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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA DE JESUS PACHECO GUIMARÃES

- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

GUARÁ2012

AGRADECIMENTOS

Aos Pais, Alunos, Professores e Funcionários do Colégio Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães, que colaboraram para a construção deste Projeto Político Pedagógico.

“O que é necessário não é a vontade de acreditar, mas o desejo de descobrir; que é justamente o oposto”.

Bertrande Russell

SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO..............................................................................62. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA.....................................................................62.1. NIVEIS E MODALIDADES DE ENSINO.........................................................................6 2.2.HISTÓRICO DA ESCOLA..................................................................................6 2.3. ÁREA DE ABRANGÊNCIA................................................................................82.4. ESPAÇO FÍSICO..............................................................................................92.5.BENS MATERIAIS............................................................................................92.6.QUADRO FUNCIONAL..................................................................103.ORGANIZAÇÃO ESCOLAR...............................................................143.1. HORA ATIVIDADE........................................................................................143.2. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO.....................................................................143.3. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM.............................................................153.4. SALA DE RECURSO......................................................................................163.5. CELEM.........................................................................................................164. FUNDAMENTAÇÃO........................................................................174.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM.............................................................................194.2.CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..............................................................................204.3.CONCEPÇÃO DE ESCOLA.............................................................................204.4.CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA...........................................................................204.5.CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO DO CAMPO................................214.6.CONCEPÇÃO DE CULTURA E TECNOLOGIA …...............................................234.7.CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO.......................................................................244.8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.......................................................................255.GESTÃO PARTICIPATIVA.................................................................256. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES...............................................................267. AVALIAÇÃO..................................................................................277.1.RECUPERACÃO CONCOMITANTE..................................................................297.2.CONSELHO DE CLASSE................................................................................308. FORMAÇÃO CONTINUADA.............................................................308.1. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO............................................308.2. CALENDÁRIO ESCOLAR...............................................................................318.3.FICHA FICA..................................................................................................319. PLANO DE AÇÃO..........................................................................329.1. CONSELHO ESCOLAR..................................................................................339.2.APMF............................................................................................................3310.DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS.............................3411.HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA...3412.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................35

1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico norteia o trabalho da escola, se articula e

se concretiza com a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo

educativo, visando a formação de cidadãos participativos conscientes de seus

direitos e responsabilidades. Constitui – se num instrumento pedagógico de

mudança, com ações voltada para a melhoria de qualidade do ensino, e

consequentemente a transformação social.

2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual do Campo Profª Maria de Jesus Pacheco Guimarães -

Ensino Fundamental e Médio, está situado na sede do Distrito de Guará,

Município de Guarapuava, no Estado do Paraná, à Rua Anadir Paulina Tonon, nº

01, CEP 85.110-000. Fone: (42) 3649 1164; e-mail: [email protected]

Esta instituição faz parte do NRE de Guarapuava tendo como mantenedora o

Governo do Estado do Paraná.

2.1. HISTÓRICO DA ESCOLA

O Colégio iniciou suas atividades no ano de 1951, com o nome de Escola

Isolada de Guará. Era uma sala de aula com 40 alunos em um terreno de

3.564,0 m², doado pela Sra. Sofia Horst.

No ano de 1970, foi denominada Escola Rural de Guará, em 1980. Passou

a funcionar pelo regime da Lei 5692/71, de 1ª a 4ª série, com a denominação

de Escola Rural Martins Pena, através do decreto nº 033/80. Em 1981, funciona

através do Decreto nº 098/81, com a denominação de Escola Martins Pena –

Ensino de 1º Grau.

A Resolução nº 3951/83, muda a denominação de escola Rural Martins

Pena para Escola Municipal Martins Pena.

Em 27 de janeiro de 1989, pelo Decreto 010/89, o nome da Escola é

novamente alterado, passando a denominar Escola Municipal Sofia Horst.

A Resolução nº 878/91, de 08 de março de 1991, autoriza o funcionamento

das turmas de 5ª a 8ª série.

Em 19 de outubro de 1992, pela resolução 3440/92, é autorizado o

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funcionamento do Ensino Pré – Escolar, passando a denominar Escola Municipal

Sofia Horst, Ensino Pré Escolar e de 1º Grau.

Pela Resolução nº 1702/96, de 22 de abril de 1996, foram cessadas, em

caráter definitivo, as atividades escolares, relativas ao ensino de 5ª a 8ª séries

do 1º grau. Pelo parecer 234/96 de 23 de janeiro de 1996 e a resolução 531/96

de 05 de fevereiro de 1996, foram criados e autorizados a funcionar o ensino

de 5º a 8º série do 1º grau, passando a denominar - se Escola Estadual Profª

Maria de Jesus Pacheco Guimarães – Ensino de 1º Grau.

Pelo parecer nº 3106/02 de 10 de outubro de 2002, a coordenação da

estrutura e funcionamento da SEED, reconhece o Curso de Ensino Fundamental

e a Escola passa a denominar Escola Estadual Professora Maria de Jesus

Pacheco Guimarães – Ensino Fundamental.

O parecer 1072/02 do Conselho Estadual de Educação ratifica a decisão da

Coordenação de estrutura e funcionamento da SEED, concedendo o

reconhecimento do Ensino Fundamental.

Através do requerimento datado de 26 de setembro de 2002, o Diretor da

Escola solicita a autorização para o funcionamento do Ensino Médio e, pelo

parecer 37987/2002, a coordenação de Estrutura e funcionamento da SEED,

propõe a resolução de autorização para funcionamento do Ensino Médio.

Em 29 de novembro de 2002, o Diretor Geral da SEED, pela resolução

4724/2002, autoriza o funcionamento do Ensino Médio iniciando no ano de

2003.

Pela mesma resolução, a Escola Estadual Professora Maria de Jesus

Pacheco Guimarães – Ensino Fundamental, passa a denominar - se Colégio

Estadual Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães - Ensino Fundamental e

Médio. Esta unidade de ensino leva o nome da Profª Maria de Jesus Pacheco

Guimarães, primeira professora a lecionar no Distrito do Guará.

Natural de Guarapuava, "Dona Mariquinha" , como era chamada, chegou

no Distrito de Guará, no ano de 1950, precedendo a preparação para a

implantação da sede distrital do Guará.

Por já estar exercendo a sua profissão na localidade de Marrecas de Cima,

começou a trabalhar, naquele mesmo ano e fixaram a sua residência neste

Distrito, juntamente com seu marido Samuel Amaral Guimarães primeiro

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cartorário, e suas três filhas: Maria da Conceição, Maria José e Circéia

Terezinha.

Trabalhou até o ano de 1965, quando se aposentou, mulher de fibra,

austera e caracterizada por uma personalidade forte. Comandou a educação

de muitos alunos no Distrito de Guará e no ano de 1986, no dia 26 de maio, já

cansada e doente a "dona Mariquinha", deixa de existir.

O dia da patronesse é comemorado no dia 22 de outubro.

2.2. MODALIDADES DE ENSINO

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, e Ensino Médio.

3. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Professora Maria de Jesus Pacheco Guimarães está localizado a

25 Km de Guarapuava. Atende 25% dos alunos residentes na sede do Distrito

de Guará e 75% dos alunos dispersos por 643 km². A comunidade escolar

atendida pelo Colégio na sua grande maioria de baixo poder aquisitivo,com

renda mensal familiar de até um salário mínimo,ou tem como principal fonte de

renda a Bolsa Família; Grande parte do alunado é composta por filhos de

agricultores assentados, proprietários de pequenas e médias propriedades

rurais, agricultores de acampamentos do MST, alguns filhos de comerciantes e

funcionários públicos moradores do Distrito. A maioria dos alunos são

provenientes de cinco assentamentos (13 de Novembro, Maria Inês Ribas,

Europa, José Dias e Bananas), e três acampamentos (20 Novembro, Papuã,

Aroeira ), além de povoados localizados, em média, 12km de distância da sede

(Alto da Serra, Boa Esperança, Rio das Pedras, Rio das Mortes, Monte Alvão,

Faxinal dos Elias, Colônia dos Vitos e Chimarrão 81).

Esses alunos dependem exclusivamente do transporte escolar para o

deslocamento até o Colégio.

As faltas dos alunos são constante devido ao transporte escolar, pois a

situação das estradas é precária, os transportadores não cumprem os contratos

assumidos com a Prefeitura Municipal. Estes problemas dificultam a

aprendizagem dos mesmos.

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Os alunos trazem expectativas de que o Colégio ofereça condições que

viabilizem o acesso ao mundo do trabalho, bem como acesso às tecnologias

práticas esportivas variadas, e conhecimentos em diversas áreas para atuarem

como cidadãos.

3.1. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

O Colégio oferece Ensino fundamental do 6º ao 9º ano, nos períodos:

matutino vespertino e noturno, e Ensino Médio nos períodos matutino e

noturno. Atende aproximadamente 520 alunos, distribuídos em 20 turmas

regulares, 4 turmas do Programa de Complementação Curricular Mais

Educação que atende 100 alunos no contra turno, sendo 50 alunos no período

da manhã, e 50 alunos no período da tarde), Sala de Apoio (português e

matemática) para o 6º e 9º ano no período da manhã, e Salas de Apoio

(português e matemática) para o 9º ano no período da tarde para atender oa

alunos em contra turno, 1 Sala de Recurso no período da tarde, 1 turma CELEM

(Espanhol) no período noturno.

A organização curricular do estabelecimento tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio segue a Base Nacional Comum constituída por

disciplinas.

3.2 QUADRO FUNCIONAL

O quadro de funcionários neste ano letivo é composto por 37 professores, 01 secretária e 02 Agentes Educacionais II, 07 Agentes Educacionais I, 01 diretor , 01 diretora auxiliar e 03 pedagogas.

PROFESSORES FUNÇÃO GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

LUIZ ALBERTO OGIBOWSKI

DireçãoQPM

História

Desenvolvimento e Integração Da América Latina;Gestão e Supervisão Educacional.

JOANA ADRIANE DALZOTO

Direção Auxiliar e Pedagoga QPM

Pedagogia Administração, Supervisão e Orientação Educacional.

MÁRCIA STRUZ ARAÚJO

Pedagoga QPM

Pedagogia

Administração, Supervisão e Orientação Educacional.

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ELIZABETE DE OLIVEIRA

Pedagoga PSS

Pedagogia

Educação Especial

ADEMIR REMPELProfessor QPM

Geografia e Pedagogia

Educação Ambiental.

DULCE Apª MARCONDES

Professora PSS

Geografia Educação Mental (D M)

ELIZABETE ODILA SIMÃO PORTELA

Professora QPM

BiologiaGestão Escolar e Gestão Ambiental

FLORIANO MIGUEL DAMARADZKI

Professor QPM

Letras/Anglo

GERSON HUCHAKProfessor QPM

Geografia

GISLAINE VARGE FERREIRA

Professora PSS

HistóriaEducação Especial/Educação de jovens e adultos

GISELE Professora QPM

Letras/Anglo

GUIOMAR DUBIELA LUY

Professora QPM

Matemática Ensino da Matemática

HELOISE DE ALMEIDA LIMA

Professora PSS

Arte educação

IZABEL APª MORAES

Professora QPM

Letras Literatura

-Interdisciplinaridade;-Educação Especial.

JOÃO PAULO ALMEIDA DA SILVA

Professor PSS

Filosofia

LENIR HELENA ORZECHOVSKI DE OLIVEIRA

Professora QPM

Matemática

LEONARDO LUIZ DE MATTOS

Professor QPM

Educação Física

Gestão Escolar

LUIZ FERNANDO NUNES

Professor QPM

Letras Português -Inglês

Educação Especial/Ed. Jovens e adultos

LUIZ GUSTAVO CEZAR

Professor QPM

História Geografia

MÁRCIA LÍGIA MAIER FARIAS

Professora QPM

MatemáticaEnsino de Matemática/Gestão Escolar

MARCIELE MOREIRA DE OLIVEIRA

Professora PSS

Biologia

MARIA GRUCHOSKI

Professora QPM

QuímicaEducação e Gestão Ambiental

MARIA ROSELI KASVESKI

ProfessoraQPM

História -Ensino De História: Economia América Latina.

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AMÂNCIOMARINA ZVIERZIKOVSKI MARCHIORO

Professora PSS

Letras Português

Ensino de Língua Portuguesa/ Ed. do Campo

MARISTELA LIBRELATO WOJDYLO

Professora PSS

Ed. Física Ed. Física Escolar

MARTA ROSELI WOLF MATOSO

ProfessoraQPM

Ciências Experiência em Ciências

MAURÍCIO STRAPAÇÃO

Professor PSS

Arte Educação

RÉGIA KARINA KLUBER XAVIER

Professora PSS

LetrasLíngua e Literatura Espanhola

ROGÉRIO SEGATTI

Professor QPM

Química

ROOSEVELT MARQUES

Professor PSS

Educação Física

Treinamento Esportivo/ Ed. Física/ Ed. Especial

SANDRA VEBAProfessora PSS

Matemática Ensino de Matemática

SIMONE LEALDINO

Professora PSS

Educação Física

Ed. Especial

THIAGO BLAKAProfessor PSS

Geografia Ed. e Gestão Meio Ambiente

VANESSA CALDASProfessora PSS

Letras/AngloEnsino da Língua Inglesa/ Arte Educação

WILLIAN KOLCProfessor PSS

FísicaEducação e gestão Ambiental

ZENEIDE GORNASKI RIBEIRO

Professora QPM

Matemática Física Ensino - CEFET

FUNCIONÁRIOS FUNÇÃO GRADUAÇÃO PÓS – GRADUAÇÃO

VIVIANE Mª BRUSNICKI LUCANTÔNIO

Secretária QFEB

Letras- Português/Espanhol

Administração, Supervisão e Orientação Educacional.

DANIELI Apª FERREIRA HARDT

Agente Educacional II QFEB

Ensino Médio

GISLAINE KENGELSKI

Agente Educacional II QFEB

Enfermagem

CLEUSA Apª PEDROSO

Agente Educacional I PSS

Ensino Médio

EDNA HEINE Agente Ensino Médio

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CARLI B. LEINECHER MACHADO

Educacional I QFEB

GILSON FORTEAgente Educacional I QFEB

Ensino Fundamental

GLACI DE FÁTIMA PILAR DE SOUZA

Agente Educacional I QFEB

Ensino Médio

JACIRA PADILHA BATISTA

Agente Educacional I PEAD

Ensino Fundamental

MARILDA DA Apª MALINOSKI HORST

Agente Educacional I PEAD

Ensino Fundamental

ROSELI PEREIRA DA SILVA

Agente Educacional I QFEB

Ensino Médio

3.3. ESPAÇO FÍSICO

O estabelecimento possui 3200 m² de área construída dividido em 4

blocos, 1 quadra de esporte e uma casa permissionário.

