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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS – 2018 – IFET – HISTÓRIA – MÓDULO II

GERAL

1) A colonização européia no continente americano

-conexão que existiu entre a centralização política e a expansão comercial

- medida que outros reinos se unificavam, laçavam-se também para a expansão marítima

-Concomitantemente a expansão portuguesa que ia desvendando os segredos dos mares e ampliando o seu comércio

junto às regiões da costa africana, a Espanha ainda via-se envolvida em conflitos bélicos pela expulsão dos mouros da

parte sul de suas possessões (Granada).

-a Espanha conseguiu a sua unificação política com o casamento de dois reis católicos: Fernando de Aragão e Isabel

de Castela (1469).

- A partir daí, eles intensificaram o movimento da Reconquista, expulsando os mouros em 1942 e conseguindo assim

unificar seu território.

-Com a expulsão dos mouros, os Reis Fernando e Isabel decidiram patrocinar uma expedição de um navegador que

anunciado um audacioso plano de atingir as Índias: Cristóvão Colombo.

-No mesmo ano os reis católicos iniciaram a expansão ultramarina espanhola, financiando uma expedição que

comandada por Cristóvão Colombo , pretendia chegar as Índias navegando pelo Ocidente

-presença dos índios anteriormente à chegada dos europeus, muitos morreram por não terem anticorpos combatentes

ás doenças trazidas pelos europeus

-Aconteceu que Colombo acabou “encontrando” um novo continente: a América.

-Cristóvão Colombo chegou na ilha de Hispaniola

-conquista a que descobrimento

-Diante da “descoberta” do novo mundo, os Reis de Portugal e Espanha, apressaram-se em assegurar domínios e

direitos sobre as novas terras.

-busca pelo ouro, pela prata

- sistema de exploração chamado encomienda: direito de um colono escravizar certo numero de indígenas para fazê-

los trabalhar na exploração do ouro, agricultura ou nos serviços domésticos. Em troca o colono deveria pagar um

tributo à metrópole e cristianizar o nativo.

1.1) IMPÉRIO ASTECA E MAIA

-Hernán Cortéz decidiu enviar uma expedição a ilha ao lado da de Cuba (atual México), pois souberam que ali se

concentravam vários templos repletos de ouro.

-eram as sociedades MAIA e ASTECA, do imperador Montezuma

-onze navios levando cerca de 500 soldados

-grande numero de povos subjjulgados pelos astecas, muitos descontentes com as imposições

-Cortéz foi ganhando confiança dos povos por onde passava e conquistou o apoio de muitos deles

-seis dias após se encontrar com Montezuma, Cortéz o aprisionou

-os nativos não reagiram por medo das armas de fogo

-quando Cortéz se ausentou, o regente que estava em seu lugar ordenou o assassinato de seis mil astecas, e então se

iniciou um impasse dos nativos com os espanhóis


-Montezuma foi morto atingido por uma pedra enquanto fazia um pronunciamento

-os espanhóis fugiram da região por medo de revoltas, deixando para trás todo ouro que haviam ganho

-Cortéz voltou com seus homens, a população resistiu por cerca de três meses, mas a cidade foi ocupada e devastada

-o Império Asteca caiu, e passou a ser denominado como Nova Espanha

-a conquista dos povos Maias foi da mesma forma que a do império Asteca

-se localizavam onde hoje é a Guatemala, parte de Honduras e o sul do México

-a população também foi dizimada.

1.2) IMPÉRIO INCA

-Francisco Pizarro a expedição de exploração do sul da América

-a primeira tentativa fracassou na atual Colômbia, por ataques indígenas, falta de água e comida

-na segunda chegou até o litoral do atual Peru, onde encontraram estradas, casas de pedra e templos decorados com

peças de ouro e prata

-na terceira expedição estavam em busca do império Inca. Ao voltar na região encontrou a cidade dizimada, por uma

doença “que deixava marcas na pele” (varíola) transmitida aos nativos pelos espanhóis da segunda expedição

-até mesmo o imperador faleceu devido a essa doença, e deixara seu império em disputa de poder pelos dois filhos:

Atahualpa e Huascar

-no encontro com Atahualpa, os espanhóis com cerca de 170 homens dizimou mais de 2000 incas por estarem

armados montados em cavalos e com espadas. Prendeu Atahualpa em uma sala e em troca da liberdade pediram ouro.

-recolheram, fundiram o metal, enviaram a Espanha e pelo contrário com o prometido, eles degolaram Atahualpa.

Quando morreu, seu irmão (Huascar) já estava morto, assim os incas escolheram um governante com aval dos

espanhóis, Manco Cápac

-Cápac percebeu da manipulação dos espanhóis e se revoltou, em represália os espanhóis mandaram matar os nativos.

-calcula-se que cerca de 8mil incas foram mortos.

Lendo e Interpretando Imagens

- O que mais lhe chamou atenção?

- Qual posição do índio em relação ao português?

- Além do genocídio, qual outra forma de violência, presente no quadro, teriam sofrido os índios?

2) Revolução Inglesa

-primeira crise do sistema absolutista

-o poder monárquico cedeu a maior parte de seus privilégios para o parlamento depois da revolução, que instaurou na Inglaterra o regime parlamentarista

Descobrimento. José Santiago Garnelo y

Alda


-A Revolução Inglesa do século XVII tem suas demarcações em dois processos

Início: Revolução Puritana (1640) Fim: Revolução Gloriosa (1688)

-esse movimento criou condições possíveis para a Revolução Industrial do século XVIII, permitindo também o avanço do capitalismo

-é considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa, antecedendo em 150 anos a Revolução Francesa.

2.1) CONDIÇÕES PARA A REVOLUÇÃO

-Henrique VIII e Elizabeth I unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a ingerência papal, criaram a igreja nacional inglesa (Igreja Anglicana), confiscaram terras da Igreja Católica e passaram a disputar os domínios coloniais com os espanhóis

-essas medidas agradavam a burguesia, mas avançava o poder dos reis absolutos e impedia o avanço da burguesia mercantil

-a garantia de privilégios para as corporações de oficio impedia o aumento da produção industrial

-no campo houve uma valorização das terras, por causa da expansão do consumo de alimentos e matérias primas. Alguns produtores rurais tentaram transformar as terras coletivas em propriedades privadas, prática conhecida como cercamentos.

Expulsavam os camponeses e criava grandes propriedades que se investia capital para aumentar a produção

-o Estado para se preservar, barrava os cercamentos e colocava contra si dois setores: a burguesia mercantil e a nobreza progressista rural, a gentry.

-o parlamento tinha poder de acordo com a Carta Magna de 1215, mas os reis da dinastia Tudor convocava esta casa pouco para as tomadas de decisões

No séc. XVII, o parlamento queria tornar o seu direito de poder em poder de fato O rei só tinha uma saída, se transformar em ser divino, como na França. A luta começou pela religião, ao qual o rei usava para aumentar seu poder. Os Tudor aumentava a importância

do anglicanismo na sociedade. Os Stuart exaltavam a forma católica de culto O parlamento se radicalizou suas posições em favor do puritanismo e contra o anglicanismo

-a revolução puritana foi a luta entre burguesia e a realeza pelo controle político do país

2.2) PRÉ-GUERRA

-após a morte de Elizabeth I, subiu ao poder Jaime I, um rei escocês que prezou pela monarquia absolutista de direito divino. Perseguiu seitas e até mesmo os católicos, fazendo com que alguns descontentes migrassem para a América do Norte

-a oposição entre rei e parlamento ficou evidente em 1610 quando o rei queria a ocupação feudal da Irlanda e o parlamento queria a colonização capitalista.

-Carlos I, filho de Jaime sobre ao poder, e guerras exteriores o obrigam a convocar o parlamento que lhe impõe uma Petição de Direitos, para controle da política financeira, da convocação do exército e regularidade na convocação do parlamento.

O rei dissolveu o parlamento que só se reuniriam novamente em 1640. Apoiou-se na Câmara Estrelada


Dentre seus assessores destacaram-se o conde Stranfford e o arcebispo Laud, responsáveis pela repressão violenta

-Carlos I tentou impor o anglicanismo para os escoceses, calvinistas, que se rebelaram e invadiram o norte inglês.

-O rei convocou o parlamento em abril de 1640, o dissolveu em seguida, em novembro convocou de novo.

-o parlamento destruiu a Câmara Estrelada, executou Stranfford e Laud, proibiu o rei de ter exército permanente, definiu reunião permanente a cada três anos, e controlaria a política tributária e religiosa

2.3) PARLAMENTO: ESTOURAVA A GUERRA

-o rei fez de Oxford seu quartel general convidou o príncipe Rupert para ser seu general, além de 20.000 homens do exército apoiado por aristocratas do oeste e do norte e burgueses inquietos com a desordem popular.

-o parlamento tinha em seu exército, organizado por Oliver Cromwell, camponeses, a burguesia londrina e a gentry. Estimulou rodas de debates dos problemas. E os cabeças-redondas foram desicivos na batalha final de Naseby, em 1645.

-Carlos I se refugiou na escócia, foi preso e vendido pelo parlamento escocês para o parlamento inglês.

-setores do parlamento acharam vantajoso negociar com a realeza e passaram a consipirar com o rei, contra o exército.

Tentaram assumir o exército em 1647 O rei fugiu novamente O exército se reunificou, prendeu o rei e depurou o parlamento Carlos I foi decapitado em 30 de janeiro de 1649, a Câmara de Lordes abolida e a Republica proclamada em

19 de maio.

