contas contÁbeis - faculdade delta - goiânia … · web viewajustes de avaliação patrimonial...
TRANSCRIPT
Código TurmaCONT-0005
NomeAnalise das Demonstrações Contábeis
ProfessorJorge Rocha Brandão
Período ano semestre5º 2.012-1
Carga Horária72 horas
CursoCiências Contábeis
Conteúdo I Tema
Introdução a Análise das Demonstrações Financeiras
1. Aspectos Introdutórios da Análise de Balanço A análise de balanços, objetiva extrair informações das demonstrações financeiras para a tomada de decisões e avaliações contínua do negócio.
PROCESSO CONTABIL
PROCESSO DE ANALISE-Gestor da empresa
Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não
provocam nenhuma reação no leitor.
Informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir
reação ou decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito-surpresa. Por exemplo,
quando se diz que o Brasil tem 160 milhões de habitantes, tem-se um dado. Quando se
FATOS OU EVENTOS
ECONOMICOS - FINANCEIROS
DEMONSTRAÇÃO
FINANCEIRAS
TOMADADE
DECISÃO
divide, porém, o produto Nacional por esse dado, encontra-se a renda per capita;
quando se compara essa renda com a de
outros países e quando se constrói uma série histórica dessa renda, pode-se chegar à
conclusão de que o Brasil é um país pobre e que vem perdendo posição em relação a
outros países. Aí se tem informação. As demonstrações financeiras mostram, por
exemplo, que a empresa tem $ y milhares de dívida. Isto é um dado. A conclusão de
que a dívida é excessiva ou é normal, de que a empresa pode ou não pagá-la é
informação. O objetivo da Análise de Balanços é produzir informação.
As demonstrações financeiras publicadas de uma empresa podem apresentar centenas
de números, isto é, de dados. Vejamos: em média são 40 cifras no Balanço, 20 na
Demonstração de Resultado e Recursos e 40 na Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, perfazendo 120 importâncias. Nas companhias fechadas, passa-se
para 240 algarismos publicados em vista da comparação com o exercício anterior e das
demonstrações com correção integral chega-se a 480 números. Convenhamos que é
excesso de valores para quem muitas vezes deseja apenas saber se a empresa pode ou
não receber créditos.
Daí a importância de transformar-se, por exemplo, 400 dados em uma informação.
2. A Análise de Balanços Começa Onde Termina a ContabilidadePara o contador a preocupação básica são os registros das operações. Na aquisição de
uma máquina, por exemplo, quais os custos que comporão o custo de aquisição, a taxa
de depreciação, qual será sua classificação no balanço e sua atualização monetária?
O contador procura captar, organizar e compilar dados. Sua matéria-prima são fatos
de significado econômico-financeiro expressos em moeda. Seu produto final são as demonstrações financeiras. O analista de balanços preocupa-se com as
demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo
bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não
lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se
continuará operando. O grau de excelência da Análise de Balanços é dado exatamente
pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar.
Assim procederemos o estudo da metodologia a ser seguida na análise e interpretação
dos dados obtidos, sob os aspectos patrimonial, econômico e financeiro. Embora possa
variar quanto a nomenclatura - análise de balanço, análise financeira, analise
econômico-financeira- a análise das demonstrações financeiras tem como objetivos
observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando
ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão
quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação
atual e também a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da
empresa.
A analise se torna mais eficiente quando o analista conhece as normas, os
procedimentos ou seja, tem conhecimento sobre as operações da empresa analisada,
conhecimentos este que se estende a política administrativa em todos os seus aspectos
internos e externos. Segundo a posição do analista, a análise das demonstrações
contábeis pode ser orientada em dois sentidos básicos:
a) Análise interna – neste caso, o analista está vinculado diretamente a empresa
analisada (como empregado ou sob o contrato de prestação de serviços). Sues
conhecimentos a respeito dessa empresa poderão ser aprofundadas em virtude
da maior facilidade de acessos as informações necessárias ao seu exame. Esta
análise pode ter diversos objetivos específicos tais como: controle operacional,
avaliação de desempenho, projetos de expansão etc.
b) Analise externa quando o analista está vinculado a outra pessoa ou entidade
interessada nos negócios da empresa a ser analisada ( investidores,
fornecedores, instituições financeiras etc). Esta posição exige maior cuidado do
profissional encarregado do trabalho de análise, uma vez que feita geralmente a
distancia, convém ao analista adota o máximo de cautela ao emitir a sua opinião,
baseando-se sempre em maior numero de dados informativos, a fim de minimizar
os riscos dos interessados. Este tipo de análise pode ser feito com as seguintes
finalidades especificar : concessão de crédito ou financiamento, incorporações,
fusões, compra ou venda de ações em bolsa de valores etc.
3. Preparação das Demonstrações para Efeito de AnáliseA fim de permitir uma correta interpretação dos dados contidos nas demonstrações
contábeis, é necessário proceder-se a certas retificações de alguns valores
registrados nos dados sob exame. Para isso, é preciso, preliminarmente, conhecer
a posição do analista e os objetivos da análise. Para quem e porque analisar?
Assim por exemplo um analista externo apresenta duvida quanto a rubrica
demonstrada no balanço patrimonial e não consegue esclarece-la de forma
conveniente, devendo interpretá-la “contra” a empresa analisada. Assim, nessas
condições,uma conta classificada como exigibilidade a longo prazo, sobre a qual
não haja esclarecimentos satisfatórios quanto a época exata do pagamento, será
reclassificada como exigibilidade a curto prazo da mesma forma que as prestações
a vencer dentro do período como curto prazo relativas a financiamento de longo
prazo.
Por outro lado, determinado valores classificados no ativo não circulante, tais como
imobilizados e intangíveis, serão analisados quanto a seu grau de recuperação
para efeitos de certos tipos de análises. Assim também deverá ocorrer como
alguma contas que representam dividas incobráveis. Outras Contas do ativo
circulante e não circulante, cuja conversibilidade seja demorada ou duvidosa,
sevem ser eliminadas ou ter seus valores avaliados quanto a seu grau de
realização. Os estoque de matérias primas deverão ser objeto de estudo preliminar
pois na realidade só serão conversíveis após a fabricação.Entretanto estes
estoques deverão ser incluídos em certos tipos de análise da gestão como, por
exemplo, as análises da circulação ou rotatividade de valores, de modo a permitir
um perfeito julgamento sobre a política administrativa da empresa em relação
aqueles elementos patrimoniais.
Outros ajustes poderão ser feitos no balanço patrimonial, dependendo do exame
das informações e dos objetivos a serem alcançados.
O lucro potencial, quando for o caso, será apenas parcela remanescente, ou seja,
após as deduções relativas ao imposto de renda e outros tributos a pagar se for o
caso.