Bloco A

Composto de: secretaria, salas dos professores; da equipe pedagógica; da

direção auxiliar; direção, sala de reuniões com cômodo para despejo,

laboratório de informática com cômodo para despejo, sala de arquivos e 2

banheiros.

Bloco B

Bloco formado por biblioteca com cômodo para despejo e laboratório de

ciências com cômodo para despejo.

Bloco C

Dispõe de cozinha , depósito de merenda, míni lavanderia, depósito para

material de limpeza, almoxarifado, refeitório, 1 banheiro com chuveiro, 1

banheiro feminino com 4 sanitários e 1 masculino com 4 sanitários e 4

mictórios e 1 banheiro adaptado.

Bloco D

Composto por 8 salas de aulas divididas em 2 pisos, 1 banheiro masculino

com 2 sanitários e 2 mictórios, 1 banheiro feminino com 4 sanitários, 2

banheiros adaptados, elevador e 1 cômodo para despejo.

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Quadra Poliesportiva coberta com arquibancadas e casa para

permissionário com 4 dependências; este espaço é utilizado para sala de

recursos.

3.4. BENS MATERIAIS

Secretaria : 2 mesas para microcomputador 5 cadeiras giratórias, 2

escrivaninhas com gavetas, 2 armários de aço, 2arquivos, 6 computadores, 1

multifuncional,2 impressoras, 1 telefone com fax.

Sala dos professores: mesas, sofá, escaninho e armários individuais,

TV .

Laboratório de informática: 18 mesas, 20 cadeiras giratórias e 21

microcomputadores.

Sala de reuniões: 31 cadeiras, 1 mesa, 38 carteiras, 2 estantes, 2

armários de aço, 1 mesa som com 2 caixas acústica, 2 microfone sem fio,2

rádios, 4 DVDs, 2 mimeógrafos, 1 vídeo cassete, 1 retroprojetor, 1 data show,1

filmadora, 1 câmera fotográfica, 1 impressora .

Salas da direção e equipe pedagógica:escrivaninhas, armários e

arquivos.

Sala de arquivos: armários, prateleiras, materiais de arte,de

matemática e esportivos, fantoches, jogos didáticos,

Biblioteca: 13 mesas, 12 estantes, 1 computador, 1 escrivaninha,

aproximadamente 4.100 livros, mapas e 2 globos terrestres.

Laboratório de Ciências: 1 TV, 1 microscópio eletrônico,1microscópio

estereoscópio, 2 armários e 1 prateleira de aço, 37 banquetas, materiais de

Química, Física e Biologia ( mapas , reagentes, vidraria, balança eletrônica,

estadiômetro, torso humano, etc...), estufa, terrário.

Salas de Aula: 40 carteiras, 1 mesa para o professor, 1 TV pendrive

com suporte e 1 ventilador em cada sala.

Cozinha: 2 geladeiras, 2 freezer, fogão industrial, exaustor, 1 armário de

aço, 6 armários com 3 cubas, 2 liquidificadores, 1 batedeira, 1 centrifuga de

frutas e utensílios domésticos, 1 forno elétrico, 1 micro- ondas, 1cilindro para

massas.

Lavanderia: 1 máquina de lavar, 1 centrifuga,1Wap.

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Almoxarifado: 4 botijões cilíndricos, depósito para lixos.

Refeitório: 5 bebedouros, 13 mesas, 26 bancos, 2 mesas de tênis de

mesa, 1 mesa de pebolim.

Outros: suporte para bandeiras, lixeiras recicláveis, 7 bebedouros,

instrumentos para fanfarra, antena parabólica.

3.5.CONDIÇÕES FÍSICAS E PEDAGÓGICAS

Um obstáculo comum que provoca entraves físicos e pedagógicos: o

tratamento padrão, padronizado à todas as escolas feito pela mantenedora.

Esse é um problema tanto pedagógico quanto físico, pois as escolas são

diferentes, possuem características diferentes, profissionais, público, estrutura

física, pedagógica e geográfica diferentes, portanto não podem ser tratadas de

forma padrão.

Como entraves físicos podemos citar o caso dos recursos financeiros,

cujo cálculo é o mesmo para as escolas urbanas, no entanto uma escola do

campo gasta muito mais em material de limpeza devido às estradas sem

pavimentação. Também o mau funcionamento do transporte escolar, que

compromete o aprendizado pois o aluno falta demasiadamente, e como única

justificativa usam a situação das estradas. Nesse caso não se observa

nenhuma ação por parte do poder público para solucionar a negligência do

transporte escolar e a situação das estradas. Outro entrave físico é o tempo

que o aluno permanece no transporte escolar todos os dias. Isso faz com que o

rendimento do aluno seja comprometido pois, em qualquer turno que estude,

precisam sair muito cedo de sua casa causando – lhe cansaço e falta de

atenção.

Quanto aos entraves pedagógicos, podemos citar a falta de pessoal para

trabalhar para trabalhar com biblioteca e laboratório de informática, o que

acaba comprometendo a possibilidade de um aprendizado atualizado, visto

que, o aluno precisa ter acesso a multimeios para complementar e incrementar

as informações que recebem em sala de aula, nesse caso a pesquisa não pode

ser feita por não ter alguém para orienta- lo. Também é importante evidenciar

a falta de um sistema de internet que funcione pois, o nosso sistema é precário

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e ineficiente, temos 39 computadores mas não conseguimos usar pois a

internet não funciona se ligar mais de uma máquina, obstruindo o trabalho da

secretaria. A falta de vontade de alguns professores e a falta de perspectiva

dos alunos é um fator que compromete o pedagógico da escola.

3.6. RESULTADOS EDUCACIONAIS

os gráficos não estão inseridos porque não consegui enviar o e-mail

com os mesmos.

3.7. FORMAÇÃO CONTINUADA

A SEED oferta cursos para formação e capacitação dos professores em todas as

disciplinas. A escola colabora para a saída do professor para os cursos de

capacitação, onde sempre se aprende algo novo que pode ser utilizado em sala

de aula. É importante que a formação continuada se estenda a todos os

profissionais envolvidos no processo educativo. Nas reuniões pedagógicas

realizadas no âmbito escolar procura -se reunir o número máximo de

profissionais que trabalham no Colégio, a troca de experiências e busca de

soluções de problemas que ocorrem no dia a dia são amplamente discutidas

sempre buscando a aprendizagem com qualidade.

4.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pensando na função social da escola e do trabalho educativo, enquanto

docentes, precisamos entender a sociedade em que estamos inseridos, pois

está configurada pelas experiências individuais do homem as quais dependem

das relações interpessoais, estruturais e institucionais. “A sociedade configura

todas as experiências individuais do homem, transmite resumidamente todos

os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições

que o poder de cada individuo engendra e que oferece a sua comunidade”.

(Pinto, 1994).

Uma sociedade democrática pressupõe a possibilidade de participação do

conjunto de membros da mesma em todos os processos decisórios, que dizem

respeito a sua vida (casa, escola, bairro, cidade, etc.). Segundo Boff (2000,

p.77) se faz necessário desenvolver uma educação que abra para uma

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democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento

socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Cabe a educação proporcionar ao educando e a comunidade, instrumentos

adequados para pensar a sua prática individual e social e atingir uma visão

global da realidade que possa orientá- lo em sua vida; bem como a apropriação

do conhecimento cientifico, político, cultural acumulado pela humanidade ao

longo da história para garantir a satisfação de suas necessidades, seja no

campo ou na cidade, e realizar suas aspirações, através do conhecimento

acumulado, e acrescentar novos conhecimentos.

