avaliaÇÃo e a supervisÃo escolar - pós-graduação · compreender a que tipos de avaliação...
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Elisabeth de Oliveira Duarte
AVALIAÇÃO E A SUPERVISÃO ESCOLAR
Trabalho apresentado ao
UCM -– Universidade Candido
Mendes, Como requisito para
conclusão de curso de pós-
graduação “Lato Sensu” a
distancia em supervisão
escolar.
CORREGO NOVO - 2009
Dedicatória
Dedico este trabalho aos
meus familiares, amigos e
mestres, que de alguma forma
acreditaram e contribuíram
para a realização de nossos
sonhos, nos mostrando nossa
capacidade e ousadia de
vencer obstáculos e alcançar
objetivos. Principalmente a
DEUS que nos momentos
mais difíceis e confusos nos
deu paz e conforto ao nosso
coração.
Agradecimento
Agradeço a todos que direta e
indiretamente colaboraram para
a realização desse trabalho.
SUMÁRIO
Resumo ................................................................................... 05
Introdução ................................................................................ 07
Capítulo I – 1 – Conceituando avaliação............................... 10
1.1 - Definição de Avaliação ........................... 11
1.2 - Modalidades da Avaliação....................... 13
1.2.1 - Avaliação Diagnóstica........................... 13
1.2.2 - Avaliação Formativa.............................. 13
1.2.3 - Avaliação Somativa............................... 15
Capítulo II – 2 - Avaliar........................................................... 16
2.1 - Para que Avaliar?...................................... 16
2.2 - Porquê avaliar?.......................................... 17
2.3 - Como Avaliar?........................................... 17
2.4 - Funções da Avaliação............................... 19
Capítulo III – O Supervisor Escolar e a Avaliação.............. 20
3.1 – Supervisão Escolar: Breve Histórico... 20
3.2 – Atribuições do supervisor escolar e a
avaliação.......................................................... 24
Considerações finais............................................................... 28
Bibliografia................................................................................ 29
AVALIAÇÃO E A SUPERVISÃO ESCOLAR
RESUMO
Esta pesquisa consiste numa reflexão sobre: o que é avaliação? Ela envolve
dilemas práticos diante das quais os educadores têm de tomar posição como
única garantia de um agir consciente de estar fazendo uma avaliação correta e
qual a participação do supervisor pedagógico nesse processo. Avaliação ao
longo dos anos tornou-se um bicho de sete cabeças, que amedronta, é causa
de repetência e evasões. Avaliar para aprender, eis a questão. Avaliar para
conhecer, para examinar, para exercitar as práticas de inclusão. É uma
atividade intersubjetiva e moral que se exerce entre sujeito. A avaliação do
rendimento escolar tem como principal função à melhoria do ensino
aprendizagem que contribui na formação do aluno autônomo e participativo,
pois o que se espera é que a escola que queremos seja melhor que a
sociedade que temos.
METODOLOGIA
A construção metodológica dessa pesquisa foi desenvolvida em três
momentos bem distintos.
No primeiro momento foi feito o levantamento do material de pesquisa
buscando em internet, bibliotecas, revistas e artigos etc.
No segundo momento foi feita a leitura do material buscando entender o
processo avaliação e a condição orientadora do supervisor enfatizando-a como
construção do conhecimento e não algo que exclui e pune.
No terceiro momento tendo como base autores como: Hoffmann, Creso,
Mello, Luckesi, Sant’ Anna, Freire, Alves, Ferreira e outros, fundamenta-se
esse estudo buscando fazer uma reflexão sobre o tema aqui proposto
percebendo o quanto é grande esse problema que os educadores vêem
enfrentando ao longo dos anos.
Na própria maneira de entender o fenômeno avaliação e suas
implicações, pode-se observar que as hipóteses explicativas empregadas,
usualmente acabam reiterando alguns conceitos e outras tantas justificativas
para explicar o problema e também o papel do supervisor escolar diante desse
impasse.
Ao fundamentar a pesquisa baseando nos autores citados acima,
espera-se compreender o problema e examinar concretamente as implicações
que envolvem a atuação e a prática do profissional em questão no processo de
avaliação.
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INTRODUÇÃO
A avaliação do rendimento escolar tem trazido questionamentos e
inquietações acerca das conseqüências oriundas de sua má utilização no
processo de ensino-aprendizagem. Os professores têm se mostrado
insatisfeitos com as práticas avaliativas vivenciadas por eles. Os alunos estão
desmotivados, não valorizando o ensino.
Logo, surge a necessidade de compreender como as avaliações estão
se processando para alcançarem os objetivos propostos na educação, que é
formar cidadãos capazes de atuar na sociedade e transformá-la para o bem de
todos.
Este trabalho enfatiza a avaliação como construção do conhecimento e
tem por objetivo delinear a concepção teórica da função da avaliação no âmbito
escolar e o papel do supervisor escolar frente a esse desafio.
Diante desse impasse essa monografia visa definir conceitualmente
avaliação escolar e reivindica a efetiva participação do supervisor escolar na
decisão acerca dos meios de avaliar
Diversas questões foram analisadas para que pudéssemos fazer uma
reflexão da ação do supervisor escolar frente à avaliação, tais como:
• Qual será a melhor forma de avaliar um aluno?
