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JORNADA DE LÍDERES
Palestrante: Daniel Godri
Boa noite! [Som falha]
[Risos]
[Ocorrem ajustes no som]
Está ouvindo bem? Parabéns. Obrigado. Vamos parabenizar aqui o
pessoal que eles são bons. Obrigado. Obrigado.
[Aplausos]
Boa noite! É bom estar com vocês, meu nome é Daniel Godri, e eu
sempre começo prestando homenagem para as mulheres. Sabe por quê?
Porque nós estamos em um novo século, em um novo milênio, e neste novo
século, neste novo milênio, vai vencer quem usa o coração, quem usa a
emoção. É a famosa inteligência emocional. O homem é mais razão, a mulher
é mais emoção; então nós temos que aprender muito com as mulheres. E até
para você ver como este local está bonito, por favor todas as mulheres fiquem
de pé. Vamos parabenizar as mulheres. Parabéns. [Aplausos]. Mais forte, mais
forte, mais forte. Parabéns.
Sejam bem-vindos, sejam muito bem-vindos. E eu vou pedir um favor
para vocês mulheres: para eu não ficar repetindo “meu amigo” e “minha
amiga”; “bem vestido” e “bem vestida”; “a esposa” e “o marido” muitas vezes eu
vou falar só no masculino, então por favor, quando eu estiver falando no
masculino, entenda. que eu também estou falando no feminino. E pros homens
não ficarem chateados, vamos parabenizar os homens. Parabéns para os
homens.
[Aplausos]
Eu vou me apresentar rapidinho, porque quanto mais a gente se
conhece, mais amigo a gente fica. Eu sou administrador de empresas e me
especializei em marketing, metodologia do ensino superior, e fui muito tempo
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professor e coordenador de marketing da Católica [Pontífice Universidade] lá
de Curitiba. E tenho um programa na Canção Nova.
Canção Nova é um sistema brasileiro de comunicação, é um canal
brasileiro, mas que retransmite para Portugal, e Portugal pega um pedaço da
África, da Europa, dos Estados Unidos, Canadá e do Oriente Médio. Meu
programa é todo domingo às 10:30 da noite, todo domingo às 22:30. Por favor,
além da minha esposa alguém está vendo? [Risos]. Ninguém está vendo?
Obrigado, muito obrigado. [Risos]. Então vou repetir: todo domingo às 10:30 da
noite. Na hora que você estiver enjoado de notícia ruim, muda para a Canção
Nova, a Canção Nova só tem boas notícias.
Eu também escrevi alguns livros. Eu escrevi “Conquistar e Manter
Clientes”, que é um livro que tem 120 edições. Acredite, tem 120 edições. É um
livro que várias empresas tem adotado, só o saudoso Rolim da TAM comprou
mil exemplares, o Banco do Brasil comprou uma edição inteira, o Bradesco
comprou uma edição inteira, a Volkswagen comprou uma edição inteira, a
Mococa comprou dois mil exemplares. Por favor, levante a mão quem já leu
“Conquistar e Manter Clientes”. [Algumas pessoas levantam as mãos].
Obrigado, muito obrigado. [Risos]. Isso é sinal de que eu tenho um mercado
para crescer, não é? [Risos].
Eu também escrevi “Sou Alguém Muito Especial”, que é um livro de
auto-ajuda de auto-estima. Esse livro tem 31 edições, a Avon sozinha comprou
cinco mil exemplares. Por favor... [Risos] Alguém leu? [Quase ninguém levanta
a mão]. Obrigado, muito obrigado. Como eu não desanimo... E tem mais um
que leu aqui! [Aponta para alguém na platéia] “Posso Até Estar Apagado, Mas
Fui Feito Para Brilhar” é para jovens, para adolescentes. “Marketing de Ação”
eu tentei simplificar o marketing, para ficar mais fácil. E escrevi “Na Escola da
Vida, Até Meu Professor Aprendeu”.
Eu tenho alguns vídeos de treinamento. Nós temos cinqüenta vídeos de
treinamento. Os dois que mais vendem são esses dois de cima: “Motivando
com Criatividade” e “O Coração no Poder”. O Felipão, da Seleção Brasileira,
deu uma entrevista no Rio Grande do Sul dizendo que usava esses dois vídeos
para motivar a Seleção Brasileira. O “Motivando com Criatividade” é do
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cachorro e do gato, do carrapicho. Quem já assistiu? Levanta a mão. [Muitos
levantam as mãos]. Ufa, finalmente alguém viu. [Risos]. E o “Motivando com
Criatividade” do bola murcha, bola cheia, bicicleta, quem já viu? [Muitos
levantam as mãos]. Obrigado, muito obrigado. E o “Motivação em Dose Dupla”,
este que está embaixo, eu gravei com o meu filho, esse menino aí é meu filho,
e ele também é palestrante. Isso, em marketing, se chama extensão de marca.
[Risos] E como a gente precisa vender mais a cada dia, esses dias chamei o
meu filho e disse “Filho, o papai tá com uma idéia muito legal, o papai ta com
uma idéia que vai ajudar a vender mesmo depois que eu morrer.” Ele levou um
susto e disse “como assim?”. Eu disse “Filho, depois que o papai morrer, você
faz o seguinte: manda escrever na sepultura do papai „Aqui jaz Daniel Godri,
palestrante motivacional, mas seu filho continua atendendo no telefone tal’.”
[Risos]. Que a gente precisa vender.
Eu tenho alguns vídeos no Youtube, se você somar todos os acessos dá
mais de 3,8 milhões de acessos.
Nós temos uma comunidade no Orkut, e nós temos um convênio com o
instituto Disney, nós estamos levando os brasileiros para conhecer os
bastidores da Disney. Você pode aproveitar os parques de diversão da Disney,
e, nas horas de folga, enquanto o parque está fechado para o público em geral,
você pode fazer um curso de especialização e conhecer os bastidores da
Disney. Se alguém tiver interesse, é www.cursonadisney.com.br ou no Godri,
meu site lá www.godri.com.br
Bom, eu vou começar o nosso evento mostrado para vocês dois
professores, dois escritores, dois vendedores. Um se chama Elliot Jacques,
esse outro se chama Spencer Johnson. Eu sou capaz de apostar com você
que você nunca ouviu falar do Elliot Jacques, mas ele é um gênio, já escreveu
trinta e... ele está defendendo uma teoria agora que se chama Teoria da
Depressão Dialéxia nas Organizações. Não é dialética, é dialéxia. Dialéxia vem
do grego, que quer dizer muleta, apoio. Ele é bom demais, mas escreve difícil,
muito difícil. Tem livros que você precisa ler umas três vezes para tentar
entender o que ele quer dizer. Acho que é por isso que ninguém o conhece.
[Risos]. O outro se chama Spencer Johnson. Talvez você nunca tenha visto o
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Spencer Johnson, mas você conhece o trabalho dele. Quem já leu ou já ouviu
falar do livro “Quem Mexeu no meu Queijo?” [Muitas pessoas levantam as
mãos]. Foi ele quem escreveu. Porque o livro dele é mais conhecido que o do
outro? Porque ele usou uma linguagem simples, usou dois ratinhos e explicou
de uma forma simples. Bom, eu sou muito dessa linha, gosto muito de
simplicidade. Eu vou falar hoje pra vocês uma coisa extraordinária, mas eu vou
falar de uma forma bem simples. Então, pelo amor de Deus, não é porque eu
estou falando de uma forma simples que não tem valor, pelo contrário.
Simplicidade aqui não quer dizer que seja simplório, que seja simplista.
Simplicidade é você dar um passo acima da complexidade. Então eu prometo
pra você falar de coisas extraordinárias, mas de uma forma bem simples. Se
você sair daqui hoje dizendo “Daniel, eu entendi tudo o que você falou” é o
melhor presente que você pode me dar. Se você quer me dar um elogio, diga
isso. Ou, se você quer fazer um elogio mais elaborado, entra no meu site e faz
um elogio, que, se for legal eu mostro para todo mundo, como estou fazendo
com este executivo da Bosch. Ele escreveu assim: “Daniel Godri é genialmente
simples e simplesmente genial!!!”. Então se você sair daqui dizendo “Daniel, eu
entendi tudo” eu fico muito feliz.
E eu gosto muito de usar o canal visual, porque nós às vezes somos
visuais. Se você quiser se comunicar melhor trabalhe o canal visual, porque
nós somos visuais. Querem ver? Vamos fazer uma brincadeira, que assim
aprendemos brincando. Todo mundo com a mão no pescoço. Tem que ser
rápido. Todo mundo com a mão no queixo, tem que ser rápido, todo mundo
com a mão na boca, todo mundo com a mão no nariz, todo mundo com a mão
na nuca. Na nuca. [Daniel fala na nuca, mas coloca a mão na testa]. [Muitas
pessoas colocam a mão na testa]. Na nuca! [Risos] Na nuca! Tem gente com a
mão ainda na testa! A nuca é aqui. [E mostra onde é a nuca]. Por que fazemos
isto? Porque somos visuais! E como somos visuais, eu gosto muito de usar
símbolos, sinais, usar metáforas. Eu gosto muito da escada, ela me ajudou
muito, e eu espero que ajude vocês. Eu a uso nas minhas palestras porque ela
me ajudou muito. A escada tem um simbolismo extraordinário. No dia que você
tiver algo difícil de entender você coloca na escada que você vai ver como fica
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fácil. Quer ver um exemplo? Vou colocar a Teoria de Motivação na escada.
Perdoem-me repetir: estou colocando a Teoria da Motivação na escada. Se
você não quiser subir a escada não tem quem te ajude porque não há quem
consiga te empurrar escada acima, a não ser que você queira subir. Já tentou
empurrar alguém escada acima e a pessoa não quer subir? Você não
consegue. Então, a motivação não funciona, o que precisamos trabalhar é a
auto motivação. Então, não espere o governo te motivar, não espere seu
patrão, seu sócio, seu marido ou sua esposa te motivar. Ninguém pode te
motivar, a não ser que você queira. Você precisa trabalhar a auto motivação.
Uma coisa legal para você lembrar é que Deus te deu uma escada. Acredite!