Uma escola de qualidade é um direito do educando, e para tanto é

fundamental que os professores estejam atualizados buscando qualificação;

que resulta em melhoria do trabalho pedagógico, ampliando seu saber fazer;

repensando a prática pedagógica para combater a discriminação, a exclusão e

consequentemente a evasão escolar.

Segundo a LDB 9394/96 a pessoa é educada para seu desenvolvimento, para

a cidadania e para o trabalho (art.2º). Os significados dessas palavras precisam

ser compreendidos na sua amplitude.

A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitada a ideia de emprego,

serviço para garantir a sobrevivência. Acima de tudo o trabalho deve ser

destinado ao desenvolvimento das potencialidades do ser humano, para

proporcionar prazer, melhorar sua vida e a vida de toda a sociedade. Os

conceitos utilizados no Projeto Político Pedagógico são baseados na LDB a qual

prevê que o ensino deve ser ministrado com base nos seguintes princípios:

• Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

• Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

• Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

• Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

• Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

• Valorização do profissional da educação escolar;

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• Gestão democrática do ensino público, na forma de lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

• Garantia do padrão de qualidade;

• Valorização da experiência extraescolar;

• Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as praticas sociais;

Garantir estagio não obrigatório, para os profissionais quando necessário.

A escola como espaço de educação formal fundamenta - se em

princípios que ofereçam ao educando a formação necessária para a

transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Temos

o compromisso de oferecer ao educando oportunidades de desenvolver a

autonomia, a criatividade, e a criticidade vivenciando o respeito, a cooperação,

a afetividade e a responsabilidade como valores essenciais para si e para o

grupo a qual pertence.

Nesta perspectiva objetivamos promover o desenvolvimento global dos alunos

considerando a realidade do educando (do campo) como ponto de partida do

trabalho pedagógico; Construir conceitos, que levem o educando a ler

cientificamente a realidade, pesquisar, tomar posição diante de diferentes

ideias, formar identidades de camponês, trabalhador, membro da comunidade,

cultura, povo; desenvolver a confiança e o comprometimento da comunidade

escolar; proporcionar um ambiente favorável à formação integral do educando

para a construção do conhecimento; desenvolver e incentivar a disciplina em

sala de aula, através de trabalhos significativos para os educandos; estimular a

criatividade, o espírito inventivo, à curiosidade pelo inusitado, valorizando a

qualidade, o bem estar coletivo , a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas de

conhecer o mundo; oportunizar a formação de um cidadão crítico,que se

identifique com as grandes questões da humanidade, visando a transformação

social; analisar os diversos valores presentes na sociedade, bem como as

situações conflituosas existentes nas relações humanas que envolvem a moral

e princípios que regem as condutas dos sujeitos sociais. (desafios

contemporâneos, ética e cidadania); realizar uma gestão democrática com um

trabalho efetuado em parceria, visando o beneficio coletivo; somar esforços

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pela melhoria de qualidade do ensino ofertado pelo estabelecimento; reforçar

os laços de relacionamento entre a comunidade escolar e a comunidade, rumo

a uma gestão participativa e democrática que leve a construção da cidadania,

promovendo contínua interação entre os membros.

4.1. Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando -a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de

transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento

histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, produz

conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,

produzindo bens materiais e não -materiais que são apropriados de diferentes

formas pelo homem. Dessa forma, Saviani afirma, “O homem necessita

produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se

adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá -la

pelo trabalho”. (1992)

Partindo do pressuposto que o homem constitui -se um ser histórico, faz

se necessário compreendê -lo em suas relações inerentes a natureza humana.

O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre

a realidade.

4.2. Concepção de Sociedade

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir

social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da

base econômica. O entendimento do modo como funciona a sociedade não

pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade; cabe à escola desenvolver o ser social em

todas as dimensões,no econômico, no cultural, no político, inserindo – o no

mundo do trabalho e da produção de bens e serviços ; para que cumpra seu

papel social,vista a uma sociedade mais justa, humana e solidária.

4.3. Concepção de Escola

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Local de apropriação de conhecimentos científicos construídos historicamente

pela humanidade e local de produção de conhecimentos em relações que se

dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os povos do campo

querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos

conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de

partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é

lançado ao professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e

aqueles historicamente acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes

momentos pedagógicos. Os povos do campo estão inseridos nas relações

sociais do mundo capitalista e elas precisam ser desveladas na escola.

4.4. Concepção de Infância e Adolescência

O conceito de infância e adolescência historicamente sofreu transformações,

que se evidenciam tanto na literatura pedagógica, como na legislação.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas

que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar

-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência em

relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da

autonomia e auto cuidados; o intenso desenvolvimento físico motor; a ação

simbólica sobre o mundo o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar

como forma privilegiada de apropriar- se da cultura; a construção da

identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais afetivos (FARIA &

SALLES, 2007).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotski (2007)

que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na

formação da inteligência e das características essencialmente humanas. Em

outras palavras, nos tornamos humanos a partir da interação com outras

pessoas. Portanto é “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de

sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em práticas

sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as

formas de comportamento já consolidadas na experiência

humana”(REGO,1995,p.55). A criança apresenta um pensamento sincrético, ou

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seja, não separa os conhecimentos em campos específicos e se apropria do

mundo por meio de diferentes linguagens, expressando -se através do

movimento, da oralidade, do desenho e da escrita. Esta forma de apreensão da

cultura pelas crianças exige atividades encadeadas e que possibilitem a

ampliação do conhecimento, garantindo que a ludicidade, eixo integrador na

educação infantil, se efetive também nos anos finais do ensino fundamental.

4.5. Concepção de Educação e Educação do Campo

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando -os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado, pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Segundo

Saviani (1989), a educação é própria dos seres humanos, é exigência do e

para o processo de trabalho, sendo ela própria um processo de trabalho.

O processo educacional tem dimensão histórica por representar a própria

história individual do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato

existencial porque o homem se faz ser homem, é um processo constitutivo do

ser humano. É um fato social pelas relações e pelos valores que movem a

sociedade, num movimento de reprodução do presente e da expectativa de

transformação do futuro. É intencional ao pretender formar um homem com

um conceito prévio de homem.

A finalidade da educação é formar o cidadão capaz de analisar,

compreender e intervir na realidade, visando o bem estar do homem nos

planos pessoal e coletivo. Vista como processo de desenvolvimento da

natureza humana, a educação tem suas finalidades voltadas para o

aperfeiçoamento do homem que dela necessita para constituir -se e

transformar a realidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394/96, estabelece

orientações para atender a realidade do campo. Em seu artigo 28, a LDB

estabelece as seguintes normas para a educação do campo: Na oferta da

educação básica para população rural, os sistemas de ensino proverão as

adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de

cada região, especialmente:

20

I – conteúdos curriculares e metodologia apropriadas às reais necessidades e

interesses dos alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às

fases do ciclo agrícola e as condições climáticas;

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.

A educação do campo tem sido historicamente marginalizada. Suas demandas

e sua especificidade raramente têm sido objeto de pesquisa no espaço da

academia e na formulação de currículos nos diferentes níveis e modalidades de

ensino. A educação para os povos do campo é trabalhada a partir de um

currículo essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades

e da realidade do campo.

