livro controladoria

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    CONSELHO REGIONAL DECONTABILIDADE

    DO RIO GRANDE DO SUL

    A CONTABILIDADE E ACONTROLADORIA,

    TEMA ATUAL E DE ALTARELEVNCIA PARA APROFISSO CONTBIL

    Contador Dr. OLIVIO KOLIVER

    Porto Alegre Maro de 2005

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    Editor:CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADEDO RIO GRANDE DO SUL Rua Baronesa do Gravata, 47190160-070 PORTO ALEGRE-RSFone/fax (51) 3228-7999E-mail: [email protected]: www.crcrs.org.br

    Autor:Contador Dr. Olivio Koliver

    Coordenao:Contador ENORY LUIZ SPINELLI Presidente

    Tiragem: 3.000 exemplares.

    Os conceitos apresentados neste livroso de inteira responsabilidade do autor.

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    APRESENTAO

    O presente trabalho mais uma contribuio do Contador eProfessor Dr. Koliver, que constantemente estuda e pesquisa temasatuais e ligados Contabilidade. Desta vez, prope-se a abordar o

    assunto Controladoria, com o objetivo de no s proporcionar umareflexo que o assunto merece , mas tambm apresentar umaviso crtica pontual tanto sobre o posicionamento da funo daControladoria no organograma das entidades, como sobre o papel aser desempenhado pelo profissional responsvel, chamado decontroller .

    A funo docontroller , mais precisamente na ltima dcada, noBrasil, passou a ter relevncia tanto no meio acadmico, em cursosde ps-graduao e mestrado, quanto no mercado, que procuraprofissionais especializados, com viso de gesto, planejamentogerencial, fiscal, financeiro e de Contabilidade.Exercer a funo decontroller requer conhecimento da atividadepara poder execut-la adequadamente, requer interao e lideranapara, assim, acompanhar a dinmica do processo e da exatadimenso do negcio para o qual est recebendo total confiana.V-se que a atuao nessa rea no constitui um modismo,tampouco se restringe a uma funo especfica, pois, para que umprocesso de gesto se complete, o profissional, por excelncia, deveter viso ampla, atuando e controlando todas as reas daorganizao.

    O ato de executar est baseado neste conjunto de elementos que secompletam liderana, fixao de objetivos, planejamento,implementao de aes, controle, avaliao de estoques, custos,preo de venda, consecuo de metas, financeira, qualidade , e,fundamentalmente, ocontroller deve ter conhecimento deContabilidade, sabendo us-la como instrumento de informao ede apoio. Em suma, requer habilidades interpessoais, conhecimento

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    de si prprio e de sua capacidade, habilidade na utilizao datecnologia para concretizar as metas, traduzindo um conjunto deinformaes tcnicas para uma linguagem de negcio e de deciso.Conclui-se que, para sercontroller , no basta querer ser, necessrio, sim, estar preparado para saber ser e executar a funocom conhecimento, disciplina e convico.

    Nossos agradecimentos ao Contador Dr. Olivio Koliver por maisesta colaborao para a Classe Contbil.

    ContadorEnory Luiz Spinelli,Presidente do CRCRS.

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    SUMRIO

    Resumo .................................................................................... 0701. A Atualidade Do Tema ...................................................... 0902. A Semntica da Expresso Controladoria na Literatura

    Tcnica Corrente ................................................................ 1203. O que dizem os nossos Dicionrios ................................... 1704. A Experincia recente na rea do Mercosul ...................... 1905. Contabilidade Gerencial .................................................... 2006. Os Contedos propostos em Cursos de Ps-Graduao,

    Latoe Strictu Sensu............................................................ 2307. A Conceituao de Contabilidade na legislao

    oriunda do Sistema CFC/CRCs .......................................... 2708. As Prerrogativas Profissionais ........................................... 3009. Concluses ......................................................................... 35Referncias Bibliogrficas ....................................................... 39

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    RESUMOA busca de competitividade na poca atual representou

    extraordinrio estmulo ao desenvolvimento e ao uso desistemas deinformaes como meio de apoio corrente e estratgico s decisesrelativas s atividades gestoriais, desde aquelas integrantes do dia-a-dia at as de longo prazo. A difuso dos meios computacionaisdesempenhou um papel determinante nesse sentido, provocandoigualmente, o surgimento de grande quantidade de cursos sobre otema, tanto de especializao quanto de ps-graduaostricto sensu.

    Analisando a questo, efetuamos o exame de dezenas de cursose publicaes e, a par de outros aspectos importantes, constatamos osurgimento e a expanso dos substantivoscontroladoria e con-

    troller , muitas vezes associados a profisses diversas da Contbil,evidenciando-se a existncia de possvel problema no mbito dasprerrogativas profissionais.

    A literatura tcnica corrente sobre sistemas de informaesdemonstra que a maioria dos autores entende a controladoria comorgo administrativo , com suas atividades centradas noplanejamento, relato e controle de informaes destinadas a darsuporte tcnico s decises dos executivos da entidade. J outrosinsistem em classificar a Controladoria comoconhecimentoautnomo e at mesmo comocincia . Os que assim se expressamcontraditam diretamente osfundamentos da Contabilidade e daProfisso Contbil .

    Nenhum dos dicionrios correntes da lngua portuguesaconsigna a expresso controladoria na condio decincia ouconhecimento autnomo , definindo-a sempre comorgo decontrole ou como oconjunto de funes daquele que exerce ocontrole, eventualmente denominado decontroller , expressoinglesa de uso discutvel. No idioma espanhol, a palavracontralor utilizada no mbito profissional como indicativa defuno , eContraloria , como sinnimo de unidade administrativa, de

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    assessoria ou apoio aos executivos. No encontramosnenhum caso de identificao como Conhecimento independente.

    A literatura relativa Contabilidade Gerencial ou Administrativademonstra claramente que seu contedo concerne essncia dastarefas exercidas nas controladorias, e a utilizao de tcnicas econhecimentos de outros ramos de Conhecimento constitui

    circunstncia normal nas atividades profissionais. Lamentavelmente,os cursos de ps-graduao vm-se utilizando, cada vez mais deintitulaes em que ressalta a palavracontroladoria , que, s vezes, at adjetivada! Mais ainda, apesar de os seus programas seremsubstantivamente contbeis, a Contabilidade, muitas vezes, sequer citada.

    As circunstncias referidas demonstram, a nosso ver, aimperiosidade da afirmao maisintensa e constante do que aContabilidade, na sua condio de cincia social que tem,primeiramente, por objeto o patrimnio das entidades e, por objetivo,a apreenso, registro, relato e anlise das variaes patrimoniaispassadas, presentes e futuras, reais ou padronizadas, concretas,previstas ou simuladas, bem como valores patrimoniais tangveis ouintangveis, com vistas gerao de informaes teis tomada dedecises pelos usurios. No campo interno, os objetivos estodiretamente relacionados com a eficcia da gesto. Todos oselementos em causa esto explicitados nos ordenamentos emitidospelo Conselho Federal de Contabilidade, inclusive as prerrogativasprofissionais, que esto em consonncia com a prpria conceituaode Contabilidade.

