carta ao leitor - revista

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Carta do Leitor Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião dos leitores seja publicada? Estamos falando das cartas dos leitores, as quais mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc. Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública. Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, ou a sua carta não será publicada. Os comentários podem referir-se às ideias de um texto, com as quais o leitor pode concordar ou não; à maneira como o assunto foi abordado (neste caso, um leitor mais conservador pode afirmar que determinada questão foi tratada de forma muito liberal); ou à qualidade do texto em si (pode-se achar que o autor abusou de clichês, por exemplo). É possível também fazer alusão a outras cartas de leitores, para concordar ou não com o ponto de vista expresso nelas. O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo. Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia. Importante: Não se preocupe apenas em dizer o que pensa, o que acha; dê seu ponto de vista sempre explicando com muito cautela, e se expuser fatos, tenha certeza que são verdadeiros. 128

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Page 1: Carta ao leitor - Revista

Carta do Leitor Você já observou que nos jornais e revistas há um espaço reservado para que a opinião dos leitores seja publicada?

Estamos falando das cartas dos leitores, as quais mostram opiniões e sugestões; debatem os argumentos levantados nos artigos e fazem críticas a respeito; trazem perguntas, reflexões, elogios, incentivos, etc.

Para o leitor é o meio de expor seu ponto de vista em relação ao assunto lido, para o veículo de informação é uma arma publicitária para saber o que está agradando a opinião pública.

Não há regras estabelecidas para se fazer uma carta no estilo “carta do leitor”, a não ser as que já são recomendadas ao escrevermos a alguém: especifique o assunto e seja breve; trace previamente o objetivo da carta (opinar, sugerir, debater); escreva em uma linguagem clara, precisa e nunca faça uso de palavras de baixo calão, ou a sua carta não será publicada.

Os comentários podem referir-se às ideias de um texto, com as quais o leitor pode concordar ou não; à maneira como o assunto foi abordado (neste caso, um leitor mais conservador pode afirmar que determinada questão foi tratada de forma muito liberal); ou à qualidade do texto em si (pode-se achar que o autor abusou de clichês, por exemplo). É possível também fazer alusão a outras cartas de leitores, para concordar ou não com o ponto de vista expresso nelas.

O objetivo do leitor ao escrever uma carta para um jornal da cidade ou uma revista de circulação nacional é tornar pública sua ideia e se sentir parte da informação. A carta do leitor é tão importante que pode ser fonte para uma nova notícia, uma vez que ao expor suas considerações a respeito de um assunto, o destinatário pode acrescentar outros fatos igualmente interessantes que estejam acontecendo.

Deve-se ter muito cuidado ao redigir uma carta, pois será lida por muitas pessoas. Por isso, revise o texto e observe com atenção se há clareza nas frases, se os períodos não estão muito longos e se não há repetições de ideias ou palavras, se há erros de pontuação e grafia.

Importante: Não se preocupe apenas em dizer o que pensa, o que acha; dê seu ponto de vista sempre explicando com muito cautela, e se expuser fatos, tenha certeza que são verdadeiros.

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A linguagem da carta do leitor costuma variar conforme o perfil dos leitores da publicação. Pode ser mais descontraída, se o público é jovem, ou ter um aspecto mais formal.

Esse tipo de carta apresenta formato parecido com o das cartas pessoais: data, vocativo (a quem ela é dirigida), corpo do texto, despedida e assinatura. Porém, quando necessário, a equipe de redação do jornal ou revista adapta as cartas do leitor a seu estilo e as reduz para encaixá-las na seção reservada a elas, mantendo apenas uma parte do corpo.

Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto. Assim, reúnem-se as que se refiram à mesma notícia ou reportagem em um mesmo bloco, que recebe um título.

Algumas redações de jornal contam com os serviços de um ombudsman ― pessoa contratada para criticar as matérias jornalísticas publicadas e, sobretudo, para verificar as críticas e sugestões dos leitores e depois expor seu ponto de vista.

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Pagar para não trabalhar? CLAUDIO DE MOURA CASTRO - REVISTA VEJA

Imaginemos uma situação surrealista: os pais dos alunos, vendo os filhos com um professor muito ruim, decidem pagar o seu salário, para que ele não vá à escola e seja substituído por outro. Esses pais seriam loucos ou irracionais? Pesquisas recentes mostram que, pelo menos nos Estados Unidos, seria um comportamento inteligente. Se os 5% piores professores fossem substituídos por outros, de qualidade média, em seu conjunto, a turma teria salários adicionais de 1,4 milhão de dólares, após sair da escola. O que os pais gastariam pagando esses professores ruins para ficar em casa (cerca de 50000 dólares por ano) é bem menos que esse adicional de renda. Não temos estimativas comparáveis para o Brasil, mas, como aqui os professores ganham menos e a educação aumenta o rendimento financeiro, mais do que nos países industrializados, é provável que fazer esse gasto fosse um negócio ainda melhor. Segundo outra pesquisa, ter um mau professor por três anos causa o mesmo dano que faltar a 40% das aulas.

Diretores habilidosos conseguem infernizar a vida dos seus péssimos professores, até que eles peçam para sair. Isso resolve o problema daquela escola, mas não do sistema, pois esse professor ruim irá para outro estabelecimento. A prefeitura de Nova York tira seus piores professores de sala de aula e coloca todos em um salão enorme, onde eles ficam conversando ou fazendo palavras cruzadas. Diante da impossibilidade legal de despedi-los, é melhor pagar, em vez de deixar que os alunos sejam suas vítimas. Em todo continente é quase impossível despedir professores, mesmo que fraquíssimos. A exceção é Cuba, onde isso acontece com regularidade. Será por isso que Cuba tem a melhor educação da América Latina? É muito mais do que isso, mas ver-se livre dos piores deve ajudar.

É absurdo os secretários de Educação não aproveitarem o período probatório (em geral de dois anos). Nesse prazo, dentro da lei, eles podem não confirmar a contratação dos muito fracos. Pelo que nos dizem os estudos, em um ano é possível identificar os que não têm o perfil requerido para o magistério. Peneirar os mestres é o que faz o sistema privado, sem causar traumas nem comoções. Por tentativa e erro, os bons vão subindo e recebendo carga horária maior, enquanto os ruins ficam no limbo. Se não melhoram, são dispensados. Não obstante, o privado atrai os melhores professores, pagando mais ou menos o mesmo que o público. Ou seja, o medo de perder o emprego não assusta os bons.

Está enganado quem leu nesses comentários um insulto aos professores. É o oposto, pois eles demonstram a sua importância crítica. Eliminar o joio facilita a missão indispensável de valorizar o trigo, ou seja, quem tenta fazer um trabalho sério. Os professores são maltratados pelo público, por causa de alguns poucos que são fracos, desmotivados ou negligentes, trazendo má reputação à classe. Sem eles, a imagem da profissão seria engrandecida. Surpreende que os sindicatos prefiram apoiar seus membros irresponsáveis ou incompetentes, em vez de permitir sua depuração, valorizando o magistério que eles pretendem representar. E também surpreende que os professores aceitem isso de seus sindicatos.

Mas como poderemos saber quem são os bons e os maus professores? Garantir que conheçam a matéria a ser ensinada é um primeiro passo. Há avanços nas pesquisas, usando métodos de observação em sala de aula, por juízes neutros. Há também estimativas de quanto cada professor contribui para o aprendizado dos seus alunos. Combinando indicadores, reduzimos a margem de erro. Contudo, ainda são medidas imperfeitas. No caso dos professores muito ruins, porém, erraremos bem pouco na sua identificação. Pesquisa recente mostra que os bons diretores reconhecem corretamente os professores bons e os fracos. Os alunos e os outros professores também. Dá para imaginar um técnico de futebol que fica com pena e não tira do time o jogador perna de pau?

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Será que na educação o futuro dos alunos não deveria vir em primeiro lugar? Por que os mestres devem continuar a ter a sua imagem manchada por culpa de uns poucos? Que direito tem o estado de permitir que a educação seja assassinada por alguns professores reconhecidamente inadequados?

ATIVIDADES

1) Chegou a sua vez de praticar. Escreva uma carta destinada a matéria que acabou de ler. Utilize a sutileza e demonstre sua opnião ou o que tenha a adicionar quanto estudante e leitor. A carta deverá ser breve e será lida em voz alta para a turma. Não esqueça de assiná-la e colocar o título da matéria em questão ou um título que demonstre o conteúdo de sua opnião/crítica/elogio.

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Como ler uma revista?

É interessante saber que a leitura de uma revista não é como a leitura de um jornal. O estilo de impressão e a intenção dos veículos de informação são distintos. Assim como os jornais, é perceptível que o público alvo das revistas é antecipado a edição, mas com muito mais cuidado.

O cuidado a que nos referimos quando pensamos no público alvo de uma revista está nos assuntos que ela aborda, como, por exemplo, revistas de carros, de esportes, de celebridades, de informação global, de assuntos inusitados, etc. As revistas são nomeadas de acordo com o público e o assunto que abordam, por exemplo, a Revista Atrevida que é voltada ao público feminino juvenil; A Revista Quem, que é voltada as pessoas interessadas em vidas de artistas.

Escolhendo a revista que mais lhe agradar, o passo seguinte é ler sua capa e observar os destaques, assim como em um jornal. A diferença estará no estilo de impressão, que será menor; no estilo de cores, pois o jornal trará maior destaque em preto e branco; no estilo de formatação, já que o designe das revistas é mais elaborado; no tempo de veiculação, haja vista que uma revista possui um prazo maior de publicação do que um jornal - que geralmente é dário.

Depois de reparar nesses detalhes, olhar o índice ou seguir para a matéria da capa que mais lhe interessar, é uma boa ideia. O índice é um aspecto de livros e revistas. Jornais e gibis não possuem índice, raras excessões.Desse modo, será mais fácil encontrar o que estiver procurando e, também, o que poderá lhe interessar.

As categorias mudam muito, a depender do aspecto que a revista aborda. Podendo tratar de moda, de culinária, de relacionamento, de decoração, de carros, de motos, de games, de celebridades e inúmeros assuntos. As revistas também poderão possuir um formato de bolso, que é menor e leva as mesmas matérias. Algumas revistinhas femininas são postadas apenas no formato pequeno, outras oferecem as duas opções.

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ATIVIDADES

1) Nessa atividade você deverá criar uma revista com a sua turma. A primeira etapa será o planejamento. É importante que os núcleos estejam bem divididos e as funções também. Os dados coletados devem ser autênticos, mesmo que fictícios. Preste atenção para os passos que deverão ser seguidos.

Primeiramente, tenha em mente que uma revista é composta por uma redação e que o representante de maior peso na organização (depois dos donos e acessores) é o chefe de redação. A turma deverá eleger o seu chefe. Junto dele, existirá o chefe de fotografia/diagramação, que cuidará de todos os elementos ligados a imagens e formas da revista. Também haverá o chefe de atualidades, que cuidará da pesquisa e aprovação de matérias, antes de passá-las a última voz, do redator chefe - este último cuidará, inclusive, dos textos e da equipe de correção.

Os jornalistas que estarão no ambiente da revista serão divididos conforme as áreas de atuação da mesma. Ou seja, antes de iniciar esse divisão, a turma deverá entrar em acordo com o assunto que a revista abordará.Alguns exemplos seriam: uma revista de modas, uma revista de viagens, uma revista de games, uma revista feminina juvenil, uma revista de música, uma revista de assuntos gerais, etc.

Após escolher o tema da revista é necessário escolher a pauta da edição. Uma edição poderá abranger quinze dias, um mês, dois meses, dependendo do estipulado pela redação. Geralmente as revistas são semanais, quinzenais ou mensais. A pauta é, nada menos, que o o assunto abordado naquela tiragem. Como exemplo poderiamos pensar em uma revista de moda, em que o assunto da pauta seria o SPFW (São Paulo Fashion Week). A capa da revista seria com o autor Ashton Kutcher, que consederia uma entrevista exclusiva. As matérias de apoio falariam sobre o desfile, as celebridades, os modelos, as tendências, as cores, os acessórios, a maquiagem, etc. Tudo relacionado ao tema seria posto de maneira bem distribuída e outra matérias estariam dispostas ao decorrer da revista, não estando propriamente ligadas ao tema, pois as revistas não seguem uma unidade, específica. Tudo isso é discutido ao elaborar a pauta.

A turma deverá entregar ao estrutor apenas uma versão de toda a atividade, contendo: Os nomes cargos e matérias distribuídas para cada um dos integrantes. Os setores e divisões dos cadernos da revista. Os títulos das matérias (ficcionais) criadas pela redação. Uma carta de apresentação da revista, demonstrando quais as suas finalidades.

Ao final da atividade preencha o questionário a seguir e entregue a seu instrutor para que as suas habilidades sejam comparadas com os dados descritos pelo grupo.

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´QUESTIONÁRIO

Nome: Idade: Cidade: Estado: Profissão:

1 - Dos assuntos abaixo relacionados, enumere de 1 – 9 por grau os quais você possui mais interesse:

a) Beleza ( )b) Comportamento ( )c) Crônicas ( )d) Cultura ( )e) Decoração ( )f) Internacional ( )g) Moda ( )h) Saúde ( )i) Pets ( )

2 – Dos assuntos abaixo relacionados, enumere de 1 – 9 por grau os que você possui mais conhecimento (cursos, formação, experiências...)

a) Beleza ( )b) Comportamento ( )c) Crônicas ( )d) Cultura ( )e) Decoração ( )f) Internacional ( )g) Moda ( )h) Saúde ( )i) Pets ( )

3 – Como participante fundamental da revista, escolha abaixo a opção da qual você gostaria de se comprometer no staff da revista:

a) Redação (Escrever matérias e conteúdo) ( )b) Entrevistas (Realizar entrevistas com personalidades de acordo com o assunto abordado) ( )c) Revisão (Auxiliar na revisão dos textos e conteúdo da Revista antes da publicação) ( )d) Gráfico (Auxiliar na diagramação, tratamento de imagens e ao que se refere à parte gráfica da revista antes da publicação) ( )e) Marketing e Publicidade (auxiliar na divulgação da revista, bem como buscar parceiros e anunciantes) ( )

4 – Escolha abaixo a periodicidade da qual você poderá se comprometer com a revista:

a) Todas as edições ( )b) Apenas em algumas edições ( )c) Não posso me comprometer ( )

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5 – Cite abaixo observações a respeito de suas experiências e contatos que podem contribuir com o conteúdo da revista. Tais como viagens, relacionamentos, assuntos relacionados à conquistas profissionais e acadêmicas, familiares, consumo...

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6 – Cite abaixo os 5 (cinco) principais sites, blogs, revistas e jornais que você costuma utilizar para se manter informada a respeito de assuntos do seu interesse:

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7 – Cite abaixo as 5 (cinco) principais fontes de pesquisa que você utiliza para desenvolver suas matérias.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________