boletim 2015-03 - unicafes nacional

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1 Boletim Eletrônico da Unicafes - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária SDS - Edifício Conjunto Baracat, nº 27 - Sala 408 - CEP: 70.300-000 - Brasília/DF | Tel: 55 (61) 3323.6609 www.unicafes.org.br | fb.com/unicafesnacional | twitter.com/unicafes Boletim Unicafes - Ano VI | Nº3 Brasília-DF, 07/02/2015 Unicafes reúne Diretoria e Conselho Administrativo para planejar 2015 Integrantes da Diretoria nacional e do Conselho Administrativo da Unica- fes realizaram em Brasília/DF a reunião de planejamento anual durante os dias 27, 28 e 29 de janeiro. Foi o primeiro momento ampliado de diálogo para planejar as atividades de 2015 - ano de comemoração dos 10 anos da organi- zação - e a própria gestão, iniciada no final do primeiro semestre de 2014. Durante os três dias de atividade, os(as) participantes apresentaram um panorama do trabalho das Uni- cafes estaduais, ressaltando avanços e dificuldades presentes no cotidia- no local. O grupo ainda se deteve na leitura detalhada da participação da organização nos espaços públicos, na- cionais e internacionais, de represen- tação (conselhos, fóruns e grupos de trabalho) nos temas da agricultura fa- miliar, economia solidária, segurança e soberania alimentar, entre outros. Uma nova composição de delegados e delegadas foi discutida, já adiantando o debate do posicionamento estraté- gico da Unicafes nos cenários políticos nacional e estaduais. Metade do encontro foi dedicado ao planejamento estratégico da Na- cional, momento que contou com a assessoria de Humberto Oliveira, ex-secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvol- vimento Agrário (MDA). O quadro de direcionamento estratégico da Unica- fes para o triênio 2014/2017 aponta para o desenvolvimento de seis eixos estratégicos, distribuídos como: “mar- co regulatório”; “políticas públicas”; “capacidades e identidades”; “proje- tos estratégicos”; “organicidade e in- tegração do sistema”; e “organizacio- nal e financeiro”. Mas a Diretoria e o Conselho ainda destacaram a importância de organi- zar o trabalho considerando quatro temáticas transversais: “território”; “gênero”; “geração”; e “cultura, cida- dania e meio ambiente”. Cada uma destas temáticas, passa por todos os eixos de maneira integrada, promo- vendo ações afirmativas não apenas no fortalecimento do cooperativismo e da agricultura familiar - foco da re- presentação nacional -, mas também buscando a equidade e a emancipação do ser humano. Os encaminhamentos do planeja- mento estratégico ainda passam por um processo de consolidação e vali- dação, antes de voltar para a base da Unicafes, com o desenho político de- finitivo. Ao final, o planejamento será tornado público através dos veículos de comunicação da organização. Diálogos buscam construir bases para uma democracia participativa. Objetivo é fortalecer o Crédito Solidário no NE. Ministros de Dilma recebem entidades e movimentos sociais ASCOOB Central discute ações para 2015 Página 04 Página 03 Foto: PAULo H. CARVALHo/MDA FOTO: TAMARA LOPES

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Edição de 07/02/2015 » Ano VI | Nº 03 » Brasília-DF

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Page 1: Boletim 2015-03 - Unicafes Nacional

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Boletim Eletrônico da Unicafes - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia SolidáriaSDS - Edifício Conjunto Baracat, nº 27 - Sala 408 - CEP: 70.300-000 - Brasília/DF | Tel: 55 (61) 3323.6609www.unicafes.org.br | fb.com/unicafesnacional | twitter.com/unicafes

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Boletim Unicafes - Ano VI | Nº3Brasília-DF, 07/02/2015

Unicafes reúne Diretoria e Conselho Administrativo para planejar 2015

Integrantes da Diretoria nacional e do Conselho Administrativo da Unica-fes realizaram em Brasília/DF a reunião de planejamento anual durante os dias 27, 28 e 29 de janeiro. Foi o primeiro momento ampliado de diálogo para planejar as atividades de 2015 - ano de comemoração dos 10 anos da organi-zação - e a própria gestão, iniciada no fi nal do primeiro semestre de 2014.

