controladoria como instrumento para análise de viabilidade

16
XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 1 Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade Econômico-financeira em Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica: Estudo de Dois Casos na Cidade de São Vendelino/RS Catiane Pintarelli, Diego Luís Bertollo, Marlei Salete Mecca, Mayara Pires Zanotto RESUMO Os investimentos são importantes para a economia dos países, assim como, para que as organizações possam garantir sua sobrevivência e ter continuidade. A controladoria, com seus conceitos e instrumentos, auxilia no controle das atividades e melhora a competitividade das organizações. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar, com o auxílio da controladoria, a viabilidade econômico-financeira da implantação de sistemas de energia fotovoltaica em duas empresas de São Vendelino/RS. A metodologia utilizada foi estudo de caso múltiplo exploratório e descritivo de caráter qualitativo e quantitativo. Os resultados proporcionaram informações e simulações, explanadas nas planilhas e gráficos, proporcionando melhor visualização. As aplicações financeiras analisadas foram: a Caderneta de Poupança, o CDB e o Tesouro direto e, da mesma forma, estes mesmos valores, analisados com investimento na instalação de placas voltaicas. Para tanto, utilizou-se métodos de avaliação de investimento como: Payback Simples, VPL e TIR. Após as análises serem feitas, constatou-se que, a longo prazo, o investimento que melhor se adaptou ao esperado do poupador foi a implantação das placas voltaicas, levando em consideração o alcance do payback no quarto e quinto anos para as empresas A e B, consecutivamente. Palavras-chave: Controladoria. Planejamento estratégico. Investimentos. Energia renovável. Sustentabilidade. 1 INTRODUÇÃO O mercado financeiro nos concede diariamente inúmeras opções de investimentos. Estes, são excelentes para adquirir retornos financeiros significativos, podendo alcançar propósitos variados em curto, médio e longo prazos, de acordo com o objetivo particular de cada perfil. Para Lima (2004), o entusiasmo em investir dinheiro está vinculado ao tanto de risco que se está preparado a assumir referente ao retorno almejado. Essa teoria, leva ao entendimento de que, por ora, o poupador conhece pouco de investimento, espera ter grande rentabilidade, mas não se sujeita a correr riscos. Perante o aumento da conta de energia elétrica, a disponibilidade de projetos de captação de energia sustentável vem aumentando gradativamente. O Brasil, pelo recebimento generoso de raios solares na maior parte do ano, vem se tornando alvo deste tipo de investimento. A energia solar, entre todas as energias renováveis, é a que vem se destacando rapidamente por ser autônoma, não poluir o ecossistema, ser inesgotável e renovável, e ofertar confiabilidade e redução de custos de consumo em longo prazo (DUTRA et al., 2013). O indispensável papel da Controladoria é o alcance da efetividade organizacional e a sua relação com o planejamento estratégico empresarial (BEUREN; BORGONI; FERNANDES, 2008; CAVALCANTI, 2001). Padoveze (2010, p. 27) associa que “o planejamento estratégico é a principal fase do processo de gestão, onde a entidade calcula e analisa suas estratégias empresariais mantendo visão específica do futuro”. Quanto a estas sentenças, pode-se afirmar que a busca por novos investimentos, com retornos rápidos e eficazes, estão sendo cada vez mais procurados. Porém, poupadores tendem a prender-se somente ao conhecido e não analisam a possibilidade de investir em projetos diferenciados do mercado. Fontes limpas para geração de energia é um tema da atualidade e

Upload: others

Post on 26-Oct-2021

4 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 1

Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

Econômico-financeira em Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica:

Estudo de Dois Casos na Cidade de São Vendelino/RS

Catiane Pintarelli, Diego Luís Bertollo, Marlei Salete Mecca, Mayara Pires Zanotto

RESUMO

Os investimentos são importantes para a economia dos países, assim como, para que as

organizações possam garantir sua sobrevivência e ter continuidade. A controladoria, com seus

conceitos e instrumentos, auxilia no controle das atividades e melhora a competitividade das

organizações. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar, com o auxílio da

controladoria, a viabilidade econômico-financeira da implantação de sistemas de energia

fotovoltaica em duas empresas de São Vendelino/RS. A metodologia utilizada foi estudo de

caso múltiplo exploratório e descritivo de caráter qualitativo e quantitativo. Os resultados

proporcionaram informações e simulações, explanadas nas planilhas e gráficos, proporcionando

melhor visualização. As aplicações financeiras analisadas foram: a Caderneta de Poupança, o

CDB e o Tesouro direto e, da mesma forma, estes mesmos valores, analisados com investimento

na instalação de placas voltaicas. Para tanto, utilizou-se métodos de avaliação de investimento

como: Payback Simples, VPL e TIR. Após as análises serem feitas, constatou-se que, a longo

prazo, o investimento que melhor se adaptou ao esperado do poupador foi a implantação das

placas voltaicas, levando em consideração o alcance do payback no quarto e quinto anos para

as empresas A e B, consecutivamente.

Palavras-chave: Controladoria. Planejamento estratégico. Investimentos. Energia renovável.

Sustentabilidade.

1 INTRODUÇÃO

O mercado financeiro nos concede diariamente inúmeras opções de investimentos. Estes,

são excelentes para adquirir retornos financeiros significativos, podendo alcançar propósitos

variados em curto, médio e longo prazos, de acordo com o objetivo particular de cada perfil. Para

Lima (2004), o entusiasmo em investir dinheiro está vinculado ao tanto de risco que se está

preparado a assumir referente ao retorno almejado. Essa teoria, leva ao entendimento de que, por

ora, o poupador conhece pouco de investimento, espera ter grande rentabilidade, mas não se sujeita

a correr riscos.

Perante o aumento da conta de energia elétrica, a disponibilidade de projetos de captação

de energia sustentável vem aumentando gradativamente. O Brasil, pelo recebimento generoso de

raios solares na maior parte do ano, vem se tornando alvo deste tipo de investimento. A energia

solar, entre todas as energias renováveis, é a que vem se destacando rapidamente por ser autônoma,

não poluir o ecossistema, ser inesgotável e renovável, e ofertar confiabilidade e redução de custos

de consumo em longo prazo (DUTRA et al., 2013).

O indispensável papel da Controladoria é o alcance da efetividade organizacional e a sua

relação com o planejamento estratégico empresarial (BEUREN; BORGONI; FERNANDES, 2008;

CAVALCANTI, 2001). Padoveze (2010, p. 27) associa que “o planejamento estratégico é a

principal fase do processo de gestão, onde a entidade calcula e analisa suas estratégias empresariais

mantendo visão específica do futuro”.

Quanto a estas sentenças, pode-se afirmar que a busca por novos investimentos, com

retornos rápidos e eficazes, estão sendo cada vez mais procurados. Porém, poupadores tendem a

prender-se somente ao conhecido e não analisam a possibilidade de investir em projetos

diferenciados do mercado. Fontes limpas para geração de energia é um tema da atualidade e

Page 2: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 2

pertinente ao contexto nacional, dando valor e justificativa às pesquisas e análises econômicas

(GONÇALVES; CUNHA; RHEINGANTZ, 2017). Por base, terá como questão: “De que forma a

controladoria, com os métodos de avaliação de viabilidade econômico-financeira, pode auxiliar as

empresas na decisão de investimentos em sistemas de energia solar fotovoltaica?”