A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do

campo raramente são tomados como referência para o trabalho pedagógico,

bem como para organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a

produção de materiais didáticos. Cabe aos docentes que trabalham nas escolas

do campo tomar para si e transmitir estes saberes para que as escolas do

campo tenham suas reais necessidades atendidas sem exclusão ou

discriminação.

4.6. Concepção de Cultura e Tecnologia

As transformações porque passa nossa sociedade produz mudanças nos

sistemas de produção,nas relações sociais e, por conseguinte podem provocar

conflitos e o surgimento de novos modelos culturais. Essas mudanças culturais

representam muitas vezes as próprias adaptações dos indivíduos ao seu meio.

Para (Ferreira,1999) entende -se por cultura o complexo dos padrões de

comportamento, crenças valores e hábitos transmitidos coletivamente e

características de uma sociedade. A tecnologia é um dos principais fatores

desencadeadores dos processos adaptativos. Não é necessário muito esforço

para percebermos a rapidez com que as mudanças de cunho tecnológico vêm

ocorrendo em nossa sociedade nas últimas décadas. “sociedade” do

conhecimento, sociedade da informação entre outras expressões são utilizados

para características a sociedade pós industrial. Uma sociedade que exige de

21

seus indivíduos uma nova maneira de ser , de pensar de produzir onde todos

estão reaprendendo a se comunicar, a interagir o humano o tecnológico, o

grupal e o social. Neste contexto a cultura passa por significativas mudanças

em que novas formas de comportamento e de relacionamento entre os

indivíduos são necessárias para que atuem na realidade que está em constante

mudanças.

A cultura tecnológica traz novos comportamentos que mudam os aspectos

sociais , e em função dessa evolução tecnológica, também os valores e

concepções passam por mudanças. No Século XX surgiu a concepção de

diversidade cultural, e a cultura passou a ser vista como dimensão social, um

conjunto de regras comuns a um grupo (GONH, 2001). O estudo da cultura de

massa, cultura nacional, política, cultura regional; nas últimas décadas com a

vinda das novas tecnologias da informação, ou tecnologias digitais surgiram

novas expressões como cultura da mídia, cultura virtual etc.

O conceito de cultura também é associado ao nível de escolaridade; as artes

(cinema pintura) às tradições, folclore, mitos etapas históricas, formas de vestir

-se etc, caracterizando o modo de vida de um grupo, ou de uma sociedade.

Estas demandas culturais e tecnológicas impõe à escola demandas que

possibilitem emancipação humana para além das contradições sociais e e

diversidade cultural, com conteúdos fundamentados em diferentes

metodologias que permitam dos professores e estudantes conscientizarem- se

a necessidade de uma transformação emancipadora independente do

pertencimento cultural promovendo a aprendizagem dos conhecimentos que

cabe à escola ensinar para todos.

4.7.Concepção de Currículo

É na representação gráfica do currículo definido pela escola,que são

estabelecidas as disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada,

com suas respectivas cargas horárias, turnos e séries. A matriz curricular é

utilizada com instrumento gerencial para o sistema e dela decorre o registro da

vida escolar do aluno.

Cada escola é responsável pela elaboração de sua matriz curricular, cumprindo

as exigências legais. A carga horária total do ensino fundamental deve,

22

obrigatoriamente, ser de 3.200 horas, enquanto do ensino médio é de 2.400

horas, conforme a Deliberação 014/99 do Conselho Estadual de Educação. A

matriz elaborada pela escola é analisada pelo NRE, que atesta sua legalidade.

O Colégio propõe a flexibilidade do currículo, o que abrange uma proposta de

conteúdos a partir da realidade da Instituição e da comunidade; nesse aspecto,

a escola deve realizar uma interpretação da realidade que considere as

relações mediadas pelo trabalho no campo, como produção material e cultural

da existência humana. A partir desta perspectiva, deve construir

conhecimentos que promovam novas relações de trabalho e de vida para os

povos no e do campo .Os conteúdos escolares são selecionados a partir do

significado que têm para comunidade escolar. Tal seleção requer

procedimentos de investigação por parte do professor, de forma que possa

determinar quais conteúdos contribuem nos diversos momentos pedagógicos

para a ampliação dos conhecimentos dos educandos. Estratégias

metodológicas dialógicas, nas quais a indagação seja frequente, exigem do

professor muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os

conteúdos científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a

sala de aula.

4.8.Concepção de Avaliação

Processo contínuo e realizado em função dos objetivos propostos para

cada momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual. Pode ser feita

de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos

de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um

“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento. Muito mais do que

uma verificação para fins de notas, a avaliação é um diagnóstico do processo

pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos objetivos, e da

apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir

os aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.

4.9. Gestão Escolar

O trabalho escolar é de caráter coletivo, realizado a partir da participação

conjunta e integrada dos momentos de todos os segmentos da comunidade

23

escolar. Assim, Luck (org.) afirma que:

O envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.

Essa modalidade de gestão se assenta no entendimento de que o alcance

dos objetivos educacionais, em seu sentido amplo, depende da canalização e

emprego adequados da energia dinâmica das relações interpessoais que

ocorrem no contexto da organização escolar, em torno de objetivos

educacionais, entendidos e assumidos por seus membros, com empenho

coletivo em torno da sua realização.

Segundo Marques (1987, p. 69), "à participação de todos, nos diferentes

níveis de decisão e nas sucessivas fases de atividades, é essencial para

assegurar o eficiente desempenho da organização”. É processo dinâmico e

interativo que vai muita além da tomada de decisão, a participação é

caracterizada pelo inter apoio na convivência do cotidiano da escola, na busca,

pelos seus agentes, da superação das dificuldades e limitações e do

cumprimento de sua finalidade social.

Isso pressupõe que todos os envolvidos no processo pedagógico,

discutam e analisem os problemas que vivenciam em interação com a

organização escolar e que, a partir dessa análise, determinem um caminho

para superar as dificuldades que julgarem mais carentes de atenção. A ação

participativa depende de que sua prática seja realizada a partir do respeito a

certos valores substanciais, como ética, solidariedade, equidade e

compromisso.

Propiciar educação de qualidade significa percorrer vários caminhos e

atalhos, dentre as quais: envolvimento da comunidade e dos pais; participação

dos alunos, e professores comprometidos com seu trabalho, transparência na

administração.

5.PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

24

A concepção de escola verdadeiramente voltada para a cidadania precisa

gerar um espaço de busca, construção, diálogo e confrontando prazer,

conquista de espaço, possibilidades, perspectivas sem esquecer a dimensão

ética e política de todo processo educativo. Pois todos os segmentos da escola

são responsáveis pela aprendizagem e pela transformação do aluno em

verdadeiro cidadão.

Nessa perspectiva a avaliação institucional e de desempenho do pessoal,

(a qual pensamos precisa ser revista) como instrumento didático - pedagógico

é fator elementar no processo ensino-aprendizagem, pois é por meio dela que

se sustenta a qualidade do ensino, carregando as condições para o real

exercício da cidadania, levando em conta critérios dinâmicos de competência

técnica que devem incorporar valores culturais, éticos, filosóficos, sociais,

psicológicos, valores humanos. É uma ação que ocorre durante o todo o

processo educativo incidindo sobre aspecto relativo ao desempenho dos alunos

e as práticas pedagógicas utilizadas pelos professores.

A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes

básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um

compromisso assumido por professores, funcionários, representantes de pais e

alunos e líderes comunitários em torno do mesmo projeto educacional.

