querem privatizar a saÚde pÚblica

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JORNAL DO CREMERJ FEVEREIRO DE 2011 • Nº 233 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ISSN 1980-394x O s médicos tiveram sua pri- meira vitória na luta con- tra a privatização da saú- de pública, no dia 24 de fevereiro, quando a Justiça defe- riu liminar à ação impetrada pelo CREMERJ para suspender licita- ção visando à contratação, pela Secretaria Municipal de Saúde, de Organizações Sociais (OSs) para gestão das emergências dos hos- pitais Souza Aguiar, Miguel Cou- to, Salgado Filho, Lourenço Jor- ge e do PAM Irajá. O Juiz Iório Siqueira D´Alessandri Forti, em sua decisão, afirmou que tal con- tratação contraria a própria lei que criou as OSs, permitidas ape- nas para atuarem em novas uni- dades e no Programa de Saúde da Família (PSF). Em reunião no CREMERJ, o Secretário Munici- pal de Saúde, Hans Dohmann, disse que as Organizações Soci- ais eram a única alternativa para os problemas da rede. Para o Pre- sidente do Conselho, Luís Fer- nando Moraes, a melhoria da saúde depende primordialmente de concurso público e salários dignos para os médicos. Página 5 e Editorial ESTADO AFORA Mobilização em Macaé por melhores condições de trabalho Página 7 Baile Pré-carnavalesco abre temporada de eventos Página 19 SAÚDE SUPLEMENTAR Médicos vão parar de atender convênios no dia 7 de abril Páginas 3 e 5 SAÚDE PÚBLICA Conselho amplia atuação por melhorias na rede Páginas 10 e 11 SERVIÇO Dmed deve ser entregue até 31 de março Página 15 QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA LUTAREMOS SEMPRE CONTRA ISSO

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Page 1: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO

CREMERJFEVEREIRO DE 2011 • Nº 233

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ISSN

198

0-39

4x

Os médicos tiveram sua pri-meira vitória na luta con-tra a privatização da saú-de pública, no dia 24 de

fevereiro, quando a Justiça defe-riu liminar à ação impetrada peloCREMERJ para suspender licita-ção visando à contratação, pelaSecretaria Municipal de Saúde, deOrganizações Sociais (OSs) paragestão das emergências dos hos-pitais Souza Aguiar, Miguel Cou-to, Salgado Filho, Lourenço Jor-ge e do PAM Irajá. O Juiz IórioSiqueira D´Alessandri Forti, emsua decisão, afirmou que tal con-tratação contraria a própria leique criou as OSs, permitidas ape-nas para atuarem em novas uni-dades e no Programa de Saúdeda Família (PSF). Em reunião noCREMERJ, o Secretário Munici-pal de Saúde, Hans Dohmann,disse que as Organizações Soci-ais eram a única alternativa paraos problemas da rede. Para o Pre-sidente do Conselho, Luís Fer-nando Moraes, a melhoria dasaúde depende primordialmentede concurso público e saláriosdignos para os médicos.

Página 5 e Editorial

ESTADO AFORAMobilização emMacaé por melhorescondições de trabalho

Página 7

BailePré-carnavalescoabre temporada

de eventosPágina 19

SAÚDE SUPLEMENTARMédicos vão pararde atender convêniosno dia 7 de abril

Páginas 3 e 5

SAÚDE PÚBLICAConselho ampliaatuação pormelhorias na rede

Páginas 10 e 11

SERVIÇODmed deve serentregue até31 de março

Página 15

QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICALUTAREMOS SEMPRE CONTRA ISSO

Page 2: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 20112

Praia de Botafogo, 228, loja 119BCentro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22250-040Telefone: (21) 3184-7050 - Fax: (21) 3184-7120www.cremerj.org.brHorário de funcionamento:de segunda a sexta, das 9 às 18 horas

SEDESEDESEDE

DIRETORIALuís Fernando Soares Moraes - PresidenteFrancisco Manes Albanesi Filho - Primeiro Vice-PresidenteVera Lucia Mota da Fonseca - Segunda Vice-PresidentePablo Vazquez Queimadelos - Secretário GeralSidnei Ferreira - 1º SecretárioArnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho - 2º SecretárioAlkamir Issa - Diretor de Sede e RepresentaçõesMarília de Abreu Silva - Diretora TesoureiraArmindo Fernando Mendes - Diretor Primeiro TesoureiroSérgio Albieri - CorregedorAloísio Carlos Tortelly Costa - Vice-CorregedorCONSELHEIROSAbdu Kexfe, Alexandre Pinto Cardoso, Alkamir Issa, Aloísio Carlos Tortelly Costa, AloísioTibiriçá Miranda, Armindo Fernando Mendes Correia da Costa, Arnaldo Pineschi de AzeredoCoutinho, Carlindo de Souza Machado e Silva Filho, Carlos Américo Paiva Gonçalves,Celso Corrêa de Barros, Edgard Alves Costa, Érika Monteiro Reis, Felipe Carvalho Victer,Fernando Sergio de Melo Portinho, Francisco Manes Albanesi Filho, Gilberto dos Passos,Guilherme Eurico Bastos da Cunha, Hildoberto Carneiro de Oliveira, J. SamuelKierszenbaum, Jorge Wanderley Gabrich, José Marcos Barroso Pillar, José Maria de Azevedo,José Ramon Varela Blanco, Júlio Cesar Meyer, Kássie Regina Neves Cargnin, Luís FernandoSoares Moraes, Makhoul Moussalem, Márcia Rosa de Araujo, Marcos Botelho da FonsecaLima, Marília de Abreu Silva, Matilde Antunes da Costa e Silva, Nelson Nahon, PabloVazquez Queimadelos, Paulo Cesar Geraldes, Renato Brito de Alencastro Graça, RicardoJosé de Oliveira e Silva, Rossi Murilo da Silva, Serafim Ferreira Borges, Sergio Albieri,Sérgio Pinho Costa Fernandes, Sidnei Ferreira e Vera Lucia Mota da Fonseca

• Angra dos Reis - Tel: (24) 3365-0330Coordenador: Ywalter da Silva Gusmão JuniorRua Professor Lima, 160 - sls 506/507e-mail: [email protected]

• Barra do Piraí - Tel: (24) 2442-7053Coordenador: Sebastião Carlos Lima BarbosaRua Tiradentes, 50/401 - Centroe-mail: [email protected]

• Barra Mansa - Tel: (24) 3322-3621Coordenador: Abel Carlos de BarrosRua Pinto Ribeiro, 103 - Centroe-mail: [email protected]

• Cabo Frio - Tel: (22) 2643-3594Coordenador: José Antonio da SilvaAvenida Júlia Kubtischeck,39/111e-mail: [email protected]

• Campos - Tel: (22) 2722-1593Coordenador: Makhoul MoussallemPraça Santíssimo Salvador, 41/1.405e-mail: [email protected]

• Itaperuna - Tel: (22) 3824-4565Coordenador: José Henrique Moreira PillarRua 10 de maio, 626 - sala 406e-mail: [email protected]

CREMERJ SECCIONAISCREMERJCREMERJ SECCIONAISSECCIONAIS

Não à privatização da saúdeais uma vez o poder pú-blico quer se eximir daresponsabilidade de ofe-recer uma saúde de qua-

lidade à população, transferindo a res-ponsabilidade da gestão dos hospi-tais para a iniciativa privada.

A contratação de OrganizaçõesSociais (OSs), como pretende a Secre-taria Municipal de Saúde, para geriras emergências dos hospitais SouzaAguiar, Miguel Couto, Salgado Filho eLourenço Jorge e, posteriormente, osPAMs Del Castilho e Irajá, contraria aprópria legislação que criou as OSsdirigidas à saúde, quando restringe suaatuação a unidades novas, ao Hospi-tal Municipal Ronaldo Gazolla e aoPrograma Saúde da Família (PSF).

Da mesma forma, fere a Consti-tuição ao abranger atividade públicade natureza permanente, como sãoos serviços de emergência dos hospi-tais da rede pública.

Tal medida significa, na verdade,uma terceirização de serviços, disfar-çada de legalidade, que poderá pro-piciar fraudes e malversação de ver-bas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em reunião no CREMERJ, o Se-

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião do CREMERJ.

• Macaé - Tel: (22) 2772-0535Coordenador: Gumercino Pinheiro Faria FilhoRua Dr. Luiz Belegard, 68/103 - Centroe-mail: [email protected]

• Niterói - Tel: (21) 2717-3177 e 2620-9952Coordenador: Glauco BarbieriRua Cel. Moreira Cesar, 160, sls 1209/1210e-mail: [email protected]

• Nova Friburgo - Tel: (22) 2522-1778Coordenador: Thiers Marques Monteiro FilhoRua Luiza Engert, 01, salas 202/203e-mail: [email protected]

• Nova Iguaçu - Tel: (21) 2667-4343Coordenador: José Estevan da Silva FilhoRua Dr. Paulo Fróes Machado, 88, sala 202e-mail: [email protected]

• Petrópolis - Tel: (24) 2243-4373Coordenador: Jorge Wanderley GabrichRua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210e-mail: [email protected]

• Resende - Tel: (24) 3354-3932Coordenador: João Alberto da CruzRua Gulhot Rodrigues, 145/405e-mail: [email protected]

• São Gonçalo - Tel: (21) 2605-1220Coordenador: Amaro Alexandre NetoRua Coronel Serrado, 1000, sls. 907 e 908e-mail: [email protected]

• Teresópolis - Tel: (21) 2643-3626Coordenador: Paulo José Gama de BarrosAv. Lúcio Meira, 670/516 - Shopping Várzeae-mail: [email protected]

• Três Rios - Tel: (24) 2252-4665Coordenador: Ivson Ribas de OliveiraRua Manoel Duarte, 14, sala 207 - Centroe-mail: [email protected]

• Valença - Tel: (24) 2453-4189Coordenador: Fernando VidinhaRua Padre Luna, 99, sl 203 - Centroe-mail: [email protected]

• Vassouras - Tel: (24) 2471-3266Coordenadora: Leda CarneiroAv. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 52/203e-mail: [email protected]

• Volta Redonda - Tel: (24) 3348-0577Coordenador: Olavo Guilherme Marassi FilhoRua Vinte, 13, sl 101e-mail: [email protected]

• Barra da TijucaTel: (21) 2432-8987Av. das Américas 3.555/Lj [email protected]• Campo GrandeTel: (21) 2413-8623Av. Cesário de Melo, 2623/s. [email protected]

SUBSEDESSUBSEDESSUBSEDES• Ilha do Governador

Tel: (21) 2467-0930Estrada do Galeão, 826 - Lj [email protected]

• MadureiraTel: (21) 2452-4531Estrada do Portela, 29/[email protected]

• MéierTel: (21) 2596-0291Rua Dias da Cruz, 188/Lj [email protected]

• TijucaTel: (21) 2565-5517Praça Saens Pena, 45/[email protected]

Publicação Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de JaneiroConselho Editorial - Diretoria e Ângela De Marchi • Jornalista Responsável - Nicia Maria - MT 16.826/76/198Reportagem - Nicia Maria, Irma Lasmar e Érika dos Anjos • Fotografia - José Renato e Henrique Huber • Projeto Gráfico - João FerreiraProdução - Foco Notícias • Impressão - Ediouro Gráfica e Editora S.A. • Tiragem - 60.000 exemplares • Periodicidade - Mensal

Mcretário Municipal de Saúde justifi-cou que a gestão por OSs seria a únicaalternativa para melhorar o sistemamunicipal de saúde, já que a Lei deResponsabilidade Fiscal impede opagamento aos médicos de saláriosmaiores, que os retenham na rede.

