coesao textual - teoria e exercícios

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COESÃO TEXTUAL I – CONCEITOS BÁSICOS 1. TEXTO a) Em sentido lato – designa qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano, quer se trate de um romance, música, pintura, filme ou escultura etc., isto é, de qualquer tipo de comunicação realizada através de um sistema de signos. b) Em sentido restrito – texto consiste em qualquer seqüência falada ou escrita que constitua uma unidade global de significação, independentemente de sua extensão. Trata-se, dessa forma, de uma unidade semântico-pragmática, de um contínuo sociocomunicativo, que se caracteriza, entre outros fatores, pela coerência e pela coesão (elementos responsáveis pela tessitura do texto). 2. TEXTUALIDADE: conjunto de propriedades que uma seqüência de enunciados deve apresentar para constituir um texto. 2.1 – Coesão: uma propriedade textual responsável pelo encadeamento semântico entre frases ou parte delas, que se inter-relacionam para assegurar um dado desenvolvimento informacional. 2.2 – Coerência: uma propriedade textual que permite ao leitor alocutário descobrir alguma espécie de conexão conceptual entre os elementos de uma dada seqüência lingüística, havendo assim uma convergência entre a configuração de conceitos, as relações manifestas e o conhecimento prévio ativado pelo receptor. II – MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL 1. Conceito: mecanismos de coesão são aqueles elementos lingüísticos responsáveis pela estruturação da seqüência superficial do texto. 2. Classificação A) Coesão Referencial: manifesta-se geralmente através de itens lingüísticos que não podem ser interpretados semanticamente por si mesmos, como pronomes pessoais, demonstrativos e relativos. a) Substituição: ocorre quando um dado elemento lingüístico é retomado ou precedido por um outro elemento. No caso da retomada, tem-se a anáfora. Ex.: “Carla tem um automóvel. Ele é verde”. No caso da antecipação, tem-se a catáfora. Ex.: “Quero dizer-te uma coisa: gosto de você”.

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Teoria e Exercícios Coesao

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA

COESO TEXTUALI CONCEITOS BSICOS1. TEXTO

a) Em sentido lato designa qualquer manifestao da capacidade textual do ser humano, quer se trate de um romance, msica, pintura, filme ou escultura etc., isto , de qualquer tipo de comunicao realizada atravs de um sistema de signos.

b) Em sentido restrito texto consiste em qualquer seqncia falada ou escrita que constitua uma unidade global de significao, independentemente de sua extenso. Trata-se, dessa forma, de uma unidade semntico-pragmtica, de um contnuo sociocomunicativo, que se caracteriza, entre outros fatores, pela coerncia e pela coeso (elementos responsveis pela tessitura do texto).

2. TEXTUALIDADE: conjunto de propriedades que uma seqncia de enunciados deve apresentar para constituir um texto.2.1 Coeso: uma propriedade textual responsvel pelo encadeamento semntico entre frases ou parte delas, que se inter-relacionam para assegurar um dado desenvolvimento informacional.

2.2 Coerncia: uma propriedade textual que permite ao leitor alocutrio descobrir alguma espcie de conexo conceptual entre os elementos de uma dada seqncia lingstica, havendo assim uma convergncia entre a configurao de conceitos, as relaes manifestas e o conhecimento prvio ativado pelo receptor.

II MECANISMOS DE COESO TEXTUAL

1. Conceito: mecanismos de coeso so aqueles elementos lingsticos responsveis pela estruturao da seqncia superficial do texto.

2. ClassificaoA) Coeso Referencial: manifesta-se geralmente atravs de itens lingsticos que no podem ser interpretados semanticamente por si mesmos, como pronomes pessoais, demonstrativos e relativos.

a) Substituio: ocorre quando um dado elemento lingstico retomado ou precedido por um outro elemento. No caso da retomada, tem-se a anfora. Ex.: Carla tem um automvel. Ele verde. No caso da antecipao, tem-se a catfora. Ex.: Quero dizer-te uma coisa: gosto de voc.

b) Reiterao: a repetio de expresses que tm a mesma referncia no texto. Repetio do mesmo item lexical: ocorre quando a retomada da informao se d pela repetio das mesmas expresses lexicais. Ex.: O fogo destruiu tudo. O edifcio desmoronou. Do edifcio, sobrou absolutamente nada.

Sinonmia: ocorre quando a repetio se d pelo emprego de sinnimos. Ex.: O barulho um dos problemas mais graves que afligem nossa civilizao nesse sculo. Os milhes de rudos que rodeiam o homem diariamente, em quase todos os cantos, em sua maior parte, so produzidos por ele mesmo.

Hiperonmia/hiponmia: quando o primeiro elemento de uma seqncia lingstica mantm com um segundo uma relao todo/parte, classe/elemento, tem-se um hipernimo. Quando o primeiro elemento mantm com o segundo uma relao parte/todo, elemento/classe, tem-se o hipnimo. Ex.: Um porco morreu devido a uma overdose de haxixe depois de ter comido grande quantidade de droga que seu proprietrio escondeu em uma fazenda em Vilagarciana de Carril, na Galcia, noroeste da Espanha. (Folha de So Paulo, 12/02/91).

Expresses nominais definidas: ocorrem quando h retomadas de um mesmo referente por meio de expresses de natureza diversa, relacionadas com o nosso conhecimento de mundo. Ex.: Comemora-se o sesquicentenrio de Machado de Assis. As comemoraes devem ser discretas para que sejam dignas de nosso maior escritor. Seria ofensa memria do Mestre qualquer comemorao que destoasse da sobriedade e do recato que ele imprimiu a sua vida, j que o bruxo do Cosme Velho continua vivo entre ns.

Nomes genricos: ocorrem quando h reintegrao do item lexical pela utilizao de nomes genricos, como: pessoa, coisa, fato, gente, negcio, lugar, idia, funcionando como itens de referncia anafrica. Ex.: At que o mar, quebrando o mundo, anunciou de longe que trazia nas suas ondas coisa nova, desconhecida, forma disforme que flutuava, e todos vieram praia, na espera... E ali ficaram, at que o mar, sem se apressar, trouxe a coisa, certa, e depositou na areia surpresa triste, um homem morto...

B) Coeso Recorrencial: ocorre quando as retomadas de estruturas lingsticas visam progresso do discurso. Constitui um meio de articular a informao nova quela j conhecida no contexto.

a) Retomada de termos: ocorre quando a repetio de um mesmo termo exerce uma funo determinada, de nfase, intensificao etc. Ex.: Pedro, pedreiro, pedreiro esperando o trem que j vem, que j vem, que j vem, que j vem...

b) Paralelismo: ocorre quando os elementos lingsticos so reutilizados em enunciados com sentidos diferentes. Ex.:

Irene preta

Irene boa

Irene sempre de bom humor

C) Coeso Seqencial: tem a mesma funo da coeso recorrencial: fazer progredir o texto, impulsionando o fluxo informacional. Difere da recorrencial por no apresentar retomadas de itens, sentenas ou estruturas. Alguns exemplos:

a) Correlao de tempos verbais: todo enunciado deve satisfazer as condies conceptuais sobre localizao temporal e ordenao relativa que so caractersticas da referncia da realidade. Ex: Ordenei que deixassem a casa em ordem. / Ordeno que deixem a casa em ordem.

b) Conexo das oraes (alguns exemplos):

Condio: estabelece uma relao de dependncia entre proposies. Ex.: Se chover, no iremos festa.

