boletim informativo unicafes nacional

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1 Boletim Eletrônico da Unicafes - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária SDS - Edifício Conjunto Baracat, nº 27 - Sala 415 - CEP: 70.300-000 - Brasília/DF | Tel: 55 (61) 3323.6609 www.unicafes.org.br | fb.com/unicafesnacional | twitter.com/unicafes Boletim Unicafes - Ano V | Nº01 Brasília-DF, 05/04/2014 UNICOPAS NASCE para fortalecer o cooperativismo solidário As três grandes organizações na- cionais do cooperativismo integram, a partir de agora, a Unicopas (União Nacional das Organizações Coopera- tivistas Solidárias), reunidas em torno do objetivo de lutar pela concepção do cooperativismo solidário no Brasil e do desafio de representar nacional- mente cooperados de agricultura fa- miliar e economia solidária. Dirigentes da Unicafes (União Na- cional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Em- preendimentos Solidários) e Concrab (Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil) definiram em conjunto o Conselho Diretor e o Estatuto da Unicopas no último dia 30/1, em reunião histórica realizada em Brasília-DF. Por unanimidade, Luiz Ademir Pos- samai (Unicafes), Francisco Dal Chia- von (Concrab) e Arildo Mota Lopes (Unisol) foram eleitos, respectivamen- te, presidente, secretário e tesoureiro da Unicopas. “Muitas reuniões foram realizadas, principalmente nos últi- mos cinco anos, para o nascimento da organização”, relatou Possamai. De imediato, ela já nasce com grandes responsabilidades, em especial a tare- A terceira edição da Conferência Nacional de Economia Solidária está agendada para o mês de novembro, mas o processo de construção do Pla- no Nacional já começou nas bases. Municípios, territórios e estados articulam 3ª Conaes Ecoforte investe R$ 25 mi no fortalecimento da AF Cooperaçafrão irá fornecer para escolas no DF Página 03 Página 05 Página 04 fa de construir um novo Marco Legal do Cooperativismo, mais adequado ao processo de aprofundamento demo- crático em curso no país. Para Possamai, este é um passo que traz consigo grandes expectativas, principalmente porque estamos no Ano Internacional da Agricultura Fami- liar. É particularmente importante, de acordo com o presidente, agregar va- lor à produção da agricultura familiar e avançar para uma maior inclusão das mulheres no cooperativismo. Prioritariamente, a Unicopas traba- lhará com as pautas da Lei Geral do Cooperativismo; da Legislação Tribu- tária; do registro das cooperativas nas juntas comerciais; e da regulamenta- ção das cooperativas de trabalho. CONSOLIDAÇÃO A criação da Unicopas ocorreu na ocasião do I Encontro Inter-Organiza- cional do Cooperativismo Solidário, realizado nos dias 29 e 30/1, na sede da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), no Núcleo Bandeirante. A atividade contou com a presença dos ministros Gilberto Carvalho (SGP) e Pepe Vargas (MDA), do deputado federal Assis do Couto (PT/PR) e dos representantes Ademar Bertuci (FBES), Alessandra Duras (Contag), Chico de Oliveira (BN- DES), João Intini (CONAB), Paul Singer (SENAES / MTE) e José Caetano de An- drade (FBB). Leia mais em: www.unicafes.org.br DIRIGENTES DA UNICAFES, UNISOL E CONCRAB DEFINIRAM O CONSELHO DIRETOR E O ESTATUTO FOTO: DIVULGAÇÃO

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Edição de 05/04/2014 » Ano V | Nº 01 » Brasília-DF

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Page 1: Boletim Informativo Unicafes Nacional

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Boletim Eletrônico da Unicafes - União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia SolidáriaSDS - Edifício Conjunto Baracat, nº 27 - Sala 415 - CEP: 70.300-000 - Brasília/DF | Tel: 55 (61) 3323.6609www.unicafes.org.br | fb.com/unicafesnacional | twitter.com/unicafes

Boletim Unicafes - Ano V | Nº01Brasília-DF, 05/04/2014

UNiCoPAS NASCE para fortalecer o cooperativismo solidário

As três grandes organizações na-cionais do cooperativismo integram, a partir de agora, a Unicopas (União Nacional das organizações Coopera-tivistas Solidárias), reunidas em torno do objetivo de lutar pela concepção do cooperativismo solidário no Brasil e do desafio de representar nacional-mente cooperados de agricultura fa-miliar e economia solidária.