Para responder a essa questão de análise, o objetivo deste artigo é analisar, com o auxílio

da controladoria, a viabilidade econômico-financeira da implantação de sistemas de energia

fotovoltaica em comparativo ao mercado financeiro em duas empresas do município de São

Vendelino/RS. Os cálculos analisados foram Payback Simples, VPL, e TIR, chegando ao fluxo de

caixa acumulado, saldo este, que representa lucro futuro para a empresa. Este valor então, ajustado

a um gráfico, será analisado quanto ao rendimento da aplicação do valor do investimento inicial na

caderneta de poupança, CDB e Tesouro Direto, com taxas atuais e da época, representando um

investimento atual em comparativo ao investimento da época.

A justificativa para este estudo deu-se pela necessidade de melhorar o fluxo de caixa da

empresa, reduzindo custos. Tomando orçamentos do fornecedor, levantou-se o estudo da

viabilidade econômico-financeira em adquirir o investimento ou, investir o mesmo montante

no mercado financeiro.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A CONTABILIDADE

Sá (2010) acredita que a contabilidade é uma ciência que estuda os fatos resultantes no

patrimônio das empresas, interessando-se a registros reais para gerar dados. Crepaldi (2013) define

a contabilidade como uma ciência concebida para reproduzir os fatos patrimoniais, financeiros e

econômicos das empresas, sendo um instrumento ligado à administração nas empresas, destinado

ao controle patrimonial, à apuração do resultado e, consequentemente, à geração de informações

aos seus usuários. Porém, Iudícibus (2015) defende que, essa teoria é somente o início do

entendimento do assunto, pois há pouco tempo desenvolve-se a noção de que o real objeto da

contabilidade é o estudo, em todas as concepções da referência contábil e financeira, inclusive,

social e de sustentável.

Perante a isso, aos olhos de Silva e Marion (2013) a contabilidade ressurge e apresenta

um novo papel importante à tomada de decisões nas empresas, onde deixa de ser registradora

de fatos ocorridos com base nas exigências fiscais e tornar-se orientadora sob como esta

dinâmica deve se estabelecer.

2.2 CONTROLADORIA

Inicialmente, a controladoria evoluiu da transformação da contabilidade gerencial às novas

imposições do mercado, tendo papel de destaque na implementação de valores essenciais ao

processo de gestão organizacional (SOUZA; BORINELLI, 2012). Apoiada e baseada na

contabilidade gerencial, a controladoria é o setor encarregado de elaboração, execução e

manutenção das informações operacionais, financeiras e contábeis de uma determinada empresa.

(BEUREN; BORGONI; FERNANDES, 2008).

Savaris (2010) afirma que a Controladoria pode ser vista como uma assessoria dentro da

própria organização, possuindo atribuições de coordenação e responsabilidade de execução de todas

as metodologias contábeis, atingindo assim, as metas da empresa. Beuren, Borgoni e Fernandes

(2008) concluem que a Controladoria é o setor encarregado pelo projeto, criação, realização e

preservação do sistema composto de informações operacionais, financeiras e contábeis de uma

entidade específica. Ela é importante para o auxílio nas tomadas de decisões das empresas e vem

se destacando quanto às análises de investimentos e controle das organizações, observando pontos

fundamentais de estratégia e viabilidade econômica e financeira dos investimentos.

O conhecimento de Controladoria como ação está centrada na figura do controller,

Page 3: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 3

profissional responsável por assumir as informações e comprometimentos da área. Na visão de

Padoveze (2011) as funções do controller são: planejar, controlar e realizar alguns artifícios

contábeis dentro da organização, buscando preparar todas as informações financeiras, contábeis e

administrativas vindas do cenário de orçamento e projeções da instituição. O autor ainda salienta

que o perfil de cada empresa influência nas responsabilidades e desempenho de cada profissional.

2.3 ANÁLISE DE INVESTIMENTO

Para as empresas com enfoques econômico e financeiro, Diniz (2015) determina duas

relevantes decisões sobre o desempenho dos seus objetivos: aplicação e captação de recursos, ou

seja, investimentos e financiamentos. Quanto a isso, Costa, Pereira e Costa (2012) alegam que o

encarregado pela tomada de decisões está diretamente ligado a questões fundamentais, onde estas

auxiliam no crescimento, tornando permanente ao futuro da empresa.

O conceito de investimento na visão de Silva (2014) é todo gasto não usado de imediato,

efetuado na esperança de propiciar benefícios futuros. Para Motta (2006) o investimento gera uma

circunstância onde dá-se, de algum modo, a inversão do capital, procurando assim a criação de

valor.

Para Braga (1995), os investimentos em longo prazo representam os desembolsos ou

comprometimentos de capitais o qual seus benefícios prolongam-se por mais de um ano. Segundo

Iudícibus et al. (2010) os investimentos de caráter permanente são identificados isoladamente em

um subgrupo de investimentos do ativo não circulante no balanço patrimonial, juntamente ao ativo

imobilizado. Por fim, investimentos a longo prazo caracterizam gastos substanciais de recursos que

afetam uma entidade com determinada linha de ação. Por consequência, denomina-se que a entidade

deva ter procedimentos de análises adequadas aos seus investimentos de longos prazos.

Padoveze (2012) menciona que os modelos para decisão de investimentos e mensuração

do valor da empresa compreendem, fundamentalmente, as mesmas variáveis. Todos levam em

consideração o valor a ser investido ou atualmente investido, os fluxos futuros de benefícios, a

quantidade de tempo em que esses fluxos ocorrerão e o custo do dinheiro no tempo. Este mesmo

autor, menciona que os modelos para decisão de investimento originam-se da ideia de levantar a

viabilidade econômica de um investimento antes da sua implantação. Para ele, é imprescindível que

a controladoria apure o valor da empresa, tendo assim os resultados e análises eficazes para os

resultados obtidos e desempenho dos investimentos.

Definidos como “métodos não sofisticados” e “métodos sofisticados”, a literatura, como

explica Padoveze (2012), diferencia os métodos de avaliação de investimento quanto a sua

imperfeição diante ao efeito do valor no tempo. Mediante a esta tese, pode-se mencionar diversos

cálculos e índices utilizados para essas análises, tais como a TMA, o Payback Simples e o Payback

Descontado, o VPL e a TIR, apresentados no decorrer do estudo.

2.3.1 Taxa mínima de atratividade

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é a taxa que o investidor utiliza para prever se

está obtendo ganhos financeiros, ou seja, se o investimento está tendo o retorno mínimo planejado.

Miranda (2011, p. 40) define a TMA como uma taxa equivalente ao custo de capital, sendo ela a

taxa de retorno mínimo sobre os investimentos da empresa, propondo continuidade indefinidamente

com o mesmo nível de atividades. Essa taxa é definida pelo próprio investidor, através das análises

do mercado financeiros e taxas extras ao investimento.