Causa: ocorre quando h entre duas proposies uma relao de causa- conseqncia. Ex.: Saiu-se bem no exame porque estudou muito.

Finalidade: conexo entre as duas oraes estabelece uma relao meio-fim. Ex.: Estuda muito a fim de passar no exame.

Conformidade: conexo das duas oraes mostra a conformidade de contedo de uma orao em relao outra. Ex.: O ru agiu conforme o advogado lhe havia determinado.

Explicao: a conexo das duas oraes mostra que a segunda explica a primeira. Ex.: Deve ter faltado energia por muito tempo, pois a geladeira est totalmente descongelada.

Adio: em que a conexo das duas oraes mostra um conjunto de idias entre as proposies. Ex.: Chegou cedo e recebeu os convidados.

Adverso: a conexo entre oraes mostra a oposio de idias entre elas. Ex.: Chegou cedo, mas nada fez.

c) Conexo de enunciados em textos: por meio de encadeamentos sucessivos e diferentes entre dois ou mais perodos e entre pargrafos de um texto. Os elementos formais responsveis por esse tipo de conexo so chamados operadores argumentativos. Ex.:

Joo , sem dvida, o melhor candidato. Tem boa formao e apresenta um consistente programa administrativo. Alm disso, revela pleno conhecimentos dos problemas da populao. Ressalte-se, ainda, que no faz promessas demaggica.

So operadores argumentativos: esto com o propsito de, com a inteno de, pelo contrrio, em vez disso, em contrapartida, em suma, em sntese, em concluso, para resumir, para concluir etc.

BIBLIOGRAFIA

FVERO, Leonor Lopes (1991) Coeso e coerncia textuais. So Paulo: tica.

KOCH, Ingedore G. Villaa (1993) A coeso textual. So Paulo: tica.

Parte IEXERCCIOS SOBRE COESO TEXTUAL

01. Abaixo, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final. Retire o ponto final e estabelea entre eles o tipo de relao que lhe parecer compatvel, usando para isso os elementos de coeso adequados.

a) O solo do nordeste muito seco e aparentemente rido. Quando caem as chuvas, imediatamente brota a vegetao.

b) Uma seca desoladora assolou a regio sul, principal celeiro do pas. Vai faltar alimento e os preos vo disparar.

c) O trnsito em So Paulo ficou completamente paralisado dia 15, das 14 s 18 horas. Fortssimas chuvas inundaram a cidade.

02. Rena os segmentos de cada item, subordinando a segunda sentena expresso sublinhada na primeira, atravs de pronomes relativos.

a) O circo uma tenda mgica. Acontecem miragens e milagres no circo.

b) As crianas vo ao circo. Somos responsveis pelas crianas.

c) O palhao chama-se Pipoquinha. O filho do palhao o trapezista do circo.

d) A vida circense fabulosa. Todos esto acostumados vida circense.

03. No texto a seguir h um trecho que, se tomado literalmente (ao p da letra), leva uma interpretao absurda.

"A oncocercose uma doena tpica de comunidades primitivas. No foi desenvolvida ainda nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o restabelecimento da viso. Aps ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doena) cai na circulao sangnea e passa a provocar irritaes oculares at a perda total da viso."

Folha de S. Paulo, 2 nov. 1990.

a) Identifique o trecho problemtico.

b) Diga qual a interpretao absurda que se pode extrair desse trecho.

c) Qual a interpretao pretendida pelo autor?

d) Reescreva o trecho de forma que deixe explcita tal interpretao.

04. Estabelea a coeso do texto abaixo, valendo-se de expresses que substituam o excesso do emprego da palavra "golfinho". Utilize expresses que, mesmo no-oficiais, possam servir como substitutas.

"O golfinho nada velozmente e sai da gua em grandes saltos fazendo acrobacias. mamfero e, como todos os mamferos, s respira fora da gua. O golfinho vive em grupos e comunica-se com outros golfinhos atravs de gritos estranhos que so ouvidos a quilmetros de distncia. assim que golfinho pede ajuda quando est em perigo ou avisa os golfinhos onde h comida. O golfinho aprende facilmente os truques que o homem ensina e por isso que muitos golfinhos so aprisionados, treinados e exibidos em espetculos em todo o mundo." Revista Cincia Hoje.

05. Leia o texto abaixo e responda s questes A e B.

Em Salvador, as gangues dos meninos de rua que roubam e auxiliam traficantes para andar com roupa e tnis da moda sabem que esse guarda-roupa no combina com a imundcie dos locais onde dormem, chamados mocs em quase todo o pas.

Contornam a dificuldade de banho nos chafarizes das praas ou se valem da boa vontade de grupos religiosos e donos de lanchonetes que os deixam usar os chuveiros.

Limpos, fortes e bem vestidos, no passam, porm, por garotos de classe mdia, como pretendem. So trados por visveis erupes de pele no rosto e nos braos, provocadas por constantes intoxicaes. esse o resultado da inalao da cola de sapateiro, do consumo de drogas mais pesadas e da alimentao suspeita que obtm nas ruas.

Jornal O Estado de So Paulo. Mar 1992. In: FARACO & MOURA. Linguagem nova. So Paulo: tica. V. 8, p. 53.

A) Indique as expresses do texto a que se referem os seguintes mecanismos de coeso:

a) que (linha 01) _________________________________________________________

b) esse guarda-roupa (linha 02) _____________________________________________

c) onde (linha 02)________________________________________________________

d) os (os deixam/ linha 05) _________________________________________________

B) Explicite o tipo de relao sinttico-semntica que se estabelece no texto pelos seguintes itens lingsticos:

a) para (linha 01) ________________________________________________________

b) porm (linha 06) _______________________________________________________

06. Leia o texto abaixo:

O QUE SER GENTE DIREITA?

Dificilmente algum ser aclamado direito por todos os seres humanos, pois cada um pensa de uma maneira e tem uma concepo formada do que certo ou errado.

A pessoa ser considerada direita pelos outros muito relativo; por exemplo: se voc roubasse algum bem de valor e desse a seu pai, voc poderia ser considerado um bom filho; todavia, perante a sociedade, essa pessoa seria um ladro.

Gente direita algum que diante do seu modo de pensar, da sua maneira de agir, de sua criao, do lugar em que habita, tem na sua conscincia que aquilo que est fazendo certo.

(Texto da aluna Ana Raquel S da Nbrega, matrcula 94110750, turma 2560)

Destaque do texto uma passagem em que a conjuno indique as relaes lgico-semnticas de:

a) causa: ____________________________________________________________________

b) condio: _________________________________________________________________

c) adio: ___________________________________________________________________

d) oposio: _________________________________________________________________

07. Leia o texto antes de resolver as questes propostas.

PODERAMOS VIVER SEM CHUVA

primeira vista, parece que a chuva devia cair sempre noite, porque precisamente quando mais benefcios traz e menos prejudica nossos afazeres e divertimentos; mas quer ela cais em dias de festa ou de noite, enquanto dormimos tranqilamente, a chuva sempre necessria.

Seus efeitos consistem em penetrar na terra e ser absorvida pelas razes das plantas, que dela necessitam para viver. Se no houvesse chuva, a vida seria possvel no mar. Nas regies onde no h chuva, no h tambm vida, e noutras onde a chuva escasseia ou s cai certas estaes do ano, as populaes esperam-na e desejam-na, e at h costume de elevar preces ao cu para que a envie em tempo prprio.

