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    Rede de Cidadanianas Ondas do RdioRede de Cidadania

    nas Ondas do Rdio

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    Rede de Cidadania nas Ondas do RdioEsta cartilha parte do projeto Rede de Cidadania nas Ondas do Rdio.

    Produo:

    Rua Teotnio Regadas, 26/403 CEP: 20021-360 Rio de Janeiro RJTelefones: 21.2242-8671 ou 2508-5204

    E-mail: [email protected]: www.criarbrasil.org.br

    Patrocnio

    Redao: Marina Vianna

    Produo: Tatiane Cardoso

    Design: A 4 Mos Comunicao e Design Ltda.

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    Rede de Cidadania

    nas Ondas do Rdio

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    REDEDECIDADANIANASONDASDORDIO

    assuntos de interesse da sua comunidade. Voc tem um espaoprecioso na sua emissora e pode aproveit-lo bastante levando

    ao seu ouvinte informaes importantes. A idia que sejam

    realizados debates, entrevistas e enquetes com os ouvintes e

    assim propiciar um maior movimento na programao de sua

    rdio, alm de reflexo dos assuntos que falam sobre cidadania

    de um modo geral.

    Aqui voc vai encontrar algumas dicas de como os comuni-

    cadores podem produzir seu prprio material. A possibilidade

    de uma produo regionalizada tambm contribui para ampliar

    a informao e conseqentemente para o maior exerccio dacidadania. No temos a pretenso de apresentar nenhuma

    receita, mas colocar sua disposio alguns ingredientes para

    que voc escolha a melhor forma de utiliz-los.

    Para aproveitamento eficiente deste material o radialista deve

    enfrentar alguns desafios importantes como:

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    REDEDECIDADANIANASONDASDORDIO

    Trabalhar atento s distintas realidades locais;

    Respeitar o conhecimento dos ouvintes e suas diferentes

    identidades culturais;

    No praticar qualquer ato de discriminao;

    Incentivar a liberdade de opinio, a reflexo crtica e o direito

    pergunta e dvida;

    Estar atento e colocar-se

    contra todas e quaisquer

    injustias e desigualdades

    sociais.

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    REDEDECIDADANIANASONDASDORDIO

    Respeitando esses princpios, o comunicador poder produzirprogramas que valorizem a comunidade, assim como os

    ouvintes, alm de estimular o exerccio pleno da cidadania.

    Incentive sempre os ouvintes a ligar ou escrever para sua emissora;

    Fale sempre o nmero do telefone da rdio, correio eletrnico e

    endereo. A participao e a opinio deles so muito importantes e apro-ximam a sua rdio da populao;

    No esquea que ao abrir espao para o ouvinte importante

    respeitar a opinio que ele expressa, mesmo que seja diferente da linha

    editorial do programa. Caso ele se coloque de forma que contraria s

    leis brasileiras, por exemplo, incentivando o racismo ou a violncia, ocomunicador deve registrar que a rdio no concorda com essa opinio.

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    DICASDEPROG

    RAMAO

    Povo-fala ou enquete

    O comunicador lana um questionamento no ar e convida os

    ouvintes a darem sua opinio.

    Ex:

    Voc pode perguntar a opinio sobre o consumo de bebidas alcolicaspelos jovens e como os pais devem reagir.

    Ao atender a ligao pergunte o nome de quem est falando, o bairro onde

    mora e sua opinio sobre o assunto. Tambm interessante saber a profis-

    so dele. Essas informaes ajudam os demais ouvintes a entender o

    perfil de quem est no ar.

    Dicas de programao

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    DICASDE

    PROGRAMAO

    DebateDuas ou mais pessoas com o perfil de interesse da comunidade

    ou que falem sobre um assunto que desperte curiosidade.

    Ex: Um mdico, uma autoridade, um pai ou um jovem debatendo sobre o uso

    de drogas.

    Com mais de trs pessoas pode ficar tumultuado e o comunicadorperder o controle;

    Debate significa confronto de opinies diferentes. isso que fazcom que este momento ganhe vida. Estimule o confronto de idias,

    sem confuso, claro;

    Tome cuidado para no privilegiar um ou outro debatedor. Faao possvel para dar tempos iguais a todos;

    Corte o convidado caso ele extrapole o assunto ou enrole muito

    para falar sobre ele;

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    DICASDEPROG

    RAMAO

    Se os entrevistados se empolgarem e todos falarem ao mesmotempo, no hesite em falar mais alto e interromper o falatrio,colocando ordem no estdio.

