pub “regresso” ao tempo vila de almodÔvar da...

16
2015.05.15 • edição quinzenal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 10 // N: 372 0,70 IVA INCLUÍDO PUB CASTRO VERDE > TURISMO RURAL CRESCE NA ALDEIA DAS PIÇARRAS FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTES DE RUA ENCHE VILA DE ALMODÔVAR CULTURA MINA DE ALJUSTREL INVESTE 45 MILHÕES ENTREVISTA | PRESIDENTE DO FC CASTRENSE “FC Castrense vive melhor momento de sempre” MÉRTOLA PREPARA “REGRESSO” AO TEMPO DA OCUPAÇÃO ISLÂMICA CULTURA pub INDÚSTRIA > A empresa Almina está a investir 45 milhões de euros nas minas de Al- justrel para aumentar a sua capacidade de produção e criar 20 postos de trabalho. Na passada semana, o vice-primeiro-ministro Paulo Portas visitou o complexo mi- neiro e inaugurou o novo laboratório mineralógico. > AUTARQUIAS Ferreira e Ourique diminuíram dívidas Os números não enganam: as câmaras municipais de Ou- rique e Ferreira do Alentejo conseguiram durante o ano de 2014 uma redução muito relevante do seu passivo. Em Ourique a dívida baixou para os 7,5 milhões de euros, enquanto em Fer- reira o passivo actual ronda os cinco milhões. >p06 > DIA 24 DE MAIO Entradas vai inaugurar lar A nova estrutura residencial para idosos do Lar Frei Manoel das En- tradas é inaugurada a 24 de Maio pelo secretário de Estado do Em- prego, Octávio de Oliveira. >p04

Upload: lamnhan

Post on 09-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

2015.05.15 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 10 // N: 372

€0,70IVA Incluído

PUB

CASTRO VERDE > TURISMO RURAL CRESCE NA ALDEIA DAS PIÇARRAS

FESTIVAL INTERNACIONALDE ARTES DE RUA ENCHEVILA DE ALMODÔVAR

CULTURA

MINA DE ALjUSTRELINVESTE 45 MILHõES

ENTREVISTA | PRESIDENTE DO FC CASTRENSE

“FC Castrense vive melhor momento de sempre”

MÉRTOLA PREPARA“REGRESSO” AO TEMPODA OCUPAÇÃO ISLÂMICA

CULTURA

pub

INDúSTRIA > A empresa Almina está a investir 45 milhões de euros nas minas de Al-justrel para aumentar a sua capacidade de produção e criar 20 postos de trabalho. Na passada semana, o vice-primeiro-ministro Paulo Portas visitou o complexo mi-

neiro e inaugurou o novo laboratório mineralógico.

> AUTARQUIAS

Ferreira e Ouriquediminuíram dívidas

Os números não enganam: as câmaras municipais de Ou-rique e Ferreira do Alentejo conseguiram durante o ano de

2014 uma redução muito relevante do seu passivo. Em Ourique a dívida baixou para os 7,5 milhões de euros, enquanto em Fer-reira o passivo actual ronda os cinco milhões. >p06

> dIA 24 de mAIo

Entradas vaiinaugurar lar A nova estrutura residencial para idosos do Lar Frei Manoel das En-tradas é inaugurada a 24 de Maio pelo secretário de Estado do Em-prego, Octávio de Oliveira. >p04

2015.05.15 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006.

FESTIVAL INTERNACIONAL

Page 2: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

regiÃO >saúde

Após ter reunido com a administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, o deputado do PS eleito por Beja, Pita Ameixa, afirmou-se preocu-

pado por 30% da população do concelho de Odemira estar sem médico de família. Ameixa exigiu medidas imediatas do Governo para resolver a situação.

FALTA DE MÉDICO NO LITORAL ALENTEJANO PREOCUPA DEPUTADO SOCIALISTA

BAiXOALENTEJO> COmpleXO fOi visitAdO pOr pAulO pOrtAs nO pAssAdO diA 8 de mAiO

2 2015.05.15

> INVESTIMENTO. A ALMINA está a investir 45 milhões de euros num projecto na mina de Aljustrel que visa aumentar a capacidade de produção da empresa e que prevê criar 20 postos de trabalho.

MAIS MINA EM ALJUSTREL A Almina está a investir 45 milhões de euros na mina de Aljustrel para aumentar a capacidade de produção da empresa e criar 20 postos de trabalho. Segundo Hum-berto Costa Leite, o presidente da empresa, o projecto foi recentemente aprovado pelo Governo com vista à concessão de 6,7 mi-lhões de euros em benefícios fiscais.

O investimento e os contornos des-ta nova fase da mina de Aljustrel foram anunciados durante uma visita que o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, realizou a Aljustrel no passado dia 8 de Maio. Durante a visita, Portas inaugurou o novo labora-tório mineralógico do complexo mineiro, o qual, segundo a Almina, “permite que a empresa deixe de recorrer externamente a este serviço de melhoria do produto final”.

“É só disto que nós precisamos para que o país ande para a frente”, defendeu Paulo Portas, endereçando logo a seguir os para-béns à empresa concessionária das minas de Aljustrel pelo investimento concretizado, num projecto que, destacou, revela “inter-nacionalização, inovação e criação massiva de postos de trabalho” para desenvolver a sua actividade na área da exportação.

A Almina, empresa mineira de capitais portugueses detida pelo grupo I’M Min-ning, explicou, num dossier entregue aos jornalistas, que concluiu em 2014 o projec-to de beneficiação do complexo mineiro de Aljustrel, num investimento de 104 milhões de euros, que permitiu criar 230 postos de trabalho.

O projecto, que tinha arrancado em 2010, após a Almina ter começado a ex-plorar as minas de Aljustrel em regime de concessão atribuída pelo Estado, permitiu beneficiar o complexo mineiro, através da modernização de instalações de explora-ção, processamento e beneficiação de mi-nério.

Segundo Humberto Costa Leite, além dos investimentos efectuados através da Almina, o I’M Minning investiu mais 21,5 milhões de euros nas minas de Aljustrel através da Empresa de Perfuração e Desen-

“Nós somos um territórioamigo dosinvestidores”

230O projecto de beneficiação do complexo mineiro de Aljustrel, num investimento de 104 milhões de euros, permitiu criar 230 postos de trabalho.

2,3A ALMINA anunciou que este ano produzirá cerca de 2,3 milhões de toneladas de minério, mais 300 mil toneladas do que em 2013 e o dobro do registado em 2012.

“O Município de Aljustrel é um ter-ritório amigo dos empresários e do investimento. Apostamos no desen-volvimento económico enquanto fac-tor promotor da criação de emprego e de distribuição de riqueza”. O mote está dado sem preconceitos nem meias-palavras: Nelson Brito, presi-dente da Câmara de Aljustrel confia que há um caminho a seguir e define as linhas para o futuro.“Recentemente, aprovámos a nova versão do PDM, que prevê zonas de localização económica em todas as freguesias do concelho. São mais de 60 hectares de localizações qualifi-cados para receber investimentos”, explicou o autarca, vincando logo a seguir que o “grande desafio” para Aljustrel e o Baixo Alentejo é “estancar a sangria demografia” que se regista há décadas. O presidente da Câmara de Aljustrel destacou ainda a “enorme impor-tância” da actividade mineira, mas alertou que “não pode ser o único pilar da economia local”. “Temos mais para dar”, explicou Nelson Brito, dando como exemplo os “mais de 20 mil hectares de áreas agrícolas irri-gáveis”. “Trata-se de uma revolução neste sector que o Município acompa-nha activamente e que pretendemos, no futuro, alie o elo da produção, aos elos da trans-formação e distribuição”, destacou, assumindo logo a seguir que “o gran-de desafio” passará por “fixar agro-indústria” no concelho de Aljustrel.

volvimento Mineiro (EPDM), também deti-da pelo grupo.

Refira-se que a Almina prevê atingir este ano “um volume de produção de 2,3 mi-lhões de toneladas de minério, mais 300 mil toneladas do que em 2013 e o dobro do registado em 2012”, e facturar “perto de 125 milhões de euros, mais 20 milhões de euros do que em 2014”.

“Vamos fazer este ano 120 mil tonela-das de concentrado de cobre, que tem um conteúdo de 29 mil toneladas de cobre”, indicou, referindo que em 2014 a empresa extraiu “mais de dois milhões de toneladas” de minério com “30 mil toneladas de cobre contido”. Nelson Brito

Paulo Portas inaugurou novo laboratório mineralógico da mina de Aljustrel. DR

Page 3: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

2015.05.15 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

3

> AldEIA dE PIçARRAs (CAstRO VERdE) COntA COm duAs nOVAs unIdAdEs dE tuRIsmO RuRAl

> monte da ameixa. A fun-cionar desde 1 de Março, o Monte da Ameixa – Country House quer, sobretudo, “seduzir” jovens casais com crianças.

desfrutar do alentejo

Apesar de ter saído nova do Monte da Ameixa, Maria João Pedrosa nunca deixou de alimentar o sonho de regressar à propriedade “paredes meias” com a pequena aldeia das Pi-çarras. Uma ambição que concretizou há três anos, quando deixou Sintra e se mudou “de armas e bagagens” com o marido para Castro Verde. Nessa altura já decorriam as obras de re-qualificação do monte, que abriu como unida-de de turismo rural no passado dia 1 de Março.