2.4) A REPÚBLICA

-um conselho de Estado com 41 membros passou a exercer o poder executivo

-de fato, quem exercia o poder era Cromwell

Procurou eliminar a reação realista que tentava por Carlos II no poder Eliminou radicais do exército Lideres niveladores foram executados escavadores, do movimento proletário rural, nobreza e clero anglicano foram dizimados

-em 1653 dissolveu de vez o parlamento, a instaurou uma nova constituição de dava a Cromwell o titulo de Lorde Protetor, tendo poderes tirânicos como em uma monarquia

Cromwell governou com rigidez e intolerância com suas ideias puritanas

-baixou o Ato de Navegação que definia que as mercadorias inglesas somente poderiam entrar em portos ingleses, em navios ingleses ou em navios de seus países de origem.

-O filho Richard Cromwell o substituiu após a morte em 1658 e foi facilmente deposto em 1659

2.5) A REVOLUÇÃO GLORIOSA

-com o apoio do general Monk e tropas da Escócia, Carlos II foi proclamado rei em 1660, se aproximando de Luis XIV da França, e proferindo o antianglicanismo

- Jaime II, irmão de Carlos II subiu ao poder mesmo sendo católico e buscou restaurar o absolutismo e o catolicismo, indicou católicos para funções importantes


-Maria Stuart, filha de Jaime II e mulher de Guilherme de Orange foi convocada para ser rainha, com a condição de aceitar a Declaração dos Direitos que a realeza não interferia nas decisões do Parlamento, nem vice-versa.

-em 1694 formou-se o tripé para desenvolvimento do país: parlamento, tesouro e banco da Inglaterra

-condições para o avanço econômico que resultaria na revolução industrial

-a revolução gloriosa beneficiou a ascensão da burguesia ao controle total do Estado, em que na agricultura beneficiou os cercamentos feito pela gentry, e beneficiou a burguesia mercantil através da expansão comercial e marítima garantida pelos atos de navegação.

3) O Iluminismo

Lendo e interpretando imagens

- Ambas foram pintadas pelo mesmo artita, Joseph Wright no século XVIII.

- O que mais chama atenção nas imagens?

- O que há em comum nas duas obras do autor?

- Observe o período em que foram pintadas: o que podemos considerar sobre esse período com base no que já vimos estudando?

3.1) A RAZÃO ACIMA DE TUDO

-busca entre cientistas, escritores e filósofos por respostas racionais para aspectos da sociedade, da natureza e do universo

Busca por respostas fora da tradição ou do que estava na bíblia Necessidade de uma explicação racional para as respostas encontradas Segundo os pensadores a frente do movimento, o uso da razão era a melhor forma de eliminar a ignorância e

construir um mundo baseado no progresso, na verdade e na liberdade

-movimento ficou conhecido como iluminismo ou movimento das luzes , pois seus pensadores entendiam que este entrava em contradição com o passado, conhecido por ser tempos de trevas.

-se espalhou por toda a Europa e atingiu seu apogeu na França do século XVII quando pensadores como Montesquieu, Voltaire, Rosseau e Diderot contestavam o absolutismo Frances, que já estava em decadência

An experiment on a bird in an air pump exhibited, Joseph Wright, 1768 (National Gallery de Londres)

Philosopher giving that Lecture on the Orrery, 1776, Joseph Wright (Museum & Art Gallery, Derby, England)

http://www.artcyclopedia.com/artists/wright_of_derby_joseph.html

http://www.artcyclopedia.com/artists/wright_of_derby_joseph.html


-o iluminismo também despertou conhecimento para outras áreas, como filosofia, economia, arte, educação e as ciências em geral.

-os primeiros ideais iluministas são registrados nos países baixos (Holanda) por volta do século XVII

-despotismo esclarecido alguns monarcas colocaram os ideais iluministas em prática. Conhecidos como déspotas esclarecidos, procuraram aplicar cobrança de impostos igualitária, promoveram educação, cultura e ciência, realizaram reformas judiciárias visando diminuir os privilégios da nobreza e procuraram diminuir o poder excessivo da Igreja Católica.

Frederico II da Prússia, Dom José I de Portugal, Marquês de Pombal

3.2) PENSADORES

RENÉ DESCARTES (1596-1650): estudou a teoria da escolástica e teve acesso às descobertas de Galileu Galilei sobre o universo, o que o gerou dúvidas sobre a tradição escolástica

JONH LOCKE (1632-1704): um dos fundadores do liberalismo econômico, acreditava ns liberdade individual e no direito à propriedade privada. Acreditava na separação entre a igreja e o Estado.

ISAAC NEWTON (1643-1727): promoveu uma nova maneira de encarar a ciência. Desvendou mistérios da natureza a partir do conhecimento racional.

As ideias desses três pensadores foram fundamentais para as bases do iluminismo A partir das ideias de comprovação racional vários desenvolvimentos tecnológicos foram possibilitados como

a observação das bactérias pelos microscópios, a definição de nomes científicos a partir do latim para animais, plantas, etc.

Compreensão do universo a partir da racionalidade

MONTESQUIEU (1689-1755): criticava o absolutismo, acreditava que o melhor sistema político seria uma monarquia constitucional como o da Inglaterra. Desenvolve a teoria dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário).

VOLTAIRE (1694-1778): crítico da igreja católica, condenava o fanatismo religioso, a supertição e a ignorância. Cartas Inglesas: Críticas a igreja, ao corpo clerical, a servidão feudal e defendia o estado LAICO. Defensor do liberalismo. Liberdade de expressão

“Não concordo com uma palavra do que diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las”.

JEAN-JACQUES ROSSEAU (1712-1778): criticava a sociedade burguesa e a propriedade privada, que segundo ele era a fonte da desigualdade. Contrato social, e influenciou a Revolução Francesa.

“O homem é bom, mas a sociedade o corrompe”


ADAM SMITH (1723-1790): formulou a doutrina do liberalismo econômico. Defendia a não intervenção do Estado na economia

“A riqueza das nações” (1766), o autor afirma que a força da riqueza não está na agricultura ou no comércio, mas no trabalho livre, sem interferência do Estado, guiado pelo curso natural das negociações.

Lei da oferta e da procura

4) Independência dos EUA

4.1) INTRODUÇÃO

-colonos provenientes da Inglaterra e se fixaram na zona leste

-o governo inglês concedia através de cartas régias a permissão para se formar colônias no Novo Mundo, sendo doações do rei

-grupos formados por puritanos calvinistas atravessavam o atlântico para a formação de uma nova sociedade política semi-independente da Inglaterra

-milhares de colonos vieram a ocupar a região anteriormente ocupada pelos indígenas, chegando a cerca de 1,5 milhão de pessoas no século XVIII, que chegou ao recorde de treze colônias.

-apesar de terem a mesma origem, cada colônia tinha sua particularidade:

As do sul eram geralmente ocupadas por pessoas pobres (artesãos, agricultores e aventureiros em busca de enriquecimento rápido). Depois da revolução puritana, muitos defensores da monarquia absolutista migraram para a região, se tornando grande proprietários de terras e escravos, dando a principal característica da região sulista.

O norte, chamado de Nova Inglaterra tornou-se abrigo de puritanos e pobres fugidos de perseguições religiosas; davam prioridade para a educação.

As colônias do centro reuniam aspectos tanto das nortistas, quanto das sulistas, se caracterizavam por serem uma sociedade cosmopolita e heterogênea formada por diversos povos da Europa.

4.2) O AUTOGOVERNO

-apesar da subordinação à Inglaterra, algumas colônias gozavam de autonomia, principalmente as colônias do norte que podiam escolher seu próprio governador.

-no século XVIII essa relação ficou ainda mais abalada, por causa da tentativa de maior controle do governo inglês da economia norte americana, principalmente o impedimento de se implantar fábricas que concorressem com as britânicas.

-sem contar que toda mercadoria só poderia ser transportada em navio inglês e toda importação só poderia ser feito da metrópole.

-todas essas limitações provocaram descontentamento por parte dos colonos

-Guerra dos sete anos (1756-1763): conflito entre França e Inglaterra por terras na América do Norte, na África e na Ásia. Deixou a Inglaterra em péssima situação financeira que decidiu interferir cada vez mais na colônia americana.


O parlamento aprovou a taxação de importação sobre qualquer produto (papel, metal, vidro, chá), além do impedimento de se exportar de qualquer outro país

Essas medidas mostraram insatisfação da população das treze colônias e diversas manifestações contra o governo britânico, começaram a boicotar navios vindos da Inglaterra e a questionar direito de o parlamento britânico taxar as colônias.

-essas medidas surtiram efeito e o parlamento recuou mantendo o imposto apenas no chá

-os colonos começaram a contrabandear chá da Holanda, e o ápice do enfrentamento foi em 1773 quando três navios da Companhia Britânica das Índias Ocidentais carregados de chá forma atacados no porto de Boston, Massachusetts.

-em represália, o parlamento britânico fechou o porto de Boston, ocupou militarmente a cidade e restringiu poderes da assembleia de Massachusetts.

Essas medidas ficaram conhecidas como Leis intoleráveis.

-em 1774, todas as colônias reuniram no primeiro congresso continental, e enviaram um oficio ao rei George III e ao parlamento pedindo a revogação das leis intoleráveis, o que não foi feito.

-apesar da união para o congresso a sociedade se encontrava dividida em dois grupos:

Os patriotas, contrários ao domínio inglês, composto por representantes do norte e do centro Os legalistas, fieis ao rei da Inglaterra, composto por latifundiários do sul.