Na analise para concessão de crédito, algumas vezes os títulos descontados pela
empresa junto a instituições financeiras, por exemplo, não são deduzidos das
contas a receber, para que não evidencie maior capacidade financeira, reduzindo-
se, por conseguinte, os riscos do futuro credor dos financiamentos a serem
concedidos, já que esses títulos representam para os estabelecimentos de créditos,
obrigações do endossante (sacador), que será intimado a paga-los, caso o sacado
(devedor principal) não efetue pagamentos nos respectivos vencimentos.
Nas demonstrações do resultado do exercício, também são feitos alguns ajustes
dependendo dos objetivos das análises, com a finalidade de eliminar certas
distorções apresentadas na estrutura desta demonstração somente no que diz
respeito a informação do resultado operacional. Alguns analistas, não consideram
as receitas e despesas financeiras como itens operacionais e onde outros
entendem como despesas não operacionais.
Em resumo, as regras de ajustamento das demonstrações contábeis, bem como a
necessidade de maior ou menor número de informações complementares estarão
sempre vinculadas aos objetivos da análise a ser efetuada. O papel do analista
será, pois, identificados os objetivos, traçar a metodologia mais adequada aos seu
trabalho.
4. Usuários da Análise
Usuários UsosFornecedores Liquidez, rentabilidade, endividamentoClientes Segurança no fornecimentoBancos Comerciais Liquidez, endividamentoBancos de Investimentos Situação futura, tendênciasConcorrentes Eficiência, pontos fortes e fracosGoverno Evolução setorial, tributaçãoDirigentes Instrumento para tomada de decisõesProprietários Crescimento do lucro, dividendos e valor do negócio
5. Limitações da Análise de Balanços Existem limitações na análise das demonstrações financeiras decorrentes da própria
fonte de que se utiliza.
Para extrair informações confiáveis dos balanços é imprescindível conhecer os
procedimentos contábeis, a estrutura das demonstrações financeiras, além de
vivência prática.
Certificar-se de que as demonstrações financeiras foram elaboradas segundo
critérios contábeis homogêneos;
Trabalhar com um grupo de índices compatível com a finalidade da análise;
Inteirar-se das peculiaridades da empresa e do seu ramo de negócios;
Realizar comparações do tipo temporal (4 anos, por exemplo) e inter-empresarial
(avaliação setorial) de negócios;
Complementar e análise quantitativa com aspectos qualitativos, seja referente aos
administradores, seja quanto ao empreendimento.
6. Precauções que Devem ser tomadas Visando Obter Melhores Conclusões da Análise
Certificar-se de que as demonstrações financeiras foram elaboradas segundo
critérios contábeis homogêneos;
Trabalhar com um grupo de índices compatível com a finalidade da análise;
Inteirar-se das peculiaridades da empresa e do seu ramo de negócios;
Realizar comparações do tipo temporal (4 anos, por exemplo) e inter-empresarial
(avaliação setorial) de negócios;
Complementar e análise quantitativa com aspectos qualitativos, seja referente aos
administradores, seja quanto ao empreendimento.
7. Métodos de AnálisesConforme ressaltamos, a análise das demonstrações contábeis será sempre
orientada em função dos objetivos do analista. Assim, a maior ou menor
profundidade dos exames a serem realizados dependerá da finalidade que se
tenha em vista. Em qualquer análise, entretanto, terá de ser seguido um método de
trabalho. Na literatura sobre analise são citados quatro métodos principais para o
exame analítico das demonstrações contábeis, a saber:
a) Diferenças absolutas (ou análises de usos e fontes);
b) Percentagens horizontais ( ou análise por números-indices)
c) Percentagens verticais (ou análise da estrutura)
7. 1 Método das Diferenças Absolutas
Este método consiste na comparação entre duas situações cada de vez, mediante
a apuração das diferenças absolutas entre os valores monetários de uma mesma
conta ou de um mesmo grupo, de data para outra.
Contas 20x1 20x2 Variações 20/01/x2Aplicações (D) Fontes (C
Caixa 100 80 20Contas a Receber 300 450 150 Estoques 400 500 100 Imobilizado 500 600 100
ATIVO TOTAL 1.30
0 1.63
0 Fornecedores 300 500 200
Contas a pagar 200 180 20 Dividendos a pagar 50 150 100Capital 600 600 Reservas 150 200 50
PASSIVO TOTAL 1.300
1.630 370
370
7. 2 Método das Percentagens HorizontaisPor este método, determina-se a tendência dos valores absolutos ou relativos
Contas20x1 20x2 20/01/x3
R$ % R$ % R$ %CIRCULANTE 1.232.000 1.107.000 1.015.000Disponibilidade 93.000 100 63.000 -32,26 55.000Direitos 323.000 100 194.000 -39,94 214.000
Investimentos Tempor. 700.000 100 800.000 690.000Estoques 115.000 100 49.000 55.000Despesa Antecipada 1.000 100 1.000 1.000
NÃO CIRCULANTE 786.000 100 442.000 442.000Realizável a Longo Prazo 38.000 100 43.000 39.000Investimentos 173.000 100 129.000 135.000Imobilizado 553.000 100 257.000 254.000Intangivel 22.000 100 13.000 14.000ATIVO TOTAL 2.018.000 1.549.000 1.457.000
CIRCULANTE 917.000 100 809.000 725.000Fornecedores 590.000 100 468.000 352.000Contas pagar 153.000 100 85.000 123.000Empréstimos 174.000 100 256.000 250.000NÃO CIRCULANTE 169.000 100 213.000 199.000Exigível a longo prazo 169.000 100 213.000 199.000PATRIMONIO LIQUIDO 932.000 100 527.000Capital 450.000 100 250.000 250.000 200,00Reservas 261.000 100 92.000 72.000 50,00Lucros (reservas) 221.000 100 185.000 211.000 15,58PASSIVO TOTAL 2.018.000 1.549.000 1.457.000
A análise horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item
do demonstrativo em cada período com o valor correspondente em um determinado
período anterior considerado como base.
Esta análise tem como objetivo mostrar a evolução década conta ou grupo de contas
quando considerada de forma isolada.
Complementa a análise vertical, que nos informa o aumento ou diminuição da
proporção de uma determinada despesa em relação a um determinado total.
É importante frisar que a análise horizontal deve ser elaborada sempre em conjunto
com a vertical para verificar o grau de influencia que uma exerce sobre a outra e
consequentemente sobre a conclusão da evolução dos valores da empresa. Os
resultados obtidos por meio da análise horizontal devem ser interpretados com certa
reserva porque nem sempre os maiores valores percentuais de aumento são mais
significativos.Cada um dos percentuais da coluna de variação (AH%) foi calculada da seguinte forma :
Valor Atual do Item X100 Valor do Item Anterior
Sendo assim teremos o passivo circulante:
809.000 X100 917.000
Dessa forma verificamos que houve uma redução de 11,78% das suas obrigações do curto prazo.