Esse argumento não responde àsreivindicações dos médicos. Se a Leide Responsabilidade Fiscal impede aviabilização de recursos humanos paraa saúde pública, o consenso impõe quese procure adaptá-la, como tantas ve-zes foi feito, inclusive com a Consti-tuição, que já sofreu várias emendas.

Por que, em vez de investir re-cursos nas OSs, não destiná-los dire-tamente aos hospitais? Perguntascomo essa se avolumam, sem querespostas convincentes sejam dadas.

A gestão por OSs pressupõe con-trole de produtividade. Como quan-tificar produtividade em medicina?Como comparar, por exemplo, oatendimento de um edema agudo ouum infarto ao de uma amigdalite? Amedicina não é uma ciência exata,em que se possa estabelecer objeti-vos numéricos a serem atingidos.

E os médicos que permanecerem

como estatutários, como poderão seaposentar? Na medida em que não secontrate novos médicos para o servi-ço público, esvazia-se o PreviRio.

Como será o relacionamento dogestor da OS com o gestor público nummesmo hospital? Qual dos dois será oresponsável técnico da unidade?

E a residência médica? Com cer-teza, ficaria bastante prejudicada coma rotatividade dos recursos humanospermitida pelas OSs. Também nãohaveria mais a tão importante e tra-dicional formação de equipes noshospitais, nem mesmo o peculiarapego do médico à unidade para qual

fez um concorrido concurso.Não! O CREMERJ diz não às OSs.O CREMERJ diz não à privatiza-

ção da saúde pública. Já tivemos umavitória com o deferimento da liminarpara impedir a licitação que contra-taria Organizações Sociais para asemergências do município. Aguarda-mos agora o julgamento do méritoda ação, que esperamos que seja tam-bém um “não à privatização da saú-de pública”.

O CREMERJ continuará a lutarpor uma saúde de qualidade, porconcurso público e por salários dig-nos para os médicos.

EDITORIAL • Ao contrário do que a Secretaria afirma, as OSs não são a única alternativa para solucionar os problemas

O selo FSC garante que este jornal foi impresso pela Ediouro Gráfica com papel certificado pelas normas da

organização internacional FSC (Forest Stewardship Council)

OuvidoriaTelefones: (21) 3184-7142,3184-7268 e 3184-7182Fax: (21) 3184-7267 (fax)[email protected]:na sede do Conselho, das 9h às 18h

“O CREMERJ continuará alutar por uma saúde dequalidade, por concursopúblico e por salários

dignos para os médicos”

Page 3: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 3

m reunião nacional da Co-missão de Saúde Suplemen-tar (Comsu), realizada emSão Paulo, no dia 18 de fe-

vereiro, as entidades médicas apro-varam a indicação do dia 7 de abrilpara suspensão do atendimento aosusuários de planos de saúde. Nessadata, denominada “Dia Nacional deParalisação”, haverá assembleias emtodos os Estados e manifestaçõespúblicas onde houver condições demobilização.

A Comissão, formada por mem-bros do Conselho Federal de Medici-na (CFM), Federação Nacional dosMédicos (Fenam) e Associação Mé-dica Brasileira (AMB), em conjuntocom a Comissão de Consolidação daCBHPM, confirmou a pauta de rei-vindicações do movimento: reajustede honorários com base na CBHPMplena; regularização dos contratos

SAÚDE SUPLEMENTAR • Entidades nacionais confirmaram a luta por contratualização e reajuste anual de honorários

Médicos vão parar dia 7 de abrilE

quanto a critérios claros de reajustee periodicidade; e ações no Congres-so para aprovação do Projeto de Lei(PL) que determina inserir índice dereajuste anual nos contratos.

Durante a reunião, a Coordena-dora da Comissão de Saúde Suple-mentar do CREMERJ, ConselheiraMárcia Rosa de Araujo, apresentouo cronograma que é seguido anu-almente pela entidade e pelas So-ciedades de Especialidade do Esta-do no Rio de Janeiro: aprovação doíndice de reajuste anual pela As-sembleia de Convênios e, a seguir,negociação dos valores com cadaoperadora individualmente.

Ela anunciou também para abrila realização, no Rio, de um café damanhã com a bancada parlamentardo Estado para sensibilizá-la pelaaprovação do PL sobre reajustes dehonorários médicos nos convênios.

Conselheira Márcia Rosa de Araujo na reunião da Comissão de Saúde Suplementar, em São Paulo

■ CASSI/Banco do BrasilEntidades oftalmológicas se reuniram com a ANS, na sede daentidade, no Rio de Janeiro, para discutitr questões pertinentes àCASSI/Banco do Brasil.

■ CorreiosReunião debate arbitrariedade da empresa

Os médicos descredenciados pe-los Correios que compareceram àreunião promovida pelo CREMERJno dia 16 de fevereiro informaramque estão cobrando as consultas di-retamente dos pacientes e fornecen-do recibo para possível reembolso.Eles decidiram ainda que o procedi-mento deverá ser o mesmo paraaqueles que trouxerem guias libera-das pela empresa, tendo em vista quenão há garantia de pagamento.

Segundo a Conselheira MárciaRosa de Araujo, os Diretores dosCorreios afirmaram que o creden-ciamento para pessoas jurídicasserá aberto. Quanto às pessoas fí-sicas, eles disseram que a divulga-

ção de edital dependerá da posi-ção da empresa em Brasília.

Além de levar um dossiê, quereúne denúncias de médicos des-credenciados e de pacientes quevêm ficando sem cobertura, à Ge-rência de Relacionamento com osPrestadores da ANS, ao MinistérioPúblico do Trabalho e ao Procon, oCREMERJ impetrou na Justiça Fe-deral uma ação contra os Correios,que até o fechamento desta ediçãoainda não havia sido julgada.

Estavam presentes os Conse-lheiros José Ramon Varela Blanco,representando a SOMERJ; MaríliaAbreu Silva, a SMCRJ; e a Assesso-ria Jurídica do CREMERJ.

O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no usodas atribuições legais conferidas pela Lei nº 3.268/57, regulamentada pelo Decreto nº44.045/58, consoante ao Acórdão nº 5.248/2009 exarado na Carta Precatória dos autosdo Processo Ético-Profissional - CREMESP nº 6.452-541/04, vem tornar pública a penade “CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL”, prevista na letra “c”, do artigo 22do aludido diploma legal, ao médico HILBERNON MIRANDA CARVALHO, CRM nº52.23090-4, por infração aos artigos 2º, 4º, 35º e 37º do Código de Ética Médica (contidona Resolução CFM nº 1246/88).

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2011Conselheiro Luís Fernando Soares Moraes

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro

EDITAL DE CENSURA PÚBLICAO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no usodas atribuições legais conferidas pela Lei nº 3.268/57, regulamentada pelo Decreto nº44.045/58, consoante ao Acórdão nº 5.739/2010 exarado na Carta Precatória dos autosdo Processo Ético-Profissional - CREMESP nº 6.467-033/05, vem tornar pública a penade “CENSURA PÚBLICA EM PUBLICAÇÃO OFICIAL”, prevista na letra “c”, do artigo 22do aludido diploma legal, ao médico MARCIO DANTAS DE MENEZES, CRM nº 52.76123-0, por infração aos artigos 104º, 131º, 132º, 134º e 142º do Código de Ética Médica(contido na Resolução CFM nº 1.246/88).

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2011Conselheiro Luís Fernando Soares Moraes

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro

EDITAL DE CENSURA PÚBLICA

Page 4: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 20114

NOVA CARTEIRA DEIDENTIDADE MÉDICA:

se você já fez a sua, não deixe de buscá-la naSede, Subsede ou Seccional do CREMERJ.

Infraestrutura operacionalConselheiros .................................................. 42Seccionais ...................................................... 18Representantes nas Seccionais .................. 150Subsedes ........................................................ 06Funcionários ............................................... 137Títulos disponíveis na Biblioteca ............ 2.150Câmaras Técnicas ......................................... 48Comissões ...................................................... 10Grupos de Trabalho ...................................... 12Reuniões de Câmaras Técnicas/Grupos de Trabalho/Comissões ................... 31Plenárias de Conselheiros ............................. 05Comissões de Ética Médica ........................ 364Cursos de Educação Médica Continuada ........ 0Eventos diversos ........................................... 02Fiscalizações realizadas ................................ 08

RegistrosMédicos registrados .................................... 138Empresas registradas .................................... 34Títulos de Especialista registrados .............. 97

AtendimentosNa sedePessoa física ............................................. 1.163Pessoa jurídica ............................................ 770Na OuvidoriaAtendimentos telefônicos ....................... 2.313Atendimentos via eletrônica ...................... 580Atendimentos presenciais ............................ 19Atendimentos em urna .................................. 8Nas seccionaisPessoa física ................................................ 893Pessoa jurídica ............................................ 314Nas subsedesPessoa física ................................................ 585Pessoa jurídica ............................................ 312Consultas respondidas pela ComissãoDisciplinadora de Pareceres (CODIPAR) ...... 44

Atividades Judicantesdos ConselheirosDenúncias recebidas ..................................... 51Reuniões da Comissão Disciplinadora deProcessos Éticos Profissionais (CODIPEP) .. 04Itens apreciados na Comissão Disciplinadorade Processos Éticos Profissionais ................ 84Oitivas realizadas .......................................... 53Processos julgados e sindicâncias ............... 28Processos em andamento .......................... 595

CREMERJ EM NÚMEROSFevereiro de 2011

partir deste ano, docu-mentos emitidos peloCREMERJ terão selosque servirão para reco-

nhecimento e prova de autenti-cidade. O mecanismo é uma im-portante ferramenta contra frau-des e aumenta ainda mais a cre-dibilidade das informações.

Os selos de autenticidade sãousados nas Certidões de Anota-ção de Responsabilidade Técnicade Pessoa Física (CART-Eventos), nos Certificadosde Título de Especialista, nas Cer-tidões de Anotação de Responsa-bilidade Técnica de Pessoa Jurí-dica (CART), nos Certificados deInscrição de Empresas (CIE), nasCertidões de Nada Consta (Certi-dão Negativa) para casos parti-culares, nas Certidões de Cance-lamento e em declarações espe-ciais. As Certidões de Nada Cons-ta (Certidão Negativa) emitidaspelo site, tanto para pessoa físicacomo para pessoa jurídica, conti-nuarão a ser validadas eletroni-

A

SERVIÇOS • CREMERJ adota medidas para aumentar o nível de segurança

Documentos do Conselhoterão selos de autenticidade

camente, não necessitando doselo de autenticidade..

No projeto, foram utilizados astécnicas e os itens mais modernosde segurança. O papel do selo éproduzido em duas camadas comtratamento especial, que dificultaa remoção quando colado ao do-cumento. Além disso, o selo é im-presso em tinta laranja, compostapor pigmentos coloridos lumines-centes sob luz ultravioleta.

Outros documentos, como asetiquetas da Carteira Tipo Livro e

do Diploma, a Carteira do Interno,a Carteira Provisória e o Certifica-do de Título de Especialista, já sãoimpressos há tempos em papéiscom elementos de segurança.

“Essas iniciativas contribuempara evitar falsificações e são umagarantia a mais para o médico.Para nós, a tranqüilidade do mé-dico e a sua satisfação com rela-ção aos serviços prestados peloConselho são prioridade”, ressal-tou o presidente do CREMERJ,Luís Fernando Moraes.

NOTAS■ O Conselho Federal de Medicinaestá solicitando à CBF (Confedera-ção Brasileira de Futebol) e ao COB(Comitê Olímpico Brasileiro) queincluam nos projetos dos estádiosbrasileiros um departamento mé-dico para atendimentos de urgên-cia. Para o CFM, os estádios queserão construídos para a Copa de2014 e para as Olimpíadas de 2016devem ter uma infra-estrutura ca-paz de atender a pacientes em ur-gência e que seja adequado às re-gras da entidade.

