contabilidade para entidades sem fins lucrativos

Upload: alexandre-pimentel

Post on 13-Apr-2018

230 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    1/70

    Departamento de Desenvolvimento Profissional

    CONTABILIDADE PARA ENTIDADES SEM FINS

    LUCRATIVOS - ONGS

    Prof. Luis Antonio B Rangel

    [email protected]

    Rio de Janeiro

    Fevereiro de 2016

    Rua 1 de Maro, 33Centro

    Rio de Janeiro/RJ

    Cep: 20.010-000

    Telefone: (21) 2216-9544 e 2216-9545 [email protected] www.crc.org.br

    mailto:[email protected]://www.crc.org.br/http://www.crc.org.br/mailto:[email protected]
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    2/70

    SUMRIO1. Introduo2. Aspectos Legais

    2.1 Constituio e Legalizao da Entidades Sem Finalidade de Lucro.

    2.1.1 Natureza Jurdica2.1.2 Associao2.1.3 Fundao2.1.4 Organizaes Religiosas2.1.5 Partidos Polticos2.1.6 Registro civil da Ata de criao e do Estatuto das Entidades do 3

    Setor2.2 Benefcios concedidos pelo Poder Pblico s entidades de interesse social

    2.2.1 Titulaes e Certificaes2.2.2 Ttulo de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico

    (OSCIP)2.2.3 Ttulo de Organizao Social (OS)2.2.4 Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social (Cebas)2.2.5 Ttulo de Utilidade Pblica Federal (UPF)

    2.3 Imunidades e Isenes2.3.1 Imunidade tributria2.3.2 Isenes tributrias2.3.3 Iseno de Contribuies Sociais

    2.4 Obrigaes acessrias das Entidades do 3 Setor

    2.4.1 Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais (DCTF)2.4.2 Declarao do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF)2.4.3 Escriturao Fiscal Digital Contribuies (EFD Contribuies)2.4.4 Declarao de Informaes Econmico-Fiscal da Pessoa Jurdica

    (DIPJ)2.4.5 GFIP/SEFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informaes a

    Previdncia2.4.6 Escriturao Contbil Digital (ECD)2.4.7 Exerccios

    3. Aspectos Contbeis.3.1 Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao 3 Setor (Res. CFC1.409/12)

    3.2 Escriturao Contbil3.2.1 Mensurao e Reconhecimento Contbil das Receitas de Doaes3.2.2 Trabalho Voluntrio utilizado como investimento3.2.3 Trabalho Voluntrio utilizado como custeio3.2.4 Reconhecimento das imunidades e isenes3.2.5 Receita de Convnios e Contrapartidas de Convnios3.2.6 Reconhecimento da gratuidade

    3.3 Demonstraes Contbeis

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    3/70

    3.3.1 Finalidade das Demonstraes Contbeis3.3.2 Regime de Competncia3.3.3 Pressuposto da Continuidade Normal das Operaes3.3.4 Modelos de Demonstraes Contbeis ( Res. 1.409/12 )

    3.3.4.1 Balao Patrimonial3.3.4.2 Demonstrao do Resultado do Perodo3.3.4.3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido3.3.4.4 Demonstrao dos Fluxos de Caixa

    3.3.5 Notas Explicativas s Demonstraes Contbeis4. Exerccios5. Anexos6. Referncias

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    4/70

    Introduo.Impulsionada pelos Movimentos Sociais a dcada de 1980 foi marcada pelocrescimento significativo das Entidades do Terceiro Setor, notabilizada pelosegmento das Organizaes Sociais atuante em reas especfica como: meioambiente, pobreza, discriminao racial, entre outras. O meio ambientedominou a pauta dos debates na sociedade, sobretudo, os temas versandosobre biodiversidade, preservao das espcies, despoluio do ar, etc. Nestecenrio realizou-se a ECO-92, vinte anos aps a realizao da primeiraconferncia sobre o meio ambiente, em Estocolmo Sucia. NoRio de Janeiro,representantes de cento e oito pases do mundo reuniram-se para decidir quemedidas tomar para conseguir diminuir a degradao ambiental e garantir aexistncia de outras geraes. A inteno, nesse encontro, era introduzir aideia dodesenvolvimento sustentvel, um modelo decrescimentoeconmico menosconsumista e mais adequado ao equilbrio ecolgico. Dentre

    os resultados da Conferncia aparece o crescimento de fundos internacionaispara apoio s ONG.No Brasil, o termo ONG no est contemplado na nossa legislao, sendo maisusado termos como Organizao da Sociedade Civil, Terceiro Setor ouEntidade sem fim lucrativo. Estas Instituies so constitudas com a naturezajurdica de Associaes, Fundaes, Partidos Polticos e InstituiesReligiosas.Segundo Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE e oInstituto de Pesquisa Econmica Aplicada IPEA em parceria com a

    Associao Brasileira de Organizaes No Governamentais - Abong e oGrupo de Institutos, Fundaes e Empresas GIFE existiam no Brasil em2010, 290,7 mil Fundaes Privadas e Associaes sem Fins Lucrativos -Fasfil. Sua importncia revelada pelo fato de este grupo de instituiesrepresentar mais da metade (52,2%) do total de 556,8 mil entidades sem finslucrativos e uma parcela significativa (5,2%) do total de 5,6 milhes deentidades pblicas e privadas, lucrativas e no lucrativas, que compunham oCadastro Central de Empresas - Cempre, do IBGE neste mesmo ano.No nosso curso vamos fazer uma abordagem das Entidades do Terceiro setorsob dois aspectos: O legal e o contbil. No primeiro, trataremos de questescomo constituio, benefcios concedidos pelo Poder pblicos, Imunidades eIsenes e obrigaes acessrias; no segundo ser a vez de abordarmos asNormas Brasileiras de Contabilidade, Escriturao e DemonstraesContbeis.No temos a pretenso de esgotar o assunto, contudo, esperamos contribuirpara o aprofundamento do conhecimento das Entidades com compem oTerceiro Setor.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1velhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_econ%C3%B4micohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_econ%C3%B4micohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Consumismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Consumismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_econ%C3%B4micohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_econ%C3%B4micohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_sustent%C3%A1velhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    5/70

    2. Aspectos Legais.Campo de aplicao da contabilidade do terceiro setor.

    Interno: Unio, Estados,Distrito Federal,Municpios, Autarquias e

    demais Entidades decarter pblico criadaspor Lei.

    1 SetorDireito PblicoExterno: Estadosestrangeiros e todapessoa Jurdica regidapelo Direito PblicoInternacional

    Direito Privado

    AssociaesFundaesOrganizaes ReligiosasPartidos Polticos

    3 SetorPessoa Jurdica

    Sociedades Empresarias

    LimitadaAnnimaNome coletivoComandita Simples

    Comandita Por aes No Empresrias

    Sociedade SimplesSociedades Cooperativas

    2 Setor

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    6/70

    2.1 Constituio e Legalizao das Entidades Sem Finalidade de Lucro.As Entidades Sem Finalidades de Lucro se constituem de fato e de direito apartir dos registros dos seus atos constitutivos nos rgos competentes.Compem os atos constitutivos das Entidades do terceiro setor. Associao:

    o Ata da Assembleia de Fundaoo Estatuto aprovado pela Assembleia de Fundao

    Fundao.o Escritura pblica ou testamentoo Estatuto

    Organizaes Religiosas:o Ata da Assembleia de Fundaoo Estatuto aprovado pela Assembleia de Fundao

    Partidos Polticos:o Requerimento do registro de partido poltico, dirigido ao cartrio

    competente do Registro Civil das Pessoas Jurdicas, da CapitalFederal, devendo ser subscrito pelos seus fundadores, emnmero nunca inferior a cento e um, com domiclio eleitoral em,no mnimo, um tero dos Estados, e ser acompanhado de:

    o I - cpia autntica da ata da reunio de fundao do partido;o II - exemplares do Dirio Oficial que publicou, no seu inteiro teor,

    o programa e o estatuto;o III - relao de todos os fundadores com o nome completo,

    naturalidade, nmero do ttulo eleitoral com a Zona, Seo,Municpio e Estado, profisso e endereo da residncia.

    2.1.1 Natureza JurdicaDe acordo com os incisos I, III, IV e V do Art. 44 da Lei 10.406 de 2002,Cdigo Civil a Natureza Jurdica das Entidades do terceiro se apresenta:Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado:Ias associaes;------------------------------------------------------------------------------------------------IIIas fundaes.

    IV as organizaes religiosas; (Includo pela Lei n 10.825, de22.12.2003);Vos partidos polticos. (Includo pela Lei n 10.825, de 22.12.2003).

    2.1.2 AssociaoDe acordo com a lio de doutrinadores, a forma pela qual certonmero de pessoas, ao se congregarem, coloca, em comum, servios,atividades e conhecimentos em prol do mesmo ideal, objetivando aconsecuo de determinado fim, com ou sem capital e sem intuitoslucrativos.Pode ter finalidade:

    a) altrustica (associao beneficente, esportiva ou recreativa);b)egostica (associao literria, associao de colecionadores); e

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    7/70

    c) econmica no lucrativa (associao de socorro mtuo,associao de bairro).

    O ato constitutivo da associao consiste em um conjunto de clusulascontratuais vinculantes, ligando seus fundadores, e os associados quese seguirem devem se submeter aos seus comandos. Nele devem estar

    consignados:a) a denominao, os fins e a sede da associao;b) os requisitos exigidos para admisso, demisso e exclusodos associados;c) os direitos e as obrigaes dos membros componentes;d) as fontes de recursos financeiros para sua manuteno;e) o modo de constituio e funcionamento dos rgosdeliberativos;f) a representao ativa e passiva da entidade em juzo e foradele;g) as condies de possibilidade de alterao do estatuto;

    h) a responsabilidade subsidiria dos associados pelasobrigaes assumidas pela associao;i) as causas de dissoluo da entidade, dispondo sobre o destinodo patrimnio social.

