coesao e coerencia

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MÊS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Questões de Coerência, Coesão e Dêixis elaboradas pelo professor MÁRIO TORRES

XXV - COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL 01. "Como em Santa Maria, onde ministros das várias religiões e líderes comunitários vão estar reunidos na quadra." Qual seria a forma mais adequada para se reescrever este período ? a) Como em Santa Maria, onde na quadra mi-nistros das várias religiões e líderes comunitários vão estar reunidos. b) Como em Santa Maria, cujos ministros de vá-rias religiões e líderes comunitários santa-marienses vão estar reunidos na quadra. c) Como em Santa Maria, em cuja quadra ministros de várias religiões vão estar reunidos. d) Como em Santa Maria, em cu-ja quadra ministros das várias religiões e líderes comunitá-rios vão estar reunidos. e) Como, numa quadra de Santa Maria, onde ministros em várias religiões e líderes comuni-tários santamarienses vão estar reunidos. 02. Indique a única frase escrita com coerência e coesão textual : a) Este ano, a Receita federal, empenhada em combater a sonegação, tem uma boa notícia, dian-te de tantas cobranças novas e ameaças velhas para os consumidores que não se furtam a pagar aquilo que devem. b) O Presidente Itamar Franco as-sina, ainda esta semana, a nova regulamentação do Imposto de Renda simplifica a vida de todos. c) Apesar de ainda ter 1024 arti-gos, a nova regulamentação consolida com bom aproveita-mento das contribuições recebidas, as milhares de normas e portarias existentes. d) Tendo sido elaborado em 1980, o último re-gulamento relativo ao Imposto de Renda é muito antigo, onde está a ponto de ficar obsoleto. e) A nova regulamentação traz vantagens. Por-que aproveita 10% das mais de 500

contribuições recebidas nos três meses de audiências públicas. 03. Em que item se reescreve com coesão e coerência textual a frase " Rubião atirou-se depressa ao tílburi, entrou e sentou-se, falando ao cocheiro, para fugir a si mesmo." ? a) Rubião jogou-se depressa para o tílburi, entrou-se e sentou falando ao cocheiro, para fugir a si mesmo. b) Rubião penetrou-se depressa no tílburi, entrou. Se sentou, falando ao cocheiro, para fugir a si mesmo. c) Rubião lançou-se depressa ao tílburi, intro-duziu-se nele e acomodou-se, falando ao cocheiro como se a fugir de si mesmo. d) Rubião lançou-se depressa ao tílburi, entrou e sentou, falando ao cocheiro para fugir a si mesmo. e) Rubião arremessou-se depressa para o tílburi; introduziu-se nele e ajeitou a falar para poder fugir de si mesmo. 04. Qual das expressões abaixo não pode substi-tuir a conjunção sublinhada em "O preço não bai-xou embora seu consumo continue alcançando ci-fras impressionantes" com coesão e coerência textual ? a) posto que b) desde que c) ainda que d) não obstante e) conquanto 05. Qual das expressões não substitui com coesão e coerência no mesmo local a conjunção desta-cada na frase " O preço do progresso inclui o des-locamento de pessoas e a mudança de hábitos de trabalho. Isso não impede, porém, que a notícia da introdução de um novo sistema computadori-zado seja muitas vezes acompanhada de uma cer-ta insegurança." a) mas b) no entanto c) entretanto d) contudo e) todavia 06. Em que item a reescritura mantém as relações de coerência e coesão ?

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a) A vida é curta; assim, devemos gozá-la./ A vida é curta; devemos curti-la assim. b) Um homem se mostra humilde na hora certa./ Há uma certa hora em que um homem se mostra humilde. c) Os países desenvolvidos desma-taram 60% de suas florestas nati-vas./ As nações industria-lizadas não preservaram a maioria de suas florestas. d) Só o melhor aluno fez as questões 14 e 18./ Só, o melhor aluno solucionou as questões 14 e 18. e) Escuso-me de me gabar, por não parecer soberba./ Recuso-me a me autopromover a fim de não parecer orgulho. 07. "Há pessoas com quem as admoestações são inúteis, pois são refratárias às ordens." O período coeso e coerente que é paráfrase perfeita do texto é : a) Existe pessoas para as quais as críticas são inócuas uma vez que desobedecem a todas as ordens. b) Existem pessoas com quem as repreensões são vãs, porquanto resistem a ordens. c) Existem pessoas para as quais os conselhos são embalde desde que são submissas às ordens recebidas. d) Há pessoas com as quais exortações não funcionam uma vez que são insubmissas as ordens superiores. e) Existem pessoas para as quais as críticas são em vão pois uma vez que desobedecem todas as ordens. 08. Assinale o segmento que apresenta defeito na estruturação. a) Ligadas ou não ao mundo oficial, as pessoas envolvidas com a cultura têm de capacitar-se de que lhes cumpre atuar na divulgação das produ-ções literárias mais expressivas. b) Têm de manter a consciência de um compro-misso com a palavra, com a língua e também com o povo os escritores que o procuram entender e cujo destino a todos preocupa.

c) Têm-se visto parlamentares que, devido à própria evidência a que os expõe a sua produção, atraem incumbências paralelas, como presidên-cias de comis-sões, liderança e outras. d) A escolha da profissão, para os jovens, não é um ato simples, o qual se possa chegar sem hesi-tações e dúvidas. e) Os promotores da nossa cultura devem levar a outros povos o Brasil imaginário, elaborado através de seus poetas, dos seus narradores, e sem o qual o país chamado real é quase como se não existisse. 09. Indique o período inteiramente construído dentro dos padrões da norma literária culta. Ob-serve que os textos estruturam-se como continui-dade com coesão e coerência. a) Surpreendendo aos próprios correligionários do Partido, Erundina aceitou ser ministra de Itamar Franco. b) As más línguas dizem que ela o fez por aspirar o Governo de São Paulo, ao qual pretende se can-didatar no próximo preito. c) Mas Itamar já lhe advertiu de que não quer ninguém no governo fazendo campanha eleitoral. d) A posse de Erundina está provocando nova crise no PT, que vê se aprofundar as divergências entre a cúpula e as bases do partido. e) Membros da cúpula partidária já se articulam para que se alterem as regras do sistema de eleição de dirigentes, diminuindo o poder de fogo dos parlamentares e facilitando a ascensão de candidatos dos núcleos de base. 10. Indique o texto inteiramente cons-truído dentro dos padrões de cor-reção e elegância, não apresentando desvios de coesão ou coerência tex-tual. a) Única fonte de renda da Associação, é a anuidade que permite pagar as despesas pertinen-tes ao intercâmbio per-manente mantido com todos os sócios.

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b) Será concedido 50% de desconto aos sócios que efetuarem o pagamento até o último dia útil do mês vincendo; c) Os que preferirem deixar o pagamento para o mês de Dezembro, serão onerados com um acrés-cimo de 30%; d) Após o recebimento da anuidade, será remetido ao associado a nova carteira e os recibos de quitação; e) Com este Comunicado, estamos enviando informações importantes aos associados, que pedimos a sua imediata atenção. 01. Todos os itens reescrevem o texto original, conservando a mesma significação, mantendo a coesão e a coerência, exceto em ? a) Não se pode conceber uma sem a outra/ É impossível que se conceba uma sem a outra. b) A magia evocatória se confunde, entre os povos primitivos, com o próprio ritual religioso./ Confunde-se o ritual religioso, entre os povos primitivos, com a magia evocatória. c) Ora essa vontade se dirige aos paramilitares, ora se dirige às forças regulares./ Ora essa vontade se dirige às milícias irregulares, ora se dirige a tropas regulares. d) Normalmente, entre alguns setores do povo bantu, essa distinção é mantida/ Mantêm-se, normalmente, entre alguns povos bantos, essa distinção. e) O grão-sacerdote, em preces simples às suas divindades, está fazendo religião./ Em preces sim-ples a sua divindade, o grão-sacerdote está fazendo religião. 02. Assinale o texto que não parece coesivo ou se desvia da coerência textual. a) A escassa literatura existente sobre o desen-volvimento da urbanização brasileira no século XIX tem enfatizado quase que exclusivamente os aspectos quantitativos ligados à evolução e às mu-danças, no número e no tamanho das suas cida-des.