“Sempre gostei deste monte e assim que foi possível começámos a trabalhar neste pro-jecto. Foi algo que começou a ser pensado há 10 anos, mas cuja conclusão só aconteceu de-pois dos meus filhos começarem a trabalhar”, revela ao “CA” a proprietária da unidade. “E a minha mãe, que é a dona deste monte, está co-migo e muito feliz”, acrescenta.

Depois de uma década de “preparação”, o resultado final está à vista: mantendo a traça típica das casas alentejanas, com os seus tons brancos e azuis, o Monte da Ameixa – Country House conta com cinco quartos e um apar-tamento T2, além de disponibilizar aos seus clientes sala de refeições, sala de estar comum, jardim com zona de jogos e uma piscina exte-rior com vista privilegiada sobre a planície.

“O investimento? Foi muito”, diz a sorrir Maria João Pedrosa, destacando o importan-te apoio que tiveram de fundos comunitários,

Maria João Pedrosa trans-formou o monte onde nasceu numa “country house”. DR

glória camachoFonte da Perdiz – Casa de Campo

Este ano já temos reser-vas com fartura para Julho e Agosto, o que é positivo. O ano passado não foi assim!

através do Programa de Desenvolvimento Ru-ral (Proder) 2007-2013.

Ainda a entrar no mercado hoteleiro, a evo-lução do Monte da Ameixa tem sido uma agra-dável surpresa para a sua proprietária. “Por exemplo, os meses de Agosto e Setembro já es-tão compostos em termos de reservas, mesmo durante a semana. Isso é positivo e dá-nos uma grande alegria”, revela Maria João Pedrosa, sem esconder que o “público-alvo” da unidade são os casais jovens com filhos.

“É claro que todos são bem-vindos, mas a nossa aposta vai para os casais jovens com crianças. Acho muita piada ver a reacção das crianças quando vêem os bichos ou as pedri-nhas dos canteiros… Chegam aqui e começam logo a brincar”, justifica.

Além do casario onde está o alojamento, o Monte da Ameixa – Country House tem ainda para oferecer aos seus clientes uma herdade com cerca de 60 hectares, onde não faltam sobreiros e azinheiras, estevas e outra vegeta-ção. É o Alentejo em estado (quase) puro. “Os nossos atractivos são o sossego, o ar puro e esta envolvente”, conclui Maria João Pedrosa.

> fonte da perdiz. Casa de Campo no centro da aldeia per-mite aos seus hóspedes desliga-rem da “barulheira” dos grandes centros urbanos.

Foi de acaso em acaso que Glória Cama-cho abriu no centro das Piçarras a Fonte da Perdiz – Casa de Campo. Primeiro comprou um terreno quando regressou do estrangei-ro, em 2004, e pouco depois adquiriu a ha-bitação que estava mesmo ao lado. A ideia inicial era construir um monte alentejano para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de turismo rural. As obras avançaram e as portas abriram final-mente em meados de Setembro de 2013.

“Na altura surgiram os apoios os turis-mos rurais através do Proder e juntei o útil ao agradável. O projecto surgiu assim, sem esperar, de um dia para o outro”, admite ao “CA” a proprietária da Casa da Fonte da Perdiz, unidade que representou um inves-timento a rondar os 250 mil euros e conta com cinco quartos e duas suites, além de piscina e uma sala de estar com uma ópti-ma lareira para as noites de Inverno.

A funcionar há 20 meses, a evolução da unidade tem sido positiva. “Para a crise que está no país, até pensava que fosse pior… Mas as coisas têm corrido mais ou me-nos! Em Agosto de 2014 estivemos sempre cheios e depois há fins-de-semana que es-tamos cheios”, revela Glória Camacho, que antevê para este ano um Verão ainda mais agitado.

“O ano passado, talvez por sermos recen-tes, os clientes apareceram quase sempre em cima da hora. Este ano já temos reser-vas com fartura para Julho e Agosto, o que é positivo. E o ano passado não foi assim”, acrescenta.

Pela Casa da Fonte da Perdiz têm pas-sado hóspedes de várias latitudes. “É meio por meio entre portugueses e estrangeiros”, conta Glória Camacho, explicando que “normalmente os turistas ficam dois dias” na sua unidade. “Às vezes ficam apenas uma noite e depois seguem para o Algarve ou para a costa alentejana”, complementa.

Mas o que fará estes turistas escolhe-rem ficar alojados numa pequena aldeia do Baixo Alentejo, onde nem Internet quase que há? “Aqui podem desligar da barulhei-ra, ficar na calma e no sossego”, responde Glória Camacho. E depois, continua, “há a natureza”. “Temos muita gente que vem de propósito para ir ao [Centro de Educação Ambiental do] Vale Gonçalinho e tirar foto-grafias às aves”, acrescenta a proprietária.

Glória Camacho está satisfei-ta com evolução da Casa da Fonte da Perdiz. DR

maria joão pedrosaMonte da Ameixa – Country House

Os meses de Agosto e Setembro já estão com-postos em termos de re-servas, mesmo durante a semana. Isso é positivo.

Page 4: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

> InvestImento de 1,1 mIlhões de euros está concluído e pronto a funcIonar

> Solidariedade. Equipa-mento tem capacidade para 41 pessoas, tendo comparticipação da Segurança Social para 80% das camas.

Novo lar de entradasinaugurado a 24 de Maio

A nova estrutura residencial para pessoas idosas do Lar Frei Manoel das Entradas, nesta vila, é inaugurada no dia 24 de Maio (domin-go), às 17h30, numa cerimónia que contará com a presença do secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira. Depois de um investimento de 1,1 milhões de euros, o lar vai alargar a resposta social da instituição, que ac-tualmente só conta com as valências de centro de dia e apoio domiciliário.

A inauguração é “o culminar de um inten-so percurso de construção e instalação de um equipamento muito esperado e relevante para a população de Entradas”, diz a presidente da direcção do Lar Frei Manoel das Entradas, Ma-

Abertura de novo lar em Entradas permite a criação de 10 a 12 postos de traba-lho. DR

4 2015.05.15BaIXo ALENTEJOreGIÃo

pub. > “censos sénIor 2015”

Beja tem mais idosos isolados Beja é o distrito do país com mais idosos a viverem sozinhos ou isolados. De acordo com a operação “Censos Sénior 2015”, rea-lizada pela GNR, no distrito de Beja foram sinalizados 3.914 idosos a viver sozinhos ou isolados, mais 829 do que na operação reali-zada no ano passado. Atrás de beja surtgem os distritos de Viseu (3.755 idosos) e Guar-da (3.236 idosos). Ao todo, a GNR sinalizou 39.216 pessoas da terceira idade a viverem sozinhos ou isolados em todo o país, mais 5.253 do que na operação de 2014.

ria Lucília Costa.O novo equipamento, “uma das grandes

batalhas travada pela população”, é de “grande importância para Entradas porque dará res-posta a uma necessidade da vila” e vai permitir criar entre 10 a 12 postos de trabalho, acrescen-ta a responsável, adiantando que a nova estru-tura residencial vai contribuir para uma “maior sustentabilidade financeira” da instituição.

Segundo Maria Lucília Costa, a nova valên-cia dispõe de 41 camas – 33 das quais (ou seja, 80% da capacidade) serão financiadas pela Segurança Social, através de acordos de coo-peração com efeito a partir de 1 de Julho. Por isso, apesar da inauguração formal ser a 24 de Maio, ainda não há data prevista para começar a funcionar, o que deverá acontecer após con-cluídas as vistorias.

A construção e aquisição de equipamentos do novo lar de Entradas implicou um investi-mento de 1,1 milhões de euros, financiado em 85% por fundos comunitários e em 15% pela Câmara de Castro Verde.

A única candidata a presidente do Lar Frei Manoel das Entradas, Maria Flor Guerreiro, foi eleita e sucede no cargo a Maria Lucília Costa. As eleições para o quadriénio 2015-2018 decorreram a 9 de Maio. A tomada de posse será no dia 25 de Maio.

lar de eNTradaS eleGeU NoVa direCÇÃo

> Beja

Cruz Vermelha distinguida A Câmara de Beja entregou esta quinta-feira, 14, Dia da Cidade, a Medalha de Honra do Município à Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) pelos serviços sociais e humanitários prestados na cidade. A autarquia atribuiu ainda, a título póstumo, a Medalha de Mé-rito Artístico e Cultural à professora Ana Al-buquerque, pelo trabalho dedicado ao cante alentejano.

Page 5: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

publicidade

Page 6: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

2015.05.15BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> CÂMARAS MUNICIPAIS REVELAM CONTAS PUBLICAMENTE

> AUTARQUIAS. Câma-ras municipais de Ferreira e Ourique confirmam signi-ficativa redução da dívida no último ano.

Menos dívidas em Ferreira e Ourique

Os números não enganam: as autarquias de Ourique e Ferreira do Alentejo conseguiram em 2014 uma redução muito relevante do seu pas-sivo, o que mereceu agora uma nota de satisfação pública dos respectivos presidentes.

Em Ourique, no espaço de nove anos, a Câmara reduziu a sua dívida em 66%, passando de 22,5 milhões de euros em 2005 para cerca de 7,5 milhões em Abril de 2015. “Esta re-dução assenta na responsabilidade, no rigor e na gestão dos dinheiros públicos”, sublinha ao “CA” o presi-dente Pedro do Carmo.

Entre a obra feita, Pedro do Carmo destaca a conclusão da Biblioteca Municipal, assim como a constru-ção do centro escolar e jardim-de-infância, de centros de convívio e do posto de turismo ou a requalificação do cine-teatro e o arranjo de estra-das municipais. “É importante ainda destacar que a estratégia de con-trolo e redução da dívida nunca foi acompanhada de austeridade para os cidadãos e famílias”, sublinha o autarca eleito pelo PS que, segundo estima, em Outubro de 2015, quan-do cumprir 10 anos de mandato, a redução da dívida da autarquia seja

Joana Raquel Prior Neto | Notária

Cartório Notarial de Serpa

EXTRACTO

“Correio Alentejo” nº 372 : Única publicação :: 15.MAI.2015

Certifico para efeitos de publicação que, no dia 12 de Maio de 2015, iniciada a folhas 31 do livro de notas número 47 - A, deste Cartó-rio, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual JOSÉ MANUEL NEVES DA COS-TA, NIF 103.285.369, e mulher VITALINA MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA COSTA, NIF 157.104.303, casados na comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de São Sebastião, concelho de Loulé, e ela da fre-guesia e concelho de Santiago do Cacém, residentes na Avenida Miguel Torga, nº 22, 2º - B, Tapada das Mercês, freguesia de Alguei-rão-Mem Martins, concelho de Sintra, ale-gam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico de cultura arvense de sequeiro, denominado ” Califórnias Novas “, sito na União das Fre-guesias de Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo, concelho de Serpa, descrito na Con-servatória do Registo Predial de Serpa sob o número quatro mil setecentos e oitenta e três, da freguesia de Vila Nova de São Ben-to, inscrito na matriz sob o artigo 361, da sec-ção L, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 304,16, a que atribuem igual valor. Que apesar de o citado imóvel se encontrar registado na mencionada Conser-vatória a favor dos titulares inscritos, Manuel Soares Pica Carapinha, casado com Joana Maria Soares, e de Maria do Rosário Soares, casada com João Guerreiro Perdigão, ambos com morada em Aldeia Nova de São Bento, Serpa, pela apresentação dois de onze de Maio de mil novecentos e cinquenta e sete, tendo os mesmos e respectivos herdeiros incertos sido previamente notificados edital-mente através da notificação avulsa, nos ter-mos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivada neste Cartório como documento números vinte e nove, do maço referente às notificações avulsas do corrente ano, o mesmo é pertença dos justificantes. Que o identificado prédio rústico veio à sua posse por o haverem adquirido, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e oitenta e nove, através da compra verbal efectuada a Francisco José Soares, Manuel Carapinha, Inês Pica, todos viúvos, Inês Ma-

ria e marido José Silva, Bento Tiago e mulher Isabel Silva, Maria Pica e marido Brás Mou-ralinho, Francisco Perdigão e mulher Isabel Cubaixo, Maria Perdigão e marido Bento Perdigão, Isabel Perdigão e marido Bento Espicha, e João Perdigão e mulher Gertru-des Chaparro, todos casados na comunhão geral, residentes que foram na citada fregue-sia de Vila Nova de São Bento, tendo pago o ajustado preço, não tendo sido celebrada a respectiva escritura pública, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo, prédio rústico este que veio à posse deles vendedores por o haverem adquirido no ano de mil novecentos e sessenta e cin-co, por doação verbal efectuada pelos refe-ridos titulares inscritos, Manuel Soares Pica Carapinha e Joana Maria Soares, Maria do Rosário Soares e João Guerreiro Perdigão, não tendo sido celebrada a competente es-critura, motivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo. Porém, desde aquele ano de mil novecen-tos e oitenta e nove e sem interrupção, os justificantes, entraram na posse do referido imóvel, cultivando-o e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respeti-vos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspon-dente ao exercício do direito de propriedade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usu-capião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de pro-priedade. Que, desta forma, justificam a aquisição do mencionado imóvel por usucapião. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notá-ria Joana Raquel Prior Neto, doze de Maio de dois mil e quinze.

A Notária,(assinatura ilegível)

Joana Raquel Prior Neto | Notária

Cartório Notarial de Serpa

EXTRACTO

“Correio Alentejo” nº 372 : Única publicação :: 15.MAI.2015

Certifico para efeitos de publicação que no dia 27 de Abril de 2015, iniciada a folhas 132 do livro de notas número 46 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justifi-cação, pela qual FRANCISCA DA CONCEI-ÇÃO ESTEVENS LOPES, NIF 148.297.366, divorciada, natural da freguesia de Vila Verde de Ficalho concelho de Serpa, onde reside na Rua do Outeiro, número 24, alega que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano de rés-do-chão e quintal, destinado a habitação, com a super-fície descoberta de trezentos e quarenta e dois metros quadrados, e coberta de cento e vinte metros quadrados, sito na Rua do Outeiro ou Rua de São Jorge, números 29 e 31, sito na freguesia de Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa, descrito na Con-servatória do Registo Predial de Serpa sob o número dois mil quatrocentos e sessenta e cinco, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 181, com o valor patrimonial ac-tual de € 12.990,00, a que atribui o valor de seis e quinhentos euros. Que a divergência existente quanto à área entre a descrição e a área acima menciona-da, resulta de um manifesto erro de medição, já devidamente participada à matriz, confor-me consta de uma planta topográfica, não tendo ocorrido alterações na configuração do prédio. Que apesar de o citado imóvel se encontrar registado na mencionada Conservatória a favor da justificante, que usou em casada Francisca da Conceição Estevens Lopes e Lopes, e de seu ex-marido António Manuel Ferreira Lopes, no estado de casados que fo-ram no regime da comunhão de adquiridos, pela apresentação número quatro, de vinte e cinco de Maio de mil novecentos e oitenta e dois, tendo o seu referido ex-marido, sido previamente notificado editalmente e pesso-almente através das notificações avulsas, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arquivadas neste

Cartório como documentos números trezen-tos e trezentos e um, do maço referente às notificações avulsas do ano findo, o mesmo é pertença da justificante. Que o identificado prédio urbano veio à posse da justificante, em dia e mês que não pode precisar do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, portanto, há mais de vinte anos, após divórcio decretado entre ambos, e nesse ano de mil novecentos e oitenta e quatro, entre eles, procederam à partilha verbal por divórcio, tendo ficado adjudicado à justificante o mencionado prédio urbano, tendo as tornas sido pagas com a assunção por ela da dívida contraída por ambos para aquisição do mesmo imóvel partilha essa, porém nunca reduzida a escritura pública, motivo pelo qual não é detentora de qualquer documento formal que legitime o seu domí-nio sobre o mesmo imóvel. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e quatro e sem interrupção, a justifi-cante entrou na posse do identificado imóvel, habitando-o, usufruindo de todas as suas uti-lidades e suportando os respectivos impos-tos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspon-dente ao exercício do direito de propriedade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usuca-pião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica a aquisição do citado imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notá-ria, Joana Raquel Prior Neto, vinte e sete de Abril de dois mil e quinze.

A Notária, (assinatura ilegível)

publicidade

O PS de Castro Verde defende que as Actividades de Tempos Livres (ATL) no concelho decorram sem interrupções no período entre os dias 15 de Junho e 4 de Setembro. A proposta foi apresentada pelos vere-adores socialistas na última reunião de Câmara e surge no “seguimen-to das recomendações apresenta-das há um ano”. “O objectivo desta proposta, que a maioria da CDU se comprometeu a analisar, aponta no sentido de as ATL decorrerem sem

PS de Castro defende reforço das ATL no Verão

> PROPOSTA APRESENTAdA NA CÂMARA MUNICIPAL

interrupções, no período entre 15 de Junho e 4 de Setembro, tendo, ao mesmo tempo, uma duplicação de horário para um mínimo de seis horas diárias”, adianta ao “CA” o ve-reador António José Brito.

De acordo com o eleito do PS, a recomendação “aponta ainda para que seja permitido às crianças, incluindo as que residem nas fre-guesias, a possibilidade de frequen-tarem as ATL durante todo o período da sua existência e não apenas em

períodos determinados”.Os socialistas defendem também

que, “caso não haja capacidade da Câmara Municipal para dinamizar o projecto ATL nos termos agora pro-postos, deve a autarquia disponibi-lizar-se para fazer atempadamente parcerias com outras entidades do concelho, nomeadamente com ins-tituições de solidariedade social ou associações, assegurando para esse fim o respectivo financiamento mu-nicipal”.

“superior a 70%”. Em Ferreira do Alentejo, num

quadro diferente, a Câmara conse-guiu reduzir ao longo de 2014 a sua dívida global, que “caiu” cerca de 900 mil euros face ao ano anterior. Os números constam do Relatório e Contas de 2014 do Município e, em comunicado, a autarquia sublinha que em 2009 a sua dívida global era de 9,2 milhões de euros, “tendo-se verificado desde essa altura uma re-dução acumulada de mais de quatro

milhões de euros” – “Isto significa uma diminuição de mais de 44%, prevendo-se que no final do man-dato a dívida de médio e longo pra-zo esteja praticamente liquidada”, acrescenta a autarquia.

O comunicado da Câmara de Ferreira do Alentejo destaca ainda o facto de o prazo médio de paga-mento a fornecedores ter sido redu-zido “para 47 dias no final de 2014”, contra os 74 dias verificados a 31 de Dezembro de 2013.

Boas contas nas câmaras de Ferreira e Ourique permiti-ram redução significativa dos respectivos passivos. Dr

Page 7: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

2015.05.15 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

7

> FESTIVAL. Almodôvar estreia uma nova ideia este fim-de-semana: um festival internacional inteiramente dedicado às artes!

Mundo dE ArTES E gEnTE no cEnTro dE ALModôVAr

Revisitar Herman José, descobrir as novas pidas de Nilton e Eduardo Madeira ou, simplesmente, escutar a música inconfundível dos bejen-ses Virgem Suta. O “cardápio” não é fraco e promete atrair a Almodôvar centenas de pessoas durante este fim-de-semana para assistir à edi-ção de estreia do Almarte – um Fes-tival Internacional de Artes de Rua organizado pela Câmara Municipal.

“A ideia principal é promover a cultura e as artes de rua num festi-val único a sul do país que permite ter uma abrangência muito maior de público”, explica António Bota, presidente da autarquia, destacan-do ainda que “em cada um dos três dias [do festival] existirá uma varie-dade enormíssima de espectácu-los”.

De facto, a festa arranca nesta sexta-feira, 15, com intervenções dos alunos das escolas, workshops de sapateado com Michel, brinca-

> FESTIVAL INTERNACIONAL PROMOVIDO DE 15 A 17 DE MAIO

Os espectáculos com Herman José, Eduardo Madeira e Nilton prometem animar muito o novo festival almodovarense. Dr

Herman José actua sexta-feira à noi-te, os Virgem Suta sobem ao palco no sábado e Nilton vai fechar a festa.

deiras com o palhaço Enano e um desfile de grupos corais. À noite, o espectáculo de stand-up junta Ra-minhos, Joana Madeira e Eduardo Madeira (21h30) antes de Herman José actuar no palco do adro do Concento de Almodôvar.

No sábado, 16, destaque para o teatro de rua com o grupo Jódicus e a peça “É um regalo na vida à beira de água morar” (18h00), o espectá-

culo de magia com Miguel Pinheiro (19h30) e uma noite reservada para Aldo Lima e, depois, os Virgem Suta.

No domingo, 17, volta a haver artes circenses, um espectáculo de ballet clássico e, às 21h30, stand-up com Nilton e Jorge Serafim A noite termina com fados de Ana Valadas e Miguel Camões.

“As pessoas começam a ouvir falar e há muita gente a perguntar.

Que todos venham cá e são todos bem-vindos. E sente-se já um pul-sar grande! Apesar de ser o primeiro festival, tenho a certeza que vai ser um sucesso e que as ruas vão es-tar cheias”, confia o presidente da Câmara de Almodôvar, na expec-tativa que o seu concelho receba nestes dias “um mundo de artes e um mundo de gente que vem ver estas artes”.

A iniciativa cultural “Primavera no Campo Branco”, que decorre em Castro Verde desde 17 de Abril, vai terminar no próximo domin-go, 17, com um concerto da fadis-ta Raquel Tavares no cine-teatro municipal (21h30). Promovida pela Câmara Municipal de Cas-tro Verde, a “Primavera no Cam-po Branco”apresenta ainda, nos dias que restam, o espectáculo de dança contemporânea “Muito Chão”, da Companhia de Dança de Almada, nesta sexta-feira, 15. No sábado, a tarde também vai ser muito marcada pela dança, com o espectáculo para a infância “Re.li-gações”, apresentado pela mesma companhia (15h30).

dançasem castro

> CULTURA

O Museu de Aljustrel vai ce-lebrar o Dia Internacional dos Museus, que se assinala a 18 de Maio. Nesta sexta-feira, 15, as ce-lebrações incluem uma oficina sobre fabrico de queijo e prova e venda de queijos de produtores regionais (17h00). No sábado, há uma uma prova de açordas (custa três euros), cuja receita irá reverter para o projecto da Liga Portuguesa contra o Cancro “Um dia pela Vida”, desenvol-vido em Aljustrel. No domingo, haverá uma oficina de prova de vinhos regionais e, na segunda-feira, visitas guiadas à sede e aos núcleos do Museu Municipal de Aljustrel.

Museusem Aljustrel

> CELEBRAÇÃO

É um dos momentos mais espe-rados no Sul do país: Mértola prepa-ra-se para viver, de 21 a 24 de Maio, a 8ª edição do Festival Islâmico que, durante esses quatro dias, terá um grande palco privilegiado do centro histórico da vila para receber mú-sica, dança, exposições, conferên-cias, passeios no rio, gastronomia, mercadores, artesãos, artistas e… muitos milhares de visitantes.

Segundo anunciou a Câmara Municipal de Mértola, que promo-ve o evento, o programa desta edi-ção tem como principal novidade a inauguração da réplica da Casa Islâ-mica, localizada na zona da alcáço-va do castelo. Este espaço, segundo explica a autarquia, “mostra aos

Islão inunda Mértola> FESTIVAL VAI DECORRER DE 22 A 24 DE MAIO

visitantes como eram as habitações do bairro islâmico de Mértola”.

Por outro lado, a zona do mer-cado de rua (o muito apreciado “souk”!), será este ano maior e in-tegra mais uma rua, possibilitando a presença de novos comercian-tes e produtos. Nesta área, refere a Câmara de Mértola, “não faltarão cerâmicas, tapetes, artigos em pele, cestas tradicionais, incensos, ma-deiras e muitos outros produtos tradicionais das medinas de Mar-rocos”.

Promovido desde 2001, o Festi-val Islâmico de Mértola é um dos eventos culturais mais marcantes da região, realizando-se de dois em dois anos.

Page 8: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

2015.05.15BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Internamento de Psiquiatriaabriu em Beja

> InvEstImEntO dE tRês mIlhõEs dE EuROs

O hospital de Beja pode finalmente aco-lher doentes psiquiátricos. A nova valência de internamento do Serviço de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alen-tejo (ULSBA) foi inaugurada no passado dia 8 de Maio, numa cerimónia onde esteve presente o ministro da Saúde.

“Trata-se de facto de um momento importante”, sublinhou na ocasião Paulo Macedo, indo de encontro às palavras da presidente do conselho de administração da ULSBA. “É um motivo de satisfação, mas sobretudo o atingir um objectivo a que nos tínhamos proposto”, vincou Margarida Sil-veira.

Com 12 camas, o novo equipamento tinha entrado em funcionamento no pas-sado dia 27 de Abril, contando com uma equipa de cinco médicos, 10 enfermeiros, 10 assistentes operacionais e um assistente técnico, que são apoiados por técnicos do

Departamento de Psiquiatria e Saúde Men-tal da ULSBA.

A obra da nova Unidade de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Beja foi lan-çada em meados de 2010 e concluída dois anos depois, num investimento que rondou os três milhões de euros e teve financia-mento comunitário.

publicidade

FEIRA LEVOU MILHARES ATÉ GARVÃOForam três dias de muito calor e ainda mais animação! A tradicional Feira de Gar-vão decorreu nos passados dias 8, 9 e 10 de Maio, levando milhares de pessoas àquuela freguesia do concelho de Ourique. “A feira tradicional não morreu, pelo contrário. Com este certame damos outra vida ao mundo rural e uma vida dife-rente ao interior. Isso é uma aposta deste executivo”, sublinhou no final da feira o presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo.

> SAúdE. Ministro Paulo Macedo inaugurou a nova valência do hos-pital de Beja, que tem capacidade para acolher 12 doentes.

Ministro Paulo Macedo [à esquerda] elogiou obra. DR

Page 9: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

publicidade

Page 10: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

Correio Alentejo n.º 372 de 15/05/2015 Única Publicação

Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Casa do Povo de San-tana da Serra, vem nos termos do disposto no artigo 26º n. 1 dos Estatutos e do artigo 59º B do Decreto Lei 172-A/2014 de 14 de Novembro, convocar todos os as-sociados em pleno gozo dos seus direitos, a reunir em ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA, que se re-alizará no próximo dia 25 de Maio de 2015, na sede da Casa do Povo de Santana da Serra, sita na Rua do Poço Novo, em Santana da Serra.

A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 16 horas com a presença da maioria dos associados com direito a voto e me segunda convocatória pelas 17 horas, com qualquer número de associados, com a se-guinte ordem de trabalhos:

Ponto único:Apreciação, discussão e votação de alteração dos estatutos da Casa do Povo de Santana de Serra, cuja proposta se encontra disponível para entrega aos associados na sede da instituição a partir do dia 21.

Apresentando os melhores cumprimentos a todos os associados,

Santana da Serra, 06 de Maio de 2015

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(assinatura ilegível)/Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro/

CASA DO POVO DE SANTANA

DA SERRACONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Correio Alentejo n.º 372 de 15/05/2015 Única Publicação

Aprovação pela Assembleia Municipal

Dr. António Manuel Ascenção Mestre Bota, Presiden-te da Câmara Municipal de Almodôvar:Torna público:Nos termos e para os efeitos do disposto no Artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual re-dação, que a Assembleia Municipal de Almodôvar, em sessão ordinária de 29 de abril de 2015, sob proposta oportunamente aprovada pela Câmara Municipal na sua reunião ordinária de 15 de abril de 2015, deliberou apro-var, no âmbito da competência constante do Artigo 25.º n.º 1 alínea g) da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na sua atual redação, a Alteração ao Regulamento do Cartão “Almodôvar Solidário”, a qual entrará em vigor no dia seguinte após a sua publicação nos termos da Lei em vigor.Para que não se alegue desconhecimento, é publicado o presente aviso e afixados editais de igual teor nos luga-res públicos do costume, bem como na página eletróni-ca do Município de Almodôvar – www.cm-almodovar.pt.

Município de Almodôvar, aos 30 de abril de 2015

O Presidente da Câmara Municipal

(assinatura ilegível)– Dr. António Manuel Ascenção Mestre Bota –

MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR

EDITAL N.º 109/2015Alteração

ao Regulamento do Cartão

“Almodôvar Solidário”

Correio Alentejo n.º 372 de 15/05/2015 Única Publicação

Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Ouri-que, vem nos termos do disposto no artigo 39º n.º3 e 40º do compromisso e do artigo 59º B do Decreto Lei 172–A/2014 de 14 de Novembro, convocar todos os irmãos em pleno gozo dos seus direitos, a reunir em ASSEMBLEIA GERAL EXTRA-ORDINÁRIA, que se realizará no próximo dia 25 de Maio de 2015, na sede da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, sita na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Ourique, 1.A Assembleia reunirá, em primeira convocatória, pelas 19H00 horas com a presença da maioria dos irmãos com direito a voto e em segunda convocatória pelas 20H00 horas, com qualquer número de irmãos, com a seguinte ordem de tra-balhos:Ponto único:Apreciação, discussão e votação de alteração do Com-promisso da Santa Casa da MIsericórida de Ourique, cuja proposta se encontra disponível para entrega aos irmãos na sede da instituição a partir do dia 21 de Maio de 2015.Apresentando os melhores cumprimentos a todos os irmãos,

Ourique 07 de Maio de 2015A Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

(assinatura ilegível)Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL

EXTRAORDINÁRIA

RAPAZ DE 27 ANOS

A TRABALHAR NA SUIÇA PROCURA AMIGA

COM MAIS DE 25 ANOS

CONTACTO:[email protected]

publicidade

Joana Raquel Prior Neto | Notária

Cartório Notarial de Serpa

EXTRACTO

“Correio Alentejo” nº 372 : Única publicação :: 15.MAI.2015

Certifico para efeitos de publicação que, no dia 12 de Maio de 2015, iniciada a folhas 29 do livro de notas número 47 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual, SIDÓNIO VITAL DIAS SOTA, NIF 211.287.270, natu-ral da freguesia de Santa Maria, concelho de Serpa, onde reside no Monte do Cai - Logo, casado com Eulália de Fá-tima Lopes Guerreiro Sota, NIF 223.275.590, no regime da comunhão de adquiridos alega que é dono e legítimo pos-suidor, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possui-dor, com exclusão de outrem, do direito a um/oitavo indiviso do prédio rústico de cultura arvense de sequeiro e oliveiras, denominado “ Cai Logo “, sito na União das Freguesias de Serpa (Salvador e Santa Maria), concelho de Serpa, des-crito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número dois mil quinhentos e cinquenta e três, da fre-guesia de Santa Maria, direito este sem qualquer inscrição de transmissão, domínio ou posse, inscrito na matriz sob o artigo 8, da secção 1T, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondente à fracção de € 200,11, direito a que atribui igual valor. Que o direito a um/oitavo indiviso do identificado imóvel veio à sua posse por a haver adquirido em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e noventa e quatro, por compra verbal, no estado de solteiro, maior, tendo-se pos-teriormente casado com a indicada primeira outorgante mulher, efectuada a Margarida das Neves e Manuel Rapo-so, já falecidos, casados no regime da comunhão geral e residentes que foram no referido lugar de Cai Logo, tendo pago o ajustado preço, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e quatro e sem interrupção, o justificante entrou na posse do referido prédio rústico, com os demais compossuidores, os titulares inscritos, cultivando-o e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respectivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhe permi-ta fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica a aquisição do direito a um/oita-vo indiviso do citado imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, doze de Maio de dois mil e quinze. A Notária,(assinatura ilegível)

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências

Rua da Cadeia Velha, 16 a 227800-143 Beja

Telefone: +351 284 311 300Fax: +351 284 311 309

http://www.funerariapaxjulia.ptEmail: [email protected]

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MA-RIA DE JESUS, de 92 anos, natural de Pego - Abrantes, viúva. O funeral

a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, das Casas

Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SEBAS-TIÃO PEDRO BEXIGA, de 84 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Tomásia Preto

Tareco. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Beringel,

para o cemitério local.

BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Senhor FELICIA-NO JACINTO ROSA, de 76 anos,

natural de Santa Vitória - Beja, casa-do com a Exma. Sra. D. Maria Lucília

da Costa. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado

dia 11, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. FRANCISCA BÁRBARA PALMIRA,

de 92 anos, natural de Trindade - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária da Trindade,

para o cemitério local.

TRINDADE

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIANA DE JESUS VARGAS, de 74 anos, natural de Mértola, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária da Salvada, para o

cemitério local.

SALVADA

Page 11: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

Este foi o título distrital mais sa-boroso da minha carreira.

FUTEBOL E MODALIDADESFUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO

> Futebol

O FC Castrense recebeu no passado dia 8 de Maio as faixas de campeão distrital referentes à época

2014-2015. Para assinalar o momento, a equipa de Castro Verde defrontou um colectivo de jogadores do distrito.

CASTRENSE RECEBEU FAIXAS DE CAMPEÃO DISTRITAL 2014-2015

2015.05.15 11

O FC Castrense conquistou o sexto título distrital, o seu tercei-ro como presidente. É um homem feliz? Sim, claro! A nível desportivo sou um homem realizado, face aos títulos conquistados e ao trabalho desenvolvido pela minha direcção.

O FC Castrense era o grande candidato ao título, mas a festa só aconteceu na última jornada. Foi mais difícil que aquilo que es-peravam? Este foi o título mais sa-boroso da minha carreira. Tivemos um adversário muito valoroso pela frente, que foi o Vasco da Gama, e também tivemos um período em que estivemos menos bem. Mas fe-lizmente conseguimos ultrapassar essa fase e posso dizer que nunca vi nenhuma equipa praticar tão bom futebol como esta, sobretudo nas úl-timas 10 jornadas!

A mudança de treinador foi fundamental para o título? Sim,

contribuiu decisivamente. Os re-sultados atestam isso, até porque o mister Carlos Machado desde que se sentou no banco nunca perdeu. E espero que acabe a época da mesma forma, pois ainda nos falta a Supertaça [dia 17, em Aljustrel, com o Mifontes].

É tempo de preparar a nova época, no Campeonato Nacio-nal de Seniores (CNS). Carlos Machado vai manter-se como treinador? Eu e a minha direcção cessamos funções até final deste mês. Mas no caso de continuar-mos, é claro que o Carlos Machado vai ser o nosso treinador.

Quando se saberá se se re-candidata ou não? Já tive uma reunião com a minha equipa e comuniquei-lhes que de momen-to não tinha disponibilidade para continuar à frente do clube. Indi-quei algumas soluções dentro da

cARLOS ALBERTO cAMAchO gUERREIRO PEREIRA PRESIDENTE DO FC CASTRENSE

IDADE: 49 ANOSNAturAlIDADE: AljuStrEl

> ENTREVISTA > carlos alberto pereiraDepois de mais um título distrital, o presidente do FC Castrense abre o livro ao “CA”: diz que o clube atravessa o melhor momento desportivo “de sempre”, lamenta a falta de envolvimento dos castrenses e não garante recandidatar-se.

“Castrense vive melhor

momentode sempre”

equipa, pessoas com valor para as-sumir o meu lugar, mas de uma for-ma geral há vontade de todos con-tinuarem se eu também continuar como presidente. Perante esta situa-ção, pedi alguns dias para amadure-cer a ideia e até meados da próxima semana essa decisão será tomada. Mas gostava que aparecesse alguém para liderar o clube, sangue novo, com novas ideias… O clube está a navegar em águas calmas, a nível financeiro não temos problemas e penso que não seria muito difícil uma nova equipa de trabalho tomar conta do clube.

Nunca o FC Castrense esteve num patamar como o CNS. O clu-be está preparado para este de-safio? Penso que sim. Aliás, se ana-lisarmos friamente, penso que o FC Castrense está a atravessar o melhor momento desportivo de sempre! Ainda nos recentes campeonatos de atletismo ficámos em primeiro em

mos uma participação de relevo no campeonato nacional e na Taça de Portugal de futebol feminino.

Afirmou recentemente que “Castro Verde não merece o clu-be que tem”. Porquê? As pessoas cada vez procuram mais o sucesso fácil, ou seja, o sucesso sem traba-lho. Então é mais fácil ser do Benfica, do Sporting ou do Porto do que fazer parte do clube da terra de uma for-ma orgulhosa e dar um pouco de si à comunidade. O associativismo está em crise e isso também se deve aos clubes grandes! Temos de dar volta a isto e as pessoas, se dizem que são castrenses, têm de participar como tal. Castrense é aquele que defende a sua terra, que está ligado ao clube e que ajuda a promover a prática desportiva para os seus filhos, os homens e as mulheres de amanhã. Porque se eles não colaboram com o FC Castrense, quem é que faz este trabalho?

masculinos e femininos. No hóquei em patins estamos a desenvolver um excelente trabalho. Na patina-gem artística conseguimos um se-gundo lugar na Taça de Portugal. No jiu-jitsu temos cerca de 20 atletas e no campeonato nacional obtivemos um primeiro lugar e dois segundos. E no futebol, estamos no CNS e tive-

Nunca vi nenhuma equipa praticar tão bom futebol como esta.

Castrense é aque-le que defende a sua terra e está ligado ao clube.

Page 12: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

> TEMPO EXTRA

ciclistas de almodôvar disputam o nacional

A equipa de ciclismo da Peçamo-dôvar/ Erguevip/ Casa do Benfica de Almodôvar participa este domingo, 17, nos campeonatos nacionais de “Masters” (amadores/ veteranos), que se realizam em Campeã (Vila Real). Os atletas almodovarenses chegam à prova depois de bons resultados obtidos nas corridas recentemente realizadas no Torrão (onde Hélder Pereira e Manuel Caetanita venceram nos respectivos escalões) e no Régua (onde João Portela foi terceiro).

DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

12 2015.05.15

pub.

milfontes conquistou a taçaO Milfontes conquistou a Taça do Distrito de Beja, ao bater na final da prova a equipa do Guadiana de Mértola. Numa partida intensa, disputada no passado dia 10 de Maio em Beja, a turma do Litoral Alentejano acabou por superiorizar-se e venceu por 2-1 (golos de Rui Sousa e José Luís Brito para os de Vila Nova de Milfontes e de Hélio para a equipa da “vila-museu”). Com esta vitória na Taça, o Milfontes apurou-se para a Supertaça, que vai discutir este domingo, 17 de Maio, com o campeão distrital FC Castrense. O jogo está agendado para as 17h00 no Estádio Municipal de Aljustrel.

E o vencedor foi… André Baltasar! O árbitro do concelho de Ourique foi o melhor nos campeonatos dis-tritais de Beja da temporada 2014-2015, estando indicado para prestar provas de acessos aos nacionais.

As classificações da presente temporada foram reveladas na pas-sada semana pelo Conselho de Ar-bitragem da Associação de Futebol de Beja, com André Baltasar a ocu-par o primeiro lugar na principal ca-tegoria (C3A). Na segunda e terceira posições ficaram César Leitão e Luís Diogo, respectivamente, mas são Ruben Rochinha (quarto classifica-do) e Filipe Gomes (que foi quinto) os outros dois juízes indicados para prestarem provas de acesso aos na-

andré Baltasar é o árbitro do ano

> CLASSIFICAçõES DA éPOCA 2014-2015 REvELADAS PELO COnSELhO DE ARBITRAgEM

cionais.Na categoria C3B venceu Diogo

Rosa, enquanto Luís Ralha foi o pri-meiro classificado na categoria C3C (assistentes) – nesta categoria, os ár-bitros assistentes Jorge Aniceto, José Lopes da Silva e Valter Canhita são os indicados para as pro-vas de acesso aos nacionais.

Por seu lado, nas catego-rias C4A e C4B os triunfado-res em 2014-2015 foram Joel Salvador e Gonçalo Ramos, respectivamente.

Entre os árbitros estagiários, foram promovidos ao escalão C4 os árbitros Alexandre Bo r ra l h o, Alexandre Se s i f re d o, António Del-gado, Diogo Santos, Fran-cisco Cabeci-

nha Guilherme Coroa, João Maia, João Sousa, Marcos Assunção, Nel-son Hermosilha, Pedro Baluga, Pe-dro Mendes, Rafael Serrano, Ramiro Morais, Ricardo Graça e Rui Faria.

Na classificação dos observado-res, o melhor foi Tiago Caná-

rio, estando indicado para a prestação de provas nacio-nais.

Finalmente, o futsal: nos árbitros foi Valter Lourenço

quem venceu na categoria C3A, mas será o segundo

classificado Eduar-do Leão a fazer

provas para os nacionais. En-tre os obser-vadores, José Teodósio aca-bou por ser o primeiro clas-

sificado e vai também prestar provas de acesso

aos nacionais.

> arBitragem. Juiz do concelho de Ourique vai prestar provas aos nacio-nais, com Ruben Rochinha e Filipe Gomes.

assemBleia geral daassociação de futeBol

A Associação de Futebol de Beja (AFB) reúne na próxima quarta-feira, 20 de Maio, em Assembleia Geral extraor-dinária. A reunião está agendada para as 20h30 na sede da AFB e na ordem de trabalhos constam dois pontos: primeiro a atribuição dos títulos de sócios de mérito e honorários e depois a discussão da nova legislação referente à protecção do nome, imagem e activi-dades desenvolvidas pelas federações desportivas.

Page 13: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

publicidade

Page 14: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

> Editorial

Os deslizes dOprimeirO-ministrOOs últimos dias têm sido marcados por alguns “deslizes” por parte do

primeiro-ministro. Primeiro foi a admissão, na sua biografia autorizado, que a demissão “irrevogável” de Paulo Portas lhe tinha sido comunicada por SMS (e isto pouco depois de PSD e CDS terem confirmado a coligação para as legislativas). De seguida vieram os elogios públicos (mais tarde reiterados) a Dias Loureiro, o ex-ministro de Cavaco Silva que carrega sobre si a nuvem da suspeição relativamente aos desvarios que afundaram o BPN. Mas antes de tudo isto, já Pedro Passos Coelho tinha sido infeliz durante o discurso que fez na cerimónia de inauguração da Ovibeja. Perante uma plateia cheia, o líder do Governo resolveu falar sobre o aeroporto de Beja. E fê-lo mal! Primeiro, ao afirmar que a infra-estrutura terá custado 50 milhões de euros (foram 33 milhões). Segundo, ao criticar o facto do projecto ter arrancado sem um plano estratégico claro.

É precisamente neste ponto que esteve o maior “pecado” do discurso de Passos Coelho. Porque em Setembro de 2012 um grupo de trabalho nomeado por este Go-verno, e liderado pelo social-democrata João Paulo Ramôa, apresentou ao secretá-rio de Estado das Obras Públicas, Comuni-cações e Transportes um plano que defendia para o aeroporto de Beja uma “mudança de paradigma” no seu modelo de negócio, assumindo-se como aeroporto industrial. Ou seja, era proposta uma “estratégia objectiva” de curto e médio prazo, assente, sobretudo, no conceito de “aeroporto indústria”, tanto aeronáutica ou de manutenção, assim como formação, agro-indústria e acti-vidades em geral que necessitassem de utilizar aquela infra-estrutura.

Ora quase três anos depois, impõe-se a questão: quais foram os efeitos práticos deste estudo? Até ver, simplesmente zero. É certo que pouco depois o Estado privatizou a ANA, mas tal não pode levar o Governo a demitir-se das suas obrigações em matéria de desenvolvimento do interior ou sequer sacu-dir a água do capote relativamente às responsabilidades que tem (ou deveria ter) na dinamização do projecto aeroporto de Beja. Infelizmente, é isso que tem acontecido…

Na abertura da Ovibe-ja, o líder do Governo resolveu falar sobre o aeroporto de Beja. E fê-lo mal!

Vêm aí as eleições legislativas! E, com elas, as fórmulas mágicas dos parti-

dos do chamado arco da governação que, por artes malabares irão resgatar-nos da crise, agora, e de vez!

Irão restituir-nos o que nos foi surripiado, baixar os impostos, enfim, devolver-nos o sorriso que há muito anda afastado do rosto dos portugueses.

Passos Coelho e camarilha, afirmam a pés juntos que o pior já passou. Atiram-nos à cara um chorrilho de estatísticas encomendadas, ao mesmo tempo que nos atemorizam com a frase: “Ou nós, ou o caos!”

António Costa encarrega estudo a reputados economistas numa tentativa de credibilizar as suas propostas. Estas, curiosamente, consistem na mes-ma música tocada pelos trompetistas do poleiro. Aliviar a carga fiscal, criar emprego, fazer crescer a economia e, por fim, devolver o sorriso que há

> CoNtrakaPa

desencantomuito falta na cara dos portugueses.

Bem sei que eleições são isto mesmo. Passam por conjugar o verbo prometer em todas as suas variantes, para depois, no poleiro trocarem a trom-pete pelo chicote e açoitarem durante mais quatro anos o costado dos indígenas.

Eu e pelo menos cerca de 50% dos portugueses, há muito que deixámos de acreditar nas balelas, nos arpejos celestiais com que nos pretendem embalar por estas alturas.

A desilusão é de tal ordem, que só me apetece seguir o conselho de José Saramago no seu Ensaio Sobre a Lucidez e... votar em branco. Esperar que os meus concidadãos façam o mesmo e, que desse exercício, resulte um golpe de estado democráti-co, que faça implodir o viciado sistema eleitoral e parlamentar em que vivemos.

Sim! Quero continuar a viver em democracia. Numa democracia onde os valores da verdade, da justiça, da igualdade de oportunidades não sejam meros prometimentos eleitorais. Para tal, é necessá-rio inverter o ciclo vicioso do, ora tu, ora eu, a que vimos assistindo nas últimas décadas. É fundamen-tal que se criem alternativas junto da sociedade. Que os cidadãos de conhecimento, traquejo e boa vontade sejam chamados a terreiro.

O sistema partidário em que vivemos transfor-mou-se numa casta apodrecida, num lamaçal es-ponjoso, num beco mal frequentado onde (pasme-se!), o individuo que se intitula primeiro-ministro, até faz o elogio público da banditagem.

NAPOLEÃO MIRAEscritor

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoColaboradores Permanentes: Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, Napoleão Mira, Vítor Besugo e Vítor Encarnação.Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António José Brito, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, Luís Dargent, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e D. António Vitalino Dantas.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]

Impressão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBS // VASPISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 CASTRO VERDETel. 286 328 417e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem LdaNIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06. Registo ERC: 124.893. Tiragem semanal: 3.500 exemplares

Eu e pelo menos cerca de 50% dos portugueses, há muito que deixámos de acreditar nas balelas, nos arpejos celestiais com que nos pretendem em-balar por estas alturas.

14 2014.05.15oPiNião>palavras

“>palavras

EmídiO GOmEs> “Jornal de Notícias” 13.05.2015

“FicO em pânicO quandO sintO nO GOVernO e nas autarquias uma tentaçãO muitO Grande para a uti-lizaçãO de FundOs estruturais nO FinanciamentO de pOlíticas públicas cOrrentes.”

Luís OsóriO> “i” 13.05.2015

“nãO há alternatiVa melhOr aOs partidOs pOlíticOs dO que eles pró-priOs, mas nunca cOmO hOje tãO per-tO se esteVe de uma desaGreGaçãO dO sistema demOcráticO alicerçadO nOs partidOs.”

pauLO raLha> “público” 13.05.2015

“a autOridade tributária e aduaneira reFlecte apenas O país. um país dese-quilibradO, injustO e insustentáVel, Onde se aplicam pensOs rápidOs, cOmO se FOssem sOluções deFinitiVas.”

Quero continuar a viver em democra-cia. Numa democracia onde os valores da verdade, da justiça, da igualdade de oportunidades não sejam meros pro-metimentos eleitorais.

Page 15: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

>palavras

152015.05.15 OPINIÃO

o castigo dos portugueses

Valha-nos a verdadeira alma lusitana, lembremos a padeira de Aljubarrota e mantenhamos firme o verdadeiro espírito de Abril. Castiguemos então quem deve ser castigado e isso, em democracia, está bem nas nossas mãos!!!

ouvi, há anos, Aguiar Branco criticar severa-mente o então deposto Santana Lopes, sem nunca o ter feito enquanto pertencia ao seu governo, vejo agora que não foi por altruísmo ou mea culpa, mas por abandono rápido do navio e quiçá, voltar a ser ministro. Quando vejo e ouço a ministra da Justiça (tal como os colegas Crato, Maria Luís ou Núncio) culpar tudo e todos pelo escândalo ocorrido na jus-tiça, esquecendo-se de si própria, a grande e primeira responsável política, compreendo melhor o estado cada vez mais preocupante da nossa justiça. Quando me deparo com o trabalho do ministro da Educação em meno-rizar e desvalorizar a Escola Pública, defen-der sem balizas o cheque-ensino, as turmas com 30 alunos, os mega-agrupamentos e o despedimento de professores e outros fun-cionários educativos, não é para melhorar os resultados pedagógicos, mas sobretudo por reconversão ideológica e, mais uma vez, pela defesa das ideias ultraliberais, dos números e da diabolização do sector público. Salvam-se apenas algumas honrosas excepções, pela consistência e bom senso. Há ainda outros, meras figuras decorativas, de lambreta, de traineira, debaixo dos chaparros ou em visitas de lazer ao estrangeiro, sem merecem qualquer referência. Mas foi a estas figuras que entregámos o leme do país. Para culmi-nar, qual cereja no topo do bolo, um Chefe de Estado que assiste, seráfico, ultrapassado, assumindo a voz irritante duma razão que quase todos dispensariam e dispensam, indo ao ponto de afirmar que não afirmou o que afirmou a milhões de portugueses que o ou-viram… Agora reconheço que a subida brutal de impostos, o desemprego, os reformados, os cortes salariais, a calamitosa emigração, a degradação da Justiça, da Saúde, da Edu-cação e do Estado Social, podem não ser apenas, incompetência, consequências ou necessidades. Temo que sejam mesmo objec-tivos duma política convictamente seguida e enraizada numa verdadeira filosofia de punição e de empobrecimento, como alguns defendem, exigem e mandam.

São a esmagadora maioria destes se-nhores que sem nunca terem, trabalhado a terra, pescado uma sardinha, operado num hospital, erguido uma parede, ensinado a fazer uma letra, desenhado uma ponte, ca-vado debaixo da terra… ou passado por um Centro de Emprego, que teimam em punir todo um povo, resignando-se e humilhando-se aos mais poderosos, vergando-se ao poder financeiro, nem que para isso tenham de punir, castigar, até ao risco de sacrificar toda uma geração.

Afonso Henriques, Nuno Álvares Perei-ra, Camões, Eça, Pessoa, Florbela Espanca, Sophia, Amália, Eusébio, não esquecendo o bravo Viriato ou o sublime D. João II, não mereciam tal desrespeito! Valha-nos a ver-dadeira alma lusitana, lembremos a padeira de Aljubarrota e mantenhamos firme o ver-dadeiro espírito de Abril. Castiguemos então quem deve ser castigado e isso, em democra-cia, está bem nas nossas mãos!!!

abandonaram Portugal nos últimos três ou quatro anos. Fizeram as contas? 20.000, 30.000 milhões de euros? Mais? Mas o pior está para vir. Com estes jovens quadros, de reconheci-da qualificação, foram também outros, não formados superiormente, mas com grande espírito de luta, força de vontade e empre-endorismo. Ao contrário dos Anos 60 e 70, abalam os mais aptos, mais qualificados e, infelizmente, com enormes probabilidades de nunca mais voltarem. Podemos estar a assistir ao início dramático da hipoteca do futuro de Portugal, para a qual não haverá empréstimos nem baixa de juros que nos possam valer para a resgatar! Não falamos dos anéis, estamos a falar dos dedos e dos neurónios!

É com enorme tristeza que vejo o meu país despojado dos seus principais valores. Os anéis, ou melhor, a PT, os CTT, a REN, a EDP, a ANA… Um país vendido ao desbarato, porque a “troika” mandou ou porque sim! Dos anos do Vasco Gonçalves, das naciona-lizações selvagens, porque tudo o que era privado era mau, passamos ao inverso, às privatizações selvagens, porque tudo o que é público é mau! Mas ainda falta qualquer coisa, após as tentativas falhadas da RTP e da CGD, vem aí, vergonhosamente, a TAP, em força, a qualquer preço e já, antes que mude o governo e apareça alguém que estrague o negócio, contrarie as directrizes ou os

mais educação, melhor saúde ou mais cul-tura? Então que mal fizeram os portugueses para terem de ser castigados? Porque têm de “sofre, sofrer”, “aguentar, aguentar”, “custe o que custar”? Um contrato assinado pelo Estado com um seu concidadão vale menos do que o contrato assinado com um banco ou com uma grande empresa? Um contrato de trabalho com um português tem menor valor jurídico que o contrato assinado para uma PPP? Bom, se temos de ser castigados pelos erros, muitos dos quais impostos pelos mercados e por essa Europa que se perde nos meandros da ditadura económica e financeira do Norte, ou do cinismo da “alta finança”, então a Alemanha, de entre outros, teria castigo perpétuo face ao horror e ao caos que provocou nas Grandes Guerras. Os grandes culpados da crise financeira de 2008, os bancos/instituições financeiras envol-vidos, teriam de ser banidos da sociedade, mas não, até foram ajudados! Será então o cidadão comum, o grande responsável por enganos, desmandos, exageros, especulações e políticas erradas implementadas?

Temos então um Governo que segue as ordens dos mais fortes, sem lutar nem sequer protestar. Temos um Governo que teimou em ser o aluno exemplar e que foi perdendo o sentido de solidariedade e de amor-próprio. Dirão que é legítimo admirarmos o bom alu-

Concordaremos todos, à partida, que não pode haver governo que não queira o melhor para o seu povo. Acreditamos todos que não deve haver ministro que não tente

fazer o melhor pelo seu ministério e para as áreas que lhe estão confiadas. Esperamos todos que não haja chefe de governo que não lidere e coordene todos os ministérios, de forma competente, racional e integrada. É ponto assente que o principal objectivo de qualquer Presidente, tal como qualquer governante, é servir o país e, particularmente, as pessoas que o compõem.

Num país desenvolvido, o exército, as polícias, embora sendo “meios” de respeito e dissuasão, servem sobretudo para defender os cidadãos, prevenindo infracções, vigiando o cumprimento da lei e, só em último caso, usarão a coacção e a força para os incum-pridores. O fisco é sobretudo um sistema tributário e solidário, nunca um capataz ou algoz insensível com o objectivo primordial de penalizar e extorquir dinheiro às pessoas. Quanto mais pobres forem as pessoas, mais pobre é o país, quanto mais infelizes forem os cidadãos, mais sombrio e triste será o mesmo país. Já em Portugal, a visão é outra… Premeiam-se os funcionários tributários por conseguirem mais impostos ou, traduzindo, por conseguirem extorquir mais dinheiro a pessoas e empresas! Ainda que de acordo com a lei, ainda que parte dos impostos obtidos sejam justos, a forma é, para além de provocatória e deselegante, terceiro-mundista! Se os funcionários não ganham o suficiente ou o justo, assuma-se então o seu aumento de vencimentos, de forma trans-parente e civilizada. Agora à conta de mais impostos…Então e os outros funcionários públicos? O fisco é mais importante que a Saúde, a Educação ou a Justiça?

Uma sociedade só pode ser justa e evo-luída quando os princípios democráticos e humanistas forem o esteio da sua existência. Não se quer acabar com a riqueza, mas sim erradicar a pobreza; não se quer o enfraque-cimento dos mais fortes, mas a protecção dos mais frágeis; não se pretende o “igualitaris-mo”, mas sim a igualdade de direitos e opor-tunidades. Foi para isso que foi declarada a “Carta Universal dos Direitos do Homem” ou que surgiram entre nós o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e o Estado Social. É crime ou pecado querer ter mais conforto,

JOSÉ VELEZProfessor do Ensino Superior

no. Todavia, quando ele se mostra bajulador do professor, recusa ajudar os outros e vai até ao ponto de denunciar os colegas… A ad-miração transforma-se em ódio, ou pior, em desprezo! Não acredito que o nosso Governo queira mal aos portugueses, mas estou cada vez mais certo que não estava preparado para governar. Optou por tentar ser o bom aluno, por estar ao cómodo serviço dos mais fortes e foi presa fácil do seu poder. Foi e é incompe-tente, sem dúvida. Mas infelizmente é mais que isso. É desconhecedor do que é a vida, o dia-a-dia das pessoas, do seu sofrimento e dos seus anseios; seguiu o caminho da obedi-ência e dos números, incapaz de se impor pela inteligência e pelos princípios nobres da política. Os resultados são por ora maus, mas no futuro poderão ser devastadores. Já perguntaram ao senhor primeiro-ministro quanto custa ao país e às famílias formar um médico, um engenheiro, um professor, um enfermeiro, um advogado, um economista? E falo apenas em dinheiro, não contabilizando a saúde, os sacrifícios, as emoções ou o futuro! 50.000 euros? 100.000 euros? Mais? Agora multipliquemos pelos 200 ou 300 mil que

interesses dos chefes ou sabe-se lá de quem mais! A seguir virá talvez a água…pelo menos o Oceanário já está na lista!

Lembro líderes partidários, em ple-na campanha eleitoral, prometendo não aumentar os impostos; constato agora a sua impreparação para governarem. Mas é ainda possível ficar mais agoniado? É! Quando ouvi Passos Coelho aconselhar os mais jovens a emigrar, verifico agora que não foi por engano ou por mera incompetência, mas por convicção! Quando ouvi a ministra das Fi-nanças vangloriar-se de ter os cofres cheios, não foi por excesso ou lapso, mas por quase sádico deleite. Quando ouvi o novel ministro da Economia tentar achincalhar o então edil lisboeta pelas taxas propostas às chegadas ao aeroporto, esquecendo o abuso das taxas impostas pela agora ANA privada, não foi por calor político, mas por puro chauvinismo de defesa de tudo e apenas de tudo o que é pri-vado. Quando ouvi o então ministro Portas demitir-se irrevogavelmente, para depois ser promovido a vice-primeiro-ministro, não foi por ética política, mas factualmente por ânsia de mais protagonismo e poder. Quando

Page 16: PUB “REGRESSO” AO TEMPO VILA DE ALMODÔVAR DA …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N372_20150515.pdf · para aí viver, mas depois surgiu a ideia de avançar com a unidade de

www.correioalentejo.com

sexta. 2015.05.15

ÚLTIMAS

Podem os territórios do interior, despovoados e envelhecidos, ser atractivos? É esta a grande questão a que os participantes nas Conferên-cias de Aljustrel tentarão dar respos-ta ao longo desta sexta-feira, 15 de Maio. A segunda edição da iniciativa, dedicada ao tema “Territórios Atrac-tivos”, vai decorrer no Cine Oriental, numa organização da Câmara Mu-nicipal local com o apoio da Esdime e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alen-tejo.

O autarca Nelson Brito fará as

Aljustrel debate interior> ConferênCIAs de ALjusTreL deCorreM esTA sexTA-feIrA, 15 de MAIo

pub.

“honras da casa” a partir das 9h30, seguindo-se o debate sobre o tema “A ‘memória’ nas estratégias terri-toriais atractivas - Que marketing territorial?”, onde irão intervir Mário Vale (Universidade de Lisboa), Caro-lina Mourão e Luís Ferreira (ambos da Associação Cem Soldos). A mo-deração será de Ana Paula Figueira e os comentários do jornalista Jorge Wemans.

De tarde vão discutir-se os “Con-tributos da Diáspora – Migrantes Internacionais & Desenvolvimen-to Local”, com intervenções de Rui Pena Pires (ISCTE), Paulo Mendes (Associação dos Imigrantes nos Aço-res) e Sara Albino (Projecto Buinho). A moderação ficará a cargo da jorna-lista Paula Moura Pinheiro.

As Conferências de Aljustrel 2015 terminam com Fátima Pereiro (ISC-TE) e Miguel Torres (Acert) a falarem

sobre “Pistas & Desafios dos territó-rios de baixa densidade”, seguindo-se os discursos do presidente da CCDR do Alentejo, António Dieb, e do presidente da Câmara de Aljus-trel, Nelson Brito.

EmprEEndEdorismo dEstAcAdoParalelamente às Conferências de Aljustrel, a autarquia mineira inicia esta sexta-feira, 15, as Jornadas do Empreendedorismo, Competitivi-dade e Inovação, que se prolongarão até Junho e têm por objectivo “par-tilhar experiências, apresentar casos de empreendedorismo e discutir os principais desafios que se colocam” a quem quer investir no concelho.

Nesse sentido, para dia 21 de Maio (quinta-feira) está agendada a jornada “Promoção do concelho e fixação de investidores externos”, que incluirá com o lançamento da

> iniciAtivA. Autarcas, académicos e outros res-ponsáveis debatem na “vila mineira” o interior enquan-to “território atractivo”.

Próxima edição

29 DE MAIO

> A feCHAr...

suspEito dE Abusos dEtido Em sErpA

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta semana um homem, de 63 anos, no concelho de Serpa, por suspeitas do crime de abuso sexual da enteada, que tem deficiência cognitiva e é incapaz de resistência. O detido, padrasto da vítima, “aproveitava-se da deficiência cognitiva” da enteada e “compeli-a a ter com ele relações sexuais”, refere a PJ em comunicado.

Strucflex/ Pronal, que vai criar uma fábrica de borracha no concelho.

As Jornadas do Empreendedo-rismo, Competitividade e Inovação continuam no dia 28, com a entrega das chaves de gabinetes no Centro Municipal de Apoio a Micro Em-presas e a inauguração da fábrica de embalagens do Grupo Berra, além de visitas a IPSS’s de Messejana e Rio de Moinhos. E a 4 de Junho será apresentada a zona de expansão dos armazéns da ORICA, seguindo-se visitas às obras de construção do Centro de Estudos Geológicos e Mi-neiros do Alentejo e de reabilitação mineira.

A iniciativa termina a 12 de Ju-nho, durante a Feira do Campo Alentejano, com o V Encontro Ibé-rico – Regadio e Sustentabilidade e a apresentação do “Aljustrel Living Lab”.