    Logo, deve ser constituda por escrito, mediante redao de um estatuto,lanada no registro geral (CC, Art. 45), contendo declarao unnime davontade dos associados de se congregarem para formar umacoletividade. No pode adotar nenhuma das formas mercantis, visto quelhe falta o intuito especulativo.

    PRINCIPAIS CARACTERSTICAS.De modo geral as associaes caracterizam-se por:

    Reunio de duas ou mais pessoas para a realizao de objetivoscomuns (lembrando que a lei no define o nmero legal para criaruma associao);

    Seu patrimnio constitudo pela contribuio dos associados oude seus membros, por doaes, subvenes. No possui capitalsocial, por isso dificulta a obteno de financiamento junto sinstituies financeiras;

    Seus fins podem ser alterados pelos associados;

    Seus associados deliberam livremente; So entidades do direito privado e no pblico.

    CONSTITUIO.Passos para constituio de uma Associao.

    1 assembleia geral de Fundao da organizao;2 aprovao dos estatutos;3 eleio dos membros da diretoria;4 posse dos membros da diretoria;5 lavratura das atas de reunies;

    6 registro dos atos constitutivos.

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    8/70

    DISSOLUODe acordo com o Art. 61 do Cdigo Civil a dissoluo de umaAssociao deve estar expressa no seu Estatuto.Ainda, neste mesmo Artigo, est previsto a possibilidade de restituiodos valores das contribuies prestadas ao patrimnio da Associao.Art. 61. Dissolvida a associao, o remanescente do seu patrimniolquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou fraes ideaisreferidas no pargrafo nico do art. 56, ser destinado entidade de finsno econmicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberaodos associados, instituio municipal, estadual ou federal, de finsidnticos ou semelhantes. 1 Por clusula do estatuto ou, no seu silncio, por deliberao dosassociados, podem estes, antes da destinao do remanescente referidaneste artigo, receber em restituio, atualizado o respectivo valor, as

    contribuies que tiverem prestado ao patrimnio da associao. 2 No existindo no Municpio, no Estado, no Distrito Federal ou noTerritrio, em que a associao tiver sede, instituio nas condiesindicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimnio sedevolver Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da Unio.

    2.1.3 Fundao.So organizaes sem fins lucrativos, que podem ser pblicas ouprivadas. Institudas a partir da destinao de um patrimnio com afinalidade de servir a uma causa, podendo constituir-se para fins de:

    atividades religiosas; cultura, defesa e conservao do patrimniohistrico e artsticos; educao; sade; segurana alimentar enutricional; defesa, preservao e conservao do meio ambiente epromoo do desenvolvimento sustentvel; pesquisa cientfica,desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernizao de sistemasde gesto, produo e divulgao de informaes e conhecimentostcnico cientficos; e a promoo da tica, da cidadania da democraciae dos direitos humanos. No necessria a reunio de vrias pessoaspara constitu-la, como nas das associaes. No caso das fundaespblicas estas so entidades de personalidade jurdica de direito pblico,sem fins lucrativos, criadas por autorizao legislativa para odesenvolvimento de atividades de interesse pblico (educao, cultura epesquisa, entre outras). Vamos abordar somente as fundaes privadas.

    PRINCIPAIS CARACTERSTICAS.De modo geral as Fundaes caracterizam-se por:

    Patrimnio disponibilizado por um instituidor; Fins definidos pelo nico do Art.62 do Cdigo Civil; No se forma pela associao de pessoas fsicas, nasce em virtude da

    dotao de um patrimnio inicial, o qual servir para prestar servios de

    interesse coletivo ou social; Pode assumir personalidade jurdica de direito Pblico ou Privado; e

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    9/70

    Controlada e fiscalizada pelo Ministrio PblicoCONSTITUIO.Passos para constituio de uma Fundao.

    1. o instituidor e/ou instituidores, designando os bens patrimoniais,elaborar o estatuto e o submeter ao Ministrio Pblico (Curador deFundaes) que, aps analise aprovar ou no a instituio, bemcomo indicar modificaes estatutrias, se necessrio;

    2. autorizado pelo Ministrio Pblico, o instituidor e/ou instituidoresprovidenciar a lavratura da escritura;

    3. aps a lavratura da escritura de constituio da fundao, esta serregistrada perante Cartrio de Registro de Pessoa Jurdica,atribuindo-lhe, ento, a personalidade jurdica.

    DISSOLUOOs artigos 69 do Cdigo Civil e 1.204 do Cdigo de Processo Civil

    enumeram as hipteses de dissoluo da Fundao, a saber:a) quando a finalidade da fundao tornar-se ilcita, impossvel ou

    intil;b)quando vencer o prazo de sua existncia;c)quando for impossvel sua manuteno.

    Ocorrendo uma destas hipteses, portanto, o Ministrio Pblico ouqualquer interessado promover a extino da fundao.Da interpretao destes dispositivos legais podemos concluir quequalquer interessado e tambm o Ministrio Pblico podem requerer a

    extino da fundao, que se dar pela via judicial ou administrativa.O Estatuto tambm deve prever a destinao dos bens quando daextino da fundao, consignando o nome da instituio, com finsiguais ou semelhantes, na qual sero incorporados.No havendo previso estatutria, se a extino ocorrer pela viajudiciria, ficar a cargo do juiz decidir; se ocorrer pela via administrativa,caber a escolha ao Ministrio Pblico. importante que conste do Estatuto a responsabilidade por realizar oregistro da extino da fundao no Registro Civil das PessoasJurdicas, para que produza seus efeitos perante terceiros.

    2.1.4 Organizaes ReligiosasA lei l0.825 de 22 de dezembro de 2003 deu nova redao aos Art. 44da lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 Cdigo Civil, introduzindo o IncisoIV as organizaes religiosas, definindo-a como pessoas jurdicas dedireito privado.

    PRICIPAIS CARACTERSTIASOrganizao religiosas uma forma associativa que agrega pessoasque professam as mesmas convices religiosas. De modo geral asorganizaes religiosas caracteriza-se por:

    Reunio de pessoas que professam e se dedicam na vivncia deuma religio, de uma crena, de uma espiritualidade e atravs da

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    10/70

    meditao, da orao e de outras prticas prprias e peculiaressegundo a opo pessoal e individual das pessoas;

    Patrimnio constitudo pela contribuio dos associados ou deseus membros, por doaes, dzimos e ofertas. No possui capitalsocial, por isso dificulta a obteno de financiamento junto sinstituies financeiras;

    Seus associados deliberam livremente; e So livres a criao, a organizao, a estruturao interna e o

    funcionamento sendo vedado ao poder pblico negar-lhesreconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessriosao seu funcionamento.

    CONSTITUIOAs organizaes religiosas so associaes de pessoas que processamas mesmas convices religiosas, portanto, sua constituio segue os

    mesmos passos da associao, ou seja: Assembleia geral de Fundao da organizao religiosa; Aprovao do Estatuto; Eleio dos membros da diretoria; Posse dos membros eleitos; Lavratura da ata de fundao; e Registro dos atos constitutivos.

    ESTATUTONa elaborao do ato constitutivo, a organizao religiosa tem ampla

    liberdade para estabelecer os objetivos, a estrutura administrativa, asregras de funcionamento e outros aspectos inerentes ao modo de ser daInstituio. Deste modo o estatuto das organizaes religiosas alm deconter as clusulas exigidas nas associaes ( Art. 54 do Cdigo Civil),pode mencionar, ainda, a sua liturgia.

    DISSOLUODe acordo como o Inciso VI do Art. 54 do Cdigo Civil, sob pena denulidade o Estatuto das Associaes dever conter as condies para aalterao das disposies estatutrias e para a dissoluo.

    2.1.5 Partidos PolticosO inciso V do Art. 44 da lei 10.406 de 2002 Cdigo Civil introduzida pelaLei 10.825 de 2003 define Partido Poltico como pessoa jurdica dedireito privado.J o pargrafo 1 do art. 17 da Constituio Federal de 1988 e o artigo3 da Lei n 9.096/95 introduzem no ordenamento jurdico nacional aautonomia que assegurada ao partido poltico para definir suaestrutura interna, organizao e funcionamento.

    PRINCIPAIS CARACTERSTICASO partido poltico uma associao de pessoas, todas com iguais

    direitos e deveres, que comungam do mesmo iderio poltico,caracterizando-se por:

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    11/70

    Tem a pretenso de alcanar o poder poltico, ou influenci-lo tantoquanto possvel, para que o Estado possa ser conduzido emconsonncia com esse iderio;

    Vedao a criao de partidos Regionais; Autonomia para definir sua estrutura interna, organizao e

    funcionamento; Assegurar, no interesse do regime democrtico, a autenticidade do

    sistema representativo e a defender os valores fundamentais dapessoa humana;

    Na falta da lei, estabelece limites de campanhas para seuscandidatos.

    CONSTITUIOFaz-se muita confuso quando o tema a criao de partidos polticos.Alguns, equivocadamente, pensam que o partido criado a partir do

    registro do seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. Todavia, afinalidade do registro do estatuto do partido junto ao TSE, no apenassua criao. preciso separar trs coisas: Fundao do partido; Aquisio de personalidade jurdica; Aquisio de direitos prprios de partidos polticos.

    A criao (ou fundao) do partido ocorre com a reunio de fundao dopartido e a confeco da ata correspondente (Lei n 9.096/95, art. 8, I).

