como aumentar a produtividade no processo de fabricação de

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41 v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018 Como aumentar a produtividade no processo de fabricação de roupas femininas na Empresa X, localizada em Belo Horizonte Ludimila Pessoa Miranda Graduanda em Engenharia da Produção pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH), [email protected] Ana Carolina de Castro Santos Graduanda em Engenharia da Produção pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH), [email protected] Luiz Bandeira de Mello Braga Mestre em Administração de Empresas (FEAD), docente do Centro Universitário Metodista Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH), [email protected] Resumo Com o constante crescimento do mercado de vestuário no Brasil e em Minas Gerais e intensificação da concorrência, principalmente internacional é cada vez mais comum a busca por técnicas que auxiliem na produção com o intuito de tornar as empresas cada vez mais competitivas e evidentes em seu campo de atuação. O objetivo deste artigo é estudar formas de diminuir o retrabalho e aumentar a produtividade no setor de peças não bordadas de uma empresa de confecção de roupas de festa feminina. Para isso foi realizado um mapeamento do processo e a coleta de dados, onde foi possível identificar que 22% do total das amostras coletadas no período da pesquisa necessitaram ser retrabalhadas. A partir da análise das amostras foi possível identificar a causa raiz do retrabalho que foi a falta de padrão no processo sob estudo. E posteriormente foi desenvolvido um novo processo de costura de peças não bordadas que visa a padronização de todas as etapas do processo estudado. Palavras-chave: Vestuário. Retrabalho. Produtividade. Eficiência. Eficácia. 1 Introdução O mercado têxtil e de confecção é um dos mais dinâmicos no mundo globalizado, realizando lançamentos constantes de produtos e serviços. Até a década de 1980, o mapa da produção do setor têxtil e de confecção se concentrava nos EUA, Europa e Japão. A partir da aceleração dos processos de integração dos mercados mundiais, na década de 1980, a produção têxtil e de confecção começou a migrar para os países emergentes da Ásia e Leste Europeu, Norte da África e Caribe (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção - ABIT, 2015).

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v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Como aumentar a produtividade no processo de fabricação de

roupas femininas na Empresa X, localizada em Belo Horizonte

Ludimila Pessoa Miranda

Graduanda em Engenharia da Produção pelo Centro Universitário Metodista Izabela

Hendrix (CEUNIH), [email protected]

Ana Carolina de Castro Santos

Graduanda em Engenharia da Produção pelo Centro Universitário Metodista Izabela

Hendrix (CEUNIH), [email protected]

Luiz Bandeira de Mello Braga

Mestre em Administração de Empresas (FEAD), docente do Centro Universitário Metodista

Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH), [email protected]

Resumo Com o constante crescimento do mercado de vestuário no Brasil e em Minas Gerais e

intensificação da concorrência, principalmente internacional é cada vez mais comum a busca

por técnicas que auxiliem na produção com o intuito de tornar as empresas cada vez mais

competitivas e evidentes em seu campo de atuação. O objetivo deste artigo é estudar formas

de diminuir o retrabalho e aumentar a produtividade no setor de peças não bordadas de uma

empresa de confecção de roupas de festa feminina. Para isso foi realizado um mapeamento do

processo e a coleta de dados, onde foi possível identificar que 22% do total das amostras

coletadas no período da pesquisa necessitaram ser retrabalhadas. A partir da análise das

amostras foi possível identificar a causa raiz do retrabalho que foi a falta de padrão no

processo sob estudo. E posteriormente foi desenvolvido um novo processo de costura de

peças não bordadas que visa a padronização de todas as etapas do processo estudado.

Palavras-chave: Vestuário. Retrabalho. Produtividade. Eficiência. Eficácia.

1 Introdução

O mercado têxtil e de confecção é um dos mais dinâmicos no mundo globalizado, realizando

lançamentos constantes de produtos e serviços. Até a década de 1980, o mapa da produção do

setor têxtil e de confecção se concentrava nos EUA, Europa e Japão. A partir da aceleração

dos processos de integração dos mercados mundiais, na década de 1980, a produção têxtil e de

confecção começou a migrar para os países emergentes da Ásia e Leste Europeu, Norte da

África e Caribe (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção - ABIT, 2015).