Quando você nasceu Deus te deu uma escada. Quando eu nasci ganhei uma
escada. O que simboliza a escada? Simboliza que Deus deu a todos nós
recursos para subirmos na vida. Então, não falta recurso para você ser melhor,
o que falta é capacidade de usar o que você já tem. Você não acredita, mas
tem gente que passa a vida inteira com os recursos embaixo do braço e não
sabe o que fazer com eles. Tem gente que passa a vida dizendo “Meu Deus, o
Senhor quer que eu suba como? O Senhor nunca me deu nada. O Senhor
ajuda o meu vizinho, aquele sobe, e eu não consigo subir.” [E com a escada
debaixo do braço]. Tem outros que gostam de reclamar. Tem gente que adora
reclamar e sofrer, e passa a vida dizendo assim “Meu Deus, está cada vez
pior...” [Com a escada nas costas] “...e vai piorar! Eu acredito sinceramente que
vai piorar.” [Risos] Tem outros que já melhoraram um pouco mais. Eles até
desconfiam que a escada deva servir para alguma coisa, só não sabem para
que. [Com a escada de cabeça para baixo] E passam a vida inteira pensando
“Meu Deus, porque o Senhor me deu este negócio aqui? O que o faço com
isto? Para que serve?” [Risos]. Há quem já está com a escada armada, só que
sobem pelo lado errado, pelo que não tem degraus. Tem gente que se mata de
estudar e trabalhar e nunca chega lá em cima, porque está indo pelo lado
errado. Em um mês está bem, no outro está mal, em um ano está rico, no outro
está pobre, sobe e desce e nunca chega lá. Nunca chega! Você conhece
alguém assim? Não olhem! Não olhem para quem é assim! [Risos] Dá uma
vontade de olhar não é? Mas não olha, só pensa! Por fim, tem aqueles que
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estão subindo mas não querem mudar, porque tem medo de mudança. Se tem
um negócio que você tem medo que eu tenho medo é de mudar, eu não gosto
de mudar. Acontece que o mundo está em contínua mudança, nós precisamos
mudar. Mas tem gente que não muda. Insiste em crescer do jeito que
aprendeu. E até sobe, claro, mas sobe meio esquisito. [Sobe os degraus com
as costas voltadas para eles] Aí você diz “Esse jeito de subir está esquisito!” e
a pessoa responde “Não, mas meu pai também subia assim”. [Risos]
Com isso eu quero mostrar para você que você pode ser muito melhor
do que você já é. Acho que essa é a melhor notícia que eu posso dar para
você. Você pode ser muito melhor do que já é! Levanta a mão quem acha que
pode melhorar pelo menos um degrauzinho a mais. Levanta as duas para
confirmar. (Tira foto rapaz, para que no meio do ano que vem a gente possa
mostrar para o pessoal) [Risos] Ele tira foto e ano que vem a gente mostra que
vocês se comprometeram a melhorar. Obrigado. Parabéns para vocês.
[Aplausos]
Se você começar a acreditar que você pode melhorar, o seu potencial
centuplica. Eu te digo isso por experiência própria, porque isso aconteceu
comigo. A minha vida só começou a melhorar a partir dos meus 28 anos de
idade. Até os meus 28 anos eu fui um completo fracasso. Eu sou PhD em
fracassos. Se você quiser imaginar um vendedorzinho ruinzinho, mas ruim
mesmo, pense em mim. Eu era alguém tão desanimado, tão desanimado, tão
desanimado, que um dia o gerente me chamou para me demitir, de vários que
já tinham me demitido, [Risos] e disse “Daniel, eu vou demitir você porque não
dá para trabalhar contigo, você não acredita, você não vibra, você não tem
brilho nos olhos” e ele viu que eu não reagia, ele ficou roxo de raiva e disse
“Daniel, você faz um favor para a humanidade?” E olha a resposta que eu dei
“Depende do que o senhor quiser que eu faça” [Risos] Ele deu um soco na
mesa e disse “Daniel, dá para você morrer? Se você morrer você estará
ajudando a humanidade!” E ele falou isso para me ferir os brios, essa é uma
técnica não é? Você fere os brios da pessoa e ela reage. Mas eu não reagi. E
ele ficou transtornado, e disse assim “Eu vou demitir você e vou dizer um
negócio que você nunca vai esquecer na vida: Daniel, o ar que tu respira tu
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está roubando de alguém.” [Risos] E ele me demitiu, e eu saí arrasado.
Pensem comigo: eu já era desmotivado, depois daquilo eu comecei a entrar em
depressão, comecei a me fechar em casa, não queria sair da minha cama.
Sabe o que mudou minha vida? Meus amigos. Meus amigos viram que eu
estava na pior e foram me ajudar. Eles disseram que eu deveria procurar um
médico porque eu não iria sair desta sozinho não, “Nós vamos procurar um
médico”, disseram. E eles contaram minha história para vários médicos para
ver se algum poderia me ajudar. E um jovem médico começou a achar minha
história interessante e veio me atender. Ele disse “Daniel, vou atender você de
graça, porque me contaram a sua história, mas vou contar minha história para
você também, sabe por quê? Porque um precisa confiar no outro, e se você
não confiar em mim não dá certo. Daniel, deixa eu abrir meu coração contigo:
eu só peguei o teu caso porque eu acabei de me formar. Eu nunca tive um
paciente. Eu estou precisando de você para fazer umas experiências” [Risos]
Eu disse “Rapaz, o negócio tá feio aqui hein?!”, mas eu não sei se é porque ele
sentia o que eu sentia, mas ele começou a me ensinar de uma forma que eu
entendi. Ele começou a dizer “Daniel, você tem aqui dentro o melhor
computador do mundo, e ele foi programado para te levar para cima, acontece
que tem muitas lembranças que levam você para baixo, porque nosso cérebro
lembra muito mais do que a gente errou do que a gente acertou. Isso é auto
sabotagem. Se você não cuidar teu cérebro te puxa para baixo, e o que deveria
ser teu amigo se transforma em um grande inimigo”. Então, me permitam
contar a vocês como minha vida mudou que eu tenho certeza que pode ajudar
vocês. Eu estava com 28 anos mais ou menos, meu médico disse que eu
precisava ver o que tinha acontecido na minha infância, que eu devia ter tido
algum bloqueio na minha infância. Veja bem, eu não estou dizendo que todo
desmotivado tem problemas de infância, estou dizendo que o meu caso era
esse. E como meu pai e minha mãe já tinham falecido, eu fui procurar minha
irmã mais velha, que tinha me visto nascer para ver se ela sabia porque eu era
desanimado. Quando eu perguntei a ela se tinha alguma coisa na minha
infância que pudesse ter me deixado assim, porque nada dava certo, porque eu
não parava em emprego nenhum “As pessoas não compram de mim, e quando
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eu vendo o cliente não paga!” [Risos] “Ana, na minha vida dá tudo errado. Tem
alguma coisa na minha infância que pode ter me deixado assim?” Minha irmã
começou a chorar e disse “Daniel do céu, eu tinha medo que você
perguntasse” [Risos] Ela disse “Daniel, do dia que você nasceu, foi o dia que
deu tudo errado”. Olha como a nossa cabeça está marcando, olha como o
nosso cérebro vai marcando. Eu nasci em um sítio do interior, na zona rural, e
lá não tinha médico, não tinha ambulância, não tinha hospital, não tinha luz
elétrica, e os partos eram feitos em casa. Quando eu estava para nascer,
minha mãe mandou minha irmãzinha chamar minha avó, porque minha avó era
parteira, só que minha avó morava longe, e quando ela chegou eu já tinha
nascido fazia uns 40 minutos. E eu me afoguei, eu engoli aquele líquido que se
chama líquido amniótico e me afoguei. Quando minha avó chegou, ela me viu
afogado e viu minha mãe desmaiada, ela teve um parto difícil, estava sozinha e
desmaiou. Quando ela nos viu, eu afogado e minha mãe desmaiada, ela
surtou. Não tinha ambulância, nem médico, nem nada, ela começou a correr
para um lado e para outro falando sozinha “Meu Deus o que eu faço? Meu
Deus o que eu vou fazer?” e ela, instintivamente, me pegou pelas perninhas e
começou a dar tapa no bumbum para ver se eu respirava. Deu um tapa, dois
tapas, três, quatro, cinco, dez, trinta tapas, cinqüenta tapas! E minha irmã me
disse que se ela não me tira eu estaria apanhando até hoje! [Risos] Eu apanhei
feito um jegue para respirar. Eu não sei se você sabe que o bebê recém-
nascido é muito escorregadio... [Risos] E se você observar eu tenho a cicatriz
na cabeça! Até hoje me esforço para acredita que eu escorreguei da mão da
minha avó, mas minha irmã jura de pé junto que acha que viu minha avó me
jogando fora! [Risos]
Eu só estou vivo por um milagre. Só estou vivo porque Deus é muito
grande. Mas eu nasci com um grande complexo de rejeição. Vocês não sabem
o medo que eu tinha de falar com uma pessoa. Hoje eu falo com milhões de
pessoas juntas, mas já tive medo de olhar para uma pessoa. E minha vida tem
melhorado muito nesses últimos anos. Deus tem me ajudado muito.
Eu já estive nos EUA falando com a PPA, já fui ao México falar com a
Goodyear; à África, falando com o pessoal de petróleo, as grandes empresas
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do mundo me chamam para falar de motivação. E eu quero contar um segredo
para vocês. Eu sou o único treinador de motivação do mundo que não é
motivado! [Risos] Não sou aquele cara que acorda de manhã gritando
“Uhuuuuu! Uhuu!” eu acordo quase todo dia desanimado. Quase todo dia. Eu
conheço pessoas que acordam sorrindo, cantando, são pessoas abençoadas.
Eu não consigo. Eu tenho que me motivar com o dia. Tenho que me esforçar
toda hora, não é normal eu estar motivado. Eu tenho que me motivar. Então, o
que eu fiz mudou minha vida. Se você quiser ter alta performance e alto
desempenho, eu vou contar para você como foi que eu fiz isso. Pode te ajudar.
Se você quiser você pode sair daqui muito melhor do que você já é. Fique
tranqüilo, porque se deu certo PARA MIM! Pode dar certo para qualquer um!
[Risos] E observem aminha situação. Eu nasci com esse complexo de rejeição,
nasci com asma, que é uma doença de quem não pode respirar direito. Hoje
estou curado, mas já sofri muito com asma crônica. Também tive problemas
com postura, nunca tive uma postura correta. Quando minha mãe ia me colocar
no berço para eu dormir a asma era tão violenta que eu não conseguia respirar.
