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Publicação mensal setembro de 2012 ano 9 – número 113 IMPRESSO Impresso fechado. Pode ser aberto pela ECT Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul Obra da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Serraria é a última etapa do Pisa Divulgação Construtoras devem concluir 36 acessos municipais até o final do ano No biênio 2013-2014, serão pavimentados outros 41 acessos, o que totalizará 77 – meta estimada pelo governo do estado.

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Pu bli ca ção men sal setembro de 2012

ano 9 – nú me ro 113

IM PRES SOImpresso fechado.

Pode ser aberto pela ECT

Sin di ca to da In dús triada Cons tru ção de Es tra das,

Pa vi men ta ção e Obrasde Ter ra ple na gem em ge ral

no Es ta do do Rio Gran de do Sul

Obra da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Serraria é a última etapa do Pisa

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Construtoras devem concluir 36 acessos municipais até o final do anoNo biênio 2013-2014, serão pavimentados outros 41 acessos, o que totalizará 77 – meta estimada pelo governo do estado.

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Com o tema do 1º Encontro Na-

cional do setor da Construção Pesada

– O que o Brasil precisa para elevar

os investimentos em infraestrutura e

aumentar a sua eficiência –, marca-

do para Porto Alegre, nos dias 5 e 6

de novembro, no Hotel Deville, nos-

so sindicato dá mostras concretas de

assumir o protagonismo que lhe é

exigido no âmbito daqueles que são

responsáveis pela construção do de-

senvolvimento do país.

A ideia não é esperar por ações do

governo, mas apontar aquilo que pode

ser um caminho no sentido de fazer

o país progredir com custos menores.

Estudo recente da Fundação Dom Ca-

bral, abrangendo todo o país e todos

os setores econômicos, concluiu que

a falta de investimentos públicos em

logística (transporte e armazenagem)

provoca perdas anuais de US$ 80 bi-

lhões para as empresas brasileiras,

valor que corresponde a 4% do PIB

e, coincidentemente, ao volume de

recursos que o Brasil precisa investir

para eliminar os gargalos logísticos.

Para termos uma ideia da atual

defasagem, basta lembrar que, nos úl-

timos 30 anos, a média de investimen-

tos em infraestrutura ficou em apenas

1,5% do PIB. Esses gargalos no setor

representam grande parte do Custo

Brasil que, juntamente com a carga

tributária, puxa o país para baixo no

ranking internacional de competitivi-

dade, onde estamos na 46ª posição.

O certo é que os investimentos

públicos em infraestrutura de trans-

portes não estão conseguindo evitar

o agravamento dos problemas en-

frentados pelo setor produtivo para

escoar suas mercadorias, o que impõe

perdas cada vez maiores à economia

brasileira e reduz ainda mais sua com-

petitividade. Nessa linha, é imperioso

o debate sobre a participação do setor

privado nos investimentos nessa área.

Como reitera o economista Armando

Castelar Pinheiro, que estará presente

em nosso evento, as concessões de

rodovias são claramente a melhor al-

ternativa para reduzir custos, melho-

rar a qualidade e expandir a oferta,

mas ainda não houve um amadure-

cimento em muitos segmentos da

população sobre o fato de que isso

precisa ser financiado, pelo menos

em parte, por aqueles que conso-

mem esses serviços.

Em termos de qualidade das ro-

dovias, o economista lembra que as

medições da Confederação Nacional

dos Transportes mostram que, entre

aquelas concessionadas para a ini-

ciativa privada, 54,7% são ótimas e

32,6% são boas, contra 7,1% e 25,3%,

respectivamente, para as rodovias ad-

ministradas pelo setor público.

Esses dados mostram a impor-

tância do debate nacional sobre os

caminhos que podem levar o Brasil

a um crescimento autossustentado,

e não apenas aqueles conhecidos

como voo de galinha.