    A aquisio de personalidade jurdica pelo partido ocorre com o registrodo seu ato constitutivo (estatuto) no Registro Civil das PessoasJurdicas da Capital Federal (Cdigo Civil, art.45 e Lei n 9.096/96, art.7,capute art. 8, 3).A aquisio de direitos prprios de partido poltico ocorre com odeferimento do registro do seu estatuto no TSE:

    direito de participar do processo eleitoral; de ter acesso gratuito ao rdio e televiso; de receber quotas do fundo partidrio; de gozar das imunidades tributrias dos partidos polticos;e de ter exclusividade sobre o uso do nome e smbolos

    partidrios (Lei n 9.096/95, art. 7, 2 e 3).ESTATUTO

    O estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:I nome, denominao abreviada e o estabelecimento da sede naCapital Federal;IIfiliao e desligamento de seus membros;IIIdireitos e deveres dos filiados;IV modo como se organiza e administra, com a definio de sua

    estrutura geral e identificao, composio e competncias dos rgos

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    12/70

    partidrios nos nveis municipal, estadual e nacional, durao dosmandatos e processo de eleio dos seus membros;V fidelidade e disciplina partidrias, processo para apurao dasinfraes e aplicao das penalidades, assegurado amplo direito dedefesa;VI condies e forma de escolha de seus candidatos a cargos efunes eletivas;VII finanas e contabilidade, estabelecendo, inclusive, normas que oshabilitem a apurar as quantias que os seus candidatos possamdespender com a prpria eleio, que fixem os limites das contribuiesdos filiados e definam as diversas fontes de receita do partido, almdaquelas previstas nesta Lei;VIII critrios de distribuio dos recursos do Fundo Partidrio entre osrgos de nvel municipal, estadual e nacional que compem o partido;

    IXprocedimento de reforma do programa e do estatuto.Art. 15 da lei 9.096 de 19 de setembro de 1995.

    DISSOLUOO Tribunal Superior Eleitoral, aps trnsito em julgado de deciso,determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partidocontra o qual fique provado:Iter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procednciaestrangeira;IIestar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;

    III no ter prestado, nos termos da Lei, as devidas contas JustiaEleitoral; eIVque mantm organizao paramilitar.A deciso judicial a que se refere este artigo deve ser precedida deprocesso regular, que assegure ampla defesa.O processo de cancelamento iniciado pelo Tribunal vista de dennciade qualquer eleitor, de representante de partido, ou de representao doProcurador-Geral Eleitoral.Art. 28 da Lei 9.096/95

    2.1.6 Registro civil da Ata de criao e do Estatuto das Entidades do 3Setor.ASSOCIAO.

    O registro dos atos constitutivos de uma Associao feito no Cartrio deRegistro de Pessoa Jurdica, da seguinte forma: Requerimento assinado pelo Presidente ou procurador (procurao

    especifica para RCPJ), com firma reconhecida; Tamanho mnimo de fonte em documentos digitados (11pt); A Ata da Assembleia de Fundao deve conter:o Aprovao do estatutoe da criaoda associao;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    13/70

    o Relao dos Fundadores com identidade e CPF, assinaturas doPresidente e Secretrio da Assembleia de Fundao emesma data daata;

    o Rubricado presidente e do Secretrio da Assembleia de Fundao emtodas as pginas e suas assinaturasna ltima pgina;

    o Eleio da diretoria com qualificao completa: cargo, nome, estadocivil, nacionalidade, profisso, CPF, identidade, endereo.

    o Declarao do(s) administrador(es), firmada sob as penas da lei, de noestar(em) impedido(s) de exercer(em a administrao da associao,em virtude de condenao criminal. O(s) mesmo(s) deve(m) assinar, aata com o presidente e o secretrio da assembleia, OUfazer declaraoavulsa, assinada pelo Presidente e Vice-presidente daDiretoria.(Res.02/2006 CGJ).

    Se a qualificao for feita em folhas avulsas: Rubricado presidente e do Secretrio da Assembleia de Fundao em

    todas as pginas e suas assinaturasna ltima pgina; Mesma data da Assembleia de Fundaona ltima pgina;o O Estatuto deve conter:o Visto do advogado, com o nmero da OAB - somente na ltima folha;o Rubrica do presidente e do Secretrio da Assembleia de Fundaoem

    todas as pginas;o Mesma data da Assembleiade Fundaona ltima pgina;o Assinaturas do presidente e do Secretrio da Assembleia de

    Fundaona ltima pginao Classificar como "Associao Civil".o Artigos que tratem dos seguintes assuntos:o Endereo completo da sede;o Prazo de durao da associao;o Admisso, demisso, excluso de associados;o Direitos e deveres dos associados;o Atribuies de todos os diretores;o Modo de constituio e funcionamento dos rgos deliberativo e

    administrativo;o Prazo de mandato de todos os rgos;o Fontes de recursos;o Forma de gesto administrativa e de Aprovao das respectivas contas;o Forma de dissoluo;o Destino do patrimnio, em caso de dissoluo (entidade de fins no

    econmicos);o Incluir na competncia da Assembleia Geral os assuntos abaixo,

    definindo o quorum exigido:o Destituir administradoreso Alterar o estatuto

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    14/70

    FUNDAO.. Os documentos de criao da fundao devero ser feitos atravs de

    escritura pblica e vir acompanhados de autorizao do MinistrioPblico (Travessa do Ouvidor, 38Centro, Rio de Janeiro/RJ).

    Um advogado dever dar seu visto ao final do estatuto, informando oseu nmero da OAB.

    Declarao do(s) administrador(es), firmada sob as penas da lei, de noestar(em) impedido(s) de exercer(em a administrao da fundao, emvirtude de condenao criminal. O(s) mesmo(s) deve(m) assinar, a atacom o presidente e o secretrio da assembleia, ou fazer declaraoavulsa, assinada pelo Presidente e Vice-presidente daDiretoria.(Res.02/2006 CGJ).

    Todo pedido de registro deve ser apresentado com um Requerimento deRegistro (disponvel neste site).

    O Estatuto deve conter: Denominao; Fundo Patrimonial ou social, quando houver; Fins; Endereo completo da sede; Prazo de durao da Fundao; Modo de constituio de todos os rgos e seus mandatos; Atribuies dos diretores; Cargo que representa a sociedade, ativa e passivamente, judicial e

    extrajudicialmente; Se o estatuto reformvel no tocante administrao, e de que modo; Se os membros respondem ou no subsidiariamente pelas obrigaes

    sociais; Condies de extino e, nesse caso, o destino de seu patrimnio; Nomes dos fundadores ou instituidores, informando identidade e CPF; Relao dos membros da diretoria, provisria ou definitiva, com a

    indicao da nacionalidade, estado civil, profisso, residncia, CPF eidentidade de cada um.

    ORGANIZAES RELIGIOSAS Requerimento assinado pelo Presidente, com firma reconhecida, ou por

    procurador (procurao especifica para RCPJ com firma reconhecida); Tamanho mnimo de fonte em documentos digitados (11pt).

    A Ata da Assembleia de Fundao deve conter:o Aprovao do estatutoe da criaoda associao;o Relao dos Fundadores c/ identidade e CPF, assinaturas do

    Presidente e Secretrio da Assembleia de Fundao e mesma data daata;

    o Rubricado presidente e do Secretrio da Assembleia de Fundao em

    todas as pginas e suas assinaturasna ltima pgina;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    15/70

    o Nomeao da diretoria com qualificao completa: cargo, nome, estadocivil, nacionalidade, profisso, CPF, identidade, endereo;

    o Se a quali f ic ao f or feit a em fo lhas avu lsas :o Rubricado presidente e do Secretrio da Assembleiade Fundaoem

    todas as pginas e suas assinaturas na ltima pgina;o Mesma data daAssembleia de Fundaona ltima pgina;

    O Estatuto deve conter:o Visto do advogado, com o nmero da OAB - somente na ltima folha;o Rubrica do presidente e do Secretrio da Assembleia de Fundaoem

    todas as pginas;o Mesma data da Assembleiade Fundaona ltima pgina;o Assinaturas do presidente e do Secretrio da Assembleia de

    Fundaona ltima pgina;o Classificar como ORGANIZAO RELIGIOSA;

    Artigos que tratem dos seguintes assuntos:A. Endereo completo da sede;B. Prazo de durao da organizao;C. Atribuies de todos os diretores;D. Modo de constituio e funcionamento dos rgos deliberativo

    e administrativo;E. Prazo de mandato de todos os rgos;F. Fontes de recursos;G. rgo competente e quorum para dissoluo.

    Extrado do sitehttp://www.rcpjrj.com.br/rcpj.web/#.2.2 Benefcios concedidos pelo Poder Pblico s entidades de interesseSocialAs Entidades de Interesse Social so pessoas jurdicas de direito privadoreguladas, quanto a sua criao e funcionamento, pelo Cdigo Civil.Como reconhecimento da atuao dessas pessoas jurdicas, o PoderPblico lhes concede benefcios como a imunidade e a iseno detributos, alm da concesso de ttulos como de utilidade pblica (UPF),titulo de Organizao Social (OS), Certificado de Entidade Beneficentes deAssistncia Social (CEBAS) e o ttulo de organizao da sociedade civil deinteresse pblico (OSCIP).A lei 13019 de julho de 2014 institui normas gerais para as parcerias entrea administrao pblica e organizaes da sociedade civil, em regime demtua cooperao, para a consecuo de finalidades de interesse pblicoe recproco, mediante a execuo de atividades ou de projetospreviamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos decolaborao, em termos de fomento ou em acordos de cooperao.

    2.2.1 Titulaes e CertificaesAs organizaes do Terceiro Setor, basicamente as associaes e

    fundaes podem, de acordo com seus objetivos e funcionamento,solicitarem e obterem titulaes e certificaes que lhes concedam e/ou

    http://www.rcpjrj.com.br/rcpj.web/http://www.rcpjrj.com.br/rcpj.web/http://www.rcpjrj.com.br/rcpj.web/http://www.rcpjrj.com.br/rcpj.web/
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    16/70

    garantam benefcios, alm daqueles previstos pela Constituio Federal, aschamadas isenes ou imunidades em relao aos tributos.Vamos nos concentrar nas titulaes e certificaes federais, seguindo umbreve resumo das suas vantagens, condies e obrigaes para obtenoou manuteno dos mesmos.

    2.2.2 Ttulo de Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico(OSCIP)

    Titulao conferida as entidades que estabelecem termo de parceria com oEstado. Para requerer a qualificao como Oscip a entidade interessadadever atender aos requisitos da Lei n 9.790/99, regulamentada peloDecreto n 3.100/99.