    As concluses finais do trabalho buscam chamar a ateno daClasse Contbil para a necessidade de uma postura firme epermanente em relao ao problema referido, combatendo asposies queinaceitam a Contabilidade como cincia social naforma estabelecida pelo Egrgio CFC e difundem comopertencentes a outros ramos de conhecimento ou profisses,

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    atividades que so nitidamente contbeis, notadamente aquelasexercidas nos setores de controladoria.

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    01 A ATUALIDADE DO TEMAA evoluo das atividades econmicas nos ltimos anos,

    notadamente na ltima dcada, com manifesto aumento naconcorrncia, teve, entre outras conseqncias, a intensificao dabusca de competitividade , alada condio de fator desobrevivncia . Alis, a maioria das empresas cuja administraono se apercebeu das tendncias em afirmao sofreu os efeitos, eno foram raros os casos de fechamento puro e simples, alm davenda para terceiros, especialmente em pases em desenvolvimentocomo o nosso. De outra parte, o quadro em tela colocou emrelevo aquesto daqualidade do sistema de informaes disposio dosgestores das entidades, com vistas ao subsdio de decises, tantoaquelas de natureza corrente quanto as relacionadas com oplanejamento da entidade a curto, mdio ou longo prazos. Noutraspalavras, as atividades de controle, notadamente no mbito interno,mas tambm no quadrante externo, passaram a integrar ovocabulrio corrente de pessoas ligadas gesto deempreendimentos.

    A utilizao de informaes correntes, oportunas, corretas esuficientes na gesto, entretanto,no novidade , porquantoacompanhou pari passuo desenvolvimento econmico,especialmente a partir da segunda revoluo industrial, comintensificao desde o incio dos anos vinte do sculo passado, pocana qual comeou a aplicao dacontabilidade marginal , e no inciodos anos trinta, quando surgiu ocusteio por atividades , tcnica quea maioria supe, erradamente, ser de poca bem mais recente. O que

    mudou, em verdade, foi aabrangncia dos sistemas de informao ea amplitude do seu uso. Noutras palavras, aquilo que antes erarestrito a um nmero limitado de empresas, cuja administrao seencontrava, qualitativamente, em estgio bem mais avanado do quea mdia, passou a integrar o universo do interesse geral, por concernirdiretamente eficcia da gesto e realizao dos objetivos doempreendimento. Ademais, a rapidssima disseminao do empregodos recursos computacionais desempenhou um papel

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    importantssimo, porquanto possibilitou o levantamento, a tabulaoe a anlise de informaes, bem como a comparao entre valorespadronizados e realizados, alm de projees tecnicamentefundamentadasem medida antes inimaginvel , em razo dos meiostcnicos disponveis. Nesse sentido, causa hoje espcie entre os jovens a meno ao fato de que, h pouco mais de duas dcadas, ouso de cartes perfurados, com todas as limitaes dessa tcnica, era

    considerado smbolo deatualizao tecnolgica e de que, em nossopas, no meio sculo, era usual a feitura da escriturao contbiloficial mediante registros manuais.

    De outra parte, a expanso do emprego de sistemas elaboradosde informaes comosuporte decisorial trouxe tambm consigotendncias praticamente inevitveis, particularmente na rea doensino, o que compreensvel, uma vez que, reconhecida aimportncia dos sistemas de informaes na rea gestorial, naturalque passassem a ser oferecidos cursos destinados ao treinamento depessoas em tcnicas particularizadas. Noutras palavras, houve umincentivo direto especializao no campo de sistemas deinformaes.

    Os levantamentos por ns realizados evidenciaram ofuncionamento, j a partir da segunda metade da dcada passada, designificativo nmero de cursos em nvel de ps-graduao, emuniversidades das diversas regies do Pas, tanto emlato quanto emstricto sensu, ou seja,cursos de especializao e de mestrado . Emmuitos casos, tambm frutificaram seminrios ou cursos de curtadurao, tanto voltados a aspectos genricos dos sistemas deinformao quanto a temas especficos. As denominaes dos cursosso as maisvariadas , o que representa fator de grande importnciana consecuo dos objetivos do presente trabalho, comodemonstraremos a seguir.

    A relao a seguir exposta foi organizada com base nasindicaes feitas pelos autores de artigos curtos publicados emseo especfica do Jornal do Comrcio(1), de Porto Alegre, nos

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    ltimos quatro anos. A lista somenteilustrativa , masprovavelmente poderia ser estendida, em essncia, para o restantedo Brasil. O que interessa, nesse momento, o fato de as pessoasque informaram estar freqentando um dos cursos escreveremsempre sobre o tema mencionado no ttulo do trabalho. Os cursospropriamente ditos seguramente apresentam contedos variados,embora centrados nos sistemas de informao. As denominaes

    dos cursos por ns anotadas, foram, entre outras, as seguintes:Auditoria;Auditoria Integral;Auditoria e Percia;Contabilidade;Contabilidade Avanada;Controladoria;Controladoria e Contabilidade (mestrado);Controladoria e Contabilidade Avanada;Controladoria e Contabilidade Gerencial (mestrado);Controladoria de Gesto;Estratgia;Finanas;Finanas Pblicas e Controladoria;Gesto;Gesto de Custos;Gesto Estratgica;Gesto de Negcios; eMestrado Profissional em Controladoria Ps-Graduao emEconomia.

    A nosso ver, o que mais interessa na amostragem o fato de apalavra mais encontrada nos ttulos dos cursos levantados ter sidoControladoria . Mais ainda, em diversos casos, os ttulosapresentavam as palavrascontroladoriae contabilidade, deduzindo-se, pois, serem duas denominaes concernentes a contedosdiferentes, ou seja, semanticamente referentes adois setores deConhecimento . De outro lado, enquanto alguns cursos ostentam

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    ttulos absolutamentegenricos , como no caso degesto denegcios , outros primam pela especificidade, o que observvel emgesto de custos .

    De outra parte, presente oobjetivo maior deste trabalho,merece destaque especial a existncia de mestradoProfissional em Economia , com nfase emControladoria . Tal fato coloca no

    centro das atenes a necessidade de um exame mais detalhado doque sejacontroladoria e, uma vez conceituada satisfatoriamente,qual o seu enquadramento no universo das prerrogativasprofissionais, o que nos remete obrigatoriamente formao noscursos degraduao , porquanto, na legislao brasileira, um cursode ps-graduao, mesmostricto sensu, no possibilita o registro em Conselho Profissional,condio primeira para o exerccioprofissional , podendo existir ainda outras, como o caso do Examede Suficincia naContabilidade .