b) Alguns poucos ensaios que pretendem ser mais abrangentes procuram interrelacionar o pro-cesso da urbanização com as mudanças de na-tureza sócio-econômica ocorridas durante o mes-mo período. c) Outros estudos existem e a rigor só tratam do fenômeno da urbani-zação de forma subsidiária, apesar das reais contribuições que trazem para o avanço dos conhecimentos da área. d) Nos trabalhos sobre a urbanização, é mais comum encontrar análises do fenômeno da Amé-rica Latina, como um todo, onde o Brasil aparece diluído nas tabelas e interpretações genéricas, que se buscam para a região toda. e) Por outro lado, as pesquisas rea-lizadas sobre a demografia histórica urbana do Brasil não ultra-passam a dezena apesar de a crescente aceitação dos estudos de de-mografia retrospectiva que é evi-denciada nos últimos anos. 13. Assinale a alternativa falsa. a) A seqüência "torna-se mesmo difícil cindi-las" poderia ser expressa como "torna-se mesmo difícil cindir-lhes". b) Inseparável e ilegítimo possuem uma mesma base significativa de negação, representada pelo prefixo IN, I. c) Em "cultos de procedência banta" há um desvio das regras de concordância nominal. d) Em "alguns povos primitivos estabelecem, contudo, uma distinção entre o sacerdote e o fei-ticeiro" as vírgulas são obrigatórias. e) Em "usa de processos mágicos de malfazer ao grupo" a palavra destacada é formada pela junção de duas outras, funcionando a 1a como um advérbio de modo da 2a. 14. Assinale a melhor proposta de redação de texto considerando correção gramatical, clareza e concisão. a) Em suas tarefas, para serem perfeitas, deve ter disponibilidade, conforme se espera de um bom funcionário.

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b) Um perfeito cumprimento de suas tarefas, isto é, do bom funcionário, é isto que se espera : sua disponibilidade. c) As tarefas cuja disponibilidade o cumprimen-to deve ser perfeito é o que é esperado de um bom funcionário. d) O que se espera de um bom funcionário é a disponibilidade para um perfeito cumprimento de suas tarefas. e) Espera-se a disponibilidade no cumprimento de sua tarefa de um bom funcionário. 15. Assinale o texto melhor redigido quanto à clareza, correção e concisão. a) Resultará em detrimento da comunidade, e isto não é justo, os favores exagerados que virem a ser concedido ao indivíduo. b) Os favores são exagerados; não devem, por-tanto, ser concedido ao indivíduo, tendo em vista o detrimento da comunidade. c) Não é justo que, em detrimento da comunida-de, se concedam favores exagerados ao indivíduo. d) Não é justo que para o indivíduo, em detri-mento da comunidade, seja concedido favores em exagero. e) Em detrimento da comunidade, não é justo que com exagero ao indivíduo se conceda favo-res. 16. Indique a frase que não contém desvio de coesão, coerência, clareza ou correção. a) Afim de que a máquina administrativa do Tribunal funcione a contento, é extremamente necessário o trabalho eficiente dos atendentes judiciários. b) O trabalho eficiente dos atendentes judiciá-rios, que se tem extrema necessidade, é para o bom funcionamento da máquina administrativa do Tribunal. c) O trabalho eficiente dos atendentes judiciá-rios é extremamente necessário para o bom funcionamento da máquina administrativa do Tribunal. d) É extremamente necessário de que os aten-dentes judiciários trabalhem com

eficiência, ao bom funcionamento da máquina administrativa do tribunal. e) A eficiência dos atendentes judiciários com seu trabalho fazem-se necessário para o bom fun-cionamento da máquina administrativa do Tribu-nal. 17. Assinale o item cujo texto foi o mais bem redigido, levando em conta fatores como correção gramatical, clareza, coesão e coerência textual. a) Ainda que eles sejam muito dedicados ao tra-balho, têm alguns defeitos que não se pode perdoarem. b) É imperdoável alguns defeitos que eles têem, embora muito dedicados ao trabalho. c) Embora se dedique muito ao trabalho, não se pode perdoar alguns defeitos que eles têm. d) O trabalho é-lhes muito dedicado; porém, há neles alguns defeitos impossível de se perdoar. e) Eles são muito dedicados ao trabalho; têm, entretanto, alguns defeitos imperdoáveis. 18. Dado o texto: " Nunca ouvimos de Jacinto uma palavra áspera, uma lamúria, nunca respon-deu com irritação às crianças que o insultavam, impiedosas, quando passava embriagado. Bêbado, sorria beatífico e acima de todas as misérias." (Paulo Mendes campos), assinale a alternativa que traz uma seqüência incoerente para o texto : a. Era um homem de andar vacilante, trôpego, de um blá-blá-blá infinito, molengo e queixumeiro. b) Devido à bebida, falava numa língua quase ininteligível, mas que deixava a impressão de benignidade. c) Trôpego, articulava um trololó quase sem senti-do e gesticulava; gestos grandes, largos, prazen-teiros. d) De quando em quando, parava, respirava. E era só seus olhos confusos cruzarem com os de al-guém para alentar-se e continuar numa falação pausada e sem fim.

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19. Com relação ao trecho transcrito a seguir, assinale o item cujo comentário está correto. "Com esta história eu vou me sensibilizar e bem sei que cada dia é um dia roubado da morte. Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida." a) É um texto tipicamente narrativo, pois apre-senta um narrador-personagem e informações quanto ao tempo e ao lugar. b) Apesar de apresentar um narrador-personagem, este não relata fatos, faz uma autodescrição de caráter dissertativo. c) O que está em evidência é o ponto de vista adotado pelo narrador, cuja tese a respeito da es-crita está fundamentada em argumentos explíci-tos, característica de um texto essencialmente dissertativo. d) Não se pode tecer qualquer comentário quan-to ao tipo de texto, uma vez que o trecho é insu-ficiente para tal. 20. I - " A velha Totonha de quando em vez batia no Engenho. E era um acontecimento para a meninada. Ela vivia de contar histórias do Trancoso. Pequeni-na e toda engelhada, tão leve que uma ventania poderia carregá-la, andava lé-guas e léguas a pé…" (José Lins do Rego) / Este texto é uma narrativa, pois há vários verbos discendi. II - "Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo." (Dalton Trevisan) / Apesar da presença de verbos de ação que identificam uma narrativa, esse texto é descritivo, pois há elementos caracteriza-dores de Dario e do ambiente. III - "Fala-se mal o português. Ou melhor, fala-se errado. Ninguém agüenta mais ouvir erros grosseiros do tipo "houveram acidentes" ou "é para mim fazer." Para os mais letrados, essas agressões ao idioma têm ferido tanto os ouvidos, que se decidiu

partir para um contra-ataque." (Revista Isto É, 20/08/97)/ O texto tem a intenção de expressar o ponto de vista do autor a respeito do assunto; logo, é uma descrição. Com relação às afirmações feitas sobre os textos, concluímos que estão erradas: a) todas b) a I, e a II c) Só a III d) Só a I 21. "Reclinada molemente na sua verdejante colina, como odalisca em seus aposentos, está a sábia Coimbra, a Lusa Atenas. Beija-lhe os pés, segredando-lhe de amor, o saudoso Mondego.E em seus bosques, no bem conhecido salgueiral, o rouxinol e outras aves canoras soltam seus melan-cólicos trilos. Quando vos aproximais pela estrada de Lisboa, onde outrora uma bem organizada ma-la-posta fazia o serviço que o progresso hoje en-carregou à fumegante locomotiva, vede-la bran-quejando, coroada do edifício imponente da Uni-versidade, asilo da sabedoria." (O primo Basí-lio,SP, Abril Cultural, 1979, p. 229/ 230) Os pronomes, cuja função essencial é denotar ou determinar os seres, funcionam também como elementos coesivos, isto é, estabelecem a ligação entre os elementos de uma frase ou de um texto, a fim de manter a sua unidade. Marque a alternativa em que o termo referente não é retomado pelo pronome oblíquo indicado. a) vede-LA : o pronome oblíquo A retoma anaforicamente o substantivo próprio Coimbra. b) ONDE : o pronome relativo anafórico retoma o seu termo antecedente estrada de lisboa. c) SEUS bosques : o pronome possessivo refere-se a saudoso mondego. d) QUE : o pronome relativo substitui o termo antecedente serviço, referente do relativo. 22. Na redação de uma carta comercial o emprego dos pronomes dêiticos não apresenta uso adequa-do quanto à coesão ou coerência textual .