Nelson Sperb Neto

Presidente do SICEPOT-RS

Pra ça Os val do Cruz, no 15 – cj. 141490.038-900 - Por to Ale gre/RSFo ne: (51)3228-3677Fax: (51)3228-5239E-mail: di re to [email protected]

Pu bli ca ção men sal

O que o Brasil precisa para elevar os investimentos em infraestrutura e aumentar a sua eficiência

Si ce pot | setembro de 20122

Con se lho Fis calTi tu la res Alexandre César Beck de Souza Augusto Luiz Petzhold Tozzi Hélio Antônio Amaral MilitzSu plen tes Carlos Englert Cylon Fernandes Rosa Neto Renan Schaeffer De le ga dos – Re pre sen tan tes jun to à FIERGSTi tu la res Hum ber to Cé sar Bus nel lo Ri car do Lins Por tel la Nu nesSu plen tes Jorge Vasconcellos Bastian Paulo Eduardo Nunes Ponte

Pre si den te Nelson Sperb Neto Vice-Presidente Athos Roberto Albernaz CordeiroDi re tor Ad mi nis tra ti vo-Fi nan cei ro Nilto Scapin Di re to res Exe cu ti vos An dré Loi fer man Caetano Alfredo Silva Pinheiro Jandir dos Santos Ribas Júlio Carlos Comin Odilon Alberto Menezes Edgar Hernandes Candia Ricardo Lins Portella Nunes Vilson Flores Busnello

Pro du ção e Edi ção MW Co m Av. Chi ca go, 92 Fo ne (51) 3264-7932 Edi tor – Mil ton Wells [email protected]

Edi to ra ção La vo ro C&M Fo ne (51) 3407-5844 Ti ra gem: mil exem pla res

EDI TO RIAL

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Enquanto define os deta-lhes que faltam para o início das obras de duplicação de rodovias programadas pelo Da-er, o engenheiro Nelson Sperb Neto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral (SICEPOT-RS), juntamente com sua equipe, acompanha o cro-nograma físico-financeiro das 22 construtoras contratadas para as obras de pavimentação de 36 acessos municipais que devem estar concluídos até o final deste ano.

Com recursos do BNDES, o governo do estado deverá apli-car, em 2012, R$ 217 milhões. Já para o biênio 2013-2014, serão pavimentados outros 41 acessos, o que totalizará 77 – meta que foi estimada pelo se-cretário de Infraestrutura e Lo-gística, Beto Albuquerque, logo no início de sua gestão.

A retomada dos contratos de 104 trechos sem asfalto no Rio Grande do Sul, que foram assinados ainda no governo Antônio Britto, somente foi possível graças às negociações conduzidas entre o Sindicato e o Daer. No período 2012-2014, serão investidos R$ 769 milhões, restando ainda, para 2015, 27 municípios.

Em todos os meses, os técnicos da autarquia reúnem--se com os representantes das empresas de construção pesada para o acompanhamento das planilhas das obras. A cada en-contro, a comissão apresenta as metas do mês seguinte às em-presas construtoras filiadas ao SICEPOT-RS. A partir desses da-

dos, o Sindicato reúne-se com as empresas contratadas para a avaliação dos serviços. “O trabalho em conjunto permite visualizar os gargalos constru-tivos, medindo as deficiências tanto da contratante quanto das contratadas, bem como a atuação dos órgãos paralelos de meio ambiente e de controle”, diz Sperb. “A eficiência da ges-tão dos contratos precisa me-lhorar, aumentando a produção do sistema dos atuais 65% dos valores acumulados, executa-dos em relação aos previstos, para valores acumulados perto dos 100%, a fim de tentarmos, nos próximos dois anos, atingir as metas preconizadas pelo go-verno”, completa.