Dirigentes da Unicafes (União Na-cional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Em-preendimentos Solidários) e Concrab (Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil) definiram em conjunto o Conselho Diretor e o Estatuto da Unicopas no último dia 30/1, em reunião histórica realizada em Brasília-DF.

Por unanimidade, Luiz Ademir Pos-samai (Unicafes), Francisco Dal Chia-von (Concrab) e Arildo Mota Lopes (Unisol) foram eleitos, respectivamen-te, presidente, secretário e tesoureiro da Unicopas. “Muitas reuniões foram realizadas, principalmente nos últi-mos cinco anos, para o nascimento da organização”, relatou Possamai. De imediato, ela já nasce com grandes responsabilidades, em especial a tare-

A terceira edição da Conferência Nacional de Economia Solidária está agendada para o mês de novembro, mas o processo de construção do Pla-no Nacional já começou nas bases.

Municípios, territórios e estados articulam 3ª Conaes

Ecoforte investe R$ 25 mino fortalecimento da AF

Cooperaçafrão irá fornecerpara escolas no DF

Página 03

Página 05 Página 04

fa de construir um novo Marco Legal do Cooperativismo, mais adequado ao processo de aprofundamento demo-crático em curso no país.

Para Possamai, este é um passo que traz consigo grandes expectativas, principalmente porque estamos no Ano internacional da Agricultura Fami-liar. É particularmente importante, de acordo com o presidente, agregar va-lor à produção da agricultura familiar e avançar para uma maior inclusão das mulheres no cooperativismo.

Prioritariamente, a Unicopas traba-lhará com as pautas da Lei Geral do Cooperativismo; da Legislação Tribu-tária; do registro das cooperativas nas juntas comerciais; e da regulamenta-ção das cooperativas de trabalho.

CONSOLIDAÇÃO

A criação da Unicopas ocorreu na ocasião do i Encontro inter-organiza-cional do Cooperativismo Solidário, realizado nos dias 29 e 30/1, na sede da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), no Núcleo Bandeirante. A atividade contou com a presença dos ministros Gilberto Carvalho (SGP) e Pepe Vargas (MDA), do deputado federal Assis do Couto (PT/PR) e dos representantes Ademar Bertuci (FBES), Alessandra Duras (Contag), Chico de oliveira (BN-DES), João intini (CoNAB), Paul Singer (SENAES / MTE) e José Caetano de An-drade (FBB). Leia mais em:

www.unicafes.org.br

Dirigentes Da Unicafes, Unisol e concrab Definiram o conselho Diretor e o estatUto

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

[ eDitorial

Após alguns meses parado, o Boletim Unicafes re-torna à ativa com nova forma, inaugurando também um momento renovado no setor de Comunicação ins-titucional. Voltamos a contar com um profissional de referência para articular a rede de informações e isto já pode ser visto na página eletrônica e nas redes so-ciais da Unicafes Nacional.

Este profissional também vai facilitar os processos de diálogo — internos e externos — e é com ele que muitos de vocês vão trocar ideias sobre as melhores

formas de comunicar o trabalho feito, as dificuldades sentidas na base, as conquistas cotidianas. E para isso vale tudo: do celular ao recado no Facebook, da carta ao e-mail. Mas a conversa só acontece se dois (ou mais) falarem. Ficar calado não ajuda a crescer.

os processos de diálogo começam agora: este jornal é o primeiro contato. Retorne este e-mail confirman-do recebimento, dê um toque, atualize os contatos, mande umas fotos novas, qualquer sinal de fumaça vale! A partir de hoje, vamos dialogando.

