aviacao agricola
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AVIAÇÃO AGRÍCOLA
DIEGO DAMIANO DA SILVAEDUARDO HENRRIQUE PINHEIRO GONÇALVES
FÁBIO MEDINA CÂNDIDOHÉLIO RICARDO SILVA ALMEIDA
JORDANNA SILVA FERREIRAJULIANO MALAQUIAS GARCIA
MAXIMILIANO DE ANDRADERAPHAEL ROBERTO PORTES
SINVAL AGUIAR COSTA JÚNIORWELLINTON ALVES BARBOSA
HISTÓRIA DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA
Alfred Zimmermann, alemão, foi o idealizador da aviação agrícola, com a idéia de usar
aviões com pulverizadores para o controle de pragas (lagartas). No dia 29 de março de 1911
registrou sua patente sobre a idéia através do Diploma Legal de Invento nº. 247028, classe 45K,
grupo 4/35 do Imperial Patente Office de Berlin, por tal feito Zimmermann é considerado
mundialmente o “Pai da Aviação Agrícola”. O Inspetor Florestal Alfred Zimmermann, pelo seu
feito entrou para a história da aviação, vindo a falecer nem 31 de janeiro de 1964, aos 88 anos, na
cidade de Lürschau, oeste da Alemanha.
No dia 03 de agosto de 1921, foi à primeira aplicação conhecida, o qual, C.R.
Neillie e J.S. Houser pertencentes respectivamente ao Departamento de parques de Cleveland e da
Estação Experimental de Agricultura de Ohio/E.U.A., próximos a Cidade de Troy, utilizando uma
aeronave Curtis JN-6H, bi-plano do exército, aplicaram arseniato de chumbo para combater áreas
infestadas por lagartas, obtendo 99% de controle. O combate era realizado da seguinte forma: um
passageiro reunia o inseticida arseniato de chumbo nas mãos e o jogava no local “desejado”. O 1º
Vôo ocorrido e noticiado em 22 de agosto em um semanário aéreo e posteriormente documentado
e publicado em março de 1922 pelo National Geografic, com circulação mundial.
O primeiro país a experimentar esta técnica foi no oeste europeu, Suíça. Em 8 de Julho de
1922 inicia aplicações na Rússia, em Chodysnk, pelo Prof. V.F. Boldyrev. No ano de 1923, surge
a 1º empresa de Aviação Agrícola no mundo HUFF-DALAND Dusters, possuindo 18 aeronaves,
tendo como fundador C.E. Woolman e com fabricação própria dos modelos HUFF-DALAND 5
Puffer,originando a empresa Delta Air Lines para o transporte de passageiros.
Com o aparecimento dos grirocópteros e helicópteros em 1938 surge à empresa New Giro
Associates, operando com autogiros do tipo Pitcairm PCA-2 nas culturas de Nova Jersey e
Pennsylvania. Ao ano de 1944 experimentos conduzidos através do Dr. W.E. Ripper ensaia a
aeronave Sikorski R4 (helicóptero) para a avaliação do efeito Downwash (movimento descendente
de partículas) provocado pelo rotor e pás de hélice da aeronave na aplicação agrícola.
Com encerramento da 2º Guerra Mundial, pilotos e aviões em razão da desativação de
diversas aeronaves militares, como a Vultee BT-15, Sterman PT-17, relacionado ao surgimento da
indústria aeronáutica de aeronaves leves (PA-12, Piper J-3, PA-18, Aeroncas, Cesnas 180 e 170,
Faichild F-24, Stinsons) entre outras, faz com que a aviação agrícola tome um dos seus maiores
impulsos a nível mundial.
Ao final da década de 50, aviões excedentes a baixo custo colocam em operação as
primeiras aplicações para combate a incêndios florestais com aeronaves Air Tankers, iniciando
outra modalidade de aplicação. Neste período também nos E.U.A., Califórnia, inicia-se as
aplicações noturnas, surgem novos equipamentos, helicópteros Bell 47 começam entrar em escala
comercial na agricultura. 1947, a Argentina adquiriu os helicópteros Bell 47, iniciando suas
atividades em aplicação aérea, devido aos grandes ataques por pragas de gafanhotos.
A National Flying Farmers Association e Administração em parceria com o Colégio de
Agricultura Mecânica do Texas (Texas A&M Colege) e o Departamento de Agricultura dos
E.U.A., preocupados no emprego de aeronaves dos mais diferentes tipos adaptadas para as
aplicações aéreas, resultando um grande numero de acidentes, iniciaram um projeto sob o
patrocínio da administração civil Aeronáutica através do Texas A&M. Colege em 1949/1950
iniciaram a construção da primeira aeronave projetada e construída para fins de aplicações aéreas,
com todos os requisitos de eficiência e segurança. O protótipo recebeu o nome de AG-1,
realizando o seu primeiro vôo no dia 01/12/1950, sendo bem o seu projeto bem sucedido, que veio
a servir de base (conceitual) para todos os projetos de aeronaves comerciais agrícolas
subseqüentes.
Aviação Agrícola no Brasil
Em 1947 foi realizado o primeiro vôo agrícola no Brasil, mais precisamente em Pelotas, no
Rio Grande do Sul. O Engenheiro Agrônomo Leôncio Fontelle e o Piloto Clóvis Candiota
aplicaram produtos químicos objetivando o controle de gafanhotos.
A aviação agrícola foi oficial e formalmente reconhecida no Brasil em 07/10/1969, através
do DL No.917. Esse Decreto de Lei foi regulamentado pelo Decreto No. 86.765 de 22/12/1981.
