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2014.03.14 • edição quinzenal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 8 // N: 344 0,70 IVA INCLUÍDO PUB CAMPONESAS > MULHERES DE CASTRO VERDE CANTAM HÁ 30 ANOS Ourique festeja sabores do porco Três dias de festa com “casa cheia”, boa disposição, música… e muita gas- tronomia! É esta a previsão para mais uma edição da Feira do Porco Alente- jano, certame organizado pela Câmara de Ourique e que entre 21 e 23 de Mar- ço vai promover aquela que é, indiscu- tivelmente, a “imagem de marca” do concelho. “A Feira do Porco Alentejano é um evento incontornável na região. Esta feira é, no fundo, a montra pública do muito trabalho que está a ser reali- zado em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) para promover o sector e a valorização do mundo rural”, diz ao “CA” o autarca Pedro do Carmo. >DESTAQUE ALMODÔVAR RECEBE VOLTA AO CONCELHO CICLISMO. >p20 pub. ALJUSTREL Conferências debatem futuro do concelho Propaganda da CDU feita na Câmara de Beja AUTÁRQUICAS 2009 > Depois de quase quatro anos de investigação e inquirição, o Ministério Público de Beja decidiu deduzir acusação contra três arguidos, cada um acusado de autoria material de um crime de peculato de uso. FERREIRA DO ALENTEJO AVANÇA COM ACÇÃO CONTRA ESTADO DIA 28 OBRAS NA A26. >p03

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2014.03.14 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 8 // N: 344

€0,70IVA Incluído

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CAMPONESAS > MULHERES DE caStRo vERDE caNtaM HÁ 30 aNoS

Ourique festeja sabores do porco Três dias de festa com “casa cheia”, boa disposição, música… e muita gas-tronomia! É esta a previsão para mais uma edição da Feira do Porco Alente-jano, certame organizado pela Câmara de Ourique e que entre 21 e 23 de Mar-ço vai promover aquela que é, indiscu-tivelmente, a “imagem de marca” do concelho. “A Feira do Porco Alentejano é um evento incontornável na região. Esta feira é, no fundo, a montra pública do muito trabalho que está a ser reali-zado em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) para promover o sector e a valorização do mundo rural”, diz ao “CA” o autarca Pedro do Carmo. >dESTAQuE

ALMODÔVARRECEBE VOLTA AO CONCELHO

CICLISMO. >p20

pub.

ALJUSTRELConferências debatem futuro do concelho

Propaganda da CDU feita na Câmara de Beja

AUTáRqUiCAs 2009 > Depois de quase quatro anos de investigação e inquirição, o Ministério Público de Beja decidiu deduzir acusação contra três arguidos, cada um acusado de autoria material de um crime de peculato de uso.

FERREiRA DO ALENTEJOAVANÇA COM ACÇÃO CONTRA EsTADO DiA 28

OBRAS NA A26. >p03

As suspeitas de que a propaganda da CDU para quatro concelhos nas autárquicas de 2009 teria sido elaborada na Câmara de Beja surgi-ram no início de 2010, altura em que o executivo liderado pelo socialis-ta Jorge Pulido Valente apresentou uma queixa no Ministério Público. Na altura, Pulido Valente explicou que a queixa teve por base “indícios detectados e testemunhos recolhidos”. O autarca lembrou ainda que já durante a campanha eleitoral “havia suspeitas, criadas por funcio-nários da Câmara, de que a concepção gráfica e a impressão de alguns materiais das candidaturas da CDU às câmaras de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Mértola teriam sido realizadas por funcionários” da Câ-mara de Beja.

Caso denunCiado pelo ps Há QuaTRo anos

> JUSTIÇa. Material de campanha da CDU para Beja, Cuba, Ferreira e Mértola nas autárquicas de 2009 terá sido feito na Câmara de Beja. MP iliba o executivo de Francisco Santos (CDU).

Propaganda da CDU elaborada ilegalmente na Câmara de Beja

O caso do material de propagan-da política da CDU para as eleições autárquicas de 2009 alegadamente elaborada na Câmara de Beja vai chegar a tribunal. Depois de quase quatro anos de investigação e in-quirição, o Ministério Público (MP) de Beja decidiu deduzir acusação para julgamento em processo co-mum contra três arguidos, cada um acusado de autoria material de um crime de peculato de uso.

Um dos arguidos assumiu, en-tre 2 de Maio de 2006 e 11 de Ou-tubro de 2009, a coordenação do Gabinete de Informação e Relações Públicas (GIRP) da autarquia. A ele juntam-se mais dois arguidos, ambos funcionários da Câmara de Beja e que em 2008 passaram a integrar o GIRP, tendo como chefe directo o referido coordenador.

No processo a que o “CA” teve acesso, o MP de Beja argumenta que em Junho de 2009 o respon-sável máximo do GIRP, “sem au-torização ou conhecimento” do presidente da Câmara de Beja ou de qualquer outro eleito, “tomou a resolução de utilizar os recursos materiais e humanos do GIRP […] para produzir materiais de propa-ganda da CDU nos concelhos de Beja, Cuba, Ferreira do Alentejo e Mértola, na pré-campanha e cam-panha eleitoral que se aproximava”.

regiÃO > autarquias

Os “crescentes problemas” em torno da saúde no concelho levaram a Assembleia Municipal de Beja, por proposta do PS, a criar uma Comissão

Eventual de Saúde que irá integrar representan-tes de todos os partidos, coligações e grupo de cidadãos com representação na Assembleia.

aSSEBLEIa MUNICIPaL DE BEJa CRIa COMISSÂO EVENTUaL DE SaÙDE

BAiXOALENTEJO> MinistériO PúBlicO deduz três AcusAções POr PeculAtO de usO

Segundo o Ministério Público, CDU fez propaganda política com meios da Câ-mara de Beja para a campanha eleitoral autárquica de 2009. Dr

MInistério Público dá como provada a produção na Câ-mara de Beja, em 20o09, de materiais de propaganda da CDU nos concelhos de Beja, Cuba, Fer-reira do Alentejo e Mértola.

De acordo com o MP, para con-cretizar esse intento, terá dado or-dem a uma trabalhadora do GIRP “para que assumisse a realização de todas as composições gráficas relativas a intervenções da Câma-ra de Beja, de modo a que os res-tantes membros do gabinete, ou pelo menos alguns deles, tivessem disponibilidade para se dedicar à composição gráfica em suporte digital e à impressão do referido material de propaganda eleitoral da CDU”.

Entre estes encontravam-se dois dos arguidos citados pelo MP, aos quais o responsável máximo do GIRP, segundo a acusação, terá dado ordens para que efectuassem vários trabalhos gráficos naquele âmbito, o que ambos aceitaram “embora cientes de que não o de-viam fazer e sem sequer delas re-clamar ou exigir a sua confirmação por escrito.”

Durante este período, a investi-gação do MP sustenta que entre o mês de Junho e o dia 10 de Outu-bro de 2009 “os três arguidos utili-zaram, nomeadamente durante o seu horário de trabalho, todos os recursos instalados no GIRP para produzirem ou permitirem a pro-dução de material eleitoral da CDU na pré-campanha e na campanha das eleições autárquicas de 11 de Outubro de 2009”, imprimindo “de-zenas de milhares de páginas de propaganda eleitoral” da CDU.

“Para além de não terem coloca-do a sua força de trabalho e capaci-dade criativa ao serviço da Câmara de Beja, no referido período, como era suposto, os três arguidos utili-zaram diversos equipamentos au-tárquicos, maxime as impressoras e respectivos consumíveis, bem como papel, para a produção de material de propaganda eleitoral de uma força política”, causando um prejuízo ao erário municipal “não determinado, mas nunca in-ferior a 10 mil euros”.

Além do mais, acrescenta a acusação, “depois de tomarem co-nhecimento da vitória eleitoral de uma força política diferente da que haviam apoiado, os arguidos elimi-naram vários dados informáticos do GIRP, para ocultarem a sua ac-tuação”.

Tudo isto leva o MP a considerar que cada um dos arguidos cometeu um crime de peculato de uso, ten-do agido “voluntária e conscien-temente, sabendo a sua conduta proibida e punível por lei”.

2 2014.03.14

2014.03.14 3BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> InIcIAtIvA REAlIzA-sE A 4 E 5 dE ABRIl

Aljustrel vai debater cidadania e inovação

Cidadania e inovação territorial vão estar no centro das atenções durante as conferências que a Câ-mara de Aljustrel vai promover no início do próximo mês de Abril. Pacheco Pereira, Miguel Sousa Ta-vares, António Saraiva, Jorge Ma-lheiros, João Ferrão ou Artur Rosa Pires são alguns já confirmados na iniciativa, que visa debater os de-safios do desenvolvimento.

As “Conferências de Aljustrel” vão decorrer nos dias 4 e 5 de Abril e surgem no âmbito do projecto Agenda 21 Local, tendo a autar-quia “desafiado” actores e inves-tigadores a deslocarem-se à vila mineira para reflectirem e parti-lharem “ideias e pistas” sobre os desafios estruturantes do desen-volvimento do concelho, assente nos conceitos cidadania, inovação e território.

Nesse sentido, adianta ao “CA”

> Projecto. “Conferên-cias de Aljustrel” vão levar à vila mineira nomes como José Pacheco Pereira ou Miguel Sousa Tavares.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Almodôvar rejeita a possibilidade da Repartição de Finanças do concelho poder estar entre as 12 que o Governo pre-tende vir a encerrar no distrito de Beja, como tem vindo a ser colo-cado na “praça pública” desde o final do último Verão por algumas fontes sindicais.

O socialista António Bota ga-rante ao “CA” tratar-se de uma hipótese que merece a sua “total discordância”, uma vez que “con-traria frontalmente a necessidade de manter a funcionar serviços de proximidade que são essenciais para as populações” do concelho.

Nesse sentido, continua An-tónio Bota, “a Câmara de Almo-dôvar assume a sua oposição directa a este projecto e torna pú-blica a sua indignação com mais esta tentativa de enfraquecer os territórios do interior e prejudicar com gravidade populações enve-lhecidas e com crescentes carên-cias económicas”.

O eleito do Partido Socialista acrescenta ainda repudiar “com determinação a visão política do Governo PSD/CDS”, que “é con-trária ao progresso e ao reforço das condições de acesso a servi-ços públicos e à melhoria da qua-lidade de vida dos cidadãos”.

De acordo com os sindicatos, no distrito de Beja apenas devem permanecer em funcionamento as Finanças de Beja, Castro Verde, Moura e Odemira.

Almodôvar contesta fecho de Finanças

> câmARA munIcIpAl> E AIndA...PS de BejA quer melhoreS comBoioS

A Concelhia do PS de Beja vai tentar entregar este sábado, 15 de Março, uma carta nas sedes nacionais da CP e da Refer, tendo como destinatários os conselhos de administração das duas empresas. Nas cartas constarão “con-tributos para a melhoria da qualidade de transporte de passageiros de e para o Baixo Alentejo”, explica ao “CA” o presidente da concelhia socialista de Beja. A partida para Lisboa está agendada parta as 9h18 na estação de Beja e o regresso para as 17h04, desde a estação de Sete Rios (Lisboa).

AljuStrel PrePArAFeStA do 25 de ABril

A Câmara Municipal de Aljustrel criou uma comissão para preparar o programa das comemorações do 40º aniversário da revolução de 25 de Abril. De acordo com fonte municipal, este ano, “mais do que nunca”, as comemorações serão “realizadas com grande ênfase”, tendo sido criada uma comissão que conta com representan-tes de diversas colectividades e institui-ções do concelho. Ao mesmo tempo, a Câmara de Aljustrel também já reuniu com as quatro juntas de freguesia, no sentido do programa a apresentar brevemente conter actividades de cariz “político, cultural, desportivo e musical”.

mêS do Azeite emFerreirA do Alentejo

O azeite é “rei e senhor”, ao longo deste mês, no concelho de Ferreira do Alentejo, no âmbito de uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal que pretende divulgar e contribuir para dignificar aquele produto. Durante o evento “Março – Mês do Azeite”, explica o Município, os restaurantes do concelho vão dedicar especial atenção ao receituário tradicional alentejano, que tem como ingrediente de eleição o azeite. Nas pastelarias, acrescenta a organização, os clientes vão poder degustar, além da doçaria tradicional, torradas regadas com azeite. Um cur-so de iniciação às provas de azeite, um passeio à herdade onde está sediado um dos mais emblemáticos lagares do concelho e oficinas sobre como fazer sabão tradicional à base de azeite e biscoitos de azeite são outras das ações previstas.