4.3) INDEPENDÊNCIA

-algumas semanas antes do segundo congresso continental (1775), tropas britânicas entraram em conflito com grupos patriotas

-o congresso rompeu com a metrópole e passou a funcionar como controlador das treze colônias aprovando a formação de um exército continental americano. Para comandar foi escolhido o nome de George Washington.

-em julho de 1776, uma comissão formada por John Adam, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson entregou a um comitê do congresso continental a declaração de independência das treze colônias, agora Estados Unidos da América.

-após a declaração, teve inicio imediato a guerra de independência.

-França, Holanda e Espanha interessadas no enfraquecimento da Inglaterra entraram no conflito ao lado dos revoltosos; conflito este que se estendeu até 1781.

-em 17833, foi assinado um acordo pela paz, quando a Inglaterra reconheceu formalmente a independência.

-em 1788 a constituição do EUA foi promulgada, esta que se encontra em vigor até hoje. Influenciada pelas ideias iluministas, definia o país como um república, a divisão dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), estabelecia a soberania popular como fonte de legitimação do poder, reconhecia os direitos civis e políticos dos cidadãos e garantia a liberdade religiosa e de opinião.

-em 1789, em razão da guerra de independência, George Washington foi eleito o primeiro presidente do EUA.

Lendo e Interpretando Imagens:

A Estátua da Liberdade é um símbolo da Independência Norte Americana, tendo sido um presente francês em comemoração ao centenário da Independência.


- O que mais lhe chama atenção na Imagem?

- Quais elementos podem fazer alusão à Independência?

- Em sua opinião, o que a Estátua representa, tendo em vista o lugar que os EUA ocupa no cenário mundial?

*FILME: O ÚLTIMO DOS MOICANOS (Michael Mann, 1992)*

*FILME: AS LOUCURAS DO REI GEORGE (Nicholas Hytner, 1994)*

5) Revolução Francesa

Lendo e Interpretando Imagens

A figura ao lado é uma charge do século XVIII, que está no Musée Carnavalet, Paris, França. - O que mais lhe chamou atenção na imagem? - Em sua opinião, quem são os três personagens representados?

Após essa leitura da imagem, leia as informações abaixo e volte na leitura das imagens!

5.1) INTRODUÇÃO

-no final do século XVIII a frança se encontrava dividida em três estamentos ou três estados:

-O primeiro eram os membros da igreja

Mais de 10% das terras pertenciam ao clero Acumulo de privilégios: isenção de impostos, dispensa do serviço militar e direito a julgamento em

tribunais próprios

- o segundo estado era formado pela nobreza

Fazia parte: a família real, os cortesãos, os burgueses que compraram títulos de nobreza, os descendentes das antigas famílias feudais

Também gozavam de vários privilégios: não pagavam impostos, e viviam da exploração do trabalho, sobretudo camponesa.

-no terceiro estado se encontrava o restante da população

Ou seja, 98% da população

https://fr.wikipedia.org/wiki/Mus%C3%A9e_Carnavalet

https://fr.wikipedia.org/wiki/Mus%C3%A9e_Carnavalet


Eram obrigados a pagar impostos tanto para a nobreza, quanto para o clero. Algumas dessas taxas originárias do feudalismo como a corveia, a banalidade ou o dízimo.

Composto por diversos setores da sociedade: a alta burguesia, banqueiros, armadores e empresários; a média burguesia, profissionais liberais e médios empresários e comerciantes; e a pequena burguesia, composta por artesãos e pequenos comerciantes, os trabalhadores urbanos e os camponeses.

-oitenta por cento da população pagava imposto e o governo francês se aprofundou em uma crise por constantes gastos em conflitos externos

-uma forte seca, acabando com a produção agrícola e com a criação de bovinos afetou o país provocando fome, morte e desolação

-grande parte da população virou pedinte, alguns chegaram a matar senhores para se alimentar.

-uma série de manifestações contra o governo se iniciou

-para tentar controlar a crise, um ministro propôs em 1789 a cobrança de impostos do segundo estado, que foi rejeitada.

-Luis XVI convocou os Estados Gerais, órgão que não se reunia desde 1614.

A votação seria por estado, e o 1º e o 2º eram maioria. O 3º estado, pediu que o voto fosse feito por cabeça, proposta rejeitada

Diante do conflito, o 3º estado se reuniu em uma sala separada para discutir uma assembleia constituinte. O rei ordenou que o 1º e o 2º se unisse a ele.

Dessa forma foi proclamada em 1789 a formação da Assembleia Nacional Constituinte.

5.2) TOMADA DA BASTILHA

-publicamente o rei apoiava assembleia, mas convocou o exército para disolvê-la.

-quando a população soube da traição do rei, se revoltou, invadiu os arsenais do governo e se apoderou de 30 mil mosquetes, se encaminhou para a bastilha, local de prisão e torutra dos opositores do governo, e foi tomada pela multidão.

Até hoje na frança o 14 de julho é comemorado como data nacional pela Tomada da Bastilha.

A bastilha era o maior símbolo do absolutismo

-quanto mais a notícia da tomada da bastilha se espalhava, mais levantes de camponeses, operários, trabalhadores urbanos, e etc surgiam. Estes tinham por função proteger a assembleia constituinte

-a medida fez com que a assembleia constituinte dissolvesse as leis feudais que ainda vigoravam e a suprir os privilégios da nobreza e do clero que ainda existiam.

-em 26 de agosto de 1789 a assembleia proclamou a Declaração dos direitos do homem e do cidadão.

A queda da Bastilha Água 37,8 x 50,5 cm”. Jean-Pierre Houël.

Bibliothèque nationale de France, 1789.


Estabelecia a liberdade e igualdade de todos perante a lei, um dos mais caros princípios dos filósofos iluministas

Para o historiador Georges Lefebvre, a declaração é “o atestado de óbito do Antigo Regime”, nome pelo qual passou a ser chamado o Estado Absolutista.

Este documento é considerado um dos fundamentos do Estado Contemporâneo.

5.3) MONARQUIA CONSTITUCIONAL

-Luis XVI e sua fampilia foram confinados no palácio das Tulherias, em paris. Nesse período foi promulgada a constituição da França (1791)

-seguia os princípios iluministas e o exemplo norte-americano

Divisão dos três poderes O rei seria o chefe do executivo, mas seu poder não seria superior às normas constitucionais Suas ações seriam reguladas pelo legislativo

5.4) A CONVENÇÃO E O FIM DA MONARQUIA

-em junho de 1791, Luis XVI tentou fugir pra a Áustria com sua família, mas foi reconhecido e obrigado a voltar para Paris.

-revoltados invadiram o palácio e prenderam o rei com sua esposa Maria Antonieta, acusados de conspiração contra o Estado.

-com a prisão do rei o executivo passou para o comando de um conselho provisório. A constituinte foi dissolvida e formada uma convenção nacional. Nesse momento vários grupos disputavam o poder, dentre eles os girondinos (bloco moderado, representantes da grande burguesia mercantil, procuravam conter a radicalização, negociando com o rei, ocupavam o lado direito da sala) e os jacobinos (pequena e média burguesia, defendiam a república e o sufrágio universal, liderados por Robespierre, sentavam-se ao lado esquerdo do salão, os mais radicais da convenção). Na eleição os jacobinos venceram com maioria de votos.

-em 22 de setembro de 1792 foi proclamada a república, Luis XVI foi guilhotinado em 1793, uma constituição republicana foi promulgada cedendo o sufrágio universal masculino

5.5) GOVERNO JACOBINO

-inicialmente este governo teve apoio popular, pois taxavam os ricos, aprovaram lei para teto de produção, regulamentou os salários, abriu escolas públicas, repartiu bens dos nobres e promoveu a reforma agrária

-para enfrentar o contexto exterior da frança, a convenção criou o comitê de salvação pública, cujo comando foi entregue a Danton e Robespierre.

-este regime se radicalizou quando a perseguição começou a sair o controle. Entre 1793 e 1794, cerca de 300 mil pessoas foram presas, 35 mil foram condenadas à morte.

-os jacobinos executavam qualquer suspeito de “traição á revolução”.

-ao mesmo tempo em que combatia a direita, ou seja, Girondinos e a nobreza, os jacobinos também reprimiam grupos radicais à esquerda, guilhotinando todos.

-essa repressão levou os jacobinos a perder apoio da população


-Robespierre e seus partidários foram facilmente destituídos pelos girondinos, e foram guilhotinados. Os girondinos tomaram o poder, e desarmou a população de Paris para evitar novos levantes.

-em 1795 foi aprovada outra constituição:

De caráter liberal Acabava com o voto masculino Reintroduziu o voto censitário

-durante o período, a França passou por grandes dificuldades financeiras, e grupos de jacobinos com defensores da monarquia começaram a se levantar. Foi necessária a ajuda do exército sob o comando do general Napoleão Bonaparte

Em 9 de novembro de 1799 (ou 18 brumário de acordo com o calendário republicano), Napoleão dissolveu o Parlamento.

5.6) NAPOLEÃO BONAPARTE E O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO

-tornou-se general em 1793 após o abandono de oficiais da nobreza, depois do inicio da Revolução Francesa, saindo do posto de tenente e atingindo a posição máxima rapidamente.

-aproximação com os jacobinos - familiares de Robespierre

-iniciou o período napoleônico após ser cercado por tropas inglesas na sua ida ao Egito, voltar para o território Frances, instalar o Consulado no18 brumário (9 de novembro de 1799). Esse é considerado o fim da revolução Francesa.