No ano de 1950, iniciaram as aplicações aéreas de BHC na cultura do café. Nessa mesma
época foram criadas as "Patrulhas de Tratamento Aéreo" do Ministério da Agricultura (PATAE).
No ano de 1956 a empresa Sociedade Agrícola Mambú Ltda. donos de extensas áreas de
bananas na região de Itanhaém-SP, começou realizar aplicações aéreas objetivando o controle do
mal de Sigatoka com uma aeronave biplana Stearman.
A empresa Sociedade Agrícola Mambú, foi buscar conhecimento sobre a tecnologia de
aplicação no Equador, onde essa tecnologia de controle da Sigatoka estava sendo bastante
desenvolvida. Na aeronave Stearman foi adaptado um tambor de 200 litros no assento traseiro,
uma bomba centrífuga eólica e dois pulverizadores fabricados pela própria empresa. Conseguiram
na época ótimos resultados no controle do mal de Sigatoka com essa tecnologia desenvolvida.
Décadas de 60, 70, 80 e 90
No ano de 1965 foi criada a empresa Seara Defesa Agrícola Vegetal Ltda. que desenvolveu
a tecnologia de aplicação aérea UBV (Ultra Baixo Volume) na cultura do algodão.
Na década de 70 houve um grande desenvolvimento nos trabalhos de aplicação aérea, mas
na década de 80 os trabalhos de aplicação aérea entraram em decadência pela falta de tecnologia.
Em 1970 nasce EMB-200 ou Ipanema, primeira aeronave agrícola produzida pela Embraer
produziu o seu primeiro avião agrícola.
No início da década de 90, começou um ligeiro crescimento nos trabalhos de aplicação
aérea de agro-químicos acompanhando o grande desenvolvimento das culturas da soja e do
algodão no cerrado dos Estados do Mato Grosso e Goiás.
No final da década de 90 muitas novas tecnologias começaram a ser utilizadas pela aviação
agrícola no Brasil. Novas pontas de pulverização foram desenvolvidas, novas barras de
pulverizações aerodinâmicas, aperfeiçoamento dos equipamentos nacionais e o GPS.
De todas essas novas tecnologias foi o GPS a que mais se destacou, pois funcionou como
um certificado de garantia de boa aplicação e, com certeza, foi responsável pelo fechamento de
muitos contratos de aplicação aérea com muitos produtores.
Atualmente, no Brasil existem cerca de 1.500 aviões agrícolas em operação. O mercado
potencial para essas aeronaves é de 10.000 unidades. Esse potencial de mercado leva em
consideração somente as áreas agrícolas atualmente exploradas e não levam em consideração
ainda as áreas com possibilidades de exploração. Por exemplo, o Estado do Mato Grosso ainda
tem aproximadamente 60% do potencial de áreas agrícolas para serem exploradas pelas extensivas
culturas da soja e do algodão.
Poderemos observar nos próximos anos um grande desenvolvimento de novas tecnologias
na área de aplicação com aeronaves agrícolas no Brasil. Empresas fabricantes de aviões agrícolas
e equipamentos do Brasil e de outros países estarão, nos próximos anos, buscando esse grande
mercado potencial da aviação agrícola no Brasil que existe ainda a ser conquistado.
AERONAVES
Decolagem com carga total numa distância de 400 m, atingindo 15 m de altura, operando
com velocidade mínima de 60 milhas por hora (m.p.h.). As aeronaves agrícolas necessitam de
velocidade mínima de operação segura igual a 45 m.p.h. para poder aplicar a 60 milhas por hora.
A aeronave deve facilitar a visão do piloto para frente e para baixo, a fim de evitar colisões com
cercas, árvores, fios elétricos, etc.
Possuir motores de até 300 HP e 800 kg de carga nos aviões agrícolas e de até 80 HP e 200
kg de carga nos ultraleves. Devem ser vantajosos para operações em grandes áreas (superiores a
1.000 ha). Dimensões mínimas do campo de pouso e decolagem para ultraleves: 700 x 30 m. O
produto da altura de pulverização pela velocidade do vento, deve situar-se entre 40 e 90 (vide
Quadro abaixo)
As aeronaves agrícolas são dividias em 3 categorias; leve = PA-18 e similares, médio =
Ipanema e similares, pesado = Air tractor e similares.
Ultraleve na Aviação Agrícola
O ultraleve tem custos de aquisição e de aluguel bem menor q os demais aviões e oferece
as vantagens de utilização de menores pistas que os aviões convencionais, operam em menores
altitudes, são econômicos e operacionais em áreas (plantadas) pequenas, apresentam menores
custos de manutenção, o ultraleve deve ter peso vazio por volta de 230 kg, carga alar de 25 kg e
ate dois ocupantes
Ipanema
A aeronave Ipanema é um monoposto e monoplano de asa baixa. Sua estrutura e toda em
aço tubular para q aja uma absorção do impacto em casos de colisões, e os painéis externos são de
fácil remoção para limpeza. A aeronave possui ainda, ar-condicionado, indicação visual da
quantidade de produtos no hopper e sistema de pulverização eletrostática.
O Ipanema é impulsionado por um conjunto motopropulsor formado pelo motor lycoming
IO-540-K1J5, de 320HP para álcool e de 300HP para gasolina a 2700RPM e hélice tripa Hartzell
de velocidade constante.