7. 3 Método das Percentagens Verticais A análise vertical, considerado um dos principais instrumentos de análise da estrutura
patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de
contas do balanço patrimonial. Consiste na determinação dos percentuais de cada conta
ou cada grupo de contas do balanço patrimonial em relação ao valor total do Ativo ou
Passivo.
Do mesmo modo, a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do
demonstrativo de resultado em relação a receita Liquida de Vendas, considerado como
sua base.
Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a
proporção de cada uma das fontes de recursos e de outro a expressão percentual de
cada umas das várias aplicações de recursos efetuados pela empresa.
Comparando os exercícios subseqüentes, podemos constatar a mudança da política da
empresa, quanto à obtenção e a aplicação de recursos.
Para se efetuar o cálculo da análise vertical no balanço patrimonial, podemos apurar o
percentual relativo a cada item do demonstrativo da seguinte forma
CONTA (ou grupo de Contas) ATIVO TOTAL ( ou Passivo Total)
Como podemos constatar no demonstrativo a seguir, o percentual do grupo Circulante
foi calculado da seguinte forma:
1.232 x 100= 61,1
2.018
O cálculo da porcentagem pode ser feito, também, relacionado cada conta com o total
do seu grupo.
No nosso balanço, abriríamos mais de uma coluna ao lado da análise vertical (AV%)
denominada % sobre o grupo, e nessa última, cada grupo de contas passaria a
representar os 100%Assim cada conta teria duas percentagens, uma expressando o seu valor em relação ao total do balanço e
outra expressando o seu valor em relação ao total:
CONTA (grupo das contas ) X100 ATIVO TOTAL (passivo total)
Veja como pode ser representado a Análise Vertical: (o calculo será
realizado em sala)
Contas20x1 20x2 20/01/x3
R$ % R$ % R$ %CIRCULANTE 1.232.000 61,05 1.107.000 1.015.000Disponibilidade 93.000 63.000 55.000Direitos 323.000 194.000 214.000
Investimentos Temporário 700.000 800.000 690.000Estoques 115.000 49.000 55.000Despesa Antecipada 1.000 1.000 1.000
NÃO CIRCULANTE 786.000 442.000 442.000Realizável a Longo Prazo 38.000 43.000 39.000Investimentos 173.000 129.000 135.000Imobilizado 553.000 257.000 254.000Intangivel 22.000 13.000 14.000ATIVO TOTAL 2.018.000 1.549.000 1.457.000
CIRCULANTE 917.000 809.000 725.000Fornecedores 590.000 468.000 352.000Contas pagar 153.000 85.000 123.000Empréstimos 174.000 256.000 250.000NÃO CIRCULANTE 169.000 213.000 199.000Exigível a longo prazo 169.000 213.000 199.000PATRIMONIO LIQUIDO 932.000 527.000Capital 450.000 250.000 250.000Reservas 261.000 92.000 72.000Lucros (reservas) 221.000 185.000 211.000PASSIVO TOTAL 2.018.000 1.549.000 1.457.000
8. Estrutura das Demonstrações Contábeis 8.1.Estrutura do Balanço Patrimonial – B.P.
I. Conceito: O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a
evidenciar quantitativa e qualitativamente a posição patrimonial e financeira da
entidade em determinada data.
II. Oportunidade: A oportunidade em que se efetua o Balanço patrimonial deve
obedecer aos aspectos legais e técnicos:
a) Dentre outras determina a atinente a espécie, a legislação comercial e tributária
obrigam sua elaboração pelo menos uma vê por ano de atividade por ano.
b) Tecnicamente não convém que a data do levantamento coincida com a época
de maior movimento comercial ou de produção.
Apresenta os elementos que compõem o patrimônio de uma pessoa em
determinado momento permitindo a análise da situação patrimonial e
financeira. O balanço patrimonial é constituído pelas contas de ativo, passivo e
patrimônio liquido.
Ativo: o ativo é constituído pelas aplicações de recursos representadas por valores
direitos e bens. Os componentes do ativo são classificados de acordo com a
destinação especifica que varia segundo os fins da entidade.
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nela registrados.
DIVISÃO DO ATIVO
I. Ativo Circulante
II. Ativo não circulante
ATIVO CIRCULANTE: estão registrado no ativo circulante as contas que
representam disponibilidades, direitos realizáveis no curso do exercício social
seguinte e as aplicações de recursos em despesas do exercício social
seguinte.
Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no circulante terá por base o prazo desse ciclo e está
assim classificado:
Disponível: os recursos financeiros que se encontram a disposição imediata da
empresa compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras
espécies, os depósitos bancários a vista e os títulos de liquidez imediata. Entre
as contas classificáveis nesse grupo, encontramos: caixa, banco conta depósito
a vista e aplicações financeiras.
Direitos e créditos: compreendem os títulos de créditos quaisquer valores
mobiliários e outros direitos realizáveis no decorrer do exercício social
subseqüente:- clientes, devedores, títulos a receber, duplicatas a receber.
Investimentos Temporários: representam as aplicações em títulos de valores
mobiliários resgatáveis no exercício seguinte e na aquisição de bens com
intenção de venda, inclusive ações na bolsa. Exemplo: Exemplo: imóveis para
venda..
Estoques – abrangem os valores referentes as existências de produtos
acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de
consumo e outros bens similares relacionados as atividades-fins da empresa.
Exemplo: matéria prima, mercadorias.
Despesa do Exercício Seguinte: Indicam as aplicações em gastos que tenham
realização no curso do período subsequente a data do balanço patrimonial.
Entre as contas classificáveis nesse grupo, encontramos: premio de seguros a
vencer, encargos financeiros antecipados.
ATIVO NÃO CIRCULANTE: são incluídos nesse grupo todos os bens de
permanência duradoura, destinada ao funcionamento normal da sociedade e do
seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade.
O ativo realizável a Longo Prazo são classificados as contas que representam os
direitos realizáveis após o término do exercício social seguinte. Assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas, diretores ou acionistas que não constituírem negócios usuais na
exploração do objeto da empresa.
Direitos e Créditos – são os ativos compostos por direitos cujos prazos esperados
para realização se situem após o término do exercício social seguinte e aqueles
que independentemente do prazo de vencimento, a lei o determine. Classificam
nesse grupo as contas que em principio pertenceriam ao ativo circulante, mas que
pelo prazo de realização do direito ou por força de lei são aqui incluídas. POR
FORÇA DE LEI (empréstimos a diretores, acionistas e coligadas) ANTES DO
PRAZO PARA REALIZAÇAO (devedores e títulos a receber)
.Investimento Temporário – são classificados nesse grupo as contas
representativas das aplicações financeiras em títulos e valores mobiliários com
vencimento para após o termino do exercício social seguinte. ( títulos mobiliários )
Despesas Antecipadas – esse grupo apresenta as contas que registram despesas
pagas antecipadamente que competem ao período posterior ao termino do
exercício seguinte.