*No consulado o poder concentrava-se nas mãos de três lideranças: Napoleão, o abade Sleyès e Roger Ducos; controlando Bonaparte o poder dentre o grupo e consolidando as conquistas burguesas da revolução.

-o bonapartismo é a ascensão de um líder ao poder com prestígio social, ajuda das forças militares e da população.

-se declara imperador em 1812 através de um plebiscito.

- expansionismo externo -> Áustria, Rússia, Suécia, Inglaterra,

-bloqueio continental de 1806 – boicote ao mercado inglês

-invasão do território russo -> “política da terra arrasada”: queimada da agricultura ao redor da cidade, fazendo as tropas de Napoleão passar por fomes, frio e exaustão e sendo derrotados.

-fim do império napoleônico e restituição da ordem absolutista de governo com a dinastia Bourbon (Luis XVIII).

-queda da bastilha

-congresso de Viena (1814) – ministro austríaco estabelecendo uma nova ordem mundial que desembocaria na 1ª guerra mundial -> divisão da Europa e de outras partes do mundo entre as “potências” – imperialismo europeu.


Lendo e interpretando imagens

Quando falamos de Revolução francesa é costumeiro vermos a obra do artista francês Eugène Delacroix: A liberdade guiando o povo, de 1830. Observe o quadro de Delacroix

- O que mais lhe chamou atenção?

- Onde podemos localizar a ideia de “liberdade” e de “povo” na obra?

- Em sua opinião, a obra possibilita pensar o processo revolucionário francês?

- Quem estaria “à frente” dessa Revolução, para você, ao observar o quadro?

6) A Revolução Industrial

Lendo e interpretado imagens

Liberdade guiando o povo”, Eugéne Delacroix, 1830. 2,60m alt. X 3,25m compr. Museu do Louvre, Paris.


- O que mais lhe chamou atenção nas charges acima?

- Qual seria o teor cômico das duas?

- De acordo com a primeira charge, uma máquina seria mais produtiva para os negócios? Por quais motivos?

- Qual seria a alternativa para o sujeito da primeira charge ao ser substituído pela máquina?

- Por que o personagem da segunda charge, em sua opinião, não faz ideia do que produz?

- Esse sistema de produção, ou seja, através das máquinas é um sistema comum para nós hoje em dia. Mas o período histórico que estamos estudando ele representa uma mudança. Quais mudanças você acredita que esse processo de industrialização pode provocar?

_______________________________________________________________________________________________

-substituição efetiva do feudalismo

-início do capitalismo industrial e liberal

Antecedentes:

*artesãos *matéria prima pertencente ao produtor *manufatura – trabalho manual *pequena produção

Posterior ao processo:

*relação entre patrão e operários/empregados *matéria prima não é pertencente ao produtor *presença de máquinas – maquinofatura *grande produção para comercialização

-pioneirismo inglês

*política de economia liberal – progresso tecnológico e aumento da produtividade em pequeno espaço de tempo

*Revolução industrial forneceu estabilidade ao capitalismo para investimento e lucros


*reservas de carvão mineral sob domínio inglês – fonte de energia para locomotivas e máquinas a vapor

*reservas de minério de ferro também de domínio inglês – matéria prima

*mão de obra disponível – lei dos cercamentos de terras – trabalhadores procurando emprego.

*burguesia com capital para investimento

- Adam Smith – “A riqueza das nações” (1776)

*individualismo é útil para a sociedade industrial

*capitalistas só pensam no lucro

*Estado mínimo – “mão invisível” do Estado somente quando necessária

-3 fases da Revolução;

*1ª – século XVIII - Inglaterra – energia a vapor

*2ª – século XIX – Inglaterra, Alemanha, frança, Bélgica, EUA , Japão – hidroelétrica e petróleo

*3ª – século XX – vários países – energia nuclear

6.1) SOCIEDADE

-consolidação do trabalho assalariado

-êxodo rural

-formação de periferias

- problemas sociais: prostituição, alcoolismo, violência

-poder concentrado na burguesia

Cartismo (1837-1848):

-Luta operária – quebra máquinas - limitação da jornada de trabalho -regulamentação do trabalho feminino -regulamentação do trabalho infantil -folga semanal - salário mínimo

Trade Unions:

-primeiros sindicatos -luta operária -base no socialismo/comunismo -principal meio de luta: greve

Mundo:

-Alemanha: 1870 – após a unificação

-Itália: 1870 – após a unificação

-Rússia: fim do século XIX/início do XX – Revolução Russa

-EUA: 1865 – Guerra de Secessão

-Japão: 1867 – Era Meiji

BRASIL


7) A construção política do Estado Nacional do Brasil

-colônia portuguesa muito povoada na passagem do século XVIII para o XIX: povoada, várias vilas e cidades no litoral, mineração, bandeirantismo

-expansão econômica e diversificação, integração do território, crescimento do mercado interno que a comercialização de gêneros alimentícios e a formação de rotas de comércio possibilitaram

-sul: fornecimento de gado; São Paulo: abastecedor agrícola; Rio de Janeiro: movimento comercial; Minas Gerais: agricultura (Zona da mata: produção de açúcar); norte e nordeste: algodão, cacau, arroz, anil, etc

-monetização das relações coloniais, economia crescendo superando a do reino.

-Portugal não tinha a independência econômica da Inglaterra

-investimento dos lucros em construções e pagamento de dívidas com a Inglaterra

-Bloqueio Continental: Napoleão decretou visando prejudicar a economia inglesa. O governo português tentou se manter neutro, para manter a boa vizinhança com os dois países.

-o rei português ficou entre um impasse: se não aderisse ao bloqueio os franceses invadiam, se aderisse as forças armadas da Inglaterra atacavam.

-diante da demora, Napoleão resolveu invadir e começou a enviar tropas, e Dom João VI decidiu pôr em prática o plano de transferir a corte para a colônia do Brasil.

-a marinha britânica escoltou os navios portugueses, em troca de se estabelecerem na ilha da Madeira

-cerca de 15 mil pessoas vieram para a América do Sul

-se preocupando em tirar o caráter de colônia de exploração, e transformá-la em povoamento, o príncipe de Portugal decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (Inglaterra)

-a colônia foi elevada à categoria de reino, por ser sede da corte

- iniciou um processo de readaptação da cidade, e reivindicou as melhores casas para abrigar sua comitiva

-criou vários órgãos e instituições como: Conselho de Estado, o Erário Real, Intendência geral de polícia, a casa de suplicação (STF), o Banco do Brasil, o Real Hospital Militar e o Jardim Botânico, o Museu Nacional, a Academia de Belas Artes, o Observatório Astronômico e a Academia Militar, a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro vindos da transferência da corte

-as capitanias passaram a se chamar províncias em 1815

8) O processo de Independência

-dom João foi recebido com festa no Brasil, mas isso não durou muito tempo

-uma das reivindicações da população era a diminuição da alta carga tributária, o dinheiro arrecadado era pra suprir gastos da corte, e sustentar as reformas urbanas do Rio de Janeiro

-essas reivindicações fizeram com que surgissem agitações que acabavam em confrontos contra a polícia

-em Portugal também havia descontentamento por causa da vinda da família real para cá. Até 1814 a presença dela na colônia era justificável por causa da invasão napoleônica, porém depois da queda desse passou-se a reivindicar o retorno do rei imediato


-o incomodo aumentou quando Dom João assinou o decreto do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, elevando a colônia para a condição de reino.

-Revolução Pernambucana de 1817: alguns conspiradores tomaram o poder, proclamaram a república em Pernambuco, desenvolveram uma constituição inspirados na Revolução Francesa que garantia liberdade, igualdade e tolerância religiosa. O movimento se enfraqueceu quando surgiu o embate pela abolição da escravidão x senhores de escravos. Muitos revoltosos foram executados, presos ou enviados para o cárcere em Salvador.

-Revolução do Porto: Dom João foi proclamado rei em 1818, mas insistia permanecer no Rio de Janeiro, aumentando a insatisfação da população de Portugal. Monarquistas Liberais criaram uma sociedade secreta que tinha por princípio acabar com o absolutismo e fazer o rei obedecer á uma constituição. Em 1820 um general do rei veio ao Brasil para discutir a volta do rei, e então esse movimento se aproveitou da ausência e deu início à uma revolução liberal e antiabsolutista. O movimento se espalhou e chegou a Lisboa, quando estes convocaram as Cortes para elaborar uma constituição.

-na sociedade brasileira houve uma divisão entre os que desejavam a volta do rei (partido português) e os que defendiam sua permanência (partido brasileiro)

-em fevereiro de 1821 o rei anunciou seu retorno, e o juramento de fidelidade à uma constituição que seria elaborada. Voltaram em abril, levando todo o ouro guardado no Banco do Brasil

-em seu lugar o rei deixou seu filho Dom Pedro que assumiu como príncipe regente.

-na constituinte, várias medidas desfavoráveis ao Brasil foram tomadas, com a intenção de reduzi-lo a condição de colônia novamente. Os representantes das outras colônias só chegaram a Portugal cerca de oito meses depois de se iniciarem os trabalhos da constituinte. Em 1821, determinaram a volta imediata de Dom Pedro à Portugal.