    Flash

    O flash um pequeno resumo de mais ou menos um minuto de

    algum acontecimento de interesse da comunidade.

    Se sua rdio possui reprter, use o flash como recurso para

    movimentar a programao e melhor informar a populao.

    Ex: Inaugurao de uma rea de lazer, campanha de vacinao.

    C t e e / 5 / /0 3: ge

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    DICASDE

    PROGRAMA

    O

    Ningum igual a ningum. Cada um com seu cada qual.Voc j deve ter ouvido essas frases vrias vezes, e so a pura

    verdade! Elas se aplicam, com certeza, para os entrevistados.

    Ento importante o entrevistador procurar perceber quem ele

    vai entrevistar. Vamos falar dos vrios tipos de entrevistados:

    Calado - o entrevistado que no gosta de falar. Precisa de muitasperguntas para que as respostas nasam. Pea exemplos do que

    ele est falando para esticar ao mximo a resposta. Muitas vezes,

    perguntar Por qu? tambm ajuda.

    Falastro - aquele que no pra de falar. O entrevistadorprecisa cortar sua fala e fazer outras perguntas.

    Engraado - o entrevistador no pode entrar na onda dele.Precisa conduzir a entrevista com seriedade para evitar muitas

    gracinhas.

    BLA-BLA-

    BLA-

    BLA

    -B

    LA

    -BLA

    -BLA-

    BLA-BLA-B

    LA

    -BLA-BLA-BL

    A-

    BLA

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    DICASDEPROG

    RAMAO

    Enrolo - aquele entrevistado que no quer responder pergunta feita e fala so que quer. Neste caso, no mude para o prximo tema. Insista na pergunta.

    Complicado - aquele que fala difcil, usa palavras que no socompreendidas. No pense duas vezes: pea para ele

    traduzir a informao, explicar de uma forma mais fcil.

    Tcnico - o entrevistado que usa muitos nmeros, siglas e dados que podemdeixar o ouvinte confuso. Solicite comparaes, pea para dizer o que isso

    representa e o impacto na vida do cidado.

    ntimo - a pessoa que quer aparentar umaligao forte com o comunicador para tirarproveito disso. Intimidade demais atrapa-

    lha e pode deixar voc constrangido quan-

    do for preciso fazer uma pergunta mais

    dura ou cobrar uma posio do entrevista-

    do. No entre no clima.

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    as afinal, como saber o que notcia? Essa dvida

    com certeza j passou pela cabea de todo radialista.Mas de uma coisa voc pode ter certeza: falar o que

    for interessante para a sua comunidade, como divul-

    gar um curso, dar dicas de economia, sade etc, envolvendo o

    maior nmero de pessoas, isso notcia! Faa pesquisa com

    seus ouvintes para saber o que eles gostariam de ouvir e tam-bm consideram importante.

    Dentre todos os veculos de informao, o rdio o mais infor-

    mativo, no s por ser o mais rpido, mas o que atinge o maior

    nmero de pessoas. Ningum est sozinho se tiver ao menos a

    companhia de um radinho de pilha. Ao mesmo tempo, a infor-((16))

    NOTCI

    A

    Notcia

    M

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    NOTCIA

    mao no rdio tambm acaba, por sua rapidez, se perdendoum pouco. A notcia escrita pode ser lida vrias vezes, na TV ela

    vem acompanhada de imagens o que facilita sua compreenso.

    No rdio a notcia no tem imagem nem repetio. Ento pre-

    ciso ter ateno a algumas regras bsicas para a notcia fluir e

    ser entendida com mais facilidade.

    Vamos a elas:

    Objetividade:

    no enrolar, ir direto aoponto, sem rodeios.

    Conciso:

    dizer exatamente aquilocomo , no usarpalavras redundantes,difceis, pouco usuaisou idias repetitivas.

    Clareza:

    colocar as idias deforma simples eordenada, como seconta uma histria.Use a linguagem queseu ouvinte entenda.

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    NOTCI

    A

    Para a informao ficar mais completa importante que elaresponda tambm a seis perguntas bsicas do jornalismo, o

    famoso lide:

    O qu? Qual o fato que se pretende divulgar?

    Quem? Quem est envolvido na notcia? Pessoas,entidades, entre outros.

    Quando? Em que espao de tempo o fato acontece, vai acontecer

    ou aconteceu?

    Onde? O lugar do fato. Se necessrio, com o endereo completo.

    Como? Em que circunstncia o fato aconteceu? De que

    maneira foi?

    Por qu? Qual a causa, o que est por trs da notcia?