António Bota

fonte municipal, durante os dois dias de conferência o debate an-dará em torno de temáticas como a crise demográfica e territorial e políticas ou programas para o de-senvolvimento integrado. Simul-taneamente, decorrerá um fórum de projectos e iniciativas, que permitirá a promoção de “novas e interessantes abordagens aos de-safios da inovação e do desenvol-vimento territorial”.

> OBRAs dE cOnstRuçÃO dA A26/ Ip8

Ferreira apresenta acção de fundo dia 28

A Câmara de Ferreira do Alen-tejo vai avançar com a acção ad-ministrativa comum (acção de fundo) contra o Estado português pelo abandono das obras de cons-trução da A26/ IP8 no próximo dia 28 de Março. A garantia foi dada esta semana pelo presidente da autarquia ferreirense, Aníbal Reis Costa, na sua página pessoal no Facebook.

A acção de fundo vai ser inter-

> juStiçA. Autarquia vai exigir ao Estado que seja reposto e reabilitado tudo o que foi destruído para a construção da via, entre-tanto suspensa.

posta no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja (TAFB) e visa exi-gir ao Estado a “reposição/ reabi-litação daquilo que foi destruído com a não-conclusão” das obras

da A26/ IP8.A Câmara de Ferreira do Alen-

tejo espera igualmente que esta iniciativa “seja um exemplo no sentido de justiça e de respeito pelo abandono ‘selvagem’ das obras”.

Recorde-se que em Julho de 2013 o TAFB deferiu uma provi-dência cautelar apresentada em meados de Abril pela Câmara de Ferreira do Alentejo, em que exi-gia ao Estado, através da Estradas de Portugal, que fossem tomadas com urgência “medidas de protec-ção das populações contra riscos e condições de insegurança am-biental e rodoviária” identificados pela autarquia no concelho e que resultam da “paragem e posterior abandono” de obras da A26.

Câmara de Aljus-trel desafia actores e investigadores a reflectirem e par-tilharem “ideias e pistas” sobre os de-safios do concelho.

Pacheco PereiraMiguel Sousa Tavares

Aníbal Reis Costa quer justiça. DR

BAIXO ALENTEJOREGIÃO

2014.03.14Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 344 : Única publicação :: 14.MAR.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 10 de Março de 2014, iniciada a folhas 71 do livro de notas número 39 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual MARGARIDA DE JESUS DRAGO PAU-LINO VALENTE, NIF 211.000.272, natural da freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, onde reside no Loteamento Monte da Vinha, lote 21, casada com Michel Pascal Marc Jean Subrenat, NIF 244.245.010, no regime da separação de bens, alega que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do direito a onze/doze avos indivisos do prédio rústico de cultura arvense de sequeiro, denominado “ Vi-digueira “, sito na União das freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo (anterior-mente freguesia de Vila Nova de São Bento), concelho de Serpa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número três mil e quinze, da freguesia de Vila Nova de São Bento, inscrito na matriz sob o artigo 340, da secção H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondendo à fração de € 1.548,49, direito a que atribui igual valor. Que o referido direito a onze/doze avos indivi-sos do citado imóvel encontra-se registado na aludida Conservatória a favor dos titulares ins-critos Maria do Carmo Toucinho Drago, casada com José Pires Louro, na comunhão geral, Rua Brigadeiro Tiago Pedro Martins, 28, Vila Nova de São Bento, Serpa, quanto a um/doze avos indivisos, pela apresentação um, de quatro de Março de dois mil e dois, de Ana de Jesus Rodrigues, viúva, Rua do Rossio, 2, Vila Nova de São Bento, Serpa, Ana de Jesus Rodrigues Drago, solteira, maior, Praceta D. Maria do Car-mo Horta Barroso, 2, Vila Nova de São Bento, Serpa, António Pedro Cabral de Oliveira Drago, casado com Cristina Maria de Jesus Correia Drago, na comunhão de adquiridos, Idalina de Lourdes Cabral de Oliveira Drago, viúva, José João Cabral de Oliveira Drago, solteiro, maior, todos residentes na Rua Sargento Armando Monteiro Ferreira, 8, 1º, esquerdo, Santa Maria dos Olivais, Lisboa, Francisco Louro Toucinho Drago, casado com Inês do Carmo Baranita Soares Drago, João Louro Toucinho Drago, casado com Maria Diamantina Paulino Valente Drago, ambos na comunhão de adquiridos e re-sidentes Rua da Igreja, 27, Vila Nova de São Bento, Serpa, João Manuel Drago Paulino Va-lente, casado com Maria Luísa de Matos Vieira Paulino Valente, na comunhão de adquiridos, Praceta Aldeia do Meiro, 4, 2º, direito, Porto Salvo, Oeiras, Margarida de Jesus Drago Pau-lino Valente, Rua do Rossio, 12, Vila Nova de São Bento, Serpa, Maria do Carmo Toucinho Drago, já atrás identificada, e de Maria Joana Rodrigues Drago Varela, casada com António Varela Esparteiro, na comunhão de adquiridos, Casal do Modelo, lote 1, r/c, direito, Bom Suces-so, Alverca do Ribatejo, Vila Franca de Xira, e a favor da justificante, quanto a metade indivi-sa, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação dois, de quatro de Março de dois mil e dois, de João Louro Toucinho Drago e de Francisco Louro Toucinho Drago, já acima indi-cados, quanto a um/doze avos indivisos, sem determinação de parte ou direito, pela apresen-tação três, de quatro de Março de dois mil e dois, de Ana de Jesus Rodrigues, Maria Joana Rodrigues Drago Valente e de Ana de Jesus Rodrigues Drago, já acima referidas, quanto a um/doze avos indivisos, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação cinco, de quatro de Março de dois mil e dois, de Idalina de Lourdes Cabral de Oliveira Drago, José João Cabral de Oliveira Drago e de António Pedro Cabral de Oliveira Drago, já atrás mencionados, quanto a um/doze avos indivisos, sem determi-nação de parte ou direito, pela apresentação seis, de quatro de Março de dois mil e dois, de Maria do Carmo Toucinho Drago, Margarida de Jesus Drago Paulino Valente, João Manuel Dra-

go Paulino Valente, Ana de Jesus Rodrigues, Maria Joana Rodrigues Drago Varela, Ana de Jesus Rodrigues Drago, João Louro Toucinho Drago, Francisco Louro Toucinho Drago, Idali-na de Lourdes Cabral de Oliveira Drago, José Cabral de Oliveira Drago, e de António Pedro Cabral de Oliveira Drago, todos também já aci-ma identificados, quanto a um/doze avos indivi-sos, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação sete, de quatro de Março de dois mil e dois, tendo os mesmos sido previamente notificados pessoal e editalmente, bem como os respectivos herdeiros incertos, através das notificações avulsas, nos termos do artigo no-venta e nove, do Código do Notariado. Que o referido direito a onze/doze avos indivisos do identificado imóvel é pertença da justificante por o haver adquirido em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e noventa e dois, por-tanto, há mais de vinte anos, por doação verbal efectuada por seus pais, Inês Drago e Matias Paulino Valente, casados na comunhão geral, já falecidos, residentes que foram na citada fre-guesia de Vila Nova de São Bento, direito este que estes haviam adquirido, quanto a metade indivisa, por partilha verbal realizada por volta do ano de mil novecentos e oitenta, com os de-mais interessados Francisco Toucinho e mulher Antónia Maria Louro, Margarida Antónia Drago, Maria do Carmo Toucinho Drago e marido José Pires Louro, António Pedro Drago e mulher Ida-lina de Lourdes Cabral de Oliveira Drago, José Toucinho Drago e mulher Ana de Jesus Rodri-gues, todos já falecidos, da herança aberta por óbito de Joana Francisca Toucinho, viúva de João Drago, residente que também foi na aludida freguesia de Vila Nova de São Ben-to, quanto a quatro/doze avos indivisos, por permutas verbais efectuadas por volta do ano de mil novecentos e oitenta, com os referidos Francisco Toicinho Drago e mulher Antónia Ma-ria Louro, casados na comunhão geral, já fale-cidos, com José Toicinho Drago e mulher Ana de Jesus Rodrigues, casados na comunhão geral, ele já falecido, com António Pedro Drago e mulher Idalina de Lourdes Cabral de Oliveira Drago, casados na comunhão geral, ele já fa-lecido, com Margarida Antónia Drago, solteira, maior, todos já atrás indicados, residentes que foram na mencionada freguesia de Vila Nova de São Bento, e quanto aos restantes um/doze avos indivisos, por permuta verbal realizada no ano de mil novecentos e noventa e dois, com os titulares inscritos Maria do Carmo Toucinho Drago e marido José Pires Louro, casados na comunhão geral, residentes que foram na dita freguesia de Vila Nova de São Bento, não ten-do sido celebradas as respectivas escrituras públicas, motivo pelo qual não é detentora de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo direito predial. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e dois e sem interrupção, a justificante entrou na pos-se do citado prédio rústico, cultivando-o e usu-fruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos encargos, tendo adquirido e manti-do a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma corresponden-te ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhe permita fazer a prova do seu di-reito de propriedade. Que, desta forma, justifica a aquisição do alu-dido direito a onze/doze avos indivisos do indi-cado prédio rústico por usucapião.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, dez de Março de dois mil e catorze.A Notária,(assinatura ilegível)

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Câmara de Mértola celebra acordos com as freguesiasA Câmara de Mértola e as sete juntas de freguesia do concelho assinaram no passado dia 7 de Março os contratos de delegação de competências. Entre estas estão, segundo a au-tarquia, a gestão e manutenção de espaços verdes; a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros; a manutenção, reparação e substituição de mobiliário urbano; ou a manutenção corrente de feiras e mercados, entre outras. Na ocasião, foram ainda assinados os contratos inter-administrativos de delegação de competências para abastecimento públi-co de água, ambiente e saneamento básico e limpeza diária do edifício do centro comunitário de Corte do Pinto e do posto médico da Mina de São Domingos.

Câmara de Odemira debate orçamentos participativos

> EncOntRO IBéRIcO cOmEçA EstA sEXtA-fEIRA, 14

Uma delegação da Câmara de Odemi-ra vai marcar presença na segunda edição do Encontro Ibérico de Democracia e Or-çamentos Participativos, que decorre esta sexta-feira e sábado, dias 14 e 15, na cidade espanhola de Molina.

“Será um espaço de diálogo, reflexão colectiva e troca de experiências e conhe-cimentos entre os actores institucionais, sociais e investigadores de Portugal e Espa-nha”, adianta ao “CA” fonte oficial da autar-quia odemirense, explicando que ao longo de dois dias o encontro ibérico irá tentar “comparar e identificar” as experiências de

> E AInDA...

NOvO parque eóliCO avaNça eM alMOdôvar

O Grupo DST está a construir dois novos par-ques eólicos, um dos quais na zona da serra do Mú, em pleno concelho de Almodôvar, obra que está avaliada em 84 mil euros. Fonte da empresa explica ao “CA” que a intervenção está praticamente no fim, tendo consistido na execução da fundação para um aero-gerador em betão armado. “As energias renováveis são uma aposta de futuro e o Grupo DST congratula-se em estar alinhado com esta incontornável realidade”, sublinha o presidente da empresa, José Teixeira.