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No mercado mundial, a Ásia lidera a produção na indústria têxtil, sendo responsável por cerca

de 73% do volume total produzido no mundo. Apenas a China é responsável por 50,2% da

produção mundial de têxteis, além de possuir o maior mercado consumidor desses produtos

no mundo (BEZERRA, 2014).

No Brasil, as primeiras fábricas têxteis de algodão surgiram por volta de 1840 e estavam

ligadas a plantação do algodão nas regiões Norte e Nordeste do país. No período de 1885-

1895 ocorreu um grande desenvolvimento da indústria têxtil com a instalação de 47 novas

fábricas de grandes dimensões. A efetiva implementação desta atividade no Brasil ocorreu

entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Beneficiada pela

Primeira Guerra Mundial houve a consolidação do setor (ANJOS, 2005).

Atualmente, a indústria de confecção brasileira tem destaque no cenário mundial, pois possui

um parque têxtil que ocupa a quarta posição entre os maiores produtores mundiais de artigos

de vestuário e a quinta posição entre os maiores produtores de manufaturas têxteis. O setor

representa cerca de 5,7% do valor total da produção da indústria de transformação no Brasil

(ABIT, 2015).

Esta relevância também é refletida na economia do estado de Minas Gerais, onde o setor têxtil

e de confecções, é responsável por 2,19% dos empregos formais e 1,54% do total de empresas

do Estado, correspondendo por 10% do volume produzido no Brasil. Minas Gerais possui

cerca de cinco mil empresas, com destaque no Sul do estado, conhecido como o circuito da

malha, e o Pólo de Confecção de Divinópolis, que concentra cerca de três mil empresas do

setor (FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, 2016).

Neste contexto, está uma empresa de confecção, de médio porte, localizada em Belo

Horizonte, fabricante de roupas femininas, aqui identificada como Empresa X. Esta empresa

apresenta níveis elevados de retrabalho, cerca de 22% durante o período de realização da

pesquisa, em seus processos produtivos, assim, visualizou-se o seguinte questionamento:

Como aumentar a produtividade no processo de fabricação na empresa X?

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O objetivo geral desta pesquisa foi analisar o processo de costura de peças não bordadas, afim

de propor ações para a redução do retrabalho neste processo na empresa X, fabricante de

roupas femininas, localizada em Belo Horizonte. Sendo assim, pretendeu-se:

a) Mapear o processo de costura de peças não bordadas;

b) Medir o percentual de retrabalho no processo de costura de peças não bordadas;

c) Identificar a causa raiz do retrabalho;

d) Propor ações para minimizar o volume do retrabalho;

Por ser grande a relevância no setor econômico mundial de confecção e possuir parcela

significativa, contribuindo com 15,2% dos postos de trabalho em minas (CODEMIG,2016),é

importante buscar formas de melhorar o desempenho das atividades deste setor tornando-as

eficientes com o intuito de torná-lo competitivo no mercado.

A presente pesquisa contribuiu para formação acadêmica das pesquisadoras, pois na sua

execução foram necessárias aplicações de técnicas capazes de diminuir o retrabalho, aumentar

a produtividade e medir a eficiência e eficácia do processo analisado por meio da utilização de

conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia de Produção. Ela também aborda um

objeto pouco estudado e importante na economia mineira, que é a realização deste tipo de

estudo em empresas de médio porte no setor de confecção em Belo Horizonte.

2 Referencial Teórico

2.1 Setor Econômico Têxtil

O Brasil é um dos maiores produtores têxteis e de confecções do mundo, sendo o quarto no

segmento de confecções com investimentos de R$ 2.494 milhões e faturamento de R$ 121

bilhões no ano de 2015 e com previsão de investimento para 2016 de R$ 2.795 milhões e

faturamento R$ 127 bilhões, impactando em 2.682 municípios brasileiros e gerando 1,1

milhões de empregos formais (ABIT, 2016).