Devemos ver na chuva, por conseqncia, um agente que limpa e purifica o ar, alimenta a vida vegetal, da qual depende a nossa e nos fornece a gua de que necessitamos durante todo o ano, nas regies onde chove bastante.

A) Indique a expresso a que se referem os seguintes itens lingusticos:

a) seus (linha 04)

b) dela (linha 04)

c) onde (linha 05)

d) na (linha 07)

e) da qual (linha 10)

B) Identifique as relaes sinttico-semnticas que se estabelecem no texto atravs dos seguintes conectivos.

a) porque (linha 01)

b) enquanto (linha 03)

c) mas (linha 02)

d) para que (linha 07)

e) e (linha 10)

08. Rena os segmentos de cada item, subordinando a segunda sentena palavra sublinhada na primeira.

a) A chuva necessria em todas as regies do planeta, embora muitas pessoas no tenham conscincia disso. A chuva fonte de vida.

b) O lavrador reconhece o valor da chuva e do sol para a plantao. Seu ofcio depende dos recursos naturais e requer pacincia e habilidade.

c) A terra rica, embora no reconheamos seu valor. Extramos nosso alimento da terra.

d) Na cidade, as pessoas esquecem que a harmonia do planeta depende do equilbrio entre os dias de sol e os dias de chuva. L j no se tem noo da origem dos gneros alimentcios.

09. No texto seguinte, h impropriedade quanto ao uso do pronome relativo. Reescreva-o com a correo que se faz necessria.

A festa em homenagem ao centenrio da cidade cuja eu nasci durou trs dias. As atividades que abrilhantaram o evento realizaram-se na colina onde se originou a primeira vila em que deu incio cidade. O ponto alto das solenidades foi o momento onde as crianas encenaram, representando os fundadores da cidade.

10. Nas questes seguintes, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final. Retire o ponto final e estabelea entre eles o tipo de relao indicado entre parnteses, usando para isso os elementos de coeso adequados e fazendo as alteraes necessrias.

a) O homem alcanar a satisfao de suas necessidades. O homem viver em sociedade. (condio)

b) Os seres humanos vivem em sociedade. Eles necessitam de apoio material, espiritual e psicolgico. (causa)

c) A sociedade deve ser organizada com justia. Todas as pessoas possam satisfazer suas necessidades. (finalidade)

d) Uma pessoa poderia ter condies materiais para viver isolada. Ela poderia sentir falta de companhia. (oposio)Parte II

Indique as relaes semnticas estabelecidas pelos conectivos em destaque:

I. Como a chuva estava muito forte, no foi possvel continuar o show.

II. Eu no consegui apresentar o trabalho porque estava muito nervosa!

III. Os manifestantes tero suas reivindicaes atendidas, exceto se usarem de violncia.

IV. Estava doente, mas foi trabalhar.

V. Os brasileiros so to trabalhadores quanto os norte-americanos.

a) causa, causa, condio, oposio, comparao.

b) comparao, condio, finalidade, oposio, tempo.

c) causa, causa, conformidade, oposio, condio.

d) finalidade, comparao, tempo, condio, causa.

e) causa, causa, condio, condio, causa.

2. (Enem - 2013)

Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou aps uma srie de contgios entre lnguas. Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, alm do vrus propriamente dito, dois vocbulos virais: o italiano influenza e o francs grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava influncia dos astros sobre os homens. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto , agarrar. Supe-se que fizesse referncia ao modo violento como o vrus se apossa do organismo infectado.

RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, So Paulo, 30 nov. 2011.

Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, preciso que o leitor reconhea a ligao entre seus elementos. Nesse texto, a coeso construda predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O fragmento do texto em que h coeso por elipse do sujeito :

a) [...] a palavra gripe nos chegou aps uma srie de contgios entre lnguas.

b) Partiu da Itlia em 1743 a epidemia de gripe [...].

c) O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava influncia dos astros sobre os homens.

d) O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...].

e) Supe-se que fizesse referncia ao modo violento como o vrus se apossa do organismo infectado.

3. (Enem 2011)

Cultivar um estilo de vida saudvel extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas tambm de problemas como morte sbita e derrame. Significa que manter uma alimentao saudvel e praticar atividade fsica regularmente j reduz, por si s, as chances de desenvolver vrios problemas. Alm disso, importante para o controle da presso arterial, dos nveis de colesterol e de glicose no sangue. Tambm ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade fsica, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento mdico e moderao, altamente recomendvel.

ATALIA, M. Nossa vida. poca. 23 mar. 2009.

As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relaes que atuam na construo do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

a) a expresso Alm disso marca uma sequenciao de ideias.

b) o conectivo mas tambm inicia orao que exprime ideia de contraste.

c) o termo como, em como morte sbita e derrame, introduz uma generalizao.

d) o termo Tambm exprime uma justificativa.

e) o termo fatores retoma coesivamente nveis de colesterol e de glicose no sangue.

4. Sobre a coeso textual, esto corretas as seguintes proposies:

I. A coeso textual est relacionada com os componentes da superfcie textual, ou seja, as palavras e frases que compem um texto. Esses componentes devem estar conectados entre si em uma sequncia linear por meio de dependncias de ordem gramatical.

II. A coeso imaterial e no est na superfcie textual. Compreender aquilo que est escrito depender dos nveis de interao entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto pode apresentar mltiplas interpretaes.

III. Por meio do uso adequado dos conectivos e dos mecanismos de coeso, podemos evitar erros que prejudicam a sintaxe e a construo de sentidos do texto.

IV. A coeso obedece a trs princpios: o princpio da no contradio; princpio da no tautologia e o princpio da relevncia.

V. Entre os mecanismos de coeso esto a referncia, a substituio, a elipse, a conjuno e a coeso lexical.

a) Apenas V est correta.

b) II e IV esto corretas.

c) I, III e V esto corretas.

d) I e III esto corretas.

e) II, IV e V esto corretas.

Gabarito

Resposta Questo 1

Alternativa a.

Resposta Questo 2

Alternativa e. A forma verbal fizesse tem seu sujeito oculto, fazendo referncia ao vocbulo viral grippe, que significa agarrar. Caso o fragmento fosse reescrito com o sujeito explcito, teramos: Supe-se que o vocbulo grippe fizesse referncia ao modo violento como o vrus se apossa do organismo infectado.

Resposta Questo 3

Alternativa a. A expresso Alm disso estabelece coeso, dando sequncia s ideias ditas anteriormente.

Resposta Questo 4

Alternativa c. As proposies II e IV fazem referncia coerncia textual, elemento indispensvel para a construo de sentidos de um texto.

Parte III

Texto para os exerccios 1 a 4

Na aurora dos anos sessenta, Jlio Cortzar anunciou o fim da leitura e o desaparecimento dos leitores, num mundo de tal forma saturado de escrita que os livros deixam de ser palavras que circulam: so s objetos que entulham o espao.

verdade que as leituras, ou ainda, as no-leituras de alguns nunca contriburam tanto para que outros escrevessem: discursos de jornalistas, pedagogos ou polticos prescrevendo como salvar o que ainda pode ser salvo; discursos de historiadores, socilogos e semilogos analisando o que se l, de que forma se l ou no se l, para compreender como se chegou a esse ponto. E mesmo quando procuram se distanciar de seu objeto, os trabalhos cientficos sobre a leitura fazem parte dos universos que estudam. Quaisquer que sejam seus temas, mtodos e concluses, tais trabalhos constituem a maior prova de que o gesto de ler, indissocivel do ingresso na modernidade cultural, perdeu sua transparente evidncia.

