cultura brasileira - 1º bimestre - univesp

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CULTURA BRASILEIRA – UNIVESP – 2014 Aluno: Eduardo Rodolfo Assunção AULA 01 - Quem é brasileiro, cultura? Escrever o que é uma cultura não é uma tarefa simples ainda mais a nossa cultura que é bastante diversificada. Dizem que a nossa cultura é a mistura de índios, africanos e europeus. Mas isso não é tudo. Até nas obras de Almeida Júnior e Tarsila do Amaral, artistas plásticos do século XVIX e XX, mostram uma dificuldade de retratar o rótulo brasileiro. Junto com a Melanésea, o Brasil é considerado pelos antropólogos como um Paraíso, devido a sua diversidade, tanto linguística como cultural. Porém o brasileiro se vê como um povo multirracial e multicultural. Um povo afetivo, alegre, caloroso e comunicativo, mas que infelizmente é exposto a desigualdades, a violência dos mais fortes, a intolerância e à falta de oportunidade. O brasileiro nem sempre se reconhece no espelho compartilhado por outro brasileiro. O estrangeiro não nos entende. Não somos europeus, não somos indígenas, africanos. Por mais que nos orgulhamos de nossa mistura, ainda somos desiguais. Somos a mistura das três raças, o branco, negro e índio, e conservamos a característica de cada um destes povos. Isto é o Brasil. E neste contexto o brasileiro se viu obrigado a adotar muitas estratégias de auto preservação e sobrevivência por viver em uma sociedade partida, que desestimula a conquista por mérito e dá vantagem a quem já nasceu com vantagem.

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CULTURA BRASILEIRA – UNIVESP – 2014Aluno: Eduardo Rodolfo Assunção

AULA 01 - Quem é brasileiro, cultura?

Escrever o que é uma cultura não é uma tarefa simples ainda mais a nossa cultura que ébastante diversificada.

Dizem que a nossa cultura é a mistura de índios, africanos e europeus. Mas isso não é tudo.Até nas obras de Almeida Júnior e Tarsila do Amaral, artistas plásticos do século XVIX e

XX, mostram uma dificuldade de retratar o rótulo brasileiro.

Junto com a Melanésea, o Brasil é considerado pelos antropólogos como um Paraíso, devidoa sua diversidade, tanto linguística como cultural.

Porém o brasileiro se vê como um povo multirracial e multicultural. Um povo afetivo,alegre, caloroso e comunicativo, mas que infelizmente é exposto a desigualdades, a violência dosmais fortes, a intolerância e à falta de oportunidade.

O brasileiro nem sempre se reconhece no espelho compartilhado por outro brasileiro. Oestrangeiro não nos entende. Não somos europeus, não somos indígenas, africanos. Por mais quenos orgulhamos de nossa mistura, ainda somos desiguais.

Somos a mistura das três raças, o branco, negro e índio, e conservamos a característica decada um destes povos. Isto é o Brasil.

E neste contexto o brasileiro se viu obrigado a adotar muitas estratégias de auto preservaçãoe sobrevivência por viver em uma sociedade partida, que desestimula a conquista por mérito e dávantagem a quem já nasceu com vantagem.

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A cultura brasileira aperfeiçoou mais a habilidade da mistura no jogo de práticas alheias epróprias em comparação a nossa miscigenação. Nos diferenciamos pela constante reinterpretação detudo. Em transformar situações contrárias em uma realidade.

E esta realidade é um pouco confusa. Ora defendemos uma prática, ora a condenamos.Nos orgulhamos em sermos únicos. De ser um povo cordial, criativo, sensual, musical, com

grande capacidade adaptação, de calor humano, de trabalha duro. Mas estas mesmas características nos critica, pelo fato do povo brasileiro ser mestiço,

preguiçoso, que gosta de fazer uso privado do que é público, além de olhar a cor da pele mas do quea posição social.

Isso é até motivo de curiosidade, pois como pode uma nação como o Brasil lidar a tantotempo com adversidades sem entrar em guerra.

Lembrando que a família do Brasil se forma em contato íntimo com a escravidão que porsua vez é um modo bárbaro violentíssimo de produção.

O trauma da família brasileira é a própria escravidão que estava aí no seu seio excluindo asrelações mais íntimas entre senhores e escravos. Aquela noção de indivíduo burguês autônomo quese constrói após a revolução francesa o homem como o dono de si, dono de sua força de trabalho,tema muito presente em Karl Marx.

Infelizmente o brasileiro não é respeita as condutas rígidas. Por nossa instabilidadecontamos com o primeiro que aparece. Tendo o apego às aparências e se envolvendo com cautelanaquilo que os comprometa demais.

Reagimos às mesmas situações de acordo com o papel do momento. Às vezes quemdenuncia, às vezes o denunciado. Até juiz nos atrevemos ser. Somos aqueles que burla no ato deobedecer.

A cultura brasileira parece ter desenvolvido o modelo de consciência baseado na vontade dequerer se relacionar. Na confiança da confiança da palavra oral, no apreço as lembranças, noespírito de festa de comunidade, na crença de que o reino divino paira sobre nossas cabeças esempre lembrando que o futuro nos reserva dias melhores.

Nossas ruas, que nos pregam ser tão perigosas, são utilizadas em festas. E quando estasacontecem, é como se nada de ruim existisse.