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a) Esta empresa "Cosméticos Vida" agradece a essa loja a preferência dada e cumprimenta-a pelo novo ponto comercial. b) De acordo com o que foi solicitado pelo Gerente dessa cadeia de loja, esta empresa antecipará a entrega do material para o Natal.Atenciosamente. José de Almeida. Diretor Executivo. c) "Laços de Família" e "Por amor" apresentam a personagem Helena. Nessa, a personagem foi vivida por Regina Duarte; naquela, por Vera Fischer. d) Essa seção solicitou que fossem enviados, com urgência, dois funcionários, até o último dia deste mês. É decisão desta Diretoria deferir o pedido. Raul De Freitas. Diretor Administrativo. 23. Assinale a alternativa em que há inadequação no uso dos elementos de coesão e de coerência ao se redigir, juntando duas frases, sob forma de período composto. a) A sábia natureza me abençoará eternamente. Dediquei a ela minha longa vida. A sábia natureza, a que dediquei minha longa vida, abençoar-me-á eternamente. b) Vivo em sintonia com aquela centenária árvore. Sob sua rama jaz minha infância. Viivo em sintonia com aquela centenária árvore, sob cuja rama jaz minha infância. c) Aquele rio é saudosa lembrança.Em suas águas douradas, deixei minha inocência. Aquele rio em cujas águas douradas deixei minha inocência é saudosa lembrança. d) A velha e amada casa fica no alto da montanha, quase a tocar o céu. Eu nasci naquela casa. A velha e amada casa, em cuja casa nasci, ,fica no alto da montanha, quase a tocar o céu. 24. Há cinco propostas de redação. Assinale aque-la que lhe parecer que melhor atende aos precei-tos da coerência, coesão, correção gramatical, concisão e clareza. a) Invés dos animais irracionais, as-sim chama-dos, que a capacidade de

modificação e a adapta-bilidade de comportamento a novas situa-ções é escassa, o homem se caracteriza por uma capaci-dade de apreensão complexa e delicada. b) Os animais ditos irracionais tem uma capaci-dade de modificação e adaptabilidade de compor-tamento a novas situações muito reduzidas, o con-trário do homem, que possui uma delicada e complexa capacidade de apreensão. c) É muito reduzido, por parte dos chamados animais irracionais, a capacidade de modificação e adaptabilidade do comportamento em novas situações, de que o homem difere ao possuir uma complexa e delicada capacidade de apreensão. d) Ao contrário dos chamados animais irracio-nais, cuja capacidade de modificação e adaptabili-dade do comportamento a novas situações é redu-zida, o homem pos-sui uma complexa e delicada capacidade de apreensão. e) O homem é diferente dos chamados animais irracionais, posto que a sua capacidade de modifi-car e adaptar seu comportamento às situações no-vas é pouco, já que apresenta uma complexa e delicada capacidade de apreensão. 25. Ordene as frases abaixo numa seqüência em que se produza um texto claro, de sentido completo, com coesão e coerência. I - Na verdade, seus integrantes até tiveram preju-ízo, considerando-se o preço atingido posterior-mente por esse tipo de aparelho. II - O telefone celular começou a ser comerciali-zado no Rio em 1989, atingindo um grupo restrito de privilegiados. III - Por isso mesmo, é que 982 é um número que dá "status". IV - Para compensá-los por esse contratempo, a TELERJ concedeu aos proprietários dos primei-ros celulares alguns interessantes privilégios. V - Essa elite é identificada até hoje através do prefixo de seus celulares. VI - Embora venha aumentando gradativamente o número de usuários de

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telefones celulares, os por-tadores de "982" ainda são vistos como pessoas especiais. Assinale a opção que contém essa seqüência correta. a) I, VI, IV, V, II, III b) II, V, I, IV, VI, III c) V, III, VI, I, IV, II d) VI, II, I, III, V, IV e) VI, V, III, II, IV, I 26. Indique a opção que melhor reformula o trecho abaixo, em termos de adequação à norma culta, concisão e eficiência comunicativa. " Ao final de cada exercício apresentamos balan-ço para, após minuciosa apresentação/ explicação e aprovação em assembléia." (Extraído de comu-nicado de uma Associação de Servidores) a) Ao final de cada exercício, apresentamos ba-lanço financeiro para apreciação dos sócios e posterior aprovação em assembléia. b) Ao final de cada exercício, apresentamos um balanço para, após minuciosa explicação, sua aprovação em assembléia. c) No final de cada gestão administrativa, é di-vulgado balanço cuja apresentação e explicação minuciosa é aprovado em assembléia. d) Ao término de cada mandato administrativo, apresentam-se balanço financeiro e contábil, para aprovação em assembléia, com minuciosa expli-cação aos sócios. e) É compromisso desta Associação apresentar aos seus digníssimos sócios, ao final do mandato de cada Diretoria, um balanço minucioso de todo dinheiro que entrou e saiu desta entidade para, após apresentação/ explicação, votação em as-sembléia. 27. Marque o segmento que apresenta correção gramatical plena, adequação aos princípios de coerência e coesão textual bem como consistência de argumentação (técnica persuasiva) para elabo-ração de um

comunicado de uma Associação de Servidores. a) O convênio com empresas de transporte alter-nativo é de grande valia, inclusive durante as gre-ves de rodoviários pois permite a que os usuários cheguem normalmente aos locais de trabalho. b) O nível de participantes nas atividades des-portivas tem sido bastante satisfatório, isto é, em grande quantidade/ qualidade e dedicação, onde as pessoas que dirigem os eventos possuem larga experiência no assunto. c) Temos procurado trabalhar de forma séria e dedicada buscando sempre a satisfação da coletividade, pois, possuímos mais de 2.000 (dois mil) associados d) Ao se associar V. Sa. imediatamente gozará de todos os benefícios, como por exemplo quando é feita uma consulta médico o ganho é claro e evidente. e) Esta Associação é uma entidade de caráter eminentemente social, sem fins lucrativos, que baseia seus serviços precipuamente nas áreas de saúde, comércio, transporte e lazer. 28. Assinale o trecho construído com linguagem adequada ao nível literário culto e segundo o padrão oficial da Gramática da Língua Portuguesa. a) Ontem, a Câmara Legislativa suspendeu o pagamento da taxa de licenciamento. Agora, todo veículo que tiver com o IPVA em dia, seguro obrigatório e nenhuma multa pendente estará automaticamente licenciado. b) Por um erro de avaliação, o lugar reservado para a cerimônia foi o auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, com capacidade máxima para 500 pessoas, embora houvessem mais de mil. c) Ao prestar depoimento, Carlos Fernando dis-se que agia com outro traficante, que a Polícia prefere manter sigilo, para não prejudicar as investigações d) O manifesto defende a universidade pública e gratuita, pois é esta que pode, junto com o ensino de 1o e 2o graus e outros

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setores da sociedade brasileira, oferecer os conhecimentos e meios para as transformações necessárias. e) Se ver atendidas essas reinvindicações, Genebaldo acha que dá para negociar os atuais patamares de reajustes. No entanto, o parlamentar acha pouco os 20% oferecido aos servidores. 29. Assinale a frase que preserva em linguagem escorreita a mesma significação, dentro dos pre-ceitos de coesão e coerência do texto a seguir : "Embora o lixo gerado pelo homem ameace en-golfá-lo, outras mudanças menos drásticas, mas igualmente perigosas ao ambiente, são provoca-das pelos esforços de produção de alimentos e exploração de recursos naturais." a) Apesar do homem estar sujeito a ameaçar o lixo que ele mesmo fabrica, outras mudanças menos decisivas, mas igualmente perigosas ao ambiente, são realizadas pelos esforços de pro-dução de alimentos e exploração de recursos naturais. b) Porque o homem está empenhado em gerar mais lixo do que o quantitativo atual, outras mudanças, menos fortes, mas igualmente perigosas ao meio-ambiente são ocasionadas pelos esforços de produção de alimentos e exploração de recursos naturais. c) Conquanto o homem esteja ameaçado de sufocar-se no lixo que ele mesmo produz, outras mudanças, menos violentas, mas que oferecem igual perigo ao ambiente, são causadas pelos esforços de produção de alimentos e exploração de recursos naturais. d) Ainda que o homem esteja no auge da ameaça contra o lixo, outras mudanças, menos ativas mas igualmente nocivas e letais ao ambiente, são promovidas pelos esforços de produção de alimen-tos e exploração de recursos naturais. e) Como o homem encontra-se no apogeu da campanha contra a desintegração poluente, outras mudanças menos eficazes mas igualmente danosas ao meio ambiente, são desencorajadas pelos esforços de produção alimentícia e de recursos naturais.