Hoje, as grandes esperanas ligadas a uma diviso igualitria do ler parecem decepcionantes e os debates pblicos soam como uma queixa unnime (no se l mais!), denunciando uma molstia social inaceitvel que atinge tanto os grevistas iletrados e as crianas que fracassam na escola como os dirigentes de empresas das nossas sociedades tcnicas.

Anne-Marie Chartier e Jean Hbrard. Discursos sobre a leitura 1880-1980.

1. No pargrafo introdutrio do texto, com quais recursos dissertativos os autores procuram envolver o leitor na discusso que apresentam?

2. Que tipo de argumentao alicera o segundo pargrafo do texto? Com que finalidade?

3. Em que sentido o terceiro pargrafo apresenta coeso e coerncia em relao aos anteriores?

4. Por quais razes podemos afirmar que o texto lido constitui uma dissertao clssica?

Instruo para os exerccios de 5 a 14

Corrija os erros de coeso que ocorrem nas frases que seguem.

5. Conheci Maria Elvira, onde me amarrei.

6. Ele sempre foi bom, porm honesto.

7. Os alunos no entenderam todos os assuntos. Assuntos estes que foram aprofundados.

8. Todos querem uma vaga na USP, mesmo sabendo que a USP faz exames de seleo rigorosos.

9. Os artistas sempre foram marginais. Eles tm, s vezes, momentos de glria, mas eles sobrevivem por teimosia. Apesar de tudo da fama e da decadncia -, os artistas so uma espcie de espelho da sociedade.

10. Eles fugiam da polcia. A polcia foi mais rpida e prendeu eles.

11. Ele era escritor srio e ela era professora honesta e o poder cegou eles.

12. H um grande nmero de pessoas que no entendem e no se interessam por poltica.

13. Lembrou-se que havia um bilhete. Bilhete este que desapareceu entre os velhos papis da escrivaninha.

14. Fritz Muller preferia bacalhoada e Severina preferia feijoada. Ele, Fritz Muller, no sabia pedir e ela, Severina, no sabia obedecer.

Gabarito dos exerccios de coeso textual

1. Os autores procuram envolver o leitor na discusso que apresentam, delimitando o tema e o ponto de vista a ser defendido: a crise da leitura no mundo moderno, associada saturao da escrita.

2. No segundo pargrafo, com a finalidade de desenvolver as ideias apresentadas na introduo, os autores enumeram diversos discursos sobre leitura provocados exatamente pela falta de leitores e assim justificam por meio de exemplos a tese apresentada.

3. Na medida em que apresentam a concluso, reafirmando a tese ou o ponto de vista apresentado e desenvolvido argumentativamente, os autores ao mesmo tempo retomam (coeso) e generalizam (coerncia com o contexto dissertativo) suas afirmaes.

4. Podemos afirmar que o texto lido constitui uma dissertao clssica porque ele se estrutura em trs pargrafos, que apresentam a seguinte configurao: o primeiro pargrafo introduz o tema, delimitando o ponto de vista a ser defendido, no segundo aparecem os argumentos que o sustentam e, finalmente, no terceiro, h uma concluso, que reafirma e generaliza o que foi colocado.

5. Conheci Maria Elvira, pela qual me apaixonei (ou qual me liguei). Erros: emprego do conectivo (onde) e de impropriedade vocabular (amarrei).

6. Ele sempre foi bom e honesto. Erro: emprego do conectivo (porm).

7. Os alunos no entenderam todos os assuntos que foram aprofundados. Erros: emprego do anafrico e de repetio.

8. Todos querem uma vaga na USP, mesmo sabendo que ela faz exames de seleo rigorosos. Erro: repetio. Correo: uso do anafrico ela.

9. Os artistas sempre foram marginais. Tm, s vezes, momentos de glria, mas sobrevivem por teimosia. Apesar de tudo da fama e da decadncia , so uma espcie de espelho da sociedade. Erro: repetio. Correo: Obter-se-ia a coeso por elipse do sujeito.

10. Eles fugiam da policia que os prendeu. Erro: repetio. Correo: emprego de anafricos (gue e os).

11. Ele era escritor srio, e ela, professora honesta, mas o poder cegou-os (ou os cegou). Erros: repetio e uso inadequado do conectivo. Correo: elipse do verbo ser, uso do anafrico os, emprego correto do conectivo mas.

12. H um grande nmero de pessoas que no entendem poltica e no se interessam por ela. Erro: emprego da mesma palavra relacional (preposio por) para verbos que regem preposies diferentes (erro de unificao regencial). Correo: explicitar a regncia do verbo entender (rege objeto direto, nesse contexto), aproximar dele o termo poltica e retom-lo depois com o anafrico ela, regido pela preposio por (obrigatria para ligar objeto indireto)

13. Lembrou-se de que havia um bilhete que desapareceu entre os velhos papis da escrivaninha. Erros: o verbo lembrar-se rege preposio de (erro de emprego do conectivo), repetio (falta de anafrico). Correo: preposio de obrigatria e uso do anafrico que.

14. Fritz Muller preferia bacalhoada, e Severina, fejjoada. Aquele no sabia pedir, e esta no sabia obedecer. Erro: repeties desnecessrias. Correo: elipse do verbo preferir e uso dos anafricos aquele e esta.

Parte IV

1- Assinale a opo que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo.

O fenmeno da globalizao econmica ocasionou uma srie ampla e complexa de mudanas sociais no nvel interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangncia _________ tais mudanas ocorrem, preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudana existiu como algo inerente ao sistema social.

(Adaptado de texto da Revista do TCU, n82)

a) No obstante com que

b) Portanto de que

c) De maneira que a que

d) Porquanto ao que

e) Quando de que

2- Marque a seqncia que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente.

A viso sistmica exclui o dilogo, de resto necessrio numa sociedade ________ forma de codificao das relaes sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem no precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automticos que jamais foram objeto de discusso dos interessados.

(Barbara Freytag, A Teoria Crtica Ontem e Hoje, pg. 61, com adaptaes)

a) em que posto que

b) onde em que

c) cuja j que

d) na qual todavia

e) j que - porque

3. Leia o texto a seguir e assinale a opo que d seqncia com coerncia e coeso.

Em nossos dias, a tica ressurge e se revigora em muitas reas da sociedade industrial e ps-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidados e as organizaes, encarando construtivamente as inmeras modificaes que so verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivduo passa a aferir-se pela relao deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizaes de que participa e com a prpria sociedade em que est inserido.

(Jos de vila Aguiar Coimbra Fronteiras da tica, So Paulo, Editora SENAC, 2002).

a) A sociedade moderna, no entanto, proclamou sua independncia em relao a esse pensamento religioso predominante.

b) Mesmo hoje, nem sempre so muito claros os limites entre essa moral e a tica, pois vrios pensadores partem de conceitos diferentes.

c) No de estranhar, pois, que tanto a administrao pblica quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas ticos e suas respectivas solues.

d) A cincia tambm produz a ignorncia na medida em que as especializaes caminham para fora dos grandes contextos reais, das realidades e suas respectivas solues.

e) Paradoxalmente, cada avano dos conhecimentos cientficos, unidirecionais produz mais desorientao e perplexidade na esfera das aes a implementar, para as quais se pressupe acerto e segurana.