A escolha da ordem de exe-cução das obras obedeceu cin-co critérios: os contratos mais

antigos, as obras já concluídas além da metade, os trechos de menor extensão e os acessos asfálticos que levarão menos de 12 meses para serem finaliza-dos, além de uma distribuição

das obras por regiões. As obras dos acessos muni-

cipais fazem parte de uma an-tiga reivindicação da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

SICEPOT-RS prevê a conclusão de 36 acessos municipais ainda neste ano

setembro de 2012 | Si ce pot 3

INFRAESTRUTURA

Obras dos acessos municipais reúnem 22 empresas construtoras em 2012

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No período 2012-2014, serão investidos R$ 769 milhões, restando ainda, para 2015, 27 municípios para a conclusão do programa

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As concessões de rodovias são claramente a melhor alter-nativa para reduzir custos, me-lhorar a qualidade e expandir a oferta, mas ainda não houve um amadurecimento em mui-tos segmentos da população sobre o fato de que isso precisa ser financiado, pelo menos em parte, por aqueles que conso-mem esses serviços. E a melhor forma de mudar esse quadro é mostrar à população o quanto a sociedade economiza com a concessão, em termos de vidas salvas, sofrimento em acidentes que deixam de ocorrer, menor desgaste de veículos, menos tempo em congestionamentos e outros benefícios. A opinião é do economista Armando Cas-telar Pinheiro, Coordenador de Economia Aplicada do IBRE/FGV e professor do Instituto de Economia da UFRJ, que estará nos dias 5 e 6 de novembro na Capital para o 1º Encontro Na-cional do Setor da Construção Pesada, a ser promovido pelo SICEPOT-RS. A seguir, os prin-cipais trechos de sua entrevista ao Construção Pesada:

Como vê o desempenho das concessões rodoviárias realizadas no país até o momento?

Armando Castelar Pi-nheiro: Os dados mostram que, de forma geral, elas foram bem-sucedidas em elevar o in-vestimento e melhorar a qua-lidade das estradas. As con-cessionárias privadas investem bem acima do governo, pro-porcionalmente ao tamanho

Si ce pot | setembro de 20124

“É preciso mostrar os benefícios das concessões rodoviárias”

da malha. Em termos de quali-dade das rodovias, as medições da Confederação Nacional dos Transportes mostram que, entre aquelas concessionadas para a iniciativa privada, 54,7% são ótimas e 32,6% boas, contra 7,1% e 25,3%, respectivamen-te, para as rodovias administra-das pelo setor público.

Por que a participação privada nos investimentos e operações continua sendo um tabu no Brasil?

Infelizmente, a questão da privatização continua sendo politizada, em vez de percebida

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INFRAESTRUTURA

Armando Castelar Pinheiro, coordenador de Economia Aplicada do IBRE/FGV, estará nos dias 5 e 6 de novembro na Capital para o 1º Encontro Nacional do Setor da Construção Pesada

como uma solução pragmática para ajudar a resolver o sério problema da carência de infra-estrutura, em especial no setor de transportes. Possivelmente, isso é um resquício de o tema ter sido tão central nas duas últimas eleições presidenciais, ainda que, paradoxalmente, tanto o ex-presidente Lula co-mo agora a presidente Dilma tenham feito várias privatiza-ções. De fato, como ficou claro no anúncio feito pela Presiden-te em agosto, a privatização é hoje enxergada pelo governo federal como a solução para

melhorar e ampliar a malha rodoviária federal, depois do fracasso em fazer isso por meio de órgãos públicos. Eu acredito que com o tempo esse tema se-rá despolitizado, como já ocorre com a política macroeconômica e mesmo em setores de infraes-trutura como telecomunicações e eletricidade, que no passado também já foram monopoliza-dos pelo setor público.

Quais as causas que de-terminaram a imagem ne-gativa das privatizações/con-cessões e como reverter esse processo?