    DELIMITANDO O CAMPO DE ATUAOPodem Obervado o princpio da universalizao dos servios, norespectivo mbito de atuao das Organizaes, somente ser conferida

    s pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujosobjetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:

    I - promoo da assistncia social; II - promoo da cultura, defesa e conservao do patrimnio histrico e

    artstico; III - promoo gratuita da educao, observando-se a forma

    complementar de participao das organizaes de que trata a Lei9.790/99;

    IV - promoo gratuita da sade, observando-se a forma complementarde participao das organizaes de que trata a Lei 9.790/99; V - promoo da segurana alimentar e nutricional; VI - defesa, preservao e conservao do meio ambiente e promoo

    do desenvolvimento sustentvel; VII - promoo do voluntariado; VIII - promoo do desenvolvimento econmico e social e combate

    pobreza; IX - experimentao, no lucrativa, de novos modelos scio-produtivos e

    de sistemas alternativos de produo, comrcio, emprego e crdito; X - promoo de direitos estabelecidos, construo de novos direitos e

    assessoria jurdica gratuita de interesse suplementar; XI - promoo da tica, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da

    democracia e de outros valores universais; XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas,

    produo e divulgao de informaes e conhecimentos tcnicos ecientficos que digam respeito s atividades mencionadas neste artigo.Art. 3 Lei 9.790/99.

    NO PODEM - No so passveis de qualificao como Organizaes

    da Sociedade Civil de Interesse Pblico: I - as sociedades comerciais;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    17/70

    II - os sindicatos, as associaes de classe ou de representao decategoria profissional;

    III - as instituies religiosas ou voltadas para a disseminao de credos,cultos, prticas e vises devocionais e confessionais;

    IV - as organizaes partidrias e assemelhadas, inclusive suasfundaes;

    V - as entidades de benefcio mtuo destinadas a proporcionar bens ouservios a um crculo restrito de associados ou scios;

    VI - as entidades e empresas que comercializam planos de sade eassemelhados;

    VII - as instituies hospitalares privadas no gratuitas e suasmantenedoras;

    VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal no gratuito esuas mantenedoras;

    IX - as organizaes sociais; X - as cooperativas; XI - as fundaes pblicas; XII - as fundaes, sociedades civis ou associaes de direito privado

    criadas por rgo pblico ou por fundaes pblicas; XIII - as organizaes creditcias que tenham quaisquer tipo de

    vinculao com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192da Constituio Federal.

    Art. 2 Lei 9.790/99.

    Para qualificarem-se como Organizaes da Sociedade Civil de InteressePblico, exige-se, ainda que as pessoas jurdicas interessadas sejamregidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:

    a observncia dos princpios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, economicidade e da eficincia;a adoo de prticas de gesto administrativa, necessrias esuficientes a coibir a obteno, de forma individual ou coletiva, debenefcios ou vantagens pessoais, em decorrncia da participaono respectivo processo decisrio;

    a constituio de conselho fiscal ou rgo equivalente, dotado decompetncia para opinar sobre os relatrios de desempenhofinanceiro e contbil, e sobre as operaes patrimoniais realizadas,emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;

    a previso de que, em caso de dissoluo da entidade, orespectivo patrimnio lquido ser transferido a outra pessoajurdica qualificada nos termos da Lei 9790/99, preferencialmenteque tenha o mesmo objeto social da extinta;

    a previso de que, na hiptese de a pessoa jurdica perder aqualificao, o respectivo acervo patrimonial disponvel, adquirido

    com recursos pblicos durante o perodo em que perdurou aquelaqualificao, ser transferido a outra pessoa jurdica qualificada nos

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art192http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art192http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art192http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art192
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    18/70

    termos da Lei 9790/99, preferencialmente que tenha o mesmoobjeto social;

    a possibilidade de se instituir remunerao para os dirigentes daentidade que atuem efetivamente na gesto executiva e paraaqueles que a ela prestam servios especficos, respeitados, emambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na regiocorrespondente a sua rea de atuao;

    as normas de prestao de contas a serem observadas pelaentidade, que determinaro, no mnimo:

    observncia dos princpios fundamentais de contabilidadee das Normas Brasileiras de Contabilidade;que se d publicidade por qualquer meio eficaz, noencerramento do exerccio fiscal, ao relatrio de atividadese das demonstraes financeiras da entidade, incluindo-se

    as certides negativas de dbitos junto ao INSS e aoFGTS, colocando-os disposio para exame de qualquercidado;a realizao de auditoria, inclusive por auditores externosindependentes se for o caso, da aplicao dos eventuaisrecursos objeto do termo de parceria conforme previsto emregulamento;a prestao de contas de todos os recursos e bens deorigem pblica recebidos pelas Organizaes da

    Sociedade Civil de Interesse Pblico ser feita conformedetermina o pargrafo nico do art. 70 da ConstituioFederal.

    Art. 4 Lei 9.790/99.Documentao Exigida

    DOCUMENTAOCONSTA

    (S/N)a) Requerimento de qualificao como OSCIP, endereada ao Ministro daJustia

    b) Estatuto registrado em cartrio (cpia autenticada)

    c) Ata de eleio da atual Diretoria (cpia autenticada)

    d) Balano Patrimonial e Demonstrao do Resultado de Exerccio (originalou cpia autenticada) - no sero aceitos tais documentos com valores

    zerados, devendo ainda ser original ou autenticado. Dever constar a

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    19/70

    PEDIDO DE QUALIFICAO DE OSCIP

    CHECK-LIST OSCIPBase Legal: art. 5, Lei 9.790, de 1999:

    CLUSULAS OBRIGATRIAS ESTATUTRIASart. 4 da Lei 9.790/99:

    CONSTA(S/N)

    I) Observncia dos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade, economicidade e da eficincia.

    II) Adoo de pratica de gesto administrativa, necessria e suficiente acoibir a obteno, de forma individual ou coletiva, de benefcios ouvantagens pessoais, em decorrncia da participao no respectivoprocesso decisrio.

    III) Constituio do conselho fiscal ou rgo equivalente, dotado decompetncia para opinar sobre os relatrios de desempenho financeiro e

    contbil, e sobre as operaes patrimoniais realizadas, emitindopareceres para os organismos superiores da entidade.

    IV) Previso de que, em caso de dissoluo da entidade, o respectivopatrimnio liquido ser transferido a outra pessoa jurdica qualificada nostermos da Lei n 9.790/99, preferencialmente que tenha o mesmo objetosocial da extinta.

    V) Previso de que, na hiptese da pessoa jurdica perder a qualificao,o respectivo acervo patrimonial disponvel, adquirido com recursos

    pblicos durante o perodo que perdurou aquela qualificao, ser

    assinatura do representante legal e o contador.

    e) Declarao de Iseno do Imposto de Renda

    (modelo disponvel no site do Ministrio da Justia)

    f) Inscrio no Cadastro Nacional de Contribuintes

    (com os dados atualizados: ex: Razo Social, endereo)

    g) Declarao da entidade atestando que os membros da diretoria noexercem ou ocupam cargo ou funo pblica.

    (conforme Parecer n45/2010/CEP/CGLEG/CONJUR/MJ, de 30.04.2010 c/c

    pargrafo nico do art. 4 da Lei 9.790/99).

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    20/70

    transferido a outra pessoa jurdica qualificada nos termos da Lei n9.790/99, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social.

    VI) Possibilidade de se instituir remunerao para os dirigentes daentidade que atuem efetivamente na gesto executiva e para aqueles

    que a ela prestam servios especficos, respeitados, em ambos osvalores praticados pelo mercado, na regio correspondente a sua reade atuao.

    VII a) Normas de prestao de contas com observncia dos princpiosfundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras deContabilidade.

    VII b) Normas de prestao de contas determinando a publicidade, porqualquer meio eficaz, no encerrametno do exerccio fiscal, ao relatrio de

    atividades e das demonstraes financeiras da entidade, incluindo-se ascertides negativas de dbitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os disposio para exame de qualquer cidado.

    VII c) Normas de prestao de contas determinando a realizao deauditoria, inclusive por auditores externos independentes, se for ocaso, da aplicao de eventuais recursos objeto do termo de parceriaconforme previsto em regulamento.

    VII d) Normas de prestao de contas de terminando que a prestao de

    contas de todos os recursos e bens de origem pblica recebidos pelasOSCIP ser feita conforme o pargrafo nico do art. 70 da ConstituioFederal.

    Obs. A documentao deve ser encaminhada ao seguinte endereo:Ministrio da Justia - Secretaria Nacional de JustiaDepartamento de Justia, Classificao, Ttulos e QualificaoSetor de QualificaoOSCIPEsplanada dos Ministrios, Ministrio da Justia, Ed. Anexo II3 AndarSala 326 - CEP: 70.064-900 BrasliaDF.

    TERMO DE PARCERIA. o instrumento passvel de ser firmado entre o Poder Pblico e asentidades qualificadas como Organizaes da Sociedade Civil deInteresse Pblico destinado formao de vnculo de cooperao entreas partes, para o fomento e a execuo das atividades de interessepblico.