• Os velhos hábitos de avaliação escolar devem ser extintos e
substituídos por outra?
• Qual deve ser a ação do supervisor escolar enquanto educador
diante da forma de avaliar dos professores?
Essa pesquisa tem como colaboradores diversos livros de escritores
com experiência nessa área pesquisada, com argumentos e alternativas que
estão ao nosso alcance. Também importantes artigos com relatos de práticas
vividas por supervisores e professores que são veteranos nessa área de
avaliação do rendimento escolar, profissionais que já passaram por diversas
situações e podem dar sua contribuição para que possamos refletir a nossa
prática.
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A linguagem usada é de fácil entendimento, focalizando o tema principal
que é reivindicar a ativa participação do supervisor nos processos avaliativos.
É de grande importância nos informarmos e pesquisarmos sobre esse
tema, pois enquanto houver aluno, escola, professores, supervisor escolar,
aprendizagem, haverá também a avaliação. Conhecendo novas formas, novos
conceitos de avaliação, o professor terá mais segurança ao avaliar e contando
com a colaboração do supervisor escolar correrá menos o risco de cometer
injustiça com algum aluno.
No primeiro capítulo conceituara avaliação segundo alguns autores
como: Sant’ Anna, Luckesi, Libâneo, Perrenoud, Hoffmann, Creso Franco,
Celso Vasconcellos, Rangel, Ferreira entre outros, e a explicação das
principais modalidades de avaliação que existem. No segundo capítulo
questiona-se o porquê e para que avaliar, demonstrando as várias funções da
avaliação. Já no terceiro capítulo define-se o que é um supervisor escolar e
qual contribuição desse educador na forma de avaliar dos professores.
Segundo HOFFMANN (2003),
Se a escola existe para ensinar, de que vale uma avaliação que só confirma a “doença”, sem identificá-la ou mostrar sua cura? A avaliação escolar hoje só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para melhor aprendizagem. (HOFFMANN, 2003: P.27).
Quando vamos a um consultório médico, desejamos um diagnóstico e
um remédio para nossos males, não apenas que o médico diga que nossa
saúde está ruim, sem falar qual é o problema, somente nos dando um remédio
para nossa cura.
Assim também são os alunos que não se contentam com apenas a nota
no fim da etapa de ensino-aprendizagem, sem nenhuma explicação, sem
compreender a que tipos de avaliação foram submetidos. Eles querem e têm o
direito de saber qual é a natureza do erro cometido e qual é a forma correta
para aprenderem e alcançarem seus objetivos.
Através da avaliação, o professor pode confirmar o nível em que se
encontram seus alunos e a partir daí fazer as intervenções necessárias. A
avaliação pode ser considerada uma arma com poderes construtivos ou
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destrutivos, dependendo da forma como for utilizada interferindo na vida social
de cada um. Por isso, ela deve ser contínua e não um ato pronto e acabado.
É certo que as notas estimulam os alunos na realização de trabalhos por
isso os educadores devem ser criativos na formulação dos mesmos para que
eles não se interessem “só” pela nota, mas também tenham gosto e prazer
pelas atividades.
Esperamos que a compreensão e análise dessa realidade mesmo que a
pesquisa tenha sido voltada para área de pedagogia sendo que o assunto em
questão assim o requer voltarmos para essa dimensão forneçam subsídios
para uma reflexão de que supervisor junto ao professor perceba que pode ter
melhoria da avaliação do rendimento escolar, considerando que essa avaliação
permita julgar não só o desempenho do aluno, mas também a eficiência da
atividade docente e dos demais profissionais da área e as metas e valores
subjacentes à missão de formar cidadãos conscientes, atuantes e
transformadores sociais.
O que aqui se apresenta apóia-se em pesquisas feitas em livros,
revistas, artigos dos mais diversos autores como os já citados acima.
Quanto mais conscientes estiverem os profissionais da educação de
suas tarefas, mais e mais ocorrerão as mudanças que fará da avaliação uma
janela onde se vê uma educação de qualidade.
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CAPÍTULO I
O presente capítulo trata de conceituar avaliação para que enquanto
profissionais da área possamos perceber o tema em todas as suas dimensões.
Inclusive as diversas modalidades da mesma. Portanto é um convite á reflexão
quanto à origem desse processo e as várias maneiras em que ela se efetiva.
1 - O QUE É AVALIAÇÃO?
Controle, castigo, medo: em muitas escolas avaliação só lembra isto e
quando todos vêem a avaliação neste prisma, os professores e alunos saem
perdendo.
Na realidade a avaliação existe para ajudar quem ensina e quem
aprende levando a uma reflexão para aperfeiçoá-la cada vez mais.
Atitudes e comportamentos profissionais permitem que a partir das
avaliações, seja possível tomar decisões pedagógicas inteligentes, que levem a
enfrentar e resolver os problemas de aprendizagem.
Uma avaliação permanente é a arma da aprendizagem eficiente, pois
assim professores e alunos aprendem a comparar os trabalhos que foram
feitos naquele dia com os realizados anteriormente, percebendo quando houve
ou não aprendizagem.
A avaliação exerce papel importante na educação, ela é o ponto de
partida para a ação.