Novo substitutivo para Lei Geral do Cooperativismo retoma polêmicas

A Lei Geral do Cooperativismo en-trou na pauta da Comissão de Agri-cultura e Reforma Agrária (CRA), na última semana de março, com a apre-sentação do substitutivo do senador Waldemir Moka (PMDB-MS).

No substitutivo, o relator aproveitou sugestões contidas no PLS 3/2007, do ex-senador osmar Dias (PDT-PR), e no PLS 153/2007, do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). No entanto, Moka op-tou por atualizar a Lei Geral do Coope-rativismo (Lei 5.764/1971), propondo alterações em diversos artigos e a re-vogação daqueles que não foram re-cepcionados pela Constituição de 88.

A medida não foi bem recebida. Além da 5.764/71 ser uma Lei criada no contexto dos anos mais difíceis da ditadura, ela possui uma série de tra-vamentos para o desenvolvimento do cooperativismo no país: reformá-la é remendar um tecido gasto.

Ciente destes fatores, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou um pedido de vistas, adiando a vo-tação por uma semana (para o dia 3, quinta). o texto altera a Lei Geral para determinar, entre outras medidas, que duas entidades nacionais repre-sentem o sistema cooperativista: a organização das Cooperativas Brasi-

leiras (oCB) e a União Nacional das or-ganizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas). Atualmente, a legislação atribui este papel apenas à oCB.

RETIRADA DE PAUTADiante do quadro instável, a Unicafes

articulou e participou de uma sequên-cia de reuniões intensa nos dias 1 e 2 de abril. Entre elas, um encontro com a senadora Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR) e ex-ministra da Casa Civil.

A articulação gerou também uma

Nota informativa sobre o PLS, cons-truída a partir das análises da Casa Civil e dos ministérios do Desenvolvi-mento Agrário e do Trabalho e Empre-go (MDA e MTE, respectivamente).

No dia 3, em nova reunião da CRA, o senador Waldemir Moka retirou o seu substitutivo da pauta, na presença de agricultores e agricultoras que compare-ceram à reunião. De acordo com o sena-dor, um novo substitutivo será redigido, mas ele não firmou compromisso com um prazo final para a entrega do texto.

[ marco legal

senaDores em votação Dos projetos na comissão De agricUltUra e reforma agrária

FoTo

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

A Fundação Banco do Brasil (FBB), em uma parceria com o Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lançou seu primeiro edital vinculado ao Programa de For-talecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção orgânica (Ecoforte).

o edital vai destinar R$ 25 milhões em investimentos sociais, que devem beneficiar cerca de 20 mil famílias de assentados da reforma agrária, agri-cultores familiares, indígenas, povos e comunidades tradicionais.

Voltado para redes de cooperativas e associações que atuam com agricultura orgânica e extrativismo de forma susten-tável, o Ecoforte vai selecionar 30 proje-tos em todo o país. As inscrições estão abertas até o próximo dia 16 de maio.

o Programa tem por objetivo apoiar projetos de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, vol-tados à intensificação das práticas de manejo sustentável de produtos da so-ciobiodiversidade e de sistemas produ-tivos orgânicos e de base agroecológica.

REDES PRIMEIROo edital foi dividido em duas etapas.

Na primeira, serão selecionadas redes de agroecologia, extrativismo e pro-dução orgânica. Na segunda, empre-endimentos relacionados à produção orgânica e de base agroecológica das entidades, participantes das redes se-lecionadas na primeira etapa, que rece-berão o apoio financeiro.

Podem receber apoio ações de for-mação e qualificação; assessoria (jurí-dica, contábil, sanitária e ambiental); elaboração de projetos; assistência téc-nica e extensão rural; gestão dos pro-cessos de negócios; entre outras.