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Em Minas Gerais os investimentos giram em torno de US$ 874 milhões e tem 124.530

pessoas empregadas no setor representando 15,2% dos empregos na indústria de

transformação do estado. O setor de moda no estado é mantido por empresas de micro e

pequeno porte equivalendo a 98,4% do setor no estado (CODEMIG – Companhia de

Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, 2016).

2.2 Gestão da Qualidade

O conceito de qualidade evoluiu da adequação ao padrão para a adequação às necessidades

dos clientes, e junto com a ela a gestão da qualidade também evoluiu deixando de ser focada

principalmente no chão de fábrica, passando a se envolver com todos os processos da

organização. Assim, a gestão da qualidade tornou-se ferramenta importante para que as

empresas se tornem competitivas em seu campo de atuação (MARTINS; NETO, 1998).

Porém a gestão da qualidade ainda é, em sua grande maioria, responsabilidade do chão de

fábrica. Para Juran (1992) a gestão da qualidade “é o conjunto das atividades através das quais

atingimos a adequação ao uso”. A gestão da qualidade pode ser estruturada em três

dimensões, observadas no Quadro 1, que tem como finalidade resolver os problemas

buscando a melhoria continua da qualidade.

Quadro 1 – Dimensões e Atividades de Gestão da Qualidade

Gestão da Qualidade

Dimensões Planejamento da Qualidade Controle da Qualidade Melhoria da Qualidade

Atividades

-Identificação das necessidades dos

clientes e dos outros requisitos;

-Definição de objetivos da

qualidade;

-Planejamento dos processos e das

atividades.

-Insumos;

-Processos;

- Produto Acabado;

- Preservação da

Qualidade.

-Avaliação da Satisfação dos

Clientes;

-Avaliação de Desempenho;

-Identificação de Problemas;

- Ações de Melhorias.

Fonte: Adaptado de JURAN (1992).

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2.3 Indicadores de Qualidade

2.3.1 Produtividade

Produtividade é a relação entre os meios, recursos utilizados e a produção final. Aumentar a

produtividade é produzir melhor com cada vez menos, podendo ser representada como o

quociente entre o que a empresa produz (output) e o que ela consome (input).

Os indicadores da produtividade de uma empresa estão relacionados ao processo de produção

para geração de produtos ou serviços. Quanto maior a produtividade de uma empresa, mais

útil ela é para a sociedade (CAMPOS, 2004).

2.3.2 Eficiência

Ser eficiente consiste em realizar as operações com menos recursos, menos tempo, menor

orçamento, menos pessoas e menos matéria-prima. É o critério que revela a capacidade da

empresa em produzir o máximo de resultados com o mínimo de recursos, energia e tempo

(ANDREASI, 2014).

2.3.3 Eficácia

De acordo com Andreasi (2014), eficácia está relacionada ao nível gerencial. É o critério que

consiste em realizar as operações de forma correta. Desta forma, eficácia esta relacionada com

os resultados obtidos e os resultados desejados ou previstos, sem levar em conta os recursos

utilizados. Ser eficaz é fazer com que um trabalho atinja plenamente os resultados esperados.

2.3 Ferramentas da Qualidade

De acordo com Seleme e Stadler (2010), as ferramentas para a qualidade estão diretamente

relacionadas com o desenvolvimento das metodologias utilizadas para a identificação e

eliminação das falhas no processo. Pois são instrumentos úteis para identificar oportunidades

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de melhoria e auxiliar na mensuração e apresentação de resultados, visando ao apoio à tomada

de decisão por parte do gestor do processo. As ferramentas da qualidade auxiliam as empresas

a planejar, organizar, avaliar seus processos e apresentar resultados eficazes e eficientes nos

seus produtos e serviços.