2.3.2 Método do payback

O payback é considerado um dos métodos mais simples de análise, pois é analisado pelo

período do investimento. Conforme associa Rebelatto (2004), o payback equivale em escolher

propósitos de investimento reforçando o período de recuperação do capital investido,

Page 4: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 4

calculando o prazo essencial para que o valor atual dos reembolsos se iguale aos desembolsos

com o investimento, aspirando a restituição do capital aplicado. Ou seja, calcular o número de

períodos ou o tempo em que o investidor precisará para recuperar o valor investido.

2.3.3 Valor presente líquido

De acordo com Miranda (2011), a técnica mais usada na análise de investimento é o

método do Valor Presente Líquido, a VPL. É através dela que se faz a atualização do fluxo de caixa

e se compara o valor obtido com o investimento inicial. Usando como taxa de desconto a taxa TMA

do projeto, consegue-se trazer o valor de todos os fluxos de caixa do investimento inicial para a data

zero. Calcula-se através de uma série de fluxos de caixa (FC), pagamentos e recebimentos, com

base em uma taxa de custo de oportunidade descoberta descontando o investimento inicial.

Conforme parâmetros de aceitação do método de VPL apresentados por Miranda (2011),

aceita-se o projeto com VPL > 0 e recusa-se projetos com VPL < 0. Entre diversos projetos, a

escolha deve ser aquela que possuir maior VPL. Se VPL = 0, não resulta ganho nem prejuízo

(MIRANDA, 2011).

2.3.4 Taxa interna de retorno

Quanto a Taxa Interna de Retorno (TIR), Miranda (2011, p. 50) define: “TIR é a taxa de

desconto que zera o VPL dos fluxos de caixa de um investimento, ou seja, todas as entradas serão

iguais a todas as saídas de caixa do empreendimento”. Então, pode-se dizer que encontrando a TIR,

acha-se o percentual de remuneração que o projeto oferece.

Como parâmetros de decisão da TIR, escolhe-se projetos que tenham a TIR ≥ TMA.

Havendo mais de um projeto em questão, escolhe-se aquele com maior TIR, desde que obedeça ao

primeiro critério.

2.4 OPÇÕES DE INVESTIMENTO FINANCEIRO

O mercado financeiro, assim como investir em bens para acúmulo de capital, nos traz

diversas opções de investimento, cada um com seu diferencial e sua regra diferenciada. Este

capítulo trará características específicas de algumas alternativas de investimento, a fim de

complementar o estudo desta monografia.

2.4.1 Poupança

Para Oliveira e Pacheco (2006) e Fortuna (2015), a poupança é tida como a forma mais

popular e tradicional no mercado financeiro. É visto como um investimento próprio para o público

de baixa renda, pelo fato de não ter valor mínimo para aplicação. Para o Banco do Brasil, esses

investimentos são destinados ao segmento rural. Já para a maioria das demais instituições

financeiras, os recursos são realocados ao segmento habitacional.

Assaf Neto (2015, p. 186) especifica que a data em que ocorre o depósito na caderneta de

poupança recebe o nome de “data de aniversário”. Rendimentos deste tipo de investimento são

calculados e creditados sempre nesta data inicial ao poupador. Caso houver saque antes da data de

aniversário, não terá rendimento sobre o valor sacado. O pagamento é calculado sobre o menor

saldo permanecido no período.

Conclui-se que, de uma forma simplificada, os autores reforçam que a poupança é a forma

de aplicação que traz menos riscos de perdas, e o poupador consegue escolher o valor que deseja

aplicar, além de poder sacar valores a qualquer momento de acordo com a sua necessidade.

Page 5: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 5

2.4.2 CDB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de investimento que as instituições

financeiras emitem para se auto capitalizar, ou seja, você dispõe um dinheiro ao banco e ele

compensa com rendimentos em troca. Estando, a instituição, livre para destinar os recursos da forma

que pretender, pode ela, cobrar o pagamento de imposto de renda neste tipo de investimento

(FILHO; ISHIKAWA, 2003).

CDBs e RDBs são similares, tendo como diferença apenas a possibilidade de transferência

do CDB, enquanto o RBD não pode ser transferido (LIMA; LIMA; PIMENTEL, 2012). Assaf Neto

(2015) sustenta que os CDBs são obrigações futuras de pagamento de um recurso que foi aplicado

em uma instituição financeira, por meio de um depósito a prazo. O autor explica ainda que o CDB

pode ter rendimento prefixada com taxa estabelecida no momento da aplicação, ou pós fixados,

com rendimento estabelecido por um índice de mercado (IGP-M, DI, etc) juntamente a uma taxa de

juros real combinada no dia da aplicação. O rendimento produzido por este tipo de aplicação incide

imposto de renda, calculado pela tabela regressiva, pago no resgate do investimento.

Diante das sentenças dos autores, pode-se entender que o investimento em CDB, é você,

como investidor, concedendo um empréstimo ao banco, e recebendo este dinheiro de volta com um

rendimento acoplado ao final de determinado período, podendo ter que pagar IR se o valor chegar

na base do cálculo.

2.4.3 Tesouro direto

O setor público possui frequentemente a necessidade da busca de financiamento no

mercado financeiro. Deste modo, os títulos públicos federais, emitidos pelos Tesouro Nacional, têm

a função de executar a política fiscal, o financiamento dos déficits fiscais, ou a antecipação de

receitas orçamentárias (LIMA; LIMA; PIMENTEL, 2012). O Quadro 1 apresenta as opções de

títulos disponíveis do mercado de acordo com seus indexadores:

Quadro 1 – Opções de aplicações do tesouro direto TÍTULOS CARACTERÍSTICAS

Letras de Tesouro Nacional – LTN Títulos de remuneração fixada, negociadas com deságio sobre o valor

nominal de vencimentos.

Letras Financeiras do Tesouro – LFT Títulos de remuneração pós-fixadas, negociados com ágio ou deságio

sobre o valor nominal de vencimento.

Notas do Tesouro Nacional – série B Títulos de remuneração indexadas ao IPCA.

Notas do Tesouro Nacional – série C Títulos de remuneração indexadas ao IGP-M.

Notas do Tesouro Nacional – série D Títulos de remuneração indexadas ao Dólar.

Fonte: Oliveira e Pacheco (2006, p. 128).

Assaf Neto (2015), considera que estes títulos dispõem dos seguintes rendimentos: pós-

fixados, prefixados ou indexados ao dólar. Podem ser adquiridos por meio de leilões, promovidos

pelo Banco Central, mediante instituições financeiras no mercado primário, e após, no mercado

secundário, em outras instituições financeiras ou não financeiras.

2.4.4 Imposto de renda e IOF sobre os investimentos

Conforme caracterizados os tipos de investimentos anteriormente, e vendo que em

diversos deles há a incidência de IR sobre os rendimentos da aplicação, demonstra-se neste,

alíquotas desta tributação. Os poupadores estão habituados a pagar os impostos sobre ganhos e

rendimentos de aplicações no mercado financeiro. Porém, existem investimentos que possuem

alíquota zero, ou são isentos do pagamento do imposto, se for pessoa física (ANBIMA, 2018).

No CDB e aplicações no Tesouro Direto, a tributação é feita conforme a Tabela 1.

Page 6: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 6

Tabela 1 – Tributação Prazo de Aplicação Alíquota

Inferior a 6 meses 22,5%

Superior a 6 meses e inferior a 12 meses 20,0%

Superior a 12 meses e inferior a 24 meses 17,5%

Superior a 24 meses 15,0%

Fonte: Cavalcante, Misumi e Rudge (2009, p. 291).