O desafio desta nova geração de jovens é criar espaços públicos igualitários.E nosso grande problema é este. Nunca enxergamos uma igualdade. Somos sempre

inferiores ou superiores.O espantoso é que na cultura brasileira muita gente não se enxerga em nenhuma destas

histórias. Devido a esta história individual ser tão marcada pelo coletivo ela afeta esta estrutura. A vontade de viver brasileira convive com a percepção de que o brasileiro tende a própria

fragilidade diante do mundo, parte do princípio que essa relação será para sempre desigual esteja elede um lado ou de outro.

Por isso a malícia, pois rebate para longe qualquer sinal de abatimento ante a realidade quepesa a dor da ausência na busca de um bem.

Gostamos de acreditar que transformamos tristeza em alegria. Podemos responder a este esgotamento conscientes que somos parte de um contínuo fluxo

ao interpretar e absorver as causas.

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AULA 02 - A língua da cultura brasileira

As nossas palavras são as nossas defesas para encarar os desafios que enfrentamos, poissomos um país mestiço que tem um histórico de injustiça social e violência contra povos nativos eafricanos.

Nossa língua tem origem de contato dinâmico desigual. De uma memória que sematerializou antes de termos nascido. E também da experiência de cada um individualmente.

E todas as suas marcas deixou um sinal da nossa linguagem.Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire, revolucionou a literatura no Brasil, pois seu

otimismo era uma coisa diferenciada para o século XX.Na época se pensava que o país estava em decadência simplesmente porque eramos mestiço.Na visão deste escritor, a língua brasileira não se limitava na senzala, nem nos padres da

época. Como a língua mais falada na época não era o português, e sim uma variação do tupinascomunicações dos portugueses e os demais, esta linguagem era para ter um maior controle.

Quem mudou toda esta história foi o Marquês de Pombal, em 1759.Como uma lei que expulsava os jesuítas e os seus domínios, ele criou as leis de reformas

pombalinas na educação, para substituir as instruções passadas.Desta forma, sem desprezar a língua portuguesa original, criamos a nossa propriamente

brasileira.Nos trechos de Gilberto Freire em Casa Grande e Senzala, notava-se muito esta

particularidade. O que este escritor tentou expressar, é que língua portuguesa sofreu alterações,estas influenciadas por nossa mistura.

A cultura e à religião contribuiu e muito na identidade brasileira. Se entendermos a históriada África, entenderemos bem a história do Brasil.

Pois até nisso os africanos sofreram preconceitos, pois suas influências não eram levadas emconsideração. O Brasil que é hoje tem muito dos africanos e indígenas, e não somente europeu,como se conta por aí.

E de uma forma muito sutil estas características, foram introduzidas na nossa línguaportuguesa.

Quando o Marquês de Pombal introduziu a alfabetização, era para separar classes entreclasses, para tentar colocar regras no nosso idioma. Porém, na necessidade de se relacionar, asinfluências indígenas e a africanas modificaram e muito a nossa língua.

E nestas modificações, ganhamos em qualidade. Para diversas palavras conseguimos umoutro substitutivo. coisa esta que é única em nossa língua.

E por nossa neutralidade na língua, conseguimos uma maior facilidade em se comunicar.Porém por conta disso alguns se aproveitam ou se confundem acerca do que falamos, mas

isso já é um problema ético, e não um desvio de linguagem.E é neste falar que o brasileiro demonstra a sua identidade.

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AULA 03 - Identidade x Modernidade

No momento em que o mundo era afetado pelos valores renascentistas o Brasil se formou.E nesta formação não, houve a participação direta gregas, romanas, as que da época eram

conhecidas mas sim de uma mistura de africanos, ibéricas, indígenas, orientais e principalmente acultura lusitana e alemã.

Nossas iniciativas culturais oscilava entre a sociedade que olhava modernidade com desejo eoutra parte que desconfiava de todas as suas iniciativas.

E por esse motivo, a modernidade não é vista como devia, e sim como algo que vem de forapara se estabelecer dentro de nossa comunidade.

Pois desde o passado para alguns ela é vista como uma vilã e para outros como umprogresso.

E isso afetou tanto a nossa cultura que em determinado tempo nos espelhávamos emcostumes europeus em outra parte na referência o continente americano. Porém também é notória,em determinado tempo, buscarmos resgatar algo que é nosso, fazendo de tudo isso uma tremendaconfusão.

O movimento modernista contribuiu para no interligar as demais artes pelo planeta, elapriorizavam retirar do nosso meio tudo o que de fato era nosso.

Eles chamavam a nossa atenção para entendermos o que era a nossa cultura.Mário de Andrade costumava dizer que só seríamos uma nação civilizada em comparação às

outras civilizações quando criássemos a orientação brasileira. Pois assim deixaríamos de copiar a cultura dos outros para então criar a nossa própria.Para os artistas modernos eles tiveram estimular a sua sinceridade, sinceridade é essa que

não se valia do momento atual, e sim na necessidade de se envolver com outras culturas e literaturapara assim criar algo novo, mesmo sabendo que este novo carregava um pouco do antigo.

Falando um pouco da arte moderna e seu início no Brasil, podemos citar Rio de Janeiro eSão Paulo, estes respectivamente considerado como um estado de festa, carnaval, que não sabiagerenciar o seu dinheiro e o outro um povo mais controlado, sério, trabalhador e que controlavamuito bem os seus ganhos. Como São Paulo era considerado um estado mais em ordem, houve maisdificuldade na difusão dessa modernidade, enquanto no Rio esta mesma modernidade foi maispadronizada, até nos dias de hoje.