Perceber-se-á sua necessidade para compreensão e fortalecimento dos
processos que se deseja gerar. A função básica desse módulo é, portanto,
promover o conhecimento, como melhor e bem explica a citação abaixo,
A avaliação escolar é o termômetro que permite confirmar o estado em que se encontram os elementos envolvidos no contexto. Ela tem um papel altamente significativo na educação, tanto que nos arriscamos a dizer que a avaliação é a alma do processo educacional. (Sant’ Anna, 2002 p. 7).
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Tão importante quanto ensinar, é avaliar, pois é através da avaliação
que o professor conseguirá perceber se está havendo a aprendizagem
adequada ao tipo de cidadão que queremos formar.
1.1 - Definição de Avaliação
O termo “avaliar” vem do latim, da composição a-valere, que significa dar
valor. A avaliação é vista por Luckesi (1997) da seguinte forma: “O conceito de
avaliação é formulado a partir das determinações da conduta de atribuir um
valor ou qualidade a alguma coisa” (Luckesi, 1997p. 92). A todo o momento da
vida estamos avaliando e também sendo avaliados atribuindo valores que
poderão ser positivos ou negativos, podendo contribuir ou não para o
crescimento de alguém.
Já para Juracy Marques (1976) a avaliação é ”Um processo contínuo,
sistemático, compreensivo, comparativo, cumulativo, informativo e global, que
permite avaliar o conhecimento do aluno” (Marques, 1976p. 222). Como vimos
nesta citação, a avaliação não é um ato pronto e acabado, deve ser aplicada
no dia a dia escolar de forma geral, com o objetivo de proporcionar ao discente
a oportunidade de aprender, respeitando os seus limites, e mostrando que
nesse processo há uma troca de conhecimentos. Segundo a autora Sant’ Anna
(2002),
Avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do docente, do discente e do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático. (Sant’ Anna 2002).
Ao avaliarmos não podemos direcionar nossas observações somente
para o aluno, como se ele fosse o único responsável pelo seu rendimento
escolar, faz-se necessário uma análise geral que inclua desde o discente até o
sistema, para identificarmos se houve mudança no comportamento das partes
envolvidas.
A avaliação na concepção de Creso Franco (2001) nos mostra que no
ensino fundamental, o objetivo de avaliar é de informar, tornando agradável o
ambiente escolar, onde a troca de conhecimentos deve ocorrer naturalmente
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para que a função informativa possa ser à base do processo de ensino
aprendizagem, como nos mostra a citação abaixo,
Na educação a avaliação desempenha um papel essencial, especialmente no âmbito do ensino fundamental exercendo por excelência, a função informativa, isto é, fornece informações para que professores e alunos conheçam os pontos fortes e fracos do processo de ensino e aprendizagem, fazendo com que ambos possam tomar as providências necessárias para que este se desenvolva com sucesso. (FRANCO, 2001 P.29).
A avaliação é necessária e deve acompanhar o processo de ensino
aprendizagem verificando a qualidade do trabalho de ambos, professor e aluno,
como podemos ver na concepção de Libâneo;
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias, enfim, a avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor quanto do aluno. (LIBÂNEO, 1994. P.14).
As definições selecionadas acima mostram que a avaliação é um
processo no que se percebe o desenvolvimento tanto do aluno como do
professor. E que avaliar é para ensinar e não para dar nota.
A avaliação em seu processo apresenta características de continuidade,
temporalidade, totalidade, organicidade e orientação para um fim, ou seja, se
fundamenta em pressupostos como:
• É dinâmica: não é estática.
• É contínua: não é terminal.
• É integrada: não é isolada do ensino.
• É progressiva: não é estanque.
• É voltada para o aluno: não para os conteúdos.
• É abrangente: não restrita a alguns aspectos da personalidade do
aluno.
• É cooperativa: não realizada somente pelos professores.
• É versátil: não se efetiva sempre da mesma forma.
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O que se espera da avaliação é que ela possa auxiliar o aluno a
aprender e se desenvolver.
1.2 - Modalidades da Avaliação
1.2.1 – Avaliação Diagnóstica
A avaliação hoje só é válida se tiver o intuito de buscar caminhos para
melhor aprendizagem do aluno. A avaliação diagnóstica visa detectar a
presença ou a ausência de conhecimentos e habilidades. O diagnóstico é
composto por uma sondagem, projeção e retrospecção da situação de
desenvolvimento do aluno, partindo daí, fornece ao docente elemento para que
ele possa verificar o que aprendeu e como aprendeu.Desse ponto em diante
inicia-se a auto-avaliação que pode ser oral ou escrita, permitindo ao aluno
avaliar a si mesmo e ao colega.
Como nos afirma a autora Sant’ Anna,
A auto-avaliação deve ser uma aprendizagem já explorada nas séries iniciais para que através da avaliação, o aluno seja capaz de parar, pensar, concluir e continuar a escada do conhecimento com pés firmes, consciência tranqüila e garantindo seu próprio progresso. (Sant’ Anna, 2002).
A avaliação diagnóstica deve acontecer sempre que inicia novos ciclos
de estudos, para que se faça uma reflexão para melhor diagnosticar as
dificuldades dos alunos. “E para que ela seja possível, é preciso compreendê-la
e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica” (Luckesi 1997p.
