese minimizar os reflexos negativos ao fluxo de veculos. A observao e avigilncia de edificaes devero ser exercidos pelas guarnies de apoioem viaturas leves.

    7.2 - No ponto de desembarque:o desembarque da Tropa dever ser

    feito em ponto suficientemente distante da rea da ao, a fim de evitarconfrontos prematuros e inconvenientes.7.3 - Nas aes de CDC: constitui princpio fundamental impedir

    qualquer ao de Policial Militar isolado, fora da formao determinada, sejaqual for a situao. Cada frao de Tropa Montada deve, atravs de seu

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    Cmt, contar com o esquema de segurana prprio ou decorrente de apoiode recursos de Unidades Operacionais de Choque para casos de acidentesenvolvendo 1 conjunto PM/cavalo ou mais, para que a operao no venhaa ser comprometida.

    8.0 - COMANDOS

    8.1 - Os comandos podero ser dados por voz e por gestos.8.2 - Todos os comandos devero ser feitos de forma clara, a fim de queas fraes obtenham o melhor entendimento possvel da ordem emitida peloComandante do Peloto.

    8.3 - Por voz:primeiro a voz de advertncia de peloto", em seguida, ocomando da formao desejada, por 1, por 2, por 3, em linha de uma fileira,em linha de duas fileiras, coluna de grupos de batalha, e era batalha e porltimo, a voz da execuo "marche".

    8.4 - Por gesto8.4.1 - Nas formaes por 3, 2 e 1, estender o brao direito na vertical e

    com os dedos indicar a formao desejada. Com a espada desembainhadano se utiliza o comando por gesto;

    8.4.2 - Nas formaes em linha de uma fileira e linha de duas fileiras,

    estender o brao direito na horizontal e com os dedos indicar a formaodesejada. Com a espada desembainhada no se utiliza o comando porgesto;

    8.4.3 - Ateno:estender o brao direito na vertical com a mo aberta evoltada para a frente;

    8.4.4 - Reunir:da posio de ateno, descrever com o brao direito,vrios crculos acima da cabea;

    8.4.5 - A cavalo:estender o brao direito horizontalmente para o ladopalma da mo para cima e lev-lo diversas vezes ate a vertical;

    8.4.6 - A p:estender o brao direito horizontalmente para o lado, palmada mo para baixo, baixa-lo com as pontas dos dedos apontando para osolo;

    8.4.7 - Alto:mesma posio de ateno;

    8.4.8 - Em frente:estender o brao direito verticalmente, palma da mopara frente e abaixa-lo na direo desejada at o plano horizontal;8.4.9 - Em batalha: estender o brao direito verticalmente, palma da

    mo para a frente, e oscila-lo direita e esquerda at a Tropa tomar a

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    formao. Para retomar a formao por 3, estender o brao na vertical eindicar com os dedos a formao desejada;

    8.4.10 - Aumentar a andadura: de posio de ateno, baixar elevantar verticalmente vrias vezes o brao direito, com o punho cerrado,sem que desa abaixo da linha dos ombros;

    8.4.11 - Diminuir a andadura: estender o brao direito para o lado,palma da mo voltada para baixo, balanando para cima e para baixo,vrias vezes.

    9.0 - DISPOSlES GERAIS

    9.1 - O Peloto Hipo composto por 01 (um) Oficial Subalterno, 01 (um)Sgt PM Auxiliar, 02 (dois) Sgt PM Cmt de Grupos e 04 (quatro) Cb PM Cmtde Esquadra e 18 (dezoito) Soldados PM.

    9.2 - No impedimento do Oficial Comandante do Peloto, o Sgt Auxiliar osecundar.

    9.3 - No impedimento dos 2 Sgt Cmt de Grupo, o Sgt Auxiliar osecundar.

    9.4 -A posio do Comandante da Tropa, nas formaes de CDC, sersempre integrada ao dispositivo, em posio que possibilite o melhorcomandamento.

    9.5 - O Comandante da Tropa poder, dentro das formaespreconizadas pelo Regulamento, deslocar, para outras posies, oscomandantes de fraes se a situao assim o exigir.

    9.6 - As distncias entre as fraes sero sempre reduzidas,observando-se o principio das formaes emassadas.

    9.7 - As mudanas de formaes devero ser feitas preferencialmente

    antes do contato com a massa, a fim de evitar-se a disperso de conjuntosPM/cavalo e conseqente situao de vulnerabilidade da Tropa Montada.9.8 - Quando a ao de CDC ocorrer num raio de 6 Km da Unidade, a

    Tropa deslocar-se- desembarcado.