■ A Divisão de Ensino e Pesquisa do Hospital Federaldos Servidores do Estado vai promover, no dia 30 demarço, o III Fórum de Preceptoria HFSE, com o tema“Práticas Pedagógicas Inovadoras no Exercício da Pre-ceptoria: Caminhos Possíveis no SUS”. O evento serárealizado no auditório da Divisão de Ensino e Pesqui-sa (Rua Sacadura Cabral, 178, Anexo 2, 5º andar –Saúde), das 8h às 16h. As inscrições devem ser feitasatravés do site http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=5723. Outras informa-ções pelos telefones (21) 2253-6462 e 2291-3131,ramais 3512 e 3780.

■ O Ministério da Saúde deve rever as for-mas de remuneração do médico. O Secre-tário de Atenção à Saúde, Helvécio Maga-lhães, aceitou a proposta das entidades mé-dicas nacionais de criação de um grupode trabalho para estudar a tabela do Sis-tema Único de Saúde (SUS). O grupo abor-dará todas as questões relacionadas ao va-lor da remuneração médica, possíveis dis-torções, forma de pagamento do código45 e 7, além de reavaliar a forma contra-tual do Ministério aos hospitais.

Page 5: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 5

ALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAConselheiro do CREMERJ e do CFM

DIA 7: PARALISAÇÃONACIONAL DOS MÉDICOS

m reunião realizada dia 18 de fevereiro, na sede daAssociação Paulista de Medicina, mais de 100 re-presentantes de entidades médicas de todo o paísapontaram para uma paralisação nacional do aten-

dimento aos planos de saúde no dia 7 de abril. Será um diade alerta dos médicos para as operadoras em relação aoshonorários pagos aos profissionais pelas empresas e, aomesmo tempo, um alerta à sociedade em relação às difi-culdades crescentes de assistência no setor.Trascrevemos abaixo carta aberta à população.

“Os médicos de todo o País irão suspender o atendimentoaos planos e seguros de saúde no próximo dia 7 de abril, DiaMundial da Saúde.

Nesse dia, os médicos não realizarão consultas e outrosprocedimentos. Os pacientes previamente agendados serão aten-didos em nova data. Todos os casos de urgência e emergênciareceberão a devida assistência.

A paralisação é referendada pela Associação Médica Brasi-leira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), FederaçãoNacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedadesde especialidades médicas.

Trata-se de um ato em defesa da saúde suplementar, daprática segura e eficaz da medicina e, especialmente, por maisqualidade na assistência prestada aos cidadãos.

O objetivo é protestar contra a forma desrespeitosa comque os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas queatuam no setor.

Os planos de saúde interferem diretamente no trabalho domédico: criam obstáculos para a solicitação de exames e inter-nações, fazem pressão para a redução de procedimentos, aantecipação de altas e a transferência de pacientes.

Os contratos entre as operadoras e os médicos também sãoirregulares, estão em desacordo com as normas estabelecidaspela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Nos últimos dez anos, os reajustes dos honorários médicosforam irrisórios, enquanto os planos aumentaram suas mensa-lidades bem acima da inflação.

Alertamos a sociedade que tal situação é hoje insustentá-vel, com riscos de sérios prejuízos à saúde e à vida daquelesque decidiram adquirir um plano de saúde, na busca de umaassistência médica de qualidade.

As empresas de planos de saúde precisam urgentementeatender a reivindicação das nossas entidades, estabelecendoregras contratuais claras que respeitem a autonomia do médi-co e definam critérios e periodicidade de reajustes dos honorá-rios profissionais.

É necessário também que a ANS exerça seu papel fiscaliza-dor, exigindo dos planos de saúde o cumprimento da regula-mentação.”

Associação Médica BrasileiraConselho Federal de MedicinaFederação Nacional dos Médicos

COLUNA DOCONSELHEIRO FEDERAL

E

e-mail: [email protected]

Falta de médicos éo item mais citado

IPEA • Pesquisa aponta o maior problema do SUS para a população

umentar o número de médicos é aprincipal medida para a melhoria dosserviços de saúde. Essa foi uma dasconstatações da pesquisa realizadapelo Instituto de Pesquisa Econô-

mica Aplicada (IPEA) na área da saúde, com oobjetivo principal de avaliar a percepção dapopulação sobre serviços prestados pelo SUS.

Tal constatação, segundo o Presidentedo CREMERJ, Luís Fernando Moraes, vaiao encontro do que o Conselho vem de-fendendo há muitos anos, como uma dasprincipais bandeiras da Causa Médica.

- A Comissão de Saúde Pública do Con-selho, desde 1993, quando foi criada, visi-ta hospitais e unidades de saúde da redepública, denunciando, entre outros proble-mas, a falta de médicos, e cobrando, emreuniões com as autoridades, a contrata-ção por concurso e o pagamento de salári-os dignos, tendo em vista que, atualmente,os médicos não estão mais se fixando narede pública devido à baixa remuneraçãoque recebem - ressaltou.

Ele disse ainda que a pesquisa do IPEAmostra que as lutas das entidades médicasnão são corporativas.

- Na verdade, o levantamento demons-tra que as nossas lutas estão afinadas coma sociedade, pois os maiores beneficiadosserão os próprios pacientes – acrescentou,como frisou no editorial da edição de de-zembro/janeiro do Jornal do CREMERJ.

Na pesquisa do IPEA, a falta de médicosfoi o problema mencionado com maior pro-porção de indicações, correspondendo a58,1% das respostas, seguido pelo relativoao tempo de espera para conseguir acesso adeterminados serviços: a demora para aten-dimento aos postos/centros de saúde ou noshospitais (35,4%) e a demora para conse-guir uma consulta com especialistas (33,8%).

De acordo com a pesquisa, embora oBrasil tenha experiências bem sucedidas nocontrole de doenças, como a eliminação dosarampo, a campanha de vacinação contraa influenza H1N1 e o tratamento do HIV/Aids, o SUS apresenta dificuldades paragarantir o acesso oportuno e de qualidadepara toda a população brasileira.

“Essas dificuldades estão relacionadas, en-tre outros fatores, ao subfinanciamento des-se sistema, a problemas de gestão e à relaçãoentre o SUS e o sistema privado de saúde,que, muitas vezes, concorre por recursos hu-manos, financeiros e físicos”, diz a pesquisa.

Dentre os serviços prestados pelo SUS,o atendimento em centros e/ou postos desaúde recebeu a menor proporção de qua-lificações como “muito bom” ou “bom”(44,9%), enquanto o atendimento pelo Pro-grama de Saúde da Família foi o que obte-ve a maior proporção de opiniões positivasentre os entevistados: 80,7% consideraramo atendimento “muito bom” ou “bom” eapenas 5,7% como “ruim” ou “muito ruim”.

A

Com relação ao estudo do IPEA, o CFM divulgou nota alertando a população que os princi-pais problemas – falta de médicos, demora no atendimento e demora para se obter uma consultaespecializada – “decorrem do crônico subfinanciamento que assola a saúde pública do país e danecessidade de modernização dos instrumentos de gestão”.

Na nota, o CFM ressalta ainda que a reclamação dos entrevistados na pesquisa sobre afalta de médicos “não pode ser entendida como uma crítica à categoria, mas como o reflexodo descaso dos gestores do SUS (em todos os níveis de gestão) em apresentar soluções paraa contratação de profissionais da saúde, especialmente da medicina, garantindo-lhes remu-neração adequada, condições de trabalho dignas e perspectiva de progressão”.

Page 6: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 20116

ESTADO AFORA • Participação do CREMERJ em negociações mostrou a força da classe médica

Volta Redonda: médicos aceitam proposta da Prefeitura

Os médicos de Volta Redonda, em assembleiana noite de 3 de fevereiro, aceitaram a pro-posta da Prefeitura: salários de R$ 5 mil paraos plantonistas de segunda a sexta-feira e deR$ 5,7 mil para os que trabalham nos fins de

semana, nas emergências dos hospitais São João Batistae do Retiro; R$ 4,3 mil de segunda a sexta-feira e R$ 5mil nos fins de semana para os médicos das emergênci-as das UPAs e de outras unidades de Pronto Atendi-mento; e ainda o compromisso de constituir uma fun-dação pública de direito privado, que terá seu primeiroseminário no dia 1º de março. Como atualmente os mé-dicos recebem por RPA sem direito a 13º e férias remu-neradas, a iniciativa servirá para dar início à regulariza-ção dos vínculos empregatícios, segundo a Prefeitura.

A proposta votada na assembleia foi apresentadapelo Prefeito Antonio Francisco Netto e pela Secretá-ria de Saúde do município, Suely Pinto, à Comissãode Saúde eleita pelos médicos para representá-los, napresença dos Conselheiros Sidnei Ferreira, NelsonNahon e Sergio Albieri, e do Coordenador da Seccio-nal de Volta Redonda, Olavo Marassi Filho, durantereunião, à tarde, na sede da Prefeitura.

Durante a reunião, o Conselheiro Sidnei Ferrei-ra fez questão de enfatizar a posição do CREMERJquanto ao movimento dos médicos.

- O que nos preocupa é preservar o atendimen-to à população, a dignidade do médico e a ética. OConselho considera o movimento justo e o apoia.A assembleia é soberana para aceitar ou não a pro-

COSEC: levantamento das atividades das Seccionais

Assembleia aprovou proposta salarial acertada em reunião entre Conselheiros, médicos e representantes do governo municipal

Secretário da Coordenadoria das Seccionais (COSEC), ConselheiroNelson Nahon, apresentou, na reunião realizada no dia 24 de feve-reiro, um levantamento das atividades das representações munici-pais do CREMERJ, em 2010, a partir dos dados enviados pelos

Coordenadores, quanto às reuniões realizadas e cursos oferecidos, entre ou-tros aspectos abordados.

Dentre as 18 regionais, onze promoveram cursos de educação médica

posta da Prefeitura – ressaltou.Depois de aprovarem os salários propostos pela

Prefeitura, a assembleia decidiu continuar a lutapela equiparação aos salários pagos nos hospitaisde grande porte e formar uma assembleia perma-nente, com a presença de pelo menos um médicode cada uma das unidades da cidade.

O Conselheiro Nelson Nahon afirmou que aquelaera a primeira de muitas conquistas que podem serconseguidas com a luta.

- Foi a primeira vez que o Prefeito de Volta Redon-da solicitou ao CREMERJ que participasse de uma reu-nião. Isso aconteceu porque ele sentiu a força dos mais

de cem médicos que compareceram à assembleia dodia 27 de janeiro. Essa é uma vitória importante. OConselho sempre apoiará movimentos éticos como essedos médicos de Volta Redonda – observou Nahon.

Para Sidnei Ferreira, a condução correta domovimento foi vital para a vitória.

- Parabenizo todos os médicos pela maturida-de com que conduziram as assembleias. As vitóriaspodem se multiplicar com a continuação dessa luta– acrescentou o Conselheiro, lembrando ainda queo CREMERJ dispõe de uma assessoria jurídica paratirar quaisquer dúvidas sobre os diferentes víncu-los trabalhistas mantidos com a Prefeitura.

continuada e três, eventos culturais. A maioria dos representantes informouque a melhor remuneração privada vem da Unimed (R$ 35 a R$ 52 porconsulta médica). Onze coordenadores realizaram visitas técnicas em unida-des de saúde de seus municípios e também 11 se reuniram com gestorespúblicos locais, Prefeito ou Secretário de Saúde. Todos afirmaram que aprincipal bandeira de luta dos médicos de seus municípios é por melhoriadas condições de trabalho e salários dignos.

Nahon explicou que os objetivos das visitas técnicas promovidas pelasSeccionais do CREMERJ são verificar e acompanhar a situação das unidadesde saúde e aproximar os médicos. Ele também apresentou o novo modelo dequestionário sobre a visita a ser preenchido e enviado pela Seccional à COSEC.