30. Assinale a expressão impertinente com o conjunto de idéias arrumadas como texto coesivo e coerente : a) a crise do petróleo é b) o mercado árabe c) empresários do mundo d) inteiro se empenham e) no momento em conquistar 31. Assinale a expressão que não pertence à seqüência de idéias dissertativas : a) que você escolhe b) existe sempre um c) na vida de quem d) em tudo o e) pouco de você 32. Marque a opção que não completa, de forma lógica, coesa e coerente o trecho : "Até o ano de 2.000 a espécie humana terá aumentado cerca de 270% em relação a 1900. Todo dia, 220.000 vêm ao mundo. Apesar disso,…" a) a proliferação humana é a maior ameaça ao ambiente do planeta b) o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera não tem atingido índices alarmantes que possa comprometer a qualidade de vida dessa imensa massa humana. c) o ritmo de crescimento da população mundial está diminuindo. d) poucos países têm adotado uma política de planejamento familiar. e) não há motivos para se temer uma escassez de alimentos já que o consumo é cada vez menor por causa da taxa de miséria cada vez maior. 33. Que item não completa de forma coesiva, coe-rente, lógica e gramaticalmente correta o texto: Todo ano, nessa época, São Paulo festeja o Santo Genaro, padroeiro dos napolitanos. A Rua San Gennaro é pequena e apresenta riscos para os freqüentadores das atividades. Em virtude disso… a) as barracas ficarão espalhadas pelas calçadas das ruas adjacentes. b) A assessoria da prefeitura entrou em entendimentos com a comunidade do bairro visando à transferência do local.

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c) Recomenda-se aos pais que a presença de crianças na festa não ultrapasse as 21 horas. d) Os festeiros definiram, para este ano, a realização dos festejos na rua San Gennaro. e) A comunidade napolitana solicita seja indicado local alternativo para as festividades. 34. Ordene as 5 frases de modo a obter um parágrafo coerente, coeso. 1. Assim também, se você decidir chamar a rosa por um outro nome, ainda assim ela continuará sendo uma rosa. 2. Quem quiser dizer o contrário que o faça. 3. Em resumo, o nosso país é o que é. 4. Isso em nada mudará essa realidade. 5. O Brasil é um país do Terceiro Mundo. a) 1, 2, 3, 4, 5 b) 3, 5, 1, 4, 2 c) 4, 5, 1, 2, 3 d) 5, 2, 4, 1, 3 e) 2, 4, 3, 5, 1 35. Marque a alternativa que completa o parágrafo inicial, dentro dos preceitos de adequação vocabular, de coesão, coerência lógica, correção gramatical, concisão e clareza, mesmo que seja necessário recorrer a dados extratexto, mas de reconhecido domínio público . "O uso que se faz das madeiras nobres é outra prova da insensatez, agravando o desmatamento indiscriminado, em si mesmo uma aberração. Ocorre que, na ânsia de promover o aumento da nossa receita cambial, …" a) os empresários do setor madeireiro alinham-se aos ecologistas contra a extinção. b) deixa-se de exportar essa madeira, para usa-la na indústria de marcenaria nacional. c) dificulta-se a exportação justamente para os países que mais remuneram madeira. d) a indústria tem preferido desenvolver os projetos que exigem grande consumo de madeiras nobres. e) Facilita-se a exportação dessa madeira, em toras, o que é desvantajoso financeiramente, em relação à madeira elaborada.

36. Não pertence à seqüência das idéias : a) das pessoas que lá encontrei b) sobretudo o espírito c) surpreendeu-me d) depois que percorri e) jovem e aventureiro. 37. Marque a alternativa que apresenta correta estruturação sintática, semântica. a) A prévia discussão levada a efeito na sala de aula, professor em conjunto com os alunos, forneceu subsídios à elaboração do trabalho em grupo, devido questões relevantes terem sido levantadas. b) A dinâmica de discussão em grupos propicia uma compreensão mais ampla do assunto debatido, além de facilitar a expressão de pontos-de-vista diferentes. c) A leitura do texto, feita em grupo, possibilita uma maior discussão do mesmo e que cada componente coloque a sua versão sobre o que captou do texto. d) A discussão em grupo alterou em parte a minha primeira compreensão do texto e isto, de-veu-se a falta de atenção ou acompanhamento do raciocínio do autor, na leitura individual. e) O trabalho em grupo propicia uma participa-ção maior dos alunos, por fatores de inibição que em discussões abertas, são visíveis e em “rodas” menores, esquecidos. 38. Que frase não poderia dar continuidade com coesão ou coerência textual à frase “ Recorrer à Justiça para resolver pequenos casos litigiosos é uma saída...: a) Em que poucos brasileiros acreditam, já que todos a sabem emperrada e morosa. b) Por ser a Justiça emperrada e mo-rosa, poucos brasileiros recorrem-na, já que não acreditam ser ela uma boa saída para a resolução de pequenos litígios. c) Por sabê-la emperrada e morosa, poucos brasileiros recorrem à Justiça, saída que acreditam não ser eficaz para resolver pequenas causas litigiosas. d) Uma saída para resolver pequenos casos litigiosos é recorrer à Justiça. No entanto,

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poucos brasileiros o fazem, por sabê-la emperrada e morosa. e) Sabendo da morosidade da Justiça, muitos brasileiros Nas questões de 39 a 50 marque a alternativa com texto que com-tém defeito na estrutação sintática, semântica ou apresentem qualquer tipo de vício de linguagem. 39. a) Londres já foi o umbigo de um império onde, dizia-se o sol já jamais se punha. Hoje, apesar de sua importância como centro financeiro e cultural, está ofuscada por Paris e Berlim, cidades que passam por grandes reformas arquitetônico-urbanísticas. b) A fim de reverter essa situação de inferioridade e imprimir a Londres uma vocação européia, onde os desconfiados britânicos pouco acreditam, acaba de ser publicado A NEW LONDON (Uma Nova Londres), escrito por um dos grandes arquitetos da atualidade : o inglês Richard Rogers, de 58 anos. c) O livro traz um diagnóstico dos problemas da capital do Reino Unido e apresenta uma série de propostas não só arquitetônicas como urbanísticas para o renascimento da cidade. d) O projeto m ias conhecido de Rogers é o do futurístico Centro George Pompidou, em Paris, feito em parceria com o italiano Renzo Piano. e) Rogers já reformou um antigo mercado de pei-xes à beira do Tamisa, que agora abriga escrito-rios de luxo, e é o único arquiteto moderno que interveio de maneira marcante na vetusta paisa-gem de Londres. (Paula Alzugaray, adaptado) 40. a) Essa relação de respeito mútuo, no entanto, vem sendo violada de forma sistemática e crescente a alguns anos, em todo o mundo. b) A pesca artesanal se caracteriza, fundamental-mente, por usar redes adequadas para cada espé-cie, sempre