82). O trabalho pedagógico deve estar intimamente ligado a esse tipo de
Avaliação.
1.2.2- Avaliação formativa
O primeiro a usar essa expressão foi o americano Michael Scrtivem, em
seu livro, ”Metodologia da Avaliação” (1967), segundo ele, só com observação
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sistemática o educador consegue aprimorar as atividades de classe e garantir
que todos aprendam.
Essa avaliação tem o objetivo de informar o discente e o docente o
resultado da aprendizagem durante o desenvolvimento das atividades
escolares. Mas seu objetivo não é criar hierarquias, mas delimitar as aquisições
e os modos de raciocínio de cada aluno, é um processo individualizado, para
melhor detectar as dificuldades de determinados alunos, e resolvê-las. “Para
que essa prática seja realmente nova, seria necessário, entretanto, que a
avaliação formativa fosse regra e se integrasse a um dispositivo de pedagogia”
(Perrenoud 1999). Na avaliação formativa o professor é o mediador, ele auxilia
o aluno a aprender.
“A avaliação formativa assume todo o seu sentido no âmbito de uma
estratégia pedagógica de luta contra o fracasso e as desigualdades, que está
longe de ser sempre executada com coerência e continuidades”. (Perrenoud
1996).
A avaliação formativa situa-se numa perspectiva pragmática e numa
relação constante entre aluno e professor.
Seu objetivo é auxiliar cada um a aprender. Não se separa avaliação e
ensino, considera cada situação de aprendizagem como fonte de informações
ou de hipóteses para melhor delimitar os conhecimentos e a atuação do aluno.
É formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender e se
desenvolver, ela permite o docente intervir bem antes do fracasso. Quando se
avalia existem certas funções:
• Prognóstica – para o prosseguimento em determinada formação.
• Certificativa – para obter um certificado.
• Normativa – para classificar e hierarquizar.
• Formativa – por sua vez busca este esquema igualitarista, todo aluno
é um ser ímpar, e o professor precisa de informações para intervir
eficazmente.
Apesar de reconhecerem o valor da avaliação formativa, muitos
professores não a assumem devido a lógica do conhecimento que norteia as
práticas tradicionais.
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A avaliação formativa é na verdade, uma forma de regular a ação
pedagógica, ela introduz uma ruptura, porque propõe deslocar a
regulamentação ao nível das aprendizagens e individualizá-la.
Portanto a finalidade da avaliação formativa não é a de controlar e
qualificar os estudantes, mas sim, de ajudá-los a progredir no caminho do
conhecimento compartilhado.
Conforme Erica Grassau (1975, p.29), para que se processe a avaliação
formativa devemos:
a) Saber o que se quer avaliar e para que servem os
resultados;
b) Obter as evidências que descrevem o evento que
nos interessa;
c) Estabelecer os critérios e os níveis de eficiência para
comparar os resultados.
d) Emitir um juízo de valor que sirva de base para
ações futuras (Grassau1975, p.29). Apud_Citado por
SANT’ ANNA( 2002.p.35)
1.2.3 - Avaliação somativa
Sua principal função é classificar os alunos ao final de cada unidade,
bimestre, semestre, ou ano letivo.
Classifica-se segundo o nível de aproveitamento ou rendimento
alcançado.
Essa avaliação não deveria ter objetivo só individual e sim que se
observasse também o rendimento grupal. Se determinada questão ou assunto
que não houvesse uma porcentagem boa de entendimento, deveria ser
retomada em um novo planejamento para que houvesse uma aprendizagem
significativa, como afirma Sant’ Anna (2002) “a classificação deve se processar
conforme parâmetros individuais e grupais”.
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CAPÍTULO II
No segundo capitulo considerando a importância de avaliar buscou-se
uma reflexão sobre a ação de avaliar como um instrumento que faz parte de
todo processo educativo. A definição de avaliar exige muita clareza dos
profissionais sobre o processo ensino aprendizagem, para definir o que
ensinar, quais as estratégias a serem utilizadas, para finalmente saber o que
deve ser avaliado.
2 – AVALIAR
2.1 - Para que avaliar
Nas últimas décadas a avaliação educacional ocupou lugar de destaque
nas políticas públicas brasileira.
Ensinar e aprender são questões indissociáveis e isto significa que não é
só detectar os problemas de aprendizagem dos alunos, o professor deve
considerar que em sua prática de ensino também ocorrem problemas. Portanto
avaliar é para saber se o ensinar e o aprender caminham decididamente juntos.
Embora perceba se que o professor não é o único responsável pelo processo
de ensino/aprendizagem.
Avalia-se na verdade para ensinar o que ainda não foi aprendido.
Avaliação é uma poderosa ferramenta de trabalho que auxilia o
professor a aperfeiçoar-se profissionalmente ao buscar soluções para os
problemas de aprendizagem dos alunos. E para que avaliar? Para aprender,
eis a questão. “A avaliação educacional tem sentido e é plenamente justificada
quando está a serviço de quem aprende e assegura sempre e em todos os
casos a correta aprendizagem mediante as devidas correções e as indicações
pertinentes” (Mendez 2002p.15).