CâMara de aljuStrel eStá a preparar NOvO balCãO úNiCO

A Câmara de Aljustrel vai implementar em breve um Balcão Único, que permitirá a racionalização, qualificação e a simplificação do atendimento municipal. “A criação de um Balcão Único no Município de Aljustrel permitirá uma visão integral e transversal baseada nos novos conceitos de relacionamento entre a administração pública e os cidadãos e as empresas”, explica ao “CA” fonte da autarquia. Para a implementação do Balcão Único ser possível, cerca de 50 funcionários da Câmara estão a ter formação na aplicação “MyDoc”.

Portugal e Espanha em orçamentos parti-cipativos.

Nesse sentido, vão estar em discussão ao longo do encontro temas como “Expe-riências e metodologias de orçamento par-ticipativo”, “Gestão de serviços públicos (co-gestão, participação)” e “Participação com crianças e jovens” ou oficinas sobre “Como iniciar um processo de orçamento participativo”.

A primeira edição do Encontro Ibérico de Democracia e Orçamemntos Participa-tivos foi organizado pela Câmara de Ode-mira, em Novembro de 2012.

2014.03.14 5BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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> AGRICULTURA. Eleito social-democrata já visitou herdades e explorações em diversos concelhos da região, ouvindo preocupa-ções dos agricultores.

Simões quer RURIS de volta

O deputado do PSD eleito por Beja defende o regresso das medidas que faziam parte do antigo programa RURIS, no sentido de apoiar os agri-cultores da região, nomeadamente aqueles que ainda fazem culturas de sequeiro e pecuária em extensivo. A proposta vai ser colocada à consi-deração da ministra da Agricultura e surge no âmbito da mais recente etapa do “Roteiro Agrícola”, que le-vou Mário Simões ao concelho de Castro Verde.

“Estas medidas fazem muita fal-

> DEputADO DO pSD cOntInuA “ROtEIRO AGRícOlA” pElA REGIÃO

ta e seriam um bom complemento para atenuar as dificuldades que os agricultores sentem”, diz ao “CA” o eleito social-democrata, que duran-te o dia passado no Campo Branco tomou o pulso a outras preocupa-ções dos agricultores locais.

Entre estas, Mário Simões destaca a ausência de planeamento agrícola por parte do Ministério da Agricultu-ra para as zonas mais áridas, a “fal-ta de comunicação” entre algumas entidades estatais, nomeadamente a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária e o IFAP, ou a falta de cer-tificação do Agrupamento de Produ-tores de Carne do Campo Branco.

“Há incentivos para que agricul-tores se associem para, desta forma, poderem comercializar melhor os seus produtos, mas depois dizem que não podem certificar o agrupa-mento porque este não têm histó-rico. Há aqui alguma coisa que não

Deputado do PSD visitou esta semana explorações agrícolas no concelho de Castro Verde. Dr

está bem e convém olharmos para esta situação e tentar corrigi-la”, su-blinha o deputado do PSD.

Apesar destas dificuldades, Mário Simões vinca que a agricultura no Campo Branco consegue ser “sus-tentável e competitiva”, adaptando-se com sucesso à falta de água e a solos pobres. Um quadro, diz o social-democrata, que se replica por quase todo o território da região e que deve ser encarado com serieda-de por parte dos responsáveis políti-cos.

“O Alentejo e o distrito de Beja têm quase 90% da sua superfície de solo arável em sequeiro, em pecuá-ria extensiva ou em montado. É uma realidade que nos acompanha e que nos vai continuar a acompanhar. E os agricultores precisam de perceber que apoios o Estado dá e qual o olhar que vai ter para esta agricultura”, ar-gumenta.

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FEIRA DO PORCO ALENTEJANO > iniciativa

Para (quase) ninguém regressar a casa de “mãos a abanar”, durante os três dias de Feira do Porco Alentejano, a Câmara

Municipal de Ourique vai sortear, de hora a hora, presuntos de porco alentejano entre os visitantes do certame.

CÂMARA DE OURIQUE SORTEIA PRESUNTOS DE HORA A HORA DURANTE A FEIRA

OURIQUE 2014

> FEIRA DO PORCO ALENTEJANO REALIzA-sE ENTRE Os DIAs 21 E 23 DE MARçO

Festa do povo

Três dias de festa com “casa cheia”, boa disposição, música… e muita gastronomia! É esta a previ-são para mais uma edição da Feira do Porco Alentejano, certame or-ganizado pela Câmara de Ourique e que entre 21 e 23 de Março vai promover aquela que é, indiscuti-velmente, a “imagem de marca” do concelho.

“Temos grandes expectativas para a edição deste ano da feira. Ultrapassamos mais que o dobro o número de expositores, esgotámos o espaço disponível e ainda temos uma lista de espera significativa. E contamos, uma vez mais, com uma moldura humana para dar vida a três dias de evento, que em mui-to contribui para estimular a eco-

> OURIQUE. Berg e Rita Guerra são as “atracções” musicais de mais uma edição da feira organizada pela Câmara de Ourique.

Milhares de pessoas irão passar durante os dias 21, 22 e 23 de Março pela feira organizada pela Câmara de Ourique. Dr

nomia local durante alguns dias”, vinca ao “CA” o presidente da autar-quia, Pedro do Carmo [ver entrevis-ta nas páginas seguintes].

A Feira do Porco Alentejano 2014 arranca no próximo dia 21 de Mar-ço (sexta-feira) às 10 da manhã e até à hora do almoço terá lugar um es-pectáculo com o grupo Moda Mãe (11h00) e um showcooking (11h45). De tarde realiza-se a conferência “Radiografias Ourique”, promovida pela Esdime no auditório da Biblio-teca Municipal (15h00), além de novo showcooking (16h30) e mais música com os Moda Mãe (15h30) e Campaniça Trio (19h00). A fechar o dia, sobem ao palco da feira os Fa-gulha (22h00), o cantor Berg – que recentemente venceu o concurso televisivo “Factor X” (23h00) – e os DJs Begueiros (00h30).

No 22 de Março (sábado), o pro-grama da Feira do Porco Alenteja-no 2014 arranca com o colóquio “Futuros dos Sistemas de Produ-ção Extensivos – PAC 2014-2020”, que vai decorrer no auditório do

PEDRO DO CARMOPresidente da Câmara de Ourique

Temos grandes ex-pectativas para a edição deste ano da feira. Ultrapassámos mais que o dobro o número de exposi-tores e esgotámos o espaço disponível.

2014.03.14 7

Centro de Convívio de Ourique (10h30). Mas é para a tarde que está reservado um dos principais momentos do certame, com a inauguração do novo Centro In-terpretativo do Porco Alentejano, instalado na sede da associação de criadores (15h00).

Ainda no sábado, a feira recebe o espectáculo comemorativo dos 30 anos da Rádio Pax (15h30), além de novo showcooking (16h30) e o concerto de Hugo Ferracci (22h00). Para fechar o dia em beleza, às 23h00, sobe ao palco a cantora Rita Guerra, para um espectáculo onde o amor e a sedução andarão de “mãos dadas”, seguindo-se a actu-ação dos DJs Los Huracan (00h30).

A Feira do Porco Alentejano 2014 termina a 23 de Março (domingo), dia em que a TVI transmite a partir de Ourique, das 14h00 às 20h00, o programa “Somos Portugal”. Ainda durante a tarde têm lugar os clássi-cos concursos “Miss Piggy” (16h00) e de grunhidos (17h30), e a fechar actuam os bejenses Adiafa (20h00).

BeRG

Apesar de já andar na música há muitos anos (inclusivamente ao lado de Rui Veloso), Berg tornou-se conhecido do grande público ao vencer recente-mente o concurso televisivo “Factor X”. em Ourique, o cantor promete uma noite de sexta-feira (21 de Março) de boa música, muita interactividade com o público e grande entusiasmo!

RitA GueRRA

Paixão, sedução, “glamour” e ma-gia... tudo isto e muito mais vai estar presente no concerto que Rita Guerra vai proporcionar na noite de sábado (22 de Março) durante a Feira do Por-co Alentejano. Acompanhada em palco pelo piano, a cantora não deixará de encantar os ouriquenses com as suas baladas mais clássicas.

SOMOS PORtuGAl

A tarde de domingo (23 de Março) vai ser de festa rija na Feira do Porco Alentejano, com dezenas de músicos e cantores a passarem pelo palco do certame. tudo pela “mão” do programa “Somos Portugal”, que a tVi vai trans-mitir entre as 14h00 e 20h00, levando pelo país (e mundo) fora os encantos de Ourique!

Música na feira

CARLOS PINTO texto

Quais as expectativas para a Feira do Porco Alentejano 2014? Continuamos a apostar neste evento com uma visão de pro-moção das actividades locais, em particu-lar a fileira do porco de raça alentejana. E a cada ano reforçamos a nossa aposta. Não no ponto de vista financeiro, porque estamos sempre muito limitados, mas sobretudo de organização e de valorização dos visitantes e expositores. Por isso temos grandes ex-pectativas para a edição deste ano. Ultra-passamos mais que o dobro o número de expositores, esgotámos o espaço disponível e ainda temos uma lista de espera significa-tiva. E contamos, uma vez mais, com uma moldura humana para dar vida a três dias de evento, que em muito contribui para esti-mular a economia local durante alguns dias. Sente que este é um certame conso-lidado na região e, sobretudo, entre os agentes do sector? A Feira do Porco Alen-tejano é um evento incontornável na região. Disso não tenho dúvidas! E a sua consolida-ção está à vista de todos. Espero que no fu-turo o seu sucesso continue. Esta feira é, no fundo, a montra pública do muito trabalho que está a ser realizado em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alenteja-no (ACPA) para promover o sector e a valori-zação do mundo rural.

A mudança de data, “desencontran-do-se” de outros eventos, poderá ser benéfica à feira? Beneficia a Feira do Porco Alentejano e beneficiam os outros eventos, com vantagens significativas para os públi-cos, para os expositores, para os patrocina-dores e para a oferta turística da região. Ain-da bem que é possível encontrar bom senso e visão nas diferentes organizações. Sobre-por eventos no mesmo fim-de-semana não traz vantagem a nenhuma organização, nem sequer ao crescimento dos eventos. No programa da feira destaca-se a inauguração do Centro Interpretativo do Porco Alentejano. Que importância tem este projecto? É mais uma fase do percurso que temos vindo a percorrer na

PEDRO MIGUEL RAPOSO DO CARMOPRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OURIQUE

IDADE: 41 ANOSNATURALIDADE: OURIQUE

> ENTREVISTA PeDRo Do CARMoPresidente da Câmara de Ourique confia no sucesso de mais uma edição da Feira do Porco Alentejano. E não esconde que o sector tem tido um “impacto positivo” na economia local.

“Feira do Porco Alentejano é um evento incontornável”

afirmação de “Ourique Capital do Porco Alentejano” e de valorização da fileira. A parceria com a ACPA tem funcionado sem-pre com a partilha das visões e das respon-sabilidades. E neste projecto foi possível uma vez mais juntar vontades e disponibi-lidades de ambas as partes para concretizá-lo, com recurso a fundos comunitários. A sua importância é a de um espaço aberto ao público que estimula o conhecimento sobre a fileira do porco de raça alentejana e que no mesmo local cria uma solução para um problema há muito identificado: um espaço gourmet de degustação e venda de produ-tos derivados do porco de raça alentejana, a que se juntarão outros provenientes de produtores de porco alentejano, como quei-jos, vinhos, azeite ou mel. Acreditamos que a junção destas duas componentes num só espaço servirá muito bem os interesses de promoção directa do conhecimento e dos produtos do porco alentejano.

De que forma a aposta na fileira do porco alentejano se tem reflectido na economia local? Constatamos com satisfa-ção o impacto positivo do sector na econo-mia local. Já temos três empresas a operar no concelho, uma das quais que no último ano reforçou significativamente o número de postos de trabalho criados. E na restau-ração é perceptível que a aposta feita em pratos à base de porco alentejano tem vindo a atrair muitos consumidores a esses restau-rantes. Mas estamos num momento de crise económica e não é momento para fazer ba-lanços. Embora os indicadores sejam posi-tivos é preciso reconhecer que há um cami-nho a percorrer nos próximos anos para que se recolham os frutos desta estratégia.