-defesa da separação do Brasil de Portugal por algumas partes da população – Dom Pedro decide ficar no Brasil

-em 7 de setembro foi proclamada a separação do Brasil de Portugal

-o reconhecimento pelo reino de Portugal ocorreu em 1825 quando foi assinado um tratado de que o Brasil deveria pagar uma taxa de 2 milhões de libras esterlinas. Iniciava assim a dívida externa

9) O Primeiro Reinado

-a proclamação de Dom Pedro como imperador ocorreu em 12 de outubro de 1822

-cerca de 5 milhões de pessoas viviam no Brasil nessa época, sendo 1,5 milhão de escravos

-em junho de 1822, antes mesmo da independência, Dom Pedro convocou uma assembleia para promulgar a primeira constituição do Brasil

-logo surgiram desavenças entre assembleia e o imperador, principalmente nas atribuições entre o poder executivo, legislativo e judiciário

-em novembro/1823, Dom Pedro decidiu dissolver a assembleia, alguns deputados foram presos, outros exilados.

- o imperador criou um conselho de estado encarregado de criar uma constituição, apresentou uma constituição semelhante à que seria apresentada a Portugal em 1826 para o julgamento das câmaras, que foi promulgada mesmo sem a resposta dessas.

-Constituição de 1824: quarto poder – moderador que dava total liberdade para o imperador

-guerra da cisplatina: independência do Uruguai, Brasil e argentina saíram perdedores do conflito. Descontentamento contra o governo de Dom Pedro


-crise de sucessão portuguesa, após a morte de Dom João VI, Pedro seria o sucessor, mas abdicou para sua sobrinha Maria da Glória de 7 anos, que se casaria com Dom Miguel, e assumiria ao atingir maioridade

-Miguel expulsou Maria da glória do reino, se proclamou absoluto e iniciou uma guerra civil com os partidários de Pedro, que se tornava exemplo de liberal para os portugueses.

-no Brasil, dom Pedro sendo acusado de absolutismo iniciou uma série de reformas, que não obtiveram sucesso

- em 1829, foi assassinado o jornalista Libero Badaró, do jornal Observador Constitucional e Pedro foi acusado pelo crime

-noite das garrafadas: Dom Pedro viajou para Minas Gerais, e na volta foi recebido com um conflito entre oposicionistas e partidários do imperador

-enfraquecido, Dom Pedro abdicou de seu trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara de apenas 5 anos. Partiu rumo a Portugal, entrou em batalha contra Miguel e venceu em 1834, quando morre.

-no Brasil se formou uma regência trina provisória para governar o país, quando pela primeira vez a elite brasileira assumiu o poder.

10) O Período Regencial

-presente na constituição de 1824: se o imperador morrer ou abdicar e o sucessor estiver impossibilitado de assumir, formará uma regência indicados pela Assembleia Geral (câmara dos deputados e senado) até quando este estiver possibilitado.

-elite brasileira no poder pela primeira vez

-José Joaquim Carneiro de Campos (conservador), Nicolau Vergueiro (liberais moderados) e Francisco de Lima e silva ( brigadeiro do Exército), formando a regência trina provisória, por motivo de férias dos parlamentares, que muitos não estavam no Rio de Janeiro – restauraram o ministério dos brasileiros, restauraram os ministros, anistiaram os presos políticos, afastaram os estrangeiros do exército.

-João Bráulio Muniz (províncias do norte), José Costa Carvalho (províncias do sul) e Francisco de Lima e Silva (mantido no cargo, brigadeiro do exército) para a regência permanente

-criação da guarda nacional para a defesa da constituição e garantia da ordem interna – se fortaleceram e formaram milícias, pois por mais que fosse algo oficial, era formado por civis – o cargo mais alto da guarda era o coronel – coronelismo

-regência uma: eleição por voto popular – cerca de 6mil eleitores, pouco mais de 0,1% da população – venceu o padre Diogo Antonio Feijó – assumiu perante uma crise

-rebeliões - período de rebeliões: cabanagem, revolta dos malês (destruir a desigualdade social e construir uma Bahia só de africanos. Malês pois era africanos que tinham por religião o islamismo), guerra dos farrapos, sabinada (movimento contrário à regência de Feijó declarava a Bahia livre, mas este não se sustentou por falta de recursos), balaiada.


-divisão de grupos entre regressistas (opositores de Feijó) e progressistas (partidários de Feijó)

-Feijó renunciou em 1837, quem assume é Pedro Araujo de Lima, que governa até o golpe da maioridade.

11) A consolidação do Segundo Reinado

-luta entre regressistas e progressistas se intensificava

-progressistas (Partido Liberal) começavam a pedir a antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara, que só poderia assumir em 1844, segundo estes seria a única forma de garantir a unidade do império e de fazer o país voltar à normalidade, mas na realidade era pra afastar os conservadores do poder.

-em 1840 a Câmara e o Senado aprovaram o projeto e concederam maioridade a Pedro o proclamando imperador do Brasil – o episódio ficou conhecido como Golpe da maioridade

12) A dinâmica sociocultural do Segundo Reinado

-49 anos de governo centralizado na figura de Dom Pedro II

-governou com apoio do Partido Liberal e do Partido Conservador – clientelismo: ora subia ao poder um representante de cada partido

-problemas econômicos do país – déficit na balança comercial, falta de incentivo à industrialização

-plano de Tarifas Alves Branco – taxação sobre a importação e incentivo para o desenvolvimento industrial do país – aliviaram a situação orçamentária do país

-aumento da dívida externa

-tentativa de mostrar um país jovem, moderno, “civilizado” e com grande potencial de desenvolvimento – fim do tráfico negreiro em 1850 como caminho para o fim da escravidão

-incentivo para os artistas como incentivo à cultura erudita – Romantismo – afirmação do sentimento de identidade nacional nas obras dos intelectuais

-momento de consolidação da língua nacional, sem influência lusa na literatura. Grandes artistas que valorizavam as características naturais do país, e aproveitavam pra fazer denúncias sociais, principalmente contra a escravidão.

Gonçalves Dias José de Alencar Franklin Teixeira Castro Alves Machado de Assis Vitor Meirelles Pedro Américo

-Guerra do Paraguai (1864-1870): consolidação dos Estados nacionais na região do Prata e a preocupação do reino em evitar que se formasse um país com as configurações do antigo Vice-reino do Prata. Embate entre Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil. Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). Incentivo do governo brasileiro para as pessoas se alistarem – a guarda nacional foi incorporada ao exército


e muitas pessoas foram recrutadas á força. Muitos combatentes morreram. A guerra terminou em 1870 com a morte de Solano Lopéz, o Paraguai saiu arrasado do confronto, a população masculina adulta dizimada, a economia destruída e o país perdeu 40% de seu território. No Brasil o conflito fortaleceu o exército, mas provocou a morte de 30mil combatentes, e a guerra custou onze vezes mais que o orçamento do império para 1864. O governo contraiu mais empréstimos no exterior aumentando ainda mais a dívida externa.

-crítica ao governo de Dom Pedro II: morte dos combatentes, escravidão, ideia de por fim à monarquia e restaurar a república.

13) Os ciclos de crescimento econômico: o café e o inicio da industrialização

-originária da Etiópia, o café chegou no Brasil pela Guiana Francesa, em cerca de 1727

-milhões de quilômetros de mata atlântica foram derrubados para a expansão da produção cafeeira, as terras foram conquistadas à força e os índios dizimados ou expulsos

-já era o principal artigo de exportação no inicio do segundo reinado, estabelecendo o Brasil como maior exportador de café do mundo

-promoveu o enriquecimento dos cafeicultores do vale do Paraíba, concedendo títulos como barão do café.

-a riqueza também era extraída pela mão de obra escrava. Os cativos eram responsáveis por toda a produção no campo: prepara o terreno, plantar e colher.

-os produtores usavam técnicas rudimentares como queimar terreno pra limpar, não usava adubo, não usavam arado – com isso a produção declinou e eles empobreceram – em busca de novas terras se fixaram perto de Campinas, Jundiaí e São Carlos, Ribeirão Preto, e Bauru. Regiões de terra roxa, ideal para o plantio.

-cafeicultor mais moderno e empresarial: embora ainda utilizassem mão de obra escrava, começavam a adotar assalariados de origem europeia.

-mentalidade empresarial formada para uma espécie de industrialização

14) A Abolição da escravidão

-o comércio de africanos foi até no começo do século XIX uma atividade extremamente lucrativa para os traficantes ingleses, mas em 1807 o governo proibiu a prática em suas colônias que começou a pressionar os outros países a fazer o mesmo.

-na verdade a real intenção era a valorização do comércio inglês com a revolução industrial, que instituía o Capitalismo Moderno.

-o governo inglês só reconheceu a independência brasileira depois que Dom Pedro I se comprometesse a acabar com a escravidão – Lei de 1831 de fim do tráfico, as pessoas para escravidão continuaram a serem contrabandeados para o império – “lei para inglês ver”

-1845 – lei que autorizava navios ingleses a apreenderem navios de qualquer nação carregados de pessoas para escravização.

-1850 – lei Euzébio de Queiroz – proibia definitivamente o tráfico de pessoas para se tornarem escravas – iniciou então o tráfico interno de escravos – adoção da mão de obra imigrante

-expectativa que a escravidão desaparecesse com a lei de 1850 – os cafeicultores se posicionavam contra, pois sua produção estava em constante ascensão.


-1865 - guerra e abolição no EUA – reascende a discussão no Brasil – muitos escravos recorriam à justiça contra seus senhores pelo direito de não serem obrigados a separar de suas famílias e de poderem juntar dinheiro para comprar sua liberdade – um dos principais defensores era Luiz Gama

-a campanha abolicionista ganhou força com o término da guerra do Paraguai

-o governo propôs uma abolição gradual, garantindo indenização aos donos de escravos

-1871 – lei do ventre livre – filhos de escravos nascidos a partir daquela data seriam considerados livres, mas deveriam permanecer sob os cuidados de seus senhores quando completassem 8 anos. A partir de então o senhor a entregaria para o governo recebendo a indenização, ou a manteria em seu território até completar os 21 anos sob trabalho compulsório.