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2.2 - Por que avaliar
No âmbito escolar a avaliação só faz sentido se for para auxiliar o
docente e o discente a superar suas dificuldades.
Nesse novo século a missão da escola é desenvolver as potencialidades
das crianças e transformá-las em cidadãos e a finalidade da educação deve se
adaptar a isto. Cada pessoa tem seu jeito de ser, seu ritmo, suas facilidades e
dificuldades, portanto o aprendizado na sala de aula não se da de um modo
uniforme. É preciso atender a diversidade dos alunos e avalia-los nessa
mesma dimensão. Para que a avaliação sirva a aprendizagem, é essencial
conhecer cada aluno e suas necessidades. Nesse prisma a avaliação visa a
melhoria da aprendizagem porque o professor observa o aluno sobre vários
aspectos: temperamento, experiência de vida, expectativas, necessidades e
não problemas de aprendizagem.
Quando a avaliação não é usada para classificar melhores nem piores e
sim para fazer com que todos aprendam, ela será conivente com o seu
verdadeiro papel no âmbito educacional, o de ser instrumento de crescimento e
transformação social.
2.3 – Como avaliar
A avaliação durante décadas foi um bicho de sete cabeças que
amedrontava e ameaçava, e ainda hoje é um dos grandes calos da educação.
Existem diversos instrumentos para analisar o desempenho do aluno e
fazer com que todos integrem ao processo de aprendizagem, basta escolher.
Essa pratica deve ser capaz de julgar o valor do aluno e possibilitar o
seu crescimento como indivíduo integrante de uma comunidade. Existem várias
estratégias de ensino e várias maneiras de avaliar, qualquer que seja o
instrumento que adote, o professor deve ter em mente se ele é relevante para
compreender o processo de aprendizagem dos alunos e indicar caminhos para
melhorar o ensino, esse instrumento por sua vez deve ter coerência com a
prática diária. Para Cipriano Carlos Luckesi, professor de pós-graduação em
Educação na Universidade Federal da Bahia, o processo de avaliar tem
basicamente três passos:
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• Conhecer o nível de desempenho do aluno (constatação da
realidade)
• Comparar essa informação com aquilo que é considerado no
processo educativo (qualificação).
• Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.
É preciso avaliar o que foi realmente ensinado. Nenhum método é
melhor do que outro, o ideal é usá-lo adaptando-os às necessidades e a
realidade de cada turma e os objetivos de cada educador. Para Sant’ Anna
2002,
A avaliação dos resultados imediatos da aprendizagem deve ser expressa, segundo nossa reflexão crítica, por palavras que expressem amor, fé, incentivo, coragem e não rótulos, agressões, muros, grilhões, prisões que impeçam o indivíduo de continuar aprendendo, criando, realizando-se. (Sant’ Anna 2002,14).
Portanto a avaliação deve incluir, não excluir.
Para verificar resultados o professor pode usar um método como:
testes, provas, inquirições, observações, avaliação cooperativa, auto-
avaliação ou qualquer outro método que vise o conhecimento aprendido.
“Avaliar significa atribuir algum valor e não implica em desvalorização” (Sant’
Anna, 2002 p29).
Pode-se usar métodos que meçam ou testem, mas o objetivo maior
tem que ser para diagnosticar o que foi e o que precisa ser aprendido.
Para Sandra Azzi a avaliação deve:
• Ser parte integrante do processo ensino/aprendizagem
• Ser intencional, sistemática, contínua e processual.
• Ser formal, mas valorizar também as informações advindas de
situações informais.
• Contribuir para uma aprendizagem afetiva dos alunos.
• Exercer funções diferenciadas.
• Anteceder, acompanhar e finalizar o trabalho pedagógico. (Azzi,
2000, p.159).
Outro aspecto importante na questão de como avaliar, é que o
professor deve deixar claro para o aluno que o erro é importante, mas o
acerto depende de como se vê esse erro, de maneira livre e sem culpa, sem
repreensões e medo.
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É preciso tirar vantagens de seus próprios erros, reconhecê-lo e
refazer até chegar aos acertos, portanto o professor nessa dimensão estará
avaliando os avanços e não só os fracassos.
O objetivo geral da avaliação é auxiliar o aluno a aprender e não
instiga-lo ao fracasso.
Avalia-se sempre para agir, ou seja, para mudar a maneira de ensinar,
seja para ver o que precisa ser ensinado, seja para redirecionar o ensino
aprendizagem, e esta deve contribuir para que o discente desenvolva mais
suas competências. Para concluir, sabe-se que não pode separar a reflexão
sobre avaliação de um questionamento mais global sobre as finalidades da
escola, das disciplinas, do contrato pedagógico e didático e dos
procedimentos de ensino e de aprendizagem, pois é preciso avaliar para
crescer.
2.4 - Funções da avaliação
Para a pedagoga Ilza Martins Sant’ Anna (2002) “um programa de
avaliação se constitui por funções gerais e específicas”.
São funções gerais da avaliação:
1-Fornecer as bases para o planejamento;
2-Possibilitar a seleção e a classificação de pessoal (professores,
alunos, especialistas, etc.)