Durante os três dias de atividade, os(as) participantes apresentaram um panorama do trabalho das Uni-cafes estaduais, ressaltando avanços e difi culdades presentes no cotidia-no local. O grupo ainda se deteve na leitura detalhada da participação da organização nos espaços públicos, na-cionais e internacionais, de represen-tação (conselhos, fóruns e grupos de trabalho) nos temas da agricultura fa-miliar, economia solidária, segurança e soberania alimentar, entre outros. Uma nova composição de delegados e delegadas foi discutida, já adiantando o debate do posicionamento estraté-gico da Unicafes nos cenários políticos nacional e estaduais.

Metade do encontro foi dedicado ao planejamento estratégico da Na-

cional, momento que contou com a assessoria de Humberto Oliveira, ex-secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvol-vimento Agrário (MDA). O quadro de direcionamento estratégico da Unica-fes para o triênio 2014/2017 aponta para o desenvolvimento de seis eixos estratégicos, distribuídos como: “mar-co regulatório”; “políticas públicas”; “capacidades e identidades”; “proje-tos estratégicos”; “organicidade e in-tegração do sistema”; e “organizacio-nal e fi nanceiro”.

Mas a Diretoria e o Conselho ainda destacaram a importância de organi-zar o trabalho considerando quatro temáticas transversais: “território”;

“gênero”; “geração”; e “cultura, cida-dania e meio ambiente”. Cada uma destas temáticas, passa por todos os eixos de maneira integrada, promo-vendo ações afi rmativas não apenas no fortalecimento do cooperativismo e da agricultura familiar - foco da re-presentação nacional -, mas também buscando a equidade e a emancipação do ser humano.

Os encaminhamentos do planeja-mento estratégico ainda passam por um processo de consolidação e vali-dação, antes de voltar para a base da Unicafes, com o desenho político de-fi nitivo. Ao fi nal, o planejamento será tornado público através dos veículos de comunicação da organização.

Diálogos buscam construir bases para uma democracia participativa.

objetivo é fortalecer o crédito Solidário no Ne.

Ministros de Dilma recebem entidades e movimentos sociais

ASCOOB Central discute ações para 2015

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Boletim Unicafes - Ano VI | Nº3 • Brasília-DF, 07/02/2015 • www.unicafes.org.br

Cooperativismo e economia solidáriasão pautas de reunião em Sergipe

Unicafes participa da organização doFestival da Juventude Rural

O núcleo político do Circuito Integra-do de Cooperação e Economia Solidá-ria de Sergipe agendou para a próxima terça (dia 10/2) uma reunião para pla-nejamento de ações e elaboração do seu documento regulatório de funcio-namento. A atividade acontece na sede da Associação Comunitária de Moça Bonita, a partir das 7h30. Todos os em-preendimentos da Economia Solidária e parceiros do Cooperativismo em Sergi-pe estão convidados a participar.

Fazem parte do núcleo político do Circuito as seguintes entidades: Unica-fes Sergipe, Instituto de Cooperação para o Desenvolvimento Rural Susten-tável (ICODERUS), Associação das Co-operativas de Apoio à Economia Fami-liar (ASCOOB), Cooperativa Central de Transportes Coletivo Municipal, Inter-municipal e Interestadual Alternativo

Integrantes da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhado-ras Rurais da Contag (CNJTTR) inicia-ram na manhã de hoje (dia 5) reunião ampliada para concluir a organização do 3º Festival Nacional da Juventude Rural - que acontecerá em Brasília/DF, entre os dias 27 e 30 de abril próximo. A reunião segue até amanhã no Cen-tro de Estudo Sindical Rural (CESIR), na sede da Contag.