Então, minha mãe no sítio, sem dinheiro, colocava 2 travesseiros nas minhas
costas e me colocava dormindo sentado. Eu dormi a vida inteira sentado, e isso
me deu uma postura danada! Com tudo isso ainda tinha outra coisa que me
puxava para baixo: as pessoas! Porque nós somos frutos de onde vivemos, e o
pessoal de sítio não faz por mal, mas olha como eles me puxavam para baixo:
o pessoal ia visitar minha mãe e perguntava pelo neném, quando chegavam na
porta do quarto o primeiro da fila já parava. Tentem imaginar a cena: eu roxo,
sentadinho, com asma crônica; o primeiro da fila já fazia sinal de negativo para
o que vinha atrás. [Risos] Eles chegavam perto do bercinho, do lado dos meus
ouvidos e diziam “Cumade do céu! Que coisa mais feia! Aaah, não vai vingar!”
[Risos] “A Senhora já batizou?” Ela dizia “Não, ainda não” e devolviam “Pois
batiza que vai morrer!” [Risos] E eu nasci, cresci e vivi até os meus 28 anos de
idade acreditando que Deus tinha me feito para o fracasso. Eu não conseguia
me imaginar subindo, não conseguia me visualizar melhorando. Você sabe o
que eu comecei a fazer? Você não acredita, mas eu comecei a fazer tudo para
entrar debaixo da escada, e você sabe que entrar embaixo da escada, no
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começo, meio esquisito, mas depois a gente se acostuma, e o que é pior:
depois começa a gostar! Porque debaixo da escada é a zona de conforto, aqui
você não precisa fazer grande coisa, aqui a vida vai passando. E eu estava
gostando, gostando demais. Até que o meu médico falou “Daniel, saia daí
debaixo, você não foi feito para viver no porão. Deus não fez ninguém para
viver no porão, Ele nos fez para o topo, sim ou não? [E todos respondem: SIM!]
E é nisso que você tem que acreditar, porque se você não acreditar em você
como é que você vai subir os outros degraus? É o básico. Você precisa ter uma
auto estima positiva e forte, senão você não consegue chegar na excelência.
Você precisa acreditar que você é muito especial.
Vou fazer uma brincadeirinha. Procure participar para você ver como é
legal. Eu vou contar até 3 e gostaria que você batesse no seu peito com força e
dissesse “Eu sou muito especial!” mesmo que você não acredite, faça! [Risos]
EU SOU MUITO ESPECIAL! [Gritam todos] Parabéns a todos! Está muito bom,
excelente, mas tem um negócio que se chama fisiologia.
Descobriram que o nosso cérebro comanda o nosso corpo, óbvio. Mas
também descobriram que o nosso corpo convence o cérebro também. Acredite!
Nosso corpo convence o cérebro. É mais ou menos assim: se você sair de
casa dizendo “Hoje é meu dia. Hoje não tem para ninguém. Hoje eu arrebento!”
(Com palavras sem ânimo) [Risos] o seu cérebro não acredita, você precisa
convencer seu cérebro. Então, por favor, fiquem de pé, tenha a melhor postura
que você já teve na sua vida, eu vou contar até 3, eu gostaria que você batesse
no peito e dissesse “Eu sou muito especial!” [Todos dizem alto ““Eu sou muito
especial!” batendo ao peito] e a partir de hoje pare de olhar seus defeitos e veja
o que você tem de bom. A partir de hoje, cada degrau que você subir faça uma
festa, comemore, celebre. Aliás, comece agora: aplaudam a si mesmos.
[Aplausos] Mais forte! [Longos aplausos e muito fortes] Parabéns! Pode sentar,
muito obrigado. Parabéns! Vocês são muito bons, parabéns! Então, se você
quiser ser melhor... [Tem uma câmera aqui que não está saindo nada. Rapaz,
pode desativar. Vá descansar, tomar um refrigerante, descanse. Titio vai cobrir
aqui, tá bom? Obrigado] O pior é que a palestra é toda decorada pessoal,
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quando eu perco o fio da meada... Eu vou ter que voltar... Meu nome é Daniel
Godri, [Risos] tenho um programa na Canção Nova...
Olha, se você quiser ser melhor do que você já é você precisa entender
de valor.se você quiser ter alta performance e alto desempenho procure
entender o que eu vou falar agora: quanto vale esta nota de 100 reais? [“Cem
reais” diz alguém] Isso mesmo! Tem gente que nem respondeu. [Risos] Eu
também levei tempo para conhecer uma nota dessas e tem gente que ainda
nem viu. Mas ela vale 100 reais. Se eu perguntar você pode dizer que ela vale
100 reais, ta bom? Se ou dobrá-la, quanto ela vale? [“Cem reais” respondem]
Se eu amassá-la? [“Cem reais”] Se eu puser no chão? [“Cem reais”] Se ela cair
na lama? [“Cem reais”] Se eu pisar em cima? [“Cem reais”] Nossa vida é mais
ou menos assim viu? Vai ter dia que você vai ser dobrado, vai ter dia que você
vai ser amassado, que vão jogar você no canto, que você vai cair num
ambiente sujo, indigno; que vão pisar em você. Mas pelo amor de Deus,
lembre-se de que ninguém pode tirar o seu valor. Não importa o que aconteceu
contigo, o que está acontecendo ou o que acontecerá, nada neste mundo pode
tirar o seu valor, você continua tendo um valor extraordinário, portanto,
valorize-se. Pode aplaudir, porque é boa. [Aplausos]
Eu não sei se você notou que a nota de 2 reais é muito parecida com a
de 100 reais. Eu sempre imaginei que a nota de 100 tivesse um tamanho maior
que a nota de 2 reais porque ela vale mais, mas o tamanho é absolutamente
igual. Pensei então que fosse o papel então, que o papel da nota de 100 devia
ser um papel mais nobre, mas não. É o mesmo papel da nota de 2! Pensei que
fosse então a gráfica! Talvez a gráfica da nota de 100 fosse uma gráfica
especial, mas não! É a mesma gráfica! Pensei que a diferença devia ser a
pessoa que assinou na nota de 100 e a da nota de 2... mas não é! Foi a
mesma pessoa! Mas então, ué, porque esta vale tanto e esta outra tão pouco?
Porque é convencionado. Se tivesse escrito aqui 2, nós aceitaríamos 2; se
tivesse escrito 100, nós aceitaríamos como 100, é ou não? Então, o que eu
quero que você pense é: que valor você está dando para você mesmo?
Quando você chega no seu trabalho, que valor as pessoas estão dando para
você? Quando você vai visitar um cliente, que valor os clientes vêem em você?
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Quando você chega na sua família, que valor sua família vê em você? Quando
você vai pedir aumento de salário para o seu chefe, que valor ele está vendo
em você? Então... Pelo amor de Deus, valorize-se! Pode aplaudir, que é boa!
[Aplausos]
Aqui em outra coisa muito legal. Quanto vale esta nova nota de 10
reais? [“Dez reais!” diz a platéia] E quanto vale essa nota antiga de 10 reais?
[“Dez reais!” diz a platéia novamente] A nova? [“Dez!”] A antiga? [“Dez!”] Não
precisa ser novo. A nova tem pouca idade, está começando agora, está
inseguro, está com medo, mas fique tranqüilo! Não precisa nem ter
experiência, só precisa ter garra, ter força, ter vontade, e isso todos nós temos.
Então, vamos parabenizar quem é jovem, parabéns para os jovens. [Aplausos]
Por outro lado, meu amigo, se você já está com a idade meio avançada, se
você já circulou muito por aí, [Risos] se você anda com a sensação de que vão
tirar você de circulação, fique tranqüilo porque você continua tendo valor
extraordinário, porque você tem experiência. Nenhuma escola do mundo
ensina experiência a não ser a vida, então, vamos parabenizar quem tem
idade. [Aplausos] E aqui tem uma nota de 10 cruzados, esta nota perdeu o
valor comercial, mas ela não perdeu o valor comercial não porque ela
envelheceu, e sim porque ela ficou desatualizada. Então, não precisa ter medo
de ficar velho. Envelhecer é ótimo, não pode é ficar desatualizado. Se você
esta aqui é porque você quer se atualizar. Então aplauda você mesmo.
Parabéns! [Aplausos]
Eu vou tirar o palito agora porque está um pouco quente. Se você
também quiser relaxar, se você tiver de gravata, quiser afrouxar sua gravata;
você mulher, que veio com um sapato apertado, um salto alto machucando, vai
tirando o sapato, pode ficar a vontade, vamos trabalhar aqui juntos, de uma
forma mais informal, que a gente aprende melhor. [“Fiu fiu!” assobia alguém da
platéia] Obrigado! [Risos]
Agora, efetivamente nós vamos começar a trabalhar e eu vou te mostrar
uns negócios legais aí. E vamos combinar uma coisa bacana entre nós: toda
vez que eu falar uma coisa que você gostar, por favor aplaudam, porque
quando você me aplaude ocorre 3 coisas: a 1ª é que você motiva o palestrante,
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a 2ª é que você acorda quem está meio sonolento ao lado, e a 3ª é que a Oi
FM me paga por aplauso. [Risos e aplausos]
Então, se você quiser ter alta performance e alto desempenho tem algo
legal para você: o Princípio da Semente. É simples, mas tem uma utilidade
extraordinária. O Princípio da Semente quer dizer que se você sair aí fora e
encontrar uma árvore que tem 60m de altura, você precisa lembrar que ela já
foi uma semente pequenininha, ou seja, dentro de uma semente pequenina há
uma árvore enorme, desde que você dê condições para ela crescer. Sim ou
não? [“Sim!” diz a platéia] Parabéns, você também tem esse potencial. Todos
nós temos. O que eu estou fazendo é dando condições para você desenvolver
seu máximo potencial. Por quê? Porque se Deus te deu um potencial para ser
uma árvore de 60 metros e você está aceitando ser uma de 15 metros, Deus
fica triste, porque Ele não concebeu você para ser de 15, Ele concebeu você
para ser de 60, então nós temos que desenvolver o máximo do nosso
potencial. Se tem algo que somos obrigados a fazer é desenvolver o máximo
do nosso potencial, temos que investir na melhoria contínua, temos que buscar
excelência, alta performance e alto desempenho, para isso você tem que abrir
a cabeça. Pare de olhar para a desgraça, porque a gente desde pequeno foi
acostumado a ver desgraça. Desde pequeno a gente procura desgraça, nós
somos loucos por desgraça, quer ver um exemplo? O que aconteceu no dia 11
de setembro de 2001? E o que aconteceu no dia 9 de novembro de 1989?