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    N

    OTCIA

    Lembre-se, essas perguntas devem ser respondidas dentro da

    notcia, mas uma pode naturalmente ter mais peso que a

    outra. Quem est escrevendo deve ter a sensibilidade de

    observar isso.

    Tambm no existe necessariamente uma ordem para que as

    perguntas sejam respondidas. Faa seu texto de forma leve,organizando-o da melhor maneira.

    Como voc pde notar, a redao da notcia importante para

    uma boa compreenso do ouvinte, mas outros detalhes devem

    ser lembrados.

    A locuo, por exemplo, tem que ter uma ateno especial. Uma

    nota mal lida praticamente nula.

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    NOTCIA Evite impostar muito a voz para no parecer falso, mas tam-

    bm no leia uma notcia como se voc estivesse conversan-

    do numa mesa de bar.

    Seja o mais natural possvel, porm, sem ser informal.

    Uma boa dico facilita a compreenso do texto. Tenha ritmo

    ao falar.

    No leia rpido demais, pois os

    ouvintes podem no entender, nem

    muito devagar pois eles podem

    dormir!

    Valorize as palavras, mas cuidado

    para no exagerar.

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    S

    ONOPLASTIA

    Sonoplastia

    utro ponto de destaque uma transmisso limpa, semrudos. Use a sonoplastia para ficar mais atraente.

    A sonoplastia a comunicao atravs do som, uma tc-

    nica de reconstituio dos rudos, efeitos acsticos e musicais

    utilizada em programas de rdio. Esses sons deixam a progra-

    mao mais real, leve e divertida. Mas preciso ser cuidadoso,porque o exagero acaba levando ao erro. Excesso de sons

    podem confundir mais do que enfeitar a programao.

    O uso de spots muito vlido. Alm de informar e educar ele

    anima a programao.

    O

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    SONOPLASTIA

    RECURSOS

    CORTINA - quando se usa uma msi-

    ca para comear algum programa.

    FUNDO MUSICAL - usadodurante uma entrevista, con-versa com o ouvinte ou qual-

    quer outra programao paraficar mais animado ou desta-car o tema. Cuidado para noutilizar como fundo msicascom letras ou em altura quedificulte a compreenso daconversa.

    MSICAS - usadas paraabordar ou finalizar umatemtica.Ex: No caso de uma matria

    sobre os males causados pelofumo, pode-se utilizar amsica Proibido Fumar

    VINHETAS - so usadas em vriassituaes. Vinheta de abertura eencerramento de um programa,passagem de blocos, mudana de

    ambiente, entre outros.

    EFEITOS - usados para darmais realidade programao. a repetio de um som feito noestdio.

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    M

    ATRIASDEG

    AVETA

    Matrias de gaveta

    o notas ou matrias que so atemporais, isto , no

    identificam data. Podem ser usadas quando o dia estiver

    fraco de notcias ou para algum imprevisto. Assuntos

    como sade, nutrio e dicas de todo tipo so sempre bem

    recebidos pelos ouvintes.

    Outra opo interessante criar listas de 10 ou 20 (ou

    qualquer outro nmero redondo) com toques, dicas, su-

    gestes etc.

    Ex: Uma lista com 10 passos para fazer uma entrevista de emprego, ou 20

    dicas para se ter uma vida saudvel.

    S

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    MATRIASDEGAVET

    A Quando trabalhamos com comunicao contamos e fazemos

    histrias. A sua emissora faz parte do mundo do rdio e ajuda a

    construir a sua histria. Conhea um pouco de como as ondas

    comearam a se propagar no ar.

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    HISTRIADORDIONO

    BRASIL Em 7 de setembro de 1922, durante as comemoraes do cen-

    tenrio da independncia do Brasil, o ento presidente Epitcio

    Pessoa fez um discurso numa estao de 500 watts montada no

    alto do Corcovado, colocando no ar em carter experimental a

    Rdio Sociedade do Rio de Janeiro. Em seguida, os 80 aparelhos de

    rdio existentes na cidade captaram algumas msicas eruditas e

    aps a cerimnia a transmisso foi encerrada.

    Um ano depois, em 1923, Roquette Pinto e Henry Morize fundam

    definitivamente a Rdio Sociedade do Rio de Janeiro. Com progra-

    mas educativos e culturais, a nova emissora influencia vrias

    rdios amadoras que aparecem no pas na dcada de 20, como a

    Rdio Clube Paranaense, em Curitiba. Todas nascem como

    clubes ou sociedades e, como a legislao proibia a publici-

    dade, so sustentadas pelos associados.