Despesas com aquisição de máqui-nas e equipamentos novos; veículos;

equipamentos de proteção individual (EPi); e equipamentos de informática e software também estão entre os itens contemplados pelo edital.

PROJETOS NOS TERRITÓRIOSos territórios abrangidos por tais

projetos servirão também como refe-rência para as instituições integrantes do Acordo de Cooperação Técnica do Ecoforte intensificarem as suas políti-cas públicas.

os projetos territoriais deverão ado-tar metodologia capaz de fortalecer processos de desenvolvimento com uma escala ascendente de inclusão dos sujeitos individuais e coletivos.

o modelo de projeto e as orienta-ções para preenchimento constam no Modelo de Plano de Trabalho, disponí-vel para baixar na página eletrônica da FBB (e da Unicafes).

Serão apoiados projetos com valores de até R$ 1,25 milhão. O resultado fi-

nal será divulgado no Diário Oficial da União e na página da FBB.

ECOFORTEo Programa de Fortalecimento e

Ampliação das Redes de Agroecolo-gia, Extrativismo e Produção orgânica (Ecoforte) é parte integrante do Plano Nacional de Agroecologia e Produção orgânica (Planapo)/Brasil Agroecológi-co, determinado pela Política Nacional de Agroecologia e Produção orgânica (PNAPo), instituída pelo Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012.

o Ecoforte reconhece as tecnologias e os processos diferenciados de orga-nização e produção em bases sustentá-veis desenvolvidas pelas organizações da sociedade civil, com seus múltiplos atores, a partir do diálogo entre o sa-ber técnico e os conhecimentos tradi-cionais, propondo-se a apoiar as dinâ-micas sociais das redes relacionadas à agroecologia, extrativismo e produção orgânica, conectando ações e poten-cializando investimentos comuns.

o Programa prevê ainda a comerciali-zação dos produtos das redes, coopera-tivas e associações de pequenos produ-tores e, assim, aumentar a renda familiar dos participantes, possibilitando a inclu-são socioprodutiva deste público.

o Ecoforte conta com recursos de R$ 175 milhões, sendo R$ 100 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 50 mi-lhões de demais parceiros e R$ 25 mi-lhões do acordo firmado entre BNDES e Conab. o Banco do Brasil disponibilizará R$ 150 milhões em linhas de crédito.

[+] oUTRAS iNFoRMAçÕESo edital da seleção completo podeser baixado no link:http://cirandas.net/unicafes/ecoforte

[ oportUniDaDe

FBB e BNDES vão investir R$ 25 mi no fortalecimento da agricultura familiar

ECoFoRTE

R$ 25 milhões em investimentos sociais

serão destinados pelo Edital

20 mil famílias, aproximadamente,

devem ser beneficiadas

30 projetos serão selecionados

em todo o país.

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

o mês de março consolidou uma im-portante conquista para a Cooperati-va dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão), que participou e venceu, no ano passado, o Edital de Chamada Pública 02/2013 da Secreta-ria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEED-DF), para aquisição de gêneros alimentícios da agricultura fa-miliar para alimentação escolar.

A vitória na Chamada — que naque-la ocasião representou um importante passo na concretização do acesso à po-lítica pública de apoio à comercialização — acabou se transformando em um longo período de expectativa, encerra-do apenas no último dia 14 de março.

No final da primeira quinzena os re-presentantes da Cooperativa foram convocados para a assinatura do con-trato, referente à venda de 44 tonela-das de açafrão para a SEED-DF. A asses-soria de Comercialização da Unicafes, que apoiou a Cooperaçafrão durante todo o processo, acompanhou o presi-dente, Brasiliano Correia Filho, e o dire-tor administrativo, Zenino da Silva, na assinatura do contrato.

A previsão contratual é que estas 44 toneladas sejam entregues em quatro momentos, sendo que a primeira en-trega está prevista para o mês de abril.