Ninguém sabe?! Olha, se você gosta de números, dá uma olhada aqui. No dia
11 de setembro de 2001 derrubaram as duas torres, no dia 9 de novembro de
1989, alguns anos antes, derrubaram o Muro de Berlim. A queda do Muro de
Berlim foi a coisa mais extraordinária que aconteceu no século passado,
porque não foi só o muro que caiu, foi todo um sistema político que ruiu. Sim ou
não? [“Sim!” diz a platéia] Você pode ver na foto um soldado da Alemanha
Oriental lá em cima do muro. Esses soldados foram treinados para matar. Se
chegasse uma mulher grávida, uma criança ou um velhinho eles não hesitariam
em matar. No dia 9 de novembro de 1989 eles ficaram olhando o pessoal da
Alemanha Ocidental destruir o muro. O muro caiu sem nenhum palavrão, sem
nenhum tiro, sem nenhuma gota de sangue. A coisa mais fantástica que
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aconteceu no século passado não teve nenhuma gota de sangue derramado.
Acho que é por isso que a gente não lembra. Porque não teve desgraça. A
gente pensa que deve ser um muro muito mixuruca. [Risos] Ano passado
completou 19 anos que o muro caiu, este ano faz 20 anos, e eu procurei na
rádio, TV, jornal e internet para ver se alguém falava, e ninguém falou. Agora,
dá queda das duas torres eles falam toda semana. Isso é muito significativo,
por quê? Porque se você só ficar olhando as duas torres que caíram, você vai
achar que o mundo está cada vez pior, que só vai vencer quem é mal, que o
terrorismo vai vencer e que não dá para confiar em ninguém. Por outro lado, se
você olhar os muros se abrindo, olha a metáfora que isso simboliza! Simboliza
novos mercados, novas oportunidades, pessoas se aproximando, pessoas se
abraçando. Como é que está tua cabeça? Você se preocupa mais com as
torres que caíram ou com os muros que estão se abrindo? Você tem que parar
de olhar as crises que acontecem, porque crise tem todo dia. Aqui eu tenho
uma foto de um jornal que eu tive que mostrar. Esse é o tipo de jornal que se
você ler de noite você pede para morrer dormindo. [Risos] Olha o que diz esse
jornal americano. “Crise! O país não sai desta! Atravessamos uma época
sombria da história do país. Nunca do decurso da vida da maioria dos homens
houve tantos motivos de fundada apreensão. Nunca o futuro mostrou-se tão
previsível. A situação econômica interna é caótica, o nosso dólar está fraco no
mundo inteiro. Os preços estão prejudicados, estão altos, o caldeirão político
ferve de incertezas. Vivemos um momento solene do nosso problema.
Ninguém pode prever o desfecho final” Você está tentando ficar sem respirar.
Acontece que este jornal é de 1857. Não é nem do século passado, é do
século retrasado. Então, se você gosta de crise, fique tranqüilo, vai ter crise o
resto da tua vida. O que você precisa fazer é começar a entender o teu
potencial. Eu não estou negando que tem crise, lógico que tem crise. O que eu
quero dizer é que você pode ser melhor apesar da crise. Quem acha que pode
melhorar apesar da crise? Levanta as duas mãos para confirmar. [Muitos
levantam as mãos] Então, vamos parabenizar nós todos. [Aplausos]
E se você quiser ter alta performance e alto desempenho porque precisa
começar a entender sobre relacionamento. Vai vencer quem se relaciona. Hoje
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não é importante só o que você sabe. Hoje é importante quem você conhece.
Se você me permitir, vou deixar a humildade um pouco de lado e, só como
exemplo, vou falar uma coisa interessante: eu conheço o Lula, conheço o
Fernando Henrique também, acredite que eu conheci o Bush, Obama também,
conheço o Papa e a Rainha Elizabeth também... Só que eles não me
conhecem! [Risos e aplausos] O importante então não é só quem você
conhece, e sim quem conhece você! Você precisa se fazer conhecido e não só
conhecer.
Para isso precisamos conhecer a diferença entre o homem e a mulher.
Gosto muito da relação homem e mulher porque a partir de agora a gente
começa a trabalhar em equipes mistas. Você sabe mais do que eu que quando
trabalham homens e mulheres juntos toda unidade se acha muito maior,
porque um complementa o outro. E eu gosto do símbolo da borboleta
representando o feminino e o do búfalo representando o masculino. A borboleta
é muito sensível, qualquer brisa, qualquer sopro a borboleta percebe; o búfalo
não, pode ter ventos de 30km por hora, não faz nem cócegas nele. A borboleta
adora flores, ela cultiva o belo, ela vai de flor em flor, de pólen em pólen; o
búfalo não, ele pisa nas flores e se bobear ele come as flores. [Risos] A
borboleta, se você encostar nela, você pode maculá-la, machucá-la e ela ficar
com cicatriz para o resto da vida e nunca mais voar; o búfalo, você joga pedra
nas costas dele e talvez ele nem sinta. Você acha que o búfalo está errado?
Não, é a natureza dele! E a borboleta está errada? Não, é a natureza dela.
Acontece que na natureza a borboleta vai morrer borboleta ou lagarta e o
búfalo vai morrer búfalo. E na natureza humana não. O ser humano pode
mudar e acho que esse é o maior presente que Deus nos deu. Nós podemos
mudar. Se você é muito casca grossa, meio búfalo demais, você pode mudar
um pouquinho, pode ir melhorando, e aí o seu relacionamento melhora. Se
você é muito borboleta, muito frágil se magoa com qualquer coisa, é muito
sensível, você pode mudar um pouquinho, aí o seu relacionamento fica melhor.
Agora, como as mulheres já se levantaram e os homens não, eu vou
colocar aqui uma musica que está em francês (olha o nível da nossa palestra!),
vou colocar uma musica em homenagem a vocês. O título é inglês, Butterfly,
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mas a música é um francês, e eu vou traduzir para português. Gostaria que só
os homens ficassem de pé. Vamos aprender um pouco com as mulheres e,
sem perder a masculinidade, vamos borboletear. Vamos lá! [Toca a música]
Parabéns! Parabéns! [Risos]
Nós homens precisamos aprender muito com as mulheres. Mulher tem a
facilidade lingüística, e vai vencer neste mundo quem se comunica, e elas
como ninguém, têm facilidade de comunicação. Não sei se você sabe, mas
para o homem falar ele tem que usar um cantinho do lado esquerdo do
cérebro, aqui atrás, aqui no fim; e a mulher não, ela usa qualquer lugar para
falar (do lado esquerdo) e se duvidar usa do direito também! [Risos e aplausos]
É por isso que é mais fácil achar um homem gago do que uma mulher gaga. O
homem tem que achar o cantinho dele, ele fica “Ic, ic, ic...” e não acha! [Risos]
Descobriram que as meninas aprendem a falar muito antes que os meninos.
Essa pesquisa foi feita por um casal chamado Alan e Bárbara, e se você puder
fazer faça também porque é muito legal. Se você vir um menino e uma menina
da mesma idade brincando vá lá e pergunte o nome dele, você vai ver que
quem responde é ela: “O nome dele é Daniel”. [Risos] Até ele achar o cantinho
dele, até ele falar ela já falou. As mulheres têm necessidade de falar, os
homens não. Para você se relacionar melhor tem que entender isso. Uma
mulher não se imagina ficar do lado de alguém sem conversar. Você já viu
duas mulheres na fila de um banco? Mesmo que não se conheçam elas
conversam, batem um papo; o homem não, ele é capaz de ficar com outro na
fila mais de meia hora, e depois disso um olha para o outro e diz “Ta
demorando né?” e o outro só responde “Ô!”. [Risos]
As mulheres precisam conversar. Foi descoberto que as mulheres falam
cerca de 7 mil palavras por dia, os homens em média 4 mil. Então, olha que
acontece: quando chega lá para as oito da noite o homem já gastou as 4 mil
dele, [Risos] e as mulheres têm mais 3 mil para gastar! [Aplausos] Talvez por
isso que elas ficam “Té te te, té té té, té té té...” e o homem só faz “Ãham,
ãham, ãham...”. [Risos] Uma mulher tem necessidade de falar. Uma mulher
que passa o dia em casa, observa que quando o marido chega, a primeira
coisa que ela quer é conversar. Ela chega perguntando “Amor, como foi seu
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dia?” e ele diz “Normal.”, [Risos] ela pergunta “Mas não teve uma coisinha? Um
negocinho diferente?” e ele “Normal. Tudo normal”. A mulher não entende
como é que o homem passa 12 horas fora de casa e não tem assunto. A
mulher que trabalha fora, quando chega em casa quer contar o dia dela. Ela
chega e fala “Amor, posso contar meu dia para você?”, e ele, na frente da TV
com o controle remoto, olha para ela, olha para a TV para ver o que vai perder,
[Risos] e ele, em um ato de bondade incomensurável, ele olha para ela e diz
“PODE!”. [Impacientemente] [Risos] E ela se empolga, ela não consegue
resumir, um negócio que aconteceu a tarde ela começa a contar de manhã, e
começa a entrar em detalhes, e o marido “Vai pro assunto, vai pro assunto! Há
quanto tempo você ta enrolando?!” e ela grita “Você é um grosso!”. [Aplausos]
A mulher também tem uma visão diferente da gente. Ela tem uma visão
periférica, o homem tem uma visão tubular. A visão tubular você imagina a
gente olhando dentro de um tubo, e a visão periférica eu vou te mostrar. Olhem
agora para minha mão. Olhando para minha mão, você consegue enxergar
uma parte do teto do chão, as mulheres usam muito isso. Quando uma mulher
vê um homem lindo ela fica aqui, estática, não quer demonstrar que está
olhando para ele, e olha reto, mas ta vendo tudo! [Aplausos] O homem não,
quando vê uma mulher bonita ele se entrega fácil, ele faz “Ôôôôô...” [E a segue
com os olhos até onde ainda for possível]. E o homem não enxerga nada de
perto. Peça para ele pegar um pote de margarina na geladeira, ela a abre, olha
na vertical, e já aproveita para dizer “Não está!” e a mulher dez “Mas eu acabei
de colocá-la aí!”, mas ele diz “Mas aqui não tá!”, o homem não vê muito de
perto. As mulheres foram abençoadas, o cérebro da mulher é como uma
escada, faz tudo simultaneamente, é fantástico! Ela não se imagina fazendo
uma coisa só. Já o cérebro do homem, pelo menos da geração agora, a futura
não, mas a geração atual faz uma coisa só, depois faz outra coisa, também
outra. A mulher não, ela faz tudo ao mesmo tempo. Ela não se imagina fazendo
uma coisa só. Ela está fazendo o almoço, ao mesmo tempo ajudando o filho a
fazer a lição, está dando mamadeira para o bebê, está vendo TV, está
atendendo telefone, tudo simultaneamente. O homem põe o leite para ferver e
fica olhando. E se perguntar para ele o que ele está fazendo ele responde
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como se estivesse salvando o planeta: “Estou olhando o leite ferver!”, e a
primeira bobeada que ele dá, o leite derrama! [Aplausos]
Eu estou falando só das mulheres, mas os homens também podem
ajudar as mulheres. Onde o homem pode ajudar a mulher? O homem pode
ajudar a mulher na inteligência lógico-matemática, o homem é muito mais
lógico, muito mais matemático. É mais ou menos assim: se você pegar um
avião de Fortaleza para ir lá para o sul, se o vôo tiver dez escalas, nas dez
escalas a aeromoça deve contar os passageiros, porque pode haver um a mais
ou a menos. Outro dia eu estava em um avião grande que tinha onze poltronas
vazia, eu fiz questão de contar as cadeiras vazias porque o vôo estava muito
lotado. Ora, ninguém mais do que a aeromoça sabe a capacidade total do
avião. Se você quer sabe o número de passageiros, é só diminuir onze da
capacidade total do avião e você tem número de passageiros, concorda? Sim
ou não? A aeromoça não faz assim, ela faz assim [gesticula como se estivesse
contando de um em um]. [Risos]. Aí chegou no meio do avião, alguém pediu
água e ela disse “Ai, meu Deus” [gesticula e começa a contagem novamente].
