boletim informativo novo mundo - abril/2011

4
A pessoa humana é espelho da Trin- dade Santa, cuja imagem é refletida na família e revela sinais na socie- dade e no cosmos. Todavia, “é na Igreja que este augusto mistério de comunhão e de vida encontra sua mais visível ex- pressão histórica”. A Igreja tem seu fun- damento primeiro na ação de Deus-uno e trino, ou seja, a Igreja se fundamenta na tríplice obra de salvação, isto é, na encar- nação e redenção do Filho de Deus, Jesus Cristo, e no envio do Paráclito. Por isso, a Igreja, por definição, é a comunidade de fé. Com base nessa realidade, a unidade dos cristãos não reside numa manifesta- ção burocrática, mas numa interpenetra- ção dos fiéis entre si e com seus pastores, repercutindo no conjunto da Igreja através dos serviços e ministérios. A Igreja é construída sobre três eixos fundamentais: “sobre a fé, a celebração da fé e a organização em vista da coesão interna, da caridade e da missão no meio dos homens”. Através desses três mo- mentos, a comunidade concretamente se reúne, proclama e aprofunda a fé, celebrando a presença do ressuscitado e a atuação do Espírito Santo na história humana e especialmente na comunidade cristã, que se organiza no respeito mú- tuo entre si e com os pobres. Tanto a fé como a celebração e a organização cons- tituem a própria Igreja num dinamismo de vida e serviço. A comunhão na Igreja se realiza para além do religioso. Atinge um projeto social de comunhão na par- tilha dos bens, dos dons numa koinonia fraternal. Essa visão leva a entender o que Tertuliano quer dizer quando afirma que “a Igreja é o corpo das três pessoas divi- nas, querendo insinuar que através da fé, da participação no culto e da organização sagrada se dá a conhecer algo do mistério do Pai, da inteligência do Filho e do amor do Espírito Santo”. A eucaristia, reconhecida por cada comunidade e pelas outras, expressava a vivência da comunhão existente. Os fiéis eram recomendados por suas co- munidades quando se dirigiam a outra. Nessa prática da comunidade primitiva, autodefinida Communio Sanctorum, regida pelo princípio de comunhão, per- cebe-se que as atitudes, a práxis demon- stram uma verdadeira interpenetração das Igrejas locais, radicada, sobretudo na eucaristia. Acredita-se que a pericórese existente na vida trinitária de uma pes- soa na outra com a outra e para a outra, é um movimento que deve se realizar também na Igreja. Esta conexão exis- tente entre a Igreja e a Trindade vem afirmar que a comunhão trinitária ajuda criticamente a apreciar a forma como se organiza a Igreja. Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que “ela se inscreve na dimensão do mistério, pois em seu seio estão o Filho encarnado e o Espírito Santo como princípio de animação, san- tificação e comunhão”. Portanto, a Igreja não tem outra forma de se organizar senão a exemplo do modelo trinitário, e todos os critérios de sua organização institucional devem estar perpassados pelo dinamismo do mistério e o objetivo será sempre o cumprimento da missão e a instauração do reinado da Trindade. (Cf. FREIRE, Maria. Trindade – Cria- ção e Ecologia. São Paulo: Paulus, 2009, p. 179-189). “A TRINDADE: FUNDAMENTO DA COMUNIDADE” MENSAGEM À COMUNIDADE

Upload: nossa-senhora-da-esperanca-paroquia

Post on 22-Mar-2016

214 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Paróquia Nossa Senhora da Esperança Av. dos Eucaliptos, 556 - Jardim Novo Mundo Tel.: (11) 5531.9519

TRANSCRIPT

Page 1: Boletim Informativo Novo Mundo - Abril/2011

A pessoa humana é espelho da Trin-dade Santa, cuja imagem é refletida na família e revela sinais na socie-

dade e no cosmos. Todavia, “é na Igreja que este augusto mistério de comunhão e de vida encontra sua mais visível ex-pressão histórica”. A Igreja tem seu fun-damento primeiro na ação de Deus-uno e trino, ou seja, a Igreja se fundamenta na tríplice obra de salvação, isto é, na encar-nação e redenção do Filho de Deus, Jesus Cristo, e no envio do Paráclito. Por isso, a Igreja, por definição, é a comunidade de fé. Com base nessa realidade, a unidade dos cristãos não reside numa manifesta-ção burocrática, mas numa interpenetra-ção dos fiéis entre si e com seus pastores, repercutindo no conjunto da Igreja através dos serviços e ministérios.