    So clusulas essenciais do Termo de Parceria:I - a do objeto, que conter a especificao do programa de trabalho

    proposto pela Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico;

    II - a de estipulao das metas e dos resultados a serem atingidos e osrespectivos prazos de execuo ou cronograma;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    21/70

    III - a de previso expressa dos critrios objetivos de avaliao dedesempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;

    IV - a de previso de receitas e despesas a serem realizadas em seucumprimento, estipulando item por item as categorias contbeis usadas pelaorganizao e o detalhamento das remuneraes e benefcios de pessoal aserem pagos, com recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, aseus diretores, empregados e consultores;

    V - a que estabelece as obrigaes da Sociedade Civil de InteressePblico, entre as quais a de apresentar ao Poder Pblico, ao trmino de cadaexerccio, relatrio sobre a execuo do objeto do Termo de Parceria, contendocomparativo especfico das metas propostas com os resultados alcanados,acompanhado de prestao de contas dos gastos e receitas efetivamenterealizados, independente das previses mencionadas no item IV;

    VI - a de publicao, na imprensa oficial do Municpio, do Estado ou da

    Unio, conforme o alcance das atividades celebradas entre o rgo parceiro ea Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, de extrato do Termo deParceria e de demonstrativo da sua execuo fsica e financeira, conformemodelo simplificado estabelecido no regulamento desta Lei, contendo os dadosprincipais da documentao obrigatria do inciso V, sob pena de no liberaodos recursos previstos no Termo de Parceria. 2 Art. 10 da lei 9.790.2.2.3 Ttulo de Organizao Social (OS)O Poder Executivo poder qualificar como Organizao Social as Pessoas

    Jurdicas de direito privado sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas: pesquisa cientfica; ao desenvolvimento tecnolgico; proteo e preservao do meio ambiente; cultura; e sade.

    So requisitos especficos para que as entidades privadas habilitem-se qualificao como organizao social:

    I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: natureza social de seus objetivos relativos respectiva rea de

    atuao; finalidade no-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de

    seus excedentes financeiros no desenvolvimento das prpriasatividades;

    previso expressa de a entidade ter, como rgos de deliberaosuperior e de direo, um conselho de administrao e umadiretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas quelecomposio e atribuies normativas e de controle bsicas previstasna Lei 9.637/98 ;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    22/70

    previso de participao, no rgo colegiado de deliberaosuperior, de representantes do Poder Pblico e de membros dacomunidade, de notria capacidade profissional e idoneidade moral;

    composio e atribuies da diretoria; obrigatoriedade de publicao anual, no Dirio Oficial da Unio, dos

    relatrios financeiros e do relatrio de execuo do contrato degesto;

    no caso de associao civil, a aceitao de novos associados, naforma do estatuto;

    proibio de distribuio de bens ou de parcela do patrimnio lquidoem qualquer hiptese, inclusive em razo de desligamento, retiradaou falecimento de associado ou membro da entidade;

    previso de incorporao integral do patrimnio, dos legados ou dasdoaes que lhe foram destinados, bem como dos excedentes

    financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de extino oudesqualificao, ao patrimnio de outra organizao socialqualificada no mbito da Unio, da mesma rea de atuao, ou aopatrimnio da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dosMunicpios, na proporo dos recursos e bens por estes alocados;

    haver aprovao, quanto convenincia e oportunidade de suaqualificao como organizao social, do Ministro ou titular de rgosupervisor ou regulador da rea de atividade correspondente ao seuobjeto social e do Ministro de Estado da Administrao Federal e

    Reforma do Estado.Conselho de Administrao.O conselho de administrao deve estar estruturado nos termos que dispuser

    o respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitosde qualificao, os seguintes critrios bsicos:

    I - ser composto por: 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos

    representantes do Poder Pblico, definidos pelo estatuto daentidade;

    20 a 30% (vinte a trinta por cento) de membros natosrepresentantes de entidades da sociedade civil, definidos peloestatuto;

    at 10% (dez por cento), no caso de associao civil, de membroseleitos dentre os membros ou os associados;

    10 a 30% (dez a trinta por cento) de membros eleitos pelosdemais integrantes do conselho, dentre pessoas de notriacapacidade profissional e reconhecida idoneidade moral;

    at 10% (dez por cento) de membros indicados ou eleitos naforma estabelecida pelo estatuto;

    II - os membros eleitos ou indicados para compor o Conselho devem termandato de quatro anos, admitida uma reconduo;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    23/70

    III - os representantes de entidades previstos nas alneas "a" e "b" doinciso I devem corresponder a mais de 50% (cinquenta por cento) doConselho;

    IV - o primeiro mandato de metade dos membros eleitos ou indicadosdeve ser de dois anos, segundo critrios estabelecidos no estatuto;

    V - o dirigente mximo da entidade deve participar das reunies doconselho, sem direito a voto;

    VI - o Conselho deve reunir-se ordinariamente, no mnimo, trs vezes acada ano e, extraordinariamente, a qualquer tempo;

    VII - os conselheiros no devem receber remunerao pelos serviosque, nesta condio, prestarem organizao social, ressalvada a ajudade custo por reunio da qual participem;

    VIII - os conselheiros eleitos ou indicados para integrar a diretoria daentidade devem renunciar ao assumirem funes executivas.

    Para os fins de atendimento dos requisitos de qualificao, devem seratribuies privativas do Conselho de Administrao, dentre outras:

    I - fixar o mbito de atuao da entidade, para consecuo do seuobjeto;

    II - aprovar a proposta de contrato de gesto da entidade; III - aprovar a proposta de oramento da entidade e o programa de

    investimentos; IV - designar e dispensar os membros da diretoria; V - fixar a remunerao dos membros da diretoria;

    VI - aprovar e dispor sobre a alterao dos estatutos e a extino daentidade por maioria, no mnimo, de dois teros de seus membros; VII - aprovar o regimento interno da entidade, que deve dispor, no

    mnimo, sobre a estrutura, forma de gerenciamento, os cargos erespectivas competncias;

    VIII - aprovar por maioria, no mnimo, de dois teros de seus membros, oregulamento prprio contendo os procedimentos que deve adotar para acontratao de obras, servios, compras e alienaes e o plano decargos, salrios e benefcios dos empregados da entidade;

    IX - aprovar e encaminhar, ao rgo supervisor da execuo do contratode gesto, os relatrios gerenciais e de atividades da entidade,elaborados pela diretoria;

    X - fiscalizar o cumprimento das diretrizes e metas definidas e aprovaros demonstrativos financeiros e contbeis e as contas anuais daentidade, com o auxlio de auditoria externa.

    Contrato de Gesto.Instrumento firmado entre a Administrao Pblica e a entidadequalificada como Organizao Social, com vistas formao de parceriaentre as partes, elaborado em comum acordo, discriminando as

    atribuies e responsabilidades, devendo ser submetido ao Ministro de

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    24/70

    Estado ou autoridade supervisora da rea correspondente atividadefomentada, aps aprovao pelo Conselho de Administrao.Na elaborao do contrato de Gesto devem ser observado os princpiosda legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidadee, tambm, os seguintes preceitos:

    I - especificao do programa de trabalho proposto pelaorganizao social, a estipulao das metas a serem atingidas eos respectivos prazos de execuo, bem como previso expressados critrios objetivos de avaliao de desempenho a seremutilizados, mediante indicadores de qualidade e produtividade;

    II - a estipulao dos limites e critrios para despesa comremunerao e vantagens de qualquer natureza a serempercebidas pelos dirigentes e empregados das organizaessociais, no exerccio de suas funes.

    Desqualificao.O Poder Executivo poder proceder desqualificao da entidade comoorganizao social, quando constatado o descumprimento dasdisposies contidas no contrato de gesto.A desqualificao ser precedida de processo administrativo,assegurado o direito de ampla defesa, respondendo os dirigentes daorganizao social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuzosdecorrentes de sua ao ou omisso.A desqualificao importar reverso dos bens permitidos e dos valores

    entregues utilizao da organizao social, sem prejuzo de outrassanes cabveis.OBS.: Base legal Lei 9.637/98.2.2.4 Certificado de Entidade Beneficente de Assistncia Social (Cebas)

    Certificao concedida pela Unio a organizaes sem fins lucrativosque atuem especificamente nas reas da sade, educao e assistnciasocial, conforme definido no art. 1 da Lei Federal n 12.101/2009. Aconceituao e a abrangncia dessas reas so apresentadas naConstituio Federal, como segue:

    SADE.Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantidomediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do riscode doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio saes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.

    ASSISTNCIA SOCIAL. 203. A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar,independentemente de contribuio seguridade social, e tem porobjetivos:

    I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    25/70

    II - o amparo s crianas e adolescentes carentes;III - a promoo da integrao ao mercado de trabalho;IV - a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia ea promoo de sua integrao vida comunitria;V - a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoaportadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meiosde prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia,conforme dispuser a lei.

    EDUCAOArt. 205. A educao, direito de todos e dever do Estado e da famlia,ser promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, visandoao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio dacidadania e sua qualificao para o trabalho.

    Breve Histrico

    Cabia ao Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS), rgo doMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS), aCertificao de Entidade Beneficente de Assistncia Social. Processopelo qual uma pessoa jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, coma finalidade de prestao de servios na rea de Assistncia Social,Educao e Sade, antes denominada filantrpica, reconhecida

    como entidade beneficente de assistncia social, com base emrequisitos e critrios definidos em lei.A Lei n 12.101, de 27 de novembro de 2009, criou novas regras e

    atribuiu ao Ministrio da Sade (MS), ao Ministrio da Educao (MEC)e ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS)a responsabilidade pela certificao das entidades em suas respectivasreas.

    Requisitos para Obteno.A certificao das entidades beneficentes de assistncia social serconcedida s pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos,reconhecidas como entidades beneficentes de assistncia social com afinalidade de prestao de servios nas reas de assistncia social,sade ou educao e que atendam ao disposto naLei no12.101, de 27de novembro de 2009.Para obter a certificao, as entidades devero obedecer ao princpio dauniversalidade do atendimento, vedado o direcionamento de suasatividades exclusivamente a seus associados ou a categoria profissional.Entidade com Atuao em mais de uma rea.

    A entidade que atuar em mais de uma das reas deverrequerer a concesso da certificao ou sua renovao junto aoMinistrio certificador da sua rea de atuao preponderante,sem prejuzo da comprovao dos requisitos exigidos para as

    demais reas.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    26/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    27/70

    I - a inscrio das aes assistenciais junto aos Conselhosmunicipal ou distrital de assistncia social ondedesenvolvam suas aes;

    II - que as aes e servios socioassistenciais de formagratuita, continuada e planejada, para os usurios e paraquem deles necessitar, sem discriminao.