- Procuramos não chamar de fiscalização, porque, a partir desteano, visitaremos hospitais públicos e particulares independentementede haver denúncia, ou seja, dentro de uma programação pró-ativa deaproximação – afirmou.

O sistema de contratação de médicos para as emergências munici-pais do Rio de Janeiro através de Organizações Sociais (OSs) foi assuntodebatido durante a reunião.

- Não nos opomos aos médicos que querem trabalhar, até porquenão podem faltar médicos nas emergências, mas defendemos a carrei-ra pública, que estabelece o compromisso do profissional com seutrabalho e que em médio prazo estará destruída, se tal sistema forimplantado. O projeto foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Ve-readores sem passar por ampla discussão com a categoria – disse oPresidente do CREMERJ, Luís Fernando Moraes, reafirmando a posi-ção contrária da entidade a esse processo.

Para o Coordenador da COSEC, Conselheiro Abdu Kexfe, a terceirização éuma forte tendência nas capitais de todo o Brasil.

- De certa forma, a contratação de médicos pelas OSs significa a privatizaçãoda gestão da saúde pública. Querem exonerar o Estado da saúde – observou.

O

Page 7: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 7

édicos do Hospital Doutor Fernando Pe-reira da Silva, conhecido como Hospitalde Macaé, pediram a ajuda do CREMERJpara negociar com as autoridades do

município melhores condições de trabalho e atendi-mento à população. A solicitação foi recebida pelaComissão de Saúde Pública do Conselho que, junta-mente com a de Fiscalização e com representantes daSeccional de Macaé e o Conselheiro Nelson Nahonestiveram, no dia 7 de fevereiro, na unidade.

Durante a visita, também estavam presentes odiretor técnico e o superintendente jurídico do hos-pital, Luis Carlos Machado Filho e Rodrigo Cavo,respectivamente; e o Secretário de Saúde da cida-de, Eduardo Cardoso.

– Ficamos muito impressionados com a inicia-tiva dos médicos do Hospital de Macaé. Vinte ecinco colegas se uniram em busca de melhores con-dições de trabalho para poderem atender adequa-damente à população e exercer sua a profissão comética – salientou Nahon.

Segundo o coordenador da Seccional de Ma-caé, Gumercino Faria Filho, são claras as dificulda-des de gestão e contratação de pessoal.

As maiores queixas apresentadas pelo grupo demédicos eram falta de insumos, equipamentos e re-cursos humanos. Depois de ser inaugurado, há seteanos, o hospital não teve mais processos públicos paraa aquisição de materiais e manutenção. Entre os pro-blemas estão ausência de talonário para prescrição econdições de higiene precárias. Na maternidade, nãohá conta-gotas nem plantonistas nos fins de semana.

A falta de acomodações adequadas também é pre-ocupante. Durante a vistoria do CREMERJ, foram en-contrados no mesmo quarto pacientes com doençascontagiosas ao lado de outros pacientes. Além disso,não há separação de gênero: homens e mulheres divi-dem o mesmo espaço. Também houve relatos sobreplantões em que gestantes foram acomodadas em ca-deiras nas salas de parto, devido à falta de leitos.

Os médicos disseram que a unidade não sofreuqualquer investimento por parte da gestão de saú-de municipal ao longo desses sete anos e que hojeo Hospital de Macaé atende uma demanda muitosuperior à da época em que foi criado. Atualmente,a cidade tem cerca de 200 mil habitantes.

O Conselheiro Nelson Nahon constatou as difi-culdades e questionou o secretário de Saúde. EduardoCardoso afirmou que já está em tramitação proces-so licitatório para aquisição de novos equipamentoscom substituição gradual dos hoje existentes.

- A Prefeitura reconhece os problemas. O Prefeito

Macaé: mobilização por melhores condições de trabalho

Acima, o quadro de internaçãomostra que homens e mulheres,assim como pacientes com doençasinfecciosas dividem o mesmoespaço na enfermaria do hospital.À direita, Nelson Nahon commédicos do Hospital de Macaée representantes da Seccional

esteve no hospital e recebeu relatório com um levan-tamento de todas as necessidades. Ele se comprome-teu a liberar recursos financeiros para a aquisição dosequipamentos e materiais – declarou Cardoso.

Contudo, o secretário afirmou que embora existaum processo licitatório de tomada de preços, nãopoderia assegurar a efetivação das compras.

Após a visita às instalações, o conselheiro Nel-son Nahon; o coordenador da Seccional de Macaé;os médicos representantes da Seccional, FlávioAntunes, Roberto de Almeida e Marcio Barcelos; e

M

médicos do corpo clínico do hospital se reunirampara debater os problemas vistoriados na unidade.

- É evidente que a gestão do hospital foi mal con-duzida. Um hospital de tal porte, que tem maternidadee emergência, não pode deixar faltar a infra-estruturabásica para seu funcionamento – frisou Nahon.

Um documento com as exigências para o bomfuncionamento do hospital e que garantam o exer-cício ético da medicina será encaminhado à Prefei-tura. O CREMERJ, através de sua Seccional, acom-panhará de perto a resolução dos problemas.

Departamento de Pediatria da Universi-dade Federal do Rio de Janeiro promo-ve, entre os dias 26 e 28 de maio, o IIICongresso de Pediatria. No último dia

do evento, também acontece o I Encontro Multi-disciplinar em Pediatria, cujo tema central é “A In-

tegralidade no Cuidado – Promovendo o Futuro”.As inscrições podem ser feitas através do site

www.nytyeventos.com.br/pediatriaUFRJ.Os participantes inscritos poderão apresentar tra-

balhos científicos de Temas Livres, mas os resumos de-vem ser enviados até 25 de março, somente pelo site,

após a confirmação do pagamento da inscrição.O III Congresso de Pediatria será realizado

no Centro de Convenções do Windsor BarraHotel (Avenida Lúcio Costa, 2.630 – Barra daTijuca), das 8h às 18h. Podem participar médi-cos e estudantes de medicina.

ESTADO AFORA • Secretário reconhece as necessidades de hospital, mas não pode assegurar a compra de materiais

III Congresso de Pediatria e I Encontro Multidisciplinar em Pediatria da UFRJ

O

Page 8: QUEREM PRIVATIZAR A SAÚDE PÚBLICA

JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 20118

SAÚDE PÚBLICA • Justiça defere liminar à ação impetrada pelo Conselho contra a transferência de gestão

CREMERJ tem primeira vitória contra as OSsJustiça deferiu, no dia 24 de fevereiro, li-minar à ação impetrada pelo CREMERJ vi-sando suspender o processo de licitação,marcado para o dia seguinte, para contra-tação de Organizações Sociais (OSs) para a

gestão das principais emergências da cidade. A deci-são do juiz federal Iório Siqueira D’Alessandri Forti foicomunicada durante a reunião dos Conselheiros como Secretário Municipal de Saúde, Hans Dohmann, nasede do Conselho. Ele havia sido convidado para es-clarecer as dúvidas dos médicos sobre as OSs.

Na reunião, Dohmann argumentou que a contra-tação das OSs eram a única alternativa para resolver afalta de recursos humanos, principalmente de médi-cos, nos hospitais, um dos maiores problemas da redepública de saúde, tendo em vista os limites impostospela Lei de Responsabilidade Fiscal.

- Não acreditamos que este modelo de transferên-cia da gestão dos serviços públicos de saúde para ainiciativa privada seja a única alternativa para viabilizaratendimento de qualidade na rede pública - afirmou oPresidente do CREMERJ, Luís Fernando Moraes.

Na sua opinião, a decisão judicial mostrou queo processo proposto pelos gestores do municípionão está em conformidade com a legislação.

- O caminho para a solução dos problemas da saú-de pública é o concurso público, com salários dignos, enão alternativas temporárias - acrescentou.

Na concessão da liminar, o juiz Iório SiqueiraD’Alessandri Forti lembrou que a Lei Municipal5.026/09 e o Decreto 30.780/09 admitem que asOrganizações Sociais atuem exclusivamente emunidades de saúde criadas a partir da data de apro-vação da lei e no Programa de Saúde da Família.Ou seja, não há autorização legal para as OSs ge-rirem as emergências dos hospitais Souza Aguiar,Miguel Couto, Salgado Filho,Lourenço Jorge e doPAM Irajá, como pretendia a Secretaria.

A

Conselheiros, em assembleia,discutiram pontos polêmicossobre a contratação das OSs.A reunião contou com apresença de Hans Dohmann,Secretário de Saúde doMunicípio do Rio de Janeiro

Quanto à Ação Direta de Inconstitucionali-dade a ser julgada pelo Supremo Tribunal Fede-ral, o juiz considerou que “contrato de gestãofirmado com Organização Social não poderiaabranger atividade pública de natureza perma-nente do poder público, como são os serviços deemergência nos hospitais da rede pública muni-cipal, que constitui atendimento básico e gra-tuito de saúde ao cidadão, imposto constitucio-nalmente ao Estado pelo art. 196”.

O magistrado também considerou o prazo previs-to no edital “insignificante para viabilizar a amplaparticipação dos interessados”. O município iniciou oprocesso de licitação para um contrato de cerca deR$ 168 milhões, no dia 8 de fevereiro, com previsãode abertura das propostas apenas dez dias depois.

O CREMERJ espera agora que o julgamentodefinitivo do processo (nº 2011.51.01.002276-0),em tramitação na 7ª Vara Federal do Rio de Janei-ro, tenha parecer positivo às suas argumentações.

O anúncio do Secretário Municipal de Saúdedo Rio de Janeiro, Hans Dohmann, sobre a con-tratação de médicos para a rede pública por meiode OSs (Organizações Sociais) foi debatido du-rante a reunião da Coordenadoria das Comissõesde Ética Médica (COCEM) do mês de fevereiro,realizada no dia 8. A notícia foi publicada no jor-nal O Globo, em 6 de janeiro.

Desde que o Projeto de Lei (PL) 2/2009 – queregulamenta as OSs para gerir o Programa de Saú-de da Família (PSF) e novas unidades municipais– foi enviado à Câmara Municipal, em 16 de fe-vereiro de 2009, o CREMERJ declarou ser contrá-rio à medida, pois considera que a contrataçãodas Organizações Sociais é a privatização da ges-tão dos serviços de Saúde Pública.

O PL 2/2009 teve sua aprovação pelos vereadoresem 29 de abril de 2009. Contudo, agora a Prefeituraanunciou que as OSs passarão a gerir as emergências.

Durante a reunião, Pablo Vazquez contestoua legalidade das contratações por OSs, lembran-do que na lei aprovada pela Câmara Municipal

elas só seriam utilizadas para instituições novas epara o PSF. Ele ressaltou que também existe AçãoDireta de Inconstitucionalidade no Supremo Tri-bunal Federal (STF), que está para ser julgada.

– Esta é uma queda de braço do governo com aclasse médica na tentativa de abrir espaço para viabi-lizar a privatização da administração da saúde públi-ca, fragilizada ao longo do tempo. Não dá para en-tender porque a administração pública está engessa-da e não pode dispor das mesmas ferramentas dagestão privada. O CREMERJ tem atuado também nosâmbitos estadual e federal para combater essa práticaque desvaloriza a categoria – afirmou o Conselheiro,que presidiu o encontro, ladeado pelos também Con-selheiros Armindo Fernando, Matilde Costa e Silva,Sidnei Ferreira, Serafim Borges e Erika Reis.

Pablo Vazquez informou aos integrantes dasComissões de Ética Médica presentes que o CRE-MERJ convidaria Hans Dohmann para prestar es-clarecimentos acerca das medidas anunciadas.