Antonino Cardoso, secretário de Ju-ventude da Unicafes Nacional, participa da atividade. Também estão representa-das a Juventude da CUT, CTB, Via Cam-pesina e de outras instituições. Os(as)

de Passageiros e Turismo do Estado de Sergipe (UNICOOPES), Central de Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado de Ser-gipe (CENTRAFES), EMPÓRIO (lojas de comercialização) e Fórum Estadual da Economia Solidária (FEES).

FORTALECER O COOPERATIVISMOO Circuito Integrado de Coopera-

ção e Economia Solidária é uma rede de organizações criada em fevereiro de 2013, com um foco voltado para a comercialização solidária em Sergipe. São várias cooperativas que participam do Circuito e todas são filiadas à Unica-fes SE. Um dos principais projetos que dão suporte ao Circuito Integrado é do MTE/SENAES, através da assessoria técnica ICODERUS.

A CENTRAFES é responsável por par-

participantes vão trabalhar em equipes para detalhar toda a proposta político--pedagógica, cultural e esportiva do Festival, definindo encaminhamentos e pendências. “A partir dessa unidade das entidades nacionais, a gente cons-trói também no ano de 2015 algumas pautas unitárias, chegando ao consenso naquilo que seja comum entre as enti-dades”, afirma Antonino.

Na abertura da reunião, a secretária de Jovens Trabalhadores(as) Rurais da Contag, Mazé Morais, desejou boas vin-das a todos(as) e motivou os participan-tes a construir uma reunião produtiva. “A partir daqui, com coragem e ousadia,

te da logística dos produtos das coope-rativas que são comercializados através das Feiras da Agricultura Familiar, PNAE e PAA. O FEES apresenta algumas orga-nizações para a comercialização de pro-dutos artesanais nestas feiras. A UNICO-OPES é responsável pelo transporte e o EMPÓRIO comercializa produtos na-turais, orgânicos, fitoterápicos da agri-cultura familiar, além de interagir com outras redes para a comercialização de produtos de outras regiões.

[+] SERVIÇOPlanejamento do Circuito Integrado de Cooperação e Economia Solidária de SergipeData: 10/02/2015Local: Associação Comunitária de Moita Bonita (Clube).Horário: 7:30

faremos do Festival da Juventude um momento importante da luta pelos di-reitos dos jovens trabalhadores rurais do Brasil”, destacou.

Também estava na abertura o presi-dente da CONTAG, Alberto Broch, que enfatizou a importância do tema “suces-são rural” para a juventude do campo. “É preciso que a gente se pergunte: quem vai produzir os alimentos do país daqui a 10, 20 ou 30 anos, e de que forma? Com as atuais dificuldades impostas pelas mudanças climáticas, quais serão as condições que teremos para manter nossos jovens no campo com qualidade de vida e de produção?”, questionou.

[ CIRCuITO InTEgRAdO

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O Sistema ASCOOB realizou na quin-ta (dia 5) um encontro com a equipe do projeto de Fortalecimento e Expansão do Cooperativismo de Crédito Solidá-rio nos estados da Bahia, Sergipe e Ala-goas. O trabalho foi realizado na sede da ASCOOB Central, no centro da cida-de de Feira de Santana/BA.

O projeto é fruto de convênio com a Secretaria Nacional de Economia Solidá-ria, do Ministério do Trabalho e Empre-go (MTE/SENAES). Ao todo, serão inves-tidos R$ 1.225.710,00 na dinamização e consolidação do Programa de Finanças Solidárias Cooperativa da ASCOOB, proporcionando melhor infraestrutu-ra e fortalecendo a Economia Familiar Solidária, através da democratização, expansão e acesso ao crédito orientado.