Investimentos – são as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante. Ex:
participações em outras empresas, terrenos para utilização futura etc.
Imobilizado: são os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados a
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade.
Intangível – são os direitos que tenha por objetos destinados a manutenção da
companhia ou exercido para essa finalidade. Ex: marcas e patentes.
PASSIVO – o passivo compreende as origens e aplicações de recursos as
origens de recursos representados por obrigações. As contas que compõem o
passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade,
estabelecidos ou esperados observando-se iguais procedimentos para os grupos
e subgrupos.
Estão representados no passivo as obrigações da empresa inclusive
financiamento para aquisição de direitos do ativo permanente.
Passivo Circulante será classificado no passivo circulante as contas
representativas das obrigações da companhia, inclusive financiamento para
aquisição de diretos da companhia. Nesse grupo incluem-se as seguintes contas
fornecedores,credores, títulos a pagar e impostos a pagar.
Passivo não circulante – são classificados no passivo não circulante as contas
representativa das obrigações de longo prazo ou seja, de prazo superior ao final
do exercício social seguinte. Classificam no passivo não circulante as contas de
obrigações conhecidas e dos encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou
esperados situem-se após o término do exercício social seguinte. São
classificáveis nesse grupo os empréstimos bancários, títulos a pagar, impostos a
pagar.
Incluem também no passivo não circulante as contas representativas de receita
de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas. São contas desse
grupo : Receita Recebida Antecipadamente e (-) encargos a vencer sobre receitas
antecipadas.
PATRIMONIO LIQUIDO
O patrimônio liquido compreende os recursos próprio da entidade ou seja a
diferença a maior do ativo sobre o passivo. O patrimônio liquido está dividido em :
Capital Social – são os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de
incorporações de reservas e lucros. Ex: capital integralizado
Reserva de Capital – serão classificados como reservas de capital as contas de
capital que registrarem: - contribuição ações que ultrapassarem o limite legal.
Ajustes de Avaliação Patrimonial – serão classificadas como ajustes de avaliação
patrimonial enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência
ao principio da competência em contrapartida aos elementos do ativo e passivo.
São classificados como ajustes de avaliação patrimonial : - avaliação de imóveis,
avaliação de obrigações, avaliação de obras de arte.
Reserva de Lucros – serão classificados como reservas de lucros as contas
constituídas pela companhia. Estão constituídas nesse rol: - reserva legal, reserva
estatutária, reserva para contingências.
- Lucros acumulados e prejuízos acumulados
Por ocasião do encerramento do exercício uma dessas contas receberá por
transferência o valor correspondente ao saldo da conta de apuração do resultado
do exercício (lucro ou prejuízo). Nessa oportunidade é que se faz a interligação
entre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. A Lei
11.638/2007 não permite a inclusão da conta lucros acumulados na apresentação
do balanço patrimonial, a empresa deverá a transferência para a conta de
reserva. A obrigatoriedade da transferência caberá para as empresas S A’s e
não para as demais.
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Disponibilidades Direitos / Créditos Investimentos Temporários PASSIVO NÃO CIRCULANTE Estoques Despesa do Exercício Seguinte PATRIMONIO LÍQUIDO ATIVO NÃO CIRCULANTE Capital Social Realizado Realizável a Longo Prazo Reserva de Capital Direitos / Créditos Ajuste de Avaliação Patrimonial Investimentos Temporários Reserva de Lucro Despesa Antecipada Ações em Tesouraria Investimento Prejuizos Acumulados
Imobilizado
Intangivel TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
8.2. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício – D.R.E. 3.2.1 - Conceito e Finalidade da Demonstração de Resultado
A demonstração do Resultado do Exercício deve apresentar o resumo das variações
positivas (receitas e ganhos) e negativas (custos e, despesas e perdas) ocorridas em
determinado período de tempo normalmente no exercício social em função da
exploração das atividades operacionais da empresa.
A finalidade básica da demonstração do resultado do exercício é descrever a
formação do resultado gerado no exercício mediante especificação das receitas,
custos e desp3sas por natureza dos elementos componentes, até o resultado liquido
final – lucro ou prejuízo. Esse resultado liquido final, se lucro, representa o ganho
efetivo obtido pela empresa, que tem por finalidade que tem por finalidade remunerar
os sócios e ou manter o patrimônio da empresa. Se prejuízo liquido do exercício
representa a parcela de desgaste sofrido pelo patrimônio no período, significando que
as receitas geradas foram insuficientes para cobrir os custos e despesas incorridas
para obtenção de tais receitas.
3.2.2 - Receitas Operacionais São provenientes da exploração das atividades operacionais principais e acessórias
desenvolvidas pela empresa. São receitas de vendas de mercadorias, produtos e
serviços, obtidas pela participação em sociedades controladas e coligadas
(equivalentes patrimonial) etc.
Essas receitas devem ser demonstrados por seu montante bruto de modo que fique
consistente com o valor faturado pelo cliente.
3.2.2.1 - Dedução de Receitas São valores correspondentes as devoluções das vendas- dado importante para a
análise de controles de qualidade, visto a elevação desse item significa a deficiência
das áreas operacionais: produção defeituosa, falto de controles de qualidade,
condições inadequada de armazenamento, entre outros fatores -; aos abatimentos
concedidos incondicionalmente- importante para análise dos resultados das
campanhas promocionais de descontos concedidos com objetivo de incrementar as
vendas e, consequentemente, os lucros da empresa -; e aos impostos incidentes
sobre as receitas (IPI,ICMS,ISS etc).
3.2.2.2 - Receita Operacional Liquida É a receita bruta menos as deduções das receitas.
3.2.3 - Custos Operacionais das Receitas São representados pelos custos incorridos na produção dos bens ou serviços vendidos,
ou ainda, os custos das mercadorias vendidas.
3.2.3.1 - Custos das Mercadorias Vendidas Compreende os custos relativos aos estoques das mercadorias que foram baixados
para efeito de venda.
3.2.4 - Custo dos Produtos Vendidos Compreende os custos incorridos na produção (matéria-prima, mão de obra, despesas
indiretas de fabricação) das unidades vendidas.
3.2.4.1 - Custo dos Serviços Prestados Compreende os custos incorridos para a prestação do serviço (pessoal, material etc).
3.2.5 - Lucro ou Prejuízo Bruto É o resultado bruto das operações depois de deduzidos os custos pertinentes, ou seja,
é a diferença entre a receita operacional liquida e os custos operacionais da receita.
Será o lucro bruto quando a receita for maior que o custo, caso contrário será
considerado o prejuízo bruto..
3.2.9 - Despesas OperacionaisSão as despesas que contribuíram para a realização das operações durante o período.