    III - que suas aes socioassistenciais integram o sistema

    de cadastro nacional de entidades e organizaes de

    assistncia social.CERTIFICAO DAS ENTIDADES DE SADE

    Compete ao Ministrio da Sade conceder ou renovar a certificao dasentidades beneficentes de assistncia social da rea de sade.

    Consideram-se entidades beneficentes de assistncia social na rea

    de sade aquelas que atuem diretamente na ateno sade. O requerimento de concesso ou renovao da certificao de

    entidade que atue na rea da sade dever ser protocolado junto aoMinistrio da Sade, em sistema prprio, acompanhado dosseguintes documento:o I - comprovante de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa

    Jurdica - CNPJ;o II - cpia da ata de eleio dos dirigentes e do instrumento

    comprobatrio de representao legal, quando for o caso;

    o III - cpia do ato constitutivo registrado, que demonstre ocumprimento dos requisitos previstos noart. 3 da Lei n 12.101,de 2009;

    o IV - relatrio de atividades desempenhadas no exerccio fiscalanterior ao requerimento, destacando informaes sobre opblico atendido e os recursos envolvidos;

    o V - balano patrimonial;o VI - demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;o VII - demonstrao dos fluxos de caixa; eo VIII - demonstrao do resultado do exerccio e notas

    explicativas, com receitas e despesas segregadas por rea deatuao da entidade, se for o caso.

    o IX - cpia da proposta de oferta da prestao de servios ao SUSno percentual mnimo de sessenta por cento, efetuada peloresponsvel legal da entidade ao gestor local do SUS,protocolada junto Secretaria de Sade respectiva; e

    o X - cpia do contrato, convnio ou instrumento congnere firmadocom o gestor do SUS.

    O Ministrio da Sade poder exigir a apresentao de

    outros documentos.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#art3
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    28/70

    A prestao anual de servios ao SUS no percentual mnimo desessenta por cento ser comprovada por meio dos registros dasinternaes hospitalares e atendimentos ambulatoriais verificadosnos sistemas de informaes do Ministrio da Sade.

    Os atendimentos ambulatoriais e as internaes hospitalaresrealizados pela entidade de sade sero apurados de acordo com osseguintes critrios:

    o I - produo de internaes hospitalares medida pela razopaciente-dia; e

    o II - produo de atendimentos ambulatoriais medida porquantidade de atendimentos.

    A produo da entidade de sade que presta serviosexclusivamente na rea ambulatorial ser verificada apenas pelocritrio estabelecido no item II.

    Para os requerimentos de renovao de certificao, caso a entidadede sade no cumpra a exigncia constante de sessenta por centono exerccio fiscal anterior ao do requerimento, o Ministrio da Sadeavaliar o cumprimento da exigncia com base na mdia do total deprestao de servios ao SUS pela entidade durante todo o perodode certificao em curso, que dever ser de, no mnimo, sessentapor cento.

    Apenas ser admitida a avaliao da entidade de sade peloMinistrio da Sade caso haja o cumprimento, no mnimo, de

    cinquenta por cento da prestao de servios em cada um dos anosdo perodo de sua certificao.CERTIFICAO DAS ENTIDADES DE EDUCAO

    Compete ao Ministrio da Educao conceder ou renovar a certificaodas entidades beneficentes de assistncia social da rea de educao.

    Para os fins de concesso da certificao ou de sua renovao, aentidade de educao dever:

    o I - demonstrar sua adequao s diretrizes e metasestabelecidas no Plano Nacional de Educao (PNE), naforma doart. 214 da Constituio Federal.

    o II - atender a padres mnimos de qualidade, aferidos pelosprocessos de avaliao conduzidos pelo Ministrio daEducao; e

    o III - conceder anualmente bolsas de estudo na proporode 1 (uma) bolsa de estudo integral para cada 5 (cinco)alunos pagantes.

    Para o cumprimento da proporo descrita no item III, a entidadepoder oferecer bolsas de estudo parciais, observadas asseguintes condies:

    o I - no mnimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral para cada 9(nove) alunos pagantes; e

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art214.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art214.
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    29/70

    o II - bolsas de estudo parciais de 50% (cinquenta por cento),quando necessrio para o alcance do nmero mnimoexigido, conforme definido em regulamento.

    A adequao s diretrizes e metas estabelecidas no PlanoNacional de Educao - PNE ser demonstrada por meio de

    plano de atendimento que comprove a concesso de bolsas,eventuais benefcios complementares e projetos e atividades paraa garantia da educao bsica em tempo integral, submetido aprovao do Ministrio da Educao.

    O plano de atendimento constitui-se na descrio da concessode bolsas, eventuais benefcios complementares e projetos eatividades para a garantia da educao bsica em tempo integraldesenvolvidos pela entidade, e no planejamento destas aespara todo o perodo de vigncia da certificao a ser concedida

    ou renovada. O Ministrio da Educao analisar o plano de atendimento

    visando ao cumprimento das metas do PNE, de acordo com asdiretrizes estabelecidas naLei no 9.394, de 20 de dezembro de1996, e segundo critrios de qualidade e prioridade por eledefinidos, reservando-se o direito de determinar adequaes,propondo medidas a serem implementadas pela entidade emprazo a ser fixado, sob pena de indeferimento do requerimento oucancelamento da certificao.

    Todas as bolsas de estudos a serem computadas como aplicaoem gratuidade pela entidade devero ser informadas ao Censo daEducao Bsica e ao Censo da Educao Superior, conformedefinido pelo Ministrio da Educao.

    O nmero total de bolsas de estudo, eventuais benefcioscomplementares e projetos e atividades para a garantia daeducao bsica em tempo integral devero estar previstos noplano de atendimento, de forma discriminada.

    Sero computadas as matrculas da educao profissionaloferecidas em consonncia com a Lei n 9.394, de 1996, com

    aLei no12.513, de 26 de outubro de 2011, e com oDecretono5.154, de 23 de julho de 2004,na forma definida pelo Ministrioda Educao.

    Sero computadas as matrculas da educao de jovens eadultos oferecidas em consonncia com aLei n 9.394, de 1996.

    O Ministrio da Educao estabelecer as definies necessriasao cumprimento das propores de bolsas de estudo, benefcioscomplementares e projetos e atividades para a garantia daeducao bsica em tempo integral..

    As entidades de educao que prestem servios integralmentegratuitos devero:

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12513.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12513.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12513.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12513.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12513.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    30/70

    I - garantir a observncia da proporo de, no mnimo, umaluno cuja renda familiar mensal per capita no exceda ovalor de um salrio-mnimo e meio para cada cinco alunosmatriculados; e

    II - adotar e observar, no que couber, os critrios deseleo e as propores previstas naSeo II do CaptuloII da Lei n 12.101, de 2009,considerado o nmero total dealunos matriculados.

    As entidades de educao devero selecionar os alunos a serembeneficiados pelas bolsas previstas, a partir do perfil socioeconmicoe dos seguintes critrios:

    I - proximidade da residncia; II - sorteio; e III - outros critrios contidos no plano de atendimento

    da entidade. Na hiptese de adoo dos critrios previstos no item III, as

    entidades de educao devero oferecer igualdade de condiespara acesso e permanncia aos alunos beneficiados pelas bolsas deestudo, eventuais benefcios complementares e projetos e atividadespara a garantia da educao bsica em tempo integral.

    O Ministrio da Educao poder determinar a reformulao doscritrios de seleo de alunos beneficiados constantes do plano deatendimento da entidade, quando julgados incompatveis com as

    finalidades daLei no

    12.101, de 2009,sob pena de indeferimento dorequerimento de certificao ou de sua renovao. No ato de concesso da certificao ou de sua renovao, as

    entidades de educao que no tenham concedido o nmero mnimode bolsas, podero compensar o nmero de bolsas devido nos trsexerccios subsequentes com acrscimo de vinte por cento sobre opercentual no atingido ou o nmero de bolsas no concedido,mediante a assinatura de Termo de Ajuste de Gratuidade, nascondies estabelecidas pelo Ministrio da Educao.

    Aps a publicao da deciso relativa ao julgamento do requerimentode concesso da certificao ou de sua renovao na primeirainstncia administrativa, as entidades de educao a que se refereo caput podero requerer a assinatura do Termo de Ajuste deGratuidade no prazo improrrogvel de trinta dias.

    O descumprimento do Termo de Ajuste de Gratuidade implicar ocancelamento da certificao da entidade em relao a todo o seuperodo de validade.

    O Termo de Ajuste de Gratuidade poder ser celebrado uma nicavez.

    As bolsas de ps-graduao stricto sensu podero integrar opercentual de acrscimo de compensao de vinte por cento, desde

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#capiiseciihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#capiiseciihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#capiiseciihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm#capiisecii
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    31/70

    que se refiram a reas de formao definidas pelo Ministrio daEducao.

    Os requerimentos de concesso ou de renovao de certificao deentidades de educao ou com atuao preponderante na rea deeducao devero ser instrudos com os seguintes documentos:

    da mantenedora: aqueles comum as demais reas da instituio de educao:

    ato de credenciamento regularmente expedido pelorgo normativo do sistema de ensino;

    b) relao de bolsas de estudo, eventuais benefcioscomplementares e projetos e atividades para a garantiada educao bsica em tempo integral, comidentificao precisa de cada um dos beneficirios;

    c) plano de atendimento, durante o perodo pretendido

    de vigncia da certificao; d) regimento ou estatuto; e

    e) identificao dos integrantes do corpo dirigente, comdescrio de suas experincias acadmicas eadministrativas.

    O requerimento ser analisado em relao ao cumprimento donmero mnimo de bolsas de estudo a serem concedidas e,quanto ao contedo do plano de atendimento, ser verificado ocumprimento das metas do PNE, de acordo com as diretrizes e os

    critrios de prioridade definidos pelo Ministrio da Educao. O requerimento de renovao de certificao dever ser

    acompanhado de relatrio de atendimento s metas definidas noplano de atendimento precedente.