    Reputamos o exemplo do pargrafo anterior to importante,que buscamos informaes adicionais sobre ele, especialmentequanto ao seucontedo programtico , que ser examinado maisadiante. Antes, no entanto, analisaremos o significado da palavracontroladoria e da expresso controller , a qual vem sendo utilizadapara designar a pessoa que responsvel pela coordenao ouexecuo das atividades compreendidas na controladoria, posioliminarmente inaceitvel por tratar-se de palavra em ingls, semqualquer adaptao ao vernculo.

    02 A SEMNTICA DA EXPRESSOCONTROLADORIA NA LITERATURA TCNICACORRENTE

    O substantivocontroladoria vem-se difundindo, em nosso Pas,com intensidade, em determinado quadrante da literatura tcnicacentrada na gesto. O processo tornou-se visvel, a partir do final dosanos oitenta, e apesar do tempo decorrido, no h entre os autoresunanimidade sequer no campo semntico , ou seja, sobre o

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    significado decontroladoria , e quanto a que lugar ocupa noConhecimento Humano, em termos epistemolgicos. Na mesmalinha de pensamento, constata-se ausncia de entendimento sobre ouniverso dos temas que abrange, conforme ser demonstrado maisadiante. A definio constante da clssica obra de MOSSIMANN,ALVES E FISCH (2), em 1993, j deixava clara a existncia deduas grandes possibilidadesmutuamente excludentes por

    representarem categorias lgicas diversas:A Controladoria consiste em um corpo dedoutrinas e conhecimentos relativos gestoeconmica. Pode ser visualizada sob doisenfoques:a) como rgo administrativo, com uma

    misso, funo e princpios norteadoresdefinidos no modelo de gesto do sistemaempresa; e

    b) como uma rea de conhecimento humanocom fundamentos, conceitos, princpios emtodos oriundos de outras cincias.

    Na primeira hiptese, a controladoria representa, pois, umsetorda empresa , com funes definidas, integrado na sua estrutura.Noutras palavras, parte de umorganograma funcional , o qual,como normal, obedece a determinados princpios ou diretivas. Jna segunda conceituao configura, conforme declarado, rea deconhecimento humano . Curiosamente, os autores em causa no lheconferem autonomia , porquanto afirmam sua fundamentaoepistemolgica em outras cincias , o que significa,silogisticamente, que a controladoriano uma cincia , pois todasas cincias devem ter, pelo menos, objeto e objetivos prprios. Maisadiante, na mesma obra, encontramos nova conceituao,especificando quais so as cincias referidas na definio da alneab:

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    A controladoria pode ser conceituada comoum conjunto de princpios, procedimentos emtodos das Cincias da Administrao,Economia, Psicologia, Estatstica, e principalmente da Contabilidade, que seocupam da gesto econmica das empresas,com o fim de orient-las para eficcia.

    Mais uma vez reafirmam que a Controladoria configura aaplicao de conhecimentos pertencentes a diversas cincias, comrelevo Contabilidade, o que representa reconhecimento valiosssimo na concretizao do presente trabalho.

    J FIGUEIREDO E CAGGIANO (3) comentam o resultado dareviso da literatura e da prtica empresarial, concluindo que asresponsabilidades e as atividades bsicas da Controladoria incluemo planejamento, o controle e a avaliao de desempenho, apreparao e a interpretao de informaes, a contabilidade geral ede custos e outras atividades que impactam o desempenhoempresarial. O tema predominante na obra concerne contabilidade de custos no sentido amplo, incluindo a anlise decustos, o planejamento oramentrio abrangendo investimentos ,os preos de venda e oscontroles internos no sentido amplo. Estaposio sobre o contedo da Controladoria importantssima naargumentao desenvolvida mais adiante.

    Tambm CATELLI (4), apesar de a sua conhecida obra contermuitas crticas contundentes Contabilidade, apoiadaspredominantemente em autores norte-americanos, afirma que:

    A controladoria enquanto ramo doconhecimento, apoiada na Teoria daContabilidade e numa viso multidisciplinar, responsvel pelo estabelecimento das basestericas e conceituais necessrias para amodelagem, construo e manuteno de

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    sistemas de Informaes e Modelo de GestoEconmica, que supram adequadamente asnecessidades informativas dos Gestores e osinduzam durante o processo de gesto, quandorequerido, a tomarem decises timas.

    Curiosamente, embora asseverando que a Controladoria constituiramo do Conhecimento, reconhece que estapoiada na Teoria daContabilidade , apesar de no esclarecer emqual teoria ou doutrinacontbil, pois reconhecidamente h muitas, sendo, o que ainda pior,algumas contraditrias entre si. De qualquer forma, coloca no centrodas atenes os sistemas de informao e a existncia de modelos ouparmetros de gesto econmica, de maneira que aqueles possamsuprir os gestores com os elementos para a tomada de decisescorretas. A nosso ver, a obra, apesar do seu ttulo Controladoria,est voltada teoria administrativa. Mas o que interessa nos termosdo presente trabalho o fato de afirmar que a controladoria estfundamentada na Teoria da Contabilidade, embora em momentoalgum desenvolva, pelo menos os lineamentos da Teoria a qual estse referindo. Mais ainda, no define claramente o que aContabilidade, com a explicitaosemasiolgica do seu objeto,objetivos e mtodos , o que torna invivel a sua anlise comoConhecimento e a sua posio como fundamento de Controladoria.

    Constitui igualmente referncia a obra de NAKAGAWA (5),que, j na primeira pgina, relaciona as palavrasControladoriaeController :

    Os modernos conceitos de Controladoriaindicam que o Controller desempenha sua funo de controle de maneira muito especial,isto , ao organizar e reportar dadosrelevantes, exerce uma fora de influncia queinduz os gerentes a tomarem decises lgicase consistentes com a misso e objetivos daempresa.

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    Depreende-se, conseqentemente, que o fulcro est na palavracontrolee que o conceito de controladoria funcional, porquanto asdecises propriamente ditas cabem s gerncias. Com base nessapremissa, encontramo-nos diante de uma simples modalidade deestruturao organizacional-administrativa, centrada num setor quemantenha um eficaz sistema de informaes, capaz de fornecersuporteracional tomada de decises pelos executivos, na busca

    da realizao dos objetivos da empresa ou entidade. Dessa forma, aquestono epistemolgica , discutindo-se se aControladoriauma cincia ou no. Em verdade, a partir da viso funcional sempre aceita a premissa maior da existncia das cincias sociais,posio surgida no sculo XIX, mas que, at hoje, aindacontestada por muitos estudiosos de formao hegeliana presentes os recursos dos diferentes ramos da Matemtica e daLgica, carecer de sentido a discusso da Controladoria comoConhecimento.