Para a antropologia esta miscigenação é um avanço para a evolução de uma cultura. A industrialização da era Vargas transformou uma economia que era agrária em núcleo de

poder sólido, mas pouco articulados para ação de estratégias regionais.

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E a partir da década de 30 o Brasil começa em impor o estado centralizado, tornando ascoisas mais nacionais do que regionais.

A cultura brasileira sente a necessidade de se rever no nosso país.Após a segunda guerra o Brasil se moderniza, realizando aproximação pessoas antes

hierarquizada.Pois antes era tratado, o ignorante trabalhava na roça, enquanto o mais entendido morava na

cidade. Mas quando o que trabalhava na roça veio pra cidade, houve um choque, abrindo margemhá muitas outras discussões.

Com ciclos onde a política foi interrompida pela ditadura, houve uma grande busca acercade nossa identidade e se espalhando por diversos movimentos sociais.

Mas com a repressão da ditadura este contexto muda, com a imposição de diversosinteresses na nossa sociedade.

Pois nesta política eles queriam uma unidade no nosso país, impondo assim regras de culturapara serem respeitadas.

Mas em 1985 foi a explosão de uma população que estava sufocada. Surge então novosprotagonistas para a edificação e identificação da nossa cultura.

Neste nosso século a população já pode se orgulhar de muitas de suas conquistas, pois nostornamos um país emergente e com a diminuição da pobreza avanço, democracia mais sólida eavanços na tecnologia.

Mas principalmente na mentalidade, em busca de uma cultura igualitária, com uma melhoreducação e com serviços públicos de qualidade.

Hoje o nosso país exporta cultura, música, literatura e tantas outras coisas.Mas ainda vivemos em um período de discussão, onde neste ciclo estamos ainda procurando

a nossa identidade.

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AULA 04 - A tradição e a cultura popular e de elite

O Brasil tem um número grande e diversificado de tradições populares. Nas festas, em nossaculinária, artesanato, folclore, músicas, ajudando a transparecer uma identidade para nosso país.

Falar das tradições culturais, é falar dos limites entre o sujeito é o legado que ele recebe.Por isso suas consequências pode ser de proporções muito além do que imaginamos.Paulinho da viola, mestre em chorinho e samba, sugere que estamos navegando em um

barquinho e com cuidado o conduzimos entre os nevoeiros, mas reconhecendo que não somos nósque conduzimos este barco e sim o mar.

Também dizia em vivenciar o hoje, pois o passado, que não precisamos sentir saudades, jáfaz parte de nós através deles construímos o que realizamos hoje.

Manifestações culturais folclóricas são muitas das vezes compreendida com a necessidadede ser resgatadas. Porém nossa cultura popular é muito dinâmica.

Não basta apenas carregar de um lugar para o outro a tradição de cada região, pois a suaprópria região influencia esta tradição.

Hoje é difícil realizar esta separação, pois as tradições folclóricas e as adições de elite separecem. Encontrar uma manifestação que esteja em seu estado puro ou encontrar o discernimentodas referências culturais dentro da elite brasileira.

E isto dificulta a distinção de nossa cultura brasileira, mas esse sim é nosso grande desafio.Quando buscamos conhecimento estamos abertos a cerca de nossa cultura, temos uma

melhor compreensão e respeito do que está em nossa volta. Não podemos menosprezar culturas depessoas não letradas, mas nem tão pouco te esquecer de um enriquecimento literário.

Mas infelizmente lidamos ainda com muito preconceito, pois não consideramos às vezes acultura de um negro, descalçados e que fala nosso português erroneamente.

Se dermos uma oportunidade, mesmo a culturas que consideramos exageradas, podemosmudar este retrato, valorizando o que cada um tem em particularidades para enriquecer nossacultura.

Um artista, por exemplo, quando desenvolve a sua obra. Na sua ideia, concepção ereprodução ele nos traz à tona não somente uma arte, mas um contexto regional cultural que àsvezes passa despercebido.

E essa nossa loucura de consumirmos nos distancia destas referências, pois na arte, algo queé realizado através da inspiração, não se mistura com esse período capitalista, nos distanciando cadadia mais de nossas origens culturais, que por sua vez é muito importante na construção da nossaidentidade.

E nessa nossa globalização devemos aprender a vivenciar estas muitas opções que nos sãooferecidas. Pelo cardápio que nos é dado devemos fazer uma mistura entre consumo de massa, deelite e de tradição cultural para poder enriquecer nosso vocabulário cultural desafiando-o a novasexperiências.

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AULA 05 - Carnavalizar a cultura

Pode se definir carnaval como uma celebração de alegria coletiva, folia, desordeira,caricaturas com humor, etc.

Mas ela não é uma festa exclusivamente brasileira.Mas o que é o carnaval então?Com as brigas de espírito e a festa de mercado, levaram a muitas mudanças carnaval. pois

essa festa existia desde o passado. Os povos antigos realizavam estas festas de uma forma diferente.Tanto que a palavra carnaval vem de carros em navios, pois eram com navios enfeitados em

fila que dava início à festa.Era também é uma festa pagã, isto incomodava muito os bispos da época. E para controlar

essas festas a igreja determinou várias definições. Com Papa Gregório I, foi instituído a quaresma,ato conhecido como uma purificação de 40 dias, representando o jejum de jesus e sua tentação nodeserto. E mais a frente com o Papa Urbano II, foi colocado a bata oficial para a quaresma, com aquarta feira de cinzas, onde que com cinza marcava-se na testa dos fiéis o sinal da cruz.

E dentro deste controle a festa chegou ao Brasil. E o envolvimento com a população setornou inevitável.