3-Ajustar políticas e práticas curriculares.
São funções específicas da avaliação:
1-Facilitar o diagnóstico;
2-Melhorar a aprendizagem e o ensino (controle);
3-Estabelecer situações individuais de aprendizagem;
4-Interpretar os resultados;
5-Promover, agrupar aluno (classificação) (Sant’ Anna 2002, p.37).
Essas funções citadas acima estão relacionadas com as funções da
educação, portanto a avaliação deve ter objetivos claros e precisos que façam
jus ao seu principal ponto que é a melhoria do ensino aprendizagem.
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CAPÍTULO III
Este capítulo refere-se a uma breve viagem na historia para relatar o
surgimento da profissão supervisor escolar compreendendo que este
profissional tem uma amplitude muito grande no processo avaliativo Cabe ao supervisor não só conhecer a ação, mas direcioná-la, a fim de
acompanhar os procedimentos didáticos à resolução de problemas de
aprendizagem escolar.
3 – O SUPERVISOR ESCOLAR E A AVALIAÇÃO
3.1 – Supervisão Escolar: Um Breve Histórico.
Tornar-se supervisor é uma questão que leva a reflexão, pesquisa, na
busca de uma prática profissional que vai além dos muros de uma instituição.
Cabe saber que soluções prontas e acabadas não existem e nem são
aplicadas rotineiramente no cotidiano da instituição, é preciso ter um olhar mais
atento para encontrar soluções e estratégias adequadas a cada problema de
aprendizagem em si. A formação de um supervisor escolar nunca será
concluída em sua prática. A pesquisa, e a reflexão devem ser constantes.
Em Minas Gerais a supervisão pedagógica surgiu com a reforma
educacional de 1906 no governo de João Pinheiro. Seu objetivo era controlar a
ação docente.
Em 1924 surgiu a escola de Aperfeiçoamento que oferecia a formação
do Assistente Técnico.
Essa escola foi criada a partir de um grupo de profissionais que
estudavam na universidade de Columbia, nos E.U.A. (Estados Unidos da
América). A principal missão desse grupo de professoras era:
“ de preparar os dirigentes escolares e os assistentes técnicos responsáveis pela aplicação, controle e fiscalização das normas constantes do regulamento e dos programas de Ensino Primário...Os diretores e assistentes técnicos seriam os intermediários entre os
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órgãos superiores e os professores,orientando, controlando e fiscalizando a execução das normas por eles estabelecidas. (Garcia 1988,p30)
Em 1957 a formação dada por essa escola foi denominada Supervisão
Pedagógica com o surgimento do (PABAEE) Programa de Assistência
Brasileiro – Americana ao Ensino Elementar, e seu objetivo era dar “assistência
técnica aos professores que se ocupavam do ensino de metodologia e de
psicologia em Escolas Normais” (PAIVA & PAIXÃO. 2002. p.132).
Em 1964 ocorreu na política Brasileira um golpe militar, mudando a
estrutura política dos pais e a educação não ficou de fora, pois era preciso
reformular as propostas de ensino para se adequar a nova situação do Brasil.
Foi aprovado o parecer 252, incorporando à Resolução nº2 de 12/04/1969 que:
• Reformulou o curso de pedagogia.
• Instituiu as habilitações de administração, inspeção, supervisão e
orientação.
• Estendeu a supervisão pedagógica para as quatro ultimas séries
(ginásio).
Segundo Saviane (2001):
O parecer abria, claramente, a perspectiva de profissionalização da supervisão educacional na esteira da orientação educacional, cuja profissão já havia sido regulamentada por meio da Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968, antecipando-se, portanto o próprio parecer nº 252/69 (SAVIANE. 2001. p. 42).
Logo mais em 1971 surgiu a Lei nº 5.692 que reformulava o ensino
fundamental. A Supervisão Pedagógica só é referida na lei no artigo 33 quanto
sua estrutura profissional, ou seja, exigia-se que o profissional dessa área
“cursasse um curso superior de graduação com duração plena ou curta, ou de
pós-graduação”.
Com o surgimento do curso de Pedagogia houve a divisão dos trabalhos
(Taylorismo) seguindo os princípios tecnicista.
Esse tipo de trabalho promove a hierarquização e o supervisor recebe o
lugar de controle. Segundo RANGEL
”A supervisão foi imposta á educação brasileira como uma
necessidade de” modernização” e de assistência, a fim de garantir a
qualidade do ensino, mas, também para assegurar a hegemonia das
classes dominantes”. (RANGEL 2000, p.76)
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Esse espaço dado ao supervisor colaborou para que se constituísse um
profissional controlador, afastando-o dos profissionais nos quais ele deveria
trabalhar em pareceria tornando todo processo fragmentado.
O trabalho coletivo que deveria ser feito junto com o professor, é voltado
mais para atender as exigências das secretarias de educação e das escolas,
na elaboração de relatórios materiais didáticos, técnicas de ensino etc.
Seu papel tornou-se isolado e pouco motivador, resultando num
descrédito na profissão.