Tem como metas promover a inclusão e ampliação ao acesso a serviços finan-ceiros de pessoas excluídas nas coope-

rativas de crédito solidário; promover processos de planejamento, monitora-mento, acompanhamento, avaliação e sistematização para o processo de ex-pansão das finanças solidárias dentro das Cooperativas; capacitar agentes de crédito, dirigentes, entidades parceiras e para o processo de finanças solidárias;

e desenvolver ações de expansão do Cooperativismo de Crédito Solidário em territórios ainda não atendidos.

Participaram do encontro represen-tantes das cooperativas filiadas e con-veniadas à Central. O ponto central da pauta foi a avaliação da execução do projeto e planejamento das ações 2015.

[ CRédITO SOLIdáRIO

Sistema ASCOOB planeja açõesde fortalecimento para 2015

REPRESEnTAnTES dAS COOPERATIVAS FILIAdAS À ASCOOB CEnTRAL PARTICIPARAM dO PLAnEJAMEnTO

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Agricultores familiares recebem R$ 7,4 milhões em janeiro

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) paga, nesta semana, mais de R$ 7,4 milhões para agricultores familiares que ven-deram seus produtos para o Progra-ma de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea. No total, mais de 3,2 mil agricultores familiares, registrados no programa pelas prefeituras e governos estaduais, comercializaram produtos. O PAA tem o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas locais de agricultura familiar. Os produtos são destinados

às pessoas em situação de inseguran-ça alimentar, bem como àquelas aten-didas pela rede socioassistencial, nos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional (restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos) e nas instituições públicas ou filantrópicas de ensino. No mês de janeiro, as adesões municipais foram responsáveis pela maior parte do repasse: foram 3.173 agricultores em 97 municípios. Os recursos são de-positados diretamente na conta ban-cária dos agricultores familiares, que

podem sacar o dinheiro com cartão bancário específico do PAA ou utilizá-lo em operações de débito. Os pagamen-tos são feitos regularmente todo mês, o que permite que o agricultor receba o recurso, no máximo, 30 dias após cada entrega de produtos. A operação do programa também evita o desabas-tecimento das entidades que recebem os alimentos.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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Dois dos principais interlocutores do governo Dilma mantêm uma intensa e positiva agenda de diálogo com enti-dades e movimentos sociais nestes primeiros 60 dias de 2015. Na pauta, o firme propósito de construir as bases para o avanço da democracia partici-pativa. O ministro do Desenvolvimen-to Agrário (MDA), Patrus Ananias, e o secretário-geral da Presidência da República, ministro Miguel Rossetto, conversaram esta semana com a Ar-ticulação Nacional de Agroecologia (ANA) e com a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), respectivamente.

Patrus Ananias, desde seu discurso de posse no MDA, prometeu ampliar os mecanismos de democracia parti-cipativa, ouvindo conselhos popula-res e conferências regionais, além de dialogar com movimentos sociais, as-sociações e representantes religiosos. Rossetto, no encontro com a CNBB, defendeu que é preciso “acabar com o financiamento empresarial, na me-dida em que ele cria um processo de exclusão crescente na participação democrática, porque, cada vez mais, só quem dispõe de recursos participa do processo democrático”.

AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

O ministro do Desenvolvimento Agrário recebeu, nesta quinta (dia 5), o relatório do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), elaborado pelos mais de dois mil participantes de todo o Brasil, realizado em Juazeiro (BA). O documento foi entregue ao ministro pela Articulação Nacional de Agroe-cologia (ANA), que engloba diversos movimentos sociais. O relatório, que tem como tema “Cuidar da Terra, Ali-

mentar a Saúde e Cultivar o Futuro”, apresenta propostas para as crises atuais que a sociedade enfrenta.

Patrus destacou a importância do desenvolvimento rural sustentável para a Agricultura Familiar e a integra-ção dos movimentos sociais no debate do tema. “A ideia é que, futuramente, façamos um fórum, com um espaço bem amplo para discussões sobre os assuntos pertinentes à Agricultura Fa-miliar, estabelecendo um cronograma mínimo de ação”, adiantou.

