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Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto

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Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto. Objetivo da Disciplina. - PowerPoint PPT Presentation

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Curso: Engenharia de ProduçãoDisciplina: Organização Industrial

Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto

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Objetivo da Disciplina

Apresentar ao aluno as diversas estruturas de métodos, processos e avaliação dos tempos dentro da organização, além de definição de lay outs e movimentação dentro da indústria, capacitando-o para o entendimento e gerenciamento da mesma.

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Bibliografias renovadas

Bibliografia Básica

1. ZILSTRA,K. D. Distribuição Lean, porto alegre. Bookman, 2008 2. WOMACK, J.P. et al. A Máquina que Mudou o Mundo. 3. ed. Rio

de Janeiro: Campus, 1992. 3. Rocha, D. R., 2008, Gestão da Produção e Operações, Rio de

Janeiro, Ed. Ciência Moderna . 4. Rodrigues, P.S.A., 2007, Gestão Estratégica da Armazenagem,

2ª ed., São Paulo, Ed. Aduaneiras.

Bibliografia Complementar

1. Zilstra, K.D., 2008, Distribuição Lean, Porto Alegre, Bookman

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Avaliação

2 provas (1 por bimestre), ou Trabalhos Freqüência Mínima: 75%

(onde N1 e N2 são as médias bimestrais e MS é a média semestral)

5

3221

NNMS

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Avaliação

MS >= 70 e freqüência > 75% - Aprovado 35 > MS >70 – Exame Final MS < 35 – Reprovado Freqüência < 75% - Reprovado

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Avaliação

5

23

EFMSMF

MF = Média FinalMS = Média do semestreEF = Nota do Exame Final

MF > 50 - Aprovado

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Horário de Aula

Terças das 21:00 as 22:40

Quartas das 19:00 as 20:40

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Ementa da disciplina

Noções básicas de organização. (da produção em massa para a produção enxuta)

Processo de Projeto. Projeto de Método (Estudo de Movimento): Técnicas de Registro e

Análise Economia de Movimentos. Técnicas de Medida do Trabalho: Estudo de Tempos, Amostragem

do Trabalho, Tempos Pré-determinados, avaliação/ritmo, Diagrama Homem-máquina.

Balanceamento de linhas. Tempo Padrão. Estudo do arranjo físico ‘’Layout’’.

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Capítulo 1:

Organização : Da Produção em Massa para a produção Enxuta.

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1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta

Conceitos serão estudados com ajuda de estudos de caso.

A indústria escolhida é a automobilística por ser historicamente didática na apresentação dos conceitos.

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1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :

1.1. A Indústria automobilística em transição:

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1.1 A Indústria automobilística em transição

A indústria automobilística é uma das maiores em atividade industrial, com mais de 50 milhões de veículos produzidos a cada ano.

Por duas vezes no século passado esta indústria alterou nossas noções de como produzir bens.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Após a 1º guerra mundial, Alfred Sloan (GM) e Henrry Ford (Ford) conduziram uma mudança importante: de séculos de produção artesanal (com liderança de indústrias européias) para a era da produção em massa (início da liderança dos EUA)

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Após a 2º guerra mundial, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno da Toyota japonesa, foram os pioneiros no conceito da Produção Enxuta. Com as outras companhias japonesas copiando este sistema, o Japão logo saltou para a atual proeminência econômica.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Histórico comparativo:

– Produção Artesanal– Produção em massa– Produção enxuta

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção Artesanal: Características

– Trabalhadores muito qualificados– Ferramentas simples e flexíveis– Um item por vez conforme desejo do cliente– Ex; móveis por encomenda, trabalhos de arte

decorativa, alguns modelos de super-carros, etc.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção Artesanal: resultado

– Bens produzidos muito caros, o que levou à produção em massa.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção em Massa: Características

– Trabalhadores menos qualificados.– Máquinas complexas e dispendiosas.– Alto volume de produção de cada item.– Necessita suprimentos, trabalhadores e espaço

extra para garantir a continuidade da produção.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção em Massa: resultado

– Mudança de Produto muito cara, mantém os modelos padrão pelo máximo tempo possível.

– Bens produzidos muito baratos, porém com pouca variedade.