-na década de 1880 se iniciou uma série de movimentos pela abolição nos centros urbanos

-a flor Camélia simbolizava os simpatizantes da cauda abolicionista, estava pregada na região do peito como forma de protesto.

-crescentes fugas dos escravos que iam para os centros urbanos ou para os quilombos

-1885 – lei dos sexagenários – libertava escravos com mais de 60 anos de idade, contudo deveriam trabalhar por mais três anos como indenização

-1888 – Lei Áurea – libertação definitiva dos escravos que ainda continuavam em tal situação

-não houve amparo nem projetos político-sociais para a emancipação dos afro-brasileiros, aumentando ainda mais a desigualdade social que está presente até os dias de hoje.

Lendo e Interpretando Imagem:

- O que mais lhe chamou atenção nas ilustrações acima?

- Qual seria a crítica social que as imagens pretendem trazer?

- Com as ilustrações e o que estudamos você acredita que o processo de abolição foi capaz de integrar o negro à sociedade tendo estes direitos iguais aos brancos?

- Qual o lugar social do negro na sociedade brasileira que as imagens estão lançando uma crítica?

15) O processo de imigração e as transformações do mundo do trabalho

-economia brasileira se apoiando nas atividades agroexportadoreas – café – cafeicultores, comerciantes e imigrantes passaram a aplicar seus lucros em outras atividades como a indústria – instalação de fábricas de pequeno e médio porte já no início do período republicano – consolidação de São Paulo como principal


centro industrial mais diversificado do país que atraiu grandes olhares para a região como a Ford ou a General Motors.

-nenhuma proteção legal amparava os trabalhadores, não havia descanso, remuneração, férias ou aposentadoria; os empregados ficavam a mercê da vontade do patrão – as jornadas eram longas (10-14hrs por dia)

-com salários baixos muitos trabalhadores iam residir em cortiços e porões – surgimento das primeiras associações de ajuda mútua por trabalhadores, mais tarde formada por ligas operárias e sindicatos – aparecimento de ideais como socialismo, anarquismo ou anarcossindicalismo.

-em 1922, militantes saídos principalmente do anarquismo e sob efeitos da revolução russa, fundaram o PCB (Partido Comunista Brasileiro) –serie de greves organizadas pelos anarcossindicalistas – os governos da república velha respondiam com repressão.

-aumento no número de imigrantes – desejo da elite brasileira pelo “embranquecimento” da população, seguindo doutrinas racistas norte-americanas – transformação do perfil da população brasileira.

-cidades brasileiras pequenas e acanhadas no século XX – sem saneamento, nem iluminação, nem transporte público – 1902: remodelação da capital, ampliação dos cais e das ruas centrais, construção de edifícios públicos, numa tentativa de se assemelhar a cidades europeias, sobretudo Paris.

-Revolta da Vacina: Oswaldo Cruz, campanha de saúde pública com o objetivo de erradicar focos de doenças transmissíveis doenças – ratos e mosquitos – lei de vacinação obrigatória, poderia ser aplicada a força em quem se recusasse – protestos, barricadas, confrontos com a polícia, depredações, saques, tiroteios, invasões de repartições públicas. – em resposta o governo decretou Estado de sítio – remodelações das cidades – fim dos cortiços e expulsão da população pobre para os morros – favelização.

Umas das charges mais usadas para tratar da Revolta da Vacina

Durante o período foram diversas charges publicas nos periódicos do período

- O que mais lhe chamou atenção nas imagens?

- Qual lugar o povo está sendo colocado pelo governo através da campanha de vacinação?

- Por que, em sua opinião, a população se revoltou tanto?


ATIVIDADES

(ENEM) Na América inglesa, não houve nenhum processo sistemático de catequese e de conversão dos

índios ao cristianismo, apesar de algumas iniciativas nesse sentido. Brancos e índios confrontaram-se muitas

vezes e mantiveram-se separados. Na América portuguesa, a catequese dos índios começou com o próprio

processo de colonização, e a mestiçagem teve dimensões significativas. Tanto na América inglesa quanto na

portuguesa, as populações indígenas foram muito sacrificadas. Os índios não tinham defesas contra as

doenças trazidas pelos brancos, foram derrotados pelas armas de fogo destes últimos e, muitas vezes,

escravizados. No processo de colonização das Américas, as populações indígenas da América portuguesa

a) foram submetidas a um processo de doutrinação religiosa que não ocorreu com os indígenas da América

inglesa.

b) mantiveram sua cultura tão intacta quanto a dos indígenas da América inglesa.

c) passaram pelo processo de mestiçagem, que ocorreu amplamente com os indígenas da América inglesa.

d) diferenciaram-se dos indígenas da América inglesa por terem suas terras devolvidas.

e) resistiram, como os indígenas da América inglesa, às doenças trazidas pelos brancos.

(ENEM) “Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois,

da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período

colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português

foi de longe a mais notada. Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de

comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre

Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as

outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se

fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à escola.” TEYSSIER, P. História da língua

portuguesa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado).

A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período

colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio

linguístico brasileiro é resultado da

a) contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros.

b)diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas.

c)importância do Padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa.


d)origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi.

e)interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi.

(Puccamp) Erro de português

Quando o português chegou

Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português

(Oswald de Andrade. “Poesias reunidas”. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)

Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar que

a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações econômicas entre

portugueses e indígenas.

b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação efetiva das

novas terras.

c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da população

indígena no Brasil.

d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico africano.

e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava voltado

para o Oriente.

(Fuvest) Sobre a chegada dos espanhóis à América e a subsequente colonização, pode-se afirmar que

a) as populações indígenas foram escravizadas, suas riquezas confiscadas e a evangelização do Novo Mundo

atribuída, pela Coroa, exclusivamente aos jesuítas.


b) os indígenas, depois da execução dos seus imperadores, foram confinados dentro de missões religiosas e

os espanhóis organizaram expedições para a captura dos fugitivos.

c) os espanhóis fizeram incursões bem sucedidas pelo interior do continente, dominaram culturas indígenas

complexas e encontraram metais preciosos em abundância.

d) a agricultura de exportação foi a principal base do comércio colonial, sustentado por um sistema

cooperativo de produção e pelo trabalho indígena compulsório.

e) o trabalho indígena eliminou a necessidade de escravos africanos, o lucro do comércio metropolitano

permitiu afrouxar as regras do mercantilismo e estimular o sistema de frotas e galeões.

(Pucsp) América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos,

mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX.

A(s) questão(ões) a seguir discutem essas semelhanças e diferenças.

Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se

dizer que

a) no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado

europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo

conhecido.

b) nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América

Portuguesa a relação foi racional, harmoniosa e humana, resultando num povo pacífico, e na América

Hispânica foi violenta e conflituosa.

c) no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e

desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de

navegação lhes permitiu prever a descoberta.

d) nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros séculos de

colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação precoce da

agricultura provocou maior aproximação.

e) no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias

portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.


(MACK) O período em que Oliver Cromwell dirigiu a Inglaterra, decretando, entre outros, o Ato de

Navegação que consolidou a marinha inglesa em detrimento da holandesa, ficou conhecido como:

a) Monarquia Absolutista

b) Monarquia Constitucional

c) Restauração Stuart

d) República Puritana

e) Revolução Gloriosa

De acordo com vários historiadores, a Revolução Inglesa abriu as condições para a instauração do

capitalismo, via Revolução Industrial, na medida em que

a)criou as manufaturas simples, incentivou a produção de gêneros tropicais e organizou o sistema colonial

b) promoveu a substituição do Estado liberal pelo Estado absolutista, organizou o exército do

Parlamento e consolidou os interesses da nobreza

c) estabeleceu a plena propriedade privada sobre a terra, permitiu à marinha inglesa controle sobre os

mercados mundiais e proletarizou uma grande massa de pessoas

d) implantou uma república parlamentar, possibilitou a emergência de uma aristocracia colonial e

reprimiu o movimento de contestação de "niveladores" e "escavadores"

(IFMG) São características da Revolução Industrial inglesa no século XVIII, EXCETO:

A) Produções lanífera e algodoeira, responsáveis pela multiplicação de fábricas de têxteis e

pela supremacia britânica no setor.

B) Cercamentos, que forneceram a mão de obra para a indústria, ao expulsar os camponeses

do campo.

C) Corporações de Ofício, que uniram mestres e aprendizes na produção.

D) Crescimento das cidades, com a concentração de grandes multidões nas áreas fabris.

“O artesão, antes do processo de formação da indústria, possuía, além de sua força de trabalho, os meios

necessários para realizar esse trabalho. O assalariamento de parte da classe dos artesãos, tanto por parte

deles quanto dos mercadores, levou a uma transformação na própria classe artesã, que deu origem a duas


classes distintas ao longo do desenvolvimento do capitalismo. Do trabalho, atributo qualificado do artesão,

surgiu uma classe operária sem muitas qualificações. Da posse dos meios de produção, antigo atributo do

artesão, surgiu uma classe proprietária da manufatura moderna e da posterior indústria capitalista.”

BRANDÃO, Marco A. A origem social do empresariado industrial europeu: uma análise de E. P.