Existem novos projectos empresa-riais ligados ao sector para arrancar no concelho? Há intenções, sempre tem havido. Mas o momento económico que o país vive e que tem maiores incidências em regiões de interior como a nossa não é es-tímulo para arriscar. E compreendo que as empresas não o façam, com prudência. Mas havendo o interesse – e sobretudo o poten-cial – conseguimos perceber que alcançare-mos esse objectivo no futuro.

A prioridade é governar para as pessoas! As pesso-as estão a passar um mo-mento muito difícil.

A parceria com a ACPA tem funcionado sempre com a partilha das visões e das responsabilidades.

8 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

2014.03.14

2014.03.14 9OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

Foi reeleito em Setembro de 2013 para um terceiro e último mandato. Quais se-rão as prioridades? A prioridade é governar para as pessoas! As pessoas estão a passar um momento muito difícil. Sei bem o que passo na Câmara com as dificuldades criadas às autarquias, mas reconheço todos os dias nas pessoas e nas suas famílias o quão doloroso é este momento para eles. E a maior frustra-ção é saber que em muitas das medidas im-postas aos cidadãos há uma cegueira tal que não se justifica nos resultados financeiros para o país e agrava a vida das pessoas. Mas continuamos a apostar na modernização do concelho e na redução da divida, temos em curso várias empreitadas de electrificação ru-ral, de requalificação de estradas municipais e vamos iniciar a primeira fase do projecto de regeneração urbana. Há muita gente a pedir apoio à autar-

“Não queremos Ouriquea regressar ao passado”

quia? Registamos em vários domínios ca-rências muito grandes por parte das pessoas. Mas como sabe, o Município de Ourique tem em curso há alguns anos um plano global de intervenção social que responde à quase tota-lidade das necessidades das populações. Não acordamos para esta situação agora, fazemo-lo há muito por opção governativa. E isso faci-lita a resposta e o apoio a dar a cada caso que nos chega.

Nos últimos oito anos, a Câmara de Ou-rique reduziu em mais de metade a sua dívida. Sente que a autarquia é hoje vis-ta com outros olhos por fornecedores e cidadãos? Sinto que fizemos e continuamos a fazer um enorme esfoço para credibilizar uma autarquia que era conhecida pelos pio-res motivos. E nesse esforço esteve sempre a preocupação de honrar os compromissos. Ainda hoje o fazemos, com muito sacrifício

financeiro, sobretudo porque a conjuntura financeira das autarquias é muito difícil nos dias que correm. Mas lá chegaremos. Vamos conseguir vencer esta adversidade. E sinto uma enorme satisfação por os meus conci-dadãos terem a noção dessa realidade, do caminho difícil que estamos a percorrer, sem deixar de fazer obras e sem deixar de preparar o futuro.

Por exemplo? Dou-lhe o exemplo que moti-va esta conversa: a Feira do Porco foi iniciada no momento em que chegámos aqui, com uma autarquia parada. Mas não nos deslum-brámos na sua concretização, temo-lo vindo a fazer com rigor orçamental, procurando par-cerias e co-financiamentos que garantem que se paga a si própria. E este é um exemplo de tudo aquilo que fazemos. Sempre com rigor, sempre com responsabilidade para que Ouri-que não regresse ao passado. ”

Esta feira é, no fundo, a montra pública do mui-to trabalho que está a ser realizado em parce-ria com a Associação de Criadores de Porco Alen-tejano (ACPA) para pro-mover o sector e a valo-rização do mundo rural.

Constatamos com satis-fação o impacto positivo do sector na economia local. Já temos três em-presas a operar no con-celho, uma das quais que no último ano reforçou significativamente o nú-mero de postos de traba-lho criados.

Sinto que fizemos e con-tinuamos a fazer um enorme esfoço para cre-dibilizar uma autarquia que era conhecida pelos piores motivos.

10 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

2014.03.14

> PROJECTO. Novo espaço criado pela ACPA vai dar a conhecer as ca-racterísticas do animal e, em simultâneo, permitir a comercialização de alguns produtos.

O mundO dO PORCO

Que características diferenciam o porco alentejano de outras raças? Como é feito o seu acabamento an-tes de ir a abate? Quais os produtos a que dá origem? Estas são apenas algumas das várias questões a que a Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), com sede em Ourique, pretende dar resposta com a criação do Centro Interpretativo do Porco Alentejano. O novo espaço será inaugurado já no próximo dia 22 de Março (sábado) e será, acima de tudo, uma “janela aberta” sobre o mundo do porco alentejano!

“O centro visa, sobretudo, pro-mover e divulgar o mundo do porco alentejano em extensivo, que é total-mente criado no campo. No fundo, pretendemos que quem visite Ou-rique tenha um espaço onde possa perceber como é que esse processo produtivo se faz, quais são as suas fa-

> CENTRO INTERPRETATIvO DO PORCO ALENTEJANO é INAUgURADO A 22 DE MARçO

Porco Alentejano vai ter Centro Interpretativo na vila de Ourique. Dr

Novo centro cria-do pela ACPA irá também ter uma loja gourmet, onde os visitantes po-derão adquirir presuntos e ou-tros produtos de-rivados do porco alentejano

justifica Nuno Faustino.Tudo isto leva o presidente da

associação a reconhecer que o novo espaço vem por termo a uma carên-cia há muito sentida na vila baixo-alentejana e que consolidasse o seu estatuto nacional de “Capital do Porco Alentejano”. “Fazia falta um espaço como este centro, que é mui-to importante para a promoção e di-vulgação do porco alentejano e dos seus produtos”, conclui.

ses, que raça é esta, quais as suas ca-racterísticas, que produtos origina, o que é a certificação… Tudo para que as pessoas percebam que se trata de uma raça com características úni-cas”, explica ao “CA” o presidente da ACPA, Nuno Faustino.

Instalado no piso térreo da nova sede da ACPA, o Centro Interpretati-vo do Porco Alentejano representou um investimento de cerca de 18.500 euros, tendo tido uma compartici-pação de 60% através do Programa de Desenvolvimento Rural. O novo espaço ainda não tem horário de funcionamento definido, mas deve-rá estar de portas abertas das 9h00 às 19h00 de segunda a sexta-feira e aos fins-de-semana durante a Primave-ra e Verão.

Além de contar a “história” do porco alentejano, o centro irá tam-bém ter uma loja gourmet, onde os visitantes poderão adquirir presun-tos e outros produtos derivados da raça, assim como vinho, azeite ou mel originários do concelho. “Não é bem o intuito da ACPA ter um es-paço para venda, mas queremos que seja possível às pessoas que visitem o centro comprarem produtos se as-sim o entenderem. […] Porque não havia em Ourique um espaço onde se pudesse adquirir um presunto!”,

Porco alentejanoem bom momento

Depois da tempestade, a bonan-ça! Assim parece estar a ser no sector do porco alentejano, que depois de anos a fio de “crise” – que se reflectiu na diminuição do número de pro-dutores – tem vindo a registar nos últimos meses interessantes índices de crescimento e preços históricos na comercialização de animais para abate.

“Estou em crer que estamos no início de um ciclo crescente a nível de produção e de criadores”, admite

> PECuÁRIA. Depois de alguns anos de “crise”, sec-tor do porco alentejano tem vindo a registar uma retoma nos últimos meses, com preços históricos!

ao “CA” o presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), garantindo que a retoma se tem vindo a verificar desde o último Verão.

“De Agosto para cá os porcos co-meçaram a valer dinheiro, tendência que se tem vindo a manter. Nunca tínhamos tido o tido o porco alente-jano com este nível de preços, o que obviamente faz atrair pessoas para o sector”, acrescenta Nuno Fausti-no, revelando que os porcos de raça

alentejana para abate (com um peso médio que varia entre os 150 e os 180 quilos) estão a ser comercializados a 30/ 32 euros por arroba espanhola (12,5 quilos).

Para o presidente da ACPA, esta nova realidade não é mais que o “mercado a funcionar” e a reagir a um ciclo negativo que durou mais de uma década. Um quadro de re-cessão que levou muitos produtores a abandonarem o sector e fez com que o efectivo de porco de raça alen-tejana também diminuísse. “Agora o mercado quer animais e não tem, logo o preço sobe inevitavelmente!”, frisa.

De momento, a ACPA conta com cerca de 170 criadores de porco alen-tejano, responsáveis por um efectivo de 2.500 porcas reprodutoras e perto de 7.000 animais para engorda.

Ourique debatefuturo da nova PACna Feira do Porco O futuro dos sistemas de produ-ção extensivos no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) para 2014-2020 vai estar em discussão durante a Feira do Porco Alentejano. O coló-quio está agendado para a manhã de 22 de Março (sábado), no auditório do centro de Convívio de Ourique, e no centro das atenções vão estar os apoios previstos para o porco alen-tejano durante o novo período de fundos comunitários.

“Queremos perceber o que aí vem para apoio do porco alenteja-no. E também que apoios vai haver para as outras espécies pecuárias de extensivo, assim como que medidas agro-ambientais existirão para o porco alentejano e para o montado de azinho”, adianta ao “CA” Nuno faustino, presidente da Associação de Criadores de Porco Alentejano

(ACPA), que organiza a iniciativa em parceria com a Câmara de Ourique.

O colóquio vai realizar-se a partir das 10h30 e terá como intervenien-tes Luís Capoulas Santos (ex-minis-tro da Agricultura, eurodeputado e relator do Parlamento Europeu para a nova PAC), Luís Mira (secretário-geral da CAP) e Eduardo Diniz (di-rector do Gabinete de Planeamento e Políticas). Nomes de peso que o presidente da ACPA espera que tra-gam as respostas a grande parte das questões que muitos produtores de porco alentejano colocam.

“Pretendemos, na medida do possível, que nos venham ‘destapar o véu’ sobre a nova PAC. Sei que não há muita coisa ainda, mas quanto mais cedo tivermos informação me-lhor nos podemos organizar”, justifi-ca Nuno Faustino.

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O autarca ouriquense reforça ainda a necessidade de continuar a reconhecer “as necessidades das pessoas, que cada vez são maiores”.

12 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

2014.03.14

> FREGUESIA. A aposta muito forte na acção social é o grande objectivo do presidente da Junta de Freguesia de Ourique para o mandato que se iniciou recente-mente.

Junta de Ourique faz aposta na proximidade

Reeleito para um segundo mandato na liderança da Junta de Freguesia de Ourique, António Barros tem claramente definidos os objectivos para o mandato: apoio social, requalificação urbana e electrificações ru-rais em parceria com a Câmara Municipal.

Cinco meses depois da vitória, Barros não esconde que a reeleição “tem um sig-

> ANTÓNIO BARROS ASSUME A ESTRATÉGIA PARA O NOVO MANDATO NA JUNTA DE FREGUESIA

nificado muito especial” porque, segundo adianta ao “CA”, “é o reconhecimento dos ouriquenses do trabalho” que a autarquia realizou.

“Em circunstâncias adversas, mas sem-pre com empenho e humildade com que desempenhamos essa missão, sempre com seriedade e transparência ao serviço das pessoas. E vamos manter esta determina-ção no mandato actual”, afirma.

O autarca ouriquense reforça ainda a necessidade de continuar a reconhecer “as necessidades das pessoas, que cada vez são maiores” e, por isso, “centrar a acção da Jun-ta de Freguesia nos apoios sociais e nas po-líticas de protecção da população”.

Entre os vários projectos “planeados e

em execução” neste mandato, o autarca do PS assume que, dentro daquilo que define como “pilar de governação” – a acção so-cial – irá apostar em auxiliar as pessoas nos arranjos domésticos, no apoio domiciliário, nas pinturas e caiações, nos transportes sociais e no apoio ao emprego. “Para além destes, reforçaremos os apoios às escolas, ao associativismo e às dinâmicas sócio-eco-nómicas locais”, acrescenta.