Um espaço de tempo tão grande entre o resultado da Chamada Pública e a assinatura do contrato, de acordo com o assessor de Comercialização da Unicafes, Tarcirlei Brito, tem uma ex-plicação: “como a Secretaria de Educa-ção ainda estava com muito produto em estoque, a assinatura do contrato e a entrega dos produtos só se torna-ram realidade agora”, informa.

os produtores cooperados chega-ram a pensar que teriam dificuldades

na entrega do açafrão nas condições solicitadas pela Secrataria. Segundo o contrato, o produto precisa estar moído, mas a Cooperaçafrão não faz o armazenamento da produção desta forma. “Muitos dos nossos clientes compram o açafrão in natura e moer o estoque de antemão seria perder negócios”, assegura Brasiliano. Mas o prazo negociado para a entrega na SEED-DF garantirá o beneficiamento do produto.

Cooperaçafrão assina primeiro contratode fornecimento para escolas no DF

[ comercialização

Zenino da Silva aSSina contrato para fornecer 44 toneladaS de açafrão para a Seed-df

FoTo

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[ Dias 02 e 03Reunião de DiretoriaLocal: Sede da Unicafes NacionalHorários: a partir de 9 horas.

[ Dia 07Reunião com BNDESLocal: Sede do BNDES - Rio de JaneiroPauta: Avaliação de projetos em parceria.

[ Dia 217ª Reunião Extraordinária do CondrafPauta: Plano Nacional de Des. Rural Sustentável eSolidário (PNDRSS).Local: Edifício Pal. do Desenvolvimento (iNCRA)

[ Dias 23 e 24Reunião do Comitê Nacional de ATERLocal: Ed.Palácio do Desenvolvimento (dia 23)Pauta: Plano Safra da Agricultura Familiar

AGENDA Estes são alguns dos compromissos da Unicafes Nacional para o mês de ABRiL:

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

Após quatro anos da 2ª CoNAES, o Conselho Nacional de Economia Solidá-ria convocou a 3ª Conferência Nacional para novembro de 2014 (do dia 26 ao 29), com os seguintes objetivos:1. realizar balanço sobre os avanços, li-

mites e desafios da Economia Solidá-ria (ES) considerando as deliberações das conferências anteriores;

2. promover debate sobre o processo de integração das ações de apoio à ES fomentadas pelos governos e pela sociedade civil;

3. elaborar planos municipais, territo-riais e estaduais de ES; e

4. elaborar um Plano Nacional de Eco-nomia Solidária contendo visão de futuro, diagnóstico, eixos estratégi-cos de ação; programas e projetos es-tratégicos e modelo de gestão para o fortalecimento da ES no país.

A 3ª CoNAES será realizada em Bra-sília/DF e terá como tema: “Construin-do um Plano Nacional da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”.

Mas, de maneira diferente das con-ferências anteriores, a 3ª CoNAES terá outra estratégia metodológica: não se trata mais de construir um documen-to base para ser analisado, debatido e alterado (com supressão, adição ou alteração de um texto pré-definido). Para subsidiar o debate e o processo organizativo a Comissão organizadora Nacional elaborou dois documentos de orientação: um Texto de Referência (contendo reflexão sobre a contextua-lização e um breve balanço nacional), e um Caderno de orientações Metodo-lógicas Gerais, tratando o temário e os objetivos da 3ª Conferência.

É uma estratégia construída com o propósito de permitir a elaboração par-ticipativa de planos.

O qUE é UM PLANO NACIONAL?É um instrumento de orientação da

política pública, formulado a partir da análise do contexto e de uma visão de futuro, a partir dos quais são definidos objetivos e estratégias, prioridades, para sua operacionalidade que orien-tam a formulação de projetos e ações.

o Plano decorre, necessariamente, da Política Nacional. No caso da ES, ela foi formulada nas duas primeiras conferên-cias nacionais, quando definimos e de-talhamos a concepção e o conteúdo da política para apoio e fortalecimento da ES como estratégia para promoção do desenvolvimento sustentável e solidário.