As rodas do trem de pouso de grande diâmetro e com grande distância entre eixos proporcionam
maior estabilidade na hora do pouso e da decolagem. Além disso, o trem de pouso principal é do
tipo convencional, não retrátil e de alta resistência e a cauda apresenta uma bequilha comandável.
Seu motor é encontrado nas formas; Lycoming IO-540-K1J5, 320HP, 2.700RPM, 6
cilindros (Motor a álcool) e Lycoming IO-540-K1J5D, 300HP, 2.700RPM, 6 cilindros (Motor a
gasolina). Sua revisão e feita depois de 1500 horas. Sua hélice tripla regulada com velocidade
constante tem peso máximo de 1800 kg e volume total de 950 litros.
Air Tractor (turbo)
A utilização do Air Tractor é maior que a aeronave Ipanema, por ela ser uma aeronave
q possui a capacidade de 3 ipanemas. O Air Tractor carrega 2000 litros e a ipanema apenas 600
litros. Sua manutenção é feita a cada 50 horas, na época do DAC era a cada 25 horas. O motor do
Air Tractor tem vida útil de 6500 horas funcionando, após isso ele é devolvido para a empresa
fabricante para q seu motor seja trocado, seu motor é o mesmo do King Air PT6-65
O Air Tractor é um monomotor, monoplano de asa baixa, com motor Pratt e Whitney, trem
de pouso convencional fixo, de estrutura metálica, feito principalmente pra ser utilizado no
combate a incêndios florestais ou trabalhos agrícolas. Fabricado por Air Tractor, possui o peso de
decolagem de 7257 kg com hélice quádrupla de passo variável e velocidade constante
comportando somente um único piloto
Kraüss Ka-01
A aeronave Kraüss foi desenvolvida para reunir, num só produto, todas as qualidades
desejáveis numa aeronave agrícola multi-tarefa, tais como: Robusterz, desempenho, versatilidade,
eficiência, baixo custo de aquisição de operação, elevado cargo útil, com segurança de operações e
facilidade de manutenção.
O projeto kraüss reúne em uma única aeronave, a melhor característica dos aviões
agrícolas da atualidade, nessas características inclui; Hopper para 1500 litros, motor de 500 a 750
Hp com motor Orenda V-8 turbo hélice, combustível querosene, gasolina ou álcool, revestimento
metálico, asas baixas com montantes, faixa de deposição de 25 metros,-
TECNOLOGIA NA AVIAÇÃO AGRICOLA
Equipamentos de Aplicação:
Os equipamentos de aplicação para geração de gotas mais comuns adotam a energia
hidráulica (Bicos hidráulicos) e os sistemas com energia centrífuga (atomizadores). Sendo assim,
alguns utilizando a energia aerodinâmica que são bicos de pulverização utilizados em máquinas
terrestres, mas que são colocados ou adaptados para aeronaves agrícolas, mudando o ângulo de
abertura do jato e também a quantidade de líquido. São utilizados também alguns tipos de bicos
apropriados para pulverização eletrostática, Este sistema foi desenvolvido pela USDA – ARS
através do Engenheiro Dr. James B. Carlton em 1999 e cedido à empresa Spectrum Electrostatic
Sprayers, observando varias vantagens, entre elas: Aumento no nível e uniformidade de deposição
sobre a superfície do vegetal; Aumento do rendimento operacional da aeronave e redução de custo
operacional; Redução no fornecimento do volume de água na preparação de calda; Redução do
tempo de aplicação (menos pouso, translado e tempo de permanência da aeronave no solo);
Redução da deriva; Redução da exposição durante a manipulação do produto.
Utiliza-se na aplicação de produtos sólidos com equipamento chamado “Pé de Pato”, que,
comparando com aplicação terrestre encontramos varias vantagens a favor da aplicação aérea.
Entre elas: Menor exposição das pessoas; Maior uniformidade de mistura; Carregamento mais
rápido; Menos mão-de-obra;
Micronair; Monitor de Aplicação.
O monitor de aplicação Micronair é um sistema de monitoramento completo para qualquer
aeronave agrícola. O equipamento consiste de três partes principais: uma unidade eletrônica
baseada em microprocessador, uma turbina que mede a saída do produto liquido da aeronave e
sensores opcionais para medir a rotação de até 10 atomizadores. Os atomizadores rotativo é
formado por um cilindro de tela rotativo, que recebe o movimento através de 3 pás de hélice
reguláveis. Através do ângulo das pás, regula-se a rotação da hélice e, portanto, do cilindro de tela,
controlando-se dessa forma o tamanho de gotas produzidas. A informação é apresentada em um
painel de cristal líquido que pode ser iluminado interno para o uso noturno. O painel contém um
teclado o qual é utilizado para introduzir informações e para selecionar funções. Uma impressora
de aplicação poderá ser fornecida juntamente com o monitor de aplicação. O uso da impressora e
opcional.
Controlador de Fluxo Automático
O controlador de vazão é um dispositivo instalado na saída do produto, controlando o fluxo
de saída, garantindo variações de fluxo a taxas menores do que 2%. Com o processo
automatizado, o piloto pode concentrar-se nas manobras do avião, aumentando a segurança e
eficiência. Com o dispositivo, o volume de aplicação permanece o mesmo em qualquer situação,
seja em aplicações contra ou a favor do vento, terrenos inclinados, etc. Tudo é controlado
automaticamente, bastando especificar no início da aplicação o volume desejado. Sendo assim
obtém vários benefícios para o aplicador, entre eles: Aplicação uniforme de produto, independente
da velocidade; Medição de vazão de 03 a 400 galões por minuto; Opção entre controle de vazão
totalmente controlado ou apenas monitoração para controle manual; Informações de vazão
mostradas diretamente na barra de luzes ou no display interno; Permite trabalhos mais rápidos e
eficientes, reduzindo a carga de trabalho e aumentando a segurança.