Parques infantis e bolsas de estudo para os mais novos, electrificações rurais em parceria com a Câmara, requalificação das entradas nas aldeias da freguesia, aquisição e requalificação de mobiliário urbano são projectos programados pelo autarca que, segundo adianta, “enquadram-se no com-

pub.

2014.03.14 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

António Barros tem ob-jectivos concretos para o mandato em curso. Dr

> E AINDA...

ciclo de cinema para alunos e professores

“+(1/5) Filmes na Biblioteca” é o nome do ciclo de cinema que a Atalaia – Associação dos Amigos da Cultura e das Artes vai promover en-tre 31 de Março e 4 de Abril na Escola Básica 2,3 de Ourique. A iniciativa integra-se no programa “Arte Contemporânea na Escola” e destina-se a alunos e professores do terceiro ciclo do ensino básico e secundário. Durante o ciclo, serão exi-bidos na escola filmes sem som, seleccionados a partir da produção do movimento artístico Fluxos, e que estarão em exibição contínua.

A Atalaia – Associação dos Amigos da Cul-tura e das Artes tem abertas, até 11 de Abril, as inscrições para residências de criação.

A iniciativa destina-se a criadores e es-tudantes das artes contemporâneas perfor-mativas em áreas como a dança, o teatro, a música ou as artes plásticas e multimédia, contando com o apoio da Câmara Municipal de Ourique, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Ci-ências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve.

Com sede em Ourique, a Atalaia é uma as-

atalaia vai promover residências artísticas

> CANDIDATURAs AbERTAs ATé DIA 11

sociação que tem como objectivo desenvolver acções de divulgação e promoção cultural do Alentejo, sendo a sua actuação centrada no campo da cultura, do património e das artes.

espectáculo celebra dia mundial da poesia

O auditório da Biblioteca Municipal de Ouri-que recebe esta sexta-feira, 14, um espectáculo comemorativo do Dia Mundial da Poesia pelo grupo de teatro Tribus. Agendada para as 21h00, a iniciativa junta diferentes poemas e textos literários de vários autores da nova literatura portuguesa, num diálogo entre dois actores onde o público também é convidado a intervir na “colagem” de excertos das obras de Gonçalo M. Tavares, Afonso Cruz, José Luís Peixoto e Valter Hugo Mãe, entre outros.

promisso eleitoral” assumido.

desemprego preocupaMuito preocupado com o nível de desem-prego que se regista na freguesia de Ou-rique, o presidente da Junta de Freguesia lamenta ter dificuldades em dar resposta positiva a tantas solicitações.

“É um flagelo que afecta dramaticamen-te a vida das pessoas e das famílias, que nos exige preocupação constante, embora as nossas limitações sejam conhecidas. Este é um problema estrutural que infelizmente uma autarquia não consegue resolver por si”, assinala António Barros.

Contudo, o autarca explica que, “para combater e atenuar” o problema, a Junta tem vindo “a reforçar as medidas sociais, dinamizando a criação de emprego tempo-rário (um ano)” e, por outro lado, mantendo uma “política de aquisição de bens serviços no comércio local, de forma a garantir a ma-nutenção dos postos de trabalho já criados”.

Os desafios não são poucos e, de algum modo, essa responsabilidade pública agra-da a António Barros. O autarca garante que “a missão de serviço público” e o “exercício desinteressado desta missão” são factores que lhe agradam no desempenho do cargo de presidente da Junta de freguesia.

“Percebem-se a proximidade e os refle-xos no cumprimento dos compromissos as-sumidos, junto das pessoas. E é um orgulho a cada dia, a cada ano e no final do mandato poder ver isso reconhecido na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, afirma o autarca, admitindo que “está grato aos ou-riquenses pela oportunidade e pelo privilé-gio” que lhe dão de exercer o cargo na Junta de Freguesia.

O autarca garante que “a missão de serviço público” e o “exercício desinteressado desta missão” são factores que lhe agradam no de-sempenho do cargo de presidente da Junta de freguesia.

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14 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

2014.03.14

A Câmara de Ourique conseguiu reduzir a sua dívida em 50% nos últimos oito anos, tendo recebido recentemente da Direcção Geral do Tesouro e Finanças a nota de “supe-ração”. Fonte municipal adianta ao “CA” que a distinção da autarquia ouriquense tem por base o facto de o Município ter diminuído a sua dívida em cerca de 11,5 milhões de eu-ros, assim como os prazos de pagamento a fornecedores e credores, passando dos 311 dias registados em 2011 para 130 dias em 2012. “Este reconhecimento, pelo segundo ano consecutivo, reafirma a importância e a adequação da estratégia de rigor e de trans-parência assumida na gestão dos dinheiros públicos”, vinca o autarca Pedro do Carmo, destacando a capacidade do seu executivo em “promover uma actividade municipal e pública rigorosa na gestão, reduzindo dívida e criando medidas políticas de apoio social, obras e projectos de investimento público em benefício das populações e do desenvol-vimento do concelho”. A nota de “superação” atribuída pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças à Câmara de Ourique permite ao Município uma dedução de -0,20% no spre-ad do contrato de empréstimo no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado (PREDE), acumulando com a dedução anteriormente concedida e situando-se agora numa redução de -0,30%.

Câmara de Ourique reduz dívida em 50%

> sábADO, 22 DE mARçO

Para que todos os ouriquenses visitem a Feira do Porco Alentejano 2014, a Câ-mara Municipal organiza no dia 21 (sexta-feira) uma visita de “seniores” ao certame. A iniciativa é promovida pelo Gabinete de Acção Social da autarquia e inclui trans-porte gratuito para a população sénior do concelho a partir das 9h45. Em Panóias o ponto de partida será o largo da Junta de Freguesia e em Santa Luzia a sede do clu-be local. De Garvão os seniores partem do Largo da Palmeira, de Conceição do largo da Junta de Freguesia e de Santana da Serra da paragem de autocarros, à entrada da aldeia, tal como em Grandaços e Aldeia de Palheiros.

Município leva idosos a visitar feira em Ourique

> INICIATIvA

> E AINDA...

Ourique vOlta a estar na“rOta” dO rali de pOrtugal

Mais de 330 quilómetros cronometra-dos e o regresso aos jardins do Casino Estoril são os destaques do Rali de Portugal 2014, que volta a passar pelo concelho de Ourique. A prova faz parte do calendário do Campeonato do

Mundo WRC e vai decorrer de 3 a 6 de Abril, pas-sando igualmente pelo concelho de Almodôvar.

No caso de Ourique, os pilotos vão passar pelo concelho

nas classificativas de Ourique

e Santana da Serra.

CaMinhada para Celebrar aniversáriO da CpCj Ourique

Uma caminhada de 10 quilómetros pelos cam-pos do concelho encerram as comemorações do oitavo aniversário da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Ourique. A iniciativa está agendada para este sábado, 15, a partir das 9h30 e tem partida junto ao Quiosque “Tony”.

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16 OURIQUE 2014FEIRA DO PORCO ALENTEJANO

2014.03.14

> obra. Investimento promovido pela Câmara Municipal deverá estar concluído em 2017 e per-mitir a Ourique ficar com o centro histórico de “cara lavada”.

ourique vai requalificar centro histórico da vila

A Câmara de Ourique vai ar-rancar em breve com um grande projecto de regeneração urbana do centro histórico da vila. A emprei-tada deverá começar antes do Ve-rão e ser desenvolvida em quatro fases, num investimento total que irá superar os dois milhões de eu-ros e conta com comparticipação comunitária através do InAlentejo.

“A vila ficará toda remodelada, pelo menos no núcleo central, o que será uma mais-valia para Ouri-que”, sublinha ao “CA” o presidente da Câmara Municipal, o socialista Pedro do Carmo.

De acordo com o autarca, o projecto inclui a requalificação de instalações eléctricas e de tele-comunicações, sistema de águas pluviais e iluminação pública e deverá ficar concluído “ao longo da primeira metade” do presente mandato (2013-2017), tendo sido “dividido” em quatro fases. “Fize-

> PROJECTO sERá DEsENvOLvIDO Em QUATRO FAsEs AO LONgO DOs PRóxImOs ANOs

Primeira fase do projecto para o centro histórico de Ourique arranca no Verão. Dr

presa Águas Públicas do Alentejo.“E para além destes projectos

continuamos sempre atentos às oportunidades de financiamento comunitário, a única solução que temos para modernizar o conce-lho e recuperar o tempo perdido”, afiança Pedro do Carmo.

Tribunal de ourique “desqualificado”> REFORmA DO mAPA JUDICIáRIO CONTEsTADA

As autarquias de Ourique e Cas-tro Verde não concordam com o novo mapa judiciário recentemen-te aprovado, que levou à criação de uma única comarca judicial no distrito – com sede em Beja – e à consequente “desqualificação” de vários tribunais da região.

Entre estes encontra-se o Tri-bunal de Ourique, que irá perder

competências para preparar e jul-gar acções de família e menores, assim como preparar e julgar ac-ções declarativas cíveis de processo comum de valor superior a 50 mil euros, exercer – no âmbito das ac-ções executivas de natureza cível de valor superior a 50 mil euros – as competências previstas no Código de Processo Civil ou proceder ao julgamento e aos termos subse-quentes nos processos de natureza criminal da competência do tribu-nal colectivo ou do júri.

Esta situação “preocupa-me como cidadão e como autarca. E também como político que sou com muita honra”, diz ao “CA” o

mos essa divisão para não entrar-mos em megalomanias ou sufocos maiores dos que já temos”, justifi-ca.

A empreitada de regeneração urbana do centro histórico de Ou-rique surge depois de um outro projecto, apoiado pelo Programa

presidente da Câmara de Ourique, garantindo não entender as moti-vações, “para além das ideológicas, que possam levar um Governo a abandonar o interior”.

“Em dois anos e meio de Gover-no [PSD/ CDS-PP] conseguiram rasgar todas as ligações do povo com o Estado. E isso é inadmissível. Isso não é sério. Isso não é gover-nar. Governar é defender e servir as pessoas, não é pô-las de lado, ao abandono, sem recursos de protec-ção”, argumenta o socialista Pedro do Carmo.

Também em Castro Verde a reforma do mapa judiciário é contestada, tendo a Câmara e a As-

de Desenvolvimento Rural (Pro-der), ter permitido a particulares a recuperação de fachadas e cober-turas de imóveis naquela zona da vila.

Mais obras prograMadasAs obras programadas pela Câmara

de Ourique para o presente man-dato não se ficam pela requalifica-ção do centro histórico da sede de concelho. De momento estão tam-bém em execução os trabalhos do projecto global de abastecimento de água a todo o município, numa parceria entre a autarquia e a em-

> jusTiça. Nova lei aprovada pelo Governo faz com que no distrito passe apenas a existir a Comarca Judicial de Beja.

sembleia Municipal aprovado por unanimidade o entendimento da Delegação de Ourique da Ordem dos Advogados que condena a me-dida.

“A desqualificação a especializa-ção irão esvaziar por completo os actuais tribunais de comarca sen-do que, mais tarde ou mais cedo, estes acabarão por encerrar”, vinca o documento subscrito pelos dois órgãos autárquicos de Castro Ver-de, acrescentando que a reforma, além de sobrecarregar o Tribunal de Beja, “representa uma ofensa ao princípio do Juiz Natural e ao direi-to fundamental de acesso à justiça em tempo razoável”.

2Milhões de euros é o quanto deverá custar na totalidade o projecto de regeneração urbana do cen-tro histórico da vila de Ourique delineado pela Câmara Municipal. A obra será desenvolvida em quatro fases e conta com comparticipação comunitária.

2,8Além da requalificação urbana da vila, Ourique tem também em mar-cha o projecto de construção do sistema de abastecimento de água à localidade a partir da barragem do Monte da Rocha, que custará 2,8 milhões de euros e deverá estar concluído em Abril de 2015.