O homem pode ajudar a mulher também não inteligência espacial, as mulheres
têm uma certa dificuldade na inteligência espacial. É mais ou menos assim: se
você está dirigindo e a sua mulher está do lado, se você encostar muito o seu
carro no caminhão da frente, para a mulher dá a impressão que você está
entrando debaixo do caminhão, porque a inteligência espacial é diferente. Se
você é homem, está dirigindo, a sua mulher está do lado, e você vai ultrapassar
e vê que vem um carro ou caminhão no sentido contrário, que é um risco
violento, mas você calcula tempo, distância, velocidade, e, até para se exibir
um pouquinho você vai ultrapassar. Para a mulher dá a impressão que você vai
se matar. [Risos]. Porque a inteligência espacial é diferente. Olha como é a
inteligência espacial da mulher: imagine que aqui tem um sofá, e a mulher quer
tirar o sofá daqui e levar para lá. O que a mulher faz: ela mede o sofá,
normalmente com um barbantinho. Algumas usam o cabo de vassoura
[gesticula medindo um sofá imaginário]. [Risos]. E ela vai no local onde ela
quer por [corre da direita para a esquerda]. Se não cabe, ela não acredita, ela
volta [fica indo de um lado a outro]. [Aplausos].
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Mas o importante é que, quer seja homem, quer seja mulher, nós
precisamos trabalhar em equipe. Se você quiser ter alta performance, alto
desempenho, você precisa trabalhar em equipe, e o melhor exemplo disso é o
trem, que tem um simbolismo extraordinário. O trem é uma metáfora fantástica.
O trem tem os trilhos, se estiver faltando um metro de trilhos, todo o trem
vai por água abaixo. O trem tem os vagões, simbolismo de que se precisa estar
atrelado um ao outro, por isso que é importante participar de associação, cada
vez crescer mais, se unir mais. E o trem também tem a locomotiva, quem é a
locomotiva? É você! Você precisa ser a locomotiva. É você que precisa chegar
onde você trabalha, onde você mora e dizer “vamos lá, vamos lá...” É difícil? É
claro que é difícil, mas não é impossível. Se você fizer bem a sua parte tudo
fica bom.
Quer ver? Vamos fazer uma brincadeira que a gente aprende brincando.
Por favor quando eu levantar este braço aqui [levanta o punho direito] eu
gostaria que vocês batessem palmas uma vez só, todo mundo junto. Uma vez
só, todo mundo junto [Pessoas batem palmas juntas]. Por favor, quando eu
levantar esse outro braço aqui [levanta o punho esquerdo] eu gostaria que
vocês batessem palmas uma vez só, todo mundo junto [Todos batem as
palmas]. Está muito bom, parabéns, está muito bom mesmo. [Aplausos]. Então
vamos ver se dá certo, não saia do ritmo, faça o seu melhor. [levanta o punho –
pessoas batem as palmas uma vez só, algumas demoram mais]. É assim
mesmo, quando você implanta uma nova idéia, não é na primeira vez que dá
certo, você tem que tentar, persistir, até dar certo. A gente tem que ir
aprimorando, então vamos lá, uma vez só, todo mundo junto [levanta o punho –
pessoas batem palmas uma vez só]. Quase, uma vez só, todo mundo junto
[levanta o punho – pessoas batem palmas uma vez só]. Excelente. [levanta o
punho – pessoas batem palmas uma vez só]. [põe a mão na orelha, pessoas
batem palmas]; [Risos]. Era só para ver o ritmo. Está muito bom, muito bom.
Por favor, quando eu levantar as duas mãos e abrir os dedos [levanta as mãos
abertas] eu gostaria que vocês fizessem a mesma coisa, levantasse as mãos,
abrisse os dedos e gritasse “PIUÍÍÍ”. [Risos]. Porque o trem tem “Piuí”, não
tem? Então vamos lá [levanta as mãos abertas – pessoas fazem o gesto que
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ele pediu; três vezes]. Parabéns. [Aplausos]. Então vamos colocar o nosso
trem nos trilhos da excelência, faça o seu melhor, vamos lá. [ele vai levantando
os punhos e as pessoas vão batendo palmas, cada vez mais rápido, e no fim
ele levanta as mãos abertas, as pessoas fazem o mesmo e gritam “Piuí”].
Parabéns. [Aplausos]. Está muito bom, parabéns. E o que a gente precisa fazer
para ter alta performance, alto desempenho? A gente precisa saber viver
[mostra a letra da música “É Preciso Saber Viver”]. Se você acha que a sua
vida só tem ilusão, você vai ficar maluco ou morrer na solidão. Você precisa ter
cuidado, porque o que você planta você colhe na frente, é o princípio da
semente. Tem pedra no caminho, você tem que retirar, claro, você tem que
retirar as pedras, preparar o terreno para a semente crescer. Existem flores
que têm espinhos, mas o espinho pode sufocar a semente. O bem e o mal
existem, pelo amor de Deus escolha o bem. É preciso saber viver. Então
vamos ver se a gente consegue melhorar um pouquinho mais o nosso trem,
isso se chama melhoria contínua. Faça o teu melhor. [Ele vai levantando os
punhos e as pessoas vão batendo palmas, cada vez mais rápido, e no fim ele
levanta as mãos abertas, as pessoas fazem o mesmo e gritam “Piuí”].
Parabéns, está muito bom, mas como a gente precisa melhorar sempre pra se
ter alta performance, alto desempenho, a partir de agora não precisa mais
bater palmas, a partir de agora você vai ser o condutor ou condutora. Então
faça comigo assim “É pre-ci-so saber viver” [a cada sílaba levanta os punhos
alternadamente – pessoas o acompanham]. Está bonito, de novo. [Fazem de
novo]. Observe que as mulheres fazem, os homens não, os homens são mais
travados, vamos ajudar os homens então. [mais uma vez os mesmos gestos].
No dia você estiver triste, no dia que você estiver desanimado, no dia que nada
está dando certo, comece a cantar. Acredite. Mesmo contra todas as
possibilidades você precisa cantar, sabe por quê? Porque quando você canta,
você libera endorfina. O que é endorfina? É o hormônio que nos deixa no
estado de excelência. É por isso que as mulheres têm uma grande vantagem
em relação a nós, as mulheres estão sempre cantando. Uma mulher, mesmo
trabalhando, ela está cantando. O homem não, para o homem cantar, ele tem
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que tomar umas quatro cervejas. [Risos]. Então nós temos que aprender muito
com as mulheres.
Eu vou colocar uma música e nós vamos cantar juntos, no começo dá
uma vergonha muito grande, dá a impressão que todo mundo está olhando
para você. Mas não precisa ficar com vergonha, não precisa ficar assustado,
ninguém vai olhar para você. Ah, e vai ter coreografia, vai ser aqui e aqui,
certo? [demonstra a coreografia]. Assim você vai aprender a cantar comigo.
Tem som aí, amigo, vamos ficar de pé então, todo mundo cantar junto para
liberar endorfina. Está rodando aqui sim. Põe bem alto aí, por favor.
[Toca a música “É Preciso Saber Viver”]
[Pessoas cantam e fazem os gestos que o Daniel pediu]
Mais alto, mais alto. Mais música, mais som. Está bonito, está bonito.
Vamos lá, todo mundo. Está bonito. Vamos lá. Todo mundo. Muito bom.
Obrigado. Eu não sei se você percebeu, mas a maioria das palestras
termina assim. E se vocês me permitirem, eu gostaria de subir um degrau a
mais com vocês, sabe por quê? Porque quando eu estava desanimado, você
precisa imaginar o quanto de palestra eu assisti, onde tinha palestra eu
assistia, assisti todas. E todas terminavam assim, em alto astral, e eu saía da
palestra muito motivado. Mas passavam uns vinte dias... [Risos] as coisas
começavam a dar errado. Sabe o que eu fazia? Eu voltava para debaixo da
escada de novo, e para mim dava tudo errado mesmo. Teve um palestrante o
uma vez que disse “Você precisa acordar de manhã, olhar no espelho e dizer
„Lindão!‟”. [Risos]. Eu fiz isso. No começo até deu certo. Mas eu já tive o azar
de, na segunda semana, de acordar com os olhos inchados. Agora você
imagina a cena: olhos inchados, descabelado, gosto amargo na boca. Cheguei
na frente do espelho e disse “Lindão!”; “Bonitão!”; aí eu forcei um pouquinho:
“Coisa fofa!” [Risos]. Você pode até não acreditar, mas a imagem do espelho
olhou pra mim e disse “Daniel, pára com isso, cara. Você está enganando a
quem?” [Risos]. E eu voltava para debaixo da escada. Para mim, as coisas
começaram a partir dos meus 28 anos de idade como eu já falei para vocês. Eu
sempre estudei em escola pública. A única escola particular onde eu estudei na
minha vida foi a católica, que eu passei no vestibular de administração, mais
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por sorte que por conhecimento. E dentro da faculdade eu comecei a entender
a grandiosidade do negócio, comecei a correr contra o tempo, e terminei como
coordenador da pós-graduação.