Para autora FERREIRA (1992) a formação dos especialistas é “ um meio
de garantir a execução do que foi planejado no centro, exigindo cada vez mais
pessoal cada vez menos qualificado, portanto, preparados em curso de menos
duração.”1
Com base da formação nos cursos de Pedagogia eram inadequados
para atender à demanda da realidade brasileira, nessa época a Secretaria de
Desenvolvimento da Educação Superior realizou seminários por todo Brasil
entre 1981 a 1983 no intuito de rever as praticas educativas estruturadas nos
cursos de Pedagogia.
Desses seminários surgiu um documento no qual dois de seus itens
principais destacam a importância e necessidades dos especialistas na
educação.
A ausência do especialista junto à instituição resultou numa concepção
de que, a pratica docente é meramente reprodutora de ações mecânicas e
irrefletidas e que essa prática é uma tarefa simples, que pode ser
desempenhada com poucos recursos formadores.
Com o surgimento dos anos 90, a supervisão foi redescoberta e percebida
como um instrumento necessário ás mudanças ocorridas na educação. Embora
sem o devido embasamento teórico, cabe ao supervisor transformar a
realidade que permitiu uma tória educacional emenda da práxis e não dela
desvinculada.
Para FERREIRA (2000)
A ação supervisora passa a ser considerada “aglutinadora e impulsionadora” de um grupo de pessoas, representantes de um ideário moderno de educação, cuja forma de conhecimento valorizado era de emancipação fundamentada na participação e na solidariedade. (Ferreira 2000. p.45)
23
Também na década de 90 o Brasil passa pela reforma educacional com
a Lei de Diretrizes e Bases a Lei 9.394/96 e com ela veio a descentralização
que põe fim na hierarquização, com o incentivo na participação dos
profissionais na elaboração dos projetos de ensino.
Com a L.D.B./96 surge também à regulamentação da formação desse
profissional da educação, em seu artigo 64 que determina:
A formação de profissionais de educação para administração, planejamentos, inspeção, supervisão e orientação educacional para educação básica, será feita em curso de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação a base comum nacional. (L.D.B./96).
Na década de 2000 a supervisão ainda permanece sem regulamentação
e fundamentação teórica. Então em 2002 a AMISP (Associação Mineira dos
Supervisores Pedagógicos), promovem o V Encontro Regional dos
Supervisores de Minas Gerais no qual os profissionais da área mostraram sua
preocupação com a distancia entre o conteúdo do curso de formação e a
demanda da pratica profissional.
Na época atual ainda persistem as velhas indagações referentes ao
trabalho do supervisor. Para Alves (1991)
É preciso fazer nascer um novo educador, mas não individualizada, mas como um grupo cônscio de seus direitos e de sua luta e principalmente comprometido com o interesse da maioria da população escolar á qual ele atende. É desta perspectiva que cabe pensar a formação do supervisor. (ALVES 1991.p.27.)
O projeto de Lei nº 283/2000 regulamenta o exercício da profissão de
supervisor Educacional ou, Supervisor Escolar e dá outras providencias. Esse
projeto no seu artigo 3ª define que:
“O exercício da profissão de supervisor escolar é exclusivo dos portadores de diploma de curso superior, devidamente registrado pela Universidade formadora e/ou por Universidade indicada pelo Conselho Nacional de Educação”. 3
Já em seu artigo 4º ele define quais são as atribuições desse
profissional que serão tratadas no item a seguir.
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3.2 – Atribuições do Supervisor Escolar e sua contribuição na avaliação
A educação é um encargo coletivo onde todos têm sua função, portanto
é necessário que também o supervisor escolar tenha definido suas atribuições
que são elas:
• “Contribuir para o acesso e permanência do aluno na Unidade
Educativa, intervindo com sua especificidade de mediador da ação
docente no currículo, mobilizando os professores para a qualificação do
processo de ensino-aprendizagem, através da composição,
caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas
de materiais e de outras questões curriculares”.
• Participar da articulação, elaboração e reelaboração de dados da
comunidade escolar, como suporte necessário ao dinamismo do P.P.P.
• Participar junto à comunidade escolar na criação, organização e
funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: conselho de
Escolar, APP, Grêmio Estudantil, entre outros, incentivando a
participação e democratização das decisões e das relações na Unidade
Escolar.
• Participar, junto com a comunidade escolar, no processo de elaboração,
atualização do Regimento Escolar e utilização deste como instrumento
de suporte pedagógico.
• Participar do processo de escolha de representantes de turmas (aluno,
professor) com vista ao redimensionamento do processo de ensino-
aprendizagem.
• Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de
projetos, planos, programas e outros, objetivando o atendimento e
acompanhamento do aluno, nos aspectos que se refere ao processo de
ensino-aprendizagem, bem como o encaminhamento de alunos à outros
profissionais quando a situação exigir.
25
• Participar, junto com os professores, da sistematização e divulgação das
informações sobre o aluno, para o conhecimento dos pais, e, em
conjunto, discutir os possíveis encaminhamentos.
• Coordenar o processo de articulação das discussões do currículo junto
com a comunidade escolar, sendo o mediador da ação docente,
considerando a realidade do aluno como foco permanente de reflexão,
redirecionador permanente do currículo.
• Subsidiar o professor no planejamento da ação pedagógica, para que
haja articulação vertical e horizontal dos conteúdos, metodologia e
avaliação, redimensionando o processo de ensino-aprendizagem.