Os representantes do Hospital Miguel Couto tam-bém rechaçaram a contratação de médicos por OSs,

criticando a criação de metas de trabalho com oargumento de que medicina não é comércio e seusresultados não podem ser mensurados somente pornúmeros. Também presente, a Comissão de Éticado Hospital Pedro Ernesto contestou a substituiçãode concurso pela nova forma de contratação.

Ainda durante a reunião, o Conselheiro SidneiFerreira lembrou a falta de pediatras no Hospitalda Piedade e a intenção da Secretaria de Saúdede reduzir pela metade os leitos do setor.

O Conselheiro Armindo Fernando disse que, noHospital Geral de Bonsucesso, a falta de anestesis-tas afetou os transplantes hepáticos e a rotina dohospital. Segundo ele, o problema também refletena preceptoria dos residentes em anestesiologia.

Sobre o Hospital Jesus, servidores salientarama extinção do setor de Alergia Pediátrica, que eraúnico no município.

Representantes do Hospital Fernando Magalhãesdenunciaram a escassez de intensivistas e os da Pe-rícia do Estado alertaram para o não cumprimentoda lei que prevê adicionais aos salários dos peritos.

Conselho e Comissões de Ética Médica contra a medida

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 9

SAÚDE PÚBLICA • CREMERJ se reúne com Ministério Público para traçar ações conjuntas pela melhoria da rede pública

Conselho entrega relatório sobre problemas

OMinistério Público (MP) Es-tadual e o CREMERJ se reu-niram, no dia 8 de feverei-ro, para traçar ações con-

juntas que contribuam para a me-lhoria das condições da rede pública.Participaram da reunião a Coorde-nadora da Área de Saúde do MP,Carla Carrubba; os Conselheiros Ar-mindo Fernando, Arnaldo Pineschi,Carlindo Machado e Silva, Pablo Va-zquez, Sergio Albieri, Sidnei Ferreirae Vera Fonseca; a Subsecretária deVigilância em Saúde, Natália Alves, aSuperintendente da Vigilância Sani-tária, Marília Monteiro Alvin, e o Di-retor da Divisão de Gestão e Projetosda Vigilância Sanitária, Jorge Caval-canti de Oliveira.

Durante a reunião, os Conselhei-ros entregaram uma lista de vistoriasfeitas pelo CREMERJ em 2010, os 56relatórios correspondentes às mesmase um cronograma das programadaspara serem conduzidas este ano. Jáos representantes da Vigilância Sa-nitária apresentaram uma listagem deinspeções realizadas.

Carla Carrubba disse que faráuma seleção desses relatórios paraserem anexados aos inquéritosque já estiverem em andamentonas comarcas dos municípios aque se referem.

- Os casos em que não haja, ain-da, inquérito serão analisados peloMinistério Público para instauraçãoou não de processo - afirmou.Carla Carrubba, Coordenadora da Área de Saúde do MP, recebe o documento do Conselheiro Pablo Vazquez

de baixa complexidade num mesmo período emque outro atenda apenas um de alta dificuldade- argumentou Sidnei Ferreira.

Carla Carrubba adiantou que o MP vemdebatendo a questão da legalidade das OSsem todo o país.

- Ainda não temos uma posição formal. Es-tamos à espera de uma resposta do Supremo Tri-bunal Federal sobre a situação. Por enquanto,devemos focar nossos esforços na escolha daentidade de gestão e no controle das metas. OCREMERJ, com sua larga experiência, nos dariauma enorme contribuição na questão da avalia-ção das metas, pois nela está a qualidade do ser-viço prestado, assim como sua eficiência - sen-tenciou a Coordenadora do MP.

Pablo Vazquez afirmou que o Conselho farátudo que estiver ao seu alcance para melhorar oatendimento à população e a dignidade do tra-balho do médico, nessa e em outras questões.

O encontro contou também com a presença dachefe do serviço de pediatria do Hospital Municipalda Piedade, Dulce Maria de Carvalho Lucas, quedenunciou a falta de médicos na unidade.

- Precisamos de sete médicos na pediatria.Em alguns turnos, há somente um para cuidarde todo o setor. Levei o problema à direção, queme propôs a redução do número de leitos de 18para 10, já que não poderia haver contrataçãode médicos. Não se pode admitir diminuição deleitos em pediatria devido à carência atual. Alémdisso, estamos às portas de uma epidemia dedengue, o que agrava a situação - ressaltou, en-fatizando que o Hospital da Piedade é o únicode referência para adolescentes.

Os Conselheiros do CREMERJ denunciaram ain-da a falta de anestesistas no Hospital Municipal

OSs também em pautaCom a publicação no Diário Oficial do Estado

de contratação de Organizações Sociais (OSs) paraassumir as emergências dos hospitais, os Conse-lheiros lembraram irregularidades que poderiamocorrer na proposta divulgada pelo governo.

- A lei aprovada na Câmara Municipal diz queas OSs só poderiam ser contratadas para novasinstituições. Agora, nos é apresentado que vãogerir todos os hospitais de emergência do muni-cípio – observou Pablo Vazquez.

O Conselheiro Sidnei Ferreira explicou a po-sição contrária do Conselho em relação às OSsnas emergências.

- A eficiência administrativa das OSs, comono caso de São Paulo, por exemplo, é no mínimocontroversa. Há maior investimento, mas a portade emergência é fechada e só os casos que inte-ressam são admitidos. Medicina não é engenha-ria de produção, em que se coloca metas emnúmeros. Um colega pode atender dez pacientes

Falta de médicos: principal problema

Souza Aguiar, bem como no Hospital Geral de Bon-sucesso, onde há déficit também de leitos de CTI.

Já no Hospital Municipal Getúlio Vargas, ogrande problema é a falta de clínicos.

- Além disso, o polo de neurocirurgia nãoestá mais funcionando, restando apenas os doshospitais Azevedo Lima e Saracuruna - relatou oConselheiro Pablo Vazquez.

“O polo de neurocirurgia doGetúlio Vargas não está mais

funcionando, restando apenas osdos hospitais Azevedo Lima e

Saracuruna.”Conselheiro Pablo Vazquez

AGENDA CREMERJ■ CURSOS DE EDUCAÇÃO MÉDICA

CONTINUADA EM PEDIATRIA, G&O,CLÍNICA MÉDICA E CIRURGIA –SECCIONAL NITERÓIRealização: Seccional NiteróiData: 26 de março, das 8h às 13hLocal: Associação Médica Fluminense

■ FÓRUM DE DEFESA PROFISSIONALRealização: Câmara Técnica dePneumologiaData: 26 de março, das 8h às 13hLocal: Auditório CREMERJ

■ SIMPÓSIO DA CÂMARATÉCNICA DE GERIATRIARealização: SeccatData: 9 de abril, das 9h às 13hLocal: Auditório CREMERJ

■ CURSO DE EDUCAÇÃO MÉDICACONTINUADA EM PEDIATRIASeccional Volta RedondaRealização: Seccional Volta RedondaData: 9 de abril, das 9h às 12h30mLocal: Auditório do Anexo UniFoa

■ FÓRUM “O MÉDICO E OS TRIBUTOS”Realização: SeccatData: 12 de abril, das 18h às 22hLocal: Auditório Julio Sanderson

■ 1º MÓDULO DE EDUCAÇÃO MÉDICACONTINUADA EM PEDIATRIA 2011Realização: SeccatData: 30 de abril, das 8h às 17hLocal: Auditório Julio Sanderson

Acesse www.cremerj.org.brpara ver o calendário completo

dos eventos do Conselho.

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201110

Comissão amplia atividadesO

SAÚDE PÚBLICA • Visitas feitas a hospitais renderam ações impetradas pelo Ministério Público Estadual e pelo CREMERJ

CREMERJ, através da sua Co-missão de Saúde Pública, vemampliando suas atividades epromovendo reuniões com o

Ministério Público Estadual visando àcooperação técnica para uma fiscali-zação conjunta na rede pública de saú-de. Os Conselheiros que atuam na Co-missão, em visitas aos hospitais, estãoencontrando, na sua maioria, situa-ções graves, como falta de médicos edemais profissionais da área de Saú-de, déficit de medicamentos, insumose equipamentos.

Em 2002, por exemplo, a parceriado CREMERJ com o Ministério Públi-co resultou na assinatura de um TACna área materno-infantil, que conse-guiu, na ocasião, amenizar a questãode superlotação das UTIs neonatais.

Face às graves situações dos hos-pitais públicos, o CREMERJ começoua impetrar ações judiciais – 18 entreos anos de 2003 e 2010 – e promoverrepresentações junto ao Ministério Pú-blico – 14 no Estadual, três no Fede-ral e sete no Ministério Público doTrabalho, no mesmo período – e en-viar ofícios diversos ao Ministério daSaúde, Secretaria Estadual e Secreta-rias Municipais de vários municípios.

Embora a solução dos problemascitados dependa das autoridades, oConselho tem atuado fortemente paragarantir as condições adequadas parao exercício ético da profissão.

Conselheiros em reunião com o Diretordo Hospital Municipal Moacyr do Carmo

■ Hospital MunicipalMoacyr do Carmo

Objeto: superlotação da emergência e ine-xistência de serviços de oftalmologia e otorri-nolaringologia na região.

Representação no MP: a Comissão de SaúdePública do CREMERJ constatou a superlotação daemergência do Hospital Municipal Moacyr do Car-mo, em Duque de Caxias, uma das poucas opçõesde portas abertas para a população da BaixadaFluminense. No dia da vistoria, havia cerca de 30pacientes de hemodiálise na emergência. Os equi-pamentos de tomografia e ressonância estavaminstalados, mas não podiam ser utilizados por fal-ta de adequação da rede elétrica. Não há serviçode oftalmologia e otorrinolaringologia no hospitale em toda a Baixada Fluminense.

O cartaz na porta daemergência direciona os

pacientes a outras unidades

■ Maternidade Praça XVObjeto: déficit de médicos, equi-

pamentos, insumos e medicamentos.Representação no MP: a Mater-

nidade Praça XV sofria com a faltacrônica de médicos, o que levou à re-dução do número de leitos. Os plan-tões da unidade contavam com ape-nas dois médicos plantonistas, quenão conseguiam atender todos os se-tores da unidade: alojamento conjun-to, Unidade de Tratamento IntensivoNeonatal (UTI), Unidade Intermediá-ria (UI) e os pacientes isolados quechegam à maternidade. A farmácianão funciona à noite e nos fins desemana por falta de funcionários.

■ Maternidade Fernando MagalhãesObjeto: contratação de 47 médi-

cos para a unidade.Processo nº 2010.51.01.018705-

7 - 23ª Vara FederalAção: o CREMERJ vistoriou a Ma-

ternidade Fernando Magalhães paraapurar graves denúncias de falta derecursos humanos e insumos. Haviafalta de médicos, principalmenteanestesistas, pediatras (neonatologis-tas) e obstetras.

Objeto: falta de médicos, equi-pamentos, insumos e medicamentos.

Ação: o CREMERJ vistoriou a Ma-ternidade Fernando Magalhães, unida-

de referência para gestantes de alto ris-co, para apurar a denúncia de que asequipes médicas estavam seriamentedesfalcadas – a unidade havia perdido15 neonatologistas (intensivistas pedi-átricos). Os Conselheiros constataramtambém que havia carência de aneste-sistas e clínicos, além de outros profis-sionais. Também havia a necessidade deequipamentos, como monitores cardía-cos, oxímetros, respiradores e incuba-doras de transporte. Os médicos relata-ram, ainda, que não conseguiam trans-ferir pacientes, porque a prefeitura sócontava com duas ambulâncias neona-tais para atender toda a rede municipal.