Eu estou falando isso porque eu fiz muitas pesquisas. Eu sempre quis
saber por que uma pessoa é bem-sucedida e outra não. Eu sempre imaginei
que uma pessoa bem-sucedida fosse um super-homem, uma mulher-
maravilha. Eu sempre imaginei que uma pessoa de alta performance, de alto
desempenho, fosse um super-homem. Na verdade não, as pessoas bem-
sucedidas são pessoas como você e eu. São pessoas que choram, caem, que
têm medo, que têm dúvida, que caem. Então qual é a diferença? É que eles
não aceitam ficar no chão. Eles usam o princípio da semente. Eu estudei muito
sobre superação. Todos que conseguiram e que conseguem se superar usam
o princípio da semente. Muitos até nem sabem, mas estão usando o princípio
da semente. Mas o que é o princípio da semente? Eles não aceitam morrer,
eles brotam, dão novos frutos, novas flores, novos ramos. Eu vi histórias reais
de pessoas que estavam aqui em cima, e porque foram roubadas, traídas, ou
porque mudou o plano do governo, ou porque houve uma desgraça na família a
pessoa cai sentada. [Daniel senta no chão]. Vi muitos pessoas extraordinárias
caindo sentadas. Mas eles não aceitam ficar no chão, eles tentam levantar, é o
princípio da semente. E se acha que depois de uma certa idade... [Risos]. Você
acha que é fácil brotar? Não, não é fácil porque quando você está numa idade
como a minha, no percurso da tua vida você encontrou falsos amigos e
inimigos verdadeiros. [Risos]. E quando você está numa situação como esta,
pode acontecer dos inimigos chegarem e, ao invés de te ajudar, colocam o pé
no teu peito. [Daniel, que ainda estava sentado no palco, se deita]. [Risos]. E
você, mesmo deitado, tem que tentar levantar... É o princípio da semente. E
você acha que é fácil? Não é fácil não. Não é fácil porque, quando você estiver
deitado, muita gente aproveita para jogar terra em cima. E eu gostaria de fazer
uma pergunta para você pensar comigo: há favor maior para uma semente que
alguém jogar terra em cima? Existe algum favor maior para uma semente que
jogar estrume em cima? Então acredite. Até as desgraças que ocorrem na sua
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vida são para te dar forças para você ser melhor. E eu quero mostrar para você
algumas histórias reais de pessoas que se superaram.
[Daniel pede para mudar a imagem da televisão para o projetor à direita
do auditório]
Obrigado. Vamos parabenizar esse rapaz que ele é esforçado.
[Aplausos]
Obrigado.
Eu gosto muito da história do Fred Carvalho, que é uma história bonita
de superação. Eu o conheci em João Pessoa, na Paraíba. Eu fui dar uma
palestra como essa e o Fred Carvalho estava com a cadeira de rodas dele lá, e
eu fiquei impressionado porque ele fez propaganda da firma dele na roda da
cadeira de rodas. E como eu sou da área de vendas, de marketing, eu fui
conversar com ele “Cara, como você teve essa idéia brilhante?”. Ele disse
“Deixa eu contar um pouco da minha vida. Eu sofro de um mal que se chama
distrofia muscular, estou perdendo os movimentos, não consigo trabalho em
lugar nenhum, então eu abri uma empresa minha, para fazer sites na internet,
porque uma das poucas coisas que eu consigo fazer é mexer no computador.”
Então eu disse para ele “Mas como é que você teve a idéia de fazer
propaganda na roda da cadeira de rodas?” Ele disse “Simples. Eu não tinha
dinheiro para anunciar na rádio, na TV, no jornal, e eu observei que, em todo
local que eu entrava, as pessoas primeiro olhavam para a minha cadeira, para
depois olhar para mim.” [Risos]. Ele pensou “Vou anunciar.” Um cara desses é
um gênio. Então eu deixei um presente para ele e fui para Curitiba, onde eu
moro. Mas ele não esqueceu de mim. Ele é um sujeito de alta performance e
alto desempenho. Ele começou a telefonar, mandar e-mails, sugestões, e
depois de uns oito meses ele me ligou e disse “Daniel, eu quero trabalhar para
você, porque aqui a cidade é pequena, tem muito preconceito e eu preciso de
grana.” Eu disse “Fred, você está em João Pessoa, eu estou em Curitiba, como
é que você vai trabalhar para mim?” Ele disse “Daniel, Daniel... hoje, com a
internet, a gente pode trabalhar em qualquer lugar do mundo.” (Me chamando
de burro) [Risos]. Eu disse “Fred, isso até eu já sei, o que estou querendo dizer
para você é que eu não tenho um trabalho para você fazer.” E olha o que é
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uma pessoa de alta performance, de alto desempenho: ele disse “Daniel, eu
estive olhando o teu site e, me perdoe a sinceridade, mas não está bom.” Eu
disse pra ele “Fred, eu investi uma fortuna nesse site, você acha que pode
fazer melhor que isso?” Ele disse “Eu posso, eu garanto.” Respondi “Fred, você
não sabe o que está falando. Eu gastei uma fortuna aqui no sul, e você vai
fazer melhor?”. Ele disse “Eu garanto, eu faço”. E eu disse “Então está bom,
está aprovado, gostei do desafio, pode fazer.” Ele agradeceu e disse “Daniel,
só quero mais um favorzinho teu”. Eu disse “Qual é?”. Ele disse “Eu preciso de
um adiantamento.” [Risos]. Eu disse pra ele “Fred, você é muito esperto, não
é? Você está prometendo um negócio que eu acho difícil e você ainda quer
uma grana? Como é que eu vou saber se esse negócio vai dar certo?” Ele deu
uma gargalhada (sabe aquela gargalhada que só quem tem a alma limpa
consegue dar?) e disse “Daniel, uma coisa eu prometo para você. Eu jamais na
minha vida vou passar a perna em você.” [Risos].
[Aplausos]
E o Fred fez o meu site. Quando eu vi o que ele fez, é claro que o que
ele fez não era melhor do que eu já tinha, mas eu comecei a pensar: o Fred
tem os dedos todos juntos então para ele digitar é complicado [gesticula com
as mãos]. Ele não tinha nem um computador adequado, hoje ele tem porque
ele comprou com o dinheiro dele, mas na época ele não tinha. O Fred fez um
esforço enorme para fazer o meu site. Eu disse “Fred, vamos fazer o seguinte:
eu vou tirar do ar o site que eu tenho, vou colocar o seu no ar, vou pagar para
você mais ou menos o que eu paguei aqui no sul e mais, vou contratar você
para dar manutenção, eu te pago por mês e você vai dando manutenção.” Pois
bem, estamos junto há nove anos, o Fred em João Pessoa e eu em Curitiba.
No dia que você quiser ver o que o Fred está fazendo, entre no
www.godri.com.br, você vai ver o que uma pessoa apaixonada consegue fazer.
Hoje nós temos uma empresa de São Paulo capital que nos assessora, porque
o nosso site tem muitos recursos que o Fred não consegue mais fazer, mas o
Fred continua como uma espécie de consultor-amigo, ele que sempre dá umas
dicas boas para nós. Quando eu conheci o Fred, o médico disse para ele que
ele tinha no máximo dois anos de vida. Eu conheço o Fred há nove anos.
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Então pense comigo: pelo menos no médico ele está passando a perna.
[Risos].
[Aplausos]
Então para você ter alta performance e alto desempenho você precisa
urgentemente começar a usar o coração também. Sabe quem me ensina isso?
Esse garoto aqui, que está agachado aqui que me ensina. Ele é um menino,
mas ele que me ensina. Esse menino é um presente de Deus para mim. Esse
menino é o meu filho que eu mostrei lá no começo. Ele se inspirou nos
Doutores da Alegria, e vai no Hospitais do Câncer lá em Curitiba alegrar as
crianças que estão em fase terminal. Ele sabe que alegria não cura, mas
alegria ameniza a dor. E Curitiba tem um dos melhores hospitais para
transplante de medula do país. Para quem tem problema de leucemia, Curitiba
é um centro especializado em transplante. E vai muita gente do país inteiro
para lá, e um dia ele chegou em casa chorando e disse “Pai, eu vi um casal
que internou uma filha e eles não têm onde ficar, o governo não tem mais como
o acolher, não há mais casas de apoio. Pai do céu, ele vão dormir no banco da
praça, não têm para onde ir. Pai, o senhor já imaginou você internar uma filha
doente e ter que dormir num banco de praça?” Ele disse “Pai, eu quero
permissão para deixar esse casal dormir no meu quarto, eu me viro por aí. Eu
só gostaria que o senhor os acolhesse aqui. Mas pai, eu não queria fazer só
isso, eu queria fazer algo concreto.” E eu disse “O que é concreto?”. Ele
respondeu “Pai, a gente precisa comprar uma casa para esse pessoal, eles
precisam ter um lugar digno pra ficarem.” Aí eu lembrei que há uns 17 anos
atraso um dos meus sonhos era comprar uma casa para quem dormisse na
rua, então eu disse para ele “Meu filho, olha que coincidência, olha que coisa
legal, há 17 anos eu tenho esse sonho.” O abracei, comecei a pular...