Também foi definido o modelo de gestão, expresso na concepção do Sis-tema Nacional que articula as esferas de governos com as organizações da sociedade civil, além de um conjunto de instrumentos que viabilizam a sua exe-cução. Estes elementos da política pú-

3ª CoNAES pretende construir o Plano Nacional de Economia Solidária

[ conferência

blica estão expressos em projeto de lei.Como na ES o planejamento participa-

tivo é uma característica inerente, nada melhor que construir um Plano Nacio-nal de Economia Solidária em uma con-ferência pública, que possibilita o diálo-go e a expressão dos diversos interesses na busca de construção de proposições que orientem a ação do Estado e da so-ciedade civil.

Com efeito, o Conselho Nacional de-finiu que o tema da 3ª CONAES deverá ser desenvolvido de modo a articular e integrar as diferentes políticas públicas que abrangem a ES, garantindo a abor-dagem a partir dos eixos:1. CoNTEXTUALiZAção Do PLANo:

análise das forças e fraquezas (inter-nas) e das oportunidades e ameaças (externas) para o desenvolvimento da ES no atual contexto socioeconô-mico, político, cultural e ambiental nacional e internacional.

2. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS: defini-ções estratégicas considerando a análise do contexto, as demandas dos empreendimentos econômicos soli-dários, à luz dos princípios, práticas e valores da ES.

3. LiNHAS DE Ação E DiRETRiZES oPE-RACioNAiS: elaboração de diretrizes operacionais a partir de eixos estraté-gicos de ação que ofereçam subsídios à formulação de metas e atividades.

CALENDÁRIO DE CONFERÊNCIASAs conferências municipais e regio-

nais já estão acontecendo. Uma delas, a Conferência Regional de Economia Soli-dária da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que acontece no Centro Pú-blico de ES de Belo Horizonte, dia 8 de abril, a partir das 8 horas. Confira o ca-lendário das conferências no seu estado na página do FBES no Cirandas.net:

http://cirandas.net/fbes

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

os agricultores familiares que par-ticipam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) receberam, no mês de março, R$ 6,8 milhões do Ministé-rio do Desenvolvimento Social e Com-bate à Fome (MDS). No total, mais de 4,8 mil produtores venderam sua produção na modalidade Compra com Doação Simultânea.

os alimentos adquiridos são des-tinados ao atendimento de famílias em situação de insegurança alimen-tar e nutricional, por meio de entida-des da rede sócio-assistencial e insti-tuições públicas ou filantrópicas de ensino e de saúde.

os recursos, que referem à venda da produção no período de 14 de feve-reiro a 17 de março, são pagos direta-mente na conta bancária dos agricul-tores familiares, que podem sacá-los ou fazer compras em débito automá-tico com o cartão específico do Pro-grama. implantado em 2013, o paga-mento direto aos fornecedores agiliza o repasse de recursos e garante maior segurança na operacionalização.

Para o secretário nacional de Se-gurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, esta nova operação torna o processo mais sim-

ples e facilita o acompanhamento dos pagamentos aos produtores. “Esta forma de operar possibilita mais rapidez e transparência no con-trole e acompanhamento de todo o processo. Logo, temos um sistema mais ágil para o agricultor que forne-ce o alimento, com mais facilidade de gestão”, assegura o secretário.

Cada unidade familiar tem um li-mite de venda para o PAA de R$ 5,5 mil por ano na modalidade de Com-pra com Doação Simultânea. Além de fortalecer a produção agrícola, o Programa — que integra o Plano Brasil Sem Miséria — promove a se-gurança alimentar e nutricional da-queles que se encontram em situa-ção de vulnerabilidade.