4- Assinale a opo que no constitui uma articulao coesa e coerente para as duas partes do texto.

O capital humano a grande ncora do desenvolvimento na Sociedade de Servios, alimentada pelo conhecimento, pela informao e pela comunicao, que se configuram como peas-chave na economia e na sociedade do sculo XXI. _____________,no mundo ps-moderno, um pas ou uma comunidade equivale sua densidade e potencial educacional, cultural e cientfico-tecnolgico, capazes de gerar servios, informaes, conhecimentos e bens tangveis e intangveis, que criem as condies necessrias para inovar, criar, inventar.

(Aspsia Camargo, Um novo paradigma de desenvolvimento)

a) Diante dessas consideraes,

b) necessrio considerar a idia oposta de que,

c) Partindo-se dessas premissas,

d) Tendo como pressupostos essas afirmaes,

e) Aceitando-se essa premissa, preciso considerar que,

5- Assinale a opo que no representa uma continuao coesa e coerente para o trecho abaixo.

preciso garantir que as crianas no apenas fiquem na escola, mas aprendam, e o principal caminho para isso, alm de investimentos em equipamentos, o professor. preciso fazer com que o professor seja um profissional bem remunerado, bem preparado e dedicado, ou seja, investir na cabea, no corao e no bolso do professor.

a) Qualquer esforo dessa natureza j tem sido feito h muitos anos e comprovou que os resultados so irrelevantes, pois no h uma importao de tecnologia educacional.

b) Tal investimento no custaria mais, em 15 anos, do que o equivalente a duas Itaipus.

c) Esse esforo financeiro custaria muito menos do que o que ser preciso gastar daqui a 20 ou 30 anos para corrigir os desastres decorrentes da falta de educao.

d) Isso custaria muitas vezes menos que o que foi gasto para criar a infra-estrutura econmica.

e) Um empreendimento dessa natureza exige como uma condio preliminar: uma grande coalizo nacional, entre partidos, lideranas, Estados, Municpios e Unio, todos voltados para o objetivo de chegarmos a 2022, o segundo centenrio da Independncia, sem a vergonha do analfabetismo.

(Adaptado de Cristovam Buarque, O Estado de S.Paulo, 09/7/2003)

6- Os trechos abaixo compem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os para que componham um texto coeso e coerente e indique a opo correta.

( ) O primeiro desses presidentes foi Getlio Vargas, que soube promover, com xito, o modelo de substituio de importaes e abriu o caminho da industrializao brasileira, colocando, em definitivo, um ponto final na vocao exclusivamente agrria herdada dos idos da colnia.

( ) O ciclo econmico subseqente que nos surpreendeu, sem dvida, foi a modernizao conservadora levada prtica pelos militares, de forte colorao nacionalista e alicerado nas grandes empresas estatais.

( ) Hoje, depois de todo esse percurso, o Brasil uma economia que mantm a enorme vitalidade do passado, porm, h mais de duas dcadas, procura, sem encontrar, o fio para sair do labirinto da estagnao e retomar novamente o caminho do desenvolvimento e da correo dos desequilbrios sociais, que se agravam a cada dia.

( ) Com JK, o pas afirmou a sua confiana na capacidade de realizar e pde negociar em igualdade com os grandes investidores internacionais, mostrando, na prtica, que oferecia rentabilidade e segurana ao capital.

( ) Em mais de um sculo, dois presidentes e um ciclo recente da economia atraram as atenes pelo xito nos programas de desenvolvimento.

( ) Juscelino Kubitschek veio logo depois com seu programa de 50 anos em 5, tornando a indstria automobilstica uma realidade, construindo moderna infra-estrutura e promovendo a arrancada de setores estratgicos, como a siderurgia, o petrleo e a energia eltrica.

(Emerson Kapaz, Dedos cruzados in: Revista Poltica Democrtica n 6, p. 39)

a) 1 - 2 - 4 - 5 - 6 - 3

b) 2 - 3 - 5 - 1 - 4 - 6

c) 2 - 5 - 6 - 4 - 1 - 3

d) 5 - 2 - 4 - 6 - 3 - 1

e) 3 - 5 - 2 - 1 - 4 - 6

7. Se cada perodo sinttico do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relaes semnticas que se estabelecem no trecho correspondem s idias expressas pelos seguintes conectivos:

a) X e Y mas W e Z.

b) X porque Y porm W logo Z.

c) X mas Y e W porque Z.

d) No s X mas tambm Y porque W e Z.

e) Tanto X como Y e W embora Z.

8. Indique a opo que completa com coerncia e coeso o trecho a seguir.

Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importncia e gravidade ao da educao. Nem mesmo os de carter econmico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstruo nacional. Pois, se a evoluo orgnica do sistema de um pas depende de suas condies econmicas,

a) subordina-se o problema pedaggico questo maior da filosofia da educao e dos fins a que devem se propor as escolas em todos os nveis de ensino.

b) impossvel desenvolver as foras econmicas ou de produo sem o preparo intensivo das foras culturais.

c) so elas as reais condutoras do processo histrico de arregimentao das foras de renovao nacional.

d) o entrelaamento das reformas econmicas e educacionais constitui fator de somenos relevncia para o soerguimento da cultura nacional.

e) s quais se associam os projetos de reorganizao do sistema educacional com vistas renovao cultural da sociedade brasileira.

Ateno: as prximas questes so de Verdadeiro ou Falso.

Como se tornar o nmero 1

Chegar ao posto mais alto de uma empresa no tarefa para acomodados. Exige talento, dedicao, persistncia e principalmente uma boa dose de sacrifcio. Segundo consultores de recursos humanos, justamente esse empenho e esprito de liderana que as empresas valorizam nos ocupantes de cargos mais altos. A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de tomar decises, fazer as coisas acontecerem, diz o diretor da Top Human Resources, de So Paulo.

A qualificao profissional tambm um dos principais aspectos para se alcanar o posto mais alto. Qualquer executivo tem de investir sempre em sua educao, enfatiza outro diretor de recursos humanos. Seno voc ser um computador sem software, completa.

Traar metas profissionais outro aspecto fundamental para quem quer chegar ao topo. Nesse caso, a ambio acaba sendo uma boa aliada.

A intuio tambm uma boa arma na hora de dar um palpite em uma reunio. E, quem sabe, pode valer aquela promoo esperada...

Conhecer passo a passo cada etapa do processo de produo da empresa e do setor um dos principais fatores que levaram M.C.P. a uma carreira bem-sucedida.

Ele aponta ainda a importncia de valorizar os colegas. Ningum consegue as coisas sozinho. fundamental reconhecer a participao do grupo e sempre motiv-lo.

A primeira regra da cartilha daqueles que anseiam alcanar um alto cargo em uma corporao, de acordo com esses consultores, no permanecer estagnado em uma funo ou empresa por um longo perodo.

Daniela Paiva. Emprego e formao profissional. In Correio Braziliense, 23/6/2002.

Considerando o desenvolvimento das idias do texto acima, julgue a pertinncia das inseres sugeridas em cada pargrafo indicado nos itens abaixo, de modo a preservar os argumentos utilizados, as relaes de coeso e coerncia e a correo gramatical do texto.

9. Ao final do segundo pargrafo: Ciente disso, o economista R. B. nunca passou mais de um ano sem participar de algum tipo de especializao e considera que a aprendizagem que vai permitir que algum permanea na funo e obtenha resultados melhores.

10. Ao final do terceiro pargrafo: Pois, se no sabe o que quer, dificilmente o profissional vai alcanar uma funo significativa, alerta um consultor paulista.

11. Ao final do quarto pargrafo: Correr riscos com bom senso e ter uma boa percepo so necessrios para se tornar um lder, acrescenta um diretor da Executive Search.

12. Ao final do quinto pargrafo: Ele planejou, detalhe por detalhe, sua carreira de executivo na empresa X, qualificando-se por meio de cursos especializados e dedicando tempo, alm do horrio de expediente, ao aprimoramento de lnguas e pesquisas sobre o mercado.

13. Ao final do sexto pargrafo: O executivo da CBI, J. S., concorda com M. C. P. e acrescenta: Voc tem de reconhecer a importncia de cada um e as dificuldades de sua equipe.

Julgue os itens subseqentes com relao aos recursos de coeso textual e adequao das palavras e da pontuao utilizadas no texto acima.

14. O adjetivo acomodados, no primeiro perodo, est empregado, textualmente, em oposio ao conjunto de substantivos expressos em talento, dedicao, persistncia e principalmente uma boa dose de sacrifcio, no perodo seguinte, que, por sua vez, podem ser interpretados como resumidos em esse empenho, no terceiro perodo.

15. Para que o texto fosse adequado ao tema e aos leitores em potencial, o estilo muito informal de linguagem e, especialmente, o ttulo deveria sofrer ajustes retricos de modo a se tornarem mais coerentes com o gnero argumentativo utilizado.

16. O emprego de outro (terceiro pargrafo), tambm (quarto pargrafo) e ainda (sexto pargrafo) mostra que diferentes classes gramaticais podem desempenhar a funo de manter coeso textual entre os pargrafos e no texto como um todo.

17. Ao usar, to freqentemente, o recurso do discurso alheio, o autor do texto toma o cuidado de marcar por aspas aquelas afirmaes acerca das quais no tem muita certeza ou que so empregadas com ironia.

18. De acordo com o desenvolvimento da argumentao, a troca de lugar entre o ltimo perodo sinttico do texto e o primeiro preservaria a coerncia e a coeso textuais.

Leia o texto a seguir para responder s questes.

Os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 13/2/2002, constituem um texto, mas esto ordenados aleatoriamente.

I. Para chefes, o caso ainda mais complexo.Os que acham que seus subordinados nunca entendem o que eles falam precisam ficar atentos prpria conduta. Talvez o problema seja tanto de habilidade quanto de falta de comunicao.

II. E voc? Est pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas de seu departamento? Se a resposta no, cuide-se. Corra atrs de cursos de liderana, compre livros que lhe ensinem a expressar suas idias claramente.

III. O caixa da agncia bancria o mais indicado para liderar a equipe que vai propor alterao no desenho da rea de atendimento ao pblico, onde ficam as filas. O faxineiro deve tomar a frente do pessoal que decidir o local mais adequado para estocar material de limpeza.

IV. Competncia tcnica s um ingrediente necessrio liderana. Um bom coordenador tem de conseguir explicar como a tarefa sob seu controle vai contribuir para os resultados da companhia, ou da instituio.

Considerando que a organizao de um texto implica a ordenao lgica e coerente de seus fragmentos, julgue os itens a seguir quanto possibilidade de constiturem seqncias lgicas e coerentes para os fragmentos acima.

19. I, II, IV, III.

20. I, III, II, IV.

21. II, III, IV, I.

22. III, I, II, IV.

23. IV,III, I, II.

GABARITO

1.A

2.C

3.C

4.B

5.A

6.C

7.A

8

8.B

9.V

10.V

11.V

12.F

13.V

14.V

15.F

16.V

17.F

18.F

19.F

20.F

21.F

22.V

23.V

PARTE V

Exerccios de coeso textual - resolvido

1. Nestas questes, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por ponto final. Retire o ponto final e estabelea entre eles o tipo de relao que lhe parecer compatvel, usando para isso os elementos de coeso adequados.

a) O solo do Nordeste muito seco e aparentemente rido. Quando caem as chuvas, imediatamente brota a vegetao. (____________________________)

R. O solo do Nordeste muito seco e aparentemente rido, mas (porm, contudo, todavia), quando caem as chuvas, imediatamente brota a vegetao.

b) Uma seca desoladora assolou a regio Sul, principal celeiro do pas. Vai faltar alimento e os preos vo disparar. (____________________________)

R.Uma seca desoladora assolou a regio Sul, principal celeiro do pas, portanto (logo, por isso) vai faltar alimento e os preos vo disparar.

c) Vai faltar alimento e os preos vo disparar. Uma seca desoladora assolou a regio sul, principal celeiro do pas. (____________________________)

R.Vai faltar alimento e os preos vo disparar, pois (j que, visto que, porque...) uma seca desoladora assolou a regio Sul, principal celeiro do pas.

d) O trnsito em So Paulo ficou completamente paralisado dia 15, das 14 s 18 horas. Fortssimas chuvas inundaram a cidade. (____________________________)

R. O trnsito em So ficou completamente paralisado dia 15, das 14h s 18h, porque fortssimas chuvas inundaram a cidade.

2. Estas questes apresentam problemas de coeso por causa do mau uso do conectivo, isto , da palavra que estabelece a conexo. A palavra ou expresso conectiva inadequada vem em destaque. Procure descobrir a razo dessa impropriedade de uso e substituir a forma errada pela correta.

a) Em So Paulo j no chove h mais de dois meses, apesar de que j se pense em racionamento de gua e energia eltrica.

R.Em So Paulo, j no chove h mais de dois meses, portanto (por isso, logo) j se pensa em racionamento de gua e energia eltrica.

b) As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se no existisse perigo algum, mas o policial continua folgadamente tomando o seu caf no bar.

R.As pessoas caminham pelas ruas despreocupadas, como se no existisse perigo algum, enquanto o policial folgadamente continua tomando o seu caf no bar.

c) Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado do gramado do Maracan no dos piores.

R.Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, apesar de o estado do gramado do Marcan no ser dos piores.

d) Uma boa parte das crianas mora muito longe, vai escola, com fome, onde ocorre o grande nmero de desistncias.

R.Uma boa parte das crianas mora muito longe, vai escola com fome, por isso ocorre o grande nmero de desistncias.

3. Os pargrafos apresentados a seguir tm problemas estruturais devido falta de coeso entre as oraes que os constituem. Procure reescrev-los fazendo apenas as alteraes necessrias para eliminar os problemas identificados.

a) Embora ele seja conhecido por todos e apesar de conviverem com Joo h dez anos ningum sabe se ele gosta de futebol.

R. Elas convivem com Joo h dez anos e, embora o conheam, no sabem se gosta de futebol.

b) Depois que surgiu a internet, a impresso que se tem de que o mundo diminuiu de tamanho, no no sentido literal, apenas porque as distncias parecem no existir mais.

R.Depois do sugimento da internet, tem-se a impresso de que o mundo diminuiu de tamanho, porque as distncias parem no existir mais.

c) Fiquei decepcionado com os resultados do jogo e quando meu irmo me disse que eu no iria poder sair com ele aquela noite.

R.Fiquei decepcionado com o resultado do jogo. A segunda decepo que tive foi quando meu irmo me disse que eu no poderia sair com ele aquela noite.

d) Escutamos uma pessoa forando a janela da sala e um barulho.

R. Escutamos o barulho de uma pessoa forando a janela na sala.

4. Na elaborao dos perodos, a mesma palavra foi utilizada vrias vezes. Reescreva-os utilizando-se de outros mecanismos coesivos que no seja a repetio.

a) Eu falei com ele que voc no queria que os pintores ficassem trabalhando o dia todo porque eles no sabem que o silncio indispensvel para que voc possa se concentrar e trabalhar.

R. Eu falei com ele que voc no queria que o pintores ficassem trabalhando o dia todo porque eles no sabem que o silncio indispensvel para que voc possa se concentrar e trabalhar.

b) Muitos alunos confessaram que no haviam estudado a matria que caiu na prova de Matemtica que foi marcada para aquele dia pelo professor que a elaborou.

R. Muitos alunos confessaram no haver estudado a matria que caiu na prova de Matemtica marcada para aquele dia pelo professor.

c) Pediram que eu devolvesse o filme que me foi emprestado pela biblioteca da escola no fim do bimestre que passou para que ele pudesse ser emprestado a outro aluno.

R. Pediram que eu devolvesse o filme que me foi emprestado pela biblioteca da escola no fim do bimestre passado para ele poder ser emprestado a outro aluno.

5. Faa o que for necessrio para evitar a ambigidade e/ou a incoerncia dos perodos a seguir.

a) Desde os quatro anos minha me me ensinava a ler e escrever.

R.Minha me me ensinava a ler e escrever desde que eu tinha quatro anos.

b) Vendo televiso nos EUA, as propagandas me chamaram a ateno.

R. Quando eu estava vendo teviso nos EUA, as propagandas me chamaram a ateno.

c) Andando pela calada, o nibus derrapou e pegou o funcionrio quando entrava na livraria.

R.O nibus derrapou e pegou o funcionrio que estava andando na calada no nomento em que entrava na livraria.

d) Chegado ao aeroporto, o avio levantava vo.

R. Chegado ao aeroporto, o avio j leantava vo.

e) Depois da consulta o ginecologista lhe disse que estava esperando um beb.

R. Depois da consulta, o ginecologista lhe disse que ela estava esperando um beb.

f) Ouvindo sua resposta, o carro parou e Mrcia saiu sem que eu pudesse responder-lhe.

R.Eu ouvia a resposta de Mrcia quando o carro parou e ela desceu sem que eu pudesse responder-lhe.

g) O celular tocou ao entrar em casa para pegar a chave do carro.

R.Quando a pessoa entrou em casa para pegar a chave do carro, seu celular tocou.

h) Para no ser atacado, o co teve que ficar preso.

R. Para que a pessoa no fosse ataca, o co teve que ficar preso.

i) Durante o noivado, Joana pediu que Eduardo se casasse com ela vrias vezes.

R. Durante o noivado, Joana pediu vrias vezes a Eduardo que se casasse com ela.

j) Alugam-se quartos, a moas, com banheiro anexo no primeiro andar.

R. Alugam-se a moas quartos no 1. andar, com banheiro.

PARTE VI

Exerccio 1: (UDESC 2008)

Identifique a ordem em que os perodos devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.)

I - Elas no so mais feitas em locais precrios, e sim em grandes estdios onde h cuidado com a higiene.

II - As tcnicas se refinaram: h mais cores disponveis, os pigmentos so de melhor qualidade e ferramentas como o laser tornaram bem mais simples apagar uma tatuagem que j no se quer mais.

III - Vo longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia velha ncora de marinheiro.

IV - Nos ltimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser smbolo de rebeldia de um estilo de vida marginal .

Assinale a alternativa que contm a seqncia correta, em que os perodos devem aparecer.

A) II, I, III, IV

B) IV, II, III, I

C) IV, I, II, III

D) III, I, IV, II

E) I, III, II, IV

Exerccio 2: (FCC 2007)

O emprego do elemento sublinhado compromete a coerncia da frase:

A) Cada poca tem os adolescentes que merece, pois estes so influenciados pelos valores socialmente dominantes.

B) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, por conseguinte alguns ainda resistem ao pragmatismo moderno.

C) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao adolescente, bem como alimentar a confiana em sua prpria capacidade criativa.

D) A menos que se mudem alguns paradigmas culturais, as geraes seguintes sero to conformistas quanto a atual.

E) H quem fique desanimado com os jovens de hoje, porquanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar mais alto.

Exerccio 3: (ACAFE 2009)

Assinale a frase correta quanto s normas gramaticais do portugus padro, coeso textual e coerncia.

A) Em Florianpolis, os salrios so, em mdia, 50% menores do que os de Braslia, mas, apesar do custo de vida ser menor.

B) O Chico Oliveira foi o nico namorado que tive; eu conheci ele atravs da internet e logo fiquei locamente apaixonada.

C) O Estatuto da Cidade avanou com relao CF, ao prever a obrigatoriedade do Plano Diretor no-s para cidades com mais de vinte mil habitantes (art. 182, pargrafo 2), como tambm em outras hipteses [...]

D) O MPE encaminhou um oficio Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano solicitando informaes sobre estgio que est o projeto e a execuo do projeto, se foram feitos EIA/RIMA, EIV e GDU da obra e se esta possui Licena Ambiental de Operao e se foi realizada audincia pblica para esclarecer populao sobre a obra.

E) A taxa de desemprego subiu para 9,4% em maio, a maior desde 1983, mas a perda de postos de trabalho ficou em 345 mil, bem inferior ao esperado, de 520 mil vagas.

Exerccio 4: (UFPR 2010)

Entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA. Assinale a alternativa cujo texto pode ser concludo coerentemente com essa afirmao.

A) Sara Mendes deu incio a um processo na justia, para que Tiago Costa assuma a paternidade de seu filho Cssio. Tiago no fez o exame de DNA, mas assume como muito provvel ser ele o pai do menino. Cssio alega que o exame no conclusivo, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

B) Adriano um rapaz muito presunoso e no admite que lhe cobrem nada. A namorada lhe pediu um exame de DNA, para esclarecer a paternidade de Amanda, sua filha. Adriano disse que no faria o exame. A namorada disse que toda essa presuno serviria para o juiz atestar a paternidade, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

C) Carlos de Almeida responde processo na justia por no querer reconhecer como seu o filho de Diana Santos, sua exnamorada. Carlos se recusou a fazer o exame de DNA, o que permite ao juiz lavrar a sentena que o indica como pai da criana, porque entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

D) Alessandro presume que Caio seja seu filho. Sugeriu a Telma um exame de DNA. Telma disse no ser necessrio, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

E) Mrio e Felipe so primos. Mrio extremamente vaidoso, pretensioso. Felipe um rapaz calmo e muito simples. Os dois namoraram Teresa na mesma poca. Teresa teve uma filha e entrou na justia para exigir dos dois primos um exame de DNA. O juiz disse que no era necessrio, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

Exerccio 5: (UFPR 2010)

Considere as seguintes sentenas.

Ainda que os salrios estejam cada vez mais defasados, o aumento de preos diminui consideravelmente seu poder de compras.

O Governo resolveu no se comprometer com nenhuma das faces formadas no congresso. Desse modo, todos ficaro vontade para negociar as possveis sadas.

Embora o Brasil possua muito solo frtil com vocao para o plantio, isso conseguiu atenuar rapidamente o problema da fome.

