briefing - preciso, claro e objetivo
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CENP EM REVISTA, ano 6, n.24 - setembro - 2010O número trata da boa comunicação publicitária, inclusive sua importância na licitação de serviços de publicidade por entes públicos.TRANSCRIPT
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Ano 6 N 24 Setembro 2010www.cenp.com.br
ANUNCIANTES FALAM SOBREA IMPORTNCIA DO CENP
A LIBERDADE DEEXPRESSO COMERCIAL AMAIOR LUTA DO SETOR, DIZ
PRESIDENTE DA FENAPRO
PRECISO, CLARO E OBJETIVO do briefing que nasce a boa comunicao publicitria
e a aprovao da Lei n 12.232/10 refora a sua importncia na licitaode servios de publicidade por entes pblicos
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Palavra do Presidente
O REVIGORANTE EFEITO DAS ELEIES
ob revigorante efeito das eleies, manifesto
aqui o que j postei no twitter (@caiobarsotti)
em 03/10: Me desculpem os pessimistas de planto,
mas tenho orgulho em habitar numa das maiores de-
mocracias do mundo. Parabns pra ns!
Aqui, neste espao, com mais de 140 caracteres,
complemento que tenho orgulho tambm por partici-
par da nossa autorregulao comercial, a qual, pelo que
sabemos, no tem similar em outro pas. Claro, exige
muito, mas, tambm vale muito! Como disse Gilberto
Leifert, Presidente do Conar e tambm conselheiro do
CENP, durante seu discurso no evento de 30 anos da
entidade que iniciou no Brasil este inteligente modelo
de autorregulamentao, o CENP o irmo caula
desta bem-sucedida realizao.
Ao preparar esta edio, procuramos repercutir
alguns importantes fatos recentes, como os 60 anos da
TV brasileira, num artigo do novo Presidente da ABERT,
Emanuel Soares Carneiro, os Congressos da ABTA e
ANJ e a Carta de Fortaleza, aprovada em reunio nacio-
nal da ABAP da qual participamos e que traz um firme
posicionamento em defesa da criana. Saudamos
ainda, por meio de moo aprovada pelo Conselho
Executivo do CENP, os 30 anos do Conar e a criao do
Instituto Palavra Aberta, que seguramente muito con-
tribuir para os debates travados hoje na sociedade a
respeito de consumo e propaganda. J a entidade retra-
tada em profundidade neste nmero a Fenapro, cujo
Presidente, Ricardo Nabhan, acaba de ser reeleito. E
mais: fomos ouvir anunciantes para saber o que pen-
sam sobre o CENP. Encontramos respostas bastante
interessantes e inteligentes.
Por fim, dedicamos nossa capa a um assunto funda-
mental para a propaganda de boa qualidade: o briefing!
Tratamos o assunto tanto sob a tica privada como
tambm sobre sua importncia para a comunicao,
notadamente aps a Lei 12.232/10.
Esperamos que este contedo seja uma contribuio
para as melhores prticas comerciais.
Aproveite!
SS
Tenho orgulho em habitar uma das maiores democracias do mundo e tambm por participar da nossa autorregulao comercial.
Caio Barsotti
Sumrio14 MEMRIA:
OS 60 ANOS DATV BRASILEIRA
16 DEPOIMENTOS:A PUBLICIDADE BRASILEIRANO UM MERCADOPARA AVENTUREIROS
22 ENTREVISTA:RICARDO NABHAN, PRESIDENTE DA FENAPRO
30 CCAAPPAA
BRIEFINGPRECISO, CLAROE OBJETIVO
SSEEEESS
06 EM 1O LUGARMoo homanageia Conare Instituto Palavra Aberta
08 ACONTECE
44 REGIONAIS
46 ACONTECE NO CENP
48 CRNICA
50 CARTAS
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2000
934
2001
1.904
2002
2.358
2003
2.728
2004
3.110
2005
3.623
2006
3.753
2007
3.909
2009
3.532
201027/9/2010
2.895
2008
3.800
Agncias certificadas
Criado em dezembro de 1998, o Conselho Executivo das Normas-Padro (CENP) tem como misso
o estabelecimento de princpios ticos no relacionamento comercial entre anunciantes, agncias de publi-
cidade e veculos de comunicao, por meio da autorregulao.
O CENP foi fundado pela ABA, ABAP, ABERT, ABTA, ANER, ANJ, Central de Outdoor e FENAPRO e
tem como principal instrumento de trabalho o documento Normas-Padro da Atividade Publicitria, que
estabelece as bases do relacionamento comercial e tico da atividade.
O CENP concede Certificado de Qualificao Tcnica s agncias que cumprem as regras estabeleci-
das pelas Normas-Padro, certificao essa que lhes garante o recebimento do desconto-padro de
agncia, concedido pela legislao que trata da publicidade.
A contrapartida certificao o cumprimento, pelas agncias, das Normas-Padro, o que verifi-
cado rotineiramente pela equipe do CENP por meio de vistoria.
Conflitos observados ou denunciados so dirimidos pelo Conselho de tica do CENP, formado por
36 membros, representando anunciantes, agncias e veculos.
A MISSO DO CENP
10.431 AGNCIAS CADASTRADAS
EM 27/9/2010
334 PROCESSOS AVALIADOS NO TRIMESTRE
JULHO A SETEMBRO/2010
1.257 VISITAS TCNICAS E VISTORIAS EM AGNCIAS
EM 27/9/2010
@ Escreva para ns (inclusive para questes tcnicas): [email protected] Para questes sobre tica comercial: [email protected] Para questes de cadastro e certificao: [email protected]
O CENPna internet:
www.cenp.com.br
Fale com o CENP:(11) 2172-2367 [email protected]
Faa download desta revista e dasedies anteriores em nosso site.
Fonte: CENP
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Em 1 lugar
art. 5o dos Estatutos Sociais
CENP incluiu no Item III o de-
fender a liberdade de expresso publici-
tria como um dos objetivos sociais
da entidade, demonstrando claramente
que, sem aquela estaria ameaada a
liberdade de expresso, pensamento e
cultural, tudo o que assegura a existn-
cia dos estados democrticos de direi-
to. A histria brasileira recomenda que
a liberdade de manifestao do pensa-
mento, que engloba e sintetiza todas as
outras, deve ser permanentemente sus-
tentada, evitando-se que, por equvo-
cos, boa ou m-f, prosperem os movi-
mentos de restrio, notadamente con-
tra a comunicao publicitria, assegu-
radora das manifestaes democrticas
porque possibilita o acesso aos bens de
informao e cultura a qualquer do
povo, sem nenhum tipo de restrio ou
preconceito.
O Brasil viveu nas duas ltimas
dcadas sob o estado de direito, ine-
OO
MOO HOMENAGEIA CONAR E INSTITUTO PALAVRA ABERTA
O Conselho Executivo do CENP, reunido emmeados de setembro, aprovou, por suabela histria de respeito tica, mooem homenagem aos trinta anos do Conar.No mesmo documento, o Conselho saudoua criao do Instituto Palavra Aberta,entidade fundada para a defesa da liberdade de expresso comercial,asseguradora das liberdades de imprensa ede difuso cultural em nosso pas.Confira a ntegra da moo:
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xistindo tentativa de estado contra as
liberdades fundamentais. Convive, no
entanto, com equvocos de interpreta-
o de leis que levam, de fato, a epis-
dios lamentveis de censura e com as
tentativas legislativas de romper a
grandeza do texto constitucional que
condena qualquer tipo de censura.
No raro, a comunicao publicitria
o caminho que buscam os incorrig-
veis defensores das restries de pen-
samento e consumo para assegurar
xito a seus propsitos. Em nome da
sade, das crianas, das diferenas
sociais e tudo o mais que respeitvel
defender, ameaam, pelas restries
que propem, a liberdade de saber
para escolher, conhecer para decidir
sobre o que se deseja.
H 30 anos, comemorados agora,
o Conar Conselho Nacional de
Autorregulamentao Publicitria
um exemplo de resistncia pela cons-
truo de um modelo de autocontrole
em campo de atividade intelectual,
oferecendo, pela liberdade de questio-
namento e discusso com absoluto
respeito ao contraditrio, uma opo
democrtica de anlise de mensagens
publicitrias. Acerta at mesmo quan-
do nem todos aprovam a leitura feita
pelos seus conselheiros ticos.
Agora, por iniciativa de entidades
representativas de veculos e agn-
cias, foi criado o Instituto Palavra
Aberta, que uma entidade que se
dedicar exclusivamente a desenvol-
ver estudos sobre o impacto do cer-
ceamento da liberdade de expresso
comercial nos direitos dos consumi-
dores informao, atuando, com
base no que estudar, para mostrar ao
poder constitudo e sociedade o que
pode representar, em termos demo-
crticos, tais iniciativas. a constru-
o do futuro pela inteligncia atuan-
do contra a intransigncia.
So dois instrumentos e dois
momentos de suma importncia,
razo pela qual a diretoria do CENP
resolveu indicar ao conselho a conces-
so de dois votos de louvor:
1. Ao Conar, pelo que e j fez, nos
trinta anos de fundao que est co-
memorando.
2. Ao Instituto Palavra Aberta, pela
pertincia e oportunidade do que se
prope a fazer em defesa da liberdade
comercial.
Aos dois, o reconhecimento de
veculos, agncias e anunciantes reu-
nidos no CENP.
So Paulo, 14 de setembro de 2010
O Conar umexemplo de resistnciapela construode um modelo deautocontrole,oferecendo uma opodemocrtica de anlisede mensagempublicitria
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Acontece
tema do 80 Congresso Brasileiro
de Jornais, organizado pela ANJ,
em agosto, no Rio de Janeiro, foi resu-
mido em seu ttulo: Jornalismo e demo-
cracia na era digital.
O encontro reuniu cerca de oito-
centos profissionais e teve como um
dos destaques as presenas e as assina-
turas dos presidenciveis Declarao
de Chapultepec. O documento, lanado
em 1994, no Mxico, defende as liber-
dades de expresso e de imprensa. Jos
Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e
Marina Silva (PV) foram, em momentos
diferentes, ao evento para assinar a
declarao.
Entre os painis realizados, o mais
polmico foi o dedicado discusso
sobre a autorregulamentao dos jor-
nais e a criao de um conselho de tica
da ANJ. Os palestrantes Aluzio Ma-
ranho, editor de opinio de O Globo, e
Sidnei Basile, vice-presidente de rela-
es institucionais do Grupo Abril,
admitiram a existncia de dificuldades
na implantao de um Conselho de
tica dos jornais brasileiros.
O vice-presidente da ANJ, Nelson
Sirotsky, esclareceu na ocasio que o
objetivo do projeto elaborado por uma
comisso composta por membros da
diretoria da ANJ estender para todos
os jornais associados os princpios de
liberdade expressos no estatuto da enti-
dade. Queremos um cdigo de tica
que avalie tambm os nossos associa-
dos, afirmou.
No encerramento do encontro, reali-
zado a cada dois anos, foi eleita em
Assembleia Geral a nova diretoria da
entidade. Judith Brito, da Folha de
S.Paulo, foi reeleita presidente e deve
permanecer frente da ANJ at 2012.
Nossa misso continua absolutamen-
te a mesma: defender a liberdade de
expresso, afirmou a executiva em seu
discurso, acrescentando que outra
meta fundamental discutir as novas
mdias digitais e como encontrar um
modelo saudvel para preservao do
jornalismo de qualidade.
OO
JORNALISMO E DEMOCRACIANA ERA DIGITAL
SITE DA ANJ PASSA A DISPONIBILIZARLISTA DE AGNCIAS CERTIFICADAS
esde setembro, quem acessa o
site da ANJ Associao Nacio-
nal de Jornais (www.anj.org.br) encon-
tra a lista completa das agncias certifi-
cadas pelo CENP.
Como explica Oscar Mattos, diretor
do Comit Mercado Anunciante, res-
ponsvel pela implantao da nova fer-
ramenta, a iniciativa de disponibilizar a
informao de forma rpida e fcil para
os veculos associados importante
em muitos sentidos, inclusive para esti-
mular que os jornais de todo o pas
atentem para a necessidade de respei-
tarem as Normas-Padro da Atividade
Publicitria.
No endereo, ao clicar no banner
com o logotipo do CENP, o internauta
tem acesso a um texto explicativo sobre
a entidade, com nfase no papel da
ANJ (que uma das signatrias das
Normas-Padro), e tem como consul-
tar as agncias certificadas. Para isso,
basta escolher a regio de interesse ou
digitar o CNPJ da agncia.
A incluso desta opo no site da
ANJ faz parte de uma srie de iniciati-
vas adotadas para acrescentar mais
prestao de servios ao endereo ele-
trnico da associao. Por exemplo: foi
DD
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includo tambm um link semelhante
para abordar a importncia do Projeto
Inter-Meios, explicando passo a passo
como os veculos associados devem
proceder para fazer parte do estudo
organizado pela publicao Meio &
Mensagem.
No caso do CENP, Oscar conta que
a ideia surgiu durante a realizao do
ltimo congresso da entidade e, para
viabiliz-la, a associao contou com o
apoio do prprio CENP. Caio Barsotti
fez uma apresentao para os integran-
tes do Comit e nos ajudou no que foi
preciso, diz, observando que como
uma das fundadoras e mantenedoras
do CENP, a ANJ entende que sua mis-
so ajudar a promover as Normas-
-Padro.
Aprimorar a atuao da entidade no
campo das melhores prticas comer-
ciais justamente o objetivo do Comit
Mercado Anunciante, que tem reunies
a cada dois meses e coordena diversas
iniciativas que auxiliam na dissemina-
o de boas prticas. Ficam sob a res-
ponsabilidade deste grupo, tambm,
outras atividades, como as campanhas
da ANJ para datas promocionais e a
realizao do Prmio ANJ.
edio de 2010 da Feira e Con-
gresso ABTA, realizada em agos-
to, em So Paulo, registrou nmeros re-
cordes em termos de pblico. Foram
mais de 9 mil visitantes durante os trs
dias de evento, entre profissionais do
setor e autoridades. O encontro tambm
superou as expectativas no volume de
expositores: duzentas empresas partici-
param com 97 estandes, um crescimen-
to superior a 30% em relao a 2009.
A abertura do evento, que foi nortea-
do pelo tema Revoluo na Convergn-
cia, colocou em destaque a evoluo do
mercado e os desafios que programado-
res e distribuidores devem enfrentar. A
TV por assinatura alcana hoje 8,5 mi-
lhes de lares brasileiros, o que significa
quase 30 milhes de espectadores.
Presente ao evento, Roberto Irineu
Marinho, presidente das Organizaes
Globo, fez uma anlise positiva da situa-
o do setor, estimando que o meio atin-
ja, em 2015, cerca de 15 milhes de lares.
A abertura do mercado de TV por
assinatura foi o tema central no primeiro
dia do Congresso, em um debate que
contou tambm com as presenas de
Alexandre Annerberg, presidente da
ABTA; embaixador Ronaldo Sardenberg,
presidente da Anatel; deputado Julio
Semeghini, vice-presidente da Comisso
de Cincia, Tecnologia, Comunicao e
Informtica da Cmara; senador Antnio
Carlos Jr., membro da Comisso de
Cincia, Tecnologia, Inovao e Comu-
nicao do Senado Federal; e senador
Flexa Ribeiro, presidente da Comisso
de Cincia, Tecnologia, Inovao e
Comunicao do Senado Federal.
O evento ainda discutiu questes
bastante atuais para a evoluo da
indstria da TV por assinatura no Brasil,
como o papel dos diferentes players no
desenvolvimento do setor e os desafios
na produo de contedo, considerando
as novas tecnologias. Nas sesses tem-
ticas, os profissionais acompanharam
os debates relacionados regulamenta-
o, programao e as novas platafor-
mas de distribuio de contedo.
AA
ABTA 2010 ABORDOU OS DESAFIOSDA TV PAGA NO BRASIL
A iniciativa importante em muitossentidos, inclusivepara estimular que osjornais atentem para anecessidade derespeitarem as Normas--Padro
Congresso da ABTA aconteceu emSo Paulo
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ficador e avana por legitimar a escolha
de uma agncia pela melhor tcnica,
onde a criatividade tem que nortear, no
o preo, disse Luiz Lara, presidente
nacional da Abap. Para ele, o CENP e o
Conar so ncoras da atividade publi-
citria no Brasil.
Pastore lembrou o escndalo do
mensalo (ele respondia pela presidn-
cia da Abap na poca) e o envolvimento
de agncias. Surgiu uma aura de culpa,
e a Abap tomou as dores do setor,
demonstrando que era uma questo
isolada, de uma minoria, disse ele.
Para Cardozo, a nova lei no elimina a
corrupo, mas a dificulta. Ela torna as
relaes mais transparentes. Terminar o
meu mandato com uma lei como esta
gratificante, pois ela surgiu em um
momento difcil, quando fui sub-relator
da CPMI dos Correios, que envolveu
vrios dos meus companheiros. Muitos
pagaram os custos das aes inescru-
pulosas de poucos, disse ele. A nova
lei torna mais difcil os possveis vcios
das licitaes. Ela traz transparncia e
tranquilidade a todo o processo de lici-
tao de publicidade, emendou o
deputado Milton Monti. Ottoni, princi-
pal interlocutor do mercado publicitrio
no governo federal, disse que a Se-
cretaria de Comunicao do governo j
adotava os princpios da lei antes
mesmo da sua promulgao. Ele consi-
dera que a medida profissionaliza o
mercado, principalmente para estados
e municpios. As pequenas e mdias
agncias sero beneficiadas, e a comu-
nicao pblica, mais correta e precisa.
Para Petrnio, a legislao d um ru-
mo vital propaganda, que livre e con-
tinuar assim.
lmoo para mais de cem convi-
dados, promovido pela Abap em
agosto, em So Paulo, homenageou os
principais personagens da luta do mer-
cado publicitrio pela aprovao da Lei
n0 12.232/10, que disciplinou os proces-
sos de licitao e a gesto dos contratos
de publicidade por rgos da adminis-
trao pblica. A lei considerada uma
grande vitria tambm por reconhecer o
modelo de agncia brasileira.
Durante o almoo foram entregues
placas comemorativas ao deputado Jos
Eduardo Cardozo, autor do projeto de
lei, ao deputado Milton Monti, presiden-
te da Frente Parlamentar da Comuni-
cao Social, a Ottoni Fernandes Jnior,
secretrio executivo da Secretaria de
Comunicao Social do governo, e a
Dalton Pastore, presidente do Conselho
da Abap e do Frum Permanente da
Indstria da Comunicao (ForCom).
Ele foi importante interlocutor do Poder
Legislativo para a elaborao da lei.
O trabalho realizado pelo CENP, ins-
titucionalizado como rgo certificador
de qualidade do setor da publicidade
brasileira pela lei, tambm foi reconheci-
do por meio de placa, entregue a
Petrnio Corra e Caio Barsotti. A Lei no
12.232 consagra o modelo brasileiro de
agncias, reconhece o CENP como certi-
AA
ABAP HOMENAGEIA PERSONAGENS DA APROVAO DA LEI N 12.232/10
Dan
ise A
ndra
de
A partir da esquerda Lara, Caio, Montie Petrnio
A partir da esquerda Monti, Pastore,Cardozo e Ottoni
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Que a proteo da criana um dever de todos, igual-mente, e julga presunosa, inconveniente e desalinha-
da dos propsitos de liberdade e democracia, toda e
qualquer tentativa de faz-la bandeira de propriedade
exclusiva de determinados segmentos, entidades ou
indivduos.
Que a proteo da criana tarefa de grande respon-sabilidade e de alta complexidade e, portanto, deplora
as opinies simplistas que pregam a contextualizao
da publicidade, por definio, como vil.
Que a proteo da criana, no que se refere ao usoda mdia publicitria, est contemplada na Cons-
tituio Federal, no Cdigo de Defesa do Consu-
midor e no Cdigo Brasileiro de Aurorregulamen-
tao Publicitria.
Que a proteo da criana deve ser, necessariamente,objeto de um debate global permanente e inspirador
de propostas equilibradas, realistas e embasadas por
uma percepo sociocultural alinhada com a contem-
poraneidade.
Que a proteo da criana deve estar no foco de todosos profissionais de comunicao incumbidos de a ela
se dirigirem, recomendando vigorosamente o uso res-
ponsvel e criterioso dos recursos da publicidade e de
seu inegvel poder de seduo e influncia.
Que a proteo da criana, no que diz respeito publicidade, deve incluir a resistncia s propostas
alienantes, que sugerem proibies incondicionais,
censura pura e simples e outras iniciativas que
tenham, como princpio, a negao da informao.
Que a proteo da criana deve ser objeto de campa-nhas publicitrias especficas dirigidas a pais ou res-
ponsveis, educadores e sociedade em geral, esti-
mulando prticas saudveis e alertando sobre riscos
de qualquer origem.
Que a proteo da criana deve prever, no curriculumescolar, que a criana, o quanto antes, passe a convi-
ver com contedos que a familiarizem com os cdigos
publicitrios, estimulando seu senso crtico sobre as
diversas manifestaes da publicidade.
Que a proteo da criana garantida, primordial-mente, pela famlia e pelos sistemas educacionais,
que devem ser permanentemente encorajados a for-
mar jovens intelectualmente livres, aptos a escolhas e
plenamente conscientes a respeito do mundo em
que vivem.
Fortaleza, 27 de agosto de 2010.
ABAP Associao Brasileira de Agncias de Publicidade
A PUBLICIDADE E APROTEO DA CRIANA
CARTA DE FORTALEZA
A ABAP, Associao Brasileira das Agncias de Publicidade, diante da disseminao de conceitos, oriundos de seto-
res pontuais, porm movidos por uma determinao afeita s organizaes de vocao absolutista, e que buscam rela-
cionar a imagem da atividade publicitria ameas proteo da criana, declara:
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Memria
OS 60 ANOS DA TV BRASILEIRAEmanuel Soares CarneiroPresidente da Abert
om penetrao de 95,7% dos
domiclios (2009, Pnad/IBGE),
este meio popular por vocao tem sido
capaz de integrar milhes de pessoas,
valorizar as realidades regionais, e dar-
-lhes acesso gratuito a informao, cul-
tura e entretenimento. Seu papel para o
fortalecimento da identidade nacional
incontestvel.
Nos mais longnquos rinces, pos-
svel encontrar cidados que se conec-
tam com o restante do Brasil e com o
mundo por intermdio de seu televisor
e, independente de classe social ou
nvel de instruo, tm acesso s mes-
mas informaes.
Em entrevista revista poca, em
2006, o socilogo francs Dominique
Wolton afirma que a televiso provocou,
nos ltimos anos, uma revoluo na
vida de milhes de pessoas. Para ele,
que um dos mais respeitados especia-
listas em comunicao no mundo, a
televiso produz uma cultura mediana
acessvel, sensibiliza o telespectador
para outras culturas e reflete o mundo
contemporneo, instigando o cidado
a buscar informao e conhecimento
antes ignorados.
Nas palavras de Wolton, a cultura
televisiva popular , em sntese, o que
as pessoas tm em comum, mas que ao
ser repartida entre os pares, fortalece a
noo de democracia. Dessa forma, a TV
promove um indiscutvel processo de
evoluo social, como observamos no
Brasil nessas ltimas dcadas.
Dados de uma recente pesquisa
encomendada empresa Meta pela
Secretaria de Comunicao Social da
Presidncia da Repblica (Secom), so-
bre o acesso informao e a formao
da opinio da populao brasileira, mos-
tram que as percepes de Wolton em
relao ao papel deste meio de comuni-
cao esto corretas.
A pesquisa revela, por exemplo, que
para 66,3% das pessoas a televiso aber-
ta o meio de comunicao mais rele-
vante para buscar informao, e para
69,4% a mdia mais confivel. Quanto
programao, 64,6% dos entrevista-
CC
A televiso aberta completou sessenta anos no pas em 18 de setembro. Desde a primeira transmisso da TV Tupi,em So Paulo, na iniciativa ousada de Assis Chateaubriand, aevoluo tecnolgica, o arrojo empresarial e o talento dosnossos profissionais fizeram da TV brasileira um case depadro internacional.
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dos consideram os telejornais os progra-
mas mais importantes, seguidos das
novelas, com 16,4%. O levantamento
ouviu 12 mil pessoas, em 639 cidades de
cinco regies do pas.
Com noticirios, reportagens, entre-
vistas e debates entre candidatos, a tele-
viso tem sido fundamental tambm
para a consolidao da democracia.
Alm de prover informao e promover
a discusso de temas de interesse nacio-
nal, com a produo regular de sries
e campanhas de utilidade pblica que
este meio estabelece compromisso com
as demandas sociais, seja de dimenso
nacional ou comunitria, de qualquer
pequena cidade interiorana.
Isso s possvel graas ao modelo
federativo de radiodifuso, semelhante
ao que acontece em outros pases de
dimenses continentais. Baseado no
conceito de redes de programao bsi-
ca, ele combina grandes centros de pro-
duo, dotados de tecnologia avanada e
profissionais altamente qualificados,
capazes de fornecer contedo a milhares
de emissoras e municpios. O mesmo
acontece no sentido inverso as emisso-
ras afiliadas s redes nacionais contri-
buem com a sua viso regional e local.
Marcado pela diversidade e plurali-
dade, este modelo compreende 496
emissoras de televiso, sendo 295
comerciais e 201 educativas, e mais de 5
mil estaes retransmissoras. A inds-
tria televisiva brasileira gera mais de
200 mil postos de trabalho, diretos e
indiretos, produz 70 mil horas/ano e,
apenas em programas jornalsticos, 180
mil horas/ano. Cerca de 70% desse con-
tedo nacional 90% se considerado
apenas o horrio nobre.
Uma das grandes contribuies do
setor , por certo, de estmulo ao desen-
volvimento econmico e social do pas.
Estudo da empresa Tendncias Con-
sultoria Integrada, realizado em 2007,
com base no conceito economtrico,
verificou que a insero de meios de
comunicao, entre eles a TV, tem efeito
positivo sobre o ndice de Desenvol-
vimento Humano (IDH).
A televiso leva informao sobre
tendncias de mercado, oportunidades
de trabalho, novos produtos e tecnolo-
gias, contribuindo para o desenvolvi-
mento dos mercados regionais e locais.
Esse modelo oportuniza s pequenas e
mdias empresas anunciarem seus pro-
dutos e servios localmente a um custo
adequado a sua realidade financeira,
alcanando o pblico-alvo, melhorando
suas vendas e gerando empregos.
At 2012, teremos disseminado no
Brasil o padro digital de televiso que,
mais do que qualidade superior de ima-
gem e som, permitir o avano da mobi-
lidade e da portabilidade, ou seja, a
capacidade de o telespectador receber o
sinal em aparelhos portteis ou celula-
res. O sistema nipo-brasileiro tambm
se internacionaliza, sendo adotado at o
momento por onze pases.
um passo decisivo para a insero
da TV no ambiente de acelerada conver-
gncia tecnolgica, que permitir cada
vez mais o acesso a voz, vdeo, dados e
texto nas mais variadas plataformas.
Portanto, ao completar sessenta
anos de existncia, percebemos que a
televiso brasileira continua forte e reju-
venescida, cumprindo o seu papel para
o crescimento econmico e a consolida-
o da democracia.
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Depoimentos
A aprovao da Lei no 12.232 sublinhou a relevncia do CENP para a atividade publicitria. Nesta e nas pginas seguintes,seis anunciantes de diferentes setores,portes e origens do a sua opinio sobre a importncia da publicidade e de se trabalhar com agncias profissionais e certificadas segundo as Normas-Padro da Atividade Publicitria.
Marcos Caetano, diretor de comu-
nicao corporativa do Ita BBA, no
tm dvidas: a criao do CENP uma
grande conquista para os trs princi-
pais atores do setor publicitrio brasi-
leiro: anunciantes, agncias de publici-
dade e veculos de comunicao.
Temos no Brasil um mercado muito
maduro. As agncias brasileiras so de
nvel internacional, mais de uma delas
j tendo sido eleita como agncia do
ano no importante Festival de Cannes.
Da mesma forma, os veculos de
comunicao do Brasil j conquista-
A PUBLICIDADEBRASILEIRA NO UM MERCADO PARAAVENTUREIROSAnunciantes falam sobre a importncia do CENP
Anunciante: Ita BBA
Setor: Financeiro
Depoimento de: Marcos Caetano
Sede: So Paulo
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ram importantes prmios internacio-
nais, como o Emmy e o New York Film
Festival, apenas para citar alguns.
Toda hora, vemos a qualidade dos tra-
balhos dos veculos sendo reconheci-
da, aqui e no mundo. E os anuncian-
tes tambm tm um comportamento
muito tico num mercado bem orga-
nizado, diz ele, que considera a pu-
blicidade um setor de vanguarda. O
mercado brasileiro j forte o bastan-
te a ponto de permitir um trnsito
intenso, do exterior para o Brasil e do
Brasil para o exterior, idntico ao que
se v nos mercados de Primeiro Mun-
do. As empresas de uma forma geral
esto passando por essa fase, mas a
publicidade j est nela desde o final
dos anos 90.
Para Caetano, o mercado publicit-
rio brasileiro fruto da qualidade do
relacionamento entre os anunciantes,
as agncias e os veculos. Sempre con-
vivemos de forma harmnica, e o CENP
um grande marco dessa maturidade.
em funo de tudo isso que conside-
ro a chegada do CENP um grande avan-
o para o mercado publicitrio.
Segundo ele, natural que as regras
de governana e concorrncia sejam
preservadas, com liberdade e espao
para negociao e aperfeioamentos,
mas que exista um parmetro que evite
o que chama de barbrie. A publicida-
de brasileira no um mercado para
aventureiros. por estar apoiado em
leis e autorregulamentao que o que
. O CENP contribui fundamentalmen-
te para que este ambiente torne os
negcios to fluentes. Qualquer coisa
no sentido inverso seria um atraso, um
retrocesso. Precisamos preservar este
modelo, que no implica mais burocra-
cia e controles indevidos, e que efetiva-
mente protege o mercado.
Ele no tem dvidas de que o CENP
precisa ser preservado. um rgo
necessrio porque procura estabelecer
regras mnimas de convivncia merca-
dolgica, adequadas a um setor muito
competitivo, disse, lembrando que
existem milhares de agncias de publi-
cidade no Brasil so perto de 3 mil
apenas as certificadas pelo CENP. A
publicidade um dos setores mais
competitivos da economia brasileira.
O CENP contribuifundamentalmentepara um ambientede negcios fluentes.O sentido inversoseria um atraso, umretrocesso
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A IMPORTNCIA DO CENP
QUALIDADE, TICA, CREDIBILIDADE, TCNICA, SEGURANA E
Anunciantes destacam a importncia de trabalhar com agncias certificadas pelo CENP
Anunciante: Grupo Dias Neto
Setor: Concessionrias de motos e
automveis e postos de combustveis
Depoimento de: Antnio Dias Neto
Sedes: Paraba, Pernambuco,
Alagoas e Rio Grande do Norte
Para uma agncia de publicidade, ter a certificao do CENP ter um verdadeiro atestado de credibilidade.O fato de trabalharmos com uma agncia certificada nos d maior confiana e tranquilidade ao anunciar,porque sabemos que estamos protegidos por um rgo fiscalizador, srio e eficaz.
Antnio Dias Neto, Presidente do Grupo Dias Neto, grupo empreendedor com negcios em quatro estados do Nordeste e com planos de expanso para toda a regio.
Anunciante: Beach Park
Setor: turismo e lazer
Depoimento de: Clarisse de
Carvalho Linhares
Sede: Fortaleza
Particularmente, nunca trabalhamos com uma agncia que no fosse certificada pelo CENP, ento no podemos abordar as desvantagens. Um dos quesitos importantes para o processo de certificao o emprego de pesquisas de mdia,e considero fundamental que a agncia tenha e faa uso constante de pesquisas de mdia. No existe boa campanha publicitria sem o embasamento tcnico das pesquisas. A fundamentao do plano de mdia elemento--chave para o sucesso de qualquer propaganda.
Clarisse de Carvalho Linhares, diretora de marketing do Beach Park, complexo de turismo e lazer de Fortaleza que recebe anualmente mais de 1 milho de pessoas.
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COMPETNCIA
Anunciante: Dental Gold
Setor: Servios odontolgicos
Depoimento de: Josuel Gomes
Sede: Paraba
Saber que a agncia responsvel pela nossa comunicao certificada pelo CENP nos d mais segurana, pois temos a certeza de que a empresa sria e trabalha dentro das normas e padres necessrios, assegurando que as campanhas que veiculamos estejam sempre dentro dos acordos propostospelo conselho.
Anunciante: Celpa
Setor: Concessionria de energia
eltrica
Depoimento de: Jackson C. Santos
Sede: Par
No dia a dia de nossas atividades e na execuo profissional de nossas aes de comunicao, temos como pr--requisito o trabalho com agncias certificadas pelo CENP. O acesso s ferramentas e recursos que a certificao permite e seu uso eficiente,com tica e competncia, nos do tranquilidade e confiana no retorno dos investimentos.Como profissional que j atuounos trs agentes da propaganda, me sinto muito vontade para trabalhar e recomendar o trabalho com agncias certificadas.
Jackson C. Santos, Comunicao, Celpa, concessionria deenergia eltrica que atende a mais de 1,6milho de clientes no Par, beneficiandomais de 7 milhes de habitantes.
Josuel Gomes, Diretor-presidente da Dental Gold, maior rede de servios odontolgicos da Paraba.
Anunciante: MRN
Setor: Minerao
Depoimento de: Ana Cunha
Sede: Par
Ter como parceira de trabalho uma agncia certificada nos garante maior confiabilidade e transparncia nas relaes estabelecidas e principalmente maior qualidade nos servios prestados. Um processo de certificao eficaz resulta numa gesto mais profissional e eficiente. Alm disso, comoanunciantes, temos acesso a ferramentas mais precisas para avaliao de mercado e pblico, o que nos possibilita fazer sempre a melhor escolha de como aplicar a verba de mdia disponvel, aferindo melhores resultados.
Ana Cunha, Gerente de Comunicao da MRN Minerao Rio do Norte, que chega aos seus trinta anos consolidada como um dos maiores empreendimentos mundiais na produo de bauxita, o minrio de alumnio.
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A IMPORTNCIA DO CENP
Temos canais de TV s centenas,
emissoras de rdio, revistas e jornais
que se contam aos milhares e vrios ou-
tros meios de comunicao slidos e de
alta qualidade, sem falar nos milhares
de anunciantes em todo o pas. Sob to-
dos os ngulos, vemos um mercado
bastante competitivo e que, at por
isso, precisa ter regras mnimas, disse
Caetano.
Para ele, outra grande contribuio
da publicidade, principalmente num
mercado como o financeiro, trazer o
que chama de provocaes para dentro
do anunciante. da natureza da publi-
cidade promover um debate fora do dia
a dia da operao, que muito saud-
vel. Uma das funes da agncia dis-
cutir tica, sustentabilidade, branding,
design e tantas outras coisas funda-
mentais para o futuro das empresas.
As agncias foram pioneiras em mui-
tos destes temas. Branding, por exem-
plo, at os anos 80, no era um valor
mensurado pelas empresas e hoje as
marcas esto entre os seus ativos mais
valiosos. Agncias de publicidade tiram
as anunciantes das suas zonas de con-
forto. Elas provocam discusses sobre
legado, viso de futuro, padres ticos,
propsito da empresa e sustentabilida-
de, que so muito importantes, que
nos ajudam a renovar, a melhorar e que
esto entre as principais preocupaes
da cpula das empresas.
Para Caetano, provocaes dessa
natureza podem at vir de outras ori-
gens, como uma empresa de consulto-
ria, por exemplo. Mas dificilmente
voc ter um consultor que no tenha
uma identidade maior com a empresa
tendo, talvez, at trabalhado na rea.
Na agncia sempre ser o oposto. A
formao, o ponto de vista, a viso de
mundo do publicitrio ser diferente e
bom que seja assim, pois a diversida-
de desejvel. Quanto mais as empre-
sa puderem refletir diferentes maneiras
de ver a sociedade, mais probabilidade
de sucesso elas tero. As agncias so
ambientes propcios para isso, inclusi-
ve pela multiplicidade de clientes com
que lidam. Agncias sempre esto na
linha de ataque, apoiando o anuncian-
te em vendas, em gerao de receitas e
lucros, falando direto com o consumi-
dor final. Elas tm o pulso de mercado.
A agncia que atende um banco tam-
da naturezada publicidadepromover um debatefora do dia a dia daoperao, que muito saudvel.Uma das funesda agncia discutirtica, sustentabilidade,branding, designe tantas outrascoisas fundamentaispara o futurodas empresas.As agncias forampioneiras em muitosdestes temas
Agncias sempreesto na linha deataque, apoiando oanunciante emvendas, em geraode receitas e lucros,falando direto com oconsumidor final
Continuao da pgina 17
-
bm ajuda a vender cerveja.
Caetano se disse um defensor per-
manente de mais flexibilidade nas
regras do mercado publicitrio, para
que os modelos de remunerao das
agncias possam ser inovadores, mas
sempre dentro de regras mnimas. Ele
considera, porm, que essa discusso
tem que ser conduzida sempre dentro
CENP. Na minha opinio, qualquer
modelo que no passe pelo CENP vai
prestar um desservio ao mercado
publicitrio, permitindo que empresas
com pssima qualidade possam, na
base de preos menores, na base de
concorrncia predatria, ganhar espa-
o num mercado hoje muito bem ocu-
pado por brilhantes agncias que
temos no Brasil. Sem o CENP seria ver
agncias que tm grande capacidade
criativa e remuneram bem profissio-
nais excepcionais serem destrudas,
serem devastadas por outras agncias
que no tm essa qualidade mas que
fariam abordagens aos anunciantes
por puro e simples preo.
Caetano considera que nesse cen-
rio os prejuzos seriam de todos, atin-
gindo inclusive o consumidor, que te-
ria publicidade da pior qualidade, com
menos informao. Seria ruim, consi-
dera ele, para os anunciantes, para as
pessoas que trabalham nas agncias,
que sofreriam com o inevitvel impac-
to negativo na sua remunerao, da
mesma forma que para as pessoas que
trabalham em veculos. Seria realmen-
te um caso de grande retrocesso se fos-
semos desregular, mesmo que de for-
ma mnima, a concorrncia entre em-
presas do setor publicitrio, disse ele.
Ele reafirma a importncia para os
anunciantes da existncia do CENP, da
sua permanncia, e defende que a enti-
dade tenha cada vez mais apoio do
governo e de todos os setores da socie-
dade, em todas as instncias. muito
importante para os anunciantes que
existam regras claras de concorrncia e
de convivncia, que se mantenha uma
previsibilidade, que se saiba que traba-
lhamos dentro de um terreno regulado
e no onde impere a barbrie, com um
ambiente de competio desenfreada e
sem sentido para um anunciante.
Como anunciante, eu gostaria de dizer
que o CENP, para ns, tem esse carter
normativo, esse carter de dar uma
base, de dar um piso, de dar um cho
a partir do qual construmos o relacio-
namento com nossas agncias de
publicidade. Tirar esse cho para os
anunciantes, assim como para os
demais elos do mercado publicitrio,
seria bastante ruim. Considero muito
importante preservar o CENP para que
possamos manter a publicidade brasi-
leira no mesmo patamar observado
nos ltimos anos, uma publicidade
que invejada no mundo inteiro, que
respeitadssima, que muito premia-
da, que informa cada vez mais e
melhor ao consumidor, disse
Caetano. Se a lei de defesa do consu-
midor pegou, foi porque o prprio
setor publicitrio brasileiro vestiu a
camisa, comprou esta causa: anun-
ciantes, veculos e agncias decidiram
informar com mais qualidade aos con-
sumidores. por isso que a propagan-
da no Brasil cada vez mais evoluda,
por isso que a propaganda enganosa
est sendo banida do nosso dia a dia e
por isso que acredito que o CENP
precisa continuar conquistando espa-
o e sendo apoiado e prestigiado, para
que o mercado publicitrio, seja do
ponto de vista dos anunciantes, seja
das agncias, seja dos veculos, possa
ser realmente um terreno seguro, bom
de se investir e que, acima de tudo,
preste e continue prestando um excep-
cional servio para o consumidor, que
no final das contas o grande benefi-
ciado em todas essas iniciativas.
Se a lei de defesado consumidorpegou, foi porqueo prprio setorpublicitriobrasileiro comprouesta causa
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Entrevista
RICARDO NABHAN, PRESIDENTE DA FENAPROCuidar da preservao de valores de nossa atividade exige um esforo supremo
Reeleito presidente da Fenapro em junho de 2010, para mais um mandato de trs anos,Nabhan formado em Administrao de Empresas, com ps-graduao em Propaganda eMarketing pela ESPM. Ele dirige a ZN Marketing, agncia do Mato Grosso do Sul e, na vidaassociativa, j foi presidente do Sindicato das Agncias de Propaganda de Mato Grosso do Sul,ex-vp da Fenapro e atuou tambm como membro do Comit de tica do CENP. Nesta entrevista, ele aborda o trabalho realizado na Fenapro desde 2007, revela as prioridades para aprxima gesto e analisa os desafios que devem ser enfrentados pela indstria da publicidade.
Como voc avalia a atuao
da Fenapro nos ltimos anos?
A atuao da Fenapro foi bastante positiva, com avanos
importantes, principalmente para o fortalecimento dos
Sinapros e dos mercados regionais. Entre as principais con-
quistas da entidade, podemos destacar a atuao no IV Con-
gresso Brasileiro de Publicidade, realizado em 2008, no qual
comandamos o painel As Realidades dos Mercados Re-
gionais, do qual saram as 21 recomendaes para promover
o desenvolvimento, o crescimento e a valorizao regional da
indstria da comunicao em todo o Brasil, alm da formao
de grupos de trabalho para acompanhar a sua implementao
e consolidao.
O apoio ao Projeto de Lei do deputado Jos Eduardo
Cardoso, que culminou com a Lei no 12.232, foi uma das reco-
mendaes importantes feitas no painel. Outras foram a
ampliao das relaes com as entidades e o mercado, as
aes permanentes junto s instituies de ensino com o
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objetivo de colaborar para a melhoria da formao educacio-
nal dos jovens.
Outra iniciativa importante foi o fortalecimento dos laos
com demais entidades de defesa do setor, tais como a Abap,
Abert, CENP, Conar e ABA, entre outras, com o objetivo de rea-
lizar um trabalho conjunto na defesa de questes importantes
que afetam o mercado de comunicao.
Entre os inmeros projetos realizados,
quais voc destacaria como fundamentais
para ajudar na profissionalizao da indstria
da publicidade no Brasil?
Alm de levantar a bandeira da regionalizao, que deve ser
entendida como um esforo permanente pela valorizao dos
mercados regionais, a Fenapro promoveu aes em parceria
com os Sinapros, como os encontros regionais realizados nas
diversas regies do Brasil, com a presena dos presidentes
dos sindicatos de todo o pas e diretores regionais de cada um
deles. Isto tem permitido promover uma aproximao com os
mercados locais e, principalmente, ampliar o conhecimento
sobre as caractersticas de cada mercado.
Considero estes encontros fundamentais, por reunir
agncias, veculos, anunciantes e profissionais, e permitir
ouvir in loco os seus problemas e buscar as melhores solu-
es e alternativas para resolv-los. J realizamos encontros
na Bahia, Pernambuco, Rio Grande Norte, Minas Gerais, So
Paulo, Paran, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Esprito Santo e
Santa Catarina. O nosso objetivo percorrer todo o Brasil.
Entre as atividades desenvolvidas
hoje pela Fenapro, quais tm sido mais
importantes para ajudar a preparar o futuro
da atividade no Brasil?
Cito as oficinas de capacitao para os mercados locais que
acontecem durante os encontros regionais, com o objetivo de
levar o know how dos mercados mais desenvolvidos a outras
regies. As atividades, ministradas por profissionais experien-
tes, abordam as diversas reas de operao de uma agncia,
como atendimento, gesto, mdias alternativas, novas mdias,
planejamento, legislao, licitaes etc.
Alm das oficinas, a entidade organiza palestras para estu-
dantes de propaganda e marketing de todo o Brasil, com o
objetivo de colaborar para a formao dos futuros profissio-
nais. Centenas de estudantes j participaram dessas palestras.
Entendemos que fundamental trabalhar na formao dos
jovens que vo estar frente do negcio da propaganda no
futuro. A grande mudana que esperamos que todo esse
esforo, no futuro, se transforme em mais qualidade, profis-
sionalismo, tica e respeito.
Do ponto de vista das agncias, quais as
mudanas que devemos ter neste cenrio
nos prximos anos?
O mundo da comunicao est se transformando rapida-
mente em funo da internet, das redes sociais, das novas tec-
nologias como o mobile. Isto impacta diretamente os veculos,
a distribuio de verbas e as estratgias de comunicao. As
agncias tambm so fortemente influenciadas e tm que
ampliar sua rea de atuao em reas como digital, compor
equipes preparadas para os novos desafios e, sobretudo,
acompanhar e buscar se antecipar s novas tendncias. H
Entendemos que fundamental trabalhar na formao dos jovens que vo estar frente do negcio da propaganda no futuro
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tambm movimentos macro que devem ser observados,
como o prprio crescimento regional e a expanso das classes
C e D. preciso que as agncias conheam melhor esse pbli-
co e suas demandas.
Qual hoje, em sua opinio, a principal luta
conjunta que o setor publicitrio deve enfrentar?
A liberdade de expresso comercial sem dvida a maior
luta que estamos enfrentando. Temos muitos problemas a
enfrentar, como as medidas de restries propaganda por
parte da Anvisa, alm de outras centenas de projetos de lei
antipropaganda que tramitam no Congresso e que imputam a
culpa de tudo propaganda.
Este tipo de problema s pode ser enfrentado se conseguir-
mos unir o setor para conscientizar os demais rgos sobre a
importncia da propaganda, pois atravs dela que as marcas
lanam os seus produtos e os consumidores recebem as
informaes, permitindo assim a liberdade de escolha do con-
sumidor final.
Especificamente em sua gesto, quais as
iniciativas que exigiram mais esforo da Fenapro?
Acredito que todas as iniciativas realizadas tm exigido
esforos da entidade, ainda mais quando sabemos que elas
representam os interesses de um universo de empresas que
conta, hoje, com mais de 10 mil agncias, entre pequenas,
mdias e grandes.
Um dos esforos, realizado em parceria com as demais enti-
FENAPRO
A liberdade de expresso comercial sem dvida a maior luta que estamosenfrentando
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dades do setor, foi o fato de termos conseguido levar ao TCU,
por exemplo, o pleno conhecimento do que somos e o que faze-
mos. A ideia que se fazia dos servios prestados pelas agncias
de propaganda era muito diferente da nossa realidade.
Tambm estamos levando informaes, tirando dvidas e
ajudando o mercado na aplicao da Lei no 12.232, por meio
de encontros com os responsveis por este setor nos estados
e municpios e, em alguns casos, realizando encontros com
os prprios prefeitos, ajudando-os no melhor entendimento
dessa nova lei.
Cuidar da preservao de valores de nossa atividade exige
um esforo supremo, no apenas das entidades, mas de cada
um de seus profissionais.
Fenapro e Abap assinaram recentemente uma
declarao conjunta de princpios e objetivos;
a Fenapro tambm tem desenvolvido iniciativas em
parceria com a ABA. Como voc avalia a
importncia de as entidades atuarem
com propostas comuns? Este movimento
importante para fortalecer as diversas iniciativas?
Quanto mais as entidades trabalharem juntas, melhor para
as agncias, para o mercado e para o desenvolvimento do pas
como um todo. Um bom exemplo disso o Guia da melhor
prtica assinado pela ABA e Fenapro, um trabalho que tem
norteado muitos anunciantes no momento de selecionar a
agncia ou agncias para atenderem suas contas.
Outro exemplo a Declarao Conjunta de Princpios e
Objetivos assinado com a Abap. Este acordo visa a criao de
uma agenda comum que contribua para o crescimento e o de-
senvolvimento das agncias. Sem dvida, esses movimentos
so importantes para fortalecer as diversas iniciativas em defe-
sa do setor e, principalmente, para o seu desenvolvimento.
Qual a anlise que podemos fazer hoje sobre
o mercado publicitrio? Como a Fenapro tem
apoiado as atividades das suas associadas,
para que as agncias possam aproveitar o
bom momento econmico do pas?
Nosso mercado cresce em propores significativas. Basta
ver que um mercado como o de Pernambuco, por exemplo,
cresceu, apenas em maio deste ano, mais de 10%. Temos
duas classes sociais, a C e a D, que at outro dia no tinham
a importncia que tm hoje e que esto consumindo muito
acima do que se poderia imaginar.
Isso mostra que estamos vivendo um bom momento para
o negcio da propaganda, de mais consumo e produo, o
que certamente ir ampliar as oportunidades para o desenvol-
vimento da atividade em todo o pas.
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Estamos vivendo um bommomento para o negcio dapropaganda, o que certamenteir ampliar as oportunidades
Quanto mais as entidades trabalharem juntas, melhorpara as agncias, para o mercado e para o desenvolvimento do pas como um todo
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ficialmente, a Fenapro Federa-
o Nacional das Agncias de
Publicidade foi criada em 1982, com a
assinatura da Carta Sindical pelo minis-
tro do Trabalho, Murillo Macedo. Mas as
negociaes para a instituio da entida-
de haviam comeado em 1977, quando
os seis sindicatos existentes at ento
lanaram publicamente a ideia.
Refletindo mudanas que ocorreram
no Brasil nas ltimas dcadas, a
Fenapro congrega hoje em seus qua-
dros dezoito sindicatos patronais
(Sinapros) e mais de 10 mil agncias de
propaganda em todo o pas, conside-
rando as empresas que fazem constar
do seu contrato social a atividade.
Destas, cerca de 3 mil encontram-se
certificadas pelo CENP. Alm de admi-
nistrar o recolhimento da contribuio
sindical patronal e prestar assessoria
jurdica para todos os Sinapros, faz
parte do escopo de atividades da entida-
de orientar os sindicatos das agncias
nas reas tributria e de administrao
e tambm no que diz respeito s ques-
tes relacionadas legislao da ativi-
dade publicitria e de direito autoral.
Para otimizar os esforos nessa fren-
te, um dos projetos mais importantes
da Fenapro a realizao dos Encon-
tros das Lideranas Regionais, organi-
zados em diversos estados para discutir
o negcio da comunicao em mbito
regional. Nessas ocasies, os profissio-
nais participam de palestras, semin-
rios e oficinas em torno de temas como
gesto de agncia, licitaes, legislao
da propaganda, planejamento de mdia,
criao, atendimento etc. Na ltima edi-
o, que aconteceu em meados de
agosto, em Florianpolis, um dos des-
taques foram os debates relacionados
implementao da Lei no 12.232, que
definiu as regras para as licitaes p-
blicas na rea de comunicao.
Tambm ficou acertado no encontro
que a Fenapro deve reforar a ao dos
Sinapros para a fiscalizao da aplica-
o das Normas-Padro da Atividade
OO
FENAPRO28 ANOS EM PROL DA QUALIFICAO DAS AGNCIAS DE PROPAGANDA
O intuito da entidade atuar de forma ainda mais estreita com os sindicatos e o CENP para ajudar aesclarecer dvidas, a fim de que as Normas-Padrosejam respeitadas e cumpridas
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Publicitria. Para isso, foi constitudo
um comit coordenador para visitar os
estados, acompanhando as demandas
das agncias e ajudando a identificar
situaes sensveis envolvendo as
Normas-Padro e a legislao relacio-
nada atividade publicitria. Como foi
defendido na ocasio pela Fenapro, o
intuito da entidade atuar de forma
ainda mais estreita com os sindicatos e
o CENP no sentido de ajudar a esclare-
cer dvidas para que as normas sejam
respeitadas e cumpridas por meio da
adeso dos veculos regionais.
Unindo esforos
Ricardo Nabhan, frente da entida-
de desde 2007 (e deve permanecer at
2013, uma vez que foi reeleito), comen-
ta que uma das prioridades de sua ges-
to tem sido justamente o fortalecimen-
to dos laos com outras entidades do
setor, como ABA, Abap, ABP, CENP e
APP, com o objetivo de realizar um tra-
balho conjunto na defesa das questes
que afetam o setor.
Nos ltimos anos este esforo de a-
proximao tem rendido bons frutos.
Em 2009, por exemplo, em parceria com
a ABA foi organizado um grande evento
para debater o fortalecimento da ativida-
de econmica publicitria brasileira. O I
Frum Mercados Brasileiros reuniu cer-
ca de duzentos dirigentes e executivos de
empresas anunciantes, agncias de pro-
paganda e veculos de todo o pas. A edi-
o no 21 da CENP em Revista publicou
reportagem sobre o Frum.
A Fenapro tambm teve participao
ativa na realizao do IV Congresso
Brasileiro de Publicidade, quando foi
responsvel pelo painel sobre a realida-
de dos mercados regionais, que contou
com mais de duzentos delegados de
todo o pas. Neste sentido, outra esfera
importante de atuao da entidade a
que envolve a aproximao com o
poder pblico, visando defender os
interesses do setor publicitrio em
questes legais, projetos de leis e regu-
lamentaes relacionadas propagan-
da. Para isso, alm dos contatos com
diversos rgos do governo, entre eles
a Secom e o TCU, destacam-se a reali-
Estima-se que no perodo de 2007 a 2010 tenham passado pela anlise daFenapro mais de trezentos processos de licitao
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FENAPRO
zao de inmeras reunies com minis-
tros, parlamentares e senadores, alm
da participao em audincias pblicas.
Nabhan cita como exemplo o acompa-
nhamento direto e a participao na ela-
borao de emendas do projeto de lei
do deputado Jos Eduardo Martins
Cardozo, que se transformou na Lei no
12.232, e o envolvimento de represen-
tantes da entidade na conduo do
debate para a elaborao do texto do
Anexo C, do CENP.
Em outra frente, a Fenapro tem traba-
lhado em prol da melhor qualificao e
conhecimento das agncias no mbito
da legislao, das licitaes pblicas e
da gesto de agncia. Pensando no futu-
ro da questo, a atual gesto intensifi-
cou a aproximao com o setor educa-
cional, visando ampliar o conhecimento
da atividade publicitria pelos alunos
dos cursos de comunicao. Para tanto,
a entidade realiza palestras em universi-
dades em todo o pas, j tendo coberto
mais de 10 mil estudantes de propagan-
da, marketing e comunicao.
A questo das licitaes pblicas
tem exigido bastante ateno da entida-
de, que tem atuado, com o apoio dos
Sinapros, junto aos Tribunais de Contas
dos estados, realizando consultas e
orientando os responsveis para que as
licitaes regionais adotem os padres
legais, face ao grande nmero de erros
usualmente constatados nesses editais.
Em prol da busca de melhores prti-
cas nesta rea, foram desenvolvidos
inclusive materiais especficos sobre o
assunto, disponvel no site www.fena-
pro.org.br. A iniciativa faz parte do
esforo de levar ao conhecimento dos
mercados regionais todos os procedi-
mentos de uma licitao pblica, ter-
mos e regras que devem ser seguidas
para a realizao de uma concorrncia,
explica Nabhan.
Para se ter uma ideia da dimenso
deste trabalho, estima-se que no pero-
do de 2007 a 2010 tenham passado
pela anlise da Fenapro mais de trezen-
tos processos de licitao.
Ex-presidentes da Fenapro
Luiz Marcelo Dias Salles (1982-1985)
lvaro Costa Resende (1985-1988)
Jos Daltro Franchini (1989-1992 e 1992-1995)
Valdir Batista Siqueira (1995-1998)
Antonio Luiz de Freitas (1998-2001)
Jos Antonio Calazans (2001-2004 e 2004-2007)
Ricardo Nabhan (2007-2010 e 2010-2013)
A Fenapro hoje
Ricardo Nabhan de Barros presidente
SaintClair de Vasconcelos vice-presidente
Antonio Lino Pinto diretor-secretrio
Csar Paim diretor de assuntos ticos
Fernando Brettas diretor de relaes governamentais
Alexandre Oliveira diretor de relaes interassociativas
Aas Lopes diretor-tesoureiro
Bruno Gonzalez diretor de planejamento
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riefing vem da palavra inglesa
brief, que quer dizer sumrio,
sntese, fazer resumo. No tomo sobre
Mdia Uma tentativa de padroniza-
o do vocabulrio tcnico de mdia na
lngua portuguesa corrente no pas, do
Dicionrio Brasileiro de Comunicao, de
1977, no verbete sobre briefing, antes de
defini-lo diretriz, sumrio de orienta-
o, resumo informativo os autores,
Neyza Bravo Mendes Furgler e Izacyl
Guimares Ferreira, publicitrios com
belas formaes universitrias, confes-
saram no prefcio que, sem xenofobia,
tentavam com a obra defender a lngua
por ser o elemento mais aglutinante de
BB do briefing que nasce a boa comunicao publicitria,e a aprovao da Lei no 12.232/10 refora a sua importncia na licitao de servios de publicidade por entes pblicos
Joo Luiz Faria NettoConsultor jurdico do CENP, Diretor deAssuntos Legais do CONAR e DiretorJurdico do SINAPRO-RJ
Capa
PRECISO, CLARO E OBJETIVO
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um grupo, tribo ou pas; no verbete do
briefing, no entanto, depois das expres-
ses em portugus, concordaram que
se podia continuar usando briefing....
E assim se fez e faz.
Faz-se tanto que a expresso, a par-
tir de 29 de abril deste ano, foi incorpo-
rada ao vasto e sempre crescente
repertrio legal do pas, passando ele,
o briefing, j incorporado nossa lin-
guagem tcnica, a ser palavra de texto
legal e pea indispensvel e obrigatria
nos editais de licitao e contratao
pela administrao pblica de servios
de publicidade prestados por interm-
dio de agncias de propaganda.
Segundo o artigo 6o da Lei no
12.232/10, os editais obedecero ao
disposto no artigo 40 da Lei no
8.666/93, que trata de uma maneira
geral das licitaes, com excees que
lista e novas obrigaes, dentre elas a
obrigao de incluir o briefing: As in-
formaes suficientes para que os
interessados elaborem propostas
sero estabelecidas em um briefing, de
forma precisa, clara e objetiva. Quer
dizer, a diretriz, sumrio de orienta-
o, resumo informativo deve ser pre-
ciso, claro e objetivo.
LICITAES
Preciso, clareza e objetividade so
inerentes aos projetos bsicos, o que o
briefing passou a ser para as licitaes
e contrataes pelos entes pblicos de
agncias de propaganda. Como proje-
to bsico, deixou de ser mero instru-
mento de especulao criativa, o que
ocorria at o advento da Lei, quando,
no raro, o que os planejadores, cria-
dores e homens de mdia das agncias
estudavam exausto era material que
resultaria numa proposta especulativa
que possivelmente jamais seria execu-
tada pelo contratante.
O briefing no setor privado e nas
empresas do setor pblico que dispu-
tam o mercado, ao contrrio, sempre
foi um instrumento de identificao de
determinado problema de comunica-
o. J mereceu estudos acurados e
tem modelagem clssica e pode ser
dividido em:
definies de produto;
histrico de compra e consumo;
mercado/concorrncia;
pblico-alvo;
verba/perodo e
objetivos de marketing e comunicao.
Tudo escrito de forma precisa, clara
e objetiva.
No setor pblico, o modelo est
sendo construdo e deve ser pensando
a partir da constatao de que se trata
de atender com a publicidade ao inte-
resse pblico, notadamente no que diz
respeito ao direito de cada um a ser
informado sobre os atos e fatos de
governo, o que indispensvel ao
aglutinamento de grupo, tribo, pas de
que falam os autores do dicionrio
pioneiro sobre a comunicao.
Na prtica, de forma precisa, clara e
objetiva, o briefing de licitao pblica
de publicidade deve ser e ter um con-
junto de informaes resumidas no
quadro da pgina seguinte.
Preciso, clarezae objetividade soinerentes aos projetos bsicos, o que o briefingpassou a ser para as licitaese contrataespelos entes pblicos deagncias de propaganda. Deixou de ser mero instrumento de especulao criativa
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BRIEFING
O briefing o projeto bsico e como tal deve obedecer ao princpios do artigo 37 da
Constituio, que trata da administrao pblica ][
SERVIOS ESPECIAIS
Os servios prestados pelas agn-
cias de propaganda so de natureza
especial, executados de forma cont-
nua, o que implica dizer que no tempo
de vigncia do contrato, outros brie-
fings especficos podem ser exigidos
na relao anunciante-agncia. Tero o
mesmo comando, embora de conte-
do mais simples, porque relacionados
a problemas novos enfrentados pela
administrao pblica, que precisam
do instrumento de comunicao para
se tornar de conhecimento pblico, o
que constitui direito do cidado
comum.
O briefing o projeto bsico e como
tal deve obedecer aos princpios do
artigo 37 da Constituio Federal, que
trata da administrao pblica, com
especial ateno para a impessoalida-
de, respeitada com rigor, o que prev o
pargrafo 1o daquele artigo: A publici-
dade dos atos, programas, obras, ser-
vios e campanhas dos rgos pbli-
cos, dever ter carter educativo, infor-
mativo ou de orientao social, dela
no podendo constar nomes, smbo-
los ou imagens que caracterizam pro-
moo pessoal de autoridades ou ser-
vidores pblicos.
RECEITA DE BRIEFINGPARA O SETOR PBLICO Uma proposta de questionrio para construo de um briefing de um ente pblico que organiza uma licitao para contratao de servios publicitrios.
1. Histrico de quem licita, o que , onde atua, para quem atua, com que
caractersticas e circunstncias.
2. Dados geogrficos e estatsticos pertinentes ao objetivo do projeto
de comunicao.
3. Problemas fticos constatados e que tipos de aes esto sendo
desenvolvidas para san-los ou amenizar os seus efeitos.
4. Recursos materiais e humanos aplicados, de que forma e com
que abrangncia.
5. Resultados fticos de aes desenvolvidas, mostrando de forma clara
o que foi feito e ser ainda implementado.
6. O que era, passou a ser e caminha para se transformar, no ambiente
institucional de quem licita, o objeto da licitao diante das aes
desenvolvidas e a ser realizadas.
7. Chamados e apelos pblicos indispensveis participao geral nas
aes de governo.
8. Desafios de comunicao constatados caractersticas socioculturais
especficas, grupos socioeconmicos a serem atingidos, quadro
social e etrio.
9. O que espera o ente contratador da estrutura de atendimento
a ser contratada em termos de criatividade, estratgia e instrumentos
de comunicao com o pblico-alvo a que se destina a
comunicao publicitria.
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PROFTICO
Na apresentao do dicionrio que
no quis abrasileirar a palavra briefing,
embora fosse tentativa de colocar em
portugus os termos em uso no que
era considerado poca de extraordi-
nria evoluo tcnica da mdia brasi-
leira, parece proftico para quem vai
estudar e elaborar um briefing o que
disse, falando das razes do livro,
Walter Clark, um pioneiro do talento
da mdia brasileira: ... certo que os
problemas encontram solues me-
lhores quando estas surgem natural-
mente e nos momentos mais adequa-
dos; ... certo que as necessidades que
esto no ar so atendidas quando
maior o reconhecimento de que algo
precisa ser feito....
Quem vai estudar um briefing e
indicar caminhos e estratgias; quem
vai criar as peas publicitrias que
melhor comuniquem as mensagens
que atendam ao interesse pblico da
comunicao; quem vai estudar e
entender as pesquisas para indicar os
meios e veculos da divulgao precisa
conhecer os problemas e encontrar as
sadas naturais porque deve ser con-
vencido pelo conhecimento dos pro-
blemas que se decidiu resolver.
do briefing que nasce a boa
comunicao publicitria. o projeto
que o talento e a tcnica devero
seguir para a boa prestao dos servi-
os publicitrios.
do briefing que nasce a boa comunicao publicitria. o projeto que o talento e a tcnica devero seguir
para a boa prestao dos servios ][
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histria comea com um antigo
comercial de TV da vodca
Smirnoff, criado pela DPZ no comeo dos
anos 80, mais ou menos assim: um avio
mostrado em diferentes ngulos, com
um dilogo em off de um casal. Fala a
mulher: Estamos descendo em Casa-
blanca e voc est triste?. Responde o
homem: J pensou? Tem Smirnoff em
143 pases e vamos descer justamente em
um que no tem.... Resposta da mulher:
Ah, a gente compra amanh em
Katmandu....
Em seguida, Stalimir destrincha os
caminhos que levaram do briefing cria-
o (obviamente eficiente, sem falar na
extrema elegncia), a partir de um exer-
ccio prprio para publicitrios mas
que, bem entendido, revelador de
importantes segredos: ao ver um ann-
cio, tente deduzir qual foi o briefing
apresentado.
No entanto, como recomenda
Stalimir, preciso ponderar antes outra
AA
GRANDES E PEQUENOS SEGREDOS DE UM BOM BRIEFINGPara anunciantes e tambm para publicitrios, extrados de dois trabalhos antolgicos sobre o tema briefing
BRIEFING
Um importante importantssimo segredo de um bom briefing nem sempre fcil de serapreendido por profissionais de marketingjovens ou nem tanto: ele, o briefing, no deve sepreocupar minimamente em fazer o trabalho dopublicitrio, de planejamento, criao ou mdia.Em seu livro Raciocnio criativo na publicidade, opublicitrio Stalimir Vieira resume a coisa todacom uma histria mais cristalina impossvel. De quebra, fornece importantes lies sobre a arte do briefing, tanto para anunciantes quanto para colegas de profisso.
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coisa: o criativo um apaixonado no
atacado e no varejo, tanto pela sua rela-
o densa com a vida quanto por fora
da sua necessria identificao com a
publicidade, que o leva a ocupar-se de
determinado assunto sintetizado em
um briefing e emprestar ao tema o seu
talento criativo. A paixo prpria do
publicitrio o levar a no se conformar
com informaes burocrticas. Ele vai
querer mais: a resposta para a pergunta
ainda no feita, novos caminhos, possi-
bilidades at ento impensadas. O
criativo um desestruturador de frmu-
las, de modelos conhecidos, de forma-
tos convencionais. Ele quer experimen-
tar o contrrio (e se?), por isso pensa
ao contrrio. Quando um criativo tem
de criar um comercial, por exemplo,
esta a primeira coisa que ele se per-
gunta: como que todo mundo faz?,
escreve Stalimir, frisando mais adiante:
pensar ao contrrio no significa
esquecer a adequao e a pertinncia
das propostas. O objetivo exatamente
exacerbar o aspecto dramtico da
forma.
Voltando ao comercial de Smirnoff,
resta bvio que o conceito de marketing
proposto no briefing pelo anunciante,
apurado por pesquisa, feeling, experin-
cias anteriores, inclusive oriundas da
matriz, ou uma combinao disso tudo,
podia ser resumido em uma nica pala-
vra: internacionalidade. Nela esto re-
sumidos atributos, diferenciais e benef-
cios capazes de fazer com que consu-
midores e consumidores em potencial
do produto no s memorizem o co-
mercial como gerem neles uma atitude
de compra que feche o circuito deseja-
do pelo marketing a partir do conceito
de que beber internacionalidade d
prestgio ao consumidor, como explica
Stalimir. Alm disso, o marketing do
anunciante informou os publicitrios
que a vodca Smirnoff estava presente
em 143 pases. Fim do briefing.
Pensar ao contrrio no significa esquecer a adequaoe a pertinncia das propostas. O objetivo exatamente
exacerbar o aspecto dramtico da forma ][
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BRIEFING
Poderia haver briefing mais simples e
direto? claro que resumir a coisa toda
na palavra internacionalidade levou cer-
tamente muito tempo, demandou pes-
quisas, testes etc., mas esta outra his-
tria, assim como tambm est em
outro campo da atividade publicitria o
fato de os profissionais de atendimen-
to, planejamento, criao e mdia da
agncia virem eventualmente a se
envolver com o cliente, dividindo com
ele os seus conhecimentos acumulados
em marketing e publicidade para desen-
volver o briefing a quatro, seis, oito ou
mais mos.
Resta outra parte da histria de
Stalimir, esta til para quem faz o brie-
fing entender um pouco mais do traba-
lho do publicitrio. Ele repete que, ao
criativo cabe, sempre, pensar ao con-
trrio, fugindo de tratamentos bvios
que, no caso de Smirnoff poderia ser
mostrar a vodca sendo consumida em
diversos pases. A questo que se
espera da criao algo mais do que o
correto; espera-se o surpreendente,
explica Stalimir. A formulao criativa
uma necessidade vital na valorizao do
uso do espao comercial. sua funo,
mais do que demonstrar uma inteno
de marketing, dramatizar essa inteno,
de forma a torn-la memorvel e, assim,
otimizar o investimento feito pelo clien-
te naquele espao. Por isso, no exemplo
apresentado, os criativos da DPZ pensa-
ram ao contrrio e nasceu o conceito
de comunicao pas que no tem
Smirnoff. Dizer que h Smirnoff em 143
pases uma informao relevante; citar
um pas que no tem Smirnoff uma
afirmao surpreendente. O contedo
da informao continua o mesmo: h
Smirnoff em muitos pases. O que
muda a forma, que, em publicidade,
tem a obrigao de quebrar a monoto-
nia e emocionar o pblico, exatamente
por trabalhar a informao de um jeito
que ele no espera.
Em seu livro, Stalimir trata o briefing
de outra maneira bem interessante.
Para ele, briefings trazem alguns dados
racionais que so como pontinhas de
icebergs de conhecimento que suposta-
mente o publicitrio j possui. Pela
pontinha visvel do iceberg, voc deve
ser capaz de identificar o iceberg inteiro.
Ou seja, devem fazer sentido para voc
o tipo de informao que o briefing car-
rega e a qualidade da inteno do mar-
keting. Esse fazer sentido produto
de cultura e maturidade, que so refle-
xos diretos do que voc trouxer em sua
bagagem de vida.
Para Stalimir, nada ajuda mais do
que um bom briefing e nada atrapalha
mais do que um mau briefing. Ele o
pavimento por onde a criao vai trafe-
gar. uma estrada. Quanto mais bem
sinalizada, mais rpido e em segurana
chegaremos a nosso destino. Quanto
menos sinalizada e mais esburacada,
menores sero as chances de chegar a
algum lugar, alm de corrermos o risco
de cair num abismo. Todo criativo deve
ter o bom-senso de avaliar bem um brie-
fing antes de comear a trabalhar nele.
Claro que a pouca experincia, muitas
Para Stalimir, nada ajuda mais do que um bom briefing e nada atrapalha mais do que um mau briefing. Ele o
pavimento por onde a criao vai trafegar ][
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Tudo o que est no briefing deve conduzir a um foco principal, a um
objetivo clarssimo ][
BRIEFING
a) Tornar acessveis para a rea de propaganda todas as
informaes relevantes sobre seus produtos e mercados.
b) Ajudar a rea de propaganda a formular objetivos ade-
quados aos de marketing e de rentabilidade do produ-
to/empresa.
c) Aprovar os objetivos, planos e custos preparados pela
rea de propaganda, bem como tomar a deciso final sobre
planejamento estratgico.
DEFININDO RESPONSABILIDADESSobre o que cada rea de anunciante e agncia devem se responsabilizar
reas de marketing
a) Assegurar que as aes de propaganda sejam uma con-
tribuio favorvel ao plano de marketing.
b) Obter das reas de marketing as necessrias informa-
es relevantes para a formulao dos objetivos de propa-
ganda. Conseguir informaes adicionais de fontes externas
(agncia, institutos de pesquisa, dados publicados).
c) Formular objetivos de propaganda compatveis com as
verbas, custos e retornos previsveis, ajustando-os com
as reas de marketing e a agncia.
d) Preparar um briefing bsico (e por escrito) para a agn-
cia, contendo as informaes essenciais sobre o produto, o
a) Aconselhar e assistir a rea de propaganda na formula-
o dos objetivos de propaganda.
b) Obter da rea de propaganda (ou atravs dela) e de suas
prprias fontes todas as informaes necessrias para a
execuo do planejamento estratgico, dos planos de traba-
lho e levantamento dos custos para alcanar os objetivos.
c) Executar o planejamento estratgico, os planos de traba-
lho e o oramento, para submet-los ao anunciante.
d) Executar as tarefas aprovadas, sob a direo da rea de
propaganda de seu cliente.
Extrado de Propaganda de A a Z de Rafael Sampaio
mercado e o consumidor, alm de uma definio clara dos
objetivos de propaganda.
e) Tornar acessveis para a agncia informaes adicionais
necessrias para possibilitar a preparao e a execuo do
planejamento feito para alcanar os objetivos aprovados.
f) Aprovar em primeira instncia o planejamento geral
estratgico e os planos de trabalho feitos pela agncia, sub-
metendo-os nos casos necessrios aprovao final
pela rea de marketing.
rea de propagandaAgncia de propaganda
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Um bom briefing deve responder claramente pergunta: O que voc quer?. Se no
responder, no est completo ][
vezes, nos deixa inseguros para ques-
tionar um briefing teoricamente elabora-
do por profissionais: temos medo de
parecer burros. Porm, h muito mais
briefings burros por a do que possa
imaginar nossa v filosofia. Se h dvi-
das, preciso perguntar. Perguntar no
ofende. muito mais econmico do
que pegar um caminho errado na tenta-
tiva de preencher as falhas do briefing
com suposies. Um briefing deve res-
ponder claramente pergunta: O que
voc quer? Se no responder, no est
completo. No tem foco. Foco. Esta
uma palavrinha to usada que, muitas
vezes, nem nos damos conta da impor-
tncia de seu significado. Tudo o que
est no briefing deve conduzir a um foco
principal, a um objetivo clarssimo. Se
esse objetivo no for absolutamente
perceptvel, pare: h um problema com
ele ou com voc. Tentar sair criando
uma campanha sem questionar seria-
mente o briefing a respeito do que ele
quer como levantar voo sem ter che-
cado os instrumentos do avio.
O outro trabalho antolgico sobre o
tema est contido no livro Propaganda
de A a Z, de Rafael Sampaio, vice-presi-
dente da ABA e membro do Conselho
Executivo do CENP. O briefing ocorre
todas as vezes que uma informao
passa de um ponto para outro e o pro-
psito de organiz-lo corretamente o
de assegurar a passagem da informa-
o certa da pessoa certa para a pes-
soa certa na hora certa, da maneira
certa com o custo certo. O sucesso ou
fracasso dessa operao depende,
claro, de saber o que certo no contex-
to, pois o que certo para uma situao
pode no ser certo para outra, escre-
veu Rafael.
Segundo ele, os erros mais comuns
nos briefings so:
Briefing muito extenso
caracterizado pela extenso, por ser
excessivamente elaborado, abarrotado
de fatos. Tende a confundir, e no a es-
clarecer. Ele no errado somente por-
que longo, mas porque no seletivo.
Briefing demasiadamente
sistematizado
Aqui o perigo que o sistema se
torna mais importante que a informa-
o que deveria ser resumida e transmi-
tida. Um exemplo tpico um questio-
nrio excessivamente elaborado que
tenta dar a todos os aspectos uma
importncia igual.
Briefing curto demais
Isso significa um briefing com defi-
cincias de informao, deixando muito
espao para o pensamento ilimitado do
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BRIEFING
CHECK-LIST DAS INFORMAESNECESSRIAS PARA FAZER O BRIEFING
De acordo com Rafael Sampaio, estes so os pontos mais provveis de ser
questionados e discutidos durante o processo de reunio de informaes e
briefing. Segundo explica, nem todos sero relevantes ou igualmente
relevantes numa situao particular. Os pontos de maior relevncia vo se
tornar claros medida que o trabalho for sendo feito.
O Produto (ou Servio) Nome Descrio Propriedades Histrico Aparncia fsica Embalagem Preo e tendncia aumento, estabili-zao, reduo Custo x benefcio Vantagens nica, principal, secun-dria Desvantagens (e efeitos colaterais) Como usado? local e forma Frequncia de compra e uso Local de fabricao Capacidade de produo Disponibilidade no presente e futuro Concorrentes Vantagens e desvantagens relativasaos concorrentes Diferencial Imagem e marca
O Mercado Canal(is) de venda da categoria Importncia relativa (se vendido emmais de um canal)
Como o produto vendido (unidade,
pacotes, grandes quantidades, varejo
tradicional, autosservio, distribuidores
exclusivos, revendas etc.)?
Como o servio prestado (direta ou
indiretamente, de forma centralizada ou
descentralizada, pessoalmente, via tele-
fone/internet etc.)?
Tamanho do mercado em volume
e valor
Sobreposies de mercado
Influncia e atitudes do atacado e
varejo
Tendncia das vendas do produto/
servio; da categoria; do mercado total
Influncias: regionais (geogrficas);
sazonais; demogrficas (raa, sexo, ida-
de, profisses, padro sociocultural etc.)
Distribuio
Organizao do mercado
Influncia da fora de vendas (para a
rede de distribuio e para os consumi-
dores)
Efeitos da propaganda (promoo,
merchandising etc.) no mercado
Investimentos em comunicao (total
e de cada concorrente)
Concorrncia: Participao e tendncias de evolu-o do share-of-market Grau de organizao (de cada um) Participao e tendncias de evolu-o do share-of-voice Objetivos e estratgias de marketinge comunicao percebidas Tticas de marketing e comunicaoempregadas Imagem de cada concorrente
Pesquisa Disponveis, regulares (que
podem ser compradas) e ad hoc (que po-
dem ser contratadas)
Os ConsumidoresAtuais, da concorrncia e potenciais(Os itens a seguir se aplicam a cada umdos trs grupos acima, quando essaseparao tiver sentido no caso espec-fico)
Ocupao, profisso
Posio social e cultural
Quantidade
Nvel de escolaridade mdia
Localizao (onde moram, trabalham,
passeiam etc.)
Grupos de idade
Sexo
Nvel de renda
Segmentao psicodemogrfica
Decisores de compra (formais e infor-
mais)
Influenciadores da compra (dentro da
casa/empresa e fora delas)
Necessidade do produto/servio (para
o consumidor)
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pessoal criativo. Como resultado, suas
ideias podem no ser direcionadas para
o foco correto.
Briefing muito dogmtico
Ocorre, por exemplo, quando algum
na organizao do cliente tem ideias
fortes, preconcebidas sobre qual deve
ser o approach da propaganda. Pode
tambm ocorrer quando as concluses
da pesquisa so interpretadas muito
literalmente.
Briefing na hora e da maneira erradas
A falta de coordenao leva a ideias
confusas e at conflitantes. Muito
tempo gasto com coisas secundrias.
Pouqussimo tempo para o desenvolvi-
mento criativo ou talvez at muito,
tornando o interesse e o entusiasmo
menores.
Rafael lembra que o briefing e o pla-
nejamento de propaganda so insepa-
rveis. No momento em que o planeja-
mento comea com a anlise do proble-
ma, tambm comea o processo de
briefing. Para ele, o processo de planeja-
mento total em publicidade tem como
meta chegar a concluses sobre:
Quem estamos tentando influenciar?
Como queremos influenci-los?
Quando?
A que custo?
Para se chegar a concluses basea-
das em fatos, so envolvidas a passagem
e a troca de informaes entre as reas
de marketing e propaganda do anuncian-
te e sua agncia (incluindo as respectivas
reas de pesquisa), escreve Rafael. O
processo uma investigao sistemtica
e uma troca meticulosa de informaes,
anlise e exame, mantendo o que for
relevante e descartando o que no for,
at que o objetivo timo de propaganda
aparea, to claro e preciso quanto pos-
svel. Portanto, o briefing um processo
contnuo e cumulativo atravs de todos
os estgios do planejamento de propa-
ganda. Se cada estgio for corretamente
realizado, o passo seguinte torna-se
muito mais claro, fcil, certo e preciso.
Para Rafael, o briefing um processocontnuo e cumulativo atravs de todos
os estgios do planejamento de propaganda ][
Atitudes racionais e emocionais com relao a
preo, qualidade, utilidade, convenincia
Hbitos de compra e uso
Frequncia da compra e uso
Os Objetivos Objetivos estratgicos da empresa
Objetivos de marketing (da empresa, linha,
marca, produto ou servio) em termos de volu-
me, valor, participaes, ampliao de mercado e
rentabilidade
Objetivos de comunicao (quem e quantos
atingir, o que comunicar, que atitudes e respostas
se deseja motivar a curto e longo prazos)
Problemas (que dificultam atingir os objetivos)
Oportunidades (que facilitam atingir os objeti-
vos)
A Estratgia Bsica Ferramentas de comunicao sugeridas
Peas sugeridas e contedo bsico
Posicionamento (como a empresa, linha, pro-
duto, servio ou marca quer ser percebida no
mercado)
Approach criativo (sugestes)
Pontos obrigatrios a serem destacados ou evi-
tados
Target primrio ou secundrio
Mercados (regies e segmentos) a serem
cobertos
Meios de comunicao e veculos sugeridos
Perodo de veiculao desejado
Estilo (da empresa, linha, marca) a ser seguido
Verba disponvel
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BRIEFING
No processo de determinao de
quais influncias se quer exercer sobre
quais pessoas, quando e a que custo, as
informaes mais relevantes devem ser
as centradas no produto, mercado e
nas pessoas que devem comprar ou
influenciar a compra do produto.
A primeira pergunta, portanto, :
como saber qual a informao certa?
O melhor e mais rpido mtodo conhe-
cido, segundo Rafael, pelo questiona-
mento seletivo atravs de pessoas com
experincia em propaganda. Ou seja,
fazer perguntas com um objetivo defini-
do em vista. Isso importante porque
se o gerente de marketing ou de produ-
to escre