    Sem prejuzo do prazo de validade da certificao, a entidadedever apresentar relatrios anuais, contendo informaes sobreo preenchimento das bolsas de estudo e do atendimento smetas previstas no plano de atendimento vigente, no prazo eforma definidos pelo Ministrio da Educao.

    CERTIFICAO DAS ENTIDADES DE ASSISTNCIA SOCIALCompete ao Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fomeconceder ou renovar a certificao das entidades beneficentes deassistncia social da rea de assistncia social que preencherem osrequisitos previstos naLei no12.101, de 2009.

    I Podero ser certificadas as entidades de assistncia social queprestam servios ou executam programas ou projetossocioassistenciais, de forma gratuita, continuada e planejada, esem discriminao de seus usurios.

    II Consideram-se entidades de assistncia social aquelas sem fins

    lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimentoou assessoramento aos beneficirios abrangidos pelaLei

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12101.htm
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    32/70

    no8.742, de 1993,LOAS ( Lei Orgnica da Assistncia Social) ouatuam na defesa e garantia de seus direitos, nos termos do art.3oda referida lei.

    III Observado o disposto acima, tambm so consideradasentidades de assistncia social:

    as que prestam servios ou aes socioassistenciais, semqualquer exigncia de contraprestao dos usurios, com oobjetivo de habilitao e reabilitao da pessoa comdeficincia e de promoo da sua incluso vidacomunitria, no enfrentamento dos limites existentes paraas pessoas com deficincia, de forma articulada ou nocom aes educacionais ou de sade.

    as de que trata oinciso II do caput do art. 430 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, Consolidao das

    Leis do Trabalho, desde que os programas deaprendizagem de adolescentes, jovens ou pessoas comdeficincia sejam prestados com a finalidade de promovera integrao ao mercado de trabalho, nos termos daLei n8.742, de 1993,observadas as aes protetivas previstasnaLei no8.069, de 13 de julho de 1990;e

    as que realizam servio de acolhimento institucionalprovisrio de pessoas e de seus acompanhantes, queestejam em trnsito e sem condies de autossustento,

    durante o tratamento de doenas graves fora da localidadede residncia. Observado o disposto no item III, as entidades de acolhimento de

    idosos podero ser certificadas, com a condio de que eventualcobrana de participao do idoso no custeio da entidade nopoder exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefcioprevidencirio ou de assistncia social percebido pelo idoso.

    Para obter a concesso da certificao ou sua renovao, almda documentao prevista comum a todas as reas, a entidadede assistncia social dever demonstrar:

    natureza, objetivos e pblico-alvo compatveis com aLein 8.742, de 1993 (Lei orgnica da Assistncia Social), eoDecreto no6.308, de 14 de dezembro de 2007;

    inscrio no Conselho de Assistncia Social Municipal oudo Distrito Federal, de acordo com a localizao de suasede ou do Municpio em que concentre suas atividades,nos termos doart. 9 da Lei n 8.742, de 1993;e

    incluso no cadastro nacional de entidades e organizaesde assistncia social de que trata oinciso XI do caput do

    art. 19 da Lei n 8.742, de 1993, na forma definida peloMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6308.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6308.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6308.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art19xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art19xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art19xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art19xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm#art9http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6308.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art430iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    33/70

    A comprovao do vnculo da entidade de assistncia social aoSUAS ( Sistema nico da Assistncia Social), suficiente para aobteno da certificao.

    A verificao do vnculo da entidade de assistncia socialocorrer no sistema de cadastro nacional de entidades eorganizaes de assistncia social na forma definida peloMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.

    A certificao de entidade de assistncia social vinculada aoSUAS no automtica e depende da formalizao de prviorequerimento, inclusive para sua renovao.

    Documentao para Certificao.Para a Certificao CEBAS so necessrio os seguintes documentos:comprovante de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica -CNPJ;

    cpia da ata de eleio dos dirigentes e do instrumento comprobatriode representao legal, quando for o caso;cpia do ato constitutivo registrado, que demonstre a formalizao comoPJ de direito privado e preveja, em seus atos constitutivos, em caso dedissoluo ou extino, a destinao do eventual patrimnioremanescente a entidade sem fins lucrativos congneres ou a entidadespblicas.relatrio de atividades desempenhadas no exerccio fiscal anterior aorequerimento, destacando informaes sobre o pblico atendido e os

    recursos envolvidos;balano patrimonial;demonstrao das mutaes do patrimnio lquido;demonstrao dos fluxos de caixa; edemonstrao do resultado do exerccio e notas explicativas, comreceitas e despesas segregadas por rea de atuao da entidade, se foro caso.

    2.2.5 Ttulo de Utilidade Pblica Federal (UPF)As sociedades civis, associaes e fundaes, constitudas no pas, quesirvam desinteressadamente coletividade, podero ser declaradas de

    utilidade pblica, a pedido ou " ex-officio ", mediante decreto do Presidenteda Repblica.

    O pedido de declarao de utilidade pblica ser dirigido aoPresidente da Repblica, por intermdio do Ministrio da Justia ,provados pelo requerente os seguintes requisitos: que se constituiu no pas; que tem personalidade jurdica; que esteve em efetivo e contnuo funcionamento, nos trs

    anos imediatamente anteriores, com a exata observncia dosestatutos;

    que no so remunerados, por qualquer forma, os cargos dediretoria e que no distribui lucros, bonificaes ou vantagens

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    34/70

    a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhumaforma ou pretextos;

    que, comprovadamente, mediante a apresentao derelatrios circunstanciados dos trs anos de exerccioanteriores formulao do pedido, promove a educao ou

    exerce atividades de pesquisas cientficas, de cultura, inclusiveartsticas, ou filantrpicas, estas de carter geral ouindiscriminado, predominantemente.

    que seus diretores possuem folha corrida e moralidadecomprovada;

    Que se obriga a publicar, anualmente, a demonstrao dareceita e despesa realizadas no perodo anterior, desde quecontemplada com subveno por parte da Unio, nestemesmo perodo.

    A falta de qualquer dos documentos enumerados importar noarquivamento do processo.

    Denegado o pedido, no poder ser renovado antes de decorridosdois anos, a contar da data da publicao do despachodenegatrio.

    Do denegatrio do pedido de declarao de utilidade pblicacaber reconsiderao, dentro do prazo de 120 dias, contados dapublicao.

    O nome e caractersticas da sociedade, associao ou fundaodeclarada de utilidade pblica, sero inscritos em livro especial, quese destinar, tambm, averbao da remessa dos relatriocircunstanciado dos servios que houverem prestado coletividadeno ano anterior.

    As entidades declaradas de utilidade pblica, salvo por motivo defora maior devidamente comprovada, a critrio da autoridadecompetente, ficam obrigadas a apresentar, at o dia 30 de abril decada ano, ao Ministrio da Justia, relatrio circunstanciado dosservios que houverem prestado coletividade no ano anterior,devidamente acompanhado do demonstrativo da receita e dadespesa realizada no perodo ainda que no tenham sidosubvencionadas.

    Ser cassada a declarao de utilidade pblica da entidade que:

    deixar de apresentar, durante trs anos consecutivos, o relatrio aque se refere o artigo procedente; b) se negar a prestar servio compreendido em seus fins

    estaturios; c) retribuir por qualquer forma, os membros de sua diretoria, ou

    conceder lucros, bonificaes ou vantagens a dirigentes,mantenedores ou associados.

    A cassao da utilidade pblica ser feita em processo, instaurado" ex-offcio " pelo Ministrio da Justia e Negcios Interiores, oumediante representao documentada.

    O pedido de reconsiderao do decreto que cassar a declarao de

    utilidade pblica no ter efeito suspensivo.Decreto 50.517/61

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    35/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    36/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    37/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    38/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    39/70

    J o artigo 3 nos incisos III e IV dispensa a apresentao da DCTF nosseguintes casos:III - as pessoas jurdicas e demais entidades de que trata o caput do art.2 em incio de atividades, referente ao perodo compreendido entre oms em que forem registrados seus atos constitutivos at o ms anterior

    quele em que for efetivada a inscrio no CNPJ; eIV - as pessoas jurdicas e demais entidades de que trata o caput do art.2, desde que estejam inativas ou no tenham dbitos a declarar, a partirdo 2 (segundo) ms em que permanecerem nessa condio, observadoo disposto nos incisos III e IV do 2 deste artigo.Atentar para os casos em que as pessoas jurdicas no estodispensadas da apresentao da DCTF estabelecido no artigo no 2do artigo 3 da Instruo Normativa 1.599/2015.

    2.4.2 Declarao do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) a declarao feita pela fonte pagadora destinada a informar ReceitaFederal o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte, dos rendimentospagos ou creditados para seus beneficirios.

    2.4.3 Escriturao Fiscal Digital Contribuies (EFD Contribuies)Advento do Projeto do Servio Pblico de Escriturao Digital (SPED),institudo pelo Decreto 6.022 de Janeiro/2007, a EFD veio para substituira DACON, apresentando e demonstrando ao FISCO o clculo eapurao das Contribuies Sociais ao PIS e COFINS, de formaanaltica os relativos receita ou fato gerador das respectivascontribuies, quer seja sob a forma de vendas de mercadorias,servios, ou folha de salrios.Para as organizaes sem finalidade de lucro, na condio de

    imune/isenta do Imposto de Renda, a obrigatoriedade da apresentaoda EFD Contribuies ocorrer a partir do ms em que o valor detributos e contribuies for superior a R$ 10.000,00(dez milReais),conforme Instruo Normativa RFB 1252/2012.