[Gesticulando]. De repente ele se separou de mim, deu dois passos para trás e
disse “Pai, há quanto tempo você tem esse sonho?” [Risos]. E eu não entendi o
porque da pergunta e disse “Filho, 17 anos”. Ele me segurou pelos braços
[gesticulando] e disse “PAI, você tem um sonho há 17 ANOS? E você ainda
não fez NADA?” E eu gelei. Ele deu a maior lição da minha vida, ele disse “Pai,
sabe o que está acontecendo contigo? Você está usando desculpas, e quando
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você usa desculpas você não faz nada.” Se você quiser trazer pra escada,
enquanto você usar desculpas você está indo para o lado errado. Você precisa
achar motivos para fazer. E ele disse assim “Pai, você não precisa nem me
falar, eu sei as desculpas que o senhor usou. Não precisa nem me falar, diga
se não foi isso: em um ano você não fez nada por causa da inflação; no outro
ano você não fez nada por causa da poupança, no outro não fez nada por
causa do dólar, outro no não fez nada por causa da inflação, no outro não fez
nada por causa das eleições... Pai do céu, você está usando desculpas, não
são motivos.” Aí ele me deu um abraço gostoso, daquele que a gente ganha
pouco na vida e disse assim “Pai, se você quer fazer, faz logo, senão o senhor
não faz mais.” Ele saiu, eu me tranquei no quarto e comecei a chorar muito.
E comecei a lembrar do tempo que eu era um vendedorzinho ruinzinho.
Eu era um vendedor tão ruinzinho que muitas vezes eu dormia em banco de
rodoviária, porque não tinha grana para pagar hotel. E um dia eu estava numa
cidade pequena e perdi o último ônibus, e não tinha rodoviária, era uma cidade
tão pequena que a parada era na estrada, na rodovia. E lá no sul faz muito frio,
e era madrugada, estava muito frio. Eu comecei a chorar, xingar, não tinha
para onde ir. Xinguei meus pais porque eu nasci pobre, xinguei meus
professores, porque até então eu tinha estudado em escola pública, e os meus
professores até foram bem-intencionados, mas eles não me prepararam para a
vida. Xinguei meu patrão, xinguei meu produto, e naquela madrugada, eu
xinguei Deus. E eu não sei por que, pela primeira vez na minha vida eu
comecei a falar alto comigo mesmo, comecei a dizer “Daniel, está certo que
você nasceu pobre, está certo que você não teve escola, você está coberto de
razão, exceto numa coisa, Daniel: você passa a vida inteira colocando a culpa
nos outros. Daniel, enquanto você colocar a culpa nos outros a tua vida não vai
melhorar. É você que quer mudar.” E foi nessa madrugada que eu comecei a
pensar “e o que eu tenho que fazer para a minha vida mudar?” Estudar mais,
pesquisar mais, ser mais otimista, aprender com as pessoas boas, acreditar
mais em Deus, etc. E foi nessa madrugada que eu pensei “um dia eu vou estar
bem. E quando eu estiver bem eu vou comprar uma casa para as pessoas que
dormem na rua.” E porque eu estou te falando isso? Eu estou te falando isso
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porque hoje Deus me deu um presente muito grande: minha mulher, meus
filhos e eu temos uma casa lá em Curitiba totalmente mobiliada inteiramente
grátis para acolher as pessoas que vão fazer tratamento. O grande problema
de falar de uma casa dessas, é que a primeira impressão é que eu estou
falando para me promover. Bom, se você acha que eu estou falando para me
promover, eu peço perdão, e aceito a sua opinião. Até porque eu fico pensando
em quantas vezes eu já falei dessa casa mais para aparecer do que para
ajudar porque a vaidade é terrível, se a gente não cuidar a vaidade toma conta
da gente.
Mas eu também tenho um sonho, e aí você pode me ajudar. Eu fico
imaginando quantas famílias estão chegando essa semana em Curitiba para
fazer tratamento, chegam à rodoviária ou no aeroporto, numa cidade grande, e
não sabem para onde ir, onde é o hospital, o que devem fazer. Bom, aí você
pode me ajudar: se você souber de alguém que esteja indo para Curitiba fazer
tratamento, não precisa ser seu conhecido, seu amigo. Se você ouvir falar de
alguém que esteja indo para Curitiba, preferencialmente quem é carente, e não
tem onde ficar, não tenha dúvida: manda entrar em contato com o pessoal do
meu escritório. Eles vão entrar em contato com a minha mulher e com meus
filhos, e nós vamos ter uma alegria enorme em acolher. Sabe por quê? Porque
eles que nos ensinam que a gente precisa parar de olhar pros prédios que
caem. A gente precisa olhar os muros que estão se abrindo. A gente precisa
parar de começar a ver desgraça, e começar a ver como cada um de nós pode
se superar.
Se você é mulher, se você é borboleta, e você acha que é frágil demais
e não consegue ir além dos seus limites, eu quero te mostrar a história real
dessa mulher. Nos anos sessenta, para as mulheres grávidas, que tinham
enjôo, os médicos receitavam um remédio chamado Talidomida. A Talidomida
era ótima para enjôo, mas, desgraçadamente, atacava os fetos, e eles
descobriram isso muito mais tarde. Então muitos fetos nasceram sem braços,
sem pernas, defeituosos, muitos morreram, porque o remédio atacava
diretamente os fetos. E essa mulher é vítima da Talidomida. Mas percebam o
que é superação, o que é ir além da excelência.
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[Mostra o vídeo sobre mulher sem braços]
Vídeos relacionados
http://www.youtube.com/watch?v=V4CWZDUEVeg&feature=PlayList&p=8E895
EE0D872801B&playnext=1&playnext_from=PL&index=8
http://www.youtube.com/watch?v=AKA_hNszdn0&feature=related
Você tem reclamado da sua vida? Acha que a sua vida está difícil?
Podem parabenizá-la. Bom, e se você é búfalo, acha que não pode usar
muito o coração porque tem que ser homem, e homem tem que usar o racional,
eu gosto muito desta história também, que é uma história real, eu espero que
ajude vocês. O menino nasceu com o cordão umbilical envolto no pescoço e,
por um erro médico, o cérebro do menino não foi oxigenado a tempo, e ele teve
problema desde o nascimento. Os médicos se reuniram, chamaram os pais e
disseram “Infelizmente o seu filho vai viver em estado vegetativo, ele jamais vai
conhecer vocês, ele não vai ter consciência de que estar vivendo, e vocês vão
ter que tratá-lo como um vegetal.” O pai não aceitou aquilo, ele estava se
aposentando, e disse “Eu vou me aposentar e vou ficar com o meu filho, e vou
estimulá-lo.” E o pai fazia de tudo para achar uma solução para o garoto.
Procurou várias universidades americanas pedindo para alguém desenvolver
um software para que o menino pudesse se comunicar – não digitado porque
ele não consegue – mas piscando. E conseguiram, e o menino começou a se
comunicar pelo computador. E um dia estava passando uma propaganda na
TV local que, um outro garoto, que também tinha necessidades especiais,
estava precisando que arrecadassem fundos, e o pessoal ia fazer uma gincana
para arrecadar fundos, e uma das atividades da gincana era que o pai tinha
que correr com o filho nas costas ou no colo. Daí o menino digitou “Pai, eu
gostaria que o senhor fosse comigo nessa corrida”. Aí o pai respondeu “Filho
do céu, o pai está contigo aqui há mais de cinco anos, o pai só fica aqui
sentado no sofá tomando cerveja, o pai ta barrigudo, o pai não consegue andar
contigo no colo, imagine correr.” Aí ele digitou “Pai, eu gostaria muito que o
senhor fosse.” E o pai, a contragosto, foi. Lá na corrida, ele correu com o
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menino uns dez, doze passos e quase morreu. Trouxe o filho no colo para
casa, o filho sentou na frente do computador e disse “Pai, quando eu estou no
teu colo, eu me sinto livre. Quando o senhor correu comigo, todas as minhas
limitações acabaram. Eu adorei o que o senhor fez.” E o pai se empolgou.
Começou a andar com ele em volta da casa, depois andar no quarteirão,
depois andar um pouquinho mais. Moral da história: ele não parou enquanto
não se inscreveu numa maratona com o filho. E ele fez uma maratona, duas,
três, quatro, cinco, seis maratonas e não se conformou só com isso, porque ele
é um senhor de alta performance, de alto desempenho. E ele se inscreveu no
Iron Man, no triathlon. São três numa só: você tem que nadar 4 km, mais ou
menos, tem que pedalar 82 km, e tem que correr a pé, 42 km. Bom, essa é a
história de um búfalo que soube usar o coração. Eu espero que você goste, eu
espero que lhe seja útil.
[Mostra o vídeo sobre o pai fazendo o Iron Man com o filho]
Vídeos relacionados:
http://www.youtube.com/watch?v=if_aIaPu5mk
http://www.youtube.com/watch?v=Kt7w8hV90SI
Aí ele está saindo de manhã cedo para treinar com o filho. O filho na
cadeira de rodas e ele treinando para o triathlon. Olha o que um búfalo
consegue quando começa a usar o coração. Aí ele está treinando, e aí já vai
aparecer ele na água, na competição oficial. Ele colocou o filho dentro do
barco, amarrou o barco no peito, os outros concorrentes estão lá na frente e ele
está fazendo a parte dele. É claro que ele não vai chegar em primeiro, mas pro
filho ele é um campeão. Às vezes o meu filho me pedia para jogar bola e eu
achava que fazia grande coisa indo jogar bola com ele. Quando eu vi esse
vídeo, eu comecei a entender o que é alta performance, o que é ter alto
desempenho, o que é usar o coração. Pronto, agora ele vai ter que botar a mão
numa bicicleta e pedalar 82 km sem parar. Você acha que é impossível? É
mesmo, na realidade é mesmo, mas ele não acredita que é impossível, e ele
faz. Observe que ninguém ajuda porque senão ele é desclassificado, e para ele
é importante não ser desclassificado, porque ele tem um propósito. Você tem
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um propósito ou você está trabalhando à toa? Porque o nosso cérebro é
extraordinário. Se você pegar um saco de cimento, botar nas costas e correr
100 m você não agüenta, porque o teu lado racional vai dizer “não vale a
pena”. Agora, se o teu filho, com o mesmo peso, estiver machucado, e você
tiver que correr um dia inteiro atrás de um hospital, você corre. Porque o
cérebro emocional diz “vale a pena.” Seu coração diz “vale a pena.” E você faz
um milagre. Você está usando só o racional ou está usando o emocional? Bom,
observe que ele sai de dia, mas vai chegar só de noite. “É impossível”, parece.