DGPS
No ano de 2000, o sistema GPS passou a apresentar apenas erros naturais, que antes disso
tinha uma leitura de posicionamento com valor a mais de 100 metros devido o satélite não
percorrer exatamente a órbita programada. Na aviação Agrícola o método hoje mais empregado é
o “GPS Diferencial” (DGPS). O GPS Diferencial utiliza geralmente outro receptor GPS fixo,
colocado em um ponto com coordenadas conhecidas e que recebe os sinais dos mesmos satélites
recebidos pelo receptor do usuário (estação de referência). O receptor do usuário recebe dois tipos
de sinais: um, fornecido por quatro ou mais satélites; outro o sinal diferencial, que contem as
informações dos erros de cada satélite, calculados pela estação de referência. Sendo assim no final
os dois tipos de informação são processados e o resultado é o sinal DGPS. Ou seja, o sinal GPS
depurado da maior parte de seus erros, chegando com uma precisão obtida cerca de 1 a 5m,
podendo chegar a 30 cm.
A aplicação aérea de insumos agrícolas e florestais é pratica comum em nosso meio e a
orientação dada ao piloto para manter as passadas paralelas tem sido feita por meio de equipe de
terra com a utilização de bandeiras. Essa equipe necessita de treinamento especifico. Portanto à
aviação agrícola, recentemente, se viu beneficiada pelo surgimento e disponibilização do GPS
(Global Positioning System), sistema desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados
Unidos como um recurso bélico e estratégico e hoje se encontra inúmeras na agricultura.
O piloto e orientado por uma “barra de luzes” posicionada em algum lugar na frente do
operador. Em alguns casos essa barra é posicionada internamente, no painel e em outros, fica
posicionado do lado de fora da cabine. Essas luzes, controlada pelo GPS, é um conjunto de
pequenas luzes (LEDS) que acendem na medida em que a aeronave se afasta do alinhamento
determinado. Esse alinhamento é gerado pelo piloto na primeira passada e as demais serão sempre
paralelas a primeira e afastadas da distância equivalente à largura de uma faixa de deposição.
Alem das funções básicas citadas,presente em todos os modelos de DGPS ara uso em Aviação
Agrícola, outras funções importantes podem ser desempenhadas pelo equipamento, como por
exemplo: Gravação de todas as informações do vôo, para posterior reprodução e análise em
computador; Memorização de áreas inacabadas, para posterior finalização; Cômputo de área
aplicada; Planejamento do trabalho pré – vôo; Delimitação e cálculo da área, antes da aplicação;
Funções de navegação para pontos de referência; Alarme de faixas já aplicadas e não aplicadas;
Memorização das coordenadas do ponto de interrupção de uma faixa, permitindo sua continuação
posteriormente; Monitoramento como taxa de aplicação, vazão, volume aplicado, saldo do produto
no tanque, etc...; Gerenciamento de controles automáticos de vazão.
Os componentes de um sistema DGPS são: Receptor GPS, que pode estar localizado no
interior da “CPU” (Computador), através de uma antena, capta os sinais podendo receber ate em
12 canais; Receptor Diferencial, quando equipado com sistema de correção, envia sinal convertido
para o computador, localizado na “CPU”; Fonte de alimentação, com uma função de converter a
tensão fornecida pela bateria da aeronave nas tensões próprias; Teclado, é uma unidade que o
piloto introduz os comandos a serem obedecidos pelo sistema; Display, um componente que o
sistema envia informações ao operador; Barra de luzes,utiliza para transmitir as informações ao
piloto, geralmente posicionada fora da cabine, sobre o nariz da aeronave, de forma que pode ser
visualizada pelo piloto; Gravador de dados, tendo a função de receber o cartão que irá armazenar
todas as informações do vôo.
Aplicação
As vantagens da tecnologia de aplicação aérea caracterizam em vários setores, entre eles: É
mais barata, tem maior qualidade; redução do tempo de aplicação; não amassa a cultura; aplica o
defensivo no momento correto e oportuno; é mais segura, pois exige uma equipe técnica presente
à aplicação, aproveita melhor as condições climáticas; garante o serviço, pois é planejada, a
pulverização é utilizada em vários setores, como inseticidas, fungicidas, herbicidas, adubos,
sementes. Aplica em varias plantações de soja, milho, arroz, feijão, banana, reflorestamento, e
outros.
Cuidados na Aplicação
A dosagem a ser aplicada deve obedecer àquela indicada pelo fabricante do defensivo. Caso contrário ocorrerá um dos seguintes problemas: superdosagem, que causa aumento injustificável dos custos e contaminação ambiental, ou subdosagem, que gera a necessidade de reaplicação (igual a aumento do custo de produção) e a perda de produtividade e qualidade, decorrente do atraso no controle das doenças, pragas e plantas daninhas presentes na cultura. Tal precisão na aplicação será resultado de uma correta regulagem dos equipamentos envolvidos na distribuição dos defensivos no campo, além de um controle rigoroso das demais variáveis desenvolvidas nesse processo.