O carnaval no Brasil não é apenas uma festa, um ajuntamento de fantasia, mas também éuma data muito importante.

É a forma que o brasileiro descobriu para reagir a uma realidade desigual, brutal e autoritáriaque ela vivenciou ao longo de sua história.

E pensando no carnaval, pensamos no samba, pois é o ritmo predominante nessas festas.Os africanos quando eram trazidos para o Brasil, para evitar a sua comunicação, os

portugueses os separavam de suas famílias. Porém os mesmos tinha que a capacidade de secomunicar através de tambores. E nas suas festas religiosas faziam uma roda, e em determinadomomento deste ritual tocava-se os umbigos, para a energia de um passar para o outro. E umbigo nodialeto africano significava sambô, daí se originou o nosso samba brasileiro.

E neste mesmo tempo podemos também citar a nossa feijoada, pois como os senhoresdesprezavam toda carne quem vai nesse prato, os escravos preparavam junto com as batidas feitasnos engenhos este delicioso prato brasileiro.

O samba hoje já não é o ritmo predominante em nosso país, mas se tornou referência denossa identidade para os outros lugares.

Embora o carnaval hoje tenha se tornado uma indústria, como no sambódromo, noscarnavais de rua, é ainda o único movimento que mistura duas classes, onde é fácil encontrar opobre e a nobreza

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AULA 06 - Uma Cultura de Fé

A influência da fé a nossa cultura é muito grande.Santo antônio o que é um santo muito devotado no Brasil já foi vereador?!Isso mesmo. Tinha teto e salário cadeira na câmara dos deputados. O dinheiro que recebia

era tirado por um representante da igreja era aplicado em ações caridosas.Porém em 2008 o ministério público cortou o seu salário...E este não foi o primeiro caso. O próprio santo antônio um dia fui nomeado capitão!E dessa forma a fé bastante natural no nosso país, tendo uma proximidade maior do ser

divino é o servo. Como se fossem amigos íntimos.E devido a esta intimidade existem várias expressões de várias denominações.

Há uma é dada um maior rigor, enquanto outras têm em seus dogmas sem muitas observações.Sérgio Buarque de Holanda, auxiliou em muito na interpretação das nossas religiões, e essas

observações citadas eles já a enxergava.Neste tratar da nossa fé, sem a rigorosidade que não nos é imposta, temos várias opções. É

como se fosse uma defesa, sempre buscando aquilo que queremos ouvir.Mas ao mesmo tempo parecemos levianos, nossa fé por outro lado tratado com muita

seriedade, tendo inclusive influências em julgamentos, exemplo claro, as psicografias de ChicoXavier. Benzedeiras são consideradas por lei como profissionais da saúde. Traficantes para as suasatividades em respeito a cristo, e até em uma ilegalidade que praticamos temos a coragem eagradecer a Deus.

Tudo isso nos faz entender que tratamos a nossa fé não como superstição, e sim como umaproximidade da divindade para estarmos sempre protegidos.

Isso é uma linguagem, que teve a participação muitos, como os indígenas, os jesuítas, osafricanos, enfim, uma salada de religião.

Mas por outro lado essa mistura nos garantiu uma diferença. Nossa comunhão religiosa.Antropólogos estudam essa nossa mistura, o que é diferente de qualquer país.

Embora há muita intolerância acerca da fé de cada um, temos a liberdade de escolher a nossacrença, e com bastante opção.

Pois nossa cultura religiosa nos faz enxergar um outro mundo, uma outra realidade, e quemsabe assim anestesiar nosso presente que nos amedronta.

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AULA 07 - Racismo à brasileira

O racismo no Brasil é um pouco diferenciado. Primeiro é porque não nos reconhecemoscomo uma nação racista. Nossa combinações étnicas nos colocou em situações comum, aquilo que étratado em incomum.

Quando se fala de racismo no Brasil, tentamos nos isentar. O brasileiro nunca percebe oufinge em perceber que o racismo existe.

No passado quando as mães de leite sustentavam as filhas dos seus senhores e ainda o seufilho, essas duas crianças cresciam e se viam de forma totalmente diferente.

Quando negro trabalhava para o branco, havia uma grande separação entre estes dois.Será que quando a lei áurea foi assinada, conseguiu também acabar como essa separação

acima citada? Será que as duas crianças quando crescer, mesmo sabendo que a escravidão era proibida, se

tratavam do mesmo jeito?

Possivelmente não, e isto influenciou e muito na nossa formação racial.Pois esse racismo que tratamos no Brasil, é um preconceito camuflado. Diante das nossas

histórias de desigualdades ainda convivemos com país racista.De acordo a genética e à biologia raça não existe. Os estudiosos afirmam que ela é uma

classificação com uma ideia coletiva.Sendo assim, poderíamos resolver esses problemas de uma outra forma, com conscientização eeducação.O sociólogo Oracy Nogueira estudou as diferenças preconceitos existentes no Brasil, e conseguiuidentificar uma diferença com as demais nações. No Brasil o preconceito é de marca, ou seja,dependendo da aparência, posição o contexto social. Enquanto nos outros países preconceito deorigem, ou seja, o lugar que você irá ocupar já está previamente determinado.

Os nossos preconceitos também tem relação do estereótipo que formamos. É inevitável nãoaceitar o preconceito que existe contra o público negro.

No passado essa mistura racial nos condenaria para uma maldição eterna para a nossaevolução como um país. Mas nos tempos atuais deveríamos considerar essa miscigenação comouma honra, para se formar algo novo, com muitas opções.