    No item 1.2 da sua obra, o autor em causa descreve o queentende porsistema integrado de informaese o campo daControladoria. Salienta que o sistema geral compreende trssistemas, mais propriamente trs subsistemas: o decustos-padro ,o de oramentos e o contbil . De outra parte, o conjunto apresentaas fases de planejamento, execuo e controle, o que, diga-se depassagem, clssico. Ainda na introduo, ressalta o termo inglsaccountability, definindo-o:

    Accountability a obrigao de se prestar contas dos resultados obtidos, em funo dasresponsabilidades que decorrem de umadelegao de poder.

    Sabidamente, a palavraaccountabilityderiva, precisamente, de Accounting, ou seja, deContabilidade . Vale dizer, pertence aoterritrio contbil. Coerentemente com essa concluso, o prprioautor, no final da obra, quando descreve um modelo de integraosistmica, salienta a existncia de sistemas de padres, de

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    oramentos e de contabilidade, essa entendida em termos restritos,ou seja, de registros de variaes patrimoniais quantitativas equalitativas, dos quais resultam as demonstraes contbeis. No setrata, pois, de Contabilidade no sentido amplo de Cincia Social.

    As demais obras que examinamos seguem orientaessemelhantes, embora existam autores que insistem na tese de que a

    Controladoria uma Cincia Social. Mais adiante citaremos autoresque defendem tal ponto de vista, mas, antes, examinaremos asemntica deControladoria consignada nos dicionrios de usocorrente em nosso pas.

    03 O QUE DIZEM OS NOSSOS DICIONRIOSIniciaremos o exame semntico com o clssico LELLO UNI-

    VERSAL (6), editado em Portugal nos anos vinte do sculo passado:

    Controle, s.m. (t. franc.). Acto ou effeito deverificar, com observaes repetidas.

    Naturalmente, a obra no consigna o substantivoControladoria.HOUAISS (7), pelo contrrio, menciona as trs palavras que

    so relacionadas:

    Controle s.m. ato ou efeito de controlar ;Controlar v. (1919 ch.ct) 1. t d. submeter aexame e vigilncia estritos; fiscalizar,monitorar;

    Controladoria s.f. rgo ou departamentocontrolador, especialmente rgo do governodestinado ao controle financeiro; eController (ing) indivduo responsvel por umadeterminada rea administrativa, em certasorganizaes industriais ou comerciais.

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    FREIRE (8), o grande clssico entre os dicionrios da lnguaportuguesa editados no Brasil, no apresenta os substantivosControladoriae Controller :

    Contrlo s.m. contrle. Ato de dirigir qual-quer servio, verificando-o, examinando-o, fiscalizando-o e encaminhando-o de modo

    mais conveniente;eControlar submeter ao controle.

    O AURLIO (9) no consigna a palavra inglesaController ,mas apresenta todas as demais derivadas de controle. Restringir--nos-emos reproduo do que interessa ao presente trabalho:

    Controle (). (Do fr. contrle.) s.m. 1. Ato,efeito ou poder de controlar; domnio,governo. 2. Fiscalizao exercida sobre asatividades de pessoas, rgos, departamentos,ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, no se desviem dasnormas preestabelecidas. 3. Restr.Fiscalizao financeira.Controlo (). s.m.Lus. V. Controle;Controlar. (Do fr. contrler.) V.t.d. 1. Exercer o controle de. 2. Submeter a controle;Controlador (o). (De controlar + dor.) Adj. 1.Que controla. S.m. Aquele ou aquilo quecontrola;eControladoria. (De controlador + ia.) S.f. 1.rgo oficial de controle. 2. Funes daqueleque exerce controle.

    Observa-se facilmente que, nos exemplos citados, os doisdicionrios mais populares no Brasil, em suasedies recentes ,registram a palavra Controladoria precisamente com o sentido jreferido no item anterior, comorgo de controle ou como as

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    funes daquele que exerce o controle . No h qualquer meno controladoria como quadrante de Conhecimento com autonomia ouprincpios prprios ou,muito menos ainda , com a qualidade decincia , seja de que categoria for.

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    04 A EXPERINCIA RECENTE NA REA DOMERCOSUL

    Em maio de 2004, tivemos a oportunidade de dirigir ostrabalhos na rea de Contabilidade noPrimer Congreso del Mercosur de Contabilidad, Auditora y Tributacin, onde foramapresentados 21 trabalhos (10) sobre assuntos contbeis. Comexceo de um nico trabalho, todos foram escritos em espanhol, ea anlise que efetuamos, com a emisso de pareceresindividualizados, evidenciou o no-uso do termoControladoria.Diversos colegas argentinos, uruguaios, paraguaios, bolivianos echilenos informaram que a palavra de emprego usual Contralor ,especialmente narea pblica , cujo significado semelhante ao decontroller em ingls e que consta da obra de LIZCANO, o que importante pela natureza desta. A palavraContraloria correspondente nossa Controladoria, embora exista,aparentemente de uso limitado e, quando empregada, diz respeito

    ao rgo que exerce o controle na entidade. Ou seja, como j foireferido antes, trata-se de umaunidade administrativa , deassessoria ou apoio aos executivos.

    Todas as pessoas que entrevistamosestranharam a hiptese deque a palavra pudesse designar um campo autnomo deconhecimento e, mais ainda , uma cincia em termosepistemolgicos. Todos os indagados foram unnimes em assinalarque o sistema de informaes dasContralorias, como referente aocampo interno da entidade, se identifica contabilidad para lagestinou, mais simplesmente, contabilidad de gestin, ou seja,

    em portugus, Contabilidade de Gesto, tambm conhecida porContabilidade Gerencial ou Administrativa.

    Cabe, pois, um exame mais acurado da Contabilidade Geren-cial, a denominao mais usual em nosso Pas.

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    voltada para melhor utilizao dos recursoseconmicos da empresa, atravs de umadequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informao gerencial.

    ATKINSONS, KAPLANet al. (13) tambm sublinham asinformaes econmicas:

    A contabilidade gerencial um processo deidentificar, mensurar, reportar e analisar informaes sobre eventos econmicos dasempresas.

    As trs definies citadas apresentam um ponto comum, que o reconhecimento formal da existncia de uma parte daContabilidade qualificada comogerencial . CREPALDI o maisdireto, mencionando o enquadramento da Contabilidade Gerencialno todo maior que a Contabilidade. Vale dizer que aContabilidade Gerencial uma das modalidades de aplicao daContabilidade prtica, como a Contabilidade Financeira, aContabilidade de Custos, a Contabilidade Oramentria, a AnliseEconmico-Financeira, o Controle Interno, a Auditoria, etc. Combase nessa premissa, cumpre buscar resposta pergunta sobre o quesignifica, finalmente, Contabilidade, porquanto tal conceituaoestabelecer a amplitude do universo do sistema de informaes que apoiar os processos decisrios no mbito executivo. Partindo-se da existncia da Contabilidade na condio decincia social , oreconhecimento de que ela possa ser dividida, emtermosaplicados , em ramos ou tcnicas, constituisimples recursofacilitador dos estudos e das aplicaes, na busca de solues deproblemas concretos no exerccio profissional.