Tribunal de Ourique vai perder competências. Dr

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2014.03.14 19

> distinção

A aguardente de uva de mesa “LPS”, produzida na Vidigueira por Luís Peres de Sousa, ganhou a medalha de ouro no XVI

Concurso Internacional de Bebidas Espiritu-osas, durante a feira Prodexpo, que decor-reu em Fevereiro em Moscovo (Rússia).

AGUARDENTE LPS GANHA UMA MEDALHA DE OURO NA RÚSSIA

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

DE

> GRUPO CORAL FEMININO DE CASTRO VERDE FOI O PRIMEIRO DO ALENTEJO

“As Camponesas”festejam 30 anos

Esta é a história do primeiro gru-po de mulheres que se organizou no Alentejo para cantar a moda! Uma história de 30 anos, festejados na última terça-feira, 11 de Março – o dia em que nasceram “As Campo-nesas” de Castro Verde!

“Entre recados mandados e na-moros feitos, no dia 11 de Março de 1984, tinha cinco mulheres na minha casa prontas a ensaiar (a Idalina, a Arlete, a Teresa, a Alda e a Alice) e um ensaiador (o Manuel Arsénio) disposto a levar comigo o sonho para diante”, recorda José Francisco Colaço Guerreiro, advo-gado de Castro Verde, homem das tradições da terra e conhecido apre-sentador do programa “Patrimó-nio”, na Rádio Castrense.

Feito o primeiro ensaio, o coro começou a ter mais vozes! Nas comemorações do 25 de Abril, “As Camponesas” foram cantar a Mértola. E no dia 31 de Dezembro, animaram a passagem de ano na Sociedade 1º de Janeiro, em Castro Verde, “para grande regozijo e es-panto da nossa gente”, lembra Cola-ço Guerreiro.

O cante alentejano com vozes de mulheres, organizado em gru-po como era tradição dos homens, não agradou a todos. Mas fez um caminho cada vez mais apreciado! “As Camponesas” afirmaram-se rapidamente, entre espectáculos e cantorias nas ruas. Não admirou que, em Novembro de 1985, te-nham gravado o primeiro disco e, a par disso, actuando em todo o país, Espanha e Canadá, o que estimulou o surgimento de outros corais de

> ANIVERSÁRIO. “As Camponesas” de castro Verde festejam 30 anos com desafios exigentes para cumprir no próximo futuro.

mulheres. “Foi o surgimento em catadupa

de outros corais femininos que veio dar mais sustentabilidade e nova vida à nossa moda”, assegura Cola-ço Guerreiro.

FUTURO MUITO EXIGENTEPassados 30 anos, o grupo orgulha-se do seu rico percurso e da obra construída. “As Camponesas” são uma bandeira de Castro Verde e do Alentejo mas, hoje, como em mui-tos grupos corais, há dificuldades com o rejuvenescimento e a vitali-dade. “Pouco a pouco, as mulheres mais idosas foram perdendo a voz e a saúde”, conta Colaço Guerreiro, admitindo que o grupo “perdeu o vigor e a pujança dos seus primei-ros tempos”.

“Localmente, não se fez a re-conciliação entre a cultura vinda

do passado com a vida presente. Procurou-se apagar a ruralidade em nome de uma imagem e de um viver urbano mais modernos”, con-sidera.

Seja como for, “as Camponesas” são uma “pedra basilar” do cante da nossa terra e resistem através da captação de novos elementos vindos das aldeias do concelho e de conce-lhos vizinhos. É essa resistência que prossegue e, na altura de celebrar 30 anos, Colaço Guerreiro tem espe-rança que a classificação do Cante Alentejano como Património da Humanidade, acabe por “gerar uma nova visão sobre essa realidade, va-lorizando o cancioneiro e dignifi-cando os seus intérpretes”. “A partir daí talvez possamos contar com novas vontades que fortaleçam o co-lectivo e permitam criar dinâmicas mais arrojadas”, considera. ”

COLAÇO GUERREIROFundador de “As Camponesas”

Entre recados man-dados e namoros feitos, no dia 11 de Março de 1984, tinha cinco mulheres na minha casa prontas a ensaiar!

SER “CAMPONESA”

AnA CuStódIo76 anos

“o meu irmão era cantador no Lomba-dor e depois convidaram-me para as ‘Camponesas’.

Entrei no grupo no dia em que este fez um ano e aqui tenho andado desde então. temos ido a muito lado e é um orgulho fazer parte deste grupo! todas elas já fazem parte da minha família.”

IdALInA CuStódIo85 anos

“Faço tam-bém 30 anos a cantar nas ‘Camponesas’. E não quero deixar de fazer parte do grupo

tão prestes! Fui das primeiras a entrar para o grupo e gosto muito de aqui andar. Gosto de cantar à alentejana e, sobretudo, desta cama-radagem.”

MARIA ALEXAndRInA 74 anos

“Cantar nas ‘Camponesas’ é uma maneira de me ‘safar’ à lida da casa e aos bolos! [risos] Este

grupo tem tido muitos al-tos e baixos, como todas as coisas, mas temos conseguido aguentar! É um grande orgulho fazer parte deste grupo, onde já tenho amizades muito antigas.”

“As Camponesas” de Castro Verde celebraram no passado dia 11 três décadas de existência, sempre com o cante na alma. DR

> Volta ao ConCelho de almodôVar realiza-se nos dias 22 e 23 de março

A correr em “casa”, equipa da Casa do Benfica de Almodôvar quer conquistar todas as camisolas da prova que se realiza no concelho. DR

FUteBol e modalidadesFUteBol e modalidades

desPorto

20 2014.03.14

> futebol

O Estádio Municipal D. Afonso Henriques, na vila de Ourique, recebe no próximo dia 22 de Março (sábado), a final da Taça de Honra da 2ª

divisão distrital – época 2013-2014. A partida está agendada para as 15h00 e vai colocar frente-a-frente Despertar e Sabóia AC.

DESPERTAR E SABÓIA AC DISPUTAM FINAL DA TAÇA DE HONRA DA 2ª DIVISÃO

Capital do ciclismo> ALMODÔVAR. Prova é organizada pela Casa do Benfica e pela autarquia local. Pelotão internacional até terá mulheres!

A paixão de Almodôvar pelo ci-clismo vai andar “em alta” nos próxi-mos dias 22 e 23 de Março (sábado e domingo), com a realização da séti-ma edição da Volta ao Concelho de Almodôvar em bicicleta na variante de masters. A prova é organizada pela Casa do Benfica e pela Câmara Municipal e vai contar com um pe-lotão com mais de uma centena de corredores, entre os quais alguns es-panhóis e até mulheres!

“Já ultrapassámos os 100 ins-critos, com a novidade de que pela primeira vez vão correr atletas do sexo feminino, o que faz com que este prémio cada vez mais se torne um grande espectáculo. Só de Por-tugal estão inscritas 14 equipas e por norma costumam vir todas, mais

uma da zona de Cáceres e outra da zona de Badajoz (Espanha), além de muitos atletas individuais”, adian-ta ao “CA” Henrique Revés, director desportivo da equipa de ciclismo da Casa do Benfica de Almodôvar e um dos principais responsáveis pela or-ganização da prova.

A VII Volta ao Concelho de Almo-dôvar em bicicleta arranca no dia 22 de Março (sábado), com uma etapa de 91,8 quilómetros que sai de Al-modôvar e atravessa várias localida-des (além de passar junto à mina de Neves-Corvo) até chegar à meta, ins-talada no alto da Santinha, em Santa Clara-a-Nova. “É uma chegada mui-to dura, mas lindíssima”, sublinha Henrique Revés.

A prova continua no dia 23 de Março (domingo), com um contra-relógio individual de 4,9 quilómetros entre Almodôvar e o alto de Santo Amaro da parte da manhã e um cir-cuito urbano pela vila de Almodôvar de 45 quilómetros (10 voltas de 4,5 quilómetros) durante a tarde. Ao todo, serão dois dias em que Almo-

dôvar vai assumir o estatuto de “ca-pital do ciclismo” no Baixo Alentejo e durante os quais Henrique Revés espera ver muito público nas estra-das, a apoiar os ciclistas.

“Já começámos a receber muitas chamadas a perguntar por aloja-mento e nos últimos anos tem havi-do muita gente por todo o concelho. Esperamos que o tempo esteja bom para estarem todos na rua a apoiar esta prova”, confidencia o director desportivo da Peçamodôvar/ Casa do Benfica de Almodôvar, não es-condendo que a “cereja sobre o topo do bolo” num fim-de-semana que tem tudo para ser perfeito será a vitória de um ciclista almodovarense.

“Espero que este ano a vitó-ria seja nossa para dedicar a todos os almodovaren-ses, pois bem o me-recem pelo grande carinho e apoio que dão a esta modalida-de”, argumenta Hen-rique Revés.

Com seis edições cumpridas e a sétima “à porta”, a Volta ao Concelho de Almodôvar em bi-cicleta é já a mais importante competição velocipédica a nível nacional na variante de masters e começa a ter, segundo Henri-que Revés, “grande cartaz na vi-zinha Espanha”. “Não só por ser a prova de abertura do calendário masters, mas também por ser a única prova a nível nacional em que os atletas podem discutir as camisolas em dois dias e onde se respira muito ciclismo. Isso traz cada vez mais gente ao conce-lho de Almodôvar, não só atletas mas também acompanhantes e amantes de ciclismo”, acrescenta o director desportivo da equipa Peçamodôvar/ Casa do Benfica de Almodôvar.

Espanhóis prEsEntEs

HENRIqUE REVéSDirector desportivo

Espero que este ano a vitória seja nossa [Casa do Benfica] para dedicar a todos os almodovarenses, pois bem o merecem.

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Sandra Bolhão

Cartório Notarial de Setúbal

“Correio Alentejo” nº 344 : Única publicação :: 14.MAR.2014

EXTRACTOEu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, No-tária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 20-C, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia cinco de Março de dois mil e catorze, a folhas cento e dez e seguintes do Livro Sete – A, que MARIA JOÃO GUERREIRO DA SILVA BARRINHA, divorciada, natural da freguesia e concelho de Aljustrel, residente na Rua da Guiné, número 5, rés-do-chão esquerdo, Alto do Seixalinho, Bar-reiro, DECLAROU que é dona e legítima pos-suidora dos seguintes imóveis:a) PRÉDIO URBANO, composto por edifício de rés-do-chão com cinco compartimentos, com a área total e coberta de noventa e um metros quadrados, sito em Aivados, Rua número 1, freguesia e concelho de Castro Verde, a con-frontar a norte com José Carlos, a sul e a nas-cente com Joaquim Contreiras e a poente com Rua número 1, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde sob o número DUZENTOS E SESSENTA E TRÊS, inscrito na respectiva matriz predial urbana sob o artigo 818, da União das Freguesias de Castro Verde e Casével (anteriomente artigo 1057 da fregue-sia de Castro Verde (Extinta));b) PRÉDIO URBANO, composto por edifício de rés-do-chão com dois compartimentos, com a área total e coberta de vinte e oito metros qua-drados, sito em Aivados, Rua Pública, fregue-sia e concelho de Castro Verde, a confrontar a norte e a nascente com Rua Pública, a sul com Travessa Pública e a poente com António dos Santos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde sob o número DUZEN-TOS E SESSENTA E DOIS, inscrito na respec-tiva matriz predial urbana sob o artigo 769, da União das Freguesias de Castro Verde e Casé-vel (anteriomente artigo 1002 da freguesia de Castro Verde (Extinta));Que em sede de registo predial os prédios en-contram-se inscritos a favor dos herdeiros de Inácia Guerreiro e José António Pombeiro (pre-sentemente falecidos), casados que foram no

regime da comunhão geral, residentes em Aiva-dos, Castro Verde. Que, no ano de mil novecen-tos e oitenta e sete os herdeiros, titulares inscri-tos, procederam à partilha verbal de ambos os imóveis, tendo os mesmos sido adjudicados na totalidade à herdeira, Mariana Guerreiro Pom-beiro, avó de MARIA JOÃO GUERREIRO DA SILVA BARRINHA, (presentemente falecida) casada que foi na separação de bens com Ma-nuel Luís.Em meados de mil novecentos e noventa, a referida Mariana Guerreiro Pombeiro doou ver-balmente a MARIA JOÃO GUERREIRO DA SILVA BARRINHA, sua neta, os mencionados prédios, que ora se justificam, por impossibili-dade de lavrar qualquer outro título atendendo ao falecimento da referida Mariana Guerreiro Pombeiro.Que a partir da data mencionada, e portanto há mais de VINTE ANOS que a referida MA-RIA JOÃO GUERREIRO DA SILVA BARRI-NHA tem possuído os mencionados imóveis em nome próprio, sem interrupção desde o seu iní-cio, respeitando as suas extremas e divisórias, com total exclusividade e independência, sem-pre praticando sobre os mesmos todos os actos de posse que estes eram susceptíveis, tudo na convicção de exercer um direito próprio, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gente e sem oposição de quem quer que fosse, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, não logrando deter qualquer título que justifique a transmissão sequencial ocorri-da, por não titulada e não conduzida a registo.Que atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continu-adamente e de forma ininterrupta, já adquiriu a totalidade dos ditos prédios, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.ESTÁ CONFORME.Setúbal, a cinco de Março de dois mil e catorze.