As ferramentas básicas usadas no controle, melhoria e planejamento da qualidade fornecem

dados que ajudam a compreender as razões dos problemas e determinam soluções para

elimina-los. Foram utilizadas cinco ferramentas da qualidade nesta pesquisa: Brainstorming,

Mapeamento de Processo, Diagrama de Ishikawa, Gráfico de Pareto e 5W e 1H.

2.4.1 Brainstorming

Surgiu na década de 30 com o propósito do publicitário Alex Osborn em criar um ambiente

onde “chovessem ideias”. É uma ferramenta simples que pode ser utilizada em diversas

situações, pode-se dizer que é uma ferramenta para auxiliar o surgimento de ideias ou para

evidenciação de problemas (SELEME; STADLER, 2010).

O brainstorming prioriza a quantidade e não a qualidade das ideias, tendo três fases distintas.

A primeira é onde as idéias são geradas, a segunda é destinada à realização dos

esclarecimentos relativos ao processo, e a terceira esta ligada à avaliação das ideias propostas.

No Quadro 2, estão apresentados os passos para a realização de uma sessão de brainstorming:

Quadro 2– Passos para realização de uma sessão de brainstorming

Fase Passo Descrição

1

1 Escolhe-se um facilitador para o processo que definirá o objetivo.

2 Formam-se grupos de até dez pessoas.

3 Escolhe-se um lugar estimulante para geração de ideias.

4 Os participantes terão um prazo de até 10 minutos para fornecer suas ideias, que não de vem ser censuradas.

2 5 As ideias deverão ser consideradas e revisadas, disseminando-se entre os participantes

6 O facilitador deverá registrar as ideias em local visível, esclarecendo novamente o propósito.

3

7 Deverão ser eliminadas as ideias duplicadas.

8 Deverão ser eliminadas as ideias fora do propósito delimitado.

9 Das ideias restantes devem ser selecionadas aquelas mais viáveis.

Fonte: Adaptado de SELENE; STADLER (2010).

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Portanto, deve-se seguir a seguinte sequência para realizar o brainstorming:

i. introdução: onde se apresenta a questão a ser pensada;

ii. criação de ideias: a tempestade propriamente dita;

iii. revisão: momento em que se listam as ideias e se retira qualquer dúvida sobre o

entendimento das palavras;

iv. seleção: momento em que se hierarquizam as palavras e se eliminam as que, em

consenso, não sejam adequadas.

v. ordenação: onde é feita a priorização das ideias.

Diversas organizações empregam a técnica do brainstorming para identificar ideias que

possam melhorar produtos ou induzir a soluções de problemas. As ideias que não forem

utilizadas poderão ser estocadas em um banco de ideias da organização para a utilização

futura.

2.4.1 Mapeamento do Processo por Fluxograma

O fluxograma representa de forma simples, por meio de símbolos gráficos, o fluxo, a

sequência normal de trabalho e facilita a localização de problemas e falhas, auxiliando a

descoberta dos pontos que apresentam falhas de naturezas diversas, e responsáveis pelas

deficiências constatadas na execução dos trabalhos (VIANA, 2006). Para Selene e Stadler

(2010), os objetivos desta ferramenta são padronizar a representação dos procedimentos

administrativos, facilitar a leitura e entendimento e evidenciar a sequência de um trabalho

permitindo a visualização dos movimentos ilógicos e a dispersão de recursos materiais e

humanos.

As vantagens do uso do fluxograma, de uma forma geral, é a possibilidade de se verificar

como funcionam todos os componentes de um sistema, facilitando a análise de sua eficácia,

facilita a localização das deficiências do processo e pode se aplicado em sistemas mais

simples aos mais complexos. A elaboração de fluxogramas é uma ferramenta fundamental

para o entendimento do funcionamento interno e dos relacionamentos entre os processos

(CURY, 2009).

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Existem diversos tipos de fluxogramas, dentre eles está o fluxograma funcional que consiste

em retratar o movimento entre as diferentes áreas de trabalho. Permite que qualquer trabalho

possa ser subdividido em elementos simples, auxiliando o estudo individual de cada item,

além de auxiliar no diagnóstico de pontos falhos que podem estar relacionados com as

deficiências constadas na execução de um serviço. A simbologia para construção de

fluxogramas funcionais pode ser observada no Quadro 3 (CURY, 2009).