    A adoo de entendimento fundado e claro sobre aconceituao de Contabilidade , pois, determinante do sucesso dabusca de concluso para o problema em equacionamento: umaglomerado de tcnicas ou um todo unvoco. Na primeira hiptese,

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    inexistir o conceito dotodo , caracterstica bsica da segundapossibilidade. Nesta, a Contabilidade consideradacincia social cujo objeto o patrimnio e cujo objetivo a apreenso, registro,anlise e interpretao das variaes patrimoniais da entidade, emtermospassados ou prospectivos , com vistas ao apoio de decisesde variada natureza tanto por parte de pessoas ou entidades externas investidores, fornecedores, financiadores, o Estado, etc. como

    internas gerentes, administradores ou executivos, proprietrios oufuncionrios, centrados na realizao e otimizao dos objetivos daentidade. As informaes resultaro em decises que daro origema aes que visam concretizao dos objetivos da entidade emtermos econmico-financeiros e de continuidade de existncia.

    Alguns estudiosos seguem afirmando que a realizao dosobjetivos citados funo daControladoria , embora no consigamconceitu-laepistemologicamente , conforme j restou esclarecido.Voltando questo etimolgica, interessante lembrar que apalavracontrole derivada do francscontrle e que controller o de comptroller , cuja origem est no substantivo compte , ou seja,singelamente,conta , o que nos remete, novamente, figura doprofissional contbil, ou, na linha em exposio, Contabilidade...

    A anlise minudente da literatura sobre os sistemas deinformaes como fonte para a tomada de decises evidenciouclaramente que as diferentes reas abrangidas concernem aocampoda Contabilidade :

    Contabilidade Financeira e demonstraes contbeis;apurao de resultado dos produtos, dos servios, de unidades,da entidade;natureza e origem dos resultados;apurao, anlise e projeo de custos;avaliao e anlise dos volumes de estoques de produtos emateriais;anlise da eficcia operacional com base em padres;oramentao, em termos amplos e especficos;

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    planejamento operacional e estratgico, em diferentes prazos;controle interno em termos fsicos e monetrios;anlises de custos de oportunidade, inclusive em viso marginal;auditoria interna; eestudos dos efeitos tributrios das decises, etc.

    Enfim, resulta cristalino que as atividades em causa integram o

    campo contbil, o que no afetado, em circunstncia alguma, peladenominao do setor ou setores, onde so realizadas as tarefas oumesmo pelo nome do cargo da pessoa que as coordena. Alis, se asfunes exercidas integram o campo dasprerrogativas dosContabilistas, h, em nosso Pas, a necessidade de registro no CRC.De outra parte, reconhecemos que, dependendo da amplitude eprofundidade do sistema de informaes em exame, muitas tarefas,especialmente aquelas que implicam anlise de situaes ou deprojees de fatos no mundo exterior entidade, podem requerer acolaborao eventual ou permanente de profissionais de outrasreas, como engenheiros, matemticos, estatsticos, economistas,especialistas em poltica, mercadologia, processos de produo,equipamentos especficos e muitos outros quadrantes, segundo oramo de atividade.

    06 OS CONTEDOS PROPOSTOS EMCURSOS DE PS-GRADUAO,LATO ESTRICTO SENSU

    As entidades de ensino superior em nosso pas vmdesenvolvendo, cada vez mais, cursos cujo objeto so os sistemasde informaes destinados a fornecer osuporte para as decises departe dos executivos de diferentes nveis, nas empresas e outrasentidades. Embora tenhamos analisado dezenas de casos, teceremosconsideraes sobre alguns que entendemos mais representativos,at porque uma anlise ampla resultaria em dissertao, tese ou,pelo menos, numa obra tcnica.

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    O Mestrado Profissional em economia nfase emControladoria, NECON/UFRGS (14), aberto a pessoas com cursode graduao, reconhecido por instituio de ensino superior,apresenta seis disciplinas obrigatrias.

    Sistema de Informaes Gerenciais, abrangendo noes edefinies, projeto, desenvolvimento e implantao de Sistemas

    de Informaes, sendo o ltimo item relativo aos Sistemas deInformaes Aplicados Contabilidade.Gesto Estratgica de Custos, em que se desenvolvem todos osaspectos correntes da Contabilidade de Custos, inclusive ossistemas, terminando com o chamadoBalanced Scorecard.Finanas Corporativas: a disciplina, embora concentrada na reafinanceira, apresenta diversos itens de cunho contbil.Controladoria: definies, controle, planejamento, relatrios,planejamento e controle do balano patrimonial, sistemas decontrole e aspectos administrativos do Departamento deControladoria.Contabilometria.Anlise dos cenrios nacionais e internacionais.

    Como se observa, hpredominncia dos temas contbeis , e acontroladoria reconhecida comodepartamento , isto , unidadeadministrativa.

    J a Fundao dos Administradores do Rio Grande do Sul vemoferecendo, desde 2002, curso de especializao emControladoriae Finanas(15), no qual encontramos as seguintes disciplinas:

    Mtodos Quantitativos Aplicados;Tecnologia da Informao;Teoria da Contabilidade;Estratgia Financeira;Estratgia de Custos;Planejamento Financeiro;Mercado de Capitais;

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    Avaliao de Desempenho;Finanas Internacionais; eDiagnstico de uma Empresa.

    O currculo, conforme o anuncia o ttulo do curso, concentra-sena rea contbil denominada deControladoria e no quadrantefinanceiro, embora no seja indicado o limite entre os dois setores.

    Ressalte-se um aspecto importante nos termos do objetivo dopresente trabalho: o curso est aberto freqncia de pessoas comoutros cursos de graduao .

    Outra universidade na Grande Porto Alegre a FEEVALE oferece, desde 2003, curso de especializao em Controladoria, com360 horas-aula, aberto a qualquer pessoa com curso superior. Comoobjetivo, afirma a correta abordagem dagesto da controladoria das organizaes. As disciplinas integrantes do currculo soaquelas j conhecidas:

    Anlise de Cenrios Econmicos;Avaliao de Desempenho;Avaliao de Patrimnio e Tpicos Contemporneos deContabilidade;Auditoria e Controle Empresarial;Estatstica para Executivos;Estratgia em Contabilidade;Gesto estratgica de custos;Mtodos e Tcnicas de Pesquisa;Mudanas Organizacionais e Relaes Humanas;Planejamento e Gesto Financeira; ePlanejamento Tributrio.

    Em termos de contedo representa, praticamente, o currculo degraduao em Cincias Contbeis, com algumas omisses.