respeitando a época de defeso (quan-do a pesca é proibida por causa da desova) e ga-rantindo a sobrevivência das espécies marinhas. c) A baía de Sepetiba – que já foi uma das mais produtivas do país – não é uma exceção. d) Até uns sete anos atrás, um dia de trabalho dos pescadores da baía de Sepetiba podia render 4 mil quilos de pescado. Agora eles não chegam sequer à metade disso. e) A culpa, segundo os próprios pescadores, é da pesca predatória. 41. a) Sempre defendi a idéia que todo cidadão devia, ao menos uma vez na vida, ser candidato a algum posto eletivo. b) Seria uma forma de aprendizado de cidadania. c) Ele colocaria à prova suas idéias, em confronto com as de outros candidatos, obrigar-se-ia a informar-se das limitações da função pública. d) No contato direto com a população, uma atividade de pedir votos nas ruas ou no horário eleitoral do rádio e da televisão, tomaria o pulso da população, sentiria as demandas sobretudo das camadas mais pobres da sociedade. e) Com isso, seria capaz de fazer uma ponderação adequada de suas posições e das tendências dos demais cidadãos. 42. a) As revoluções que varreram o Ocidente, dos meados do século XVII ao início do século XIX, num movimento que teve origem na Ingla-terra e se estendeu ao continente americano e à Europa, incendiando-se com a Revolução France-sa, colocaram termo à chamada ordem interna-cional do Antigo Regime. b) Era preciso definir novos padrões de conduta para as relações internacionais e, por isso, os gover-nos reuniram seus representantes num grande Congresso que teve lugar em Viena, no ano de 1815. c) As potências conservadoras da Europa – Áustrfia, Prússia e Rússia – não iriam impor suas concepções da ordem às

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potências modernas, como a Grã-Bretanha e a França. d) Passaria, ao contrário, a confor-mar-se com uma nova visão das relações internacionais que marcaria o século XIX. e) O concrto europeu foi uma ordem interna-cional que perpassou o século XIX, estendo seus efeitos até 1945. 43. a) Com efeito, o século XIX foi o grande século da paz e do colonialismo, dois resultados concretos da ordem. b) O sistema americano, fundado em conceitos e valores deduzidos da democracia, não teve peso sobre a ordem internacional do século XIX. c) Os europeus comandavam as relações internacionais em escala planetária e só começaram a ter problemas de gerência da ordem quando algumas potências emergentes passaram a reivindicar um espaço adequado à suas potencialidades. d) O capitalismo evoluiu então para o imperialismo e a competição internacional desembocaria em duas guerras ditas mundiais. e) Em 1945 extinguia-se a ordem do século XIX oriunda da revolução Industrial. 44. a) Os direitos humanos não são uma preocupação nova. O Cristianismo sempre defen-deu a igualdade entre os homens. No plano júri-dico é que o problema é mais ou menos recente. b) A mais importante das Declarações e que teve repercus-são universal foi a Revolução Francesa. Emntretanto, o tema era visto como pertencendo à jurisdição doméstica dos estados. c) Somente no século XX começa a sua interna-cionalização. Tentativas são realizadas no período de 1919-1939. Apenas em 1945, em um mundo chocado com o aspecto bárbaro do conflito mun-dial, é que os direitos dos homens são consagra-dos em um tratado internacional : A Carta da ONU. d) O progresso é lento e tímido. Começa-se por uma Declaração de 1948. Elabora-se os

Pactos de Direitos Humanos em 1966. Sucedem-se inúmeras convenções, como a que proíbe a tortura e da proteção à criança. e) Entretanto, os mecanismos de implementação são fracos no pla-no regional, os resultados são mais palpáveis, com o no Conselho da Europa, ou ainda no âmbito da OEA. Como os direitos do homem visam à própria relação política estado-pessoa, são difíceis de aceitar. (Arquivos do Min. Da Justiça, adaptado) 45. a) O culto dos deuses africanos no Brasil abrangem diferentes aos quais se convencionaram deno-minar “nações”. b) As culturas negras que mais contribuíram para a consolidação das religiões africanas no Brasil vieram de diferentes regiões, cada uma com deuses, rituais e línguas próprias. c) As nações são, portanto, organi-zações origi-nárias de diferentes et-nias, troncos lingüísticos e regiões africanas, que se constituíram no Brasil através de agrupamentos de escravos de diversas origens, em processos de sincretismo às vezes originados na África. d) Hoje, em São Paulo, podem ser encontrados casos de três vertentes básicas. As matrizes cultu-rais predominantes são banto, ioruba e fon. Há também variações angolas do tipo congo. e) Num terreiro pode ser encontrado mais de um rito, além da umbanda e do candomblé, este em geral incorporado como rito paralelo. (Reginaldo Prandi e Vagner Gonçalves, adaptado) 46. a) Quando se evoca a expressão “ordem internacional”, a mente produz representações di-ferentes, segundo a condição social, cultural e na-cional que as pessoas estejam inseridas. b) Será que a subjetividade tem direito de ex-pressão a ponto de um russo, norte-americano, eu-ropeu, africano, latino-americano, japonês – seja qual for o cidadão – conceber a ordem interna-cional a sua maneira ?

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c) Seria dequado dizer que, por sobre a expres-são, cada um projeta o conceito de si, a imagem que faz do estrangeiro e a idéia que tem da rela-ção entre os povos. d) Já os especialistas das relações internacionais, quer sejam cientistas políticos ou historiadores, lidam com uma representaçãop sofisticada. e) Para eles, a ordem internacional é um jogo em que componentes, fatores e agentes se movimen-tam impelidos por causas ou determinações con-cretas, tendo em vista obter resultados de política, mediante uma ação estratégica bem calculada. 47. a) A falência política das organizações, nes-ses anos de 1990, culminou com o naufrágio das divisões claras e inequívocas que se supunham existir entre bons e maus. b) Os blocos político-ideológicos, independente-mente da veracidade ou verossimilhança de seus fundamentos, tinham ao menos a vantagem, obje-tivamente identificável, de simplificar as coisas. c) O império do maniqueísmo fornecia parâme-tros, referenciais, regras, faróis, sinais de orienta-ção limpidamente visíveis. d) A esmagadora maioria dos homens de certa clarividência constata, sem maiores entraves, a justeza dessa situação. e) O mundo está dividido entre os amigos e os inimigos. Quem não está comigo, está contra mim, já reza a multissecular sabedoria bíblica. 48. a) Grupos ecológicos radicais imaginam que seria possível estudar a biodiversidade e promover a proteção total para todas as espécies exis-tentes no planeta. b) Atribuem um direito idêntico ao da espécie humana para a mais singela das espécies biológicas e consideram tragédia irrecuperável a perda de qualquer delas. c) A simples observação de todas as espécies é utopia. O que é catalogar a biodiversidade? Des-crever e dar nomes a espécies ?

d) Na região amazônica devem haver 20 mil bactérias, 60 mil vírus, 150 milhões de plantas, 750 mil espécies de bolores e 5 milhões de insetos. e) Desses, menos de 100 foram classificados, recebendo um vazio nome e sobrenome latino. 49. a) O conflito entre Antígona e Creonte é de todas as épocas e preserva-se sua veemência ainda hoje em nossos dias. b) Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos grave e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. O estudo dessas crises constitui um dos temas fundamentais da história social. c) Quem compare, por exemplo, o regime de tra-balho das velhas corporações e grêmios de arte-sãos com a “escravidão de salários”nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julga-mento da inquietação social de nossos dias. d) Nas velhas corporações, o mestre e seus aprendizes e jornaleiros formavam como uma só família, cujos os membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que compartilham das mesmas provações e confortos. e) Foi o moderno sistema industrial que, sepa-rando os empregadores e e empregados nos processos de manaufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre um s e outros e estimulou os antagonismos de classe. 50. a) Para o empregador moderno – assinala um sociólogo norte-americano – o empregado transforma-se em um simples número : a relação humana desapareceu. b) A produção em larga escala, a organização de grandes massas de trabalho e complicados me-canismos para colossais rendimentos acentuaram, aparentemente, e exacerbaram a separação das classes produtoras, tornando inevitável um sen-timento de irresponsabilidade, da parte dos