Mas pelo contrário, somos excludentes e includente. Ao mesmo tempo excluir uma classesocial, uma raça, queremos incluir os mesmos como se nada tivesse acontecido.

Ao mesmo tempo que somos tolerantes com a desigualdade, somos flexíveis com as etnias.Nossa democracia racial precisa se aperfeiçoar, foi nesse país onde o racismo ocorre de

forma velada, temos a tendência de negá-lo. E o desafio é romper com a ideia que o conformismo eo conservadorismo não se relaciona com preconceito presente no nosso país.

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AULA 08 - As artes plásticas no Brasil

Mesmo com o esforço de compreensão por parte de diversos pensadores da cultura brasileiraé difícil explicar o que seria uma identidade das artes plásticas do país.

Temos a necessidade de fazer analogia com diversas obras nacionais, porém elas nem sãosempre esclarecedoras.

Esta dificuldade analisada pelo crítico de arte Rodrigo Naves com livro, A Forma Difícil,que busca uma noção geral das artes plásticas nosso país, embora concentre a sua abordagem emalguns artistas na introdução desta obra.

Naves pondera que a produção artística nacional brasileira até 1970 foi esparsa e irregularcom exceção dos tempos do barroco mineiro, chamado aleijadinho.

E essas características dificultaria a análise e teorias mais rigorosa.Para o crítico existe uma história mais criteriosa sobre a literatura, a poesia, da arquitetura,

da música, do cinema no brasil, mas por diversos motivos não pode dizer o mesmo das artesplásticas.

Nem mesmo agora com mais artista trabalhando e com uma maior divulgação.Alguns motivos para isso seja a defasagem dos colonizadores nesta parte ou mesmo

preconceito por trabalhos manuais que era potencializado pela escravidão.Para Rodrigo Naves existia uma certa timidez, isso seria uma das ações pra ela não ser

levada em consideração em comparação a outras produções.José Ferraz de Almeida Júnior talvez tenha sido os primeiros artistas plásticos a desenvolver

uma forma específica para pintar um cotidiano tipicamente brasileiro.Nascido em itu no interior de são paulo, ele foi um pintor de formação acadêmica do século

XIX, que estudou na academia de belas artes no Rio de Janeiro e depois em paris com bolsa dePedro II.

Mas mesmo elogiado na academia, ele voltou pra São Paulo. Ele era um artista muito ligadoàs tradições paulista. Escolheu ver a simples como temática o que não era muito comum naquelaépoca como por exemplo o retrato da aristocracia ou de temas mitológicos .

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O quadro o caipira picando fumo, sua obra mais citada, exemplo de como se retratar umhomem do povo, ele retratava também um homem pensativo.

Este artista de acordo com alguns estudiosos não tinha interesse de demonstrar formasimples ou momentos atraentes, forma constatante na vida do caipira.

Ele tentava sempre pegar uma dimensão mais típica de todo o ambiente .Alguns artista contemporâneo da época já pintavam da forma mas quem conseguiu ir mais

profundo neste trabalho foi este artista .Almeida Júnior contou com dois artistas influenciaram na sua formação, um no Brasil e

outro na Europa.Alguns estudiosos da época diziam que as pinturas de almeida júnior trouxeram apenas

algumas renovações pois pintava a forma da academia. Mas outros dizem que essa simplicidade nãopode ser ignorada .

Embora ele tinha trabalhos que foram feito devido a encomendas, ele tentava retratar essaspeculiaridades nos seus trabalhos .

No século XIX o pintor Debret, foi o primeiro artista estrangeiro a romper tradições antigasna pintura no Brasil,pois seus desenhos pintavam um aspecto social diferenciado na colônia. Isso otem diferenciado dos demais artistas franceses de sua época.

Infelizmente esses artigos desses artistas foram utilizados mas por historiadores e não porsua beleza em si. Debret deu o passo inicial e a Almeida Júnior completou os seus passos tornandoesta aproximação muito mais intenso .

No início do século XX os trabalhos ganham mais intensidade com cores profundidade. Noinício do movimento modernista arte brasileira era baseada nas formas acadêmicas importados dasescolas de Belas Artes da Europa.

Na semana da arte moderna de 22 foram demonstradas muitos trabalhos diferenciados.Alguns artistas com suas exposições, ganharam espaço no Brasil.Surgiu então Monteiro Lobato deferindo grandes críticas a estes artistas. E esses

comentários fizeram uma artista, Anita Malfatti, mudar todos os seus conceitos.E ainda fica uma pergunta, será que existe ainda esta distância na qual Rodrigo Naves nos

chamava a atenção?

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AULA 09 - O consumo cultural

Na antropologia podemos entender a cultura, com vários pensamentos entendendo o serhumano que participa de uma coletividade. Ou tudo aquilo que uma comunidade faz, seja emmúsica, religião, etc.

Também podemos pensar em cultura algo que gerou uma repercussão. Tenha impressionadopor sua notoriedade.

Mas existe outra forma de pensar cultura, a de que o seu conhecimento abre horizontes.Cultura tem a ver com o domínio de alguém sobre um determinado tema, seja ele na arte, na

literatura, ou em outras obras culturais. Esses que têm este domínio consideramos cultos.Mas ao mesmo tempo não damos o devido valor, tratando a cultura como algo sem

praticidade.O que é um desafio entender, é que a prática da cultura, de diversos povos classes ou

condições lusa abrir um novo caminho.O caminho da experiência onde amplia nossos horizontes. Horizontes este que nos traz a

liberdade.Possamos usar a cultura criação de alguma obra para vivenciar exemplos verdadeiros. Isto é

uma experiência cultural e como dito nos trará liberdade.É bastante difícil conduzir essa ideia, pois a cultura diversificada modifica o rumo das

coisas. Pois em alguns lugares há costumes que em outro lugar não há. Que é certo para alguns parao outro é errado. Tudo isso pensando culturalmente.