Quadro 3 - Simbologia para a construção de fluxogramas funcionais

Simbologia Significado no Fluxograma

Retângulo - Operação: representa uma mudança num item. Usado para mostrar uma atividade de

qualquer natureza

Seta Grossa - Movimento/ Transporte: indica movimentação física e concentra entre localidades.

Losango - Ponto de Decisão: ponto do processo em que uma decisão é tomada. A sequencia de

atividades depende da decisão tomada neste ponto.

Circulo Grande - Inspeção/ Controle: indica que o fluxo do processo é interrompido para que a

qualidade de saída possa ser avaliada (checagem, conferência, controle).

Retângulo com Fundo Arredondado - Documento Impresso: indica que a saída de uma atividade

inclui informações registradas em papel.

Retângulo de Lado Arredondado - Espera: utilizado quando uma pessoa, um item ou uma atividade

precisam esperar, ou quando um item é colocado em um estoque temporário antes que a próxima

atividade seja executada.

Triângulo - Armazenagem: indica que existe uma condição de armazenagem sob controle e uma

ordem ou requisição é necessária para remover o item para a atividade seguinte. Usado para

representar também que um produto aguarda um cliente.

Seta - Sentido de Fluxo: utilizada para indicar o sentido e a sequência das fases do processo. Realiza

a ligação entre os diferentes símbolos.

Seta Interrompida - Transmissão: identifica a ocorrência de transmissão instantânea de informação.

Círculo Alongado - Limites: indica o início e o fim de um processo.

Fonte: Adaptado de CURY, 2009

2.4.2 Diagrama de Ishikawa

Esta técnica foi introduzida em 1953, pelo engenheiro japonês Kaoru Ishikawa, na

Universidade de Tóquio, para representar a relação entre alguns efeitos que poderiam ser

medidos e o conjunto de possíveis causas que produzem o efeito. Essa representação gráfica

(Figura 1) permite estabelecer, após análise, quais são as causas que fazem com que o efeito

(problema) ocorra. Assim, o objetivo da ferramenta é evidenciar e organizar as causas de

determinado problema (SELEME; STADLER, 2010).

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v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Pode ser utilizada sempre que se busca identificar a causa raiz e secundárias de um efeito

(positivo ou negativo) do negócio. Com o diagrama pronto, a visão do negócio será ampliada

e a análise de ambiente será facilitada e, por consequência, as propostas de melhorias também

(CAMPOS, 2004).

Figura 1 – Diagrama de Ishikawa

Fonte: Adaptado de CAMPOS (2004).

O diagrama permite desdobrar tais causas até os níveis de detalhe adequados à solução do

problema, podendo ser ajustado às necessidades da organização (CAMPOS, 2004).

2.4.3 Gráfico de Pareto

Foi desenvolvida pelo economista italiano Vilfredo Pareto, cujos os estudos estabeleciam uma

relação de “vinte por oitenta”, que refere-se ao seguinte exemplo: de todos os valores

depositados em bancos, 80% deles são de propriedade de apenas 20% dos clientes,

consequentemente os 20% de valores restantes são propriedades de 80% dos clientes desses

bancos (SELEME; STADLER, 2010).

Esta ferramenta consiste em apresentar dados em um gráfico de barras verticais, que ordena as

ocorrências da maior para a menor frequência. Assim, o gráfico permite que sejam

identificados e classificados os itens de maior importância e que devem ser tratados

prioritariamente.

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v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

2.4.4 5H e 1H

A ferramenta 5W e 1H (planos de ação e analise), de acordo com Seleme e Stadler (2010),

permite que um processo em execução possa ser dividido em etapas estruturadas a partir das

perguntas, elaboradas na língua inglesa que se iniciam com as letras W e H. Os 5Ws, (What,

When, Where, Why, Who), (O que? Quando? Onde? Porque? Quem?) e o 1H ( How),

(Como).