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    9.9 - Quando a ao de CDC ocorrer num raio superior a 6 Km daUnidade, o Peloto dever ser transportado atravs de recursosmotomecanizados especficos.

    9.10 - Haver uma viatura leve para a segurana nos deslocamentos etransporte de material.

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    CAPTULO VIA FORA TTICA ESPECIAL NO APOIO DA TROPA

    DE CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS

    1.0 - DOUTRINA DE EMPREGO E MISSES

    1.1 - Emprego:por suas caractersticas, a Fora Ttica Especial serempregada em apoio Tropa de Controle de Distrbios Civis, ficando como

    fora de reserva ttica, do Comandante da operao.

    1.2 - Misses1.2.1 - segurana real da tropa;1.2.2 - neutralizao de franco atiradores;1.2.3 - confronto armado (fora de reao);1.2.4 - priso de manifestantes que tenham causado danos materiais ou

    pessoais;1.2.5 - liberao de refns;1.2.6 - retomada de pontos sensveis ou crticos.

    2.0 - ORGANIZAO DA FORA TTICA ESPECIAL

    2.1 - A Fora Ttica Especial, ao ser empregada em apoio no CDC,manter sua estrutura organizacional. Operar nas regies urbanas, atravsdos Grupos de Aes Tticas Especiais (GATE), e nas suburbanas e rurais,atravs das Patrulhas dos Comandos de operaes Especiais (COE).

    2.2 - Nas ocorrncias de maior gravidade, a critrio do Comando doPoliciamento de Choque, poder haver o emprego conjunto dessas foras.

    3.0 - RESPONSABILIDADE E SUBORDINAO

    3.1 - Como a Fora Ttica Especial opera subordinada a fraoengajada, ficar subordinada ao Comandante da operao, que aempregar dentro da doutrina e das respectivas misses preconizadas.Para tanto, contar com assessoria do Oficial Comandante da frao.

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    4.0 - SELEO E EMPREGO DE MEIOS

    4.1 - Os meios a serem empregados, no apoio ao CDC, devero serselecionados em funo das misses cumprir, devendo, entretanto, a ForaTtica Especial, estar dotada de todos os materiais, equipamentos earmamentos possveis de serem empregados. Estes meios ficaro a

    disposio da Fora Ttica Especial, em viatura de apoio apropriada, nolocal do evento.

    4.2 - O emprego dos meios ser de forma racional e na exata medidapara se efetivar a adequada reao.

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    TTULO IIA FORA TTICA APOIA A TROPA DE CDC

    CAPTULO VII

    CONTROLE DE DISTRBIOS CIVIS COM A UTILIZAO DABORDUEGA EM CONFLITOS RURAIS

    1.0 - INTRODUO

    1.1 - FinalidadeRegular as questes de doutrina, de instruo e emprego das

    Unidades que tenham por misso o Controle de Distrbios Civis, com autilizao de um instrumento de defesa que a Borduega.

    Tais aes podem ser desenvolvidas nos conflitos rurais deposse de terra, ou em situaes em que grupos de pessoas realizam seusprotestos para chamar a ateno de autoridades e rgos da imprensa, ouocupam reas pblicas impedindo a circulao de veculos e pessoas.

    1.2 - ObjetivoA Atividade de Controle de Distrbios Civis um dos componentes

    indispensveis do Estado Democrtico, j que a Democracia , pornatureza, o equilbrio conquistado entre componentes mais ou menosantagnicos, como por exemplo: o prevalecimento da vontade da maioria eo respeito vontade das minorias; ou a relao entre a soberania do Estadoe os direitos da cidadania.

    A unidade de Controle de Distrbios Civis elemento toindispensvel ao equilbrio democrtico quanto o prprio voto. A existnciade tropa especializada, profissional e legalista , acima de tudo, umagarantia para a sociedade.

    Sua atuao deve portar-se rigorosamente dentro dos limites da lei,como Polcia de Preservao da Ordem Pblica ou auxiliadora a Justia, nocumprimento dos mandados judiciais, e como fora absolutamenteimparcial, executando funo prpria do Estado, jamais comprometida com

    interesse pessoais dos litigantes.

    1.3 - Prioridade no emprego de meiosOs meios disponveis devem ser empregados de forma progressiva

    conforme sua gravidade e de acordo com a necessidade.