Por isso é preciso pensar a cultura como criação. Dando valor a obra válidas, independentede sua utilidade. Pois pra cada lugar a interpretação de algo pode ser diferente.

E isso também nos traz um conflito. Parece que quando mas nos apropriamos, maisbuscamos, menos sentimos.

Ficamos mais seletivos, excluindo aquilo que achamos que não importa. Porém, quanto menos praticar, menos exigiremos. Pois a prática abre o leque para as escolhas.

Ainda mais hoje, que praticamente toda a população, tenha tempo e acesso à informação.Neste acesso o que nos é oferecido dominamos determinado tipo de assunto antes dirigido a pouco.

E nesta evolução, sabendo que cultura é compartilhamento e criação, nos envolvemosexperiências culturais bem firmes.

E nessa firmeza teremos um novo padrão cultural, que sempre trará consigo vestígios dopadrão anterior.

Ou seja, será o padrão anterior, com reduções que antes eram tolerados.Se dedicarmos a criação, teremos várias opções para os problemas adversos.

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AULA 10 - A cultura literária

No Brasil a literatura teve uma grande evolução. Houve um aumento muito significativo nonúmero de livros lidos. Aumentaram-se também o número de bienais, prática que estimula emmuito o espírito literário.

O governo também retirou os impostos para a nossa literatura, além de forte aparato demarketing e com grandes investimentos nas escolas.

Hoje a média de livros para cada escola é de 40 unidades. Com o programa nacional do livro didático, mais de 30 milhões estudantes pobres têm acesso àliteratura.

Existem 53 mil bibliotecas espalhadas pelo nosso país, sendo que desde 2009 não hámunicípio em biblioteca.

Porém estamos bebendo da água, mas a sede continua.Nossas gerações passadas cresceram e se instituíram sem o hábito literário.Somos considerados um país de letrados, mas com pessoas quem não tem prática da leitura.Estima se que há 90 milhões de letrados, sendo que 14 milhões desses são alfabetizados, no

caso a elite da cultura brasileira.Mas também delta elite, 1/3 detesta ler, 1/4 não ler por preguiça é 1/4 com nível superior só

lê a partir dos 19 anos.A última pesquisa ibope nos informou que 60 % dos alunos do ensino médio não estão

alfabetizados, sendo que a nossa expectativa era que até os 18 anos o aluno poderia ter uma leituraampla e completa, mas somente 38 % têm essa capacidade.

Existe uma avaliação mundial que mede esses números do mundo e conta com 57 países.E o Brasil não está nas suas melhores posições. Poucos conseguem localizar alguma informação e o tema nos livros básicos. A dificuldade

de organizar informações, descobrir a importância no texto, avaliação crítica e demonstração decompreensão, afeta boa parte da nossa população.

Isso consequentemente atrapalha no trabalho. Mais da metade das pessoas entre 15 e 19 anostem dificuldade de se organizar.

43 % dos jovens não tem o ensino fundamental completo. Quando exigimos uma boa atualização de um tema, enumerar argumentos desenvolver

ideias, temos que utilizar a inclusão de obras literárias.Pois isso aumenta a capacidade de criar ideias exigências decisivas, garantindo assim uma

melhor transformação.Em um meio de diminuir essa defasagem eco literatura, pois literatura é uma condição. Ela

que nos preenche de argumentos alternativos e consequentemente aprimoramos o nosso eu paramelhorar coletivamente.

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AULA 11 - Pós-modernidade e o enigma brasileiro

Embora o Brasil seja um país privilegiado geograficamente, e possui uma populaçãodiversificada com muitas misturas culturais, ainda há desigualdade.

Em uma de nossas características e não fazer guerra com ninguém, não tomar partido deguerra de ninguém, é muito das vezes tentando ser o apaziguador.

Mesmo assim somos o 15º país que contém o maior índice de homicídios. Não pregamos aviolência mas convivemos com ela.

E não podemos atribuir isso a educação, pois 5,4 % do nosso PIB é investido nestasecretaria, praticamente os mesmos números de países mais desenvolvidos. Estamos em 7º colocadono ranking onde existe mais crianças matriculadas no ensino fundamental. Em contrapartidaestamos em 2º no ranking de maior analfabetismo na América Latina.

Nossa característica pós-industrial é bastante peculiar. Segundo Domenico de Masi,sociólogo italiano, somos uma resposta de como é o perfil brasileiro, realizamos isto sem notar.