Nos últimos 10 anos, o PAA investiu R$ 5,3 bilhões para a compra de qua-tro milhões de toneladas de produtos da agricultura familiar, beneficiando 388 mil famílias agricultoras.

[+] oUTRAS iNFoRMAçÕESNa página da Unicafes você encon-

tra o Novo Manual operativo do PAA, com informações sobre a modalidade Compra com Doação Simultânea.

Visite: www.unicafes.org.br

MDS repassou R$ 6,8 milhões aos agricultores familiares em março

[ polÍtica pÚblica

FoTo: ARqUiVo MDS

iNTERNETA Unicafes Nacional começa neste mês de abril com o projeto de facilitar projetos de comunicação via internet

para as Unicafes Estaduais. Seguindo a mesma política de utilização e valorização da ferramenta Cirandas.net adotada pela Nacional, a Assessoria de Comunicação institucional entrará em contato com as Estaduais para dar início a uma oficina de ativação de empreendimentos e de comunidades, que vão resultar em páginas eletrônicas com diversas funcionalidades e — a melhor parte — totalmente gratuitas.

A Comunicação seguirá um cronograma de atendimento das estaduais, mas você não precisa ficar esperarando a sua vez. Entre em contato pelo e-mail [email protected] e dê início a esta conversa, demonstrando interesse em saber mais como construir a página da Unicafes no seu estado. Conecte-se!

Page 7: Boletim Informativo Unicafes Nacional

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Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

o Encontro Nacional 4ª Conferên-cia + 2, promovido em março pelo Conselho Nacional de Segurança Ali-mentar e Nutricional (Consea), em parceria com o Ministério do Desen-volvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Câmara interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), buscou realizar um balanço das proposições da 4ª Conferência e apresentar propostas para o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Plansan).

A Declaração Política do Encontro, que aconteceu no Centro de Conven-ções israel Pinheiro, em Brasília-DF, reconhece os avanços realizados pelo governo na área, mas aponta uma sé-rie de desafios que precisam ser en-frentados para avançar na garantia do direito humano à alimentação ade-quada no país.

A atividade contou com mais de 350 pessoas entre conselheiros nacionais e estaduais/distrital da sociedade civil e do governo, além de representantes governamentais federais indicados pela Câmara interministerial de Segu-rança Alimentar e Nutricional (Caisan). Teve início no dia 18 de março e foi en-cerrado três dias depois, no dia 20/3.

Entre as estratégias pensadas para o evento estava a mobilização da sociedade civil e do governo para a

consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e para a efetivação da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN).

AMADURECIMENTO DO DEBATENathalie Beghin, coordenadora da

assessoria política da oNG instituto de Estudos Socioeconômicos (inesc) e conselheira do Consea, participou do evento como facilitadora do grupo de trabalho referente à agenda inter-nacional de segurança alimentar e nu-tricional e participou da elaboração da Declaração Politica.

Na sua avaliação, publicada na pá-gina do inesc (http://www.inesc.org.br/), “o encontro foi extremamente produtivo revelando o amadurecimen-to do debate que pode ser percebido na qualidade das propostas apresen-tadas para aperfeiçoamento do Plano. Fica claro que avanços expressivos fo-ram alcançados nos últimos anos, mas também é evidente que enormes lacu-nas precisam ser sanadas”, afirmou.

Para Beghin, os desafios atuais são: » A inaceitável insegurança alimen-

tar e nutricional que ainda atinge povos indígenas, povos tradicio-nais de matriz africana, quilombo-las e outros povos e comunidades tradicionais;

» A inexistência de uma política na-cional de abastecimento;

» A enorme consumo de agrotóxicos; » o ritmo lento dos processos que via-

bilizam a transição agroecológica; » A ameaça de quebra da moratória

ao uso de sementes terminator; » Os mecanismos insuficientes de

exigibilidade do direito humano à alimentação adequada; e

» A falta de regulação da publicidade de alimentos, entre outras.