O papel da escola é gerar conhecimento pressupondo as concepções de

homem, de mundo e das condições sociais com as quais convivemos,

configurando as dinâmicas históricas, implicando necessariamente nova forma

de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento,

mudando assim a forma de intervir na realidade.

A organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de

cultura, a pluralidade de espaços, tempo, linguagens e também contemplar os

Desafios Educacionais Contemporâneos,os quais devem não somente serem

reconhecidos, mas também promovidos.

A educação é energia da vida de crescimento humano e de construção

social no sentido de formar pessoas capazes de serem sujeitos de suas vidas,

conscientes de suas opções, valores, projetos de referencia e atores sociais

25

comprometidos com um projeto de sociedade e humanidade.

A escola é e deve ser cada vez mais um lugar de valorização das

necessidades de diferentes contextos, entre eles a consciência ambiental

ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos,visando a construção de

uma nova realidade,incorporando uma visão critica que leve a questionar a

quem beneficia determinada visão dos fatos e a quem marginaliza.

5.1. AVALIAÇÃO

A verificação do Rendimento Escolar compreende a avaliação e a apuração

da assiduidade, atendendo as diretrizes e as normas contidas na Lei 9.394/96,

Deliberação Nº 007/99 do Conselho Estadual da Educação; Deliberação 005/98

do Conselho Estadual de Educação e Instrução Normativa 008/98-SEED.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do Ensino,

através dela qual o professor estuda, interpreta os dados da aprendizagem e

de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar a aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos, em procedimentos que permitam

verificar em que medida os mesmos se apropriaram dos conteúdos específicos.

A avaliação deve ser um processo sistemático, contínuo, permanente,

concomitante e cumulativo, e, por ser diagnóstico, deve ser consequente, com

direcionamento específico,buscando identificar os conhecimentos construídos e

as dificuldades de uma forma dialógica. É necessário que venha a incorporar

todos os resultados obtidos durante o período letivo e possa expressar uma

totalidade, tomada na sua melhor forma.

Os critérios adotados deverão vir ao encontro das dificuldades de

aprendizagem, onde os aspectos qualitativos preponderarão sobre os

quantitativos, devendo ser oportunizados ao aluno diferentes experiências de

aprendizagem.

O educando deve ser avaliado em todo os aspectos de sua aprendizagem,

visando sua formação integral e respeitando as diferenças individuais,

priorizando o raciocínio e interpretação sobre a memorização, a avaliação não

pode ser simplesmente um instrumento classificatório.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

26

decisões, no trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo

pedagógico, planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades

constatadas, proporcionando dados que permitam aos professores promover a

reformulação do plano de trabalho docente, adequação dos conteúdos e

métodos de ensino, possibilitando novas alternativas de aprendizagem.

Em consonância com o corpo docente foram estabelecidos os seguintes

instrumentos de avaliação: provas escritas, trabalhos, debates, seminários,

produções de textos,pesquisas,avaliação oral,jogos didáticos, totalizando 10,00

no bimestre. Será aprovado o aluno com Média Anual igual ou superior a 6,0

(seis vírgula zero), sendo a fórmula da Média Anual;

MA = 1º bimestre +2º bimestre + 3º bimestre + 4º bimestre = 6,0

4

A média mínima para aprovação definida pela mantenedora é 6,0 (seis

vírgula zero).

5.2. Recuperação Concomitante

A Recuperação de Estudos, de acordo com o Regimento deste

estabelecimento, visa estabelecer mecanismos de recuperação concomitante

ao processo de aprendizagem que atendam as reais necessidades dos alunos,

em consonância com a Proposta Curricular do Colégio, com a Deliberação

007/99, aprovada em 09/04/99, que normatiza a recuperação de estudos.

a) O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter

recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

Estabelecimento;

b) A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pelo qual o aluno, com aproveitamento

insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de

conteúdos não assimilados;

c) A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado

ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos

alunos;

d) Os resultados da recuperação deverão incorporar aos das avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo - se em mais um

27

componente do aproveitamento escolar.

Tendo em vista estes aspectos, os professores trabalham a recuperação

de estudos utilizando instrumentos diversificados e observando o desempenho

dos alunos dia após dia.

Durante as atividades desenvolvidas em sala de aula, os professores

registram as dificuldades apresentadas, dúvidas e avanços obtidos; pois o erro

deve ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como

um entrave no processo, que não é linear, não acontece da mesma forma e ao

mesmo tempo para todos os alunos. Quando as intervenções não são

suficientes, ou não deram certo, os professores, pedagogos e direção, reunem

- se para buscarem novas alternativas de ensino para recuperar a

aprendizagem esses alunos.

Recuperar todos os alunos não é possível diante de todas as dificuldades

de aprendizagem e de problemas sociais e econômicos que se enfrenta, mas é

importante estar em busca cada vez mais de melhorias, garantindo assim, o

direito de todos os alunos a uma educação de qualidade.

5.3.Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado presente na organização da

escola, em que a Direção, equipe pedagógica e professores das diversas

disciplinas, reúnem – se para refletir, analisar e debater todos os componentes

da aprendizagem dos alunos, O Conselho tem a responsabilidade de analisar

as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir o

processo ensino e aprendizagem para intervir em tempo hábil na

aprendizagem, oportunizando aos alunos formas diferenciadas de apropriar -se

dos conteúdos. Como instrumento democrático na instituição escolar, garante

o aperfeiçoamento do processo da avaliação. A partir do ano de 2010 a

comunidade escolar optou pela não aprovação pelo conselho de classe final,

entendendo que muitas vezes alguns professores deixavam a desejar nas

questões de aprendizagem jogando a responsabilidade da aprovação para o

conselho de classe. A questão foi amplamente discutida com os professores e

pais dos alunos, que concordaram com unanimidade conforme registro em ata.

Com essa decisão a responsabilidade de todos os envolvidos com a

28

aprendizagem aumenta, os alunos sabem que precisam dedicar – se aos

estudos, os pais precisam ser mais presentes na escola, e os professores

assumem maior responsabilidade pela aprendizagem dos alunos. Para que a

aprendizagem com qualidade se efetive o Conselho de Classe é dividido em

três momentos: Pré – Conselho realizado durante as horas – atividades dos

professores e registrado em ficha própria, são relatados casos de dificuldade de

aprendizagem, alunos faltosos, casos de indisciplina entre outros pontos

importantes, este é o ponto de partida para análise de vários fatores que

influenciam positiva ou negativamente na aprendizagem dos alunos, como o

seu cotidiano, a metodologia utilizada pelo professor, os instrumentos de

avaliação,etc. Conselho de Classe realizado ao final de cada bimestre com

todos os professores presentes, é o momento de discussão e de sugestões de

ações coletivas concretas para sanar os problemas detectados no pré conselho,

entre elas: acompanhamento individual para o aluno com dificuldade de

aprendizagem nas horas – atividade dos professores no contra turno; mudança

da metodologia utilizada com a turma; a avaliação do desempenho do aluno

durante o conselho de classe é um instrumento de acompanhamento de

construção da aprendizagem, bem como de revisão do trabalho do professor

objetivando a aprendizagem com qualidade, as decisões tomadas durante o

conselho de classe são registradas em ata; e repassadas aos pais. Pós -

Conselho momento de retorno para os alunos, das decisões tomadas, por

meio dos padrinhos de turma e equipe pedagógica; e para os pais em reunião

específica, das sugestões e possíveis soluções para que os objetivos da

aprendizagem sejam atingidos.