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que dirigem, pela vida dos trabalhadores manuais. c) Compara-se o sistema de produção, tal como existia quando o mestre e seu parendiz ou em-pregado trabalhavam na mesma sala e uilizavam os mesmos instrumentos, com o que ocorre na organização habitual da corporação moderna. d) No primeiro, as relações de empregador e em-pregado eram pessoais e diretas, não havia auto-ridades intermediárias. Na última, entre o traba-lhador manual e o derradeiro proprietário – o aci-onista – existe toda uma hierarquia de fun-cionários e autoridades. e) Como é fácil que a responsabilidade por aci-dentes de trabalho, por salários inadequados ou por condições anti-higiênicas se percam de um extremo ao outro dessa série. GABARITO COMENTADO 01. D ( Na A temos um erro : o pronome onde está ligando a expressão Santa Marta com ministros. Ora, quem liga palavra com palavra é cujo, no caso de veria ser escrito assim “Como em Santa Marta em cuja quadra...” Na B temos um desvio semântico, pois o relativo cujo dá idéia de posse. Logo, “Como em Santa Marta cujos ministros” indica que os ministros são de Santa Marta, afirmação que não corresponde ao texto original, que diz que os ministros procedem de vários luga-res e irão reunir-se em Santa Marta. Além disso neste item se afirma que os líderes comunitários são santa-marienses, o que também é falso, pois eles são de diferentes recantos, Santa Marta é apenas um ponto de reunião. O item C é verda-deiro, mas incompleto, falta a continuidade da frase “e líderes comunitários”. Na E, há um erro de coesão grave, não é possível conectar a palavra como com o conectivo onde : Como...onde ministros...” Além disso, há um erro de grafia : santa-mariense tem hífen. Outro erro deste item é o fato de ao falar que os ministros eram santa-mariense, se afirma que eram filhos da

cidade, o que não é verdade, pois, como já vimos, eles vêm de outros cantos); 02. A (Na B, a ausência do co-nectivo QUE compromete a coesão: “a nova regu-lamentação ...que simplifica a vida de todos. Na alternativa C, há um erro de coesão, o conectivo apesar de é desconexo, pois “a nova regulamen-tação consolida com bom aproveitamento porque tem 1024” e não apesar de ter 1024 artigos”. Apesar de quebraria a expectativa. Este conectivo só seria possível se a frase fossem assim “”Apesar de ter 1024 artigos a nova regulamentação não consolida...” Aí, sim, haveria quebra de expectativa. Na D, há erro de coesão, pois a oração que encerra o período é conseqüência daquela que a precede e deveria ser deste modo : “Tendo sido elaborado em 1980, o último regulamento é tão antigo que está a ponto de ficar obsoleto.” Na E, Não há razão para separar a oração principal da sua subordinada adverbial causal com um ponto final, transformando o período composto em dois períodos separados); 03. C Na A, o verbo entrar, por ser intransitivo, não aceita o pronome oblíquo objetivo se. Na B, está errado “Se sentou...”porque não se inicia período com pronome oblíquo átono. Na D, o sentido do texto foi alterado, pois “” ...falando ao cocheiro para fugir a si mesmo.”dá a entender que Rubião sugere ao cocheiro que este fuja de si próprio, enquanto que na frase do texto inicial se dizia o inverso, Rubião é que estava a fugir de si mesmo. Na E, não é possível escrever “...ajeitou a falar...”porque ajeitar não aceita desempenhar o papel de verbo auxiliar na locução verbal); 04. B (Este modelo de questão é muito freqüente nas provas mais modernas de concursos públicos, pois nele se investigam tanto a gramaticalidade, a coesão como a coerência, a semântica. Repare que a conjunção do texto é uma concessiva, embora, assim como as das alternativas. Todas menos desde que, que assume ares de condicional no texto. Logo colocá-la é alterar o nexo relacio-nal, infringindo-se o enunciado); 05.

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A (Esta questão segue as trilhas da anterior. Repare que tanto a conjunção do texto como as propostas nas alternativas são adversativas. Logo, não houve erro de coerência. O erro está na coesão textual. Todas as conjunções adversativas podem alterar a posição em que são colocadas, todas menos mas. Esta conjunção não pode ser intercalada no interior da 2a oração. Ela só pode iniciar a oração subordinada. Assim sendo, ela não poderia subs-tituir a conjunção porém no lugar onde se em-contra); 06. E (Trata-se de uma paráfrase perfeita, com substituição adequada de palavras por sinônimos. Escuso-me de me gabar = Recuso-me a me autopromover. A preposição por está sendo usada com o valor semântico de finalidade, daí a fim de. Afim grafado de forma justaposta signifi-ca semelhante. Por sua vez, orgulho é sinônimo de soberba. Na A, na 1a frase, a palavra assim é uma conjunção conclusiva. Na 2a, ela significa deste modo, é um advérbio de modo. Na B, a palavra certa na expressão hora certa denota hora adequada. Na 2a

frase, ela denota hora indefinida, incerta, desconhecida. Na 1a, é um adjetivo; na 2a é um pronome indefinido. Na C, país desenvolvi-do não é, obrigatoriamente, sinônimo de nação industrializada; o país pode ser industrializado e não ser desenvolvido, como o Brasil, por exem-plo. Na letra D, a palavra só, na 1a frase, significa apenas. Já na 2a frase ela significa sozinho. 07. B (Não se registram erros gramaticais e há correspondência semântica entre admoesta-ções/ repreensões; inúteis/ vãs; são refratárias às ordens/ resistem a ordens. Na B, há um erro de concordância verbal. O correto seria “Existem pessoas”. Na C, há um erro de coerência, os signifi-cados dos termos substituintes não correspondem aos substituídos. Se as pessoas são refratárias às ordens não podem ser submissas. Na D, embora equivalência semântica entre admoestações/ exor-tações; são inúteis/ não funcionam; são refratárias/ são insubmissas, existe um erro de regência, falta o sinal indicativo da crase em “são insubmissa às

ordens” Na E, embora a equivalência semântica tenha sido preservada nas trocas admoestações/ críticas; inúteis/ em vão; são refratárias/ desobede-cem, há um erro de regência, falta uma preposição, o correto seria “desobedecem a todas as ordens”); 8. D (Há um erro de regência, o verbo chegar exige a preposição A. A correta seria “ao qual se possa chegar”); 09. E (O erro da letra A: “Surpreendendo os próprios cor-religionários, o verbo exige objeto direto. Na B: “Aspirar ao Governo de São Pau-lo...”, o verbo aspirar no sentido de almejar é transitivo indireto e exige a preposição A. Na C : “Mas Itamar já a advertiu de que não quer ninguém...”O verbo advertir é transitivo direto e indireto, exige dois objetos diferentes, um direto, de pessoas e outro indireto com a preposição DE para a coisa advertida. Poderia haver outra construção correta, seria tornar a pessoa um objeto indireto com a preposição A, substituível pelo LHE, mas, nesse caso, não seria possível mais a preposição DE no objeto de coisa, que passaria a ser direto. Ficaria assim “Itamar já lhe advertiu que não quer ninguém...”); 10. A (Na B, há um erro de concordância verbal. Deveria estar escrito “serão concedidos 50% de desconto”, já que o verbo concorda com o número da porcentagem, que é o sujeito da oração. Na C, há dois erros, um deles é um desvio semântico : quem é onerado é o pagamento e não a pessoa. Deveria ser escrito “Os que preferirem deixar o pagamento para o mês de dezembro terão o pagamento onerado em 30%”. O outro erro é de grafia : a palavra dezembro foi escrita com letra maiúscula, quando os nomes de meses devem ser escritos com minúscula. Na D, há um erro de concordância. Deveria ser escrita “...ser’’a remetida a nova carteira...”Na E, há um erro de regência. Deveria ser “estamos enviando informações importantes aos associados cuja atenção imediata pedimos”); 11. D (O correto seria “mantém-se”, pois o verbo deveria estar no sin-gular, já que o sujeito é essa distinção, que está no singular); 12. E (O desvio é uma