Representam os gastos incorridos com as área comercial, administrativa e financeira
para obtenção de receitas operacionais no período.
3.2.9 - Despesas com Vendas ou ComercializaçãoCompreende os gastos com publicidade, as comissões a vendedores, os encargos ou
riscos na concessão de créditos a clientes e outras despesas relacionadas com vendas.
3.2.9 - Despesas AdministrativasCompreendem as despesas com as áreas administrativas da empresa – salários de
empregados dos órgãos de pessoal, contabilidade e finanças e respectivos encargos
honorários dos administradores, depreciação dos bens utilizados na áreas
administrativas etc.
3.2.9 - Despesas FinanceirasRegistram os encargos financeiros decorrentes da obtenção de recursos de
financiamento para as operações – juros de empréstimos de instituições financeiras,
principalmente. A classificação das despesas como operacionais tem sido motivo de
controvérsia entre os estudiosos da matéria. Em resumo, os que discordam da
classificação – alegam que os custos financeiros não são inerentes as atividades de
produção e comercialização e por isso que não se poderia comparar o desempenho
operacional de duas empresas do mesmo ramo, caso uma delas utilizasse recursos de
financiamento oneroso.
Todavia, se segregarmos os encargos do financiamento – como não operacional –
poderemos comparar os custos de produção e administrativo. Não obstante, o grau de
dependência de recursos de empréstimos das empresas brasileiras é inconteste, seja
por deficiência gerencial, seja por distorções cultural- rejeição a figura dos sócios de fora
do núcleo familiar ou de pessoas relacionadas por grande parte do empresariado
nacional. Daí a inclusão dos encargos financeiros no grupo de despesas operacionais,
posto que a instituição financeiras é um parceiro constante da empresa, gerando,
portanto, um ônus habitual para sua s operações. Entretanto, qualquer que seja a
posição do analista não haverá nenhum problema para a avaliação do desempenho
operacional das empresas, se as despesas financeiras estiverem devidamente
discriminadas nas demonstrações do resultado do exercício.
3.2.9 - Outras Despesas OperacionaisCompreende outras despesas necessárias a consecução das operações do período.
Nesse caso, se o montante for significativo, em relação ao conjunto das despesas
operacionais, estas devem ser especificadas para que se tenham um perfeito
conhecimento de sua natureza.
3.2.9 - Lucro ou Prejuízo OperacionalRepresentado pela diferença entre o lucro ou prejuízo bruto e as despesas operacionais.
Se o lucro bruto for superior ao montante das despesas operacionais, haverá lucro
operacional; caso contrário haverá prejuízo operacional.
3.2.9 - Resultado Não OperacionalÉ a diferença as receitas e as despesas não operacionais. Se as receitas forem
superiores as despesas, ocorrerá um lucro não operacional, caso contrário resultará em
um prejuízo não operacional. 3.2.9 - Receitas Não OperacionalSão receitas obtidas pela empresa não vinculadas a exploração de seu objetivo social.
São receitas auferidas em operações eventuais, como venda de bens do ativo
imobilizado, alienação de participação societária de caráter permanente, excesso de
receitas financeiras sobre despesas financeiras etc.
3.2.9 - Despesas Não Operacional Refere-se as despesas incorridas para obtenção das receitas não operacionais –
despesas ou custos das baixas dos bens ou direitos vendidos – ou as despesas
eventuais que não tenham contribuído para a obtenção das receitas operacionais das
empresa
3.2.9 - Resultado Liquido Antes do Imposto de Renda É o resultado obtido pela soma algébrica dos resultados operacional e não
operacional referido anteriormente. Esse resultado, caso seja positivo será antes de
qualquer participação, utilizado para compensar prejuízos acumulados, se houver.
Caso haja prejuízos anteriormente, estes serão considerados na dedução do lucro,
afim de posteriormente, determinar a base de cálculo da provisão para imposto de
renda e, em seguida, das participações estatutárias.
Tal dedução (de prejuízos anteriores), todavia, do será discriminada na demonstração
de lucros ou prejuízos acumulados. Assim na demonstração de resultado do exercício
não aparecem os prejuízos acumulados, inclusive porque se referem a exercícios
anteriores, não podendo, portanto, afetar o resultado do exercício.
3.2.9 - Resultado Liquido Depois do Imposto de Renda É o resultado apresentado após deduzida a provisão para imposto de renda. Na
hipótese de, considerados os prejuízos acumulados e outros valores a serem
deduzidos ou incluídos, não restar lucro (tributável) para constituição da provisão para
imposto de renda, esta não será constituída, e o lucro em questão será o lucro liquido
do exercício que será levado para a conta que registra os prejuízos acumulados, para
fins de compensação parcial ou total.
3.2.9 - ParticipaçõesSão as parcelas do lucro destinadas de acordo com a legislação e os estatutos, a
debenturistas, empregados, administradores. Em caso de prejuízos, não serão
computados as participações dos empregados e terceiros.
3.2.9 - Lucro ou Prejuízos do Exercício
É o resultado final do exercício. Se positivo, lucro do exercício, após deduzidas as
participações. Em caso negativo, serão deduzidas das reservas de lucros,
devidamente registradas no patrimônio liquido.
DEMONST. RESULTADO DO EXERCICIO Periodo1 Receita Operacional Bruta -
1.1 Venda de Mercadoria -1.2 Prestação de Serviços1.3 Outras Receitas Operacionais -
2 ( - ) Deduções da Receita Bruta -2.1 Devolução de Produtos ou Mercadorias -2.2 Abatimentos Concedidos Incondicionalmente -2.3 Impostos sobre venda (ICMS,PIS,COFINS,ISS,ETC)
3 = Receita Operacional Líquida (1-2) - 4 ( - ) Custos Operacionais da Receita -
4.1 Custo dos Produtos ou das Mercadoria Vendida -4.2 Custo dos Serviços Prestados 4.3 Outros Custos Operacionais
5 = Resultado Operacional Bruto - 6 ( - ) Despesas Operacional -
6.1 Despesas com vendas:6.2 Despesas Administrativas: -6.3 Despesas Financeira Liquida
Despesas Financeiras Receitas Financeiras (-)
6.4 Outras a Especificar 7 Lucro (prejuizo ) Operacional Liquido (5-6)8 Resultado Não Operacional
8.1 Receitas Não Operacionais8.2 (-) Despesas Não Operacionais
9 Resultado Liquido Antes I.R. (7+8)
10 Provisão Para Imposto de Renda
11 Participação nos Lucros (9-10)11.1 Empregrados 11.2 Administradores
12 = Resultado Operacional Líquido (11-12) = Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício -
8.3. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(DMPL)
A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é
facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração
de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração.
A DMPL uma demonstração mais completa e abrangente, já que evidencia a
movimentação de todas as contas do patrimônio líquido durante o exercício social,
inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro.
MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros
motivos, tais como:
1 - Itens que afetam o patrimônio total:
a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;
b) redução por dividendos;
c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor);
d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos;
e) acréscimo por subscrição e integralização de capital;
f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações
integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal;
g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures;
i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;
j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores.
2 - Itens que não afetam o total do patrimônio:
a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas;
b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados
para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar,
Reserva para Contingência e outras;
c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos
acumulados;
d) compensação de Prejuízos com Reservas.
PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS
A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente
simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação
ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital,
Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação, Ações em
Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa, incluindo
uma conta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas
individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma
coordenada.
Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha
correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital pelo
valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de reservas e lucros
utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes.
MODELO
Tecnicamente, a elaboração da DMPL é bastante simples e seus componentes em linha
vertical são os mesmos da DLPA. Na linha horizontal do quadro serão consignados os
elementos componentes do patrimônio líquido.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO FINDO EM 31.12.X2 EM MILHARES DE R$
Histórico CapitalRealizado
RESERVAS DE CAPITAL
RESERVAS DE LUCROS Lucros Acumulados
Total
Ágio na Emissão
de Ações
Sub-venções
para Inves-
timentos
Reserva Para Contingência
Reserva Estatutária
ReservaLegal
Saldo em 31.12.x1 Ajustes de Exercícios Anteriores:
retificação de erros de exercícios anteriores
Aumento de Capital: com lucros e reservas por subscrição realizada Reversões de Reservas: de contingências de lucros a realizar Lucro Líquido do Exercício:
Proposta da Administração de Destinação do Lucro:
Transferências para reservas
Reserva legal Reserva estatutária Reserva de lucros para expansão
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir (R$ ... por ação)
Saldo em 31.12.X2
9. Análise Através de Índices
9. 1 - O Papel dos Índices de Balanço
O índice é a relação entre duas contas ou grupo de contas das Demonstrações
Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou
financeira de uma empresa.
Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas vezes, na prática,
confunde-se a análise de balanços com extração de índices. A característica
fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira da
empresa.
Os índices servem de medidas dos diversos aspectos dos diversos aspectos econômico
e financeiros das empresas. Outros fatores, como prestígio da empresa junto ao
governo, relacionamento com o mercado financeiro e outros, podem operar
indefinidamente mesmo que mantenha sempre elevado o endividamento. O índice
financeiro, porém é um alerta.
O importante não é o cálculo de grande numero de índices, mas o conjunto de grau de
índices mas de um conjunto de índices que permita demonstrar a situação da empresa,
segundo o grau de profundidade desejada da análise. Como já vimos anteriormente, o
grau de profundidade da análise varia de cada usuário. O fornecedor pode querer
apenas informações sobre a empresa, a respeito da liquidez e de sua rentabilidade e
caso deseje, uma fusão por exemplo, deverá realizar uma avaliação muito profunda da
empresa a ser fundida.
Portanto, a quantidade de índices deve ser utilizada na análise dependendo da
profundidade da análise.
10. 3 Aspectos da Empresa Revelado pelo ÍndicePodemos dividir a análise das demonstrações financeiras em análise da situação
financeira e análise da situação econômica. Inicialmente analisa-se a situação financeira
separadamente da situação econ9omica no momento seguinte, juntam-se as conclusões
dessas duas análises. Assim os índices são divididos em índices que evidenciam
aspectos da situação financeira e índices que evidenciam aspectos da situação
financeira, por sua vez, são divididos em índices de estrutura de capital e índices de
liquidez, conforme o esquema seguinte:
ESTRUTURA
Situação financeira LIQUIDEZ
Situação Econômica RENTABILIDADE
10. 4 - Principais Índices Embora na aplicação prática dos índices de que se valem, existem alguns pontos em
comum quanto aos principais índices de que se valem, existem algumas diferenças em
suas analises.
Certos índices, como participação de capital de terceiros, liquidez corrente e
rentabilidade do patrimônio liquido, são usados praticamente todos os analistas. Outros
porém como composição do endividamento, liquidez seca, rentabilidade do ativo,
margem liquida de lucro, nem sempre fazem partes dos modelos de análise.
Cada analista apresenta um conjunto de índices que, de alguma forma difere dos
demais. Mesmo com relação aos índices que constam de praticamente todas as
analises sempre há algumas diferenças de fórmulas, onde há analistas que consideram
o patrimônio liquido inicial e outros sobre o patrimônio liquido final. Quanto ao cálculo da
participação de capitais de terceiros ou endividamento, também existem formulas
diferentes. Há aqueles que calculam esse índice com relação ao total do passivo da
empresa e outros que calculam em relação ao patrimônio liquido.
DESCRIÇÃO DETALHADA DOS INDICES
ESTRUTURA DE CAPITAIS ENDIVIDAMENTO
Os índices desse grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos.
I. PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL DE TERCEIROS
Formula: Capital de Terceiros Patrimonio Liquido
Indica: indica quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada $ 100 de capital próprio investido.
Interpretação: Quanto Menor melhor
Vejamos abaixo o exemplo:
200x2 200x3
APLI
CAÇÃ
O D
E RE
CURS
OS
CIRCULANTE 284.200,00 351.534,00 DISPONIBILIDADE 202.080,00 212.192,00
Caixa 22.520,00 33.654,00 Banco 179.560,00 178.538,00
DIREITOS A RECEBER 61.480,00 97.670,00 Duplicatas a Receber 33.480,00 40.154,00
Cheques a receber 28.000,00 57.516,00 Adiantamento Empreg. - -
ESTOQUE 20.640,00 41.672,00 Estoque 20.640,00 41.672,00
NÃO CIRCULANTE 115.280,00 147.919,00 Direitos Realiz. LP 20.000,00 24.000,00
Titulos a Receber 20.000,00 22.700,00 IMOBILIZADO 95.280,00 123.919,00
Veículos 30.000,00 51.500,00 Imóveis 42.240,00 43.507,00
Moveis e Utensílios 8.640,00 11.072,00 Computador 2.400,00 4.720,00
Maquinas e Equipam. 12.000,00 13.120,00 TOTAL DO ATIVO 399.480,00 499.453,00
ORI
GEM
DE
RECU
RSO
S
CAPI
TAL D
E TE
RCEI
ROS
PASSIVO CIRCULANTE 185.032,80 268.931,00 Fornecedores 56.880,00 79.724,00
Salarios a pagar 20.600,00 31.630,00 Alugueis a pagar 7.720,00 3.106,00
COFINS a recolher 3.800,00 23.990,00 PIS a recolher 2.560,00 3.688,00
ICMS a recolher 26.160,00 47.468,00 Emprestimos a pagar 40.512,80 46.185,00
Duplicatas a pagar 26.800,00 33.140,00
CAPI
TAL P
ROPR
IO PATRIMONIO LIQUIDO 214.447,20 230.522,00 Capital Integralizado 160.000,00 168.000,00 Reserva de Capital 82.400,00 92.288,00
prejuizo Acumulado (27.952,80) (29.766,00) TOTAL DO PASSIVO 399.480,00 499.453,00
Se realizarmos o cálculo da participação do capital de terceiros encontraremos o
seguinte coeficiente:
20x1 – Indica que a empresa possui R$ 86,00 para cada R$ 100,00 de dividas.