Deve-se evitar a aplicação de defensivos sob condições climáticas desfavoráveis, como ventos superiores a 15 km/h, pois tal prática gera o efeito deriva, que é o arrastamento desordenado de uma parcela das gotas pulverizadas para atmosfera. Também não aplicar quando a umidade relativa do ar for inferior a 60%, pois isso causa a volatilização das gotas de menor tamanho antes que atinjam seus alvos. Nesse sentido, vale lembrar que quanto maior for a pressão de trabalho do equipamento, menores e mais leves serão as gotas pulverizadas.
Há tendências emergentes no mercado agrícola com relação à aplicação de defensivos. A redução no volume de calda tem sido utilizada visando aumentar a eficiência operacional da operação, pois há menor necessidade de paradas para reabastecimento, além de reduzir o risco de contaminação do operador no momento do preparo da calda. Outra tendência é a utilização de equipamentos com maior rendimento diário (50 hectares) para as médias propriedades, bem como pulverizadores automotrizes para as grandes plantações, que atingem a excelente média de 200 hectares/dia. Tais equipamentos têm gerado uma redução considerável no custo de aplicação por hectare, auxiliando na saúde financeira da lavoura.
O CBB já introduziu a tecnologia do BVO em quase uma centena de empresas de aviação
agrícola e operadores individuais, nos últimos quatro anos, em quase todo o território nacional.
Equipou também três aeronaves em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Em todos os projetos os
resultados obtidos foram considerados excelentes e em nenhum deles os operadores retornaram ao
sistema convencional após utilizar o sistema BVO. Além de não ter havido nenhuma reclamação
de que o produto não tenha funcionado, todos os usuários tiveram aumento de produtividade das
aeronaves, de mais ou menos o dobro do que na safra anterior.
Antes do início das aplicações, é feito um estudo para saber qual a praga que a
entomologistas vão observando o ciclo das pragas e avisam a hora certa de começar o combate.
Neste ponto de infestação, o efeito residual da aplicação com óleo dura de 7 a 10 dias, ou seja, 3 a
5 dias a mais que em uma aplicação convencional. Isso, no ciclo da lavoura de algodão, gera uma
economia de 20 a 30% no número de aplicações.
A aviação agrícola é uma ferramenta eficiente, rápida e extremamente produtiva, que
quando bem utilizada, contribui para o aumento da produtividade da lavoura, e a redução dos seus
custos. Mas, ela não pode e nem deve ser culpada por erros de posicionamento de produtos
(defensivos), ou de time (momento) de aplicação.
Controle da Deriva
O que e a deriva? É o deslocamento horizontal que sofrem as gotas desde o seu ponto de
lançamento até atingirem o seu destino (o solo ou as plantas). Quando a distância percorrida pelas
gotas não é grande o suficiente para que elas saiam área em tratamento, dizemos que a deriva é
tolerável. Quando a deriva conduz as gotas para fora da área em tratamento, dizemos que a deriva
é intolerável, principalmente se o produto aplicado puder causar danos às culturas, pessoas ou
animais fora da área em tratamento. Os principais fatores que podem ocasionar a deriva são:
Tamanho e peso das gotas, ventos, temperatura, umidade relativa do ar, turbulência do ar, altura
do vôo (altura a partir da qual as gotas são lançadas).
BVO melhora aproveitamento de defensivos.
Dois fatores são essenciais hoje em dia, em tudo quanto se refere à agricultura: menor
custo de produção e baixo impacto ambiental. Neste sentido, uma técnica desenvolvida no Brasil,
a partir da adaptação de um sistema inglês, está revolucionando a aplicação de defensivos
agrícolas por via aérea para controle de pragas em lavouras de ciclo anual, como soja e algodão.
Trata-se da tecnologia chamada de BVO - Baixo Volume Oleoso, desenvolvida pelo Centro
Brasileiro de Bioaeronáutica - CBB, que consiste na aplicação de produtos químicos com base
oleosa, ou seja, envolvendo o produto ativo em óleo, o que evita a evaporação e permite que se use
gotas muito finas, mais adequadas para o controle de pragas e doenças. Esse sistema proporciona
economia de 10 a 30% dos defensivos; aumento de produtividade e menor impacto ambiental.
Criação e Encerramento de uma empresa agrícola no Brasil
Como todas as empresas do país, nas empresas agrícolas há uma homologação na junta
comercial do estado a ser registrado, por exemplo, a JUCEG, Junta Comercial de Goiás, a qual as
empresas se registram. Também possui um órgão fiscal denominada ANAC (Agência Nacional
de Aviação Civil) que prevê a regulamentação do estabelecimento, desde o papel administrativo
até as próprias aeronaves, assim, fazem vistorias nas empresas para não haver perigos na aviação
considerada de alta habilidade.
A motivação do crescimento de empresários agrícolas é o grande retorno financeiro,
devido negociar com grandes fazendeiros, pois pequenas terras não são viáveis utilizar aeronaves.
E também, as aeronaves de preços medianos e manutenção de pequeno custo na aviação. Embora,
utiliza – se muito tempo para fazer aplicação em uma lavoura, porque as lavouras possuem épocas
especificas para aplicação e colheita.
A empresa agrícola procura ser mais eficiente, pois como todo comercio existe a
concorrência, com isso, a tecnologia nos equipamentos e nas aeronaves são bem disputados para
melhor progresso da aplicação. A evolução na aviação agrícola prevê uma eficiência no tempo,
por exemplo, aeronaves que tem mais capacidade de mais aplicações e instrumentos que limitam
melhor a aérea aplicada (GPS), e também, a eficiência na segurança do piloto, como aeronaves
mais fáceis de instrução e estudos meteorológicos de alta definição no local a ser trabalhado.