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“É preciso mostrar os benefícios das concessões rodoviárias”Desde o século XIX nos

países da Europa Ocidental, e da segunda metade do século passado no Brasil, a população desenvolveu um sentimento de que o acesso a serviços públi-cos gratuitos ou muito baratos era quase que um direito da cidadania. O pensamento so-bre isso amadureceu quando se percebeu que o orçamento público é um só, é financiado pelo contribuinte e que a pro-visão desses serviços pelo setor público ocorre a um custo mui-to maior do que se essas infra-estruturas forem operadas pe-la iniciativa privada. No Brasil, essa visão funcionou quando uma parcela pequena da po-pulação recebia esses serviços. Com a crescente urbanização e a competição por recursos pú-blicos para educação e saúde, a alternativa de manter a opera-ção desses serviços no setor pú-blico levou a uma significativa deterioração da sua qualidade e a uma estagnação da quan-tidade ofertada. As rodovias são um bom exemplo disso. A privatização é claramente a melhor alternativa para reduzir custos, melhorar a qualidade e expandir a oferta, mas ain-da não houve um amadureci-mento em muitos segmentos da população para aceitar que isso precisa ser financiado, pelo menos em parte, por aqueles que consomem esses serviços. A melhor forma de mudar esse quadro, no meu entendimen-to, é mostrar à população o quanto a sociedade economiza com a privatização, em termos

de vidas salvas, sofrimento em acidentes que deixam de ocor-rer, menor desgaste de veículos, menos tempo em congestiona-mentos e outros benefícios.

Quais as perspectivas com relação ao recente pacote de concessões lançado pelo go-verno?

Acho que, nas rodovias, o pacote veio bem em linha com as privatizações anterio-res, feitas nos governos FHC e Lula, inclusive tendo incorpora-do algumas lições importantes em relação à operacionalização de investimentos ao longo da concessão. Imagino que nes-se setor esse pacote será se-guido de outros nos próximos anos, conforme mais estradas sejam preparadas, em termos de obras mínimas e projetos, para serem concessionadas. Nas ferrovias, eu achei positivo o anúncio, mas preocupante o modelo escolhido. Em especial, o papel pretendido para a Valec surpreendeu e causa preocupa-ção. Pretende-se transformar a empresa em uma espécie de “mercado administrado“, onde provedores e usuários de infra-estrutura ferroviária se “encon-trem”. Ao invés de se encon-trarem diretamente, porém, as duas pontas desse mercado se relacionarão com a Valec. Os fornecedores, vendendo-lhe to-da a sua capacidade; os usuá-rios, dela comprando. Trata-se de um modelo que, organiza-do de forma mais simples, já deu errado em outros países mais bem equipados institu-cionalmente. Me pergunto, por

exemplo, que incentivo terão os provedores para fornecer bons serviços, se não precisam se es-forçar para vendê-los? Ou como evitar os problemas, de distin-tas naturezas, que paralisaram a Valec em anos recentes, com graves prejuízos para o contri-buinte? Comparando com o que aprendemos até aqui com as privatizações, questiono-me sobre por que não adotar um modelo mais transparente e eficiente, via mercado, como se fez no setor elétrico?

Até que ponto é possível viabilizar esse plano ?

O enfraquecimento das agências reguladoras é um pro-blema sério, que aumenta o ris-co político, elevando o retorno exigido pelas concessionárias e afastando alguns investidores mais avessos a esse tipo de ris-co. Infelizmente, a percepção que tem ficado é de que não há a intenção de fortalecer a autonomia das agências, mas, ao contrário, de transformá-las em braços auxiliares dos mi-nistérios. As empresas, por en-quanto, estão se contentando em trabalhar com a regulação estabelecida nos contratos de concessão, e no fato de que o

judiciário tem respondido no sentido de garantir a sua apli-cação, mas será preciso obser-var para ver qual o fôlego desse arranjo institucional.

Qual a sua opinião so-bre a recente criação da EPL(Empresa de Planejamen-to e Logística)?