20x2 – Indica que a empresa possui R$ 116,00 para cada R$ 100,00 de dívidas.
Assim podemos ver qual a proporção do capital de terceiros e patrimônio liquido utilizado
pela empresa.
O índice de participação de capitais de terceiros relaciona, portanto, as duas grandes
fontes de recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um
indicador de risco ou de dependência a capitais de terceiros por parte da empresa.
Também pode ser chamado de índice de grau de endividamento.
Do ponto de vista financeiro, quanto maior a relação de capitais de terceiros/patrimônio
liquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a
esses terceiros. É desse ângulo que se interpreta o índice de participação de capitais de
terceiros.
Do ponto de vista de obtenção de lucro, pode ser vantajosa para a empresa trabalhar
com capitais de terceiros, se a remuneração paga a esses capitais de terceiros for
menor do que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios
Portanto sempre que se aborda o índice de participação do capital de terceiros está se
fazendo a análise exclusivamente do ponto de vista financeiro e não do ponto de vista
do lucro ou prejuízo.
A comparação com padrões permite saber se o nível de endividamento da empresa esta
dentro ou fora de certos padrões de normalidade obtido através da tabulação dos
balanços de outras empresas do mesmo ramo. Se a empresa estiver fora da
normalidade deverá ser observada com maior atenção a real causa do desequilíbrio.
Por outro lado, entendemos que as empresas não podem se espelhar em outras na
resolução dos seus problemas, haja vista que cada uma possui uma particularidade que
torna-a impar em relação as outras, ou seja, é como se fosse um remédio que curasse
algo, pode servir em um individuo mas em outro pode não ter a mesma eficácia.
Assim as empresas tem a sua forma de organização e seu crescimento dependerá da
sua adaptação, a sua sobrevivência.
Nos cálculos realizados identificamos que a empresa conseguiu melhorar de um período
para o outro. No entanto, depararemos com a situação da empresa em situação de
prejuízo podendo estar em via de falência.
A falência nada mais é do que a incapacidade de pagar suas dividas, onde empresas
que possuem baixo nível de endividamento venham a sofrer processo de falência. Por
outro lado, a falência nunca se deve ao endividamento.
Algumas variáveis importantes na definição da capacidade de endividamento são:
Geração de Recursos : uma empresa capaz de gerar recursos para amortizar as
dividas tem mais capacidade de endividar-se. Este é o primeiro fator. Mostra-se
que uma empresa mais endividada pode representar risco menor que outra
menos endividada se tiver maior capacidade de amortizar dividas.
Liquidez: Se uma empresa toma recursos, investe-o em seu giro comercial e
dispões de um bom capital próprio, investido no Ativo Circulante, então o efeito
negativo sobre a liquidez será muito menor que no caso da empresa que imobiliza
todos os recursos próprios e mais parte dos capitais de terceiros. Neste caso a
liquidez tende a ser afetada e consequentemente, aumenta o risco de insolvência.
Renovação. Se uma empresa consegue renovar as dividas vencidas, não terá
problema de insolvências. Assim a empresa recorre a capital de terceiros e faz
isso por insuficiência de fundos de capital próprio e assim o capital de terceiros
passa a financiar o seu ativo e para regularizar deverá reduzir seu ativo.
II. COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO: PC/CT *100
Fórmula : Passivo Circulante X 100 Capital de Terceiros
Indica: qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação as obrigações totais.
Interpretação: quanto menor, melhor
Para dar seguimento para conhecimento do grau de participação do capital de terceiros
é saber qual a composição dessas dividas. Uma coisa é ter dividas de curto prazo que
precisam ser pagas com os recursos possuídos hoje, mais aqueles gerados a curto
prazo; outra coisa é ter dividas a longo prazo, pois a empresa dispõe de tempo para
gerar recursos para pagar as dividas.
III. IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMONIO LIQUIDO: AP/PL *100
Fórmula: AP x 100 PL
Indica: quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$ 100 de PL.Interpretação: quanto menor melhor
Vejamos outro exemplo:
X1 X2Imobilizado 765.698 1.714.879PL 1.070.861 1.407.125
71% 121%
Este índice mostram que em X1 a empresa investiu no imobilizado a importância de 71% do PL; em X2 esse percentual subiu para 121%.
Vejamos o gráfico abaixo:
19x1 Passivo Circulante
Ativo Circulante
PELP
Capital Circulante Proprio
100% Permanente PL 71%
O indice de imobilização do patrimônio liquido mostra que 71% do PL foram investidos
no Ativo permanente. Os restantes 29% estão aplicados no ativo circulante. Essa
parcela corresponde ao chamado Capital Circulante Próprio. Assim podemos deduzir:
CCP: PL – AP
Lembre-se que com as mudanças ocorridas no cenário contábil, anteriormente o AP era
composto do (investimento, imobilizado, diferido) atualmente possui o grupo não
circulante que compõe (ARLP, investimento, imobilizado e intangível).
Portanto, concluímos que a nova fórmula passa a ser
CCP: PL – (Ñ CIRCULANTE – ARLP)
ASSIM: o CCP é a parcela do PL investida no Ativo Circulante.
Quanto menos a empresa investir no CCP menos sobrarão recursos para aplicação no
ativo circulante, que consequentemente acarretará em dependência de capital de
terceiros.
19x2 Passivo Circulante
Ativo Circulante
PELP
Fontes de Financiamento
Insuficiência de PL ou CCP negativo
100% Permanente PL 121%
O índice de imobilização em 19x2 é de 121%. Isto significa que para cada R$ 100
existentes de patrimônio liquido a empresa aplicou R$ 121 no Permanente, ou seja
imobilizou o patrimônio liquido mais recursos de terceiros, equivalentes a 21% do PL.
Nesse exemplo o ativo circulante é totalmente financiado por capital de terceiros, os
quais ainda financiam parte do não circulante. Assim a empresa esta nas mãos de
terceiros.
IV. IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES: AP X 100 PL+PL
Fórmula: AP X 100PL+PL
Indica: que o percentual de recursos não correntes a empresa aplicou no ativo permanente.Interpretação: quanto menor, melhor.
