cidadania digital

16

Upload: isabelanascimento73

Post on 12-Jun-2015

3.870 views

Category:

Education


0 download

DESCRIPTION

o presente artigo fala sobre a infoexclusão e a respeito daalfabetização digital.

TRANSCRIPT

Page 1: Cidadania digital
Page 2: Cidadania digital

A exclusão digital é um conceito dos campos teóricos da comunicação, da sociologia, da tecnologia da informação, da história e outras humanidades, que diz respeito às grandes camadas da sociedade que ficaram a margem da expansão tecnológica digital.

Nos países de alto índice de exclusão digital este tema tem sido uma preocupação por ser uma referencia de desenvolvimento. Governos, ONGs, organizações mundiais e até mesmo em comunidades carentes estão tematizando a Exclusão Digital.

As camadas mais pobres são as que mais sofrem com a exclusão, pelo motivo óbvio, o financeiro. Existe uma demanda e uma proposta governamental para diminuir a Exclusão Digital.

A pobreza e baixo nível de escolaridade dificultam a inclusão digital. A Exclusão Digital gera um CÍRCULO VICIOSO dificultando mais ainda o acesso das classes populares à informação, ao conhecimento, aos bens materiais e imateriais.

Hoje, O CONHECIMENTO DE INFORMÁTICA É IMPRESCINDÍVEL PARA UMA BOA COLOCAÇÃO NO MUNDO DO TRABALHO. Além disso, na Sociedade da Informação o exercício pleno da CIDADANIA e do CONSUMO CONSCIENTE é preciso saber usar a tecnologia digital

Crianças jogam em Lan House na Favela de Antares

(RJ)

Page 3: Cidadania digital

No mapa de exclusão digital, apenas 12% DOS BRASILEIROS POSSUEM COMPUTADORES EM CASA.

E desses PCs dométicos, SÓ 8% ENCONTRAM-SE CONECTADOS A INTERNET. Mesmo o acesso nas Lan Houses no Brasil é muito restrito.

EM ALAGOAS, MAIS DE 80% DA POPULAÇÃO NÃO TEM ACESSO A INTERNET. Neste início de século XXI, este fato é, no mínimo, chocante.

No Brasil, temos “Bolsões” de pobreza digital.

Page 4: Cidadania digital

Introdução

As novas tecnologias – principalmente a Internet – têm transformado profundamente a sociedade. Entretanto, poucos são os que têm acesso a elas. Se essa realidade não se modificar, se o conhecimento acumulado não for compartilhado, há o risco de que aumentem, ainda mais, as desigualdades sociais.

Embora tenhamos conhecimento, segundo dados do IBGE, de que 20 milhões de brasileiros não aprenderam a ler nem a escrever, não sabemos quantos são analfabetos digitais. Essas pessoas aumentam o número de desempregados e trabalhadores informais, situação que é agravada pela atual divisão internacional do trabalho. Para ter chances nesse novo contexto, o trabalhador tem de ser capaz de aprender mais em menos tempo, adaptar-se a mudanças, e, sobretudo, ser capaz de comunicar-se com as máquinas.

O acesso às novas tecnologias não produz somente oportunidades econômicas; mas, também, oportunidades sociais. As famílias das comunidades são beneficiadas pela informática e pelo ensino de noções de direitos humanos e de ecologia.

O Comitê para Democratização da Informática

O Comitê para Democratização da Informática é uma organização não governamental cujo objetivo é dar acesso às tecnologias de informação às comunidades carentes, em especial às crianças e jovens, cegos, deficientes mentais e físicos, presos e minorias étnicas, promovendo a alfabetização, a ecologia, a saúde, os direitos humanos, a não violência e a cidadania. O Comitê iniciou suas atividades em 1995 e, desde então, já capacitou mais de 48.000 crianças e jovens.

Page 5: Cidadania digital

O começo do trabalho Em 1993, foi criada a Jovemlink, um serviço de

boletim on-line (BBS). O mesmo tinha por objetivo a criação de oportunidades de debate de assuntos relevantes para jovens de comunidades menos favorecidas. Inicialmente, as favelas para as quais o projeto havia sido desenvolvido não possuíam o equipamento necessário para participar de forma ativa. Com o apoio de voluntários e organizações, foi, então, aberto um espaço para que moradores aprendessem a utilizar a informática de forma efetiva. Com isso, a campanha “Informática para Todos” teve início, obtendo computadores usados e repassando-os aos centros comunitários.

Como muitos dos computadores apresentaram defeitos, foram iniciadas aulas de manutenção. O interesse pelo projeto aumentou e, por isso, mais dinheiro foi arrecadado, resultando na abertura da primeira Escola da Informática e Cidadania (EIC), em 1995, no Rio, na favela Santa Marta. O sucesso do projeto resultou na fundação do Comitê para Democratização da Informática (CDI).

Page 6: Cidadania digital

Reaplicando o Modelo: gestão e sustentabilidade.  CDI tem como uma de suas principais finalidade investir e capacitar

as comunidades a fim de realizar os seus princípios socioeducacionais; tendo como uma de suas principais atividades a implantação de Escolas de Informática e Cidadania (EICs), nas comunidades pobres, montando assim sua infra-estrutura com os equipamentos doados, sistematizando as estratégias pedagógicas e administrativas, capacitando os instrutores que são moradores da própria comunidade.