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ambigüidade exis-tente na última frase. De acordo com o texto, não sabemos se é evidenciada a crescente aceitação ou se é a demografia retrospectiva); 13. A (Em cindi-las o pronome oblíquo las exerce a função de objeto direto, que não pode ser feita pelo lhes que representa o objeto indireto. Na B, tanto o IN como I dão idéia de negação. Na C, de acordo com o ponto de vista da Banca, a palavra banto, variante de bantu é invariável. Logo seria “procedência banto”. Na C a vírgula é obrigatória, pois a palavra contudo é um conectivo intercalado, fora do seu lugar natural, que é o início da 2a oração. Na E há uma justaposição do advérbio de modo mal ao verbo fazer); 14. D (A letra A há falta de coesão pois não se indica quem deve ter disponibilidade. Na B há também falta de coesão já que a expressão explicativa isto é deveria explicitar o termo ante-rior, o que não ocorre; em vez disso, remete-se a uma frase comprometida semanticamente haja vista que a disponibilidade não corresponde ao perfeito cumprimento das tarefas. Na C, há um erro de coesão. Na melhor das hipóteses, deve-ria ser redigido assim “as tarefas cujo cumpri-mento deve ser perfeito”. Na D, também há falta de coesão, deveria ser redigida assim “é a dispo-nibilidade para O perfeito cumprimento das ta-refas); 15. C (Na A, há um erro de concordância; a certa é “resultarão ...os favores...”. Na B, tam-bém há erro de concordância os favores...não de-vem ser conce-didos”. Na D, outro erro de concordância : “Não é justo que...sejam concedidos favores...” Na E, erro de concordância, o verbo da oração está na passiva sintética. Deveria ser assim ; “não é justo que se concedam favores...”); 16. C (Na A há uma inadequação vocabular. De-veria ser usado na frase a fim, que é uma con-junção subordinativa com idéia de finalidade. Afim é uma expressão adjetiva, que significa se-melhante, dá idéia de afinidade. Na B, há um erro de regência. A palavra necessidade exige a pre-posição DE. Além disso falta coesão, faltam pala-vras que inter-relacionem os termos. A correta

seria “O trabalho eficiente dos atendentes, de que se tem extrema necessidade, é indispensável para o bom funcionamento da máquina administrati-va do Tribunal.” Na D, há um erro sintático: a 2a ora-ção é o sujeito da 1a, por isso não poderia ser pre-posicionada. Além disso, há o emprego inade-quado da preposição, a correta seria para, indicando finalidade. A frase certa seria “É extremamente necessário que os atendentes judici-ários trabalhem com eficiência para o bom funcionamento da má-quina administrativa.” Na E, há um erro de concor-dância : o sujeito da oração é a eficiência, por isso o verbo deveria estar no singular e o predicativo no feminino. A certa, então, seria “A eficiência dos atendentes judiciários faz-se necessária...” 17. E (Na A temos um erro : a 2a oração é o sujeito da 1a, por este motivo seu ver-bo tem que ficar no singular. É só fazer a pergunta “O que não se pode? A”resposta a esta pergunta é o sujeito da oração, ou seja, perdoar. Logo, a frase correta seria “defeitos que não se pode perdoar.” Na B, A correta seria “São imperdoáveis alguns defeitos que eles têm...”Na C, a correta seria “Em-bora se dediquem...”porque o sujeito é eles. Na D, existem muitos erros e desvios semânticos. Eles é que são dedicados ao trabalho, e não o trabalho de-dicado a eles. Por outro lado os defeitos são impossíveis. A oração correta seria “Eles são muito dedicados ao trabalho; porém há neles alguns defeitos impossíveis de se perdoar.”); 18. A (Se o personagem nunca proferiu uma palavra áspera nem uma lamúria, como poderia ser um homem queixumeiro? Há uma incoerência narratária, com-tradição textual); 19. B (Na A, não se indica o tempo nem o lugar. Na C, não há argumentação metalingüística explícita a respeito da escrita. Há apenas ilações opinativas, ou seja, frases que indi-cam um ponto de vista pessoal. A D é descabida, pois há conclusões que podem ser tiradas, como, por exemplo, a de que ele não escreve uma história neste trecho, ele se descreve com a intenção de se auto-analisar); 20. A (O erro da I está no

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fato de não haver verbos discendi, que são aqueles que in-troduzem as frases dos personagens na narrativa. O erro da II é que se existem verbos de ação, há uma narrativa, apesar da presença de elementos descriti-vos caracteriza-dores do personagem e do ambi-ente. O erro da III é que como existem a análise de um tema, há uma dissertação e não uma descrição); 21. C (O texto diz que o rouxinol e outras aves soltam seus trilos nos seus bosques, bosques dela – evidentemente só pode ser de Coimbra e não do Mondego. Na alternativa A, o verbo vede-la = vós vedes + la. Vê o quê ? Vê Coimbra, da qual se aproxima pela estrada de Lisboa. De acordo com o texto era pela estrada de Lisboa que trafegava a locomotiva, que fazia o serviço dos Correios, a mala-posta. Logo o pronome relativo onde é um anafórico da estrada. Na letra D, o pronome rela-tivo que é um anafórico que substitui a palavra imediatamente anterior, ou seja, serviço); 22. C (“Este” é para quem fala, “esse” é para escuta, “aquele” é para qualquer outro elemento. Quando aparecerem dois elementos, o último será este; o primeiro citado será aquele. Logo, a frase correta seria “Nesta, a personagem foi vivida por Regina Duarte; naquela, por Vera Fischer.”); 23. D (A cor-reta seria “Fica no alto da montanha a velha e amada casa em que nasci, ou onde nasci. Quem liga palavra com verbo é em que ou onde, dando idéia de lugar); 24. D (Na A há uma inadequação vocabular, devemos usar em vez de e não ao invés. A frase correta seria Em vez dos animais irracionais, assim chamados porque a capacidade de modificação e adaptabilidade de comporta-mento...” Na B há um erro de grafia : têm = plural, tem = singular. Também há um erro de regência, devemos usar a expressão ao contrário. A correta seria “Os animais ditos irracionais têm uma capacidade de modificação e adaptabilidade de comportamento a novas situa-ções muito reduzida, ao contrário dos homens que possuem uma delicada...” Na C, há um erro de concordância. Seria assim “É muito reduzida, por parte dos chamados

animais irracionais, a capacidade...” Na E, há um erro de concordância. O correto seria “O homem é diferente dos chamados animais irracio-nais, posto que a sua capacidade de modificar seu comportamento às novas situações é pouca...”); 25. B (O texto começa com uma afirmativa genérica. Repare que o anafórico essa retoma o termo grupo restrito ligando-o à palavra elite. Do ponto de vista lógico a afirmativa I tem que vir antes da IV uma vez a compensação dada se deve ao prejuízo. Assim também, a VI tem que vir antes da III, porque a III é uma conclusão da VI. A resposta é dada por eliminação rapidamente); 26. A (Na B, há uma transposição inadequada : o balanço é apresenta-do/ analisado ou apreciado, não expli-cado. Na C, há desvio semântico, quem é aprovado é o balanço e não a apresentação. Na D, há erro de concordância, o correto seria “apresenta-se balan-ço” Na E, além de termos que colidem com o estilo formal, há um erro de regência entrar exige a preposição em; sair exige de); 27. E (Na A, aparece um erro de regência, sobra a preposição A, o verbo permitir é transitivo direto. A correta seria “”...permite que os usuários cheguem...” Na B, há um erro de regência pronominal, uso indevido do pronome onde, que só deve ser usado denotando idéia de lugar. A correta seria “...pois as pessoas que dirigem...” Na C, há erro de pontuação, falta a vírgula obrigatória antes do gerúndio. A correta seria “de forma séria e dedicada, buscando...” Na D, novamente erro de pontuação; separamos a expressão por exemplo com vírgula obrigatória. A correta seria “...como, por exemplo, quando...”); 28. D (Na A há uma inadequação léxica, a palavra correta seria estiver. Na B temos emprego inadequado do verbo haver no sentido de existir, quando ele é impessoal e não ir para o plural. A correta seria “...embora houvesse mais de mil...” Na C, há uma inadequação semântica e outra, sintática. Quem é mantido em segredo não é o traficante, mas sua identidade. A expressão correta é em sigilo.