A Notária(assinatura ilegível)

Santa Casa da Misericórdia de Vila Alva

LAR DA 3ª IDADEMUSEU DE ARTE SACRA E ARQUEOLOGIA

Convocatória

Correio Alentejo n.º 344 de 14/03/2014 Única Publicação

Convocam-se todos os membros da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vila Alva, para uma Assembleia Geral Ordi-nária, a realizar no próximo dia 28 de Março de 2014, pelas 20:30, no edifício do Centro Cultural de Vila Alva, com a seguin-te ordem de trabalhos:Período antes da ordem do dia:1. Apresentação e discussão do Relatório e Contas do ano de

2013 seguido de votação:2. Outros Assuntos do Interesse para a Misericórdia;Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos irmãos, a Assembleia reunirá meia hora depois, em se-gunda convocatória desde que estejam presentes pelo menos um quarto dos irmãos.

Vila Alva, 3 de Março de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral(assinatura ilegível)

/João Maria Estevens dos Santos/

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 344 : Única publicação :: 14.MAR.2014

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 11 de Março de 2014, iniciada a folhas 75 do livro de notas número 39 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual ANTÓNIA ROSA SOARES GALAMBA, NIF 118.150.480 e marido BENTO TEIXEIRA VALENTE, NIF 123.163.170, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, onde residem na Tra-vessa do Lagar, lote 10, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do direito a um/terço indiviso do prédio rústico de figueiras, olival e cultura arvense em olival e de se-queiro, denominado “Esparcinhas”, sito atualmen-te na União das Freguesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Serpa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número quatrocentos e oitenta, da freguesia de Vila Nova de São Bento, inscrito na matriz sob o artigo 306, da secção H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondente à fracção de € 2.141,97, direito a que atribuem igual valor. Que o referido direito a um/terço indiviso do identi-ficado imóvel encontra-se registado na competente Conservatória do Registo Predial a favor dos titula-res inscritos – Bento Rosa Soares Galamba, casa-do com Sebastiana da Conceição Baranita, Teodo-ra Rosa Galamba, casada com Manuel Carrasco Pica, ambos na comunhão geral, Sebastiana Rosa Soares Galamba Algarve, casada com António Re-boca Algarve, Luís Rosa Soares Galamba, casado com Maria Luísa Garcia Lopes Galamba, ambos na comunhão de adquiridos, todos residentes em Aldeia Nova de São Bento, Serpa, Maria Rosa Ga-lamba Mira, casada com Francisco Castelo Mira, na comunhão geral, residente na Rua 9 de Abril, 10-S, 1º, Bairro dos Fetais de Cima, Camarate, Loures, e dos justificantes, sem determinação de parte ou direito, pela apresentação um, de vinte e oito de Julho de mil novecentos e oitenta e sete, e veio à sua posse por o haverem adquirido por par-tilha verbal em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e oitenta e seis a que procederam com os demais referidos interessados por óbito de

seus pais e sogros Maria Rosa e Luís Soares Ga-lamba, casados na comunhão geral e residentes que foram na citada freguesia de Vila Nova de São Bento, tendo pago as respectivas tornas, não ten-do, todavia, sido celebrada a respectiva escritura.Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e seis, e sem interrupção, os justifican-tes entraram na posse do referido prédio rústico, com os demais compossuidores – Antónia Rebo-cho Galamba, casada com Manuel José Morais Quaresma, Francisco Rebicho Galamba Valadas, casado com Ana Maria Carrasco Valadas Galam-ba, Bento Rebocho Soares Galamba, casado com Isabel da Conceição Mira Soares, todos na co-munhão de adquiridos e residentes em Vila Nova de São Bento, Serpa, António Rebocho Galamba Barão, casado com Maria do Rosário Costa Barão Galamba, na comunhão de adquiridos, residente em Agualva, Cacém, e Maria de Jesus Rebocho Galamba Ribeiro, casada com Rogério Nabais Ribeiro da Silva, na comunhão de adquiridos, Agualva, Cacém, Maria Inês Bule Torrão Mourato, casada com Francisco António Nascimento Moura-to, na comunhão de adquiridos, Vila Nova de São Bento, Serpa,- cultivando-o, usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respectivos encar-gos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição do-cumento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aquisição do direi-to a um/terço indiviso do mencionado imóvel por usucapião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Jo-ana Raquel Prior Neto, onze de Março de dois mil e catorze.A Notária,(assinatura ilegível)

NÚCLEO DE VOLUNTARIADO

DE MÉRTOLAEDITAL

Correio Alentejo n.º 344 de 14/03/2014 Única Publicação

DR. MANUEL JOAQUIM DE JESUS PEREIRA, PRESI-DENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL:TORNA PÚBLICO que terá lugar no próximo dia 20 de Março de 2014, pelas 16,30 horas, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Mértola, uma sessão ordinária da Assembleia Geral, pelo que se convocam todos os sócios e voluntários (efectivos) para a referida reunião, com a seguinte ordem de trabalhos:1.- PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA”2.- APROVAÇÃO DO RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 20133.- ELEIÇÕES PARA O MANDATO 2014/20154.- OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE PARA A AS-SOCIAÇÃOSe à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados, com direito a voto, a Assem-bleia reunirá, meia hora depois, com qualquer número de associados.

Mértola, aos 05 de Março de 2014O Presidente da Assembleia Geral,

(assinatura ilegível)

22 2014.03.14opinião>palavras

“>palavras

MÁrio figueiredo> SiC Notícias 11.03.2014

“O pecadO capital esteve lOgO na minha eleiçãO [cOmO presidente da liga pOrtuguesa de futebOl prOfis-siOnal]. ganhei eleições cOntra O sistema, cOm um prOgrama que cOli-dia cOm Os interesses instaladOs nO futebOl pOrtuguês.”

ANtóNio SArAivA> rádio renascença 11.03.2014

“daqui a um anO estaremOs a dis-cutir, seguramente, a cOmpOsiçãO de um nOvO gOvernO e O brilhantis-mO cOm que pOrtugal acabOu pOr resOlver, em cOncertaçãO pOlítica e sOcial, Os seus prOblemas.”

João Miguel tAvAreS> “Público” 12.03.20134

“[...] uma das mais nOtáveis qualida-des dO pcp é a sua existência fOra dO tempO. 2035, 2014, 1917, 1848 – para Os cO-munistas é indiferente a épOca em que estamOs, pOrque desde marx e engels que a história ficOu definitivamente explicada, e para tOdO O sempre.”

> Editorial

Com a saúde não se brinCaas reformas no sector da saúde ao longo dos últimos anos fizeram do

Serviço de Urgência Básico (SUB) de Castro Verde um ponto central no atendimento a doentes urgentes da zona sul do distrito. Ali acorrem diariamente utentes de cinco concelhos (Castro Verde, Almodôvar, Ou-rique e de algumas freguesias de Aljustrel e Mértola), assim como algu-mas das vítimas de acidentes de viação na A2, IP2 e IC1. E é preciso não esquecer que a estes se podem ainda juntar os trabalhadores que, even-tualmente, possam sofrer acidentes durante o seu serviço nas minas de Neves-Corvo (a maior mina de cobre da Europa) e de Aljustrel.

Com tudo isto, seria expectável que o SUB de Castro Verde dispusesse das condições físicas mínimas para aco-lher todos estes potenciais utentes com o conforto adequado. Mas a realidade é precisamente a oposta! Se inicialmente o espaço reservado para os doentes à es-pera (e respectivos acompanhantes) era suficiente para as necessidades de uma urgência que se destinava apenas a um concelho, hoje o cenário é completa-mente diferente e não são raras as vezes em que se vê muita gente no exterior, junto às ambulâncias e outras viaturas de socorro, à espera de lugar na minús-cula sala de espera.

A Câmara de Castro Verde já protestou, através de uma moção aprova-da pelas forças políticas com representação no órgão (CDU e PS), contra esta situação, exigindo medidas urgentes que melhorem as condições do SUB de Castro Verde. Uma reivindicação legítima e que deve ser levada em conta pelos principais responsáveis pela saúde em Portugal, porque poupar recursos do Estado não deve ser sinónimo de diminuir a quali-dade do serviço prestado aos cidadãos. Sobretudo na saúde, com a qual não se brinca!

Poupar recursos do estado não deve ser sinónimo de diminuir a qualidade do serviço prestado aos cida-dãos. Sobretudo na saúde!

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoRedacção: Manuela Pina, Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, José Tomé Máximo (foto-grafia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]ão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 Castro VerdeTel. 286 328 417e-mail: [email protected]

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Oquadro de fundos de apoio europeu para o novo período que se vai iniciar (2014 -2020) visa fo-

mentar o desenvolvimento económico e social dos territórios, mas para o Baixo-Alentejo dificilmente passará de um frustrante inconseguimento.

Vários atos pontuam este caminho dilacerante para Beja e o Baixo-Alentejo.

O último ato estará certamente nos Programas Operacionais nacionais que vão balizar a aplicação dessas verbas.

É patente o boicote a uma estratégia de desenvol-vimento, que vinha em curso acelerado de consecu-ção, baseada na lógica do triângulo Alqueva e Mira + Aeroporto e Minas + Sines e Turismo, e a sua substi-tuição por coisa nenhuma e - vá lá! - pela salvação – a muito custo e contra as ideias iniciais do Governo – do Alqueva na sua vertente agrícola.

Mesmo assim, assinala-se que o planeamento de desenvolvimento que fundamenta as apostas na região – o PAR, Plano de Ação Regional, da CCDR de Évora - ainda assusta com esta premonição anti-alqueva, anunciando: “…os problemas com a dispo-nibilidade de água para as “indústrias de regadio” e a trazer uma maior presença de insetos oriundos do Norte de África, com os riscos e efeitos inerentes, p.e, na atração de turistas…” (pág. 20).

No que diz respeito ao Aeroporto de Beja é evi-dente o desinteresse do Governo por este projeto, que poderia ser de grande importância, o que se traduziu, desde logo, e como na altura denunciei, na sua pura e simples inconsideração no caderno de encargos da privatização da ANA.