Acho que a ideia de criar uma unidade de planejamen-to é boa. O Geipot desempe-nhou um papel importante no desenvolvimento da estrutura rodoviária do Brasil e criar um

órgão que desempenha as suas funções, que deixaram de ser realizadas desde a extinção do Geipot, é uma boa ideia. Ocorre que a EPL vai ter muito mais atri-buições e poder, numa extensão que pode ser exagerada. Penso que se corre o risco de simples-mente reproduzir a estrutura que supostamente há no Minis-tério dos Transportes e na ANTT, gerando-se uma duplicação de instituições responsáveis e pos-síveis conflitos. Se há problemas gerenciais com os órgãos hoje encarregados dessas funções, o ideal seria corrigir esses pro-blemas, não criar outro órgão público para desempenhar es-sas funções.

“Acho que, nas rodovias, o pacote

da presidente Dilma Rousseff

veio bem em linha com as

privatizações anteriores, feitas

nos governos FHC e Lula,

inclusive tendo incorporado

algumas lições importantes “

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Para universalizar totalmen-te os sistemas de água e esgoto em Porto Alegre até o ano de 2030, serão necessários mais de R$ 2 bilhões. Com esse ob-jetivo, está em curso uma série de ações, tais como o gerencia-mento matricial das despesas, a acreditação de fornecedores e um sistema de acompanha-mento de custos, informou o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Flavio Presser, durante reunião extraordinária da Asso-ciação Gaúcha de Empresas de Saneamento (Ageos).

No encontro, que reuniu

cerca de 80 empresários e executivos de empresas de saneamento e construção do estado, Presser elencou as principais diretrizes da empre-sa. De acordo com o executi-vo, na área de esgotamento sanitário, as principais metas incluem a conclusão das redes coletoras (75 quilômetros de redes ao ano), a execução das redes em ligações domiciliares e o tratamento dos lodos das Estações de Tratamento de Es-gotos (Etes).

Em relação ao tratamento de água, as principais ações estão direcionadas para os sis-

temas de abastecimento de Belém Novo; um novo sistema Extremo Sul, em função do cres-cimento da cidade nessa região; um novo canal de captação do sistema Moinhos de Vento e São João e o Programa Consu-mo Responsável.

Ações como o combate às perdas físicas, obras relacionadas com a Copa 2014 e as melhorias nas estações e substituição de redes (36 quilômetros de redes ao ano) também estão entre as principais ações desenvolvidas pela empresa.

Em sua apresentação, Pres-ser destacou também a im-

portância da gestão e dos for-necedores. "Os desafios daqui para frente são cada vez mais significativos, os fornecedores são importantes para fazer a implantação de longo prazo", afirmou.

O presidente da Ageos, Odilon Alberto Menezes, que também integra o Conselho Deliberativo do Dmae, reforçou a importância da readequação das empresas para atender aos planos de investimentos. "Te-mos que ser protagonistas, e estamos inovando em um mo-vimento para ampliar nosso pa-pel", ressaltou Menezes.

Si ce pot | setembro de 20126

INFRAESTRUTURA

DMAE estima em R$ 2 bilhões custo da universalização de água e esgoto

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Flavio Presser, diretor do Dmae, durante reunião extraordinária da Associação Gaúcha de Empresas de Saneamento

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Obras do PISA encerram-se no final deste ano Até o final de 2012, o

DMAE deverá concluir as obras do Projeto Integrado Socioam-biental (PISA), que tem como principal objetivo elevar o índi-ce de capacidade de tratamen-to dos esgotos na Capital, dos atuais 27% para 77%. Isso sig-nifica resgatar gradativamente a balneabilidade das praias do Guaíba, proteger as nascentes e recuperar os arroios de Porto Alegre. É a maior obra de sane-amento da história da cidade. Última etapa do empreendi-mento, os trabalhos na Esta-ção de Tratamento de Esgoto Sanitário da Serraria (ETE Serra-ria) estão avançando de acordo com o cronograma previsto.