– Métodos de trabalho tediosos

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção Enxuta: Características

– Mescla os dois métodos anteriores.– Evita o alto custo do processo artesanal.– Evita a rigidez do processo de produção em massa.– Emprega trabalhadores multiqualificados nos

diversos níveis da Organização.– Máquinas mais flexíveis e automatizadas

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Produção Enxuta: resultado

– Produção de grandes volumes de produtos com ampla variedade

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1.1 A Indústria automobilística em transição

A produção Enxuta foi uma expressão definida pelo pesquisador John Krafcik. É “Enxuta”, por empregar menores quantidades de tudo em comparação com os métodos de produção em Massa.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Vantagens da Produção Enxuta.

– Menos esforço dos operários da fábrica.– Menos espaço para a fabricação.– Menos investimento em ferramentas.– Menos tempo para planejamento e desenvolvimento de novos

produtos.– Menos estoques no local de fabricação.– Menos defeitos de fabricação.– Maior e sempre crescente variedade de produtos.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa).

– Massa: Objetivo – meta limitada, que seja boa o suficiente. Quantidade tolerável de defeitos. Nível máximo de estoques aceitável Limitada variedade de produtos padronizados.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa).

– Enxuta: Objetivos: Custos declinantes. Ausência de itens defeituosos. Nenhum estoque. Grande variedade de novos produtos.

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1.1 A Indústria automobilística em transição

Para o trabalhador a principal vantagem é que para cada produto os processos diferem, tornando o trabalho mais desafiador e menos monótono que o processo relacionado com a produção em massa.

Isso torna o trabalho mais estimulante.

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1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :

1.2. Ascensão e queda da Produção em Massa:

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

História:– 1894: S.EX.A Evelyn Henry Ellis – Abastado membro do

Parlamento Inglês saiu para comprar um carro.– Não na concessionária, nem em qualquer loja, pois na

Inglaterra não existia.– Foi à fábrica de ferramentas “Panhard e Levassor” ou “P&L” na

França.– 1887: A P&L obteve licença para fabricar o motor de Gottilieb

Daimler.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

História:– Início da década de 1890: P&L fabricava algumas centenas de

automóveis por ano.– Processo artesanal com artesãos habilidosos que montavam a

mão um pequeno número de carros.– Peças vinham de oficinas artesanais por toda Paris.– Os contatos com clientes eram feitos pelos próprios donos.– Não existia um carro igual ao outro ( processos de metalurgia

da época não permitiam isso)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Solicitações de Ellis:

– Aceitou o motor e os chassis– A carroceria pediu de uma fábrica de carruagens– Controles e volante no centro do carro

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Teste do carro de Ellis:

– Contratou um mecânico e um motorista e ficou um bom tempo em Paris para testar o carro (que era um protótipo)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Em Londres – Fora da Lei:

– Junho de 1895: Ellis foi o 1º a dirigir um automóvel na Inglaterra.

– 90 km em 5 h e 32 min– Média de 16 km/h (ilegal – máxima = 4 m/h = 6,44

km/h)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Em Londres – Mudando a Lei:

– 1896: Ellis assume a liderança do parlamento Inglês e muda o limite para 12 m/h (19,32 km/h)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Características que derrubaram a Produção Artesanal:

– Força de trabalho altamente qualificada e cara.– Alguns trabalhadores se tornavam empreendedores

autônomos e conduziam suas próprias firmas.– Organizações descentralizadas.– Peças provinham de pequenas oficinas

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Características que derrubaram a Produção Artesanal:

– Utilização de máquinas gerais para todas as funções.– Volume de produção muito baixo.– Menos de 1000 carros por ano, dos quais 50 ou menos

conforme o mesmo projeto.– Produtos sem qualidade e sem confiabilidade (todos protótipos

sem testes.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Características que derrubaram a Produção Artesanal:

– Incapacidade de pequenas oficinas fornecedoras desenvolverem tecnologia.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

O início da Produção em Massa:

– 1903: Ford inicia a produção do Modelo A.– 1908: Ford inicia a produção do Modelo T.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Modelo T:

– Carro projetado para a Manufatura.– User-friendly (amigo do usuário)

Não precisava motorista (qualquer um podia dirigir) Nem mecânico (qualquer um podia concertar)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Uma Grande sacada financeira:

– Ford percebeu que a padronização de medidas se converteria em benefícios financeiros.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Uma Grande sacada metalúrgica:

– Ford se beneficiou do avanço das máquinas e ferramentas que possibilitaram o trabalho com metais pré endurecidos.