Thompson e Eric J. Hobsbawm. (Disponível em :http://www.historica.arquivoestado .sp.gov.br/materias/

anteriores/ediç ção/48/materia05/ acessado em 24/11/2015).

A partir da leitura do trecho em destaque, NÃO é possível afirmar que:

A) está se discutindo o processo de formação da classe trabalhadora na Europa Moderna.

B) está se discutindo parte do processo que se consagrou como a Revolução Industrial.

C) está se discutindo o desenvolvimento de divisão social do trabalho marcada pela estrutura

produtiva.

D) está se discutindo a persistência da organização do trabalho no modelo das guildas

medievais.

No contexto do processo revolucionário inglês do século XVII, o governo de Oliver Cromwell

a) representou a reafirmação do ideário absolutista ao defender os privilégios do clero anglicano

b) rompeu com suas bases nobiliárquicas ao permitir a participação popular no Parlamento

c) ampliou as bases da monarquia inglesa ao liberar a participação de colonos americanos nas discussões

parlamentares

d) significou a defesa e a consecução de objetivos da burguesia e da gentry , ampliando sua participação na

política do Estado

(UERJ 2009 - Modificada) “O rei é vencido e preso. O Parlamento tenta negociar com ele, dispondo-se a

sacrificar o Exército. A intransigência de Carlos, a radicalização do Exército, a inépcia do Parlamento

somam-se para impedir essa saída "moderada"; o rei foge do cativeiro, afinal, e uma nova guerra civil

termina com a sua prisão pela segunda vez. O resultado será uma solução, por assim dizer, moderadamente

radical (1649): os presbiterianos são excluídos do Parlamento, a câmara dos lordes é extinta, o rei decapitado

por traição ao seu povo após um julgamento solene sem precedentes, proclamada a república; mas essas

bandeiras radicais são tomadas por generais independentes, Cromwell à testa, que as esvaziam de seu

conteúdo social.” (RENATO JANINE RIBEIRO. In: HILL, Christopher. "O mundo de ponta-cabeça: ideias

radicais durante a Revolução Inglesa de 1640". São Paulo: companhia das letras, 1987).


O texto faz menção a um dos acontecimentos mais importantes da Europa no século XVII: a Revolução

Puritana (1642-1649). A partir daquele acontecimento, a Inglaterra viveu uma breve experiência

republicana, sob a liderança de Oliver Cromwell. Dentre suas realizações mais importantes, destaca-se a

decretação do primeiro Ato de Navegação. A determinação do Ato de Navegação consistia em:

a) não permitir que nenhuma matéria-prima de origem asiática entrasse na Inglaterra.

b) não permitir que nenhuma embarcação estrangeira atracasse no litoral inglês;

c) permitir que os portos ingleses fossem usados livremente por outras nações;

d) permitir que os holandeses usufruíssem da frota marítima inglesa.

e) não permitir que as frotas marítimas inglesas trafegassem fora dos mares do norte.

Leia o texto a seguir:

“É, assim, de enorme significado que Hobbes, também em suas obras históricas posteriores, de modo algum

abandona essa pretensão explanatória da historiografia, mas antes a sustenta completamente.

Metodologicamente, Behemoth retrata a ascensão de Oliver Cromwell do mesmo modo que o ensaio de

Tácitus, a ascensão de Otaviano, a saber, na forma de explicações de ação sob a consideração de regras

sociais gerais.” (NOUR, Soraya; ZITTEL, Claus. O historiador e o teórico: a historiografia de Hobbes na

teoria das relações internacionais. Contexto int., Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, Dec. 2003. p.238).

O texto de Hobbes mencionado acima cita o historiador romano Tácitus com o objetivo de:

a) apagar da história a referência a Cromwell, já que, para Hobbes, essa figura não tinha grande importância

na história da Inglaterra.

b) denegrir a imagem de Tácitus como historiador.

c) comparar o Imperador romano Octaviano a Oliver Cromwell para construir uma imagem histórica desse

último apoiada na referência do primeiro.

d) denegrir a imagem de Octaviano como político.

e) propor um modelo de governo liberal e democrático.

(IFMG) “O que equivale a dizer: designar um homem ou uma assembleia de homens como representante de

suas pessoas, considerando-se e reconhecendo-se cada um como autor de todos os atos que aquele que

representa sua pessoa praticar ou levar a praticar, em tudo o que disser respeito à paz e segurança comuns;

todos submetendo assim suas vontades à vontade do representante, e suas decisões à sua decisão. Isto é mais

do que consentimento, ou concórdia, é uma verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa,


realizada por um pacto de cada homem com todos os homens, de um modo que é como se cada homem

dissesse a cada homem: cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta

assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de maneira semelhante

todas as suas ações. Feito isto, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. É

esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal,

ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa”. HOBBES, Thomas. Leviatã. Ed. Martin

Claret, São Paulo, 2006.

A partir do trecho do documento destacado podemos afirmar que o autor entende que a legitimidade de um

governo absolutista advém do (a)

A) direito divino, endossado pela Igreja Católica na cerimônia de coroação real realizada pelo papa.

B) laço afetivo, que uniria fortemente governantes e governados nas tarefas políticas, sociais e militares.

C) eleição do governante, reflexo da consciência política e participação dos súditos junto ao rei.

D) contrato social, através do qual os súditos cederiam sua liberdade natural para obterem segurança.

(UFMS 2010)“Classificar, delinear, dividir, sistematizar, criar um mapa mundi do saber. Esta era a ideia dos

iluministas Diderot e D’Alambert: ordenar o mundo em categorias em uma enciclopédia com 17 volumes de

texto. O projeto enciclopedista talvez seja a influência mais visível do iluminismo em nosso cotidiano. A

escola, a divisão do conhecimento em disciplinas específicas, os livros didáticos, os telejornais revelam

claramente essa busca classificatória. A Enciclopédia iniciava com um quadro esquemático do

conhecimento humano, uma permanência que perpassa desde organogramas de empresas até as

classificações da biologia.”

(DARNTON, Robert – O Grande Massacre de Gatos. RJ: Graal, 1986, p. 272-273)

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) a respeito

do Iluminismo.

a)O impulso renovador das idéias iluministas provocou, na Europa, um grande interesse pelos problemas da

vida em sociedade, possibilitando o surgimento de novas ideias e de teorias econômicas.

b)Em seu conjunto, os iluministas sustentavam a tese de que só um Estado ditatorial, controlado pela classe

trabalhadora, seria capaz de eliminar a resistência burguesa e abolir as desigualdades entre as classes sociais.

c)O espírito renovador, presente no Iluminismo, conduziu a um profundo estudo das ciências, campo onde

ocorreu um grande avanço.


d)Originado na Inglaterra, difundido pela França, o Iluminismo pregava a razão, a liberdade do espírito, a

livre crítica e a tolerância religiosa, contrapondo-se, assim, ao peso da tradição, do dogmatismo religioso e

filosófico e ao absolutismo monárquico.

e) Iluminismo, em seu conjunto, fazia uma incisiva crítica ao mundo civilizado e propunha um retorno às

formas de vida da sociedade primitiva.

A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII,

considere as seguintes afirmativas:

Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e

divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao

absolutismo.

Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias

de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a

nenhum freio.

A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o

iluminismo.

Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras

D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

(Enem 2013)

Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi

proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a

natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e


Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo

humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4,

2004 (adaptado).

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência

como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a

investigação científica consiste em:

A) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.

B) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.

C)ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.

D) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.

E)explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano,

seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:

a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.

b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação

da independência dos Estados Unidos.

c) como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.

d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.

e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.

(MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:

a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus

privilégios;

b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a

independência;

c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma;


d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas;

e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição de 1824.

(UNIFOR/CE) A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema

Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec,

1981. p. 298) A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à

decisão da Coroa portuguesa de:

a) conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras.

b) interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra.

c) proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa.

d) romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses.

e) abrir os portos brasileiros ao livre-comércio com as “nações amigas”.

(UFMT) A emancipação política do Brasil deu-se no contexto de insatisfações portuguesas diante da atitude

protelatória de D. João VI. A elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e a Algarves, em

1815, provocou descontentamentos posteriores, até que a solução encontrada envolveu o retorno da Corte

para Portugal em 1821. Sobre a temática, assinale a afirmativa correta:

a) D. Pedro I, na condição de Príncipe Regente, atendeu aos clamores populares e decidiu desobedecer à

convocação das Cortes de Lisboa em manifestação pública, no Rio de Janeiro, no dia 9 de janeiro de 1822.

b) Os partidários da manutenção da Corte Portuguesa no Brasil eram favoráveis à abolição da escravidão, à

reforma agrária e ao rompimento definitivo com a antiga metrópole.

c) A revolução do Porto, movimento de cunho liberal que eclodiu em 24 de agosto de 1820, tinha intenção

de emancipar o Brasil, desmembrando o que ainda estava no império ultramarino português.

d) D. João VI retornou a Portugal em 1821, após ter se recusado a atender as manifestações populares que o

pressionavam a jurar obediência à nova constituição portuguesa.

e) D. Pedro I, profundamente marcado por concepções liberais e democráticas, acatou as deliberações da

Assembléia Constituinte de 1822.