A Igreja é construída sobre três eixos fundamentais: “sobre a fé, a celebração da fé e a organização em vista da coesão interna, da caridade e da missão no meio dos homens”. Através desses três mo-mentos, a comunidade concretamente se reúne, proclama e aprofunda a fé, celebrando a presença do ressuscitado e a atuação do Espírito Santo na história humana e especialmente na comunidade cristã, que se organiza no respeito mú-tuo entre si e com os pobres. Tanto a fé como a celebração e a organização cons-tituem a própria Igreja num dinamismo de vida e serviço. A comunhão na Igreja se realiza para além do religioso. Atinge um projeto social de comunhão na par-tilha dos bens, dos dons numa koinonia fraternal. Essa visão leva a entender o que Tertuliano quer dizer quando afirma que “a Igreja é o corpo das três pessoas divi-nas, querendo insinuar que através da fé, da participação no culto e da organização

sagrada se dá a conhecer algo do mistério do Pai, da inteligência do Filho e do amor do Espírito Santo”.

A eucaristia, reconhecida por cada comunidade e pelas outras, expressava a vivência da comunhão existente. Os fiéis eram recomendados por suas co-munidades quando se dirigiam a outra. Nessa prática da comunidade primitiva, autodefinida Communio Sanctorum, regida pelo princípio de comunhão, per-cebe-se que as atitudes, a práxis demon-stram uma verdadeira interpenetração das Igrejas locais, radicada, sobretudo na eucaristia. Acredita-se que a pericórese existente na vida trinitária de uma pes-soa na outra com a outra e para a outra, é um movimento que deve se realizar também na Igreja. Esta conexão exis-

tente entre a Igreja e a Trindade vem afirmar que a comunhão trinitária ajuda criticamente a apreciar a forma como se organiza a Igreja. Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que “ela se inscreve na dimensão do mistério, pois em seu seio estão o Filho encarnado e o Espírito Santo como princípio de animação, san-tificação e comunhão”. Portanto, a Igreja não tem outra forma de se organizar senão a exemplo do modelo trinitário, e todos os critérios de sua organização institucional devem estar perpassados pelo dinamismo do mistério e o objetivo será sempre o cumprimento da missão e a instauração do reinado da Trindade. (Cf. FREIRE, Maria. Trindade – Cria-ção e Ecologia. São Paulo: Paulus, 2009, p. 179-189).

“A TRINDADE: FUNDAMENTO DA COMUNIDADE”

MENSAGEM À COMUNIDADE

Page 2: Boletim Informativo Novo Mundo - Abril/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 2

A PASTORAL PAROQUIAL

A tendendo ao chamado: Paróquia, torna-te o que tu és, a nossa comu-nidade paroquial mergulha na

História da Salvação e em sua própria história nesta Quaresma 2011, com o in-tuito de renovar seu ardor missionário. Segundo a Carta Pastoral de Dom Odilo dirigida às comunidades paroquiais da Arquidiocese de São Paulo, a vida e a missão da paróquia pode ou não propi-ciar uma experiência concreta do encon-tro com o Cristo e da comunhão eclesial. Faz-se pertinente deixar ecoar dentro de nós estes questionamentos: Para quê existe mesmo a paróquia? Sua paróquia consegue atender, de maneira adequa-da, à tríplice missão da Igreja?

“Com o passar do tempo, talvez te-nham sido criadas imagens e posturas nem sempre adequadas, que não tradu-zem bem o que a Igreja entende por “paróquia”. A paróquia tem um território e uma igreja-mãe, ou matriz, que são confiados aos cuidados pastorais de um sacerdote. Há também paróquias “pes-soais” e “ambientais”, sem um território definido, mas igualmente confiadas a um sacerdote. O Direito Canônico de-fine a paróquia como “uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavel-mente na Igreja particular, e seu cuidado é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo dio-cesano” (cf. cân. 515).

ABRIL: O MÊS DO 40º ANIVERSÁRIO!