As obras civis, incluindo fun-dações, estruturas de concreto armado, prédio dos sopradores e prédio administrativo, estão pouco mais de 80% concluídas.

A estação está situada em área total de 56.000 m² – com 53.000m² de área construída –, no bairro de mesmo nome, e terá a maior capacidade de tratamento de efluentes do município. Serão tratados 4 mil litros de águas residuais por se-gundo, em oito tanques cons-truídos, por meio do processo de reator anaeróbio seguido de etapa de lodos ativados.

Programada para obter al-to desempenho operacional na remoção do material orgânico com baixo consumo de energia, a ETE Serraria combinará sis-temas anaeróbio e aeróbio de tratamento.

O primeiro será composto por reatores anaeróbios de manta de lodo, que promo-verá a remoção de parcela significativa da matéria e só-lidos suspensos em um pro-cesso biológico que, ao invés

de consumir energia, passa a produzi-la.

A compacidade do proces-so aeróbio adotado possibi-litará redução de custos com terraplenagem e interligações, sem comprometer a capacida-de hidráulica e a eficiência do tratamento, que pretende al-cançar os limites estabelecidos pela legislação ambiental do Rio Grande do Sul. A nova es-tação de esgoto de Porto Alegre será uma das poucas no país a contar com o tratamento em nível terciário.

A conclusão da ETE Serra-ria deverá ocorrer em conjunto com a ampliação da rede cole-tora de esgoto da cidade, de 1.460 quilômetros para 1.600 quilômetros. A nova estação vai tratar metade dos esgotos de Porto Alegre. Serão con-

duzidos e tratados lá mais de 99% dos coliformes fecais dos efluentes lançados na extensão do Guaíba, que vai desde a foz do Arroio Dilúvio.

Também serão coletados para a ETE os esgotos prove-nientes dos bairros Cavalhada, Restinga e Ponta Grossa, além dos esgotos da área central da Capital, que são jogados in natura no Rio Guaíba há décadas. A meta é que a uni-versalização do tratamento de esgoto na cidade seja concre-tizada até 2030.

Além disso, existe a perspec-tiva de que o sistema de abas-tecimento de água da cidade terá melhorias consideráveis, uma vez que haverá redução da carga de poluentes orgânicos e da densidade de coliformes na água captada. Foram declara-

dos pelas agências ambientais 300.000 m² de áreas de prote-ção ambiental e lazer nas regi-ões de abrangência do projeto.

De acordo com dados do DMAE, deixarão de ser despe-jados no Guaíba 145 mil m³ de esgoto sem tratamento por dia. Com isso, a expectativa é de que o rio esteja despoluído completamente até 2028.

O consórcio que executa o empreendimento está formado pelas empresas Goetze Lobato Engenharia, Infracon Enge-nharia e Comércio e Brönstrup Construções, Incorporações e Participações. Ao total, serão investidos R$ 586 milhões, dos quais R$ 203,4 milhões de fi-nanciamento do BID; R$ 316,2 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 67,1 milhões de contrapartida do DMAE.

ETE Serraria é a última obra prevista pelo Projeto Integrado Socioambiental

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Expansão da Trensurb entra na reta final

A matriz ideal de transportes para o país nos próximos 10 anos, ou seja, em 2023, seria formada por 35% de ferrovias e 29% de ro-dovias. O restante ficaria com outros modais, como hidrovias, por exemplo. A projeção é do secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, que participou em setembro do fórum Brasil Competitivo, pro-movido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com ele, essa é a composição da matriz de transportes a que o Brasil deverá chegar até 2023, se for mantido o fluxo de inves-timentos programados. Isso significa dizer que, nos dois modais principais, a ferrovia terá que subir de uma participação atual de 25% no total para 35% até 2023, enquanto que as rodovias, que hoje beiram os 60%, deverão cair para 29% da matriz mesmo com os investimentos.