A conselheira também defende que outro avanço a ser conquistado é a consolidação do sistema. “Precisamos integrar cada vez mais os estados e municípios e definir claramente as competências de cada ente da federa-ção na efetiva implementação da po-lítica nacional de segurança alimentar e nutricional”, explica. “os resultados do encontro oferecem o caminho que deveremos seguir no futuro próximo para buscar superar esses entraves”.

Encontro Nacional 4ª+2 discute Segurança Alimentar e Nutricional

[ mobilização

Page 8: Boletim Informativo Unicafes Nacional

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o Ministério do Trabalho e Empre-go (MTE) publicou no Dário Oficial da União (DoU) do último dia 24 de mar-ço a Portaria 373, que institui o Ca-dastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (CadSol).

Resultado de um amplo e longo debate dentro do movimento de Eco-nomia Solidária, o CadSol pretende reconhecer a identidade dos empre-endimentos econômicos solidários (EES) e facilitar o acesso dos mesmos às políticas públicas, inclusive para os grupos não formalizados.

A identidade e a publicidade dada aos EES permitirá o acesso às demais políticas públicas nacionais de finan-ciamento, crédito, aquisição e comer-cialização de produtos e serviços, en-tre outras ações.

A instituição do Cadsol integra ainda o processo de implantação do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidá-rio (SNCJS), responsável por fornecer um selo que será utilizado nos produ-tos oriundos de empreendimentos so-lidários com certificação.

NOVOS EMPREENDIMENTOSo Cadastro já começa contando com

uma base de 19.847 EES identificados pelo Sistema Nacional de informações em Economia Solidária (SiES).

o próximo passo é a publicação do Manual de orientações, que regula-mentará o procedimento da entrada de novos empreendimentos no CadSol.

Nos próximos meses este documen-to será lançado e começará a mobiliza-ção dos novos empreendimentos.

Mas é importante ficar muito aten-to a um detalhe: os empreendimen-tos já validados na base de dados do SiES até a data da portaria são con-siderados automaticamente cadas-trados no CadSol, mas sua condição de permanência do cadastro deverá ocorrer de acordo com o disposto nesta Portaria e no Manual de orien-tações do Cadastro.

[+] oUTRAS iNFoRMAçÕES:Acesso ao conteúdo da Portaria:http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/

visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=96&data=24/03/2014

MTE publica portaria que institui o cadastro nacional dos EES

[ comércio jUsto

DirEtoriA ExECutivAgestão 2011-2014

PRESiDêNCiA Luiz Possamai

VICE-PRESIDêNCIA Bárbara Paes de Lima

SECRETARiA

valons de Jesus Mota

DiREToRiA FiNANCEiRA

Silvio Ney Monteiro

DiREToRiA DE FoRMAção

Armindo a. dos Santos

SECRETARiA DE MULHERES

Célia Firmo

SECRETARiA DE JoVENS

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Boletim Unicafes - Ano V • Nº1Brasília-DF, 05/04/2014

Na 66ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, 2014 foi formal-mente declarado o “Ano internacional da Agricultura Familiar” (AiAF).

A organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura foi convidada a facilitar sua implementa-ção, em colaboração com governos, instituições internacionais, organiza-ções de agricultores e outras organiza-ções não governamentais relevantes.

o Ano internacional da Agricultura Familiar (AiAF14) visa a aumentar a vi-sibilidade da agricultura familiar e dos

pequenos agricultores, focalizando a atenção mundial em seu importante papel para o desenvolvimento susten-tável do planeta, particularmente nas áreas rurais.

A Unicafes convoca os agricultores e as agricultoras a fortalecerem as ativi-dades que marcam o AiAF14 no país. Acompanhem a agenda na página:

http://www.aiaf2014.gov.br/

2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar

Boletim Unicafes - Ano V | Nº1 • Brasília-DF, 05/04/2014 • www.unicafes.org.br

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