– O arqueamento resultante do aquecimento das peças impedia a padronização anteriormente.

– Ford fundiu o bloco do motor em uma peça única eliminando ajustadores qualificados

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Uma Grande sacada para o tempo de montagem:

– Com a produção especializada (uma tarefa por trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 514 minutos para 2,3, graças a não necessidade de ajustes das peças.

– Com a produção em linha (o carro ia ao trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 2,3 minutos para 1,19minutos.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

1920: Ford fabricou 2 milhões de modelos T idênticos derrubando se custo para 1/3 do inicial em 1908.

A Ford se tornou a maior fabricante de automóveis do mundo e encaminhou para o fim a maioria da indústrias artesanais, com exceção de alguns produtores artesanais europeus de carros de luxo.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A produção em massa de Henry Ford orientou a indústria automobilística por 50 anos, sendo adotada em quase todas as atividades industriais na Europa e na América do Norte.

Estudaremos a seguir algumas das suas características mais importantes.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Características da Produção em massa para estudo:

– Força de trabalho– Organização– Ferramentas– Produtos

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

1) Força de Trabalho:

– Os operários das linhas passaram a ser tão intercambiáveis quanto os carros.

– Troca da mão de obra especializada em montagem e ajuste de peças por mão de obra menos qualificada par a linha de montagem.

– Surgimento dos engenheiros de produção ou engenheiros industriais com a incumbência de projetar e garantir o funcionamento das linhas.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

1) Força de Trabalho:

– Somente os supervisores e fiscalizadores mantinham as qualidade de montagem dos operários originais.

– Equipes mais qualificadas reparavam partes com defeitos ao final da linha.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

1) Força de Trabalho:

– Surgem os trabalhadores da “inteligência” que contrastavam com os pouco qualificados trabalhadores da linha, que não passavam de supervisores ao longo da carreira.

– Os engenheiros tinham agora uma carreira executiva e substituíram os trabalhadores especializados que acabavam abrindo suas firmas.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Ford era inicialmente um montador. Motor = Irmãos Dodge Itens diversos de outras firmas

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– 1915 – Ford iniciou a incorporação de todas as funções em sua empresa.

– 1931 Ford conclui a incorporação

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Motivos para Ford incorporar todas as funções:

Ford aperfeiçoou as técnicas da Produção em massa antes de seus fornecedores.

Ford não confiava nas pessoas. Ford necessitava de peças com tolerâncias menores e com

cronogramas de entrega mais rígidos.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Surge a moderna corporação verticalmente integrada.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Características da Organização verticalmente integrada:

Serviços e matérias primas necessárias eram obtidas de divisões operacionais internas

Estas divisões eram coordenadas por executivos seniores dentro da própria corporação.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:

Excesso de burocracia. Problemas de transporte para a escala de fabricação em

um só local. Barreiras alfandegárias impostas por políticas

governamentais.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:

Em 1926 a Ford montava automóveis em 36 cidades americanas e em mais 19 países, apesar de os projetos serem todos desenvolvidos, as peças desenhadas e fabricadas em Detroit

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:

Novo problema:

– O produto padrão não se adaptou em todos os lugares do mundo.

– EUA descobriram petróleo e a gasolina era barata.– Europa não tinha gasolina, tinha que importá-la, ou seja,

gasolina cara

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

2) Organização:

– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:

Para minimizar as barreiras impostas na Europa, Ford vendeu fatia minoritária do negócio para os ingleses.

No início dos anos 30, Ford estabeleceu 3 sistemas integrados na Inglaterra, Alemanha e França.

Estas empresas “Européias” manufaturavam produtos de acordo com os gostos de cada país e eram administradas por gerentes nativos.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

3) Ferramentas:

– As ferramentas foram a chave para o sucesso das peças intercambiáveis.