Esta ferramenta é utilizada principalmente no mapeamento e padronização de processos, na

elaboração de planos de ação e no estabelecimento de procedimentos associados e

indicadores. A sistematização desse tipo de procedimento permite detectar as falhas que

impedem o termino adequado do processo (SELEME; STADLER, 2010).

3 Metodologia

O presente Estudo de Caso buscou apresentar propostas para aumentar a produtividade no

processo de costura de peças não bordadas em uma empresa de confecção, nesta pesquisa

denominada Empresa X. Foi uma pesquisa aplicada, com objetivo de gerar conhecimento

prático e dirigida à solução do problema específico de reduzir o retrabalho no processo

pesquisado (SILVA; MENEZES, 2005).

Foi exploratória, pois proporcionou maior familiaridade com o problema tornando-o mais

explícito e teve abordagem quantitativa, pois a coleta dos dados efetivou números, ou

informações conversíveis em números, que permitiram a análise da ocorrência de retrabalho

no processo de costura de peças não bordadas na Empresa X (GIL, 2009). O objeto deste

estudo de caso foi a Empresa X, de médio porte, localizada na região central de Belo

Horizonte, que confecciona roupas femininas de alta costura, alfaiataria e festas.

A amostra foi o processo de costura de peças não bordadas, onde verificou-se elevado

retrabalho (cerca de 22% do total da produção realizada durante o período da pesquisa

necessitaram ser retrabalhadas) a partir de experiências vivenciadas e necessidades percebidas

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v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

por uma das autoras como um problema recorrente na empresa. Assim, foi analisado o

número de itens que necessitaram voltar ao processo de costura de peças não bordadas e o

tempo gasto neste retrabalho.

Para a coleta de dados o processo de costura de peças não bordada foi mapeado através da

observação e elaboração de um fluxograma funcional do processo, sob estudo.

Quando uma peça é finalizada, ela passa pelo processo de revisão. Caso esteja dentro dos

parâmetros exigidos a peça é liberada para o próximo processo, nesse caso o arremate. Caso a

peças estejam em desacordo, ela retornará ao setor de costura de peça não bordadas, para ser

corrigida, após sua correção a peça é mais uma vez revisada e somente após a aprovação pela

funcionária revisora poderá passar para o próximo setor.

Os dados coletados e quantificados foram o volume de itens que necessitaram voltar ao

processo de costura de peças não bordadas, o motivo por que necessitaram voltar e o tempo

gasto nesta atividade. Este tempo foi coletado em número de homem x hora gastas por dia

com retrabalho.

A coleta dos dados se deu no período entre 29 março de 2017 e 28 abril de 2017. A partir de

observações sistemáticas na linha de produção, com quatro funcionários do setor de costura

de peças não bordadas, realizada pelas pesquisadoras através da contagem de peças que

necessitaram voltar ao processo, o motivo por que necessitaram voltar e o tempo gasto neste

processo foi cronometrado. A coleta se deu em condições controladas para responder o

propósito preestabelecido, que segundo Marconi e Lakatos (2009), desta observação

sistemática o observador sabe o que procura e o que possui importância em determinadas

situações, por isso deve ser objetivo e reconhecer possíveis erros e eliminá-los dos dados

coletados.

Foram identificados os tipos de peças produzidas, a quantidade, o tempo de produção

estimado, o tempo efetivo de produção, o tempo gasto com o retrabalho e o motivo pelo qual

a peça necessitou ser retrabalhada, pelas 4 costureiras do setor. A seguir serão apresentados os

resultados obtidos através da observação sistemática do processo.

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Após a coleta, organização e quantificação dos dados, foram identificadas através da

elaboração de brainstorming e de um Diagrama de Ishikawa as possíveis causas do retrabalho

que posteriormente foram classificadas por sua frequência de ocorrência. A quantidade de

horas utilizadas com retrabalho foram mensuradas para se calcular a perda de horas

trabalhadas oriunda do retrabalho.