É certo que o Governo PSD+CDS ainda tentou lançar uma cortina de enganos com o Relatório Ra-môa, o qual foi rapidamente desconsiderado e es-quecido, e hoje, apesar de o PAR parecer conter uma abertura, logo ela se fechou na formulação degra-

> opinião

LuíS PIta ameIxadeputado do PS

Na direcção do iNcoNseguimeNto

dada do Programa Operacional 2020 da CCDR que é a da identificação de uma infraestrutura “latente”, dormente, numa amálgama de todas as valências, claramente invertidas na prioridade, com a seguinte afirmação: “...o aeroporto de Beja, ativo regional com potencial latente para desenvolver pilares da sua vocação em matéria de transporte de passageiros e carga aérea e de instalação de unidades industriais.” (proposta PO 2020, pág. 6)

Quanto ao IP8 e à autoestrada Sines-Beja confir-ma-se o seu abandono por completo. Não só retira-da das prioridades como, mais radicalmente, fora das referências de planeamento e desenvolvimen-to regional, apesar de constar do Plano Rodoviário Nacional! E não obstante termos uma obra parada a meio…

Diz o PAR da CCDR “Entre as principais inter-venções que, decerto, vão carecer de novos ciclos de investimento público (comunitário e nacional), de-verão ter prioridade: as ligações facilitadas à AML, a continuidade do IP2 (ligação da A23 à A6), e ligação entre Évora e Beja, a par da adoção de uma solução adequada para a ligação entre Sines e a Auto-estrada A2.” (pág. 36)

Portanto: prioridade às ligações a Lisboa, de Évo-ra para Norte (A23) e de Évora para Sul (Beja), e de Sines à autoestrada A2 Lisboa-Algarve.

Pergunta-se: Esta ligação de Sines à A2 é em dire-ção a Este/Beja, como vinha a ser feita, ou é mudar para Norte, pelo IC33, para ligar a Évora?

E onde está referida a ligação entre a A2 e Beja? Não há!!

O propósito de afastamento entre Beja e o litoral confirma-o ainda a opção estratégia de privilegiar as ligações deste com Lisboa e com Évora e só em último lugar com Beja.

Consta assim: “Subsistema urbano do Litoral Alen-tejano (…) Em termos regionais, a rede policêntrica de centros urbanos enquadra-se num espaço de relacio-namento de geometria variável, a articular prioritaria-mente com a metrópole de Lisboa e secundariamente com Évora e Beja.” (PAR pág. 111, e PO pág. 266).

Isto é exatamente ao contrário do que devia ser!E, o primeiro ato disto tudo, foi a chegada ao Go-

verno do PSD e do CDS! Espero que haja arrependidos, e em vários setores

do eleitorado!

(escrito segundo o novo acordo ortográfico)

232014.03.14 PROVA ESCRITA>opinião

HÁ VERDADES QUE NÃO SE PODEM SUBSCREVER!

> ANTÓNIO JOSÉ BRITO

Na última reunião da Assembleia Municipal de Castro Verde, os eleitos do Partido Socialis-ta apresentaram uma moção onde defendem a finalização

das obras da auto-estrada Sines/Beja (A26) e reivindicam o recomeço imediato das obras do IP2 entre Castro Verde e Évora.

A moção foi aprovada por maioria, com oito abstenções – uma do único eleito do PSD, que parece ser muito normal, e sete de eleitos da CDU naquele órgão. Ou seja, há pelo menos sete autarcas comunistas no concelho de Castro Verde (entre eleitos na Assembleia Municipal e presidentes de Junta de Freguesia) que fazem sobrepor aos interesses do concelho uma leitura política meramente partidária!

E porquê? Porque a justificação para a abstenção dos eleitos da CDU, nalguns ca-sos expressa através de declaração de voto, assentou no facto de a primeira parte do texto da moção referir que o Baixo Alente-jo, “em função da vontade política e de uma estratégia clara de desenvolvimento” de go-vernos do PS, ter visto avançar o projecto do Alqueva, a construção do aeroporto de Beja, os centros de saúde de Almodôvar e Aljustrel, os novos edifícios para a ESTIG de Beja, as requalificações de várias escolas em toda a região, o investimento na rede viária regional, como a EN 123 (Castro Verde-Mér-tola) ou o troço do IP2 entre Castro Verde e a auto-estrada Lisboa – Algarve, que privile-giam o concelho de Castro Verde!

Os eleitos do PS explicaram que foi este contexto de desenvolvimento que permi-tiu fazer avançar a auto-estrada Sines/Beja (A26) e as obras do IP2 entre Castro Verde e Évora! Mas, perante estes factos verdadeiros e inquestionáveis, mais de metade dos elei-tos da CDU que estavam presentes, deram a entender que era presunção e não ficava bem ao PS falar da obra feita. Só por isso, abstiveram-se!

Num concelho onde a maioria CDU na Câmara Municipal tem uma das mais po-derosas máquinas de propaganda e contro-lo político, não deixa de ser extraordinário que, confrontados com a necessidade de exigir e protestar contra um Governo que

A caminho ds 90 anos, Mário Soares foi o escolhido pelos 60 correspondentes da imprensa estrangeira, acreditados em Portugal, para receber o Prémio Personali-dade do Ano 2013. Porquê? “Os correspon-dentes quiseram premiar Mário Soares por ser uma das vozes mais activas no seu país, com uma grande repercussão no estran-geiro. Ante a dificuldade dos portugueses, Soares não se tem calado”. Está tudo dito.

O LUTADOR

O que têm em comum Adriano Moreira e Ferro Rodrigues; Freitas do Amaral e Fran-cisco Louçã; Carvalho da Silva e Manuela Ferreira Leite? Politicamente… zero! Mas hoje, a dois meses do final do programa de resgate da troika, estão juntos no apelo para que Portugal faça uma reestrutura-ção da dívida pública. Porque essa dívida será impossível de pagar sem crescimento económico duradouro e significativo. Por isso, se o Governo não renegociar a dívida, o cenário afigura-se (muito) negro: degra-dação dos serviços e prestações do Estado (saúde, educação, segurança!), queda da procura, economia a definhar, maior precariedade do trabalho, emigração de jovens qualificados, fraco crédito da banca e inúmeras empresas obrigadas a reduzir trabalhadores. Só Passos e Portas parecem não perceber isto!

O ERROestá a causar graves prejuízos ao concelho e à região, os eleitos da CDU, com o notório apoio do presidente da Câmara Municipal, tenha actuado deste modo.

Os actos ficam com quem os pratica e, por isso, não queremos deixar de destacar a atitude responsável dos cinco eleitos da CDU que souberam pôr os interesses do concelho à frente da estrita visão partidária. Entre eles, a própria presidente da Assem-bleia Municipal, Fernanda Espírito Santo, que votou a favor da moção.

Em suma, para nós parece óbvio que muitos dos actuais eleitos da CDU têm de fazer um esforço para abandonar a visão exclusivamente partidária que tantas vezes coloca o PCP acima de Castro Verde.

Não deixa de ser ex-traordinário que, confrontados com a necessidade de exigir e protestar contra um Governo que está a causar graves pre-juízos ao concelho de Castro Verde e à região, os eleitos da CDU, com o notório apoio do presidente da Câmara Munici-pal, tenham optado pela abstenção.

“CONTiNUAmOs NUmA siTUAçãO DE DéfiCE” E ENqUANTO Assim fOR “A DíviDA vAi CONTiNUAR A AUmENTAR”

MARIA LUÍS ALBUQUERQUEMinistra das Finanças

DiTO

www.correioalentejo.com

sexta. 2014.03.14

ÚLTIMAS

A água vai estar em grande destaque no próximo fim-de-semana em Beja, que recebe a primeira edição da Feira da Água. A iniciati-va, que decorre entre os dias 21 e 23 de Março no Parque de Feiras e Exposições da cidade, é promovida pela autarquia local e pela ACOS – Agricultores do Sul e visa divulgar as poten-cialidades económicas, associadas à agricul-tura, deste recurso natural.

Dar a conhecer as novas tecnologias e cul-turas agrícolas, criar dinâmica empresarial, estimular a cooperação e promover a activi-dade económica associada à agricultura e ao turismo, com vista ao desenvolvimento sus-tentável do concelho, são outros dos objecti-vos do evento.

A feira integra ainda as comemorações dos dias da Árvore e da Floresta (21 de Março) e da Água (22 de Março) e no seu programa con-tará com colóquios, exposições e demons-trações de equipamentos e serviços ligados à temática. Venda de produtos agro-alimenta-res, espaços de comes e bebes regionais, mú-sica e animação e equipamentos de diversão para os mais novos são outros dos “ingredien-tes” do certame.

Beja promoveFeira da Água

> enTre 21 e 23 de MArço

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35 anos de xutos

> ConTrAKAPA

No princípio ainda estiveram para se chamar Beijinhos & Parabéns. Se esse nome tivesse vingado, estou em crer que não estaria aqui e agora a escrever

estas linhas. Ninguém resiste 35 anos no exigente mercado da música com nome de “cupcake”.Os Xutos & Pontapés celebraram nos passados dias 7 e 8 de Março, no Meo Arena, esse glorioso e “dinossaurico” marco temporal que atravessa pelo menos três gerações. Caramba. É obra!Não tenho espaço para dissecar a carrei-ra dos cinco magníficos, mas posso aqui afirmar que, apesar do rombo do peso dos anos, continuam de pedra e cal.Disso é exemplo o seu último trabalho. De seu nome: “PURO”, que, como o nome indica, é um regresso, ou se quiserem uma afirmação, da genuinidade desta banda intemporal.No Meo Arena apresentaram-se num cená-rio constituído por dezenas de contentores grafitados, ladeados por dois gigantescos logos da banda. Uma mega-produção cénica, co-adjuvada por um poderoso PA, que emprestaram ao momento presencia-do aquela sensação do irrepetível. Alguém disse um dia que se é dos Xutos, como se é do Benfica. É assim uma coisa visceral, que se entranha, que não se explica. Vai-se assistir a um concerto deles, como se vai a uma noite europeia na Luz. E quando se celebram datas como as da passada semana, é como se assistíssemos a uma final europeia, mas com a diferen-ça de sabermos antecipadamente que já somos campeões.

NAPOLEÃO MIRAEscritor

de xutos

NAPOLEÃO MIRA

A água estará em destaque na nova feira organizada na cidade de Beja. DR

O último livro de António José Brito, “30 Anos de Jornais no Baixo Alentejo”, vai ser apresentados nas bibliotecas de Odemira e Aljustrel na próxima semana. Em Ode-mira, a apresentação será feita na sexta-feira, dia 21 de Março, a partir das 18h00. Em Aljustrel, será no sábado, 22, a partir das 16h00. O livro, que foi distinguido pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social, relata a história da imprensa escri-ta no Baixo Alentejo entre 1982 e 2012, as-sinalando os exigentes desafios com que se confronta neste momento.

“30 Anos” em Odemira e Aljustrel

> LIVro

O Serviço de Urgências Básicas (SUB) de Castro Verde está a revelar-se uma verda-deira “dor de cabeça” para profissionais e utentes. Tudo porque o espaço da recepção e da sala de espera é exíguo para fazer face à grande afluência que tem, sendo raros os dias ou noites em que muitos acompanhan-tes de doentes urgentes não têm de aguar-dar pela chamada do médico no exterior do edifício. O caso é denunciado pela Câmara de Castro Verde, que “perante a eternização desta situação” aprovou recentemente, por unanimidade, uma moção onde manifesta a sua “apreensão” com a falta de condições do SUB local. Ao mesmo tempo, a edilidade exi-ge ao Ministério da Saúde medidas concretas para a “resolução urgente desta situação, na defesa da qualidade de vida das populações desta região e na dignificação do serviço pú-blico”. O “CA” contactou a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), ao qual pertence o Centro de Saú-de de Castro Verde, mas não obteve resposta às questões colocadas.

Castro exigemelhorias nasUrgências

> SAÙde

Os vereadores do PS na Câmara Munici-pal de Beja criticam o facto de algumas das obras iniciadas no mandato anterior e que estavam quase concluídas estarem neste momento paradas.

Em comunicado, os eleitos do PS dão o exemplo da iluminação do relvado sintético 2 do Complexo Desportivo Fernando Ma-mede e da cobertura do edifício do Clube Bejense, empreitadas “paradas há meses

PS critica obras paradas em Beja> VereAdoreS nA CÂMArA MUnICIPAL

porque o actual executivo da CDU/ PCP desde Novembro que não paga aos emprei-teiros”.

Esta situação levou a que os empreiteiros tenham decidido “suspender os trabalhos, ameaçando inclusive com retirada de mate-riais colocados, considerando já a hipótese de avançar com pedidos de indemnização”, acrescentam os veraedores socialistas na Câmara de Beja.