De fato, porém, a paróquia não pode ser identificada simplesmente com a “igreja matriz”, ou com algum ponto de atendimento para serviços religiosos, ou com uma instância burocrática e organi-zativa da Igreja. A paróquia é, acima de tudo, uma comunidade de pessoas, uma porção do Povo de Deus, que se congrega concretamente e de forma organizada em nome de Cristo. Confiada aos cuidados pastorais de um Ministro ordenado (Pa-dre), que a reúne e serve nas coisas de Deus e da Igreja, forma na fé, anima e conduz na esperança e na caridade. A paróquia, com suas muitas comunidades menores e or-ganizações eclesiais, é a verdadeira “Igreja-na-base”, onde a vida e a missão da Igreja acontecem de maneira concreta.

CATEQUESE DA CONFIRMAÇÃOFORMAÇÃOTEOLÓGICA E BÍBLICA

P rezado paroquiano, se houver in-teresse de sua parte em aprofun-dar seus conhecimentos bíblicos e

teológicos, não deixe de participar das for-mações oferecidas mensalmente em nossa comunidade, conforme programação di-vulgada neste Informativo. Elas são aber-tas a todos os paroquianos e interessados, sem necessidade de inscrição prévia.

Às pastorais e grupos também tem sido oferecida a oportunidade de dia-logar fundamentações bíblicas, teológi-cas e pastorais específicas àquela área, caso este da Pastoral do Batismo, da Liturgia, da Família e dos Ministros Ex-traordinários da Sagrada Comunhão.

M uitas vezes encontramos neles [os jovens] uma abertura es-pontânea à escuta da Palavra de

Deus e um desejo sincero de conhecer Jesus. De fato, na idade da juventude, surgem de modo irreprimível e sincero as questões sobre o sentido da própria vida e sobre a direção que se deve dar à própria existência.

A estas questões só Deus sabe dar verdadeira resposta. Esta solicitude pelo mundo juvenil implica a coragem de um anúncio claro; devemos ajudar os jovens a ganharem confidência e familiari-dade com a Sagrada Escritura, para que seja como uma bússola que indica a estrada a se-guir (Verbum Domini, n. 104 – Bento XVI).

Na paróquia torna-se presente e se realiza a tríplice missão de Cristo – o anúncio da Boa Nova, a santificação da humanidade e o serviço pastoral – que é a razão de ser da vida e da ação de toda a Igreja e também de cada paróquia. Jesus Cristo continua vivo e presente no meio daqueles que estão congregados em seu nome; e entre eles continua a exercer sua missão no mundo; não sozinho, mas contando com a participação de todos os seus discípulos missionários, aos quais concede a assistência do seu Espírito.” Disponível em: http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/Car-ta_pastoral/01.htm#3. Vida e missão da paróquia. Acessado em: 20 de Março de 2011.

Por isso, queridos paroquianos, va-mos trabalhar juntos neste esforço de evangelização sugerido pelo Santo Padre. Incentivem os seus familiares que ainda não completaram a sua Iniciação Cristã

para que participem do próxi-mo ciclo de preparação para

o Sacramento da Confir-mação (Crisma). Ele terá início no dia 14 de Maio, com a Missa das 16h aqui em nossa Paróquia.

Os jovens interessados e os adultos que ainda não rece-

beram algum dos sacramentos de iniciação (batismo, eucaristia e/ou confir-mação) poderão se inscrever na Secretaria da Paróquia, durante a semana, ou na mesa da Pastoral do Dízimo, após as missas.

Page 3: Boletim Informativo Novo Mundo - Abril/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PG 3

ATIVIDADES ABRIL/20111 Via Sacra: na Igreja, às 17h30.

7 Curso Bíblico: no Salão Superior, às 20h30.

9 Preparação para Batismo: no Salão Paroquial, das 8 às 12h.

10 Celebração do Batismo: na Igreja.

12 Celebração Penitencial de Quaresma: na Igreja, às 15h e 20h30.

15 Via Sacra: na Igreja, às 17h30.

16 Missa e Bênção dos Ramos: na Igreja, às 16h.

17 Missa e Bênção dos Ramos: na Igreja, às 8h30, 11h e 19h.

19 Conselho Administrativo Paroquial, no Salão Superior, às 18h30. Reunião Equipes dos 40 ANOS, no Salão Superior, às 20h30.