Face às graves situaçõesdos hospitais públicos, o

CREMERJ começou aimpetrar ações judiciais– 18 entre os anos de

2003 e 2010 – epromover representações

junto ao MinistérioPúblico – 14 no

Estadual, três no Federale sete no MinistérioPúblico do Trabalho.

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 11

■ PAM Rodolpho Rocco (PAM de Del Castilho)Objeto: contratação de quatro pediatras para reabertura da emergência às

sextas-feiras.Processo nº 2010.51.01.017392-7 – 30ª Vara FederalAção: a emergência pediátrica do PAM de Del Castilho ficava fechada o dia

inteiro em razão da falta de pediatras nas equipes. O CREMERJ esteve na unidadee notificou a direção para que contratasse seis pediatras no prazo máximo de dezdias úteis, a fim de que os plantões da emergência funcionassem adequadamente.Como a determinação não foi cumprida, o CREMERJ entrou com uma ação judicialcobrando que a Prefeitura contratasse imediatamente os médicos. A falta de pedi-atras, identificada após visita do CREMERJ, obrigava a transferência de pacientesinternados para outras unidades para evitar descontinuidade do tratamento.

■ Hospital Municipal Souza AguiarObjeto: déficit de médicos, equipamentos, insumos e medicamentos.....Representação no MP: o CREMERJ vistoriou o Hospital Municipal Souza Aguiar e

constatou grande déficit de médicos, principalmente clínicos, pediatras, anestesistas,neurocirurgiões e ortopedistas. Considerada a maior emergência da América Latina, ado Hospital Souza Aguiar tinha déficit de 14 clínicos na emergência e dois na rotina.

■ Hospital Municipal Leonel de Moura BrizolaObjeto: reabertura da unidade e contratação de médicos para o seu funci-

onamento.Processo nº 2010.51.01.022394-3 – 26° Vara Federal Ação: a Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita fechou o Hospital Muni-

cipal Leonel de Moura Brizola por não conseguir contratar médicos para a unida-de. O CREMERJ cobrou uma ação imediata da autoridade de saúde para que apopulação da região não ficasse sem atendimento. Única unidade de emergênciae urgência de Mesquita, o hospital atendia cerca de 300 pacientes por dia efuncionava como pronto-atendimento e maternidade, além de oferecer serviçosambulatoriais em clínica geral, ortopedia e pediatria.

Pacientes pelos corredores e setores fechados mostraram as péssimas condições do hospital

AGENDA CIENTÍFICA■ 2º CONGRESSO DA

SOCIEDADE REGIONAL LESTEDE COLOPROCTOLOGIARealização: SociedadeRegional Leste deColoproctologiaData: 7 a 9 de abrilLocal: Hotel Atlântico Búzios – RJInformações e inscrições:www.srlcp.org.br/congresso

■ MBA EXECUTIVO EM SAÚDERealização: Fundação GetúlioVargasData: 8 de abrilLocal: FGV Centro - RJInformações e inscrições:(21) 3799-5900www.fgv.br/mba-rio

■ II ENCONTRO DEATUALIZAÇÃO EM VÍRUSRESPIRATÓRIOSRealização: AssociaçãoBrasileira de ImunizaçõesData: 12 de abrilLocal: Maksoud Plaza Hotel – SPInformações e inscrições: (11)3849-0379 ewww.meetingeventos.com.br

■ SIMPÓSIO SUL-AMERICANODE TERAPIA GÊNICARealização: Instituto Nacionaldo CâncerData: 28 e 29 de abrilLocal: Auditório MoacyrSantos Silva – RJInformações e inscrições: (21)3970-7994www.inca.gov.br

■ 12º CONGRESSO REGIONALDE VIDEOCIRURGIARealização: SociedadeBrasileira de VideocirurgiaData: 19 a 21 de maioLocal: Atlântico Búzios Resort – RJInformações e inscrições:www.sobracilrj.com.br/congresso

■ 20ª JORNADA DEGINECOLOGIA E OBSTETRÍCIARealização: MaternidadeSinhá JunqueiraData: 23 a 26 de marçoLocal: Centro de ConvençõesRibeirão Preto - SPInformações e inscrições:www.sinhajornada.com.br

■ II SIMPÓSIO INTERNACIONALDE NEUROINTENSIVISMORealização: SociedadeBrasileira de DoençasCerebrovascularesData: 25 e 26 de marçoLocal: Hospital Espanhol –Salvador – BAInformações e inscrições:www.sini2011.com

■ VI SIMPÓSIO MULTIINSTITUCIONALDE ORTOPEDIA ONCOLÓGICARealização: UnifespData: 24 a 26 de marçoLocal: Anfiteatro Ivo Albertoni– Vila Clementino – SPInformações e inscrições:www.proex.epm.br/eventos10/ortopedia

■ III CURSO DE IMERSÃO EMOTORRINOLARINGOLOGIARealização: Santa Casa e UnifespData: 30 de março a 2 de abrilLocal: Hotel Cesar BusinessFaria Lima – SPInformações e inscrições:(11) 5083-4654

■ IX CONGRESSO DASOCIEDADE DE CIRURGIANEUROLÓGICA DO CONE SULRealização: Sociedade deCirurgia Neurológica do Cone SulData: 31 de março a 3 de abrilLocal: Hotel Atlântico Búzios – RJInformações e inscrições:(21) 2247-0735 [email protected]

Alerta contra a dengueO CREMERJ alerta aos médicos sobre uma possível epidemia dedengue no Estado. No mês de janeiro, o número de casos dedengue no Estado (3.069 notificados) foi o dobro em compa-ração ao mesmo período de 2010 (1.447 casos). No municípiodo Rio, foram registrados até agora 1.107 casos, dos quais 948em fevereiro, enquanto, em janeiro e fevereiro do ano passado,foram notificados, respectivamente, 113 e 176 casos.

Conselheiros constatam a frequente superlotação na emergência e nas enfermarias do Souza Aguiar

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201112

ACUPUNTURAAndrea de Godoy C. Marinho - 50283-1

ALERGIA E IMUNOLOGIAAndreia Albuquerque Garcês - 75955-4Juliana Goldner - 75788-8

ANESTESIOLOGIABruno Fernandes Ribas - 81606-0Fernando Chagas Patrão Neto - 81922-0Vitor Borges Palau - 79893-2

ANGIOLOGIAHelio Machado Bueno - 33056-3Área de Atuação CirurgiaEndovascular e AngiorradiologiaCelestino Afonso O. Martins - 57170-6Área de Atuação em ColonoscopiaNatasha Sá Gille Rissin - 75361-0Área de Atuação Endoscopia GinecológicaMirella Barbosa Wermelinger - 72300-2Área de Atuação Endoscopia RespiratóriaCristiano Dias de Lima - 72407-6Pablo Marinho Matos - 77197-0Área de Atuação Hemodinâmicae Cardiologia IntervencionistaRodolfo de Franco Cardoso - 74022-5Área de Atuação NeonatologiaPatricia de Faro Alvim - 69508-4Renato Villela Loures - 15786-5Samara Lopes Cury Maroun - 80080-5Área de Atuação Reumatologia PediátricaAdriana de Azevedo Conde - 71464-0Katia Lino B. Mourilhe Rocha - 52943-7Área de Atuação Ultra-Sonografiaem Ginecologia e ObstetríciaMarilea Canto Corbelli - 52591-3Área de Atuação Ultra-Sonografia GeralRicardo Farina Pazo Blanco - 47375-1

CARDIOLOGIAElizabeth Maria Moreira Miccolis - 50493-4Marina Souza Aranha P. Andrade - 75505-2Ricardo Mourilhe Rocha - 52882-8Rodolfo de Franco Cardoso - 74022-5Rosana Gomes Cardoso - 54812-7

CIRURGIA GERALAndré Ahmed Pereira - 82165-9Antonio Felipe S. M. Coquillard - 81028-2-Carolina Ferreira Ziller - 83100-0

NOVOS ESPECIALISTAS Consulte se seu CRM consta da lista. Caso não o encontre, entre em contato com a Ouvidoria do CREMERJ

Cristiano Dias de Lima - 72407-6Denise Vilas Boas C. Lima - 71107-1Fabio Coelho Duarte - 67641-4Gerson Alves da Silva - 59073-8Heitor Jose Utrini Fontes - 65978-9Joana Darc Diniz A. Queiroga - 67786-8Lorena Nagme de Oliveira - 82389-9Luiz Felippe Tavares Guerreiro - 41217-5Marcelo Pessanha C. de Castro - 78130-4Ricardo Farina Pazo Blanco - 47375-1

CIRURGIA PEDIÁTRICASamira Salim de Carvalho - 74543-0

CIRURGIA PLÁSTICAFabio Coelho Duarte - 67641-1Mayra Joan Marins da Costa - 76968-1Natalia Barbosa de Oliveira - 67055-3

CIRURGIA TORÁCICAPablo Marinho Matos - 77197-0Cristiano Dias de Lima - 72407-6

CLÍNICA MÉDICAAna Paula Conrado da Silva - 47726-9Andrei de Oliveira Rosas - 88881-8Andreia Albuquerque Garcês - 75955-4Elizabeth Maria Moreira Miccolis - 50493-4Isabela Leite de Figueiredo - 79930-0Luisa Chuairi Cruz - 83085-2Rodolfo de Franco Cardoso - 74022-5

COLOPROCTOLOGIANatasha Sá Gille Rissin - 75361-0

DERMATOLOGIAAna Lucia Moreira Guerra - 44257-8Ana Paula Conrado da Silva - 47726-9Ana Paula Iglesias G. Mattos - 75435-8Angela Puccini Moreira - 80715-0Jomara Estefaneli Ramos - 75455-2Jose Alvimar Ferreira - 18555-4Kaliandra Vanni Cainelli - 80153-4Paula Periquito Cosenza - 79985-8Silvia Neves - 16809-9

DIAGNÓSTICO POR IMAGEMRicardo Farina Pazo Blanco - 47375-1Atuação Exclusiva: Ultra-Sonografia GeralRenata Rodrigues Lobo - 63652-5

DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIASMirza Maria Moreira R. Gomes - 39829-4

ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIALucianne Righeti M. Tannus - 73712-7Michelle Telles Bravo - 75124-3Vanessa Montijo Vasques - 82645-6

GERIATRIADaniel Lima Azevedo - 69972-1

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIAAdalberto do Amaral Fernandes - 22441-8Adriano dos Santos Lima - 69532-7André Luiz de Menezes Mendes - 53801-1Andréa Proença Bento - 57210-8Guilherme Boquimpani F. - 82267-1Joao Paulo Arteiro Marzano - 13328-0Judite de Almeida Pinto Chu - 51531-7Marcella Malafaia N. Martinho - 81884-4Marcelo Carneiro Albuquerque - 68796-0Mario de Mello Marques - 4945-0Mirella Barbosa Wermelinger - 72300-2Patricia Medina de Souza Rangel - 81062-2Paulo Mendes - 60286-4Simoni de Andrade Ribeiro - 49485-9

HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIACristiane da Silva Rodrigues - 68968-8

HOMEOPATIAAlexandre Luiz de Miranda - 40869-9

INFECTOLOGIATatiana Silva Dantas - 77130-9

MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDA-DEFlavia Lacerda M. S. de Moraes - 80895-4Jose Carlos Dantas Teixeira - 48075-1

MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃOMaria Cristina Pena - 73742-9

MEDICINA INTENSIVAAlessandre Amorim da Silva - 69721-4Joan Emmanuelle D. Amato - 73522-1Ricardo Mourilhe Rocha - 52882-8