    O curso de Master em Business Administration MBAemGesto Empresarial (16), da Fundao Getlio Vargas, comeou em

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    A assertiva demonstra claramente que a autoraidentifica as

    atividades de controladoria com a Contabilidade , separando, to--somente, a rea financeira. Entretanto, no menciona o fato de que impossvel falar-se em variaes patrimoniais sem considerar osaspectos financeiros.

    Entre os MBAreferidos no Jornal do Comrcio, chamou anossa ateno aquele mantido pela UNIFIN de So Paulo (18), cujocorpo docente formado por especialistas ilustres da ProfissoContbil e cuja denominao MBA em Controladoria eContabilidade Gerencial, restritiva a nosso ver, porquanto noconsidera osobjetivos da Contabilidade no seu todo . H diversoscasos em que o substantivoControladoria adjetivado: assim, jencontramos Controladoria estratgica, naturalmente sem acompetente conceituao . De qualquer forma, o ttulo permitededuzir que devem existir diversos tipos de controladorias!Havendo uma que estratgica, qui exista uma de naturezattica ?

    07 A CONCEITUAO DE CONTABILIDADENA LEGISLAO ORIUNDA DO SISTEMACFC/CRCs

    As consideraes j desenvolvidas evidenciam claramente aexistncia deconcepes variadas e antagnicas sobre os sistemasde informao nas entidades e sobre anatureza da controladoria edas atividades dos chamados controllers por alguns autores.Subjacente questo como um todo, permanece a indagao sobre aconceituao da prpria Contabilidade, fonte primeira da resposta aqualquer pergunta sobre a que campo do conhecimento pertencematividades, tcnicas ou procedimentos especficos exercidos nossetores denominados de Controladoria. Como j sublinhamosanteriormente, a questo, sobtica epistmica , admite profundas equi interminveis discusses no terreno filosfico, com base naprpria existncia das cincias chamadassociais . Entretanto, tal no

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    o escopo do presente trabalho, norteado em essncia Contabilidade comofundamento de uma profisso .

    Coerentemente com tal linha mestra, cumpre ressaltar que oConselho Federal de Contabilidade, fazendo uso deatribuieslegalmente estabelecidas , aprovou duas ordens de preceitos sobre aContabilidade, de observncia obrigatria pelos Contabilistas,

    configurando, entretanto, uma estrutura unvoca, de essnciadedutiva. Em palavras singelas, uma estrutura alicerada, em termoslgico--formais, na conceituao fundamentada do ConhecimentoContbil e nas aplicaes dele derivadas, na busca de solues paraproblemas concretos. As duas classes de ordenamentos so asseguintes:

    a) as Resolues CFC de nmeros 750, de 29 de dezembro de1993, e 774 (19), de 16 de dezembro de 1994, que concernem fundamentao cientfica da Contabilidade, reconhecendo-aclaramente como cincia social ou aplicada, com objeto, objetivos emetodologia prprios; e

    b) as Normas Brasileiras de Contabilidade NBCs (19) que,mediante resolues especficas, constantemente ampliadas eatualizadas, estabelecem as normas de observnciaobrigatria pelos profissionais contbeis quando do exerccio profissional.

    Pela sua prpria concepo,o todo organicamenteintegrado , porquanto as normas obrigatoriamente observadas noequacionamento e soluo de problemas concretos no exerccioprofissional devem obedecer s diretivas gerais formalizadas nasResolues de nmeros 750 e 774. Alis, nesta ltima, a matria enunciada de maneira absolutamentecristalina :

    A Resoluo alicera-se na premissa de quea Contabilidade uma Cincia Social com plena fundamentao epistemolgica. Por conseqncia, todas as demais classificaes

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    mtodo, conjunto de procedimentos, tcnicas,sistema, arte, para citarmos as mais correntes referem-se a simples facetas ou aspectos daContabilidade, usualmente concernentes suaaplicao prtica, na soluo de questesconcretas.

    Com base nos fundamentos estabelecidos na Resoluo n 750,

    a Resoluo n 774 detalha os Princpios Fundamentais deContabilidade, afirmados comoprincpios cientficos , e no comosimples convenes. Os textos das duas Resolues constituem,sabidamente, fonte obrigatria na construo das respostas sperguntas em que o centro esteja na Contabilidade comoConhecimento. Dessa forma, o seu domnio indispensvel para oexerccio da Contabilidade e para o correto equacionamento daquesto ora em exame.

    Conforme j assinalado, as Normas Brasileiras deContabilidade configuram o seguimento natural da classificao daContabilidade no mbito cientfico, regulando os aspectos prticosno exerccio profissional. Conseqentemente, nenhuma NBC podecontrariar, sob qualquer aspecto, o que consta das Resolues ns750 e 774. Alis, a Resoluo n 751-93 (19), que Dispe sobre as Normas Brasileiras de Contabilidade, clarssima no seu terceiroconsiderando:

    CONSIDERANDO que os PrincpiosFundamentais de Contabilidade representam aessncia das doutrinas e teorias relativas Cincia da Contabilidade e que constituem os fundamentos das Normas Brasileiras deContabilidade, que configuram regrasobjetivas de conduta.

    Essa disposio concerne diretamente questo da abrangnciadas Normas, que necessariamente devero alcanar a integralidadedas atividades contbeis, exercidas profissionalmente pelos

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    Contabilistas, emcarter de exclusividade , ou seja, comoprerrogativa . Alis, esta a razo fundamental que levou oConselho Federal de Contabilidade a editar a Resoluo n 560-83(20), que Dispe sobre as prerrogativas profissionais de que trata oartigo 25 do Decreto-Lei n 9.295, de 27 de maio de 1946 . J nosseusConsiderandos,afirma a Contabilidade como cincia social ouaplicada, com objeto e objetivos prprios, ressaltando o binmio

    fundamentao cientfica/aplicao prticauma dcada antes daResoluo n 750. Mais ainda, detalha o contedo em termos deexerccio profissional. Ademais, chama ateno o fato de que,passadas mais de duas dcadas, prev, no seu artigo 2, que uma dasfunes tpicas do profissional da Contabilidade a decontroller.

    ...exercendo qualquer tipo de funo. Essas funes podero ser as de analista, assessor,assistente, auditor interno ou externo,conselheiro, consultor, controlador dearrecadao, controller , educador, escritor ouarticulista tcnico, escriturador contbil ou fiscal, executor subordinado, fiscal de tributos,legislador, organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista,redator, revisor.

    Alis, as atribuies privativas dos profissionais daContabilidade, explicitadas no artigo 3, no deixamqualquerdvida quanto incluso dos elementos essenciais pertinentes aoexerccio das funes normalmente compreendidas no setor deControladoria, com vistas preparao e ao controle de decises.