A segurança na aviação é mais que necessário, além do mais que a aviação agrícola é
muito precisa por ser tão próxima do solo e em alta velocidade. Então, os donos dessas empresas
são bastante rigorosos na escolha dos pilotos que irão efetuar as aplicações. Por isso, o currículo
do piloto agrícola é tão bem estudado, pois a habilidade dele que confirma um bom trabalho e um
ótimo retorno para o empresário agrícola.
Uma empresa agrícola deve estar totalmente a favor do meio ambiente, assim em algumas
aplicações tem a vistoria do IBAMA, pois o empresário agrícola deve ter consciência que não
pode exceder as normas do IBAMA de venenos e seus derivados. Assim, há evoluções nos
produtos de aplicação que cada vez ficam menos perigosos a natureza.
Apesar de retornos lucrativos nem todos empresários agrícolas conseguem manter a sua
empresa, assim, utilizam o mesmo processo de finalização empresarial de empresas de diversos
temas no país, o qual justifica o encerramento das atividades e os impostos finais da empresa. E
também, uma vistoria da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para encerramento das
atividades de aviação. Com o encerramento da empresa os antigos donos vendem suas aeronaves
para outras empresas de mesma categoria ou fazendeiros que pretendem fazer o trabalho sem
depender de uma empresa agrícola.
Profissão: Piloto Agrícola
Para ser um piloto agrícola requer grande habilidade e conhecimentos específicos. Além,
de pré- requisitos como 18 anos, ser portador da CHT (habilitação) de Piloto Comercial e ter
aproximadamente no mínimo 370 horas de vôo para entrar em uma escolinha de aviação agrícola.
Levando em consideração a pesquisa ser feita pelo método da escola de aviação EJ, Sediada em
Itápolis, a 370 km de São Paulo.
Na escola de aviação agrícola os pilotos agrícolas iniciantes adquirem o conhecimento de
tais matérias: aspectos históricos da aviação agrícola, aspectos econômicos e estatísticos,
segurança de vôo e prevenção de acidentes, legislação aeronáutica, legislação do ministério da
agricultura e do abastecimento, regulamentos de tráfego aéreo, produção agropecuária, aeronaves
agrícolas, tecnologia de aplicação aeroagrícola, planejamento operacional, medicina de aviação,
primeiros socorros, toxilogia e usos especiais da aviação agrícola.
Após o conhecimento dessas matérias, os alunos participam de uma banca de avaliações
referentes à aviação agrícola na ANAC (Agência de Aviação Civil) tendo a média de 7 pontos na
avaliação de total 10 pontos. E depois, havendo aprovação inicia – se o treinamento prático.
No treinamento prático o aprendiz desenvolve suas habilidades com a tecnologia agrícola e
suas aeronaves diferenciadas. É dividido em 12 horas de Adaptação/DGPS e 19 horas em
Aeronaves Agrícola. E após esse treinamento o aluno de aviação agrícola está preparado para
fazer uma avaliação prática com um funcionário homologado pela ANAC.
As aeronaves mais utilizadas no aprendizado são: Ipanema BEM – 210A
(R$1.300,00h/vôo), Citabira (R$650,00h/vôo), Pawnee (R$ 1.100,00h/vôo), pois são consideradas
mais fáceis para manuseio inicial. Nessas aeronaves eles aprendem toda a tecnologia e aplicação
nos futuros trabalhos nessa área tão interessante e emocionante para os pilotos em geral.
Mercado de Trabalho
Através de questionamentos aos empresários agrícolas sobre o melhor local de montar uma
empresa agrícola, o estado de Goiás foi o mais favorecido, pois justificam que no estado há mais
peças para as aeronaves e é um local bem centralizado no país. Porém, as maiorias das aplicações
são feitas no Pará na época certa de cada produção, mesmo assim, as empresas tentam se
concentrar em Goiânia e Rio Verde para manutenção de suas aeronaves.
Sabendo o local de aglomeração de empresas agrícolas o piloto formado em aviação nesta
área já tem um caminho a percorrer para entrar no mercado de trabalho, empregado ou uma
minoria de pilotos tentam de forma autônoma seguir a carreira.
Um piloto trabalhando para uma empresa mediana no comércio agrícola recebe de 14% até
18% do total da quantia paga para o serviço na área. Por exemplo, a empresa recebe
R$250.000,00, o piloto receberá aproximadamente entre R$35.000,00 e R$45.000,00 em alguns
meses de serviço na aplicação. Também, possuem pilotos que recebem por hectares sobrevoados
com o produto. São também, negociações entre o patrão e o piloto, levando em consideração a
aeronave, a experiência do piloto e a tecnologia utilizada para limitar a área a ser trabalhada.
Analisando-se o futuro do agro negócio brasileiro, que é muito promissor, existe um
espaço muito grande para o crescimento da aviação agrícola, como o ganho de tempo sendo o
principal benefício do uso de aeronaves agrícolas. Uma vantagem devido o uso de aeronave é o
tempo para pulverizar de 60 a 80 hectares por hora. Outra grande vantagem é a pulverização pelo
alto através de aeronaves agrícolas que evita o amassamento da cultura e a compactação do solo,
além de não propiciar o "intercâmbio" de doenças ou pragas entre lavouras - que podem ocorrer
via pneus dos equipamentos terrestres. Com isso, pode considerar a Aviação Agrícola um setor
que cresce voando baixo.