– Tinham a capacidade de cortar o metal de alta dureza e de prensar o chapas de aço com precisão absoluta.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

3) Ferramentas:

– A chave para a intercambiabilidade de peças a baixo custo foi a preparação das máquinas para realização de uma única tarefa e não mais receber ajustes como no processo de produção artesanal, onde as máquinas realizavam várias funções.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

3) Ferramentas:

– Vantagens:

Tempo menor por operação. Trabalhadores menos qualificados e mais baratos. Grande volume de produção.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

3) Ferramentas:

– Desvantagens:

Pouca ou nenhuma flexibilidade nos equipamentos e na linha de produção.

Mudanças nas linhas e nos equipamentos caras e demoradas.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

4) Produto:

– Modelo T: Nove versões com o mesmo chassi:

Conversível para duas pessoas Passeio aberto para quatro pessoas Sedan coberto para quatro pessoas Caminhão com compartimento de carga atrás

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

4) Produto:

– 1923 foi o pico da produção do Modelo T, com 2,1 milhões de chassis construídos. (número somente alcançado pelo fusca)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

4) Produto:

– Motivos do sucesso:

Custo baixo e declinante. Facilidade de manutenção (manual do proprietário) Durabilidade do projeto e dos materiais. Pouca atenção dos consumidores em detalhes como

pinturas e demais acabamentos.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

4) Produto:

– Devido à facilidade de manutenção dos Modelo T pelos próprios proprietários, raramente a Ford ligava um motor antes de o carro estar já fora da linha de produção.

– Testes de qualidade e de funcionamento eram quase inexistentes.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

4) Produto:

– A linha de produção do modelo T teve seu fim em 1927, em parte devido aos carros da GM que eram melhores e pouco mais caros que os Ford do mesmo segmento.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Onde Ford falhou:

– Tecnicamente o processo desenvolvido por Ford era muito bom, porém, administrativamente, Ford propiciou espaço para evoluções.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Ford investiu com recursos próprios em:

– Plantação de borracha no Brasil– Fundição– Fábrica de vidros– Minas de ferro em Minnessota– Navios pra transporte de minério– Ferrovias interligando suas instalações

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Ford queria produzir em massa de alimentos (fabricando tratores e uma usina de extração de soja) até transporte aéreo, com baixo custo.

Financiar tudo com recursos próprios, pois odiava bancos.

Administrar centralizadamente com um homem tomando todas as decisões, ele.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

Conseqüência inevitável:

– Fracasso dos empreendimentos.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A evolução da Produção em Massa:

– A GM pos a frente de sua indústria o executivo Alfred Sloan, que revolucionou a administração da produção em Massa.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A revolução de Sloan:

– Descentralizou a administração das diversas unidades, gerenciando seus números com frequencia.

– Revolucionou o Marketihg da indústria automotiva: Modificando a aparência externa dos carros anualmente. Lançando uma série de acessórios como ar condicionado,

transmissão automática e rádios.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

O apogeu da Produção em massa:

A produção em massa em sua forma final amadurecida se deve à:

– Práticas de fabricação de Ford – Técnicas administrativas de Sloan – O papel do movimento sindical no controle das

definições e conteúdo das tarefas

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

O apogeu da Produção em massa:

Resultados:

– Companhias automobilísticas norte-americanas dominaram este mercado mundial.

– O mercado norte-americano representou maior percentagem de vendas do mundo.

– Companhias dos demais ramos de atuação adotaram métodos semelhantes.

– Sobreviveram algumas firmas artesanais em nichos de pequenos volumes.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

O apogeu da Produção em massa:

1955:

– Vendas de automóveis nos EUA superou 7 Mi de carros.– Sloan se aposenta após presidir a GM por 35 anos.– Ford + GM + Chysler = 95% das vendas– Seis modelos representavam 80% das vendas.– Fim da produção artesanal nos EUA.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

O apogeu da Produção em massa:

1955:

– Início da queda do domínio norte-americano no setor, pois:

Demais companhias automobilísticas começaram a aplicar os mesmos métodos e a alcançar os mesmos resultados

Conseqüentemente a importação de veículos teve início na América e não mais deixou de crescer.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Empresários que copiaram o modelo proposto por Ford após visitas a Higland Park:

– André Citroen– Louis Renault– Giovanni Agnelli (Fiat)– Herbert Austin e William Morris (Morris e MG

inglesas)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Desde os anos 30 Ford discutia abertamente seus métodos com os empresários europeus, além de apresentar-lhes suas instalações.