A América e a Europa teve suas formas de domínio que até hoje reflete na nossa formação. Convivemos com modelo europeu no período de 450 anos, e agora o modelo americano que

adotamos já passa dos 50 anos.Mesmo assim temos um modelo próprio, atribuído muito pela miscigenação, sincretismo,

alegria, sensualidade, simpatia, acolhimento, solidariedade e muita esperança.A forma dolorosa em que a nação foi formada, e a gentileza a que nos é atribuída, fez com

que em nossas mentes criássemos uma defesa, o que não levar a pior em nada.E na sociedade contemporânea este é um modelo muito sedutor.Até os economistas enxergam a confiança eleva a economia, cria uma aproximação, e faz a

cultura gira. O nosso problema é a desigualdade que nos faz perder a confiança.Essa nossa forma de tratar os desconhecidos como se fosse conhecido é ainda um motivo de

estudo. Pois como conseguimos esta gentileza e solidariedade com quem desconhecemos, enquantoo que está do nosso lado tratando os com desigualdade? Isto ainda é um grande mistério.Estamos vivendo um dilema cultural onde as leis universais oscila entre o ambiente de relaçõespessoais. Estamos constantemente entre a ordem e a desordem. A dialética da malandragem, o"jeitinho brasileiro".

Sempre tentamos justificar nossas ações, pois na busca de levar a vantagem ou de não levara pior atribuímos ao contexto que nos encaixamos. Ao mesmo tempo que somos liberais somosconservadores. Somos um povo alegre, vivendo na esperança de que tudo melhorará. Como se fosseum desafio. Somos conscientes dos riscos do favorecimento, mas o privilégio alcançado quebratodas as barreiras.

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CULTURA BRASILEIRA – UNIVESP – 2014Aluno: Eduardo Rodolfo Assunção

Segundo o sociólogo Boaventura, o que se destaca na nossa cultura é a nossa indolência.Temos o hábito de desprezar as leis. Como dito, é como se fosse uma defesa, o "não esquenta acabeça com isso" ou o "deixa disso" faz parte do nosso cotidiano, abrindo então margem para outrasformas de expressão.

A pós-modernidade no mundo se comportou uma forma completamente diferente, pois seuspensamentos eram do cruzamento de uma utopia com o sentimento histórico, gerando assim umatransformação.

Os modelos que se pregam como "modelos vencedores", como nos EUA e na Europa porexemplo seguiram esta linhagem, mas ainda assim a bastante dúvidas. O progresso pode não levar acivilização mas a guerra. O socialismo ao totalitarismo. E o capitalismo a pobreza.

Cremos que o caminho onde se separa o histórico da utopia pode levar à modernidade.O Brasil teve uma grande transformação no tempo pós-moderno, que pode servir de modelo

para futuras civilizações.

Mas isso também é um grande desafio, pois ao longo de nossa história desenvolvemos umahabilidade de modificar ideias passadas, mudar posturas. Temos o hábito de transgredir a lei.

Toda via toda a transgressão teve seu papel na mudança e construções de modelos. Exemplodisso podemos citar a música e a arte, que não contaram com a participação de "transgressores".

Nisso vemos que sua evolução em relação outros assuntos foi pequena.Só não conseguimos usá-la ao nosso favor. Também há uma carência lugares públicos para nos encontrar. Lugar este que no passado era

muito explorado para trocas e mudanças de ideias. Hoje uma praça por exemplo, se tornou localpara desalojados ou até mesmo prostituta, senão como um ponto de encontro para uma evoluçãogeral.

E não sabemos lidar com as transgressões questão a sua volta, imputando sempre aresponsabilidade ao "Estado", sendo que este é o nosso reflexo.

Por isso ainda temos a cultura da "malandragem sadia", pois nos conscientizamos quedamos muito mais do que receber, fazendo assim uma segregação onde o rico sempre será rico e opobre sempre será pobre.

Essa transformação que está ocorrendo em nosso país, que é muito recente para nós, jáocorreu a mais de 5 mil anos em outros locais.

Mas podemos pensar em um modo de reinventar o mundo, pois aqui nessa naçãoconseguimos resolver problemas que aparentemente são sérios que em qualquer outro localprovavelmente explodiria uma guerra.

E isso nos faz de uma nação com qualidades invejáveis.

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AULA 12 - Cultura do cinema brasileiro

Embora o improviso não seja unicamente de origem brasileira, realizamos ela muito bem. Um bom exemplo a ser pensado são os repentes, onde o improviso e uma carga cultural é o

carro chefe.Este improviso também é uma forma de lidar com nossos próprios problemas, com certeza é

uma marca cultural brasileira.O nosso jeitinho brasileiro que por alguns é definido como uma pré disposição em cooperar

com um ambiente instável, sob o qual perspectiva de segurança, ajuda atrás das coisas de um outroponto de vista. Pode ser que não seja a melhor escolha a longo prazo, mas no curto prazo funciona.

E esta sensibilidade e agir em momentos que requer soluções originais faz parte do nossocotidiano.

O brasileiro fica todo orgulhoso quando seu improviso inesperado é bem sucedido, masquando algo não tem o retorno que se espera, logo vem a depressão e o desejo buscar o modelo dosoutros.

E quando o modelo dos outros se encontra em mãos há uma tropicalização desta tradição.Quando o teatro ganhou espaço no Brasil, as importações eram da Europa. Mas logo eram

modificada pelo improviso local.Alguns artistas eram mestres, como Francisco Correia Vasques, pois misturava muito bem

em ideias de fora com a cultura brasileira.Depois dele ouve várias outras interpretações de outros artistas que seguiam a mesma linha.

O jeito cômico e bem humorado do teatro brasileiro deixou em si marcas que logo forampassadas para o cinema.