Traçando um paralelo com os gráficos desde 2006, considerando que

alunos aprovados pelo conselho de classe são reprovados pois não atingiram a

média final 6,0 no período letivo; a reprovação de alunos diminuiu

consideravelmente conforme resultado dos gráficos do item 3.6

5.4.HORA ATIVIDADE

É o momento reservado ao professor para preparar suas aulas, fazer leitura de

textos e livros didáticos, realizar correção de atividades e avaliações. Através

29

de estudos, reflexões e trocas de experiências com as pedagogas durante a

hora - atividade é que se procura enriquecer e fortalecer a prática de nossos

professores, permitindo pensar mais sobre os conteúdos, objetivos e

procedimentos, promovendo momentos de auto- avaliação permanente.

Sempre que possível a hora atividade é organizada por disciplina.

5.5.CELEM

O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é

uma possibilidade de valorização e respeito à diversidade cultural, garantido

na legislação, pois permite às comunidades escolares a definição a ser

ensinada, neste estabelecimento no curso CELEM é ofertado (Espanhol). O

ensino de língua estrangeira moderna direcionado à construção do

conhecimento e a formação cidadã, é caminho para o reconhecimento e

compreensão das diversidades linguísticas culturais já existentes na língua

materna e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo e no mundo

como o todo.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de ver e realidade, o aluno

passa a refletir mais sobre sua própria cultura e amplia a capacidade de

analisar o que gira ao seu redor, com maior profundidade e melhores

condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma

de ser, pensar e criar sentidos a respeito de nova cultura que trará grande

acréscimo a sua formação geral.

5.6. SALA DE RECURSOS Para que a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual seja

eficiente, é imprescindível um planejamento pedagógico individualizado e

adequado. A observação do comportamento do aluno abrange diversos

aspectos: formas de explorar o meio, maneira de relacionar -se com pessoas e

com objetos, nível de interação em situação não estruturada, alterações

motoras entre outras. O trabalho desenvolvido na sala de recurso, ajuda a

sanar algumas dificuldades de aprendizagem dos alunos encaminhados

através de laudo para a referida sala. Os alunos que necessitam deste

30

atendimento são matriculados no ensino regular no período da manhã, para

serem atendidos no contra turno; com horário específico conforme a

necessidade de aprendizagem de cada aluno.

O planejamento do número de alunos matriculados no ensino regular, nas

salas que possuem alunos deficiência intelectual, é definido pelo coletivo

escolar sendo o máximo de 25 alunos em cada sala, visando os objetivos de

cada etapa de ensino, aumentando as possibilidades e oportunidades de

uma aprendizagem com qualidade a todos alunos.

5.7. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação, amparado pela Portaria Normativa Interminesterial

Nº 17/97 e Decreto presidencial Nº 7083/10, LDBEN Nº 9394/96, tem como

prioridade contribuir para formação integral de crianças, adolescentes e

jovens, viabilizando o acesso, permanência e participação dos educandos em

atividades pedagógicas, que possam contribuir para melhoria da

aprendizagem, redução da evasão e da reprovação, mediante a implementação

de ações pedagógicas oferecidas pelo estabelecimento de ensino onde estão

vinculados, no contra turno escolar.

Os professores das atividades são contratados pela SEED, SO02 ou PSS

respeitando sua formação acadêmica, os quais serão responsáveis pela

orientação e acompanhamento das atividades junto aos monitores, estes não

são contratados, assinam um termo de voluntariado de acordo com a Lei

9.608./98, e recebem ressarcimento de despesas de transporte e alimentação

no limite máximo de R$300,00 mensais para atender até 5 turmas.

As atividades desenvolvidas pertencem aos núcleos de conhecimento:

Expressivo Corporal, Científico -Cultural, Integração Comunidade Escola e

Acompanhamento Pedagógico.

As atividades serão desenvolvidas em contra – turno, de segunda a sexta

– feira, com 6 atividades no período da manhã e 6 no período da tarde, com o

mínimo de 7 horas diárias de permanência dos alunos na escola; serão

selecionados 100 alunos, que se encontram em situação de vulnerabilidade

social, sendo 50 do período da manhã e 50 do período da tarde e noite.

Serão desenvolvidas as seguintes atividades:

31

Recreação e Lazer; Karatê; Banda Fanfarra; Matemática, Letramento e

Atletismo.

5.8. SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM

Nas últimas décadas a escola pública, passou a atender um número maior

de estudantes oriundos das classes populares, o que significa dar ênfase a

escola como lugar de socialização do conhecimento. Um projeto educativo,

nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua

condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis

necessidades especiais para aprendizagem. Nesse sentido a sala de apoio a

aprendizagem implementa a ação pedagógica para enfrentamento das

dificuldades relacionadas ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática

identificadas nos alunos matriculados na 5ª série (6ºano) e 8ªsérie (9ºano) do

Ensino Fundamental, no que se refere aos conteúdos de oralidade leitura,

escrita , bem como às formas espaciais e as operações básicas elementares.

A Sala de Apoio é organizada em grupo de no mínimo 15 alunos, em contra-

turno com 04 horas -aulas semanais ofertadas em aulas geminadas, em dias

não subsequentes. Por ter um número reduzido de alunos permite um

atendimento individualizado ao educando superando as dificuldades

apresentadas em determinados conteúdos. Na sala de apoio não há avaliação

para obtenção de notas, mas na sua forma diagnóstica e contínua é indicativa

dos avanços e das necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos.

5.8.Estágio obrigatório e não obrigatório

De acordo com a Lei 11,788/08, o colégio deve garantir o

acompanhamento de estágio não remunerado aos alunos quando necessário. O

estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo de educandos que

estejam frequentando o ensino regular nesta instituição. O estágio não

obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga

horária regular e obrigatória no histórico escolar. Ambos os estágios não

criarão vínculos empregatícios, bastando que se cumpram os termos de

32

compromissos assinados pelos alunos, a empresas ou entidades que ofereçam

os estágios e os estabelecimentos de ensino.

5.9.CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar para rede pública estadual de Educação Básica,

define o início e término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares,

feriados oficiais, semana de planejamento, de capacitação e semana cultural.

O calendário do Colégio é dividido por bimestre atendendo as normas

dispostas pela LDB 9394/96, considerando os duzentos dias letivos, com a

carga horária mínima de oitocentas horas, respeitando o calendário da Escola

Municipal, pois dependemos do transporte da mesma.

O controle de frequência segue a LDB nº 9394/96,exigida a frequência

mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para a

aprovação.

5.10.FICHA FICA

Tendo em vista a permanência do aluno na escola encaminhamos a ficha

FICA, sempre que necessário, mas a maior parte dos casos resolvemos via

escola, pois o Conselho Tutelar demora para resolver os casos comprometendo

muitas vezes o ano letivo do aluno.

5.11. PLANO DE TRABALHO DOCENTE O PTD é desenvolvido com o propósito de oportunizar a ampliação dos

conhecimentos de forma crítica e consciente para que o educando possa

intervir no seu meio social, promovendo mudança positiva no mesmo. Os

conteúdos são adequados a cada série, de forma sequencial, sendo importante

que haja uniformidade dos mesmos aplicados em todas as escolas estaduais,

pois se um aluno for transferido, não terá dificuldades quanto ao conteúdo.