Após a identificação das principais causas geradoras do retrabalho, foi proposto um plano

visando implementar ações que diminuam o retrabalho no processo sob análise com o intuito

de incrementar sua produtividade.

4 Resultados e discussão

O fluxograma funcional do processo observado está ilustrado na Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma funcional do processo

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

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Após coleta e análise dos dados, verificou-se que 22% do total de peças produzidas no

período de coleta tiveram que voltar ao processo de costura para serem retrabalhadas. Essas

peças gastaram 29 horas e 16 minutos para serem retrabalhadas pelas 4 costureiras, cerca

de três dias de produção, aproximadamente 10% dos dias trabalhados.

Os resultados obtidos através das medições foram tratados estatisticamente através de análise

de gráficos feitos a partir da compilação das informações das planilhas de medições (ver

apêndice). Assim, utilizando-se de um brainstorming e de posse dos dados colhidos

no período mencionado, foi possível identificar os principais problemas gerados pelo

retrabalho. Assim, foram identificados:

a) alça com costura incorreta;

b) viés pregado errado;

c) decote muito grande.

As causas destes problemas foram identificadas, com o auxilio de um brainstorming e da

elaboração de um Diagrama de Ishikawa para cada problema, que podem ser observados nas

figuras a seguir.

Figura 3 – Diagrama de Ishikawa (Alça com costura incorreta)

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

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Figura 4 – Diagrama de Ishikawa (Vies pregado errado)

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

Figura 5 – Diagrama de Ishikawa (Decote muito grande)

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

Observa-se nas Figuras 3, 4 e 5 que uma peça que teve um dos problemas (alça com costura

incorreta, viés pregado errado e decote muito grande), apresentou também todas as causas

relacionadas ao mesmo.

Com ajuda de um Gráfico de Pareto estas causas foram ordenadas e classificadas conforme

sua frequência de ocorrência.

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v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Gráfico 2 – Gráfico de Pareto

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

Através do gráfico 2 foi possível identificar as quatro principais causas responsáveis por

aproximadamente 80% do retrabalho das peças. Assim foi proposto um plano de ação,

através da ferramenta 5W + 1H, que visou diminuir o retrabalho no processo.

Quadro 5 – Plano de Ação

(Continua)

(What) O que

será feito?

(When)

Quando será

feito?

(Where)

Onde será

feito?

(Why) Por

que será

feito?

(Who)

Quem o

fará?

(How) Como será feito?

Elaboração do

molde

Assim que o

Estilista fizer

o croqui da

peça.

Setor de

modelagem

Para que se

tenha um

gabarito de

corte e

montagem de

peça

Modelista Assim que o estilista fizer o

croqui da peça ele entregará

para modelista que irá

desenvolver o molde que será

usado para cortar a peça e

para auxiliar na costura. O

molde deverá conter as

informações técnicas, tais

como partes a serem

entreteladas, quantidade de

partes, comprimento da peça,

piques, pences, largura de

bainha, etc.

Page 16: Como aumentar a produtividade no processo de fabricação de

56

v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Quadro 5 – Plano de Ação

(Conclusão)

(What) O

que será

feito?

(When)

Quando será

feito?

(Where)

Onde

será

feito?

(Why) Por

que será feito?

(Who)

Quem o

fará?

(How) Como será feito?

Confecção de

uma peça

piloto.

Assim que o

molde for

aprovado.

Setor

Costura

Para servir

de modelo

para a

confecção

das peças da

produção.

Pilotista Assim que o molde for

aprovado será liberada a

produção de uma peça

piloto. Seguindo as

orientações do estilista, da

modelista responsável e da

contra mestre.

Conferênci a do

molde versus

peça piloto

pronta.

Assim que a

peça piloto

for aprovada.

Setor de

modelagem

Para evitar

que gabaritos

com

divergência

sejam

enviados as

costureiras e

com isso as

peças da

produção

sejam

montadas

incorretament

e.

Modelista

responsável

pela peça.