Mas para ele não é. Olha a alegria do garoto, para quem ia ter uma vida
vegetativa, olha a alegria dele. Observe que ele chegou e não pode parar, vai
correr mais 40 km a pé. Você vai ver que aí passa um corredor dos que
desistiram, mas ele não desiste, porque ele tem um propósito. Vence, porque
você tinha um propósito. E aí ele está chegando. Olha a farra do garoto, olha a
festa que o garoto faz. Você está celebrando as suas pequenas vitórias? É
preciso celebrar, olha a festa do garoto. [Aplausos]. E olha ele agora, na frente
do computador dele, na tela dele. Olha a alegria do garoto na frente do
computador, aí ele está na frente da tela do computador dele. Pode
parabenizar, o sujeito é muito bom.
[Aplausos]
Bom, o que você tem que fazer então é lembrar que, para você cruzar a
linha de chegada você não precisa estar inteiro. A nossa vida não é uma
corrida de 100 m, a nossa vida é uma maratona, e nessa maratona você pode
cair, pode errar, e o mais importante, você pode recomeçar. Então mesmo
machucado você pode ir longe, você não precisa estar inteiro para cruzara a
linha de chegada. Às vezes a vida deixa algumas cicatrizes, algumas marcas,
mas mesmo assim você pode ir longe. O que você precisa fazer? Começar,
repensar um pouco da vida, descansar um pouco, recomeçar, reunir os
amigos, e nunca esquecer de quem te ajudou. Para isso você precisa ter um
modelo. A Ciência chama isso de modelagem. Você precisa ter um modelo pra
te ajudar. Para você ter alta performance, alto desempenho, para você se
superar, você precisa ter um modelo. E lembre-se que eu entendo muito de
superação, eu pesquisei muito sobre superação. E eu quero deixar para vocês
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um extraordinário exemplo de superação. De todas as pessoas que eu
pesquisei, se juntar todas, não chegam aos pés desse que eu vou lhes mostrar.
Se você precisar de um modelo de líder, se você precisar de um modelo de
motivador, se você precisar de um modelo amigo, se você precisar de um
modelo de uma pessoa extraordinária, pense nesse. [Mostra uma figura de
Jesus]. Esse é o melhor que já teve por aí.
[Aplausos]
[Daniel pede para se colocar música]
Não fique assustado, eu não vou falar de Jesus como religião, eu não
vim para falar de religião. Você está assustado? Eu não sou pastor, eu não sou
padre. Fique tranqüilo, eu não vou falar de religião. Eu vou falar de superação,
e até, se você me permitir, deixa eu separar o lado espiritual, o lado religioso
do lado profissional. Eu quero falar do lado profissional, do lado pessoal de
Jesus, se é que isso é possível. Eu tenho muita sorte, fui três vezes ao Oriente
Médio, fui à Palestina, e fui ver onde Jesus nasceu. Eu sempre usava como
desculpa ter nascido em um lugar pobre, e por isso não podia fazer grande
coisa. Se você usa como desculpa que você nasceu em um lugar pobre, e que
por isso não pode fazer grande coisa, você precisa ver onde Jesus nasceu.
Jesus nasceu numa estrebaria. O primeiro ar que entrou nos pulmõezinhos
dele tinha cheiro de cocô de vaca. Jesus, com menos de dois anos de idade foi
expulso do país dele. Jesus teve uma vida pobre sofrida, difícil. Ele tinha tudo
para ser uma pessoa amarga, uma pessoa ruim, violenta, uma pessoa
rancorosa. Mas foi a pessoa mais foi a pessoa mais doce que esse planeta já
viu. Eu não sei se você já parou para pensar, mas Jesus tinha tudo para ser um
terrorista. Acredite, Jesus tinha bons motivos para destruir prédios, mas foi a
pessoa que mais abriu muros, que mais aproximou pessoas, que mais
encantou corações. Jesus não tinha escola, e Jesus não escreveu livro
nenhum. O que existe escrito sobre ele não foi escrito por ele. O que existe
escrito hoje sobre Jesus alguém escreveu, ele não escreveu nada. Mas se
Jesus tivesse escrito um livro, ele seria citado em todas as universidades do
mundo. E, infelizmente, hoje as universidades não querem falar dele. Observe
que os professores enrolam muito e não falam dele. Hoje, infelizmente, muitas
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organizações não querem mais falar dele. Mas foi o melhor líder que este
planeta já viu. Jesus pegou doze colaboradores que entendiam de peixe, e olhe
lá. Era um grupo de briguentos, ciumentos, inseguros, invejosos, e ele, em três
ano – sim, porque Jesus ficou com os colaboradores dele por apenas três anos
– transformou aquele grupo de briguentos, de ciumentos, de invejosos, numa
equipe extraordinária. Você conhece algum outro líder que em três anos
conseguiu o que Jesus conseguiu? Mas Jesus tem uma história linda de
superação. Jesus foi sepultado num lugar emprestável. Então pense comigo:
nasceu num lugar emprestável, foi sepultado num lugar emprestável, e mesmo
assim deu a volta por cima. Jesus ficou mais de quatro horas pregado, nu, na
frente da mãe dele e de umas poucas mulheres que o seguiam. Observe aí que
os colaboradores dele, homens, fugiram, somente um ficou. Os búfalos
fugiram, as borboletas não. As mulheres ficaram. Olha a força que as mulheres
têm. A mãe dele, que se chama Maria, ficou de pé até o final, olha a força que
a mulher tem. Você vai ver algumas imagens de Jesus Cristo com um pano,
um tecido cobrindo as partes íntimas dele. É claro que é por respeito a ele, mas
na realidade Jesus foi pregado nu, foi pregado pelado, porque as pessoas
queriam acabar com ele, arrasar ele, eles queriam esmagar a semente para
nunca mais dar nenhum fruto. Você imagina a vergonha de Jesus, isso 2000
anos atrás, pelado, na frente da mãe dele e de umas poucas mulheres que o
seguiam. Na época de Jesus, os imperadores, os reis, se julgavam deuses,
eles exigiam que as pessoas se ajoelhassem, e tinham que adorá-los. Jesus
nunca pediu para ninguém se ajoelhar diante dele. Pelo contrário, ele se
ajoelhou para lavar os pés dos colaboradores. É algo inimaginável, sabe por
quê? Porque hoje, se você lavar o pé do teu amigo ainda é um ato de
humildade, claro, mas na época de Jesus isso era impensável, sabe por quê?
Porque na época dele, na cultura dele, os pés eram as partes mais nojentas do
corpo. Um escravo se negava a lavar os pés de alguém, ele preferia morrer a
lavar pé de alguém. Os reis, quando ganhavam uma batalha, sabem o que ele
fazia para humilhar o outro? Ele fazia o derrotado ficar de quatro na frente de
todo mundo, o vencedor sentava em um trono bem alto e botava os dois pés
nas costas do vencido para dizer “Você não vale nada, você está abaixo dos
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meus pés.” Jesus se abaixou para lavar os pés dos colaboradores. Hoje muito
se fala em liderança servidora. Jesus não só falou, ele praticou a liderança
servidora, isso 2000 anos atrás. E ele como ninguém deu a volta por cima. Não
existe exemplo melhor de superação, de excelência, de alta performance, de
alto desempenho. Perceba que são mais de 2000 anos, Jesus tem bilhões de
seguidores, a metade do planeta segue esse homem. Nessa hora, pode ter
certeza, em vários lugares do planeta, há pessoas ajoelhadas em honra a
Jesus Cristo. E o que é incrível é que as pessoas se ajoelham porque querem,
porque ele nunca obrigou ninguém a nada, Jesus nunca impôs, ele sempre
propôs. Olha que lição para a nossa vida, gente, não adianta impor, você
precisa propor. Só propõe quem ama, quem usa o coração. Você pode até não
acreditar nesse homem, é a liberdade que você tem, mas você jamais pode
deixar de admirá-lo. Eu vou repetir porque isso é importante. Você pode até
não acreditar nele, é a liberdade que ele te dá, mas você jamais pode deixar de
admirá-lo. Este homem é um sucesso absoluto. Este homem, cada dia mais
consegue encantar as pessoas. Porque ele como ninguém soube falar do
amor. Aliás, ele se diz que é o amor. Bom, e dizem que Jesus ressuscitou,
dizem que ele saiu da sepultura dele pela força dele mesmo, e eu não vou falar
disso porque entra no lado espiritual e eu prometi não entrar nesse campo.
Mesmo porque um ser humano não consegue fazer isso, a não ser que seja
Deus. Mas aí é questão de fé, e eu não quero entrar nesse campo. O que eu
quero chamar a atenção para você é da alta performance, do alto desempenho
de Jesus, da visão extraordinária que Jesus teve.
Quando Jesus ressuscitou, ele precisava que essa notícia se espalhasse
rapidamente pelo mundo. Então lembre que na época dele não tinha e-mail,
não tinha internet, não tinha telefone, não tinha rádio, não tinha TV, mas ele
precisava que a notícia se espalhasse rapidamente pelo mundo. Então olha a
visão desse homem, olha a inteligência desse homem: a primeira coisa que ele
fez para notícia se espalhar rapidamente pelo mundo – se você parar para
pensar – a primeira pessoa para quem ele apareceu depois que ele ressuscitou
foi uma mulher. [Aplausos]. E sabe por quê? Você tem idéia por quê? Porque
ele tinha certeza absoluta que ela ia contar para todo mundo. [Risos]. Claro,
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porque, pense comigo no risco que ele correria se ele tivesse primeiro
aparecido para um homem. Era capaz de um homem ter visto a ressurreição, e
ao ser perguntado “Alguma novidade?” ele responder o “Nor-mal”. Então, pelo
amor de Deus saia desse seu normal, procure as oportunidades, você precisa
urgentemente sair de baixo da escada, você precisa buscar as oportunidades.
Não aceite menos, Deus fez você para a excelência. Procure o topo, não aceite
menos. Busque o topo. É lá no topo que um dia a gente vai se encontrar. Vão
com Deus. Obrigado. Até a próxima.
[Aplausos]
Parabéns à Oi FM, parabéns a vocês que vieram, parabéns aos
patrocinadores. Só um pouquinho que vai ter a despedida aqui do nosso
mestre de cerimônias. Agora vamos parabenizar quem organizou o evento.
[Aplausos]. Parabéns. O Caco acredita no crescimento do estado, da cidade,
acredita nas pessoas. Quem acredita nas pessoas, quem investe nas pessoas,
a gente tem que saber reconhecer. Então vamos parabenizá-lo, ele e a equipe
dele.
[Aplausos]