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Conseqüentemente, teremos de alterar o conectivo. Deveria ser assim “agia com outro traficante cujo nome a Polícia prefere manter em sigilo...” Na E, há dois erros. Um deles é de grafia, a palavra correta é reivindicações. O outro é erro de conjugação verbal. VER no futuro do subjuntivo faz vir; VIR no mesmo tempo faz vier. A correta seria “Se vir atendidas essas reivindicações, Genebaldo...”); 29. C (Houve recursos de cândida-tos contra esse gabarito da Banca. Os candidatos não consideraram sinônimo perfeito o lixo ameace engolfá-lo = o homem esteja ameaçado de sufocar no lixo, e alegaram existir uma ambigüidade em que ele mesmo produz afirmando que não sabemos se é o lixo que produz o lixo ou é o homem que o produz. A Banca não acatou o arrazoado e manteve o gabarito exarado. Consideramos que mesmo não sendo perfeita, é a única alternativa possível, hala vista que as demais são piores. Na A devemos escrever de o homem porque é sujeito. Usamos DE ELE - ou qualquer outra expressão capaz de se aglutinar à preposição – se for sujeito. Usamos DELE aglutinado quando for complemento. Ex. Está na hora de ele chegar. Eu gosto dele. Na B, há um desvio semântico, o homem não está empe-nhado em produzir mais lixo. Na D, há uma inver-são semântica, pois o homem não está no auge da ameaça contra o lixo. O mesmo erro se repete em E, quando se afirma que o homem está no apogeu da campanha contra a desintegração do lixo); 30. A (Empresários está no plural, exigindo verbo no plural. Por outro lado a palavra mundo forma uma expressão inseparável mundo inteiro. Logo, inicial-mente só poderia ser “Empresários do mundo inteiro se empenham”. Por sua vez, o verbo empe-nhar exige a preposição em. Isso nos leva a outra parte complementar : se empenhar em conquistar. Conquistar é um verbo transitivo direto. Seu complemento só pode ser “o mercado árabe”. Seria ilógico lutar para conquistar uma crise); 31. C (Questão no mesmo ritmo da anteri-or, de lógica textual, coesão e coerência textuais. A frase existe sempre um

exige um complemento que é um pouco de você. Este segmento será completado pela expressão em tudo o, expressão insepará do que); 32. A (A expressão apesar disso pressupõe uma quebra de expectativa, que é inadequada no item A. Na letra B porque a alta concentração de dióxido deveria comprometer a qualidade de vida de tanta, mas não o faz. Na C, também existe quebra de expectativa pois se a cada dia 220.000 crianças vêm ao mundo todo dia, o ritmo de crescimento deveria estar crês-cendo, mas, segundo a letra C está diminuindo, quebrando a expectativa. Na D, para encarar um problema tão grave deveria haver um planejamento familiar, que não existe, quebrando-se a expectativa novamente. Na E, com tanta gente no planeta deveria haver fortes motivos de preocupação com a escassez de alimentos que não existe de acordo com a letra E, quebrando-se a expectativa); 33. D (A expressão em virtude disso será com-pletada por uma conseqüência lógica. Se a rua oferece riscos, é lógico que as barracas sejam espalhadas pelas ruas adjacentes, como aparece na letra A. O mesmo se diz dos esforços da Prefeitura para mudar a festa de local. A C é um pouco dis-cutível, mas aceitável. A E segue os passos com-secutivos das demais alternativas. Quem não é com-dizente com a realidade textual é a letra D pois te-rem confirmado a escolha da mesma rua é um contra-senso); 34. D (A organização textual do parágrafo dissertativo se inicia com uma frase gene-rica; as demais servirão para explicar, restringir, etc. Assim sendo, a afirmação mais genérica é “O Brasil é um país de terceiro mundo.” A 2a frase é um comentário crítico que virá completado por uma conclusão: “Quem quiser dizer o contrário que o faça porque isso em nada mudará essa realidade.” Para confirmar a linha de argumentação, o autor usa de compara-ções “Assim também se você decidir chamar uma rosa por um outro nome, ainda assim ela continu-ará sendo uma rosa.” Para finalizar, o autor resume sua argumen-tação em “Em resumo, o nosso

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país é o que é”); 35. E (Se há um desmatamento, a letra A é desconexa porque os ecologistas de-fendem a preservação, não o desma-tamento. Se os brasileiros deixassem de exportar a madeira das árvores derrubadas, a receita cambial não aumentaria. Isso torna a letra B incongruente como resposta. A C é outra frase ilógica porque se estamos interessados em aumentar a receita das exportações como iríamos proibir a venda dessas toras aos países que pagassem mais ? A letra D tem a mesma linha de pensamento da B. Se o Brasil preferisse desenvolver projetos para o uso das madeiras nobres, não se aumentaria a recita cambial); 36. D (A ;pergunta deveria ser : o que me surpreendeu? A resposta seria o sujeito “O espírito”. Que tipo de espírito ? – O jovem e interesseiro. Espírito de quem ? Das pes-soas que lá encontrei. Ora, como destoante sobra a conjunção quando); 37. B (No item A há um erro: está faltando a preposição A. O correto seria “...devido a questões relevantes...” No item C há ambigüi-dade. Não se sabe se a palavra mesmo se refere ao grupo ou ao texto. Na alternativa D falta o acento da crase: “...deveu-se à falta de acom-panhamento...” Na E não há coesão. A reescritura correta seria “O trabalho em grupo propicia uma par-ticipação maior dos alunos. Os fatores de ini-bição em discussões abertas são visíveis e em rodas menores, esquecidos”); 38. B (O erro é de regência e está em “poucos brasileiros recorrem a ela.” O verbo recorrer é transitivo indireto, exige a pre-posição A. Não poeria ser usado o pronome LHE porque o referente não é pessoa); 39. B (No lugar de onde deveria ser usado em que ou na qual. O relativo onde só pode ser usado com idéia de lugar, o que não é o caso da frase); 40. A (Deveria ser “há alguns anos” É um inadequado de A já que existe a idéia de tempo passado); 41. A (Falta a preposição DE, exigida pela palavra idéia. O correto seria “Sempre defendi a idéia de que todo cidadão deveria...” Seria de bom tom trocar devia por deve-ria); 42. D (Erro de concordância. A correta seria “...passariam a

conformar-se com uma nova visão das relações internacionais que marcariam o século XX”. O sujeito de passariam por coesão e coerência textual é as potências conservadoras e o sujeito de marcariam é relações internacionais); 43. C (Erro de crase. A correta seria “...A suas potencialidades” ou “ÀS suas potencialidades...” Não pode haver crase com “ A” no singular e a palavra seguinte no plural, pois estaria faltando o artigo para se fundir com a preposição); 44. D (Erro de concordância: “...elaboram-se os pactos...” É voz passiva sintética, com pronome SE apassivador. A comcor-dância do verbo será feita no plural, concordando com o sujeito paciente pactos, que está no plural = pactos são feitos”); 45. A (A correta seria “...aos quais se convencionou denominar nações...”A 1a oração tem sujeito oraci-onal, ou seja, a 2a oração denominar - é o sujeito da 1a – se convencionou -e, nesse caso, o verbo da oração principal fica na 3a pessoa do singular); 46. A (Erro de regência, falta a preposição EM, exigida pelo verbo inserir. A correta seria “em que as pessoas estejam inseridas”); 47. A (Erro de concordância : a correta é : “...que se supunha existir...”porque a 1a oração tem sujeito oracional, cuja concorância só pode ser efetuada na 3a pessoa do singular); 48. D (Erro de concordância, o verbo haver, com o sentido de existir, fica na 3a pessoa do singular. A correta é : “...deve haver 20 mil bactérias...”); 49. D (Erro no emprego do pronome cujo, que rejeita artigo. A correta é “...cujos membros se sujeitam...”); 50. D (Erro de concordância, a correta é “...se perca...” porque o sujeito é a responsabilidade)