    08 AS PRERROGATIVAS PROFISSIONAISAs prerrogativas explicitadas na Resoluo CFC n 560-83

    incluem quarenta e oito itens, alm de atividades compartilhadas.Dentre as atribuies privativas dos profissionais daContabilidade, ressaltamos as seguintes:

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    avaliaes, parciais ou totais, do patrimnio da(s) entidade(s),inclusive de fundos de comrcio, o que hoje se traduz porvalores intangveis ;reavaliaes e medio dos efeitos das variaes dopoderaquisitivo da moeda sobre o patrimnio e oresultadoperidico de quaisquer entidades;

    fuses, cises, incorporao e liquidao de entidades, com asdecorrentes questes em matria de avaliaes patrimoniais, oque implica conhecimento amplo e seguro da(s) entidade(s)envolvida(s), tanto em termos internos como externos;concepo de planos de depreciao, amortizao e diferimento,tanto de bens materiais como imateriais;planejamento e execuo de registros contbeis relativos svariaes patrimoniais, emcarter oficial ou no , por qualquertcnica (no seu item 12 a Resoluo menciona, inclusive,contabilidade macroeconmica!);levantamento de demonstraes contbeis de qualquer tipo epara quaisquer finalidades;apurao e anlise de custos em qualquer sistema ou concepo,tendo como objetivo central a otimizao do resultado, o queimplica o planejamento da produo e das vendas (a Resoluomenciona especificamente...a tomada de deciso sobre a forma mais econmica sobre como, onde, quando e o que produzir e vender ; no seu item 19, explicitando a anlise decustos, menciona especificamente o fator grau de ocupao);controle, avaliao e estudo da gesto econmica, financeira epatrimonial das empresas e demais entidades (no item 24,destaca a avaliao do desempenho das entidades);programao oramentria, tanto na partefsica quantofinanceira , e anlise das variaes havidas;auditoria interna e operacional, ressaltando-se que aauditoria/operacional pressupe conhecimento aprofundado dofuncionamento da entidade, incluindo os seus ciclosoperacionais, tanto interno quanto externo;auditoria externa e percias; e

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    organizao e operao dos sistemas de controle interno emtodas as atividades da entidade.

    Na rea das atividades compartilhadas, isto , aquelas cujoexerccio genrico ou, em alguns casos, tambm prerrogativa deoutras profisses, cumpre ressaltar:

    planejamento tributrio;elaborao de clculos, anlises e interpretao de amostragensaleatrias ou probabilsticas;elaborao e anlise de projetos, inclusive quanto viabilidadeeconmica;pesquisas operacionais; eelaborao de oramentos macroeconmicos.

    Os detalhes constantes da Resoluo em exame evidenciamclaramente o fato de que as atividades profissionais compreendidasno objeto eobjetivos da Contabilidade , segundo explicitado nasResolues CFC ns 750 e 774, constituem prerrogativas dosContabilistas. Noutras palavras, todas as atividades que tm porcentro as variaes patrimoniais da entidade quantitativas equalitativas e, o que importantssimo,passadas, presentes ou futuras . Mais ainda, tirante as atividades-meio, como registros ecumprimento de obrigaes formais, o exerccio profissional tempor objetivo primeiro apreparao de decises diretamenterelacionadas com aeficcia da gesto . timo exemplo nessesentido nos dado pela Contabilidade e Anlise de Custos,atividade cujo exerccio depende, antes de mais nada, doconhecimento do ciclo operacional da entidade, vale dizer, o que,como, onde, quando e por que produzir determinados produtos ouservios. No ciclo operacional interno, tal significa conhecimentoslido sobre mquinas, ferramentas, matrizes, modelos, sistemas detransporte, programao, materiais diretos e indiretos, uso de meiosde avaliao daeficcia nas operaes, com o emprego depadres ,acompanhamento dograu de ocupao desde equipamentos atsetores, unidades de produo ou a empresa como um todo.

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    Naturalmente, tambm osmeios de controle dos acontecimentos, afim de que se possam realizar anlises que fundamentemcorretamente as decises necessrias.

    Ressalte-se que o exerccio das atividades compreendidas naContabilidade de Custos jamais sermecnico e, bom salient-lo,

    jamais o foi , porquanto o uso de padres, de contabilidade marginal

    e do chamado custeio por atividades j eram conhecidos antes daSegunda Guerra Mundial, e a maioria dos procedimentosdominados j nos anos vinte, pelo menos no mundo desenvolvido.Ou seja, tal posicionamento parte integrante e natural da prpriaContabilidade, evidenciando-se, pois, a falta de fundamentaodaqueles que pretendem ter descoberto um novo ramo deconhecimento denominado decontroladoria; pior ainda, como jvimos, tendem, na busca da realizao dos seus objetivos, a reduzira Contabilidade escriturao e s demonstraes contbeis deladecorrentes... Posio essa que reputamos sem a mnimafundamentao, evidenciadora de ignorncia do que seja aContabilidade, ou, qui, atitude de fundamentaopoltica visando difuso da tese de que o campo em anliseno pertence Contabilidade , mas a outras profisses. Alis, na mesma linha depensamento daqueles que mencionamContabilidade e Auditoria,como se esta no fosse simplesmente uma das formas de aplicaodaquela! Em verdade, j encontramos muitosColegas (???) quesonham com a auditoria como profisso autnoma ...

    A delimitao analtica das atividades inerentes Contabilidade, segundo consta na Resoluo CFC n 560-83, noconstitui elemento impeditivo do reconhecimento da existncia detarefas cujo exerccio compartilhado com outras profisses. Nessesentido, um timo exemplo o doplanejamento tributrio , quedemanda o uso de recursos tcnicos de outros ramos doConhecimento, como o Direito e a Economia, alm do instrumentaldisponibilizado pela Matemtica e a Estatstica. Entretanto, mesmonesse caso, a preparao das informaes que possibilitem a tomadade decises fundamentadas por parte dos gestores da entidade

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    dever alicerar-se na Contabilidade, por envolver necessariamenteanlises da formao do rdito.

    Na elaborao e anlise de projetos, o envolvimento dediversos ramos do Conhecimento poder ser ainda maior, nadependncia da natureza do projeto. Assim, em alguns casos,poder cifrar-se aos campos da Engenharia, da Logstica e da

    Mercadologia. J noutros casos, poder alcanar mesmo aspectosrelacionados com a Climatologia e a Ecologia, para no falarmosem condicionamentos que pertencem ao campo da Poltica, aspectocada vez mais presente em diversas reas e em processo deexpanso nesta poca, marcada pela organizao de acordossupranacionais nos quadrantes econmico ou poltico no sentidomais amplo.