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    a) Vias de Fuga: O conhecimento prvio do local do conflito desuma importncia para assegurar vias de fuga aos sem terra, para que osmesmos no sejam confinados contra obstculos fsicos ou contra a tropa;ou seja, necessrio e indispensvel que se assegure aos sem terracaminhos para disperso.

    b) Demonstrao de Fora: altamente recomendvel que a tropade CDC permanea longe da vista dos manifestantes porm numa posioque permita fcil acesso ao local de conflito. Tal conduta ttica assegura,

    quando do emprego da tropa de CDC o impacto psicolgico atravs daaproximao e formao disciplinadas, preparo profissional e confiana nacapacidade de ao, elementos que ajudaro a eliminar uma boa parte dapredisposio de resistncia dos sem terra.

    c) Ordem de Disperso: O Cmt da tropa especializada dever,atravs de sistema de som compatvel, concitar os sem terra a seretirarem da rea por eles ocupada, no devendo, para tanto, utilizar-se deameaas, desafios ou qualquer outra conduta que possa dar ensejo adisputa ou resistncia.

    1) Pode-se utilizar, tambm o sistema de som, para a negociaoe/ou para diminuir o nvel de tenso, e ainda para, j dentro da ao datropa, anunciar as atitudes e mtodos que sero utilizados de acordo com aevoluo do quadro ttico.

    2) Este ltimo procedimento uma inovao s regras de ordem dedisperso previstas no Manual de Controle de Distrbios Civis, que temcomo principal objetivo agir psicologicamente reduzindo o nimo no s deresistncia passiva, mas tambm evitar outros tipos de reaes violentas.

    d) Recolhimento de Provas: O recolhimento de provas umprocedimento muito importante, sobretudo para assegurar a legitimidade elegalidade das aes da tropa empregada. Dever ser feito por equipes forado quadro ttico da operao, de forma ostensiva como fator inibidor decomportamentos violentos, bem como facilitar a identificao de lderes,incitadores, pessoas portando instrumentos que podero ser usados comoarmamento para reao.

    e) Emprego de Agentes Qumicos com munio Anti-motim.A munio qumica extremamente eficaz na disperso de uma

    turba. O uso de pistola, espingarda Cal. 12, Thru-flight, com as respectivasmunies anti-motins (projteis de borracha) devem ser empregados a umadistncia segura para evitar o contato fsico da tropa com os sem terrassendo meio importante por no causar ferimentos de gravidade.

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    A pistola poder ser usada em uma distncia mais aproximada comforma de disperso dos sem-terras.

    Dever ser previsto, sempre que possvel, e que as condies doterreno permitirem, o posicionamento estratgico dos atiradores queportaro a espingarda Cal. 12 e o Thru-flight no sentido de evitar, que atropa seja atingida por estar mais prxima deles, como tambm evitarcausar leses graves aos sem-terras.

    f) Carga de Cassetete com apoio de Borduega: O avano sobreos sem-terra dever ser realizado atravs das formaes de CDC, inclusiveprevendo-se a possibilidade de apoio conjugado de peloto a cavalo epeloto com ces. O avano em rea rural deve ser feito em passo semcadncia, mantendo-se a postura e a formao disciplinada a fim de noparecer que esteja havendo indeciso ou insegurana na ao. Naformao o Sd PM Borduegueiro ser inserido, intercaladamente entre osescudeiros os quais faro sua proteo.

    2.0 - EMPREGO TTICO

    2.1 - Consideraes GeraisA ttica de emprego com apoio de fatores psicolgicos possibilitar

    o fiel cumprimento da misso. Deve-se ter em mente sempre que o espritoprincipal da atuao da tropa de CDC a disperso dos sem-terras e nosua destruio ou confinamento.

    A formao do peloto deve ser em linha com a utilizao ttica,tanto defensiva (manuteno de uma posio) ou ostensiva (Desobstruir umlocal ou fazer com que os sem-terras recuem at um determinado ponto).

    2.2 - Conceituao do Equipamento: Borduega um equipamentomilitar, individual, porttil, destinado ao uso em conflitos rurais dereintegrao de posse. Serve para aparar golpes de faes, foices,enxadas, paus etc., bem como possibilita recolhimento dessesinstrumentos.

    2.3 - Posio Bsica Individual: O policial militar permanece com aBorduega na posio horizontal, do lado direito do corpo segurando -a coma mo direita na altura do punho superior.

    2.4 - Posio de Utilizao: O policial militar mantm a Bordueganuma posio oblqua, a mais ou menos 120 em relao ao prolongamento

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    do corpo, segurando-a pela mo direita no punho inferior e mo esquerdano punho superior, mantendo-a ao lado direito do corpo. A perna esquerdadever ficar um pouco a frente para dar maior equilbrio.