Somente nos anos 50 estes começaram a produzir conforme modelo de Ford.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Motivos pelos quais as marcas européias demoraram 2 décadas para iniciar a produção em massa:

– Caos econômico pós grande depressão de 30.– Nacionalismo dos anos 20 e 30.– Apego às tradições de produção artesanal.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

No final dos anos 50 já produziam na Europa em escala comparável a Detroit:

– Wolfsburg (VW)– Flins (Renault)– Mirafiori (Fiat)

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Inicialmente os Europeus especializaram-se em dois tipos de carros que os norte americanos não ofereciam:

– Compactos e econômicos

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Exemplo: Fusca.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Nos anos 70 o carro de luxo foi redesenhado para menor:

– Mercedes monobloco: 1,6 Ton, injeção de gasolina e suspensões independentes, versus:

– Cadillac: 2,3 Ton, carburador, eixo reto e carroceria sobre chassis.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Do início dos anos 50 até meados dos anos 70, os europeus obtiveram sucesso nas exportações.

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Apostas européias:

– Preços competitivos (salários menores).– Tração dianteira.– Carrocerias monobloco(rígidos, leves e silenciosos).– Ótima relação peso / potência

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Apostas européias:

– Freios a disco.– Transmissão de 5 marchas– Injeção de combustível

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1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa

A Difusão da Produção em Massa:

Apostas americanas:

– Sistemas de ar condicionado.– Direção hidráulica.– Aparelhos de som stereo.– Transmissão automática.– Motores potentes.

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1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :

1.3. O Surgimento da Produção Enxuta:

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

1937: Toyota Motor Company (TMC)é fundada pela família Toyoda

Toyoda significa “arrozal abundante”, motivo pelo qual foi realizado um concurso em 1936 para escolha de novo nome: Toyota, que não tem significado algum em japonês.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

1929: Kiichiro Toyoda visitou a fábrica de Ford. 1950: Eiji Toyoda passa 3 meses estudando a

fábrica Rouge da Ford em Detroit. Anos 30; Toyota proibida de fabricar carros e

obrigada a fabricar caminhões e veículos pesados para atender os esforços de guerra.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

1949: Kiichiro Toyoda renunciou à companhia, pondo fim a longa greve iniciada com a demissão de grande parte da força de trabalho.

1950: Toyota fabricou 2.685 automóveis, contra 7.000 fabricados por Rouge num único dia.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Quando Eiji voltou para Nagoya, junto com seu gênio de produção taiichi Ohno, concluíram que o processo de Ford não seria bem sucedido no Japão, criando o que eles chamaram de processo “Toyota”.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Mercado doméstico Limitado: Demandava vasta gama de veículos.

– Carros de luxo para autoridades.– Caminhões grandes para mercadorias– Caminhões pequenos para agricultores– Carros pequenos para cidades populosas e

combustível caro.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Força de trabalho não disposta a ser intercambiável:

– Novas leis trabalhistas introduzidas pela ocupação norte americana pós 2ª guerra fortaleceram os trabalhadores nas negociações com as companhias.

– Direito de empresas de demitir foi restrito.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Força de trabalho não disposta a ser intercambiável:

– Sindicatos, representando todos os empregados de uma companhia tinham muita força de barganha.