Conforme Fortuna (2015), não há incidência de IR e IOF sobre seus rendimentos da

caderneta de poupança.

2.5 ENERGIA SOLAR

O Sol é uma fonte de energia que traz privilégios à Terra através da luz e do calor. O

sistema de energia fotovoltaica se beneficia desta luz para convertê-la em eletricidade por meio de

células fotovoltaicas. Este sistema é constituído por painéis fotovoltaicos e equipamentos de

conversão, capazes de transformar energia corrente contínua para alternada, se for de uso

domiciliar. Para Jardim (2007), as energias renováveis definem-se como aquelas cujas fontes são

inesgotáveis, ou seja, renovam-se constantemente (JARDIM, 2007). São interpretadas também,

segundo o autor “[...] como “energias alternativas” ao modelo energético tradicional, tanto pela sua

disponibilidade (presente e futura) garantida (diferente dos combustíveis fósseis que precisam de

milhares de anos para a sua formação) como pelo seu menor impacto ambiental”. Dutra et al.

(2013), assim como Jardim (2007), defende a teoria de que, dentre as fontes de energias renováveis,

destaca-se a energia solar, pelo simples motivo de não poluir o ambiente e por ser avaliada como

fonte inesgotável. E quanto a isso, Brazil (2006, p. 25) evidencia que “[...] o Brasil recebe elevados

níveis de incidência da radiação solar praticamente durante todos os meses do ano, inclusive no mês

de junho, correspondente ao solstício de inverno para o Hemisfério Sul”.

Com o método de compensação definida pela ANEEL em dezembro de 2012, RN n° 482,

é plausível injetar a energia produzida por placas solares na rede elétrica pública e obter em troca

kWh de sua distribuidora de energia (DASSI et al., 2015).

Ou seja, a nova conta de luz teria a seguinte informação.

Quadro 1 – Informação na nova conta de luz Consumo da Rede Elétrica

(-) Energia Gerada pelas Placas Solares

NOVA CONTA DE ENERGIA

Fonte: Dassi et al. (2015).

Para Dassi et al. (2015), é um jeito de estimular o investimento em energias renováveis,

visto que a compensação é prevista exclusivamente para geração renovável de pequeno porte. Se a

geração de energia for maior que o consumido no mês, o excedente será utilizado para abater custo

do consumo nos próximos meses. Importante salientar que a conta de luz nunca chegará a zero, pois

ainda tem-se que pagar o custo mínimo de disponibilidade, sendo ele, um valor bem abaixo do atual,

se comparado.

Por enquanto, o investimento ainda apresenta custos elevados no mercado brasileiro,

porém, estudos demonstram que, a longo prazo, ele é compensatório. As energias renováveis estão

se desenvolvendo cada vez mais e em um curto período, tendo grande possibilidade de serem as

maiores fontes de energia mundial (SILVA, 2015; FREITAS; MIRANDA, 2016).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Quanto aos objetivos, o presente trabalho constitui-se numa pesquisa classificada como

descritiva e exploratória. Conforme Ramos (2009) a finalidade das pesquisas exploratórias é

Page 7: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 7

possibilitar maior familiaridade com o problema e possibilitar uma percepção geral sobre um

determinado fato. Por sua vez, a pesquisa descritiva se propõe a verificar e explicar problemas, fatos

ou fenômenos da vida real, não interferindo no ambiente (MICHEL, 2015). Quanto à abordagem

do problema, constitui-se numa pesquisa classificada como qualitativa e quantitativa. Segundo

Flick (2004), é através da pesquisa qualitativa que o pesquisador poderá descrever suas reflexões a

respeito do tema, como parte do processo de produção de conhecimento. Para tanto, está relacionada

diretamente com a pesquisa qualitativa, na medida em que levanta, interpreta e discute fatos e

situações da empresa objeto de estudo. Para Richardson (2008), o método quantitativo utiliza

técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas, na coleta e análise dos resultados

buscando evitar distorções e ter uma margem de segurança quanto às conclusões.

Quanto aos procedimentos técnicos, será realizado um estudo de caso múltiplo, em duas

empresas localizadas na cidade de São Vendelino/RS. O estudo de caso é utilizado como estratégia

de pesquisa, com a finalidade de investigar um tópico empírico através de um planejamento, de

técnicas de coleta de dados e de abordagens específicas à análise dos mesmos. Utiliza-se o estudo

de caso em fenômenos individuais, organizacionais, sociais, políticos e de grupo, além de outros

fenômenos relacionados (YIN, 2010). Segundo Gil (2010) o estudo de caso é um delineamento

caracterizado pela flexibilidade, por usar variados métodos de coleta de dados e por conservar o

caráter unitário do fenômeno pesquisado.

O procedimento técnico para a coleta de dados caracterizou-se como pesquisa documental

e bibliográfica, além de utilizar entrevistas para o levantamento de dados. Enquanto que a pesquisa

bibliográfica permite ao pesquisador utilizar-se de uma série de recursos disponíveis sobre um

determinado tema de estudo, a pesquisa documental refere-se a documentos e materiais que ainda

não foram analisados, mas que de acordo com o objetivo de pesquisa, podem ter valor científico e

constituir uma estratégia de pesquisa (GIL, 2010).

Para iniciar o desenvolvimento da pesquisa, foi coletado dados sobre o funcionamento da

Energia Solar Fotovoltaica, para que houvesse um melhor delineamento e entendimento do esboço.

Mediante a isso, foi consultado, em fontes confiáveis, teorias e metodologias do estudo. Levando

em consideração que a análise será na viabilidade de investimento neste tipo de projeto, fez-se uma

prévia explanação sobre o assunto, apresentando dados sobre o local do estudo e teorias

significativas para as análises.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A empresa responsável pelas informações e dados das análises, tem sua sede na Cidade

de Nova Petrópolis - Vale das Hortênsias na Serra Gaúcha. Pioneira na região, garante

segurança aos clientes e funcionários, assim como ao planeta, incentivando o investimento na

energia sustentável. Enquanto Viana, Urbanetz e Rüther (2008) afirmam que os sistemas solares

fotovoltaicos têm a capacidade de converter energia solar diretamente em energia elétrica, sem

emissão de gases, utilizando somente o sol que é uma fonte de energia limpa, renovável e

virtualmente inesgotável, Inatomi e Udaeta (2005), conscientizam da seriedade quanto aos

impactos ambientais ocorridos na geração da energia elétrica. O primeiro e mais importante processo para que haja a negociação do projeto é o contato

entre cliente e representante. Para Drucker (2002, p. 35): “Só existe uma acepção válida para a alvo

de uma empresa: Criar um consumidor”. Chiavenato (2005, p. 209) fundamenta atendimento ao

cliente como: “No negócio, o atendimento ao cliente é um dos pontos mais significantes, uma vez

que o cliente é o mais importante objetivo do negócio [...] que todo negócio deve ser direcionado

ao cliente, sendo que só continuará se o cliente permanecer disposto a continuar adquirindo o

produto/serviço”.