21 Missa do Lava Pés e Santa Ceia: na Igreja, às 19h.

22 Celebração Penitencial: na Igreja, às 10h.Via Sacra: no Salão Paroquial, às 15h.Liturgia da Paixão do Senhor: na Igreja, às 16h. Encenação da Paixão de Cristo: na Igreja, às 17h.

23 Missa da Vigília Pascal: na Igreja, às 19h.

24 Missa da Páscoa da Ressurreição: na Igreja, às 8h30, 11h e 19h.

26 Adoração SS. Sacramento: na Igreja, às 14h.Chá da Tarde: no Salão paroquial, às 15h.Missa: na Igreja, às 18h.Conselho Pastoral Setor: na N. Sra. Saúde, às 20h30.

27 Missa e Tríduo de N. Sra. Esperança: na Igreja, às 18h.Terço Vivo: na Igreja, às 20h30.

28 Missa e Tríduo de N. Sra. Esperança: na Igreja, às 18h.Jantar Dançante: no Buffet Actuel, às 20h.

29 Missa e Tríduo de N. Sra. Esperança: na Igreja, às 18h. Fotos/Filme: História da Paróquia: no Salão Paroquial, às 20h30.

30 Missa: na Igreja, às 16h.Mesa Redonda: uma História de Fé: no Salão Paroquial, às 19h.

1/5 Missa solene/Café da Manhã: na Igreja/Salão paroquial, às 8h30.Missa solene/Almoço: na Igreja/Salão paroquial, às 11h.Procissão e Missa Solene: na Igreja, às 18h30.

Segunda a Sexta-feira: Narcóticos Anônimos das 20h às 22h (Salas Inferiores).Terça-feira: Pastoral da Caridade - 14h às 16h30 e Catequese - 18h30 às 19h30 (Salas Inferiores) . Quarta-feira: Catequese - 18h30 às 19h30 (Salas Inferiores) e Pastoral da Amizade às 20h (Salão Paroquial).Quinta-feira: Catequese - 8h30 às 10h e 14h às 15h30 (Salas Inferiores).Segunda-feira: Grupo Gente Ativa das 13h45 às 17h30 (Salão Paroquial).

EXPEDIENTE PAROQUIALMISSAS: Terça à Sexta, às 18h • Sábado, às 16h • Domigo, às 8h30,11h e 19h.

SECRETARIA: Segunda, das 13h30 às 17h30 • Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30e das 13h30 às 17h30 • Sábado, das13h30 às 17h30

Informações pelo tel./fax.: (11) 5531-9519ou pelo e-mail: [email protected]

PASTORAL DO DÍZIMO

CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL

PASTORAL DA FAMÍLIA

PASTORAL DA LITURGIA

O Dízimo é uma doação espontânea. Os cristãos são co-responsáveis pela Igreja e seu trabalho religioso,

social e missionário. Com alegria comu-nicamos a adesão dos novos Dizimistas: Maria José do Carmo, Sonia Maria Ro-drigues, Veneranda P. Avillano, Mar-garida Santoro, Yukiko Aoki, Baltazar Di Domenico, Elias da Motta Silveira, Marli Facure Santiago, Antonio Carlos P. Pereira, Daise Aparecida Oliveira, Darcy

O Conselho esteve ordinariamente re-unido no dia 15 de Março, quando foi dialogada a caminhada pastoral

da comunidade e repassada aos mem-bros a Carta Pastoral da Arquidiocese, “Paróquia, torna-te o que tu és”. Conforme a proposta do Conselho de Pastoral da Ar-quidiocese, todos farão a leitura e reflexão sobre a mesma, pontuando com a re-alidade evangelizadora da nossa comuni-dade paroquial. Ainda nesta reunião revi-mos a programação e encaminhamentos das festividades dos 40 Anos da Paróquia.

N o dia 13 de Março aconteceu o 1º Encontro de Noivos de 2011 de nossa Paróquia. Dezesseis casais

participaram da Preparação para o Ma-trimônio e celebraram a Eucaristia em nossa comunidade paroquial. Fazemos votos de que a vida familiar lhes seja fa-vorável e que “ninguém separe o que Deus [unir]”. Obrigado a toda a Equipe, vincu-lada à Pastoral da Família, que fez acon-tecer este serviço pastoral e evangelizador.

No mesmo diapasão, ocorreu em 21 de Março mais um encontro de Partilha da Pastoral da Família, cujo enfoque foi sobre a beleza da experiência familiar na escuta da Palavra de Deus.