    No incio da dcada de 30 muda a legislao e os comerciais

    comeam a ser permitidos fazendo com que as rdios comerciais

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    H

    ISTRIADOR

    DIONO

    BRASI

    L

    despontem no pas. Com o crescimento da indstria e do comrcio,

    o nmero de propagandas aumenta e o rdio transforma-se em um

    negcio lucrativo. Surgem os jingles, que revolucionaram a propa-

    ganda radiofnica. Nesta dcada nascem a Rdio Record e a Rdio

    Tupi, em So Paulo, e a Rdio Nacional, no Rio de Janeiro. Todas

    funcionando at hoje.

    A partir deste perodo, o rdio vai abandonando seu perfil educati-

    vo e elitista para tornar-se um meio popular de comunicao. Com

    uma linguagem direta e de fcil entendimento comea a atrair o

    grande pblico. Nos anos 30 e 40 aparecem os programas de msi-

    ca popular, que lanam dolos como Carmem Miranda e Orlando

    Silva.

    So criados tambm os programas de humor e de auditrio, com a

    participao do pblico, e as radionovelas que se tornam um

    grande sucesso. A primeira delas foi Em Busca da Felicidade, da

    Rdio Nacional, a mesma emissora que tambm lanou o Reprter

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    HISTRIADOR

    DIONO

    BRAS

    IL Esso, que inaugurou o radiojornalismo brasileiro. Com isso, o rdiovive sua poca de ouro.

    Com a inaugurao da televiso, em 1950, os grandes artistas e pro-

    gramas migram para a nova modalidade de comunicao, e fazem

    com que o rdio redefina o seu modelo. O radiojornalismo e os

    servios comunidade viram as grandes estrelas. A rdioBandeirantes, de So Paulo, inaugurada em 1954, inova e se torna a

    primeira emissora a divulgar notcias durante toda a programao.

    A partir de 1968 comeam a surgir emissoras de freqncia mo-

    dulada, as FMs, com programas musicais.

    E at os dias de hoje o rdio sobrevive como o grande companheiro

    em todos os lugares. Seja enquanto lavamos roupa ou cozinhamos,

    estamos no carro ou mandando recados nas barcas que percorrem

    os rios da Amaznia e at mesmo nos alto-falantes instalados nas

    praas de cidades do interior deste Brasil afora.

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    R

    DIO

    COMUNITRIA

    Rdio comunitria

    dio comunitria, rdio pirata ou rdio livre. Quando

    esse assunto entra em cena coloca no ar muitaspolmicas. A comear pelo nome que tratada, at o

    modelo adotado pelo governo federal, que bastante

    criticado, passando pelo fato que algumas rdios comerciais

    sentem-se ameaadas em sua audincia, e conseqentemente

    no seu faturamento, quando as comunitrias so fortes.O tema envolve tambm uma discusso da prpria estrutura da

    sociedade, uma vez que as rdios comunitrias do voz a pes-

    soas que no tm acesso aos grandes meios de comunicao.

    Vamos lembrar que toda essa questo remete liberdade de

    expresso, garantida pela Constituio Federal.

    R

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    RDIO

    COMUNITRIA Uma frase do dramaturgo alemo Berthold Brecth inserida no

    texto Radiotheorie, em portugus, Teoria do Rdio, descreve

    bem o papel que uma rdio comunitria pode exercer na sua

    comunidade:

    "A radiodifuso h de ser transformada de aparelho de distribuio

    em aparelho de comunicao. A radiodifuso poderia ser o mais fan-

    tstico meio de comunicao imaginvel na vida pblica, um imenso

    sistema de canalizao. Quer dizer: isto se no somente fosse capaz

    de emitir, como tambm de receber; em outras palavras, se con-

    seguisse que o ouvinte no se limitasse a escutar, mas tambm

    falasse, no ficasse isolado, mas relacionado.

    Em uma rdio comunitria, isso que Berthold Bretch disse se

    torna possvel no momento em que ela d voz comunidade. As

    pessoas passam da condio de ouvinte de produtoras da

    informao.

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    R

    DIO

    COMUNITRIA

    Mas mesmo com todas as polmicas e dificuldades, as rdios

    comunitrias avanam pelo pas. Hoje contamos com milhares

    de rdios que exercem um dos seus maiores papis: o de somar

    ao integrar a populao local em torno de objetivos comuns, em

    que o desenvolvimento da comunidade e conseqentemente

    uma melhor qualidade de vida de seus moradores so seus

    principais objetivos.

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    Projeto Rede de Cidadania nas Ondas do Rdio