(UFSC/SC)“ Não corram tanto! Vão pensar que estamos fugindo!” Frase atribuída a D. Maria I, a Louca,

quando a Família Real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil, em 1807. Nossa História. Rio de

Janeiro, a. 1, n. 2, dez. 2003. Sobre o início do século XIX na América Portuguesa, é correto afirmar que:


a) transformações importantes ocorreram com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil. Era necessário adaptar

as condições do modo de vida rústico dos brasileiros às exigências dos europeus que aqui aportaram;

b) antes do estabelecimento da Corte portuguesa no Brasil, a Metrópole não havia demonstrado interesse em

atender às reivindicações por melhorias na Colônia;

c) a vinda da Família Real ao Brasil foi possível devido a um acordo diplomático estabelecido entre D. João

e Napoleão Bonaparte, no qual Portugal comprometia-se a manter as colônias abertas ao comércio francês;

d) a vinda da Corte significou, para os comerciantes da Metrópole, uma oportunidade de enriquecimento,

uma vez que a sede do império tinha sido transferida para o Brasil;

e) as mudanças implantadas no Brasil para satisfazer os interesses portugueses não impediram a

continuidade da escravidão. Os escravos exerciam várias funções no meio urbano e rural e estavam sujeitos

a castigos físicos, tanto em ambientes privados quanto públicos.

(UFMS) A respeito do movimento organizado em Portugal, no início do século XIX, que recebeu o nome de

Revolução Liberal do Porto, é correto afirmar que:

a) foi organizado por revolucionários que queriam D. João VI de volta a Portugal, mas com a condição de

que fosse estabelecido um governo constitucional;

b) foi um movimento liderado por classes e camadas das elites portuguesas e que tinha como objetivo

principal dar apoio aos revolucionários franceses;

c) seus revolucionários queriam que a Família Real retornasse a Portugal e que esse país readquirisse o papel

e a importância que tinha perdido para o Rio de Janeiro;

d) foi liderado por manifestantes que não queriam o retorno de D. João VI a Portugal, pois o objetivo era

formar um governo antimonárquico e com características liberais;

e) tinha como objetivo a restauração de Portugal, o que só poderia acontecer com a volta do Brasil à

condição de colônia.

(Unicamp 2012) Leia o texto a seguir:

“Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados

Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…)

Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...). Para mim a

Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e

definitivamente como a lua da terra.” (Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira

Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138.

São Paulo, jul. 1988, p.88.)

Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que:


a) A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América

para os americanos”.

b) Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar

o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.

c) Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a

necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal. d) O pensamento

americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às

ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.

(UFU) No início do século XIX, a independência da América Espanhola ocorreu num contexto político

internacional marcado por fatos. Dentre os fatos que favoreceram a independência da América Espanhola,

podemos mencionar.

a) A Revolução Industrial Espanhola.

b) A derrota dos americanos na guerra de independência dos Estados Unidos.

c) O Despotismo Esclarecido.

d) O triunfo do absolutismo de direito divino na Espanha.

e) As guerras napoleônicas.

(FUVEST) No processo de emancipação política da América espanhola destaca-se a participação:

a) Da população nativa que através do Exército que lutou contra os cabildos criollos.

b) Dos indígenas que através dos cabildos organizaram o Estado Nacional.

c) Dos chapetones que para garantir seus interesses controlaram o Exército.

d) Dos caudilhos que defendiam princípios liberais e descentralizadores.

e) Dos Criollos que através dos cabildos defendiam os interesses locais.

(PUC-SP) O movimento de emancipação política da maioria dos países de colonização espanhola da

América não significou a quebra das estruturas sociais e econômicas. Daí se verificou que:

a) A dominação dos proprietários rurais foi garantida por novas incorporações territoriais.

b) As diferenças entre as várias classes da população foram superadas pelo desejo de união nacional.

c) O fortalecimento do poder político pessoal deu origem ao caudilhismo.

d) Os intelectuais apoiaram-se nas idéias libertárias para defender propostas de igualdade social.


e) A atuação da Igreja foi importante para garantir as reivindicações populares.

(Unesp – 2013) Leia:

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que

ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só

religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão

de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e

caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815].

In: Simón Bolívar: política, 1983.)

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que:

a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e

militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.

b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da

América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.

c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América

Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente.

d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou

submeter o Brasil à força militar hispano-americana.

e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua

ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.

(IFET) Sobre o processo de dominação espanhol nas Américas, podemos AFIRMAR:

A) Tenderam a incorporar as populações indígenas.

B) Promoveram a aculturação e o hibridismo cultural como forma de dominação.

C) A Igreja católica promoveu a catequização indígena por meio das missões que fizeram com

que os missionários tivessem contato com vários povos americanos.

D) Todas as alternativas anteriores.

Uma das diferenças essenciais entre a Independência da América Espanhola e a Independência Brasileira

está no:


a) modelo político adotado, haja vista que na América Hispânica predominou o modelo republicano,

enquanto no Brasil adotou-se o modelo monárquico.

b) modelo de guerra adotado, já que no Brasil a guerrilha foi o modelo de combate adotado no processo de

independência.

c) modelo econômico, haja vista que o Brasil, ao contrário da América Espanhola, sofreu um grave

transtorno na produção agrícola, levando a política colonial ao colapso.

d) carisma do líder, já que Bolívar tinha menos impacto na consciência da população do que Dom Pedro I.

e) papel do exército, já que, no caso brasileiro, o exército precisou impedir que Portugal retomasse o Brasil

como sua colônia.

. (UFMG-MG) Abaixo se encontram descritas diferentes características dos processos de independência da

América Latina e da América do Norte. Sobre esse contexto, leia as alternativas abaixo.

I. Nos Estados Unidos, como coincidência imediata de seu processo de independência, ocorreu a abolição da

escravatura.

II. Em toda a América Espanhola ocorreu uma aliança entre as elites locais e os setores populares contra os

interesses metropolitanos sem, contudo, produzir mudanças nas formas de governo.

III. Na América Portuguesa, a transferência da corte para o Rio de Janeiro, bem como a abertura dos portos

às nações amigas, constitui-se em importante fator para a crise do sistema colonial.

IV. O processo de independência no Haiti caracterizou-se por uma rebelião escrava, constituindo-se em um

singular modelo de luta anticolonial.

Marque a opção correta.

a) Todas estão corretas.

b) Todas estão incorretas.

c) Apenas a I e a IV estão corretas.

d) Apenas a I e a III estão corretas.

e) Apenas a III e a IV estão corretas.

14. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763), travada entre Grã-Bretanha e a França pela posse de territórios na

América do Norte, foi um evento histórico importante para a Independência das Treze Colônias, em 1776, o


que resultou na formação dos Estados Unidos da América. As alternativas abaixo apresentam consequências

da guerra para a população das Treze Colônias e para sua independência. Qual delas está incorreta?

a) A vitória da França fez com que os franceses se aliassem aos americanos contra as tropas inglesas durante

os conflitos que ocorreram após a Declaração da Independência, em 1776.

b) A participação dos colonos americanos na guerra, ao lado dos ingleses, deu a eles acesso a armas e

munições, bem como experiência bélica que seria usada durante a guerra de independência.

c) Os custos da guerra levaram a Coroa inglesa a aumentar a cobrança de taxas sobre as Treze Colônias,

gerando insatisfação com a administração britânica, transformando-se em um dos principais motivos para a

independência.

d) Afastou a pressão que a França exercia sobre as Treze Colônias, já que com a derrota francesa, os

ingleses anexaram o Canadá.

(IFMG)Leia o texto que segue:

Informa-nos, diz o Pharol, de Juiz de Fora, de anteontem, que na vila de Sapucaia os libertos pela lei de 13

de maio, sabendo que seus ex-senhores fazendeiros estão organizando club republicano, têm solenemente

declarado não aceitarem trabalho em suas fazendas por preços algum. (Extraído de: PRIORE, Mary Del;

VENÂNCIO, Renato Pinto. O Livro de Ouro daHistória do Brasil. Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 265)

Com base no texto, escrito no Brasil no ano de 1888, podemos AFIRMAR:

A) ex-escravos não voltaram a trabalhar nas fazendas temendo em retorno ao cativeiro, tendo em vista a

fragilidade da Lei Áurea.

B) ex-escravos não trabalhavam em fazendas de republicanos por gratidão ao imperador D. Pedro II e a

Princesa Isabel, que promoveram a abolição.

C) ex-escravos aderiram à república, pois acreditavam que valores como igualdade e democracia permitiria

sua inserção na sociedade.

D) os fazendeiros republicanos pretendiam restaurar o escravismo caso conseguissem derrubar a monarquia

do Brasil.


(IFMG) Observe as imagens abaixo.

A imagem 1 é uma pintura de Jean-Baptiste Debret, de 1827, intitulada “Um jantar brasileiro”. A imagem 2

é uma charge, publicada na capa do periódico Le Monde Diplomatique Brasil, de julho de 2015. A partir da

observação das imagens 1 e 2 e de seus conhecimentos, assinale a opção que possa resumir da melhor forma,

as imagens apresentadas.

A) A imagem 1 demonstra a lenta evolução dos padrões de consumo brasileiro, uma vez que a principal

preocupação da imagem 2 é caracterizar a evolução tecnológica existente entre os períodos registrados.

B) A imagem 1 e a imagem 2 reforçam os laços de respeito e cumplicidade que sempre existiram entre os

trabalhadores e seus patrões, independente de qualquer avanço tecnológico.

C) A imagem 2 reforça a ameaça que o avanço tecnológico oferece à mão de obra pouco qualificada,

tornando-a obsoleta e dispensável num contexto de desenvolvimento capitalista.

D) A imagem 2 destaca a persistência dos mesmos traços autoritários e servis que caracterizaram,

historicamente, a escravidão no Brasil, e que estavam consagrados, claramente, na imagem 1.

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