    2.4.4 Declarao de Informaes Econmico- Fiscais da Pessoa Jurdica(DIPJ)Instituda pelaInstruo Normativa SRF 127/1998,a DIPJ o resumo detodas as operaes econmico, fiscais e financeiras de todas asentidades durante o exerccio social, obrigatria a todas as pessoas

    jurdicas. Ainda solicita dados sociais, previdencirios e sobretudocontbeis, onde alm de outros, o Balano Patrimonial e aDemonstrao de Resultado do Exerccio so fundamentais. No casodas organizaes do Terceiro Setor, normalmente as DIPJs soentregues com a informao de imunidade ou iseno, conforme aclassificao da entidade.As pessoas jurdicas deveriam apresentar, anualmente, a Declarao derendimento compreendendo o resultado das operaes do perodo de 01de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior da declarao. Contudo,

    a DIPJ foi substituda, a partir do ano calendrio 2014, pela ECF Escriturao Contbil Fiscal.

    http://www.portaltributario.com.br/legislacao/insrf127.htmhttp://www.portaltributario.com.br/legislacao/insrf127.htm
  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    40/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    41/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    42/70

    (C) Estar constituda e em funcionamento h, no mnimo 12meses(D) Estar em conformidade com as diretrizes e metasestabelecidas pelo Plano Nacional de Educao (PNE)(E) Atender a padres mnimos de qualidade, aferidos pelosprocessos de avaliao conduzidos pelo MEC.

    7) A Escrita Fiscal Digital EFD para a entidade imunes/isentas ocorrer:(A) A receita bruta atingir a R$ 3.600.000,00.(B) A partir do ms em que o valor de tributos e contribuies forsuperior a R$ 10.000,00(dez mil Reais),conforme InstruoNormativa RFB 1252/2012.(C) A partir do ms em que o valor de tributos e contribuies forsuperior a R$ 5.000,00(dez mil Reais),conforme InstruoNormativa RFB 1252/2012.

    (D) As entidades imunes/isentas no esto obrigadas aapresentao da EFD.(E) As entidades do terceiro setor sempre dever apresentar aEFD.

    8) So caractersticas inerentes a Fundao. EXCETO:(A) Patrimnio disponibilizado por um instituidor.(B) Pode assumir personalidade jurdica de direito pblico ouprivado(C) Fins definidos pelo nico do Art. 62 do Cdigo Civil

    (D) Se forma pela associao de pessoas fsicas, nasce emvirtude da dotao de um patrimnio inicial, o qual servir paraprestar servios de interesse coletivo ou social.(E) Controlada e fiscalizada pelo Ministrio Pblico.

    9) Assinale alternativa que contem somente pessoa jurdica de direitoprivado.

    (A) Partidos Polticos, Organizaes Religiosas, Empresaspblicas.(B) Autarquias, Partidos Polticos, Organizaes Religiosas.(C) Empresas Pblicas, Partidos Polticos e Embaixadas.(D) Embaixadas, Partidos Polticos e Autarquias(E) Autarquias, Embaixadas e Consulados.

    10) No so passveis de qualificao como Organizaes da SociedadeCivil de Interesse Pblico OSCIP. EXCETO:

    (A) As sociedades comerciais.(B) Os sindicatos, as associaes de classe ou de representaode categoria profissional.(C) As instituies religiosas ou voltadas para a disseminao decredos, cultos, prticas e vises devocionais e confessionais.

    (D) As organizaes partidrias e assemelhadas, inclusive suasfundaes.

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    43/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    44/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    45/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    46/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    47/70

    Uma das formas para mensurar o valor do trabalho voluntrio recorrermosa consulta as instituies de profisso regulamentada, ou, com base novalor praticado no mercado.O quadro 5 mostra exemplo de valorao de trabalho voluntrio porcategoria profissional.

    Quadro 5: Mensurao do trabalho profissional voluntrioServios voluntrios Unidade de

    tempoParmetro

    unitrioValor

    estimadoServios mdicos 10 horas 100,00 1.000,00Servios odontolgicos 30 horas 100,00 3.000,00Servios contbeis 100 horas 100,00 10.000,00Servios de limpeza 120 horas 50,00 6.000,00Servios jurdicos 20 horas 100,00 2.000,00

    Valor total do trabalho voluntrio 22.000,00A partir da mensurao do valor do trabalho, deve ser procedido oreconhecimento contbil nas rubricas especficas de cada natureza deservio, utilizando a titulao e a funo adequada de cada conta utilizadapela entidade. No caso especfico, as contas a serem utilizadas so contasde despesas, pois a natureza dos servios de custeio. Considerando quea transao tenha ocorrido no dia 10 de julho de 2015, os registroscontbeis seriam processados conforme demonstrado no Quadro 6.Quadro 6: Reconhecimento contbil de trabalho voluntrio aplicado nocusteio

    DATA Ttulo da conta Dbito Crdito Histrico

    10/07/2015 Despesas servios mdicos 1.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Receita de trabalho voluntrio 1.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Despesa servio odontolgico 3.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Receita de trabalho voluntrio 3.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Despesa servios contbeis 10.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Receita de trabalho voluntrio 10.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Despesa servio de limpeza 6.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Receita de trabalho voluntrio 6.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Despesa servios jurdicos 2.000,00 Servio Voluntrio10/07/2015 Receita de trabalho voluntrio 2.000,00 Servio Voluntrio

    Soma das transaes 22.000.00 22.000,00Com este procedimento, a entidade registra, simultaneamente, a aplicaona despesa de custeio e a fonte em receita de trabalho voluntrio.

    3.2.4 Reconhecimento das imunidades e isenesAs Entidades de gozem dos benefcios da imunidade e da isenesdevem reconhecer para cada tributo, a despesa e o passivo tributrio,como se devido fosse no ms do fato gerador.O Quadro 6 mostra como fica esse reconhecimento.

    Quadro6: Reconhecimento de tributos oriundos de imunidade e iseno1 Imposto de Renda Pessoa Jurdica

    Debitar Despesa de Imposto de Renda (Conta de Resultado) Creditar Imposto de Renda - Exigibilidade suspensa ( Conta de Passivo)

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    48/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    49/70

    executora. Se exigir contrapartida, por parte da Entidade executora, estapoder ser financeira ou no. Tendo carter financeiro o aporte deverser na conta do convnio para completar a totalidade dos recursosnecessrios quantificado no plano de trabalho. Se no for financeira oInstrumento jurdico dever estabelecer a forma que a contrapartidapoder ser efetuada ( Pessoal, material, servios de terceiros e outros)A Entidade dever manter em sua contabilidade contas especficas comesquemas contbeis distintos para cada convenio que executar.Os registros dos recursos de Convnios, esto demonstrados noQuadro8

    Quadro 8: Reconhecimento de Recursos de Convnios1 Entrada de Recursos Financeiros na Contabilidade do Convnio

    Debitar Banco (Conta de disponibilidade de Convnio) Creditar Recursos de Convnios ( Passivo)

    2 Realizao da Despesa na Conta de Convnio Debitar Despesa de Convnio (Resultado) Creditar Banco ( Disponibilidade de Convnio)

    3 Reconhecimento simultneo da Receita de Convnio Debitar Recursos de Convnio (Passivo) Creditar Receita de Convnio ( Resultado)

    Registros da contrapartida esto demonstrados no Quadro 9.Quadro 9: Reconhecimento da Contrapartida de Recursos de Convnio1 Contrapartida com Recursos Financeiros na Contabilidade do Convnio

    Debitar Banco (Conta Disponibilidade )

    Creditar Recurso de Convnio ( Passivo )2 Contrapartida com Recursos No Financeiros na Contabilidade do Convnio Debitar Despesa de Convnio ( Conta especfica ) Creditar Recursos de Convnio (Passivo)Com a realizao da despesa do convnio, deve ser reconhecida a receitado convnio em igual valor, como segue:Quadro 10: Reconhecimento da Receita da Contrapartida do Convnio

    1 Reconhecimento da Receita de Contrapartida do Convnio Debitar Recursos de Convnio (Passivo) Creditar Receita de convnio

    H de se compreender que a receita de contrapartida do convniocorresponde a uma despesa da entidade executora do convnio que deveser registrada em rubrica contbil especfica do resultado.Assim, a entidade executora dever manter registros por convnio referente contrapartida financeira e no financeira em conta de resultado.

    3.2.6 Reconhecimento da gratuidadeA ITG 2002 aprovada pela Resoluo 1.409/12 estabelece no item 13 que:

    Os benefcios concedidos pela entidade sem finalidade de lucrosa ttulo de gratuidade devem ser reconhecidos de formasegregada, destacando-se aqueles que devem ser utilizados emprestaes de contas nos rgos governamentais.

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    50/70

  • 7/26/2019 Contabilidade Para Entidades Sem Fins Lucrativos

    51/70

    sobre a condio financeira da entidade e mudanasadotadas que contriburam para a consolidao dessacondio;

    teis e agregadas para a avaliao do desempenho daentidade em termos de custos de seus servios, eficinciae realizaes.

    3.3.2 Regime de CompetnciaCom a finalidade de atingir seus objetivos, demonstraes contbeis sopreparadas conforme o regime contbil de competncia. Segundo esseregime, os efeitos das transaes e outros eventos so reconhecidosquando ocorrem (e, no, quando caixa ou outros recursos financeirosso recebidos ou pagos) e so lanados nos registros contbeis ereportados nas demonstraes contbeis dos perodos a que sereferem. As demonstraes contbeis preparadas pelo regime de

    competncia informam aos usurios no somente sobre transaes pas-sadas envolvendo o pagamento e o recebimento de caixa ou outrosrecursos financeiros, mas tambm sobre obrigaes de pagamento nofuturo e sobre recursos que sero recebidos no futuro. Dessa forma,apresentam informaes sobre transaes passadas e outros eventosque sejam as mais teis aos usurios na tomada de deciseseconmicas. O regime de competncia pressupe a confrontao entrereceitas e despesas.

    3.3.3 Pressuposto da Continuidade Normal das Operaes

    Ao elaborar as demonstraes contbeis, a administrao deve fazer umaavaliao da capacidade de a entidade continuar em operao em futuroprevisvel. A entidade est em continuidade a menos que a administraotenha inteno de cessar suas atividades, ou ainda no possua alternativarealista seno a descontinuao de suas atividades. Ao avaliar se opressuposto de continuidade apropriado, a administrao deve levar emconsiderao toda a informao disponvel sobre o futuro, que o perodomnimo, mas no limitado, de doze meses a partir da data de divulgaodas