Em 1929 Rafael de Luna Freire, o Lulu, lançou o primeiro filme falado no Brasil. Até aforma que ele conseguiu os recursos para esta produção foi bastante peculiar. O filme se chamava

Acabaram-se os Otários. Este filme atraia um público considerável em suas exibições.Com passar dos anos veio o sucesso do rádio e da fotografia, onde teve que repensar as

formas de criação.Mas como país tinha bagagem de teatro e cinema, logo estouraram sucesso de grandes

artistas no improviso, como Grande Otelo e Oscarito.Massa o improviso do cinema brasileiro vai além. Em 1962, com Vida Seca e Aruanda, os

filmes do um show, onde a iluminação é o grande destaque.Também vale lembrar de Eduardo Coutinho, que praticamente acompanhou a trans formação

de transição do cinema brasileiro. Seus documentários eram espetaculares, onde exprimia a suavisão demonstrava coisas únicas para as filmagens brasileiras.

Isto é um pouco da nossa cultura no cinema brasileiro, onde o preparo anterior nos fezrefletir, fazendo nos aprofundar nas nossas limitações e desconsiderando a força do acaso.

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AULA 13 - Futebol cultura

No Brasil temos duas maneiras de pensar futebol. A primeira é que nosso futebol tem umadinâmica própria, uma forma própria brasileira. A outra é o que simboliza para o brasil como umfenômeno da cultura.

Para entender melhor devemos separar futebol instituição, o que é uma indústria, com ofutebol, que gera um prazer a quem realiza e a quem assiste.

Devido à nova globalização futebol se tornou um paixão não somente brasileira, e simtambém mundial. É comum ver clubes milionários realizando verdadeiros shows. Uma indústria dedinheiro.

Desta forma o futebol teve que ser reprocessado, ganhando novas características.No Brasil o futebol é encarado muita das vezes como um hobby. É como se fosse uma

válvula de escape para os aborrecimentos cotidianos. E propriamente na América o futebol teveuma transformação.

Como este continente é bastante diversificado e miscigenado, há unidades dentro dadiversidade.

Antes do futebol era notório o prazer de quem os praticava. Hoje o que vemos é uma outracoisa, pois o jogador agora tem o dever de ganhar porque isso se tornou o seu trabalho, sua fonte desustento.

No passado o futebol era cheio de fantasia, simplicidade é uma expressão de festa. Porémnão era rentável.

Agora que este esporte se profissionalizou, se tornou uma das maiores fontes de lucro doplaneta bem como simpatia e prestígio político.

Mas não podemos negar que este fenômeno cultural no Brasil é uma paixão.Porque nesta cultura se despreza a obrigatoriedade de pensar, dispensando esforço ou

treinamento, fazendo com que o brasileiro supere as suas dificuldades e modo de encarar a vida.E no Brasil também os negros reinventar a forma de jogar, tanto que em um determinado

tempo eles foram proibido jogar. Antropólogos até atribuem esta facilidade o que eles jogavam pelomodo reprimido na qual eles viviam em nossa sociedade. Pois tinham que contar com seu molejocontra a desvantagem física de seus adversários.

Era também a forma de amar a si mesmo, pois o seu talento os igualava dentre os demais dasociedade.

Verdadeiramente este é um esporte diferenciado, onde a angústia é uma companheira e oacerto é uma exceção. Nem sempre o time melhor é o que vence, mas sim quem errou menos.

Infelizmente ao longo dos anos estamos perdendo esta característica, pois com oenvolvimento político, cartolas corruptos, torcida organizada violenta não compensa aquilo que nosé oferecido, como estádios belos e com arquitetura moderna.

Já não somos mais o país do futebol encantador. A copa que ocorreu no Brasil e a surra quetomamos da Alemanha, obrigou a todos os brasileiros a fazer uma reflexão, a buscar novamente anossa identidade.

Pois a representação da vida brasileira mostrada no futebol já não é a mesma coisa.Teremos que fazer uma opção, futebol cultura versos futebol instituição.

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AULA 14 - Música brasileira

A música no nosso país é uma forma de comunicação. Devido à sua mistura e a suadiversidade, encontramos formas de expressar os nossos sentimentos.

Na música narramos nossas vidas, nossas experiências, e isso nos dá opções para várioscaminhos escolhas diferentes. Ela é também uma auto afirmação do que achamos que somos, poiseste campo de expressão nos faz pensar.

O brasileiro sempre teve a predisposição de uma mudança. Sempre buscou uma referência. Crescemos com o hábito de não planejar nada e isso nos traz uma vida desequilibrada,

afastando os nossos sonhos e oportunidade.Mas ao mesmo tempo nos traz um desafio de enfrentamento, uma captação de expectativa. O brasileiro colocou na sua mente que a incerteza nunca é pra levada a sério.

E na música essa nação encontrou uma forma de expressão.Na época da colônia quando as músicas tinham influência europeia, era comum os

brasileiros recriarem para um estilo próprio o que vinha de fora. Assim a música ganhou umanacionalização.

A ironia era muito comum, pois fazíamos do cultismo europeu uma brincadeira. Isto nãodeixa de ser uma expressão cultural.

Podemos citar o samba como exemplo. Como os tambores eram instrumentos tipicamenteafricanos, as músicas eram sincopadas, trazendo por natureza um movimento corpo. A música naáfrica caracteriza por isso, em música e dança. O samba, corpo e espírito fazer uma junção.

Falando agora da dança de roda, onde cantar e dançar fazia parte de um ritual, ressuscitavaum modo de reunião coletiva.

Mas o tempo modificou este samba mencionado. Hoje há o estilo do samba antigo e o sambanovo. Até as sílabas rítmicas sofreram alterações.

E essa transformação trouxe uma racionalidade que não pode ser desconsiderada, onde ovalor da sabedoria tradicional transformou-se em uma forma de expressão racional.