A conversão de energia solar em eletricidade pode ser alcançada por meio do chamado

sistema fotovoltaico (ROSA, 2007). Esse sistema, conforme explica a autora é formado,

fundamentalmente por um conjunto de painéis (ou módulos) fotovoltaicos, por um regulador de

tensão, um sistema de armazenamento (ou acumuladores) e por um inversor que transforma corrente

Page 8: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 8

contínua em alternada. Rosa (2007) afirma que o painel fotovoltaico cumpre uma função de

gerador, e considera que ele é composto ainda, por células fotovoltaicas construídas a partir de

semicondutores que, ao receberem a luz solar em sua superfície, geram tensão elétrica em seus

terminais. Foram selecionadas duas empresas aleatórias definidas como Empresa A e Empresa B,

ambas localizadas no município de São Vendelino, com Latitude de -29.3737 e Longitude -51.3696.

Empresas A, com ramo de atividade comercial há mais de 20 anos no mercado, atua em

todo território nacional e países da América Latina. Tratando-se de e-commerce, a equipe técnica é

representada por vendedores externos e representantes comerciais. Além desta, a Empresa A

complementa seu faturamento com filiais em São Paulo e Minas Gerais, além de uma

transportadora. Com pavilhão utilizando uma área de 950 m², a Empresa A trabalha com estocagem

mínima de material e prazo médio de 10 dias. O estoque das peças é controlado mediante sistema

ERP e código de barras, proporcionando maior controle na separação e distribuição.

Empresa B, prestadora de serviço, abrange apenas o próprio município para afins. Sua

atividade é produção de peças de fibras, destinadas a veículos automotores de médio e grande porte

e possui 70 colaboradores, em média. Essa, diferente da anterior, necessita amplo espaço para

estocagem de peças e matéria-prima, utilizando para isso três pavilhões grandes e iluminados. Os

maquinários são potentes e exigem carga máxima de energia elétrica.

Para ambas as empresas, os objetivos são a prospecção de clientes, a motivação e

valorização dos colaboradores, satisfação das necessidades e permanência no mercado com

qualidade, prazo, custo e segurança.

4.1 POTENCIAL DE ENERGIA DA LOCALIDADE

Desta forma, apresenta-se na tabela a seguir os dados de irradiação solar diária mensal na

cidade de Armazém/SC, segundo dados do Centro de Referência Para as Energias Solar e Eólica

Sérgio de S. Brito (CRESESB).

Conhecer o potencial de geração da localidade onde será implantada o sistema de energia

fotovoltaica é o início de todo o estudo, sendo que, através desta análise se tem o dimensionamento

correto do sistema de placas solares. Desta maneira, segundo dados do Centro de Referência para

as Energias Solar e Eólica Sérgio de S. Brito (CRESESB), apresenta-se a seguir os dados da

irradiação solar diária mensal da cidade de São Vendelino/RS, através da Tabela 2.

Tabela 2 – Irradiação solar média mensal na cidade de São Vendelino/RS MÊS IRRADIAÇÃO SOLAR DIÁRIA - Média (kWh/m².dia)

Janeiro 6,09

Fevereiro 5,59

Março 4,72

Abril 3,78

Maio 2,81

Junho 2,36

Julho 2,59

Agosto 3,28

Setembro 3,54

Outubro 4,58

Novembro 6,00

Dezembro 6,38

MÉDIA ANUAL 4,31

Fonte: CRESESB (2020).

Percebe-se, através desta, que a média anual da irradiação solar no município de São

Vendelino/RS é de 4,31 kWh/m².dia, sendo que os meses com menor e maior médias são junho e

dezembro, consecutivamente, com 2,36 kWh/m².dia e 6,38 kWh/m².dia. Como mostra a Figura 3,

pesquisada no Atlas Global Solar (2020), entende-se que o município das análises está situado em

uma área com potencial de geração entre 1400 e 1500 kWh/kWp.

Page 9: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 9

Figura 1 – Mapa potencial solar na cidade de São Vendelino/RS

Fonte: Global Solar Atlas (2020).

Sendo assim, verificou-se que a implantação de placas solares fotovoltaicas para a

geração da energia elétrica no município é válida, sendo este o objetivo planejado neste

trabalho.

4.2 ESTUDO INICIAL DO PROJETO

4.2.1 Dimensionamento e composição do sistema

Para obter os dados do dimensionamento do sistema fotovoltaico, houve a necessidade de

coletar dados importantes para esta análise. As empresas A e B tiveram que fornecer informações

apresentadas em suas contas de energia elétrica, para que, através de cálculos médios, fosse

encontrado o tamanho ideal da estrutura, a fim de suprir a necessidade das empresas.

Tabela 3 – Dimensionamento do sistema empresas A e B Dados das empresas EMPRESA

Unid. Medida A B

Potência do sistema kWp 16,75 114,57

Geração média mensal kWh 1801 12.319

Geração média anual kWh 21612 147.828

Atendimento do consumo atual % 100 111

Peso aproximado dos equipamentos kg 1500 10.260

Área necessária para a implantação m² 100 684

Demanda Atual kW - 100

Valor da Demanda R$ - 2.796,00

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

Para dados coletados acima, calculou-se o dimensionamento do sistema, definindo total

de área para a implantação, juntamente com a estrutura deste projeto.

A Empresa A, com geração média mensal de 1.801 kWh, totalizando uma geração média

anual de 21.612 kWh, necessitou de uma área total de 100 m² para a sua instalação. Para este projeto,

foi definido o uso de 50 (cinquenta) módulos/painéis fotovoltaicos policristalinos de 335 watts cada

e com eficiência de 17,2%, 01 (um) inversor de frequência com potência de 15 kW e monitoramento

remoto.

Em contrapartida, a Empresa B, necessitou para a implantação do projeto, uma área total

de 684 m², sendo que sua geração média mensal é de 12.319 kWh e geração média anual é de

147.828 kWh. Para esta, a estrutura do projeto necessitou ser muito maior e mais resistente, tendo

sua composição formada por 342 (trezentos e quarenta e dois) módulos/painéis fotovoltaicos

policristalinos de 35 watts cada com eficiência de 17,2%, e 02 (dois) inversores, um com 36 kW e

o outro com 60 kW, ambos com monitoramento remoto. Para ambos os projetos foram inclusos

alguns itens no orçamento, cada qual com a sua necessidade, incluídos no valor final do projeto.

Page 10: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 10

4.2.2 Investimento e retorno na aquisição do sistema

Ao analisar o projeto, tendo valor final do investimento, chegou-se ao percentual de

retorno mensal sobre o valor investido.

Tabela 4 – Retorno do projeto pelo valor investido DADOS EMPRESA A EMPRESA B

VALOR DO INVESTIMENTO R$ 62.390,00 R$ 329.990,00

Geração Média do Sistema Orçado (kWh/mês) 1801 12319

Valor pago por kW atualmente R$ 0,83 R$ 0,45

Geração Mensal Média em Valores R$ 1.494,83 R$ 5.543,55

Retorno Mensal conforme Valor Investido 2,40% 1,68%

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

Observa-se que a Empresa A tem uma demanda menor de geração média comparado a

Empresa B, sendo que a primeira gera, em valores, R$ 1.494,83 e a segunda, R$ 5.543,55. Ao

investir R$ 62.390,00 no sistema solar, a Empresa A tem retorno de 2,40%, já a Empresa B,

apenas 1,68% sobre um investimento de R$ 329.990,00.