N o dia 14 de Março a Pastoral da Liturgia realizou seu 2º Encontro de Formação sobre O sentido e

a espiritualidade da Quaresma e do Tempo Pascal, com a assessoria da profa. Elza Helena de Abreu. No firme propósi-to de celebrar vivamente o mistério da paixão-morte-ressurreição de Cristo, a Pastoral da Liturgia está organizando não só as celebrações por ocasião da Semana Santa, mas também a Encenação da Paixão de Cristo na Sexta-feira Santa. Os ensaios já tiveram início e os interessados em participar, por gentileza procurem os coordenadores da Liturgia, Diego e Wel-lington, bem como as pessoas das equipes de celebração D. Vitória (8h30), Nadia ou Antonio (11h) ou a própria secretaria pa-roquial no seu horário de expediente.

C. Pantaleão, Fernanda H. do Canto, Lauro H. L. Villela, Clarindo Corazza, Maria Alice Martins Delmanto, Raquel Aparecida Mancilha e Sandra Regina Principesca. Deus lhes pague!

SEMA

NA

SAN

TASEM

AN

A D

A FESTA

DA

PAD

ROEIRA

Page 4: Boletim Informativo Novo Mundo - Abril/2011

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 4

N a 5ª Feira Santa nós celebramos a Instituição da Eucaristia e do Sa-cerdócio. A morte de Jesus não

deve destruir a esperança de ninguém. Na ceia Jesus dispõe-se a animar a esperan-ça de seus discípulos. Conforme o cos-tume judeu Ele põe-se de pé, toma o pão nas mãos, pronuncia a bênção de Deus, parte e pão e distribui um pedaço a cada um. Mas naquela noite acrescenta umas palavras que dão um conteúdo novo a seu gesto. Enquanto distribuía a eles o pão, lhes disse: “Isto é meu corpo”. Eu sou este pão. Vede minha entrega por amor até o fim para que chegue a vós a bênção do Reino de Deus. Após a refeição con-

D epois, foram ter com Ele os dis-cípulos de João, dizendo: “Por que é que nós e os fariseus jejuamos

e os teus discípulos não jejuam?” Jesus respondeu-lhes: “Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão de jejuar.”

No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum: [...] “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a pala-vra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum tem portanto como fi-nalidade comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (Cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao man-damento do Senhor “de não comer o fru-to da árvore da ciência do bem e do mal,” com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na Sua bondade e misericórdia. [...]

Nos nossos dias, a prática do jejum  pa-rece ter perdido um pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cul-tura marcada pela busca da satisfação ma-terial, o valor de uma medida terapêutica para a cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para os crentes é em primeiro lugar uma «tera-

“ENTÃO, HÃO DE JEJUAR”

A NOVA ALIANÇA PELO SANGUE DE JESUSvida os discípulos a beberem numa única taça: a Sua. Esta taça é a Nova Aliança em meu sangue. Minha morte abrirá um fu-turo novo para vós e para todos.

O pão e a taça de vinho hão de evocar para eles a festa final do Reino de Deus; a entrega desse a cada um e a participação na mesma taça lhes trarão à memória a en-trega total de Jesus. “Por vós”: estas palavras expressam o que vai ser agora sua morte: Ele desejou oferecer a todos, em nome de Deus, acolhida, cura, esperança e perdão.

Em cada Eucaristia nós atualizamos o que aconteceu há dois mil anos. Jesus não nos deixa sós, Ele está presente e anima a comunidade com sua presença

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

40 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

PALAVRA DO PÁROCO

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALAno XV • Edição 156 • Abril/2011 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

pia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus. [...]

Com o jejum e com a oração permi-timos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus. Ao mesmo tempo, o jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos nos-sos. Na sua Primeira Carta, São João (3, 17) admoesta: “Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessi-dade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?” Jejuar volun-tariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre

o irmão que sofre. Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Pre-cisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola. Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã. (Cf. Comentário ao Evangelho de Mt 9, 14-15: Papa Bento XVI – Mensagem para a Quaresma de 2009)

eucarística, alimentada por Ele mesmo e dedicada a abrir caminho para o Reino de Deus, numa atitude de serviço humil-de e fraterno, com a esperança posta no reencontro final.

Fraternalmente,Cônego Dagoberto Boim