O PTD apresenta todos os itens a serem trabalhados pelo professor,

conteúdos, objetivos, metodologia, recursos, avaliação e referências. O mesmo

é flexível e poderá sofrer alterações no seu desenvolvimento; conforme a

especificidade de cada turma trabalhada pelo professor. Ele precisa estar

adequado com o contexto em que o aluno está inserido. Determinados temas

33

educacionais se revelam no ambiente escolar conforme a realidade local; os

Desafios Contemporâneos: (Sexualidade, Enfrentamento à violência na escola,

Educação Ambiental, Educação Fiscal, Prevenção ao uso indevido de drogas,

História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena, Direitos Humanos) devem

integrar as disciplinas curriculares para uma melhor compreensão das

múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais.

5.12. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado,formado por todos os segmentos

da comunidade escolar, tornando - se canal de participação e instrumento de

gestão da própria escola. Por meio da função deliberativa o conselho obtêm

maior força de atuação e de poder na escola. A função financeira diz respeito

aos procedimentos para estabelecer prioridades na aplicação de verbas

escolares. A função do conselho é revestida de grande relevância, pois garante

que as ações que contribuem para a solução dos problemas de natureza

pedagógica, administrativa ou financeira da escola sejam apreciadas de forma

democrática.

5.13. A.P.M.F.

A APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)é um órgão de

representação, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A APMF com a participação de toda a comunidade escolar, onde aqueles

envolvidos no processo são igualmente responsáveis pelo sucesso da Educação

da Escola Pública que objetiva dar apoio à Direção de escolas, primando pelo

entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a

comunidade, com atividades sócio - educativas, culturais e desportivas.

Entende - se que a gestão escolar deve ser participativa, centrada no

desenvolvimento do trabalho coletivo e na dinâmica das relações entre

comunidade escolar interna e externa. É nessa linha de trabalho que se atribui

nossas conquistas.

5.14. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Os desafios educacionais se revelam no contexto escolar conforme a

especificidade local e embora não sejam especificados no currículo, esses

34

temas são abordados em vários momentos, impostos pelo cotidiano escolar.

Representam necessidades sociais e reais dos sujeitos que se relacionam na

escola e fora dela.

Estes temas dizem respeito ao momento histórico presente, exigindo

que os mesmos sejam inseridos nas disciplinas do currículo. Ao se abordar o

conteúdo da disciplina é preciso analisá - lo em suas múltiplas determinações

para que haja compreensão do conhecimento nas questões sociais, ambientais,

econômicas, políticas e culturais que podem e devem ser tratadas. Neste

contexto os Desafios Educacionais (Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento à Violência nas Escolas, História e Cultura Afro - Brasileira,

Africana e Indígena, Prevenção ao uso Indevido de Drogas , Sexualidade e

direitos humanos),viabilizam condições de compreensão do conhecimento em

suas múltiplas manifestações, dando ênfase à memória da sociedade,

resgatando a vital importância que o representa no ambiente escolar,

conhecendo a especificidade de cada uma das demandas citadas.

5.15. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

As leis 10.639/03 e 11.645/08 alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Brasileira ao acrescentarem os artigos 26-A e 79-B. Assim, a inclusão

no currículo escolar das temáticas Afro-brasileira e Indígena é para ser

cumprida pelos e nos sistemas de ensino, sob a responsabilidade de todas as

instâncias administrativas,técnicas e pedagógicas, tendo os professores papel

fundamental a desempenhar. A lei define que os estabelecimentos de ensino

trabalhem os conteúdos: História da Africa e dos africanos, a luta dos negros

no Brasil, a cultura negra brasileira, o negro na formação da sociedade

brasileira, a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e política

pertinente à História do Brasil. A lei 11.645/08 ratifica a obrigatoriedade de

História e Cultura Afro - Brasileira, e determina a inclusão de História e Cultura

Indígena,e acrescenta como conteúdos: a luta dos povos indígenas brasileiros,

o índio na formação da sociedade nacional e respectivas contribuições em

diferentes áreas. A abordagem destes temas deve formar sujeitos que

construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos, e sejam capaz inserção cidadã e

35

transformadora na sociedade.

Cabe a escola propor aprendizagens entre brancos negros e indígenas,

troca de conhecimentos, combate ao racismo, trabalhar pelo fim da

desigualdade social e racial, é necessário que a escola se constitua em espaço

democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que

visam a uma sociedade justa.

6.PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

É o processo de reflexão de tomada de decisão sobre a ação visando a

concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas. É

preciso ter os pés no chão, o olhar nas estrelas,para atingir o ideal, para

diminuir a distância entre a realidade existente e o que se deseja,

estabelecendo a concepção de sociedade, educação e homem a ser formado. É

o plano de ação que vai levar a escola a atingir as metas desejadas, sendo o

processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos.

Buscando sempre o melhor para os educandos. Para construir uma escola

baseada nos princípios da democracia e da participação, necessita - se abrir a

escola para a comunidade e seus problemas; debatendo as questões sociais

que a envolvem , fazendo do ambiente escolar um lugar de encontro de todos

os segmentos que constroem a Comunidade.

O ambiente Escolar deve estar à disposição dos alunos. Dispor esse

ambiente para a prática esportiva e intelectiva fará com que o aluno

desenvolva o orgulho e o respeito pelo lugar em que estuda.

A escola que se preocupa somente com suas causas internas é omissa

aos problemas que determinam o seu insucesso. Essa escola então terá que

abdicar dos seus princípios de cobrança rigorosa do aprendizado, pois quando

a escola não estende o seu raio de ação para as causas comunitárias, se

fechando em si mesma, deixa de considerar que grande parte do insucesso do

aluno vem de causas sociais, externas à escola. Sendo assim o ambiente

escolar bem como seu direcionamento pedagógico e administrativo devem

considerar um aprofundamento no conhecimento das causas que levam o

aluno a engrossar os índices de repetência e evasão. Fornecendo a ele todas as

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condições necessárias para que tenha uma formação completa.

Tornando o Colégio Maria de Jesus um centro de debates da realidade do

Distrito onde está inserido, o corpo docente ao chegar no estabelecimento

toma conhecimento da realidade dos seus alunos, podendo assim direcionar

suas práticas pedagógicas. Nas semanas pedagógicas são discutidas questões

pertinentes ao projeto político pedagógico.

A realização de qualquer projeto de melhoria de qualidade do ensino

passará necessariamente pela provisão de condições físicas e pedagógicas.

Não se faz uma escola forte pedagogicamente sem a estrutura física que

permita desenvolver as potencialidades de pesquisa e extensão.

6. REFERÊNCIAS

ARANHA, Mª.L. de A.; MARTINS, Mª.H.P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2ªedição revista e atualizada.

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: orientações pedagógicas para os

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DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Secretaria de

Estado da Educação. Curitiba,2010

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. A fundamentação filosófica. Brasília, Distrito Federal. Novembro de 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Conselho Escolar e o respeito e a valorização do saber e da cultura do estudante e da comunidade. Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico -Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro -Brasileira e Africana. Brasília, Distrito Federal. Novembro 2004.

SAVIANI, DERMEVAL. Pedagogia histórico -crítica - primeiras aproximações – polêmicas do nosso tempo. – 6ª ed. – Campinas: Autores Associados, 1994.

PASSOS, M. O.de Abreu. Fundamentos da Educação Especial.

VASCONCELLOS, C. dos. Planejamento.

VEIGA, ILMA P. A. (Org). Projeto Político -Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas, São Paulo: Papirus, 2005.

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