• Coordenar a análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolares
junto com o professor e demais especialistas, visando reduzir os índices
de evasão e repetência, qualificando o processo de ensino -
aprendizagem.
• Visar o redimensionamento da ação pedagógica, coordenando junto aos
demais especialistas e professores o processo de identificação e análise
das causas, acompanhando os alunos que apresentam dificuldades na
aprendizagem;
• Realizar e/ou promover pesquisas e estudos emitindo pareceres e
informações técnicas na área de supervisão escolar;
• Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em supervisão escolar junto à
instituição formadora.
• Coordenar uma ação conjunta e responsável com a equipe docente para
verificar, avaliar e orientar no processo de avanço de dificuldade de
aprendizagem e vida em comunidade.
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• Desenvolver o trabalho de supervisão escolar considerando a ética
profissional.
• Realizar outras atividades correlatas com a função.” (2).
Nos itens citados a cima a cerca das atribuições do supervisor
pedagógico, está claro sua importância junto do docente nos processos de
avaliação. Pois de acordo com nossas pesquisas o supervisor está habilitado a
interferir no processo de avaliação, contrabalançando a relação entre o
professor e o aluno e dentro das instituições escolares esse profissional possui
ampla área para a sua atuação pedagógica. Com a colaboração do mesmo o
professor realizará sua avaliação visando sanar os problemas do ensino-
aprendizagem promovendo assim um ensino de qualidade voltado para as
praticas de cidadania. E do bem comum como define o inciso IV do artigo 4º do
Projeto de Lei nº 283/2000, que diz:
IV- assegurar o processo de avaliação da aprendizagem escolar e a recuperação dos alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os segmentos da comunidade escolar, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino.4
Essa ação deverá ocorrer de forma não-autoritária, mas conjunta, não
devendo ter um sentido hierárquico, mas à vontade de transformar a prática em
práxis pedagógica.
Não é fácil redimensionar a prática da avaliação, requer trabalho intenso,
contudo, se os profissionais e principalmente o supervisor escolar estiverem
dispostos a romper com as barreiras da avaliação, acredita-se na possibilidade
de um melhor ensino aprendizagem.
Guiomar Namo de Mello cita em seu livro Cidadania e Competitividade
que o supervisor deve ser o autor das mudanças, realizando trabalhos e
viabilizando estratégias com objetivos de envolver escola, família e
comunidade. No caso da avaliação, deve esclarecer as famílias e a
comunidade local sobre os objetivos da mesma, que é imprescindível à
obtenção da compreensão e colaboração de todos inseridos no processo-
ensino-aprendizagem. Outra estratégia de atuação do supervisor escolar seria
a de tomar a escola como uma unidade de treinamento, dentro de uma
abordagem transdiciplinar que permita os docentes, enquanto equipe, aprender
27
como trabalhar conteúdos diferenciados dentro do corpo prioritário de
conteúdos gerais e básicos para melhor assim avalizar.
Segundo GARCIA:
(...) A aprendizagem é resultado de uma relação entre o sujeito e o
objeto, mas a avaliação não deve ser apenas a verificação de produto
desta relação, é ver e rever a ação produzida pelo sujeito num
movimento de transformação, onde se adquire um novo
conhecimento que transformação sujeito, a avaliação então se
verifica a todo o momento nessa relação. (GARCIA. 1995.p.99)
Para que a avaliação não se torne um instrumento de poder, o
supervisor escolar deve conscientizar os educadores na consideração do
capital cultural dos alunos, pois essa possui uma base significativa para o
conhecimento e a pesquisa escolar, tornando a avaliação como subsídio que
auxilie na qualidade do ensino. 2 Retirado www.pmf.sc.gov.br/ebmhenriqueveras/equipe.html, 3,4 Retirado www.al.rs.gov.br/proposições/200/pl/pl283_2000.htm.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se que no processo educacional a avaliação tem constituído
uma questão polêmica e mal entendida, fomos a campo cheias de
questionamentos pensando encontrar respostas para estas polêmicas, e o que
entendemos é que não há respostas definidas, concretas, pois o ser humano
vive em constantes mudanças e dúvidas em várias situações, portanto,
encontramos apenas alguns reforços intelectuais para apoiarmos nossas
idéias. Existe um grande número de professores que utilizam a avaliação como
um ato isolado, para aprovar ou reprovar o aluno. E às vezes como instrumento
de coação para disciplinar os alunos.
É preciso que os professores façam uma análise crítica da sua postura,
para mudar quando necessário, realizando uma prática com práxis
influenciando na formação do discente, pois ele será um indivíduo atuante na
sociedade. Nesse contexto o supervisor escolar é muito importante, pois dá o
suporte ao docente estabelecendo relações entre educador e educando.
Com esse trabalho espera-se viabilizar o pensar sobre a avaliação do
rendimento escolar e a postura do supervisor escolar a partir da reflexão das
práticas existentes, fazendo com que a aprendizagem dos alunos deixe de ser
apenas um número vermelho ou azul nos quadrinhos do diário. Dessa forma a
avaliação formadora exige uma grande reflexão dos educadores interessados
em aperfeiçoar suas práticas avaliativas.
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