O ministro reforçou ainda que é ne-cessário construir redes de apoio e de solidariedade, dentro e fora do go-verno. “Espero que a gente continue avançando nesse processo”, confes-sou. O uso de agrotóxicos foi um dos assuntos debatidos na terceira edição do Encontro de Agroecologia. “É um desafio produzir alimentos saudáveis, visto o uso de produtos químicos nas plantações”, afirmou Patrus.

O secretário executivo da ANA, De-nis Monteiro, disse que o papel do MDA na difusão da agroecologia no Brasil é fundamental. “A expectativa é

que o próprio MDA se fortaleça, para que tenha estrutura compatível com os desafios que a Agricultura Familiar propõe”, comentou.

Denis Monteiro ainda salientou a validade da proposta de fazer um diagnóstico do momento que o País vivencia e elaborar um conjunto de ações para o fortalecimento do setor de agroecologia. Como exemplos, ele citou a recuperação de sementes crioulas, o fortalecimento do mercado institucional e o papel do Estado na prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

MULhERES RURAISPolíticas públicas, linhas de créditos

específicas e serviços de Ater voltados para as agricultoras familiares tam-bém estavam na pauta do III ENA.

A representante dos movimentos sociais de mulheres da ANA, Elisabe-th Cardoso, acredita que o governo federal (bem como os estaduais) deve ter uma atenção especial com este público. “As mulheres ainda vivem em situação de desigualdade, em especial

[ REFORMA POLíTICA

Governo federal ouve movimentospopulares para ampliar democracia

PATRuS AnAnIAS RECEBEu O RELATÓRIO dO III EnA dO SECRETARIA EXECuTIVA dA AnA

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as do campo. É preciso que todos es-tejam atentos a isso”, frisou.

De acordo com Elisabeth, o docu-mento entregue ao Ministério é de grande importância para a Agricultura Familiar e para o País. “Esta carta é a voz das agricultoras e agricultores fa-miliares que estão trabalhando com agroecologia. São eles que garantem alimentos saudáveis para todos. O do-cumento é importante para mostrar que estamos fortalecendo a agroeco-logia no Brasil”, concluiu.

Participaram da reunião a Federa-ção dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Confederação Nacio-nal dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), União Nacional das Coope-rativas da Agricultura Familiar e Eco-nomia Solidária (Unicafes), Via Campe-sina e Rede Ecovida de Agroecologia.

GRANDE PROJETO DEMUDANÇA PARA O PAÍS

Também na quinta, o ministro Mi-guel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, visitou a sede da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil (CNBB) em Brasília/DF, e conversou sobre Reforma Política. O encontro é parte de uma série de di-álogos entre o ministro e a sociedade para debater o assunto.

A reunião com o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, também serviu para detalhar pontos considerados prioritários para a re-forma política. Entre eles, o fortale-cimento, por meio do voto em lista e partidos, a capacidade de acompa-nhamento e fiscalização da sociedade sobre os eleitos. “Isto permite que a sociedade acompanhe melhor seus

representantes, uma vez que há iden-tificação e acompanhamento das de-cisões partidárias”, disse Rossetto. Ele explicou que, na proposta em estudo, o que se pretende é que, inicialmente, o eleitor escolha em que partido vo-tará. Depois, ele escolherá, a partir da lista apresentada pelo partido, o can-didato em quem votará.

Na quarta (dia 4), no Palácio do Pla-nalto, o ministro recebeu uma comis-são responsável por organizar o ple-biscito popular por uma Constituinte Exclusiva pela Reforma Política. Um dia antes, o assunto foi debatido na IX Bienal da União Nacional dos Estu-dantes (UNE) e, na semana passada, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (oAB). Rossetto reafirmou a im-portância da mobilização da socieda-de civil diante da urgência da Reforma

ministro miguel rossetto dialoga com o presidente da cnBB, dom raymundo damasceno, e com o secretário-geral, dom leonardo steiner

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Política. Ele defendeu que o tema do fim do financiamento privado aos par-tidos e às campanhas eleitorais é deci-sivo para a ampliação da democracia e para a sociedade brasileira.