Na realidade retratada na aviação nos tempos atuais, a aviação agrícola é um mercado
para os pilotos de grandes habilidades e que gostam de fortes emoções e um salário digno a
qualquer formado em aviação. Além, de ficarem mais próximos da natureza e da velocidade e
terem um grande futuro na aviação em geral, pois toda a aviação é dividida em tecnologia,
segurança e vontade de voar.
ACIDENTES AGRÍCOLAS
Aviação Agrícola e seus acidentes 30% dos acidentes aeronáutico têm a ver com a aviação
agrícola 4% dos incidentes ou até mesmo os acidentes não vem a público fica escondido nos
hangares das grandes fazendas.
O Seripa tem como papel investigar e prevenir os acidentes aeronáuticos na agricultura,
existem vários Congressos Regionais de Aviação Agrícola, que tem o principal intuito de passar
aos pilotos informações sobre. A Segurança de Vôo na
Aviação Agrícola.
Foi comprovado pelo Seripa que os principais acidentes aéreos na agricultura é ocasionado
pelo excesso de autoritarismos dos pilotos em suas aeronave, manobras muito arriscada com
freqüência, pistas precárias, animais na pista de pouso e uso de intoxicantes, narcóticos, drogas e
bebidas alcoólicas tudo isso tira a vida de varias pessoas que está preparada para aquele serviço.
Os Principais Acidentes Serão Citados Abaixo:
Acidente JB, empresa situada em Tocantins e Goiânia:
A aeronave colidiu com o fio de alta tensão (Eletro norte) no Pará causando morte imediata
do piloto, o qual tinha familiares na empresa. As conseqüências dessa fatalidade envolvem o
seguro empresa, seguro obrigatório de vida do piloto e o seguro do avião, como se fosse o DPVAT
de um carro, porem no avião são valores mais elevados.
Acidente Reis e Passamani Aviação Agrícola
Ao chegar à área de pouso, o piloto observou que alguns bois se encontravam próximos à
extensão da pista, decidindo afugentá-los com um vôo rasante. Durante esse rasante, a aeronave
tocou com a ponta de sua asa direita nos animais, vindo a perder parte da asa. O piloto ainda
tentou recuperar o controle, mas a aeronave iniciou uma curva à direita e terminou por colidir
violentamente com o solo, sofrendo danos graves e a morte do piloto no local logo após o impacto
com o solo.
Acidente E. J. Aero Agrícola.
O aluno de aviação agrícola que estava realizando sua última missão junto com instrutor
que estava monitorando ele do solo através do radio (VHF). Após uma passagem sobre o eixo da
pista, o piloto deveria realizar curva à esquerda para reversão e passagem pelo eixo contrário,
quando lançaria a carga de água. Após passar pela cabeceira, o piloto curvou para a direita e
desapareceu da linha de visão do instrutor, escondida por um bosque. Caminhando para conseguir
nova visão, o instrutor observou a aeronave em trajetória descendente e grande ângulo de
inclinação, colidindo em seguida com o solo de um laranjal e explodindo. A aeronave ficou
destruída e o piloto faleceu depois de sete dias hospitalizado.
Acidente Global Aviação Agrícola
Ao realizar uma manobra de retorno (balão) a baixa altura, a aeronave perdeu altitude e
colidiu violentamente com o solo dentro dos limites da Fazenda Rincão.
Morte do piloto em conseqüência do acidente.
Acidente Agropena Aviação Agrícola
Durante o retorno da sexta etapa de pulverização do dia, a mesma apresentou falha do
motor em vôo. Durante o pouso, a aeronave tocou por algumas vezes no solo até pilonar e parar no
dorso, o piloto veio a falecer três dias depois do acidente.
CURIOSIDADES:
A paixão:
Normalmente nascidos em cidades do interior do país, quando crianças rondavam
aeroclubes, eram entusiastas da Esquadrilha da Fumaça e tinham renda familiar baixa. Em geral,
fazem esforço para tirar o brevê e acumular horas para alcançar o nível de piloto comercial (360
horas de vôo) e poder se candidatar a um curso de aviação agrícola. Essa não é uma carreira fácil.
As cabines da maioria dos aviões utilizados para pulverização levam apenas uma pessoa. Sozinho,
o piloto é ao mesmo tempo comandante, co-piloto, navegador, artilheiro, municiador,
meteorologista e mecânico, obrigado a realizar operações perfeitas de carga e descarga de
inseticidas e adubos. Eles operam em pistas mal preparadas, cuja largura muitas vezes corresponde
à envergadura do próprio aparelho, e chegam a efetuar 80 decolagens num mesmo dia,
necessitando usar toda a sua perícia para vencer adversidades relativas a temperatura e vento.
As pulverizações são sempre realizadas a baixa altitude. Por essa razão, aumenta o risco de
choque com pássaros e outros obstáculos, como fios da rede elétrica, fazendo com que seja alto o
índice de acidentes. Sintomaticamente, a Neiva, que costumava pintar o Ipanema de verde, hoje
usa tinta laranja fluorescente, de modo a torná-lo mais facilmente localizável em caso de acidente.
Somam-se a todos esses perigos os de contaminação por inseticidas e defensivos, sobre os quais
não existem dados. Em função da inexistência de uma política de saúde para os pilotos, a Anac,
por meio do Núcleo do Instituto de Ciências da Atividade Física da Aeronáutica (Nuicaf) e em
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vem desenvolvendo estudos para a medição de
graus de toxicidade e a detecção da sensibilidade aos defensivos e outros produtos químicos. O
fato é que, ao contrário dos pilotos americanos, que usam vestes especiais e passam por
procedimentos de descontaminação ao final do trabalho, os brasileiros não contam com nenhum
tipo de proteção.