4.2.3 Análise do investimento em energia solar

Para melhor analisar e compreender a viabilidade econômica das instalações, foram

apontadas algumas taxas sobre o retorno das propostas, apresentadas na Tabela 5, para ambas as

empresas.

Tabela 5 – Taxas anuais para auxílio às análises Degradação estimada do rendimento do módulo 0,80%

Taxa de reajuste da tarifa 9,60%

Taxa de inflação anual 0,92%

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

As análises das empresas serão feitas simultaneamente, utilizando uma única tabela,

porém com dados específicos das mesmas. Conforme Macedo (2014, p. 56), Payback Simples,

Payback Descontado, Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Presente Líquido (VPL), são os

cálculos mais utilizados, tomando como base, o fluxo de caixa dos projetos.

Quanto a este estudo, o Payback Simples, a TIR e o VPL terão como critério o período de

25 anos, levando em consideração a garantia do investimento. Sabendo que há a necessidade de

uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA), avaliou-se o mercado financeiro e tomou-se por base a

média anual de uma aplicação financeira, sendo ela 6,75% correspondente a caderneta de poupança

de 2018, somando à ela 2% de custos anuais de manutenção e 0,8 de depreciação (rendimento do

módulo) anual do sistema. “A taxa de juros obtida em um projeto novo não deve ser maior que a

taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes, seguras e de risco mínimo”

(MACEDO, 2014 p. 63). Além destas, usou-se uma taxa de reajuste anual sobre o valor total da

energia elétrica de 9,60%. Perante todas as análises, tratando-se de um fluxo de caixa estimado,

pode ocasionar algumas alterações de valores.

Para que o investimento seja viável através do cálculo do payback, ele precisa pagar-se

dentro do período de investimento. Na Tabela 6, percebe-se que na Empresa A, o payback da

implantação inicia-se no ano quatro, com um retorno de investimento no valor de 19.302,42 reais.

Já na Empresa B, com um retorno financeiro de 65.880,07 reais, o payback simples fica no quinto

ano. Após estes períodos, valores dos demais fluxos de caixa são somados e acumulados como lucro

ao investidor, períodos estes, até o final dos 25 anos. Sendo assim, a Empresa A terá ao final do

investimento, um total de R$ 1.381.115,91 de retorno acumulado, e a Empresa B, R$ 5.023.225,55.

O investimento inicial soma-se com as entradas do fluxo de caixa dentro do período do

Page 11: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 11

projeto de 25 anos e TMA ajustada em 9,55%, encontra-se 𝑉𝑃𝐿 de R$ 309.623,18 para a Empresa

A e R$ 1.049.614,13 para a empresa B. Sabendo que para o projeto ter viabilidade, a VPL deve ser

maior que zero, nota-se que neste ponto o projeto é bastante viável e que tem um retorno financeiro

atraente.

Por fim, para uma análise econômica final, observa-se que a taxa TIR é de 37,37% para

o projeto da Empresa A, e 28,54% para o projeto da Empresa B, onde ambas foram maiores que a

taxa de atratividade do investimento estabelecida de 9,55% ao iniciar o projeto, o que reforça a

viabilidade do projeto de implantação.

Tabela 6 – Análise da economia das empresas

TMA: 9,55% TMA: 9,55% TIR: 37,37% TIR: 28,54% VPL: R$ 309.623,18 VPL: R$ 1.049.614,13 Investimento Inicial: -R$ 62.390,00 Investimento Inicial: -R$ 329.990,00 EMPRESA A EMPRESA B

ANOS Geração

(kWh/ano)

Fluxo de Caixa Payback Simples

Geração

(kWh/ano)

Fluxo de Caixa Payback Simples

R$ 17.937,96 R$ 66.522,60

0 -R$ 62.390,00 -R$ 329.990,00

1 21612 R$ 17.937,96 -R$ 44.452,04 147828 R$ 66.522,60 -R$ 263.467,40

2 21439 R$ 19.502,72 -R$ 24.949,32 146645 R$ 72.325,50 -R$ 191.141,90

3 21266 R$ 21.202,61 -R$ 3.746,71 145463 R$ 78.629,48 -R$ 112.512,42

4 21093 R$ 23.049,13 R$ 19.302,42 144280 R$ 85.477,28 -R$ 27.035,14

5 20920 R$ 25.054,78 R$ 44.357,20 143098 R$ 92.915,20 R$ 65.880,07

6 20748 R$ 27.233,10 R$ 71.590,30 141915 R$ 100.993,45 R$ 166.873,52

7 20575 R$ 29.598,75 R$ 101.189,05 140732 R$ 109.766,42 R$ 276.639,94

8 20402 R$ 32.167,62 R$ 133.356,67 139550 R$ 119.293,04 R$ 395.932,97

9 20229 R$ 34.956,93 R$ 168.313,60 138367 R$ 129.637,16 R$ 525.570,13

10 20056 R$ 37.985,34 R$ 206.298,94 137184 R$ 140.867,94 R$ 666.438,07

11 19883 R$ 41.273,04 R$ 247.571,98 136002 R$ 153.060,31 R$ 819.498,38

12 19710 R$ 44.841,90 R$ 292.413,88 134819 R$ 166.295,37 R$ 985.793,75

13 19537 R$ 48.715,61 R$ 341.129,48 133637 R$ 180.660,95 R$ 1.166.454,70

14 19364 R$ 52.919,81 R$ 394.049,29 132454 R$ 196.252,15 R$ 1.362.706,85

15 19191 R$ 57.482,25 R$ 451.531,54 131271 R$ 213.171,89 R$ 1.575.878,75

16 19019 R$ 62.432,98 R$ 513.964,52 130089 R$ 231.531,56 R$ 1.807.410,31

17 18846 R$ 67.804,48 R$ 581.769,00 128906 R$ 251.451,69 R$ 2.058.862,00

18 18673 R$ 73.631,94 R$ 655.400,94 127723 R$ 273.062,70 R$ 2.331.924,70

19 18500 R$ 79.953,37 R$ 735.354,31 126541 R$ 296.505,64 R$ 2.628.430,34

20 18327 R$ 86.809,94 R$ 822.164,25 125358 R$ 321.933,07 R$ 2.950.363,41

21 18154 R$ 94.246,11 R$ 916.410,35 124176 R$ 349.509,98 R$ 3.299.873,39

22 17981 R$ 102.309,98 R$ 1.018.720,34 122993 R$ 379.414,72 R$ 3.679.288,11

23 17808 R$ 111.053,55 R$ 1.129.773,89 121810 R$ 411.840,09 R$ 4.091.128,20

24 17635 R$ 120.533,00 R$ 1.250.306,89 120628 R$ 446.994,44 R$ 4.538.122,64

25 17462 R$ 130.809,03 R$ 1.381.115,91 119445 R$ 485.102,91 R$ 5.023.225,55

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

4.2.3.1 Análise de investimento em aplicação financeira

Ao atingir o intuito do estudo, este projeto tem a finalidade de demonstrar o comparativo

da aplicação de um determinado valor em diversas fontes de investimento, ou então investir na

implantação de um sistema solar fotovoltaico.