A consulta popular por uma Consti-tuinte Exclusiva, realizada no ano pas-sado por movimentos sociais, recebeu 7,7 milhões de votos coletados por cerca de dois mil comitês populares distribuídos por todo o país.

A comissão organizadora do plebis-cito popular defende o fim do finan-ciamento empresarial dos partidos

políticos e o estímulo à participação de gênero, da população negra, dos indígenas e da juventude.

CâMARA APROVA SEGUIMENTO DE PROPOSTA SObRE REfORMA POLÍTICA

Na terça (dia 3), o Plenário da Câ-mara dos Deputados aprovou a ad-missibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13. Desse modo, o tema passa diretamente para uma comissão especial.

A PEC 352/13 foi elaborada pelo Gru-

po de Trabalho (GT) de Reforma Política. Entre os assuntos que ela trata estão:

- o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais;

- O voto facultativo; - o fim da reeleição para presiden-

te, governador e prefeitos; - Uma mudança no cálculo das elei-

ções proporcionais; e - A coincidência das datas das elei-

ções, a cada quatro anos.

Fonte: Agência Brasil e Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA)

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A direção da Confederação das Co-operativas Centrais de Crédito Rural com Interação Solidária (Confesol) reu-niu-se na última semana em Florianó-polis para a primeira reunião de 2015 onde foram encaminhadas e debatidas importantes ações da Confederação para o ano. Durante o encontro os di-retores e assessores organizaram a programação do III Seminário Nacional da Confesol, que ocorre de 24 a 26 de fevereiro, em Brasília/DF, com objetivo de refletir de e debater o cenário atu-al e futuro da Agricultura Familiar e do Cooperativismo de Crédito. A perspec-tiva é reunir cerca de 200 representan-tes das cooperativas além dos painelis-tas e parceiros convidados.

Um dos pontos abordados na reu-nião foi a Consulta Pública do Banco Central do Brasil, sendo uma delas Diretoria da Confesol realiza reunião em Florianópolis sobre a proposta de auditoria cooperativa no segmento

de cooperativas de crédito, e ainda a consulta sobre a constituição, autori-zação e funcionamento das cooperati-vas, substituindo a resolução em vigor com destaque ao enquadramento em três tipos de cooperativas: cooperati-va de crédito clássicas, cooperativas de crédito plena e cooperativas de crédito de capital e empréstimo.

Além das consultas públicas do Ba-cen, a reunião também trouxe para o debate assuntos como a área de abrangência das Centrais, Fundo Ga-rantidor do Cooperativismo de Crédi-to – FGCoop e os processos assemble-ares das Centrais.

O II Seminário Nacional do Coopera-tivismo de Crédito Familiar e Solidário, realizado em 2013, tratou de temas como a qualificação na tomada de cré-dito e a política mais abrangente de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), capaz de ser parte de uma agri-cultura mais sustentável.

Diretoria da Confesol realiza reunião em Florianópolis

[ SEMInáRIO COnFESOL

Diretoria executivagestão 2014-2017

PRESIDêNCIA Luiz Possamai

VICE-PRESIDêNCIA

armindo dos Santos

SECRETARIA

Mauro Pereira dos Santos

DIRETORIA FINANCEIRA

Fagner araújo

DIRETORIA DE FORMAÇãO

carlos castro

SECRETARIA DE MULHERES

iara andrade

SECRETARIA DE JOVENS

antonino cardoso

JORNALISTA RESPONSáVEL

Marcelo inácio de Sousa(ce01244JP)

ESCRITÓRIO NACIONALSDS Conjunto Baracat, sala 408CEP 70.300-000 - Brasília/DF Fone: (61) [email protected]

www.unicafes.org.br fb.com/unicafesnacional twitter.com/unicafes

Boletim Unicafes - Ano VI • Nº3Brasília-DF, 07/02/2015

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