– Inexistência de trabalhadores “hóspedes” dispostos a enfrentar condições precárias de trabalho em troca de baixos salários , como foi constituído o grosso da força de trabalho na maioria das companhias de produção em massa do ocidente.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Economia do País:

– Devastada pela guerra.– Ávida por capitais e trocas comerciais.– Não possibilitava a compra de tecnologias de

produção ocidentais mais recentes.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Mundo Exterior:

– Repleto de produtores de veículos, ansiosos para operarem no Japão e prontos para defender seu território comercial contra as exportações japonesas.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:

Atitude do governo japonês que alavancou a indústria automobilística japonesa:

Proibiu investimentos externos diretos na indústria automobilística japonesa.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:

Estampagens ocidentais prensavam 12 peças por minuto (mais de 1 milhão de peças ano), o que ultrapassava demais produção inicial da Toyota.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:

Os moldes podiam ser trocados, mas:

– Pesavam várias toneladas.– O alinhamento tinha que ser preciso.– Pequeno desalinhamento produzia peças com

defeito.– Deselinhamentos maiores poderiam fundir as peças

aos moldes.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:

Trocas de moldes no ocidente:

– Somente especialistas realizavam tais mudanças.– Eram executadas metodicamente.– Custavam pelo menos 1 dia de trabalho.– Conjunto de prensas para algumas peças, para

evitar a troca do molde que aconteceria somente a cada três meses.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:

Trocas de moldes na Toyota ( Ohno):

– Iniciou testes de trocas de prensas no final de 1940 e em meados de 1950, a Toyota trocava moldes em apenas 3 minutos.

– Os próprios trabalhadores realizavam as trocas.– Os trabalhadores eram mais valorizados pois tinham

que ser mais especialistas.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:

Conseqüências da troca de moldes da Toyota:Custos de por peça prensada em pequenos lotes era menor que no processamento se lotes imensos.

– Eliminava o custo financeiro de estoques de matéria prima e peças acabadas.

– Erros de prensagem apareciam instantaneamente e não se acumulavam nos imensos estoques.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Acordo da Toyota com os trabalhadores:

– Com a saída de Kiichiro Toyoda, cerca de ¼ da força de trabalho foi demitida em função das crises financeiras e fortes restrições de crédito.

– Quem ficou teve garantia de emprego vitalício e valorização salarial constante segundo o tempo de serviço em cada função.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Acordo da Toyota com os trabalhadores:

– Com os trabalhadores motivados. Ohno pode reconfigurar a linha de montagem, fazendo com que a linha fosse parada quando um trabalhador não conseguisse resolver um problema, possibilitando o envolvimento de todos na solução.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Acordo da Toyota com os trabalhadores:

– Na linha da produção em massa as vezes os trabalhadores não paravam a linha, deixando a solução dos problemas para o final do processo, possibilitando a multiplicação da falha...

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

O legado de Ohno foi sua busca pela qualidade na e pela não realização do retrabalho no final da linha.

Hoje o rendimento nas fábricas da Toyota se aproxima dos 100%.

Enquanto que em companhias de produção em massa, 90% é considerado um ótimo resultado.

Estas companhias reservam de 20% de sua área operacional e 25% do total de horas de trabalho ao retrabalho de erros.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Rede de fornecedores:

– Ohno deu aos fornecedores independência de projetos exigindo somente o cumprimento das funções solicitadas.

– Ajudou financeiramente seus fornecedores.– Tornou-se acionista de seus fornecedores– Estimulou que os fornecedores se falassem para

encontrar soluções ao invés de esconder informações.

– Desestimulou a concorrência entre os fornecedores.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Ohno desenvolveu o sistema “jus in time” de fornecimento ao longo do processo: ou Kanban na Toyota.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Demanda dos consumidores:

– Confiabilidade; a espátula e a chave inglesa já não ajudavam os clientes a resolverem problemas de seus carros.

– O mercado passou a exigir vários segmentos de produtos.

– Como a Toyota garantia a confiabilidade dos carros, logo percebeu que podia cobrar mais que os concorrentes de produção em massa.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Demanda dos consumidores:

– 1990: Toyota oferecia tantos modelos quanto a GM apesar de ter metade do tamanho dela.

– Para mudar um produto, a Toyota gasta metade do que gasta uma empresa que atua conforme modelo de produção em massa.

– Hoje as companhias japonesas oferecem tantos modelos quanto todas as companhias ocidentais juntas.

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1.3 o Surgimento da Produção Enxuta

Demanda dos consumidores:

– A Ford e a GM, focalizam suas montadoras para a meta de um único modelo por fábrica, enquanto que as fábricas japonesas transplantadas para os EUA constroem todas dois ou três diferentes produtos.