Depois de criada uma EIC, o CDI acompanha o seu desenvolvimento mantendo sempre o estímulo, a busca de soluções dos problemas pelas próprias comunidades. O modelo desenvolvido pelo CDI tem sido bem sucedido que diversas pessoas do Brasil e do mundo procuram a sede Nacional,buscando implementar EICs em suas comunidades e países.Sendo assim fundamental a existência de um grupo organizado ,que possa fazer contato com organizações que irão ,montar escolas;organizar campanhas de arrecadação de equipamentos e dar suporte técnico , pedagógico e metodológicos as EICs.

Cada CDI é formada inicialmente por voluntários, capacitados e qualificados para o desempenho das funções. A importância da presença de pessoas com experiência com comunidade e ONGs ;pessoas com formação pedagógica e noções de cultura digital para instruir os instrutores das EICs e articularem campanhas de arrecadações de equipamentos,solicitar apoio de empresários e companhias.

A rede CDI conta com o apoio institucional do CDI - RJ para viabilizar seus projetos. Hoje já tem CDI em 23 cidades brasileiras e 4 países ,sendo eles: Japão,Uruguai,Colômbia e México.

Page 7: Cidadania digital
Page 8: Cidadania digital

Muitas vezes, o acesso em locais públicos é dificultado para os deficientes visuais, pois apesar de muitos computadores possuírem já um software especializado para cegos instalado, a falta de um teclado adaptado impossibilita o acesso. Para os que possuem computador em casa, não há nenhum problema, pois há um teclado especial, mas em locais de pesquisa públicos, em escolas ou lan houses, o número é muito reduzido.

Conhecer as necessidades e limitações do próximo nos faz cidadãos melhores e também, pelo lado comercial, traz vantagens para o seu estabelecimento, uma vez que este contará com um diferencial, atraindo cada vez mais pessoas para ele. Este site www.bengalalegal.com/bengala ensina como os deficientes visuais podem aprender a usar o teclado do computador.

Page 9: Cidadania digital
Page 10: Cidadania digital

Isso significa ter acesso a um computador e à internet. Além disso, o potencial de aproveitamento da inclusão digital DEPENDERÁ

DIRETAMENTE DA CAPACIDADE DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DA INFORMAÇÃO PELO USUÁRIO. Assim, combater a exclusão escolar é também combater A EXCLUSÃO DIGITAL.

A alfabetização básica é o início da oportunidade de condições para o uso do computador e da internet.

Page 11: Cidadania digital

Depois de ter acesso, aprender o funcionamento básico da parte física do computador. Saber coisas bem “banais” como ligar a máquina , usar o mouse e salvar informações.

Page 12: Cidadania digital

Saber “DIGITAR” corretamente. Ter uma postura corporal correta e USAR

RACIONALMENTE O COMPUTADOR para evitar o “doenças digitais” tais como surdez, dores de coluna, desgaste visual, fadiga, insônia, lesão por esforço repetitivo, falta de contato com o mundo real....

Page 13: Cidadania digital

A informática PODE e DEVE ser utilizada um grande instrumento de pesquisa científica. No mundo digital as cópias de textos, de músicas, filmes, jogos e os plágios em nível

acadêmico aparecem como uma triste realidade. Essas atitudes humanas diante dos novos meios tecnológicos denunciam a FALTA DE

ESPÍRITO ÉTICO E FALTA E CONHECIMENTO DOS INSTRUMENTOS CIENTÍFICOS. Mas no reverso desta questão, é claro que AINDA NÃO EXISTE AINDA PADRÃO ÉTICO E

JURÍDICO CONSOLIDADO A SER SEGUIDO. A falta de normatização digital, está nos levando a não saber o que certo e o que errado . E velocidade do mundo virtual só piora a situação.

Assim como temos o Direito Ambiental, o mundo virtual precisa urgentemente de regulamentação jurídica, pois não é exagero dizer, que o “PATRIMÔNIO” CULTURAL , HISTÓRICO E INTELECTUAL DA HUMANIDADE ESTÁ EM PERIGO.

Uma “regulamentação” digital, uma “INFOÉTICA” e o USO DO INSTRUMENTAL CIENTÍFICO devem ser ensinados na escola, nas universidades e no convívio social para um melhor uso do mundo digital.

Page 14: Cidadania digital

Saber usar a informática como uma ferramenta para pleno exercício da

CIDADANIA e da DEMOCRACIA.

Page 15: Cidadania digital
Page 16: Cidadania digital

4 passos da Alfabetização Digital. In: http://educarparacrescer.abril.com.br

Exclusão Digital. In: wikipédia Brasil. http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil

Mapa da Exclusão Digital( Fundação Getúlio Vargas) in:http://www.fgv.br

Palfrey , John e Grasser, Urs. Nascidos na ERA DIGITAL: Entendendo a primeira geração de nativos digitais. Porto Alegre: Artmed,2011.

Baggio, Rodrigo. A Sociedade da Informação e a Infoexclusão. In:Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 16-21, maio/ago. http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a03v29n2.pdf