Perrupato destacou que boa parte dos inves-timentos previstos para as rodovias será destina-da à ampliação e duplicação da malha já existen-te e não só para a construção de mais estradas.

No mesmo evento, o presidente da Asso-ciação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, defendeu que os investimentos na infraestrutura nacional sal-tem de um patamar atual de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 3,9% em 2016. Consi-derada por Godoy como "factível", a meta prevê que os investimentos nas áreas de transporte, energia elétrica, saneamento e telecomunica-ções sejam elevados de um patamar de cerca de R$ 100 bilhões ao ano para R$ 165 bilhões.

O incremento de mais de 60% em um ho-rizonte de cinco anos precisaria ser sustentado principalmente em investimentos na área de transportes e saneamento. "Na área de trans-porte e logística, precisamos crescer 16% ao ano, em termos reais. E em saneamento, se qui-sermos deixar de passar vergonha nos rankings que nos comparam a outros países, precisamos elevar os investimentos para R$ 20 bilhões”, afirmou o dirigente.

Si ce pot | setembro de 20128

INFRAESTRUTURA

Matriz de transportes terá 35% de ferrovias e 29% de rodovias em 2023

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Ferrovias deverão receber grande impulso do governo federal

O pacote para a infra-estrutura anunciado pelo governo federal foi posi-tivo, mas precisa, ainda, de complementos com o objetivo de impulsionar os investimentos do Brasil, afirmou Gesner de Oliveira, presidente da GO Associa-dos, durante sua participa-ção no seminário "Os nós da infraestrutura".

De acordo com Olivei-ra, o pacote "está na dire-ção correta, mas ainda fal-tam vetores importantes." As medidas, anunciadas no mês passado, criaram o maior pacote para conces-sões em rodovias e ferrovias

já feito no país, no valor de R$ 133 bilhões. O presi-dente da GO considerou que um salto nos investi-mentos do país é neces-sário para o crescimento sustentável da economia e que o déficit da infraes-trutura constitui uma das fontes do "custo Brasil".

Segundo ele, entre os vetores que precisam ser abordados para destravar o setor de infraestrutura no Brasil estão a promoção de um ambiente macroeco-nômico mais favorável ao investimento, a redução do risco regulatório, a desone-ração, o uso das parcerias

público-privadas (PPP) e a criação e o desenvolvimento de mecanismos de financia-mento para a infraestrutu-ra. "As debêntures de longo prazo são uma boa notícia", destacou. "Ações nesses pontos podem garantir o sucesso das medidas que foram tomadas", disse.

Na percepção de Olivei-ra, o setor de saneamento é hoje no Brasil o mais problemático. "É um setor que exige capital físico e que tem impacto sobre o capital humano e sobre a capacidade de crescimento sustentável", disse Oliveira, que já presidiu a Sabesp.

O presidente do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a carteira de investimentos do Brasil vai se expandir em maior velocidade nos próximos trimestres. "Temos 339 projetos com investimentos de R$ 263 bilhões, sendo que, desse total, R$ 153 bilhões serão financiados pelo BNDES",

comentou, ao participar do fórum "Brasil Competitivo: Os nós da infraestrutura".

Segundo Coutinho, o BNDES fez inves-timentos em infraestrutura que estão em processo de expansão, pois atingiram R$ 19 bilhões em 2011, devem alcançar R$ 23,4 bilhões neste ano e subir para R$ 30 bilhões em 2013. "Precisamos acelerar e

resgatar planejamento de longo prazo no Brasil", destacou, ressaltando que os inves-timentos em projetos de longa maturação, como hidrelétricas, ferrovias e aeroportos, demandam planos bem-elaborados, pois do início da sua concepção até a conclusão da obra é necessário um prazo que pode variar de 5 a 10 anos.

País tem R$ 263 bilhões em projetos, diz Coutinho

Pacote precisa de complementos