20x1 20x2
Imobilização 765.698 1.714.879
Exigível a LP 314.360 1.170.788Patrimônio Liquido 1.070.861 1.407.185 RECURSOS Ñ CORRENTES 1.385.221 2.577.973
% Índice de Imobilização 55% 66%
Estes índices mostram que a empresa destinou ao ativo permanente. Os elementos do
ativo permanente tem vida útil de 2,5,10 ou 50 anos. Assim não é necessário financiar
todo o seu ativo imobilizado. É perfeitamente possível utilizar os recursos de longo
prazo, desde que o seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar
às dividas de longo prazo. Daí a lógica de comparar as aplicações fixas com os recursos
não correntes.
A parcela de recursos não correntes destinada ao ativo circulante é denominada CCL
(capital Circulante Liquido).
A empresa destinou 55% dos recursos não corrente para o Ativo Permanente. Logo 45%
dos recursos não correntes foram para o Ativo Circulante, parcela está denominada de
Capital Circulante Liquido CCL.
O CCL representa a folga financeira a curto prazo, ou seja, financiamentos de que a
empresa dispões para o seu giro e que não serão cobrados a curto prazo.
O CCL é formado por duas parcelas: Capital Circulante Próprio e o Exigível a Longo
Prazo.
CCL= PL +ELP – AP
CCL= PL - AP + ELP
CCP
CCL= CCP +ELP
CCL = Capital Circulante LiquidoCCP= Capital Circulante PróprioPL = Patrimônio LiquidoELP = Exigível a Longo PrazoAP* = Ativo Permanente
Lembre-se que o AP que anteriormente era composto de investimento, imobilizado e
diferido. Atualmente com a mudança para apenas dois grupos (circulante e não
circulante) o antigo AP passou a ser não circulante menos ARLP. Assim a nossa formula
passou a ser CCL=PL-(ñ circulante-ARLP) + ELP.
LIQUIDEZ
Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. Muitas
pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de pagamento. Os
índices de liquidez não correspondem a fluxo de caixa que comparam as entradas e
saídas de recursos. São os índices que apartir do controle dos ativos circulantes com as
dividas procuraram medir a solidez e a base financeira da empresa
1) LIQUIDEZ GERAL : AC+ARLP PC+ELP
Indica: quanto a empresa possui no ativo circulante e realizável a longo prazo para cada
$ 1,00 de divida total.
Interpretação Total: quanto maior melhor.
O índice de imobilização do PL em análise no item anterior demonstrava qual o
percentual do PL que estava imobilizado e completarmente qual o percentual fora
investido no giro dos negócios. Foi visto que em 19x1 apresentava 71% do PL foram
imobilizados e 29% foram investidos no AC.
Queremos saber agora se se esses 29% são ou não suficientes para proporcionar boa
base financeira para a empresa:
200x1 200x2
Ativo Circulante. 1.960.480 2.269.171Passivo circulante 1.340.957 1.406.077Exigivel a Longo Prazo 314.360 1.170.788
Liquidez Geral 1,18 0,88
O índice de liquidez geral de 19x1 era 1,18 que indicava que para cada 1,00 de divida
indicava a existência de 18 centavos de folga. Essa margem de 18% é graças ao capital
circulante liquido.
capital de terceirosativo passivo ou
circulante circulante exigivel total CCL
PL
O gráfico fica assim:
I. Os recursos do passivo circulante foram investidos no ativo circulante
II. O ativo circulante é maior que a soma do passivo mais exigível a longo prazo
III. O excesso do circulante (hachurado) provém do PL e é o capital circulante liquido,
que representa os 18% restante.
O índice de 1,18 significa que a empresa poderia pagar suas dividas totais mesmo
aquelas de longo prazo com recursos que possui hoje no ativo circulante e ainda haveria
uma sobra de 18%. Esta sobra representa uma reserva ou margem de segurança.
Conclui-se que a empresa possui uma situação financeira satisfatória.
2) LIQUIDEZ CORRENTE: AC PC
Indica: quanto a empresa possui no ativo circulante e realizável a longo prazo para cada $ 1,00 de divida total.
Interpretação Total: quanto maior melhor.
VEJAMOS O EXEMPLO:
19x1 19x2Ativo circulante: 1.960.480 2.269.171Passivo circulante: 1.340.957 1.406.077
Liquidez corrente 1,46 1,61
3) LIQUIDEZ IMEDIATA: Disponibilidade+Aplicações Financeiras+Clientes Passivo Circulante
Indica: quanto a empresa possui no ativo liquido para cada R$ 1,00 de passivo
circulante (a curto prazo).
Interpretação Total: quanto maior melhor.
Este índice é um teste de força aplicado a empresa, visa medir o grau de excelência da
sua situação financeira. De um lado, abaixo de certos limites, poderá indicar alguma
dificuldade de liquidez, mas tal conclusão não poderá ser mantida quando o índice de
liquidez corrente for satisfatório.
Liquidez Liquidez Corrente
Liqu
idez
Sec
a
Nivel Alta Baixa
ALTA Situação financeira boasituação financeira em principio instatisfatoria, mas atenuada pela boa liquidez seca. Em certos casos pode até ser considerada razoável
BAIXASituação financeira em principio satisfatoria. A baixa liqudiez seca não indica necessariamente compromentimento da situação financeira. Em certos casos pode ser sintoma de excessivos estoques encalhados.
situação financeira insatisfatória
RENTABILIDADE
Quanto aos índices de rentabilidade veremos em um capitulo a parte e complementar a essa apostila, haja vista a grande importância do envolvimento das contas de resultado.
DEMONST. RESULTADO DO EXERCICIO Periodo1 Receita Operacional Bruta -
1.1 Venda de Mercadoria -1.2 Prestação de Serviços1.3 Outras Receitas Operacionais -
2 ( - ) Deduções da Receita Bruta -2.1 Devolução de Produtos ou Mercadorias -2.2 Abatimentos Concedidos Incondicionalmente -2.3 Impostos sobre venda (ICMS,PIS,COFINS,ISS,ETC)
3 = Receita Operacional Líquida (1-2) - 4 ( - ) Custos Operacionais da Receita -
4.1 Custo dos Produtos ou das Mercadoria Vendida -4.2 Custo dos Serviços Prestados 4.3 Outros Custos Operacionais
5 = Resultado Operacional Bruto - 6 ( - ) Despesas Operacional -
6.1 Despesas com vendas:6.2 Despesas Administrativas: -6.3 Despesas Financeira Liquida
Despesas Financeiras Receitas Financeiras (-)
6.4 Outras a Especificar 7 Lucro (prejuizo ) Operacional Liquido (5-6)8 Resultado Não Operacional
8.1 Receitas Não Operacionais8.2 (-) Despesas Não Operacionais
9 Resultado Liquido Antes I.R. (7+8)
10 Provisão Para Imposto de Renda
11 Participação nos Lucros (9-10)11.1 Empregrados 11.2 Administradores
12 = Resultado Operacional Líquido (11-12) = Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício -