boletim nacional 36

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Os trabalhadores estão perce- bendo que a inflação voltou. A alta nos preços é generalizada, atin- gindo principalmente alimentos, transporte e aluguéis. Os números oficiais não refletem a realidade dos preços nos supermercados. O feijão subiu 66%, a carne 30%, o açúcar 18,5%, o frango 16%. Os mais pobres são os mais afetados: a cesta básica de alimentos au- mentou 17% no ano passado. Em quase todas as capitais do país, o transporte subiu muito acima da inflação. Os aluguéis aumenta- ram até 20% em São Paulo. As ta- rifas de luz vão subir novamente neste mês. A inflação é uma forma disfar- çada de arrocho salarial. As gran- des empresas podem pagar menos pelos salários dos trabalhadores, que estão desvalorizados. E elas aumentam seu lucro, reajustando os preços. O trabalhador só pode melhorar o seu salário uma vez por ano, enquanto os preços au- mentam a qualquer hora. Pior ainda, o reajuste do salário mínimo foi só 6%, ou seja, ficou abaixo da inflação oficial. Os de- putados e senadores que aprova- ram o salário mínimo não sofrem com a inflação. Eles se deram um aumento de 62% nos salários e a presidente Dilma recebeu um au- mento de 132%. A ação do governo para “com- bater a inflação” é completamen- te equivocada: aumento dos ju- ros! Isso só aumenta o lucro dos banqueiros e piora a situação dos trabalhadores que vão pagar mais pelas prestações de um eletrodo- méstico, de um móvel para sua casa. Nós defendemos uma ação imediata do governo, com redu- ção e congelamento dos preços, acompanhado de aumento geral de salários. PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO Boletim nacional Edição 36 - março.2011 www.pstu.org.br BASTA DE INFLAÇÃO! O aumento dos preços é uma forma disfarçada de desvalorizar os salários Reduzir e congelar preços e tarifas! Aumento geral de salários! feijão carne leite pão

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Basta de inflação!

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Os trabalhadores estão perce-bendo que a inflação voltou. A alta nos preços é generalizada, atin-gindo principalmente alimentos, transporte e aluguéis. Os números oficiais não refletem a realidade dos preços nos supermercados.

O feijão subiu 66%, a carne 30%, o açúcar 18,5%, o frango 16%. Os mais pobres são os mais afetados: a cesta básica de alimentos au-mentou 17% no ano passado. Em quase todas as capitais do país, o transporte subiu muito acima da inflação. Os aluguéis aumenta-ram até 20% em São Paulo. As ta-rifas de luz vão subir novamente neste mês.

A inflação é uma forma disfar-çada de arrocho salarial. As gran-des empresas podem pagar menos pelos salários dos trabalhadores, que estão desvalorizados. E elas aumentam seu lucro, reajustando os preços. O trabalhador só pode melhorar o seu salário uma vez

por ano, enquanto os preços au-mentam a qualquer hora.

Pior ainda, o reajuste do salário mínimo foi só 6%, ou seja, ficou abaixo da inflação oficial. Os de-putados e senadores que aprova-ram o salário mínimo não sofrem com a inflação. Eles se deram um aumento de 62% nos salários e a presidente Dilma recebeu um au-mento de 132%.

A ação do governo para “com-bater a inflação” é completamen-te equivocada: aumento dos ju-ros! Isso só aumenta o lucro dos

banqueiros e piora a situação dos trabalhadores que vão pagar mais pelas prestações de um eletrodo-méstico, de um móvel para sua casa.

Nós defendemos uma ação imediata do governo, com redu-ção e congelamento dos preços, acompanhado de aumento geral de salários.

Partido SocialiSta doS trabalhadoreS Unificado

boletim nacional edição 36 - março.2011 www.pstu.org.br

Basta de inflação! O aumento dos preços é uma forma disfarçada de desvalorizar os salários

Reduzir e congelar preços e tarifas!

aumento geral de salários!

feijão

carne

leite

pão

www.pstu.org.brTOME PARTIDO!Av. Nove de Julho, 925, Bela Vista - São Paulo - SP Tel: (11) 5581.5776 [email protected] twitter.com/pstu

Governo corta verbas sociais para pagar mais aos banqueirosDilma cortou R$ 50 bilhões do Orçamento, o maior corte da história. Serão menos R$ 3,1 bi-

lhões na Educação, menos R$ 5 bilhões no programa “Minha Casa, Minha Vida” e cortes grandes na Saúde.

Houve aplausos de todos os repre-sentantes dos bancos estrangeiros e das multinacionais. Os trabalhadores não têm motivos para comemorar.

A verdade é que o governo corta as verbas sociais para pagar a dívida aos

banqueiros. Em 2009 foram pagos R$ 380 bilhões dessa dívida, que já foi paga inúmeras vezes. Em 2011, meta-de de todo o Orçamento federal vai ser destinado ao pagamento dos bancos.

Dilma começou seu governo arro-chando o salário mínimo, e seu partido liderou o aumento vergonhoso nos sa-lários dos deputados e no da presiden-

te. Além disso, o governo deixa correr solta a inflação e corta as verbas sociais.

O PSTU adverte: Dilma está prepa-rando uma nova reforma na aposen-tadoria. O primeiro passo é reduzir a contribuição dos patrões para a Previ-dência. O segundo será o ataque contra as aposentadorias.

O PSTU propõe aos movimentos so-ciais sair à luta e exigir do governo o fim dos cortes no Orçamento e parar de pagar a dívida aos banqueiros. Só a mo-bilização dos trabalhadores pode parar esses ataques. Todo apoio às campa-nhas do funcionalismo público.

fala Zé Maria

No mesmo mês em que festejou PIB recorde, governo cortou R$ 50 bi

José Maria de Almeida, o Zé Maria, é presidente nacional do PSTU e foi candidato a presidente nas últimas eleições

todo apoio à Revolução áRaBe! não à intervenção do imperialismo na líbia!

Trabalhadores e jovens de todo o mundo olham com simpatia as lutas do povo árabe para derrubar as ditaduras sangrentas que exploram e oprimem esses países há décadas. Gigantescas mobilizações emocionaram o mundo e derrubaram os governos de Tunísia e Egito. As lutas se estendem para Marrocos, Argélia, Bahrein, Iêmen, Jor-dânia, chegando ao Iraque.

Nesse momento, o povo líbio está enfrentando a re-pressão violenta do ditador Kadafi, que usa aviões de combate contra a popula-ção. Está ocorrendo na Líbia um massacre que só tem

paralelo nos dias atuais com os ataques fascistas de Israel contra palestinos. Os setores de “esquerda” que apóiam Kadafi, como Fidel Castro e Hugo Chávez, co-metem um erro gravíssimo e apóiam o massacre do povo líbio.

O imperialismo apoiou durante décadas essas ditaduras, para garantir o controle do petróleo da região e proteger Israel, seu fiel aliado no Oriente Médio. Apoiou também Kadafi, desde que passou a controlar o petróleo líbio, hoje completamente en-tregue às multinacionais, em particular as da Europa.

Os governos imperia-listas dos EUA e da Europa discutem uma intervenção militar para tentar recu-perar seu domínio. Agora que o povo líbio se levantou contra Kadafi, o imperialis-mo se distancia dele para manter o controle do petró-leo. Exigimos do governo Dilma que rompa relações com a ditadura de Kadafi e apóie o povo rebelado.

todo apoio à revolução árabe!

fora Kadafi

abaixo a intervenção

do imperialismo

Apoiar Kadafi é um erro gravíssimo. É apoiar um massacre