MEDICINA NUCLEARMoises Bonifacio das Neves - 82294-9

MEDICINA DO TRABALHOAline Soares Velasco - 89629-2Ana Carolina R. V. Machado - 83978-7Ana Paula Conrado da Silva - 47726-9Andrea Morgado Coelho - 48196-3Carla Ferreira Gagliandi - 69227-1Carlos Guarçoni de Matos - 62572-8Christinne Souza Abido Figueiro - 48168-0Daniela Fraga Carvalho - 68108-3Davi Barcelos Rodrigues - 83567-6Edson da Silva - 82127-4Elisabete Cristina Viana da Costa - 62609-0Fabiana Rocha Brust - 69893-8Fernando Luiz M. Ferreira - 50004-3Fernando Mury Gloria - 37644-7Flavia Macedo Bello Pires - 63042-0Haroldo Rodrigues Santos - 15906-0Iary Franca Amantes - 85880-3Marcia Barroso Pinto - 42308-4Maria Cristina Smith Costa - 61740-0Paula de Souza Amorim - 82804-1Sueli Nunes Okida - 25649-9Vera Lucia Portella Pavani - 49329-7Walder Offredi - 21693-3

NEUROCIRURGIARoberta Monjellos P. S. Lindner - 64944-9

NEUROLOGIAAngelo Castro Cordeiro Lima - 21175-4Chan Tiel Yuen - 81784-8Denise dos Anjos Flora - 65051-0Liana Marly Fontes - 31223-0

NUTROLOGIADesiane Tavares Simões Caiado - 89723-0

OFTALMOLOGIAArtur Magalhaes Almeida - 69350-2Clarice Carvalho Campinho - 60369-7Shirley Leite de Almeida Farias - 80552-1Taila Renata Ramos Simões - 79840-1

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIAEduardo Pereira Baptista - 80688-9Jairo Rodrigues Perisse - 70286-2Marcus Vinicius Galvão Amaral - 74010-1Yonder Archanjo C. San Junior - 80737-0

OTORRINOLARINGOLOGIAAlan Chaves Pereira - 82238-8Laudelino Moreira Gonçalves - 73704-6Leila Maria Barquette - 56775-1

PATOLOGIAAndrea Lima Cruz Monnerat - 75080-8

PEDIATRIAAdilson Barbosa Reder - 26813-7Adriana de Azevedo Conde - 71464-0Aline Chacon Pereira - 83076-3Amanda Vieira de Carvalho - 75732-2Anamaria Szrajbman V. Silva - 84029-7Claudia Regina B. Araújo - 38106-9Danielle Mattar Lenac - 59296-7Desiane Tavares Simões Caiado - 89723-0Diva Maria Gomes Puntar - 83908-6Érica Azevedo O. Costa Jordão - 83907-8Fabiana Rocha Brust - 69893-8Fabio Mesquita Machado - 6255-0Francele Cristina L. A. Shubo - 76848-0Giovanna Georgia P. C. A. Vallim - 79873-8Juliana Goldner - 75788-8Juliana Gomes S. Aires Morais - 75801-9Katia Lino B. Mourilhe Rocha - 52943-7Patricia de Faro Alvim - 69508-4Samara Lopes Cury Maroun - 80080-5Teresa Rodrigues Serradas - 42312-1Vera Lucia Portella Pavani - 49329-7

PROCTOLOGIARicardo Farina Pazo Blanco - 47375-1

PSIQUIATRIACarlos Estêvão D. Alves Correa - 59554-6Sandra L. A. P. M. Montenegro - 24288-2Tatiana Noronha de Meirelles - 79646-8

RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEMCarla Camacho Aguiar - 79715-4Isaac Azevedo Tenorio - 89775-2Simone Montandon Cruz - 89779-5Thais Arruda Nascimento - 78870-8

REUMATOLOGIAIngrid Bandeira Moss - 74377-1

UROLOGIAMarcelo Pessanha C. de Castro - 78130-4

Evento oferece aos médicos oportunidade de atualização

s inscrições para o XCongresso Médico dosHospitais Públicos deEmergência do Rio de

Janeiro, promovido pelo CREMERJ,através do seu Grupo de Trabalhosobre Emergência, têm início no dia30 de março. O evento está marcadopara o dia 18 de junho, no Centrode Convenções SulAmérica.

Só serão aceitas inscrições demédicos e acadêmicos de medicina,que terão de apresentar, no local doCongresso, sua carteira profissionalcom o CRM ou a da faculdade.

A • TEMAS ABORDADOS

• ESTAÇÕES PRÁTICAS• Casos Interativos Clínicos/

Cirúrgicos Imagem na Emergência• Via Aéreas Difíceis• Via Aéreas Alterativas• Ressuscitação Cardiopulmonar• Ventilação Mecânica na Emergência• Temas Livres

• Emergências Clínicas

• Emergências Cirúrgicas

• Emergências Ginecológicas e Obstétricas

• Emergências Pediátricas

INSCRIÇÕES A PARTIR DO DIA 30 DE MARÇONO SITE WWW.CREMERJ.ORG.BR

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 13

cada cinco minutos, o Aci-dente Vascular Cerebral Is-quêmico (AVCI) faz uma ví-tima no Brasil. Os dados são

da Academia Brasileira de Neurologia,com base em informações do Ministé-rio da Saúde. No Rio de Janeiro, as es-tatísticas do 2º Grupamento de Socor-ro de Emergência (GSE) registram,mensalmente, um aumento da incidên-cia do problema. Contudo, os benefí-cios da terapia trombolítica na redu-ção das sequelas causadas pelo AVCIsão amplamente reconhecidos pelacomunidade médica, comprovados porestudos clássicos do National Instituteof Neurological Disorders and Stroke,Ninds (Instituto Nacional de Distúrbi-os Neurológicos e Derrame, em portu-guês), publicados no New England ofJournal of Medicine, em 1995, do Ecass3 (sigla em inglês para Terceiro EstudoColaborativo de Derrame Agudo) e deestudos da Sociedade Brasileira deDoenças Cerebrovasculares.

Exatamente por isso, e a partir dasexperiências da trombólise nos casos deinfarto agudo do miocárdio, o Corpode Bombeiros Militar do Estado do Riode Janeiro (CBMERJ) e o Hospital Ge-túlio Vargas criaram o Centro de Trom-bólise no AVCI, em novembro do anopassado, com o objetivo de reduzir aomáximo as possibilidades de sequelasdos pacientes, reduzindo o impacto só-cio-econômico do problema. Segundoo Major Alexandre Oliveira Ribeiro, queé médico e coordenador do Centro, oprojeto foi elaborado para oferecer aopaciente do serviço público acometidopor um AVCI um tratamento de ponta.

– A nossa prática de trombólisescoronarianas nas Unidades de ProntoAtendimento [UPAs] nos levaram aacreditar que poderíamos também im-plementar no serviço público o pro-cedimento para o AVCI. Contudo, aocontrário do tratamento trombolíticono infarto, os pacientes acometidospelo Acidente Vascular Isquêmico pre-

SAÚDE PÚBLICA • Parceria entre CBMERJ e HGV cria o Centro de Trombólise no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

Tratamento de ponta no serviço público do Rio

A

FALECIMENTO

Veja como funciona o atendimento do paciente:1) O paciente identificado com sinais sugestivos de AVCI,

na UPA, é submetido imediatamente a uma classifi-cação de risco (orientada pelo protocolo); a exameslaboratoriais e ecocardiograma, para avaliar patolo-gias concomitantes ou diagnósticos diferenciais.

2) O médico entra em contato com a Central de Neuro-logia do Hospital Getúlio Vargas, para onde será re-passado o exame neurológico e serão discutidos osexames complementares.

3) Uma vez eleito como candidato ao tratamento, opaciente será encaminhado ao HGV, reexaminado pelaequipe de neurologia e submetido a uma tomografiade crânio com a finalidade de buscar imagens quepossam contra-indicar o procedimento.

4) Então, o paciente será encaminhado à Unidade de Trom-bólise, com controles rigorosos da pressão arterial e gli-cemia, para ser infundido, via endovenosa, o trombolíti-

Tomografia sem contraste, mostrando infarto recente subagudo do território da artéria cerebral média esquerda

Fluxo do atendimento do paciente

cisam ser tratados em unidades hos-pitalares complexas, com leitos de te-rapia intensiva – explicou o Major.

Pioneiro na rede estadual no tra-tamento do AVCl, o programa capa-citou oito neurologistas militares emcentros de referência em trombóliseno Estado de São Paulo para dar su-porte às UPAs e realizar o tratamentodo AVCI com trombólise endovenosa.

De acordo com o Major Alexandre

Oliveira Ribeiro, no momento em quese discute mundialmente os déficitscausados pelas doenças crônicas nosinstitutos previdenciários, o projetoganha ainda maior relevância.

– A trombólise endovenosa sópode ser aplicada nos pacientes atéquatro horas e meia [ver box acima]após o AVCI, mas já estamos traba-lhando para que em breve possamosrealizar a trombólise intra-arterial, que

será feita pela equipe de neurocirur-gia do HGV. Através dela poderemostratar casos com até seis horas de evo-lução – acrescentou o Major.

O Centro de Trombólise do AVCI,que fica no Getúlio Vargas, além daequipe de neurologistas também con-ta com o apoio do serviço de neuro-cirurgia e da direção da própria uni-dade, que disponibilizou leitos paraa realização do procedimento.

co (RTPa), na dosagem de 0,9 mg /kg, com 10% da doseem bolus e o restante correndo em bomba de infusão em1 hora. É preciso ressaltar que o tempo total para a rea-lização do procedimento deve ser de 4h30min. Após esseperíodo, não há benefícios comprovados para o paciente.

5) Sucessivas avaliações neurológicas serão realizadaspela equipe até completar 24 horas da infusão.

6) Uma vez que o quadro esteja estabilizado entre 24 a48 horas (dependendo de cada caso) e com os fato-res de risco controlados, o paciente segue para a en-fermaria, onde será dada continuidade ao protocolo.Nessa fase, é preciso realizar exames como ecocardi-ograma e doppler de carótidas e vertebrais, bem comofazer outras investigações necessárias para a alta hos-pitalar e o acompanhamento ambulatorial.

7) Um neurologista militar fará o acompanhamento am-bulatorial do paciente, bem como o levantamento dedados para futuros trabalhos científicos comparativos.

O CREMERJ comunica com pesar o falecimento do ami-go e Vice-Presidente Francisco Manes Albanesi Filho, no dia15 de fevereiro, aos 65 anos.

Especialista em cardiologia, Albanesi dedicou toda a suavida ao ensino da especialidade, desde a graduação e a resi-dência médica até a pós-graduação, com forte liderança naUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi, inclu-sive, Diretor da Faculdade de Ciências Médicas e professortitular de cardiologia dessa instituição.

- Além de muito amigo, Albanesi estava sempre presente noCREMERJ, trabalhando em conjunto com os outros Conselhei-ros. Sempre disposto a defender as causas médicas, exerceu tam-bém papel de destaque na luta pela ética - lembrou o Presiden-

te do CREMERJ, Luís Fernando Moraes.Por ser muito atuante na área acadêmica, Albanesi coorde-

nava a Comissão de Ensino Médico do CREMERJ, fazia parte daComissão de Médicos Recém-Formados e era responsável pelaComissão Técnica de Informática Médica do Conselho. Partici-pava, também, das Câmaras Técnicas de Cardiologia e Reumato-logia e dos Grupos de Trabalho sobre Cirurgia Bariátrica, Fitote-rapia e Medicina Hiperbárica.

Francisco Manes Albanesi Filho, em 2005, organizou olivro “50 Anos de História da Cardiologia do Estado do Rio deJaneiro”, publicado pela Sociedade de Cardiologia do Estadodo Rio de Janeiro (Socerj), entidade onde teve grande atua-ção, presidindo-a na gestão de 1992 a 1994.