Após a aprovação da peça

piloto pelo setor de estilo ela

será encaminhada ao setor de

modelagem onde a modelista

responsável deverá conferir o

molde com a peça pronta.

Levando em consideração

todas as possíveis

observações incluídas pelos

demais setores da fábrica, tais

como: fio do tecido e

mudanças estéticas.

Elaboração de

uma ficha de

detalhament o

que conterá

instruções para

produção da

peça.

Durante o

desenvolvime

nto da peça

piloto.

Setor de

conferência

Para direcionar

as costureiras

no momento da

confecção das

peças, criando

assim um

padrão de

produção.

Conferencista Assim que a peça piloto

chegar ao setor de

conferência, a conferencista

terá que preencher a ficha de

detalhamento anotando todos

os detalhes de costura da

peça, tais como tipo de

bainha, costura utilizada.

Treinamento

da equipe que

irá confeccionar

as peça

Após

aprovação da

ficha de

detalhamento

Setor de

costura

Para que todas

as instruções

possam ser

passada antes

do início do

processo de

fabricação

evitando falhas

Contra

mestre

O contra mestre deverá

passar para todas as

costureiras que irão

fabricar a peça, todos os

detalhe da mesma.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

Page 17: Como aumentar a produtividade no processo de fabricação de

57

v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Com base no plano de ação, foi desenvolvido e proposto um novo processo de costura de

peças não bordadas, mostrado na Figura 6. Este novo processo buscou padronizar todas as

etapas do processo de costura de peças não bordadas para que seja possível diminuir os

problemas gerados pelo retrabalho aumentando assim a produtividade da empresa X.

Figura 6 – Fluxograma funcional do processo de costura de peças não bordadas

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

5 Considerações finais

Identificar e eliminar os problemas com retrabalho em um ambiente competitivo pode

determinar a permanência de uma empresa no mercado onde atua. A presente pesquisa foi

realizada a fim de melhorar a produtividade na Empresa X. A partir da análise do processo

comprovou-se que o volume de retrabalho é elevado no setor de costura de peças não

bordadas, representando 22% do total das amostras coletadas no período da pesquisa. Tal

retrabalho resulta em 3 dias. (Homem x Hora = R$ 835,85).

Page 18: Como aumentar a produtividade no processo de fabricação de

58

v. 4, n. 1, p. 41-60, jan./jul. 2018

Foram identificadas sete causas deste retrabalho, sendo quatro delas responsáveis por cerca de

80% de todo retrabalho medido. Foi proposto um plano de ação e um novo processo de

costura de peças não bordadas, que levou em consideração as tecnologias e processos de fácil

aplicação e que não necessitem de elevado investimento financeiro.

Devido ao prazo de entrega do artigo não foi possível ainda implantar o plano de ação e o

novo processo e medir o resultado final desta pesquisa. Mas ambos já foram apresentados a

Empresa X que pretende implantá-los a partir de Julho de 2017. Espera-se que após a

implementação proposta, o retrabalho inicialmente observado no processo de costura de peças

não bordadas seja minimizado, aumentando assim a produtividade na fabricação da Empresa

X.

How to increase productivity in the process of feminine clothing manufacturing in

Company X, located in Belo Horizonte

Abstract

With the constant growth of the clothing market in Brazil and Minas Gerais and

intensification of competition, mainly international and increasingly common the search for

techniques that assist in the production with the intention of becoming as companies more

and more competitive and evident in it’s field of action. The purpose of this article is to

study ways to reduce rework an increase productivity without the non-embroidered parts

sector of a women’s clothing company. Therefore, a production process and a data

collection were planned, where it was possible to identify that 22% of the total samples

collected during the research period needed to be reworked. From the analysis of samples it

was possible to identify a root cause of rework that was a lack of standard in the process

being studies. It is another process of production of non-embroidered pieces that aims at a

standardization of all stages of the studied process.

Keywords: Clothing. Rework. Productivity. Efficiency. Efficacy.

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Recebido em: 4/07/2017 - Aprovado em: 24/04/2018 - Disponibilizado em: 2/07/2018