Para iniciar a análise, foi consultado no portal do Banco Central do Brasil as taxas

financeiras da data inicial do investimento, e com auxílio de uma planilha financeira, foi-se ajustado

valores e taxas, conforme tipo de investimento a ser considerado. Observa-se, na Figura 4, a

projeção de rendimentos aplicadas no início da análise do investimento.

Page 12: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 12

Figura 2 – Rendimentos projetados empresa A e B

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

Para a análise inicial do projeto, foi observado a rentabilidade, aplicando-se o valor orçado

e prazo de 25 anos. Valor do investimento para a empresa A seria de R$ 62.390,00. Aplicado o

valor no início do ano de 2018 – período da implantação do sistema de energia, observa-se que a

rentabilidade da poupança em relação ao fluxo de caixa acumulado da empresa, ao investir no

sistema de Energia Solar é de 10%, seguindo com 14% no CDB e 21% se aplicado no Tesouro

Direto. Na Empresa B, o valor do investimento foi de R$ 329.990,00 implantado no mesmo período

e nas mesmas condições. Pode observar-se que a rentabilidade da poupança em relação ao fluxo de

caixa acumulado para esta, é de 21%, acompanhado igualmente pela aplicação em CDB. Já no

Tesouro Direto, a projeção de rendimentos chega a 31%, chegando a um valor de R$ 1.556.216 não

batendo o rendimento da implantação, já que esta, ao final dos 25 anos, acumula um total de R$

5.023.225,00.

Deve-se considerar que no ano de 2018 a taxa Selic era de 6,75% ao ano, e a previsão da

CDI anual era de 6,62%, com taxa anual de juros projetada em 6,15%, a rentabilidade das aplicações

não bateram os acumulados do fluxo de caixa, entendendo que o investimento no projeto de Energia

Solar traria maior acúmulo de valores e o aumento de patrimônio seria concretizado.

Porém, com o intuito de prever a rentabilidade dos mesmos investimentos dentro de um

prazo de 10 anos, e uma queda significativa da Selic ano para 2,25% em junho de 2020,

conseguimos os seguintes pareceres, sendo resgate para 01/01/2031, dados estes, simulados na

página do Tesouro Direto e adaptado em gráficos para melhor visualização.

Figura 3 – Rendimentos investimento atual - empresa A e B

Fonte: adaptada a partir de Tesouro Direto (2020).

Percebe-se que, na Empresa A, a diferença em percentual do investimento na caderneta de

poupança em comparação ao fluxo de caixa acumulado, no período de resgate é de 1%, e a

prospecção de 2% no CDB e 8% no Tesouro Direto. Tratando-se da Empresa B, agora com um

valor mais significativo de investimento, nota-se que o percentual de comparativo entre o Tesouro

Direto e o Investimento na Energia Renovável é de 42%, chegando a um bom rendimento. Porém,

Page 13: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 13

nada comparativo ao projeto das fotovoltaicas. Já a caderneta de poupança e a CDB, não tiveram

boas perspectivas, ficando, em 8% e 7%, respectivamente.

Ao observar os dois últimos gráficos, observa-se que estatística da energia elétrica, inicia-

se negativa. Isso refere-se que, ao investir o capital em 2020, a Empresa A paga os equipamentos

da instalação com os rendimentos até o quarto ano, e a e Empresa B, até o quinto ano. Subsequente

a isso, todo o fluxo de caixa estimado passa a ser rendimento para a empresa e mesmo com este

saldo negativo, investir em Energia Elétrica torna-se viável economicamente à empresa.

Figura 4 – Comparativo de rendimento parcela 10 – empresa A e B

Fonte: elaborada pelos autores (2020).

Para finalizar, a Figura 4 mostra a distorção de rendimentos na parcela 10 de cada

aplicação, sendo elas nos anos de 2018 e 2020. As perdas de rendimento da poupança e CDB, ficam

entre 79% e 81%. Já o Tesouro Direto, fica na casa dos 26%. Em compensação, investir na Energia

Elétrica não há perda. Mesmo que nas primeiras parcelas há o desconto integral do investimento

nas placas voltaicas, o ganho é bastante significativo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o aumento das tarifas nas contas de energia elétrica, a busca pelo investimento em

placas voltaicas está crescendo significantemente no decorrer dos anos. Assim como a busca pelo

investimento na energia renovável, há a busca de poupadores por investimentos financeiros com

baixo risco e retorno financeiro alto.

O objetivo geral deste artigo foi analisar as opções de investimento no mercado financeiro,

incluindo a estes, o investimento na Energia Solar por placas fotovoltaicas. Quanto a isso, destacou-

se a importância da controladoria e do planejamento estratégico para analisar cada uma das

situações, tendo como peça-chave, o controller, designado a auxiliar a gestão nesta tomada de

decisão.

Primeiramente, observou-se, em comparativo às análises, que os investimentos em

energia fotovoltaica foi uma grande decisão para a empresa, pois houve o alcance do payback

nas primeiras parcelas do investimento, a VPL ficou positiva e a TIR, superior à taxa de

mercado, ajustada pela taxa da caderneta de poupança, em conjunto ao controller e a direção

do investimento.

Quanto às aplicações financeiras, observou-se que, mesmo sendo a caderneta de

poupança a preferência da maioria dos poupadores, a melhor opção ainda é o investimento no

tesouro direto, porém, para este, há cobrança de taxas, custódia da bolsa, e desconto de imposto

de renda, proporcionando uma baixa nos rendimentos líquidos. Já o investimento na energia

solar, resulta em ganhos bastante significativos, ou seja, é melhor realizar a instalação do

sistema de geração de energia fotovoltaica, do que investir nas aplicações financeiras.

Alinhando as análises, e comparando os resultados, pode perceber a importância da

controladoria em benefício aos estudos perante os investimentos das empresas. Ao solicitar

orçamentos, apresentou-se estudos e projetos técnicos, explicando a importância da

Figura 1 – Comparativo de rendimento parcela 10 – empresa A e B

Fonte: adaptada pela autora (2020).

Page 14: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 14

localização/posição e a estrutura da implantação das placas voltaicas. Economicamente,

explicam que ao implantar o sistema fotovoltaico, ocorre um investimento, sendo que o valor

da parcela será o abatimento na conta de luz. Finalizando as parcelas, o valor que seria pago de

energia, somará ao fluxo de caixa.

Por consequência, para que o investimento seja realmente viável às empresas, há a

necessidade de projeções e análises além de técnicas. Sabe-se as empresas tem gastos e custos

fixos para cumprir mensalmente e é preciso projeção sob elas. Ao receber os orçamentos, foi

analisado juntamente a administração, todos os dados apresentados anteriormente, chegando

assim em uma conclusão positiva quanto à implantação.

Como sugestão de estudos futuros, recomenda-se ampliar as análises de resultado

quantitativo por parte dos fornecedores de módulos voltaicos, possibilitando maior clareza aos

profissionais e gestores das empresas. Às empresas, como sugestão de estudo futuro,

recomenda-se investir mais no setor da controladoria, aceitando que ela assume um papel

importante na liderança. Quanto ao estudo, sugere-se aplicação em um número maior de

amostras, possibilitando comparativos com outros tipos de investimento. Analisar antes de

investir torna-se indispensável, tendo em vista o futuro da empresa. E este, possibilita análise

sobre qualquer tipo de investimento, basta a coleta de dados correta e alguém que demonstre os

resultados.

REFERÊNCIAS

ANBIMA. Principais custos sobre os investimentos. 2018. Disponível em:

https://comoinvestir.anbima.com.br/escolha/compreensao-do-mercado/principais-custos-

sobre-os-investimentos/. Acesso em: 01 abr. 2020.

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa n° 482, de 17 de abril

de 2012. Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração

distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de

energia elétrica. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em

http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf. Acesso em 06/07/2015.

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Seminário Micro e Minigeração

Distribuída - Impactos da Resolução Normativa n. 482/2012. Brasília-DF, 2014.

Disponível em http://www.aneel.gov.br/hotsite/mmgd/. Acesso em 06/07/2015.

ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

ATLAS. Atlas solarimétrico do Brasil. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2020.

Disponível em: https://globalsolaratlas.info/map. Acesso em: 01 maio 2020.

BEUREN, I.; BORGONI, N.; FERNANDES, L. Análise da abordagem da controladoria em

dissertações dos programas de pós-graduacão em ciências contábeis. Revista Brasileira de

Gestão de Negócios, v. 10, n. 28, p. 249-263, 2008

BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

BRAZIL, O. A. V. Regulação e apropriação de energia térmica solar pela população de

baixa renda no Brasil. 2006. 121 f. Dissertação (Mestrado em Regulação da Indústria de

Energia) - Universidade Salvador – UNIFACS, 2006.

CAVALCANTE, F.; MISUMI, J. Y.; RUDGE, L. F. Mercado de capitais: o que é, como

funciona. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

CAVALCANTI, M. Gestão estratégica de negócios: evolução, cenários, diagnóstico e ação.

São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

Page 15: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 15

CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo:

Saraiva, 2005.

CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.

CRESESB. Centro de referência para as energias solar e eólica Sérgio S. de Brito. 2020.

Disponível em: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata&. Acesso em: 01 dez.

2020.

DASSI, J. A et al. Análise da viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica

em uma Instituição de Ensino Superior do Sul do Brasil. In: XXII Congresso Brasileiro de

Custos. Anais [...] Foz do Iguaçu, PR - Brasil, v. 1, n. 1, p. 01-16, nov. 2015.

DINIZ, N. Análise das demonstrações financeiras. Rio de Janeiro: Seses, 2015.

DRUCKER, P. F. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo: Nobel, 2002.

FERREIRA, R. Como planejar, organizar e controlar seu dinheiro: manual de finanças

pessoais. São Paulo: Thomson, 2006.

FILHO, A. M.; ISHIKAWA, S. Mercado financeiro de capitais. 2. ed. São Paulo: Atlas,

2003.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2004.

FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 20. ed.Rio de Janeiro: Qualitymark,

2015.

FREITAS, M. G.; MIRANDA, A. A. R. Custo-benefício e implantação de sistema

fotovoltaico. UNIRV, 2016. Disponível em:

http://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/CustoBeneficio%20e%20Implata%C

3%A7%C3%A3o%20de%20Sistema%20Fotovoltaico.pdf. Acesso em: 23 mar. 2019.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GONÇALVES, I. P.; CUNHA, E. G.; RHEINGANTZ, P. A. Estudo da relação custo-

benefício na implantação de diferentes sistemas fotovoltaicos em um edifício de escritórios na

ZB 2. In: Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído. [...] Anais. v. 14, 2017.

GOOGLE MAPS. Página inicial. 2020. Disponível em: https://www.google.com/maps/@-

29.384949,-51.366673,17z/data=!3m1!4b1!4m2!11m1!3e4. Acesso em: 31 mar. 2020.

INATOMI, T. A. H.; UDAETA, M. E. M. Análise dos impactos ambientais na produção

de energia dentro do planejamento integrado de recursos. Brasil Japão. Trabalhos, p. 189-

205, 2005. Disponível em: encurtador.com.br/huBC4. Acesso em: 01 abr. 2020.

IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, S. Teoria da contabilidade. 11. ed.São Paulo: Atlas, 2015.

JARDIM, C. S. A inserção da geração solar fotovoltaica em alimentadores urbanos

enfocando a redução do pico de demanda diurno. 2007. 148 f. Tese (Doutorado em

Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2007.

LIMA, F. G. Um método de análise e previsão de sucessões cronológicas unidimensionais

lineares e não lineares. 2004. 228 f. Tese (Doutorado em Administração) – Faculdade de

Economia, Administração e Contabilidade: Universidade de São Paulo, 2004.

LIMA, I. S.; LIMA, G. A. S. F.; PIMENTEL, R. C. Curso de mercado financeiro. 2. ed. São

Paulo: Atlas, 2012.

MACEDO, J. J. Análise de projeto e orçamento empresarial. Curitiba: Inter Saberes, 2014.

Page 16: Controladoria como Instrumento para Análise de Viabilidade

XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Programa de Pós-Graduação em Administração | 16

MICHEL, M. H. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo:

Atlas, 2015.

MIRANDA, J. B. Engenharia econômica: livro didático. Palhoça: Unisul Virtual, 2011.

MOTTA, R. R. Análise de investimentos: tomada de decisão em projetos industriais. 1. ed.

São Paulo: Atlas, 2006.

PADOVEZE, C. L. Controladoria básica. São Paulo: Atlas, 2010.

PADOVEZE, C. L. Controladoria estratégica e operacional. 3. ed. São Paulo: Cengage

Learning Brasil, 2012.

RAMOS, A. Metodologia da pesquisa científica: como uma monografia pode abrir o

horizonte do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2009.

REBELATTO, D. A. N. Projeto de investimento. 1. ed. Barueri: Editora Manole, 2004.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

ROSA, V. H. S. Energia elétrica renovável em pequenas comunidades no Brasil: em

busca de um modelo sustentável. 2007. 440 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento

Sustentável) – Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, 2007.

SÁ, A. L. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2010.

SAVARIS, D. A. Controladoria estratégica: uma proposta de formatação de modelagem de

informações gerenciais. 2010. 187 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Ciências Contábeis) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2010.

SILVA, A. C.; MARION, J. C. Manual de contabilidade para pequenas e médias empresas.

São Paulo: Atlas, 2013.

SILVA, B. W. Controladoria empresarial: planejamento, execução e controle. 2. ed. São

Paulo: BWS Consultoria, 2014.

SILVA, R. M. Energia solar no Brasil: dos incentivos aos desafios. 2015. Disponível em:

http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/507212/TD166RutellyMSilva.pdf?sequen

ce=1. Acesso em: 10 jun. 2020.

SOUZA, B. C.; BORINELLI, M. L. Controladoria. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.

TESOURO DIRETO. Simulador. 2020. Disponível em:

https://www.tesourodireto.com.br/simulador/#0. Acesso em: 03 abr. 2020.

VIANA, T. S.; URBANETZ, J.; RÜTHER, R. Potencial de sistemas fotovoltaicos

concentradores no Brasil. In: II Congresso de. 2008. Anais [...] Disponível em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94284. Acesso em: 17 ago. 2019.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.