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201114

RECÉM-FORMADOS • Mais de 650 médicos participaram de seminário de apresentação no Hospital dos Servidores

Novos residentes no Rio de JaneiroM

“Estou começando a residência em clínica mé-dica e depois quero fazer em gastroenterologia.Pretendo aproveitar o máximo possível. É um es-forço grande, mas vale a pena. Acho ótima a apro-ximação do CREMERJ com os residentes. Temosmuitas lutas e precisamos de entidades como oConselho ao nosso lado.”

Flávia Gonçaves Musauer, residenteem clínica médica do Hospital da Lagoa

“Tenho muitas expectativas sobre o que vouaprender neste ano, pois sei que portas se abrirãono futuro. É muito bom ter um órgão como oCREMERJ nos apoiando, pois a residência é umperíodo difícil para os médicos. Recebemos umabolsa de valor muito pequeno e trabalhamos 60horas por semana.”

Marcela Rosa de Almeida, residenteem gastroenterologia no HSE

“Estamos ganhando mais responsabilida-de com essa vida que começa, além de mui-tas possibilidades. Sou gaúcho e vim para oRio realizar esse sonho. Estou satisfeitíssimode estar nesse hospital de referência e saberque temos uma entidade como o CREMERJnos apoiando.”

Jairo Casali, residência emcirurgia plástica no HSE

ais de 650 médicosaprovados para resi-dência médica em hos-pitais federais e esta-

duais do Rio de Janeiro participa-ram, no dia 1º de fevereiro, do “Se-minário de Apresentação de Médi-cos Residentes 2011”, no auditóriodo Hospital dos Servidores do Es-tado (HSE), promovido pelo NúcleoEstadual do Ministério da Saúde noRio de Janeiro (NERJ).

Além do Presidente do CRE-MERJ, Luís Fernando Moraes, par-

ticiparam do evento a Presidenteda Comissão Estadual de Residên-cia Médica do Rio de Janeiro (CE-REMERJ), Suzana Maciel Willau-me; a Presidente da Associação deMédicos Residentes do Estado doRio de Janeiro (AMERERJ) e Vice-Presidente da Associação Nacio-na l de Médicos Res identes(ANMR), Beatriz Costa; o Coorde-nador de Residência Médica doNúcleo Estadual do Ministério daSaúde no Rio de Janeiro, CarlosAlberto Machado; e o Diretor da

Rede Federal de Hospitais do Riode Janeiro, Oscar Berro.

Oscar Berro e os Diretores doHSE, Leslie Aloan, e do HospitalGeral de Nova Iguaçu, Carlos Hen-rique de Melo Reis, foram home-nageados por seus esforços em prolda residência médica.

Durante o evento, o Presidentedo CREMERJ ressaltou a importân-cia das lutas do CREMERJ contra aatual situação em que se encontramos médicos do Estado.

Ele também parabenizou os no-

vos colegas pelo ingresso na resi-dência, uma etapa, a seu ver, con-quistada com muito trabalho e for-ça de vontade.

- A residência médica e o títulode especialista ao término desse pe-ríodo constituirão um marco na vidaprofissional de vocês - observou LuísFernando.

Também estavam presentes aoseminário os Conselheiros Pablo Va-zquez e Armindo Fernando, que par-ticipam da Comissão de Recém-For-mados do CREMERJ.

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 15

partir deste ano, os médicosque tiverem pessoa jurídicadeverão fazer a Declaraçãode Serviços Médicos (Dmed).

Instituída pela Receita Federal atravésda Instrução Normativa 985, a Dmedfoi criada para possibilitar a verificaçãoautomática e rápida dos valores decla-rados, mantendo o controle das infor-mações durante a apuração do Impos-to de Renda (IR). No começo de feve-reiro, a Receita prorrogou o prazo finalde entrega da Dmed para 31 de março,antes da data limite para a entrega doIR, que será em 29 de abril. A primeiradeclaração deverá ser entregue com osdados relativos a 2010.

A Dmed é obrigatória também paraoperadoras de planos privados e paraquem estiver equiparado à pessoa ju-rídica de acordo com a legislação doIR, ou seja, quando a pessoa física,em nome individual, explora, profis-sionalmente, qualquer atividade eco-nômica com fins lucrativos, mediantea venda de bens ou serviços.

SERVIÇO • Prazo para declarar Imposto de Renda vai até 29 de abril, mas a Dmed deve ser enviada até 31 de março

Declaração de Serviços Médicos da ReceitaFederal é obrigatória para pessoa jurídica

A

- Com a Dmed, a Receita poderácruzar as informações dos declaran-tes com as dos prestadores de servi-ços médicos. Ou seja, o CPF de quempagou será cruzado com o CPF ouCNPJ de quem realizou ou recebeu

por erros ou informações equivocadas nasdeclarações são altas, bem como por nãoapresentar a Dmed no prazo estabeleci-do: R$ 5 mil por mês-calendário ou fra-ção. No caso de informações omitidasou inexatas, a multa será de 5%, valorque não poderá ser inferior a R$ 100.

Ainda que não exista obrigatorieda-de da entrega da Dmed por parte do pro-fissional pessoa física, é importante queo médico mantenha sempre organiza-das todas as informações sobre seus ho-norários, principalmente o nome com-pleto do paciente, o CPF e o valor dorecibo emitido, para comparar os dadosquando necessário, já que há possibili-dade do cruzamento.

A Receita Federal disponibiliza emseu site um programa de computa-dor para que a Dmed seja apresenta-da, bem como explicações sobre adeclaração. No endereço eletrônicowww.receita.fazenda.gov.br/Pessoa-Juridica/Dmed podem ser encontra-das todas as informações e inclusiveuma seção de perguntas e respostas.

pelos serviços médicos prestados - es-clarece Katia Oliveira, advogada doDepartamento Jurídico do CREMERJ.

Os médicos precisam estar atentosao prazo e a tudo que forem declarar,até mesmo porque as multas cobradas

O médico deve manter sempre organizadas todasas informações sobre seus honorários, principalmenteo nome do paciente, o CPF e o valor do recibo emitido

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201116

esponsável por coordenar ini-ciativas de prevenção e con-trole do câncer no Brasil, oInstituto Nacional do Câncer

(INCa) tornou-se sinônimo de institui-ção séria, idônea e eficiente. Órgão doMinistério da Saúde, desenvolve e ge-rencia ações nacionais de combate àdoença, incluindo tratamento gratuitopelo Sistema Único de Saúde (SUS) ecampanhas educativas. Também atuaem áreas estratégicas, como a forma-ção de profissionais especializados e odesenvolvimento de pesquisas. Alémdisso, é notório seu papel no cenáriointernacional através de acordos de co-operação técnica e parcerias com or-ganismos estrangeiros.

No mês de fevereiro, em que secomemora, no dia 4, o Dia Mundial doCâncer (data instituída pela União In-ternacional de Controle do Câncer -UICC), o Jornal do CREMERJ conta ahistória do INCa, instituição inaugura-da na década de 30, com a reorienta-ção da política nacional de saúde, de-vido ao aumento da mortalidade pordoenças crônico-degenerativas.

Em 1938, o Presidente GetúlioVargas criou o Centro de Cancerolo-gia no Serviço de Assistência Hospi-talar do Distrito Federal (RJ), tendocomo diretor Mário Kroeff, um dospioneiros da pesquisa e tratamentodo câncer no Brasil. O local contavacom 40 leitos, um bloco cirúrgico,um aparelho de raio X e outro de ra-dioterapia. Em 1944, tornou-se Ins-tituto de Câncer, órgão de suporteexecutivo do recém-criado ServiçoNacional de Câncer (SNC), funcionan-do em instalações inadequadas atésua transferência, em 1946, para oHospital Gaffrée e Guinle.

Naquele mesmo ano, o GovernoFederal cedeu dois terrenos e umimóvel em construção na Praça daCruz Vermelha, n° 23, para sediar oInstituto de Câncer. As obras dura-ram uma década até o prédio serinaugurado, em 1957, pelo Presiden-te Juscelino Kubitschek. A aquisiçãode uma sede própria e definitiva via-bilizou, enfim, o desenvolvimento deum grande hospital-instituto. Em1961, a aprovação de um novo regi-mento reconheceu oficialmente aentidade como Instituto Nacional deCâncer e lhe atribuiu novas compe-tências nos campos assistencial, ci-entífico e educacional.

Entretanto, com a reorientaçãodas políticas econômica e de saúde,a partir da década de 60, o INCa pas-sou da responsabilidade do Ministé-rio da Saúde para a da Fundação Es-

HISTÓRIA DA MEDICINA • Instituição referência no tratamento e combate ao câncer desenvolve ações estratégicas

INCa: trabalho respeitado e reconhecido

R

cola de Medicina e Cirurgia do Riode Janeiro, ligada ao Ministério daEducação e Cultura, e três meses de-pois à Fundação das Escolas Fede-rais Isoladas do Estado da Guanaba-ra, que mais tarde se transformou naUniversidade Federal do Estado doRio de Janeiro (UniRio).

Graças a movimentos de resistên-cia internos e externos, o Instituto foireintegrado ao Ministério da Saúde em1972. Os primeiros anos da décadade 80 marcariam o início de sua recu-peração financeira e de seu crescimen-to. Assim, o INCa passou a receberrecursos através da Campanha Naci-onal de Combate ao Câncer, em pro-cesso de cogestão entre o Ministérioda Saúde e a Previdência Social, e emdois anos duplicou a prestação de seusserviços médicos. Com a criação doSUS, em 1990, o INCa foi incluído

como órgão referencial para o esta-belecimento de parâmetros e avalia-ção da prestação de serviços.

Além de possuir, desde os anos80, um Centro de Transplante deMedula Óssea, o Instituto conta tam-bém com uma unidade voltada ex-clusivamente para os cuidados pali-ativos, ambos setores de alta expres-sividade estrutural e técnico-cientí-fica. Também está equipado com omais moderno parque público de di-agnóstico por imagem da AméricaLatina, inaugurado em 2009.

O INCa recebe o apoio da Funda-ção Ary Frauzino, ou Fundação doCâncer, entidade privada sem fins lu-crativos fundada em 1991, tendo comoprincipal receita as verbas do SUS, queremunera os serviços de assistênciaoncológica prestados pelo Instituto.

No final da década de 90, o INCa

criou seu Conselho de Bioética paradiscutir as questões morais e filosófi-cas, vitais para orientar com racionali-dade o atendimento aos pacientes. Em2000, o Ministério da Saúde atribuiuao INCa a coordenação do Projeto Ex-pande, que implantou Centros de AltaComplexidade em Oncologia em gran-des hospitais, com serviços diagnósti-cos, cirúrgicos, quimioterápicos, radi-oterápicos e de cuidados paliativos emáreas geográficas antes sem coberturapara a população local.

O modelo de gestão participativa ecompartilhada, em vigor no Institutodesde 2004, baseia-se nos princípios daética, da transparência e da responsabi-lidade social. Todo cidadão pode acom-panhar os gastos do INCa por meio doPortal da Transparência do GovernoFederal, bem como o suprimento defundos concedidos, as despesas empe-nhadas e os editais de licitação.

A Área de Ações Voluntárias do INCaplaneja e coordena as ações dos volun-tários, hoje em um total de 700 pesso-as, que têm como objetivo apoiar ospacientes e seus familiares. Elas desen-volvem ações educacionais, recreativas,de integração social e de lazer, além decaptação e direcionamento de doações.

Acima, Mário Kroeff, o primeiro Diretor doInstituto Nacional do Câncer (INCa),chamado à época de Centro de Cancerologiano Serviço de Assistência Hospitalar doDistrito Federal. À esquerda, as obras deconstrução das novas instalações do hospitalna Praça Cruz Vermelha, nº 23

A unidade passou a ser chamada de Instituto de Câncer apartir de 1944 e considerada como órgão de suporte

executivo do recém-criado Serviço Nacional de Câncer(SNC), funcionando em instalações inadