cidadania
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Existem palavras em nosso dia-a-dia que são faladas a todo momento. Uma delas é
CIDADANIA
Escutamos e lemos esta palavra o tempo todo e em diversas
situações: cidadania ambiental, cidadania brasileira, cidadania global, cidadania pelas águas,
cidadania pela saúde, etc.
A palavra cidadania é um substantivo abstrato, usada
normalmente para significar “uma qualidade ou estado do ser
humano”. Ou seja, a qualidade ou estado de ser um cidadão.
Cidadania deriva da palavra cidade + o sufixo “ia”, que indica “qualidade, estado, propriedade, dignidade, lugar de alguém ou
alguma coisa”.
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões,
ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”.
(Dalmo Dallari)
Apesar dos termos cidadania, cidade e cidadão serem comuns
em nossa vida, suas origens remotam ao início da Civilização. Cidadania, por exemplo, tem seu significado relacionado à origem e
à vida da Humanidade nas cidades.
Tanto na sociedade greco-romana (500 anos antes de Cristo) como na Idade Média (de 500 até 1400 D.C.) o direito à cidadania era para um
pequeno e privilegiado grupo.
Em Atenas, na Grécia, cidadania era uma qualidade reservada aos
indivíduos de sexo masculino, acima de 18 anos, nascidos de
pai e mãe atenienses, que possuíssem bens materiais.
As mulheres, crianças e escravos não tinham o direito à cidadania, além de serem excluídos da vida
política.
Em Roma somente os homens e as mulheres livres (10% da
população) podiam ostentar o status de cidadãos romanos.
Os escravos (estrangeiros) que representavam a maioria da
população romana não tinham direito à cidadania.
Na Idade Média ou período feudal o direito à cidadania ou seja, o direito de decisão, era apenas
dado aos senhores feudais, pequeno e privilegiado grupo
formado por príncipes, duques, condes, seus cavaleiros ou
guerreiros que moravam nos castelos.
Da mesma forma como na sociedade greco-romana, na Era
Medieval a grande maioria da população, formada pelos servos ou vassalos, não era considerada
cidadão, ou seja não tinha privilégios de liberdade e participação no governo.
Foi a partir do Século XVIII, com o surgimento da Revolução
Francesa, em 1789, que a idéia de um homem-cidadão começou a mudar o mundo e modificar a nossa forma de pensar, sentir e
agir.
No Brasil, esta conquista ainda demoraria um pouco mais. Sendo
o último país do Novo Mundo a abolir a escravidão, somente com a Proclamação da República é que
o direito de voto foi ampliado. Mesmo assim, era restrito aos homens maiores de 21 anos.
As mulheres brasileiras, por exemplo, só alcançaram o direito ao voto a partir da Revolução de
1930.
O primeiro Código de Menores do Brasil surgiu em 1927.
A atenção à crianças e adolescentes, menores de 18 anos, só era preocupação do Estado em duas condições: o
abandono ou a infração penal.
A partir de 1986 começou a mobilização para influenciar a
Assembléia Nacional Constituinte.
O resultado da ação foi a inclusão do Artigo 227 da Constituição de 1988, dispondo sobre direitos da
criança e do adolescente.
Logo após, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), vêm
aplicar a "doutrina da proteção integral", indicada pela ONU. Por
esta visão todas as crianças e adolescentes devem ter especial
atenção para que obtenham proteção integral contra a violação
de seus direitos.
Para o ECA, criança é a pessoa com até 12 anos de idade incompletos.
Adolescente é a pessoa maior de 12 anos e menor de 18 anos de
idade.
Em 1959 a ONU (Organização das Nações Unidas)
criou um conjunto de direitos para as crianças. É a
Declaração Universal dos
Direitos da Criança.
Essa declaração assegura que todas as crianças tenham direitos iguais.
Elas não podem sofrer distinção ou discriminação por
motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.
Casa, comida e remédio não podem
faltar. Desde o nascimento, toda
criança tem direito a um nome e uma
nacionalidade, tem direito a crescer e se
desenvolver com saúde, alimentação,
habitação, recreação e assistência médica
adequadas.
Desde o momento em que nasce, toda criança se torna cidadã. E por isso, criança também tem direitos.
Não é porque são pessoas pequenas que as crianças são
menos importantes. Pelo contrário: elas devem receber
atenção especial, pois a infância é a fase mais importante da vida.
Cidadania imperfeita do Cidadania imperfeita do BrasilBrasil
O Brasil está impregnado de formas O Brasil está impregnado de formas de vida não-cidadã. A cor e o sexo de vida não-cidadã. A cor e o sexo
determinam desigualdades na determinam desigualdades na educação e na remuneração. O educação e na remuneração. O
aparelho judicial brasileiro, com seus aparelho judicial brasileiro, com seus complicados labirintos, faz da justiça complicados labirintos, faz da justiça uma barreira intransponível para os uma barreira intransponível para os
pobres. pobres.
O acesso às fontes de informação, às O acesso às fontes de informação, às fontes de poder e centros de tomadas fontes de poder e centros de tomadas de decisão, aos bens e serviços não é de decisão, aos bens e serviços não é o mesmo para os cidadãos de todos o mesmo para os cidadãos de todos
os pontos do território.os pontos do território.
Você vive isolado do mundo e das pessoas, fazendo o que quer, na hora em que bem entende? Provavelmente
não, certo?
Mesmo sem perceber, você já sabe o que é cidadania: todo mundo que vive
em sociedade tem deveres para cumprir e direitos para serem
respeitados.
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO
Cidadania é justamente essa relação de respeito com o meio em que a gente vive e as pessoas que fazem parte dele. Os deveres existem para organizar a vida em comunidade.
Em casa, na escola, na rua, no shopping – em qualquer lugar a gente vai
encontrar regrinhas, o que pode ser feito e o que não pode. Às vezes você perde a
paciência com tudo isso... Mas, se não fosse desse jeito, a convivência ficaria
impossível.
Os direitos existem para que cada um de nós tenha uma vida digna e decente, ainda que nem sempre
eles sejam respeitados.
Ser cidadão também é bater o pé para que os direitos não
sejam só leis no papel.
Ser cidadão não é só ter uma certidão
de nascimento, não! É também
praticar a cidadania, exigir
nossos Direitos, ser Gente Boa e não ter preconceitos, respeitar as leis e conhecer nosso
papel na Democracia.
Ser cidadão é também sair da toca e participar da vida em
comunidade. Você pode até achar que esse papo não tem nada a ver com seu dia-a-dia... mas tem sim!
Cada vez que você agir pensando não só em si
mesmo, mas também no bem-estar de todos, estará exercendo a
cidadania. Porque a cidadania não é
só direitos e deveres, mas também a
consciência de que devemos nos esforçar
para construir um mundo melhor, mesmo com
pequenas ações.
Toda vez que você jogar o lixo no lixo, fechar a torneira para
não desperdiçar água, respeitar quem é diferente de você, ajudar quem precisa (seja
auxiliando uma pessoa idosa a atravessar a rua ou doando
roupas e brinquedos que você não usa mais)...
...praticar atos que protejam o meio ambiente,
você estará contribuindo para
um mundo melhor. E fazendo parte dessa coisa
tão importante chamada
cidadania.
Cada pequena ação que realizamos
transforma nossas vidas e as vidas de
outras pessoas. Para ser um bom
cidadão basta perceber que não estamos
sozinhos: vivemos em comunidade, seja em
casa, na rua, na escola, na nossa cidade, no
nosso país e no planeta Terra.
No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes com o processo de
redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos que
andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e
de forma obrigatória, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas
que nos são impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a
vivência da cidadania.
Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz
e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre
“sim senhor”, a “engolir sapos”, a achar “normal” as injustiças, a
termos um “jeitinho’ para tudo, a não levar a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como estão é por
vontade Dele.
Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas
conquistados. Muitas vezes compreendemos os direitos como
uma concessão, um favor de quem está em cima para os que
estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é
construída e conquistada a partir da nossa capacidade de
organização, participação e intervenção social.
A cidadania não surge do nada como
um toque de mágica, nem tão pouco a simples
conquista legal de alguns direitos
significa a realização destes
direitos. É necessário que o cidadão participe,
seja ativo, faça valer os seus
direitos.
Simplesmente porque existe o Código do Consumidor,
automaticamente deixarão de existir os desrespeitos aos direitos
do consumidor ou então estes direitos se tornarão efetivos? Não!
Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os valer,
esses serão letra morta, ficarão só no papel.
Construir cidadania é
também construir novas relações e consciências. A cidadania é algo
que não se aprende com os
livros, mas com a convivência, na
vida social e pública.
É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa cidadania,
através das relações que estabelecemos com os outros, com a
coisa pública e o próprio meio ambiente.
A cidadania é tarefa que não termina.
A cidadania não é como um dever de casa, onde faço a minha parte,
apresento e pronto, acabou.
Enquanto seres imperfeitos que somos, sempre estaremos buscando,
descobrindo, criando e tomando consciência mais ampla dos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, pois novos desafios
na vida social surgirão, exigindo novas conquistas e, portanto, mais
cidadania.
“Vamos precisar de todo mundo. Um mais um é sempre mais que dois.”
Beto Guedes
Anda, quero te dizer nenhum segredo.Falo desse chão, da nossa casa,vem que tá na hora de arrumar.Tempo, quero viver mais duzentos anos. Quero não ferir meu semelhante,nem por isso quero me ferir.
O Sal da Terra
Beto Guedes
Vamos precisar de todo mundo prá banir do mundo a opressão. Para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor. A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver.
A paz na Terra, amor.
O pé na terra.
A paz na Terra, amor.
O sal da...
Terra és o mais bonito dos planetas. Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã.
Canta, leva tua vida em harmonia. E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã.
Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois. Prá melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão. Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois.
Deixa nascer o amor.
Deixa fluir o amor.
Deixa crescer o amor.
Deixa viver o amor.
FIM