    Mas, mesmo na circunstncia em tela, sejam quais forem osconhecimentos e tcnicas adicionalmente necessrios para apreparao de informaes adequadas a uma correta tomada dedecises, sempre ser imprescindvel a utilizao dos recursosespecficos da Contabilidade na anlise e preparao dos dadosfinais, pela singela razo de que, em qualquer circunstncia, seestar sempre tratando de elementos que se refletiro emdemonstraes contbeis, pois, finalmente, as projees sempre sereferiro a variaes patrimoniais quantitativas e qualitativas, jacontecidas ou previstas, constituindo, pois, a parte essencial dosistema de informaes da entidade.

    De qualquer forma, analisando-se detalhadamente asprerrogativas pertencentes rea contbil, mesmo presente a rea deprojetos, e verificando-se os contedos das tarefas correntementerealizadas nos setores denominados de controladorias, conclui-sefacilmente que elespertencem ao campo das aplicaes daContabilidade , em sua absoluta maioria, em hiptese algumaconstituindo ramo autnomo de Conhecimento. Nessa linha depensamento, computando-se ainda como premissa o respeito tica,entre as condies imprescindveis para a gerao de informaes

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    adequadas tomada de decises corretamente fundamentadas,chegaremos representao esquemtica, a seguir reproduzida,adaptada de escrito nosso (21).

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    09 CONCLUSESAs consideraes desenvolvidas ao longo deste trabalho

    demonstram claramente um conjunto de situaes que representamrazes slidas paraatitudes incisivas de parte da Classe ContbilBrasileira, uma vez que alcanam diretamente a nossa Profisso epodem ter repercusses extremamente negativas em prazos nomuito longos. Entre as situaes que qualificamos como premissasmaiores das nossas recomendaes, sublinhamos especialmenteaquelas a seguir resumidas.

    A EPISTEMOLOGIA, AMETODOLOGIAE A LGICA

    AS TEORIAS E ASDOUTRINASCONTBEIS

    A DEFINIO DA CONTABILIDADE COMOCINCIA SOCIAL, TENDO POR OBJETO OPATRIMNIO DAS ENTIDADES E POROBJETIVO AS VARIAES PATRIMONIAISQUANTITATIVAS E QUALITATIVAS,USANDO MTODOS ESPECFICOS

    OS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DECONTABILIDADE FORMALIZADOS NASRESOLUES CFC 750-93 E 774-94,BASE CIENTFICA DAS NORMASTCNICAS

    NORMAS BRASILEIRAS DECONTABILIDADE TCNICAS, NBCT: ORDENAMENTOS SOBREAPLICAES PROFISSIONAISCONCRETAS DACONTABILIDADE

    O DECRETO-LEI 9295,DE 1946

    ATIVIDADES LEGALMENTEDEFINIDAS COMOPRERROGATIVAS DOSCONTABILISTAS (RES. CFC560-83)

    O EXERCCIOPROFISSIONALCONTBIL

    SATISFAO DASNECESSIDADES DOSGESTORES DAENTIDADE E DOSUSURIOS EXTERNOSEMMATRIA DEINFORMAES PARA ATOMADA DE DECISES

    OS PRINCPIOS TICOSGERAIS

    DECRETO-LEI1040-69

    O ESTUDO DAS RELAES DOCONTABILISTA COMOSUSURIOS DOS SEUSSERVIOS, OS COLEGAS, APROFISSO, O ESTADO E,ENFIM, A SOCIEDADE

    CDIGO DE TICA PROFISSIONALDO CONTABILISTA,ORDENAMENTOSCOMPORTAMENTAIS DE NATUREZAGERAL NO EXERCCIOPROFISSIONAL DA CONTABILIDADE

    NORMAS BRASILEIRAS DECONTABILIDADEPROFISSIONAIS, NBC P:NORMAS COMPORTAMENTAISNO EXERCCIO PROFISSIONALESPECFICO

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    A) Houve, notadamente a partir da penltima dcada dosculo passado, um extraordinrio impulso nos sistemasde informaes, como elementos essenciais ao apoio dedecises na gesto de entidades, fato indubitavelmentepositivo .

    B) Como corolrio , observou-se o desenvolvimento de

    cursos para a preparao de pessoas na estruturao egerenciamento dos sistemas de informao. Nessesentido, merecem destaque os cursos de ps-graduaotanto no sentidolato quanto estrito , vale dizer, nosegundo caso, cursos de Mestrado. O fato seriaaltamente positivo se os cursos fossem do quadranteacadmico, hiptese na qual no haveria impedimento aque estivessem abertos para graduados em geral.Entretanto, o que ocorreu na prtica foi que, tanto narea de especializao quanto no campo do Mestrado, amaioria dos cursos foi e de naturezaprofissionalizante , o que alcana diretamente aregulamentao profissional e as prerrogativasasseguradas por lei, decorrentes dos cursos degraduao e, no nosso caso, de aprovao em Exame deSuficincia.

    C) Concomitantemente com os fatos referidos, ocorreu adisseminao da expressocontroladoria, e muitosautores passaram a consider-la comoum novo ramode conhecimento ou at umacincia social . Entretanto,a maioria dos conhecimentos afirmados como a elapertencentes integram, por definio, o campo daContabilidade, especialmente as aplicaes abarcadaspela chamada contabilidade gerencial. Salta aos olhos acoliso direta com a conceituao cientfica daContabilidade, resumida nas Resolues ns 750 e 774do CFC. Cumpre ressaltar que nenhuma das obrasexaminadas apresentou qualquer anlise de natureza

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    epistemolgica que sustentasse a afirmativa daexistncia de uma nova cincia social ou de um novoquadrante do Conhecimento Humano, o que, alis, seriaextraordinariamenteimprovvel .

    D) Como a Contabilidade conceituada como CinciaSocial que tem por objeto o patrimnio das entidades e

    por objetivo as variaes patrimoniais em todos osngulos, passados ou futuros, alcanando, pois, aapreenso, registro, relato, anlise, interpretao,planejamento, prospeco de valores, fsicos emonetrios, reais, estimados, projetados, simulados oupadronizados, com vistas delimitao e formalizaode informaes teis tomada dedecises pelosusurios no campo interno apresenta, portanto, umrelacionamento direto com a eficcia da gesto ,noh , emtermos lgico-formais e epistemolgicos , comose cogitar um novo ramo de Conhecimento comobjetivos idnticos.

    E) Alm do quadrante cientfico, o tema determinante poratingir diretamente a Profisso Contbil e asprerrogativas enunciadas na legislao, sendo, porconseguinte, de nosso direto interesse.

    As premissas colocadas demandam a TOMADA URGENTE deposio pela CLASSE CONTBIL BRASILEIRA, por representarfator de sua SOBREVIVNCIA COMO PROFISSO!

    Com base nesta recomendao, que consideramos a CON-CLUSO GERAL do trabalho, ressaltaramos a convenincia de secogitarem atitudes como aquelas a seguir explicitadas e queintegram as concluses deste trabalho. No temos, evidentemente, apretenso do esgotamento do universo das medidas tendentes reverso do quadro planteado.

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