    2.5 - Equipamentos Complementares: Alm dos equipamentosprevistos no M-8-PM, sobretudo os de proteo individual, em cada peloto,alm dos Borduegueiros haver um policial militar o qual conduzir umextintor de incndio de porte destinado proteo do peloto contra focosde incndio provocados pelos sem-terras, atravs do uso de coquetismolotov e outros instrumentos incendirios.

    2.6 - Formao de Peloto de Choque com a BorduegaAs formaes bsicas do peloto so as mesmas presentes no

    Ttulo I deste manual. Cada Peloto dever ter na sua composio bsicaquatro Sd PM Borduegueiros, sendo que trs sero acrescidosno efetivo eum Sd PM ser um dos lanadores, o qual se transformar emBorduegueiro nas aes com o emprego do equipamento.

    Os Sd PM Borduegueiros devero se posicionar em formaocerrada, atrs da linha do peloto, para que, caso no haja resistncia oureao dos sem-terra, no ocorra o emprego indevido da Borduega comoinstrumento em desacordo com a sua finalidade.

    2.7 - Grupo de CapturaO Peloto ter um grupo de captura, comandado por graduado (SgtPM) que atuar da seguinte forma:

    a) Em rea ruralO grupo de captura ser composto por trs Sd PM, sendo eles o

    motorista e o segurana do peloto, alm do operador de canho dgua(CENTURION).

    O emprego desses componentes do peloto citados, com asrespectivas funes alteradas, se deve ao fato que nas reas rurais asviaturas ficam impossibilitadas de acompanhar a progresso ttica dopeloto pelas prprias caractersticas do terreno.

    b) Em rea urbanaEm operao de Controle de Distrbios Civis em reas urbanas o

    grupo de captura ser integrado pelos trs Sd PM Borduegueiros, os quaisno portaro a Borduega por ser em equipamento de uso prprio paraconflitos rurais.

    2.8 - Aplicao das Formaes com a Borduega

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    2.8.1 - O posicionamento do Sd PM Borduegueiro na formao, sedar conforme a necessidade da atuao ou do comportamento dos sem-terras.

    2.8.2 - Se houver a progresso da tropa em direo aos sem-terras eno houver, reao, os Borduegueiros permanecero retaguarda daformao. Se na progresso da tropa houver reao ou at mesmo ataquepor parte dos sem-terra, o borduegueiro assuma sua posio no peloto,previamente estabelecida, devidamente protegido pelos escudeiros.

    2.8.3 - O peloto deve atentar na progresso em direo aos sem-terrasque a utilizao da Borduega dever ser eminentemente defensiva comtcnica de manuseio para retirada dos instrumentos dos agressores. Nessemomento entrar em ao tambm o grupo de captura, que efetuar adeteno das pessoas que portam e reagem utilizando esses instrumentos(faco, foice, enxadas, etc.).

    2.8.4 - Dependendo das condies da operao que ser desenvolvidao prprio peloto poder executar formao com apoio lateral paraguarnecer a lateral e retaguarda da tropa durante a progresso.

    2.8.5 - Esse tipo de apoio lateral pode ser executado tambm em nvelde Cia PM e ainda com a utilizao da tropa montada.

    2.8.6 - Os comandos sero os mesmos previstos no Ttulo I, no que seaplicarem operao que est sendo desenvolvida.

    2.8.7 - Com relao mobilidade do Borduegueiro se dar da seguinteforma:a) quando o Borduegueiro se encontrar na formao cerrada do

    peloto (retaguarda) e havendo necessidade do seu emprego o comandantede peloto dar o seguinte comando: BORDUEGUEIRO EM POSIO!,nesse momento o homem avanar e assumir o comando na formaoconforme estabelecido previamente.

    3. 0 - PRESCRIES DIVERSAS

    3.1 - A tropa especializada que ser empregada na misso no poderde forma alguma estar comprometida com nenhuma das partes envolvidas

    no conflito, quer seja, o proprietrio da rea a ser reintegrada, quer seja comos invasores.A tropa dever ser orientada, ainda, a no aceitar quaisquer formas

    de apoio ou agradecimentos, (transporte, combustvel, alimentos,

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    alojamentos, etc.) pautando sua aes exclusivamente no cumprimento dalei.

    3.2 - O efetivo empregado dever ser proporcional ao nmero demanifestantes, bem como, de acordo com as dimenses da rea a serdesocupada, para possibilitar o pleno xito da misso legal.

    3.3