As aeronaves:
Aproximadamente 70% das aeronaves que pulverizam os campos do país são Ipanema,
mas estão presentes também aparelhos estrangeiros, com destaque para os americanos Thrush e
Piper, este um dos primeiros modelos projetados especificamente para uso agrícola. Os mais
cobiçados, no entanto, são os da Air Tractor. O AT-802, da Air Tractor, é a maior aeronave
agrícola monomotora do mundo, com reservatório capaz de transportar até 3 mil litros de
defensivos, e custa quase US$ 1,5 milhão. É esse o modelo mais eficaz no combate a acidentes
ecológicos e a incêndios. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é a única corporação do gênero
no Brasil a possuir um deles. Já os fazendeiros e as companhias de aviação agrícola preferem o
402-A, cujo reservatório tem capacidade próxima de 2 mil litros. Cerca de 50 aeronaves da Air
Tractor voam no Brasil.
Krauss Aeronáutica:
Está nascendo um novo avião agrícola brasileiro. É o KA-01, da Krauss Aeronáutica. O
aparelho tem avançada tecnologia de aplicação aérea de fertilizantes, fungicidas, inseticidas,
herbicidas e outros insumos agrícolas e também pode ser usado no combate a endemias urbanas
como a dengue e a malária. Seu projeto foi coordenado por Roberto Serrano, de 37 anos, mestre
em engenharia de aeronaves pela Universidade de São Paulo, e desenvolvido em parceria com
universidades e operadores (pilotos, mecânicos, consultores e fazendeiros).
A aeronave é apta, ainda, para atividades de pesquisa espacial, como a medição de campo
elétrico e de gases atmosféricos e a nucleação de nuvens para indução de chuva. De construção
metálica, asa baixa de alumínio e fuselagem de treliça de aço-carbono, tem reservatório de
instalação dianteira com capacidade de 1,5 mil a 1,8 mil litros. Pode ser equipado com motor
movido a gasolina, álcool ou querosene. Atualmente estão sendo também finalizadas pesquisas
para uso do biodiesel.
O Campeão dos Ares:
Produzido ininterruptamente desde 1970, o avião agrícola Ipanema é, sem dúvida, o mais
popular entre todos os que voam pelos campos do Brasil. Na versão a gasolina, foram
comercializadas até hoje mais de mil unidades desse monomotor.
Em 2004, ele se tornou o primeiro modelo de série do mundo a sair da fábrica equipado
com motor movido a álcool. Além de ser mais barato que a gasolina de aviação, esse combustível,
por não conter chumbo em sua composição, é menos agressivo ao meio ambiente e, segundo
pesquisas da Embraer, pode prolongar a vida útil do motor.
Desde 1992 vem sendo produzida uma versão modernizada desse aparelho, o EMB 202,
que ficou conhecido como Ipanemão, por ter um reservatório com capacidade para 750 quilos de
produtos agrícolas, 40% maior que o dos modelos anteriores.
Em 1917, foi realizado o primeiro vôo agrícola, mas não é considerado pelo fato de não ter
sido divulgado, já em 1921, foi documentado, publicado, e também noticiado, então, este sim é
considerado o primeiro vôo agrícola do mundo.
Após a segunda guerra mundial, cerca de 4000 unidades do Stearman foram convertidas
para o trabalho agrícola, onde muitos pilotos da aviação de caças tornaram-se pilotos agrícolas.
Atualmente no mundo existem, aproximadamente, 2400 aeronaves agrícolas, sendo que a maior
parte destes operam nos EUA e Rússia.
Durante a realização do processo é importante não haver muito vento,e a obrigatória
utilização de mascaras por parte do piloto. O serviço é cobrado por hectare ou por hora. O uso do
GPS representa uma revolução na aviação agrícola, auxiliando na detecção de falhas.
Na aviação agrícola utilizando líquidos, como agrotóxicos, o avião voa baixo, de 2 a 3
metros de altura, sendo que um caminhão acompanha o avião para auxiliá-lo, o caminhão carrega
os agrotóxicos e o combustível que será utilizado pelo avião. Na aviação agrícola utilizando
sólidos, que é utilizado para a adubação e para o semeio, o avião voa alto, cerca de 15 metros de
altura, seu trabalho é realizado com um pé-de-pato. E são necessárias quatro pessoas por avião.
Referências Bibliográficas
Disponível em: www.agrolink.com.br
CARVALHO, Wellinton Pereira Alencar de. Tecnologia de aplicação. Apostila.
Disponível em: www.desastresaereos.com.br
Eng. Agrícola, phD, Professor dno Depto. de Eng. Rural, ESALQ/USP e pesquisador do CNPq,.Piracicaba.
SATLOC. Air Star 7 Operator´s Manual. SATLOC, INC. Tempe, 1995.112p.
Vetter, A. A, Quantitative evaluatiion of DGPS guidance for aerial agricultural applications. Applied Engineering in Agriculture.
Entrevista com o Prof. DR. Wellington Pereira Alencar de Carvalho, na cidade de Ponta Grossa -Parana. email: [email protected].
Disponível em: www.micron.co.uk
Disponível em: www.ej.com.br
JB empresa aérea. Dados referentes a entrevista com os encarregados da JB Goiânia que trabalha com aviação agrícola, sendo estes administrativos, aeronaves, piloto e acidentes.