Choveu muito no inverno deste ano. Entretanto, novos projetos de irrigao foram necessrios.

As expresses grifadas NO estabelecem as relaes de significado adequadas, criando problemas de coerncia, em:

A) 2 apenas.

B) 1 e 3 apenas.

C) 1 e 4 apenas.

D) 2, 3 e 4 apenas.

E) 2 e 4 apenas.

GABARITO

1. Resoluo:

Para responder corretamente esta questo necessrio observar os elementos de coeso, tais quais pronomes, conectivos, elementos anafricos e catafricos, pois assim perceber-se- o mecanismo de ligao entre as frases para formar um perodo. A sequncia correta a seguinte:

IV Nos ltimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser smbolo de rebeldia de um estilo de vida marginal .

I Elas no so mais feitas em locais precrios, e sim em grandes estdios onde h cuidado com a higiene.

II As tcnicas se refinaram: h mais cores disponveis, os pigmentos so de melhor qualidade e ferramentas como o laser tornaram bem mais simples apagar uma tatuagem que j no se quer mais.

III Vo longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia velha ncora de marinheiro.

A primeira parte (IV) assinalada pela expresso Nos ltimos dez ou quinze anos que tpica de um incio de pargrafo, situando em determinado tempo o que se pretende dizer a seguir. A ltima, por sua vez, pode ser percebida pela expresso enfim, que utilizada em frases conclusivas. A segunda frase (I) percebida pelo pronome elas que faz referncia s tatuagens, assunto introduzido na primeira frase (IV), e a terceira (II) fica a por excluso, pois no poderia ser a primeira nem a ltima, j que se trata de uma informao adicionais, nem conclusiva e nem introdutria, e j que no a segunda frase, pois a frase I se encaixou melhor neste local.

2. Resoluo:

A resposta a ser marcada a alternativa B. Neste caso, observa-se primeiramente o significado da expresso por conseguinte, e se ela se encaixa na correlao entre as frases 1 e 2 que so interligadas por meio dela. Na frase B, as duas frases ter uma relao de contrariedade, ou seja, mesmo os jovens tendo perdido a sua capacidade de sonhar alto, eles ainda no se entregaram ao pragmatismo moderno, eles ainda resistem a esta doutrina. Neste caso, o conectivo adequado seria uma conjuno adversativa (sugesto: embora). O conectivopor conseguinte d a ideia de consequncia (portanto), o que no o caso da correlao entre estas duas frases, ou seja, uma no consequncia da outra. Uma forma de corrigir este perodo seria a seguinte: Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, embora alguns ainda resistam ao pragmatismo moderno.

3. Resoluo:

Neste exerccio deve ser assinalado o item que no apresenta nenhuma falha quanto a regras gramaticais, coeso e coerncia. Este item a letra E: "A taxa de desemprego subiu para 9,4% em maio, a maior desde 1983, mas a perda de postos de trabalho ficou em 345 mil, bem inferior ao esperado, de 520 mil vagas.".

Na letra A a falha se d na coeso e coerncia, pois os conectivos utilizados mas, apesas de no correspondem a correlao entre as duas frases, fazendo, at mesmo, com que o sentido do perodo fique incompleto. Uma sugesto para corrigir seria trocar pela locuo conjuntiva devido a: "Em Florianpolis, os salrios so, em mdia, 50% menores do que os de Braslia, devido ao custo de vida ser menor".

Na letra B h duas falhas gramaticais: a primeira na colocao pronominal do pronome ele que no utilizado como objeto direto. O correto seria utilizar o pronome oblquoo: Eu o conheci atravs da internet. A segunda na grafia da palavra locamente: o correto seria loucamente.

A incorreo da letra C tambm gramatical, atravs: 1. da utilizao da vrgula aps CF, que no necessria, visto que se trata de uma relao temporal; 2. da utilizao do hfen entre as palavras no e s, que so palavras distintas e no h motivo para serem ligadas por hfen.

Na letra D h algumas incorrees:

1. a ausncia do artigo o antes da palavra estgio que tem a funo de determinar a palavra seguinte, j que se trata de um estgio especfico e no de qualquer estgio.

2. ausncia da preposio em aps a palavra estgio (o estgio em que est), que exigida pela regncia verbal do verbo ESTAR.

3. ausncia dos dois pontos : aps a palavra projeto para indicar que ir iniciar uma lista ou enumerao.

4. repetio da conjuno e, quando deveria ter sido utilizada a vrgula para separar os itens da enumerao: se foram feitos EIA/RIMA, EIV e GDU da obra e se esta possui Licena Ambiental de Operao e se foi realizada audincia pblica para esclarecer populao sobre a obra.

Corrigindo todo o perodo, ele ficaria assim: O MPE encaminhou um oficio Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano solicitando informaes sobre o estgio em que est o projeto e a execuo do projeto: se foram feitos EIA/RIMA, EIV e GDU da obra, se esta possui Licena Ambiental de Operao e se foi realizada audincia pblica para esclarecer populao sobre a obra.

4. Resoluo:

A resposta que apresenta coerncia a letra C.

A incoerncia apresentada pela letra A se d na utilizao da conjuno pois, que conclusiva e no se aplica a afirmao: Cssio alega que o exame no conclusivo, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA. O correto seria: Cssio alega que o exame no conclusivo, embora tenha entrado em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

A incoerncia apresentada na letra B se d pelo fato de ser utilizada a palavra presuno (opinio geralmente infundada ou exagerada de si mesmo; pretensioso;) no mesmo sentido que fora utilizado na lei, que no sentido de ao ou efeito de presumir. A namorada disse que toda essa presuno serviria para o juiz atestar a paternidade, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

A letra D apresenta, mais uma vez, um erro de interpretao do texto da lei, pois o texto afirma que o prprio pai presume que o filho seja seu, e por isso quer fazer o teste de DNA para confirmar. A me que recusa. Ou seja, o caso no se aplica ao que a lei afirma: converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA. O texto no pode, pois, ser concludo com esta afirmao.

A letra E tambm no pode ser concluda com a afirmao sugerida no enunciado, pois neste caso os dois pais so suspeitos e nenhum dos dois se recusou a fazer o teste de DNA, portanto o juiz no poderia fazer tal afirmao: O juiz disse que no era necessrio, pois entrou em vigor a lei que converte em presuno de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.

5. Resoluo:

As opes que apresentam problemas de coerncia so as frases 1 e 3. Sendo assim, a opo que deve ser assinalada a letra B.

Na frase 1 a incoerncia se d no uso do conectivo ainda que, tendo em vista que uma frase consequncia da outra. Uma forma de corrigir e deixar o perodo coerente seria a seguinte: Devido aos salrios estarem cada vez mais defasados, o aumento de preos diminui consideravelmente seu poder de compras.

Na frase 3 Embora o Brasil possua muito solo frtil com vocao para o plantio, isso conseguiu atenuar rapidamente o problema da fome. o problema , mais uma vez, a utilizao da conjuno, que indica adversidade, enquanto a correlao entre as frases de consequncia. Uma forma de corrigir seria mudar a conjuno, da seguinte maneira: Como o Brasil possui muito solo frtil com vocao para o plantio, isso conseguiu atenuar rapidamente o problema da fome.. A frase est coerente, porm talvez no esteja verdadeira, j que no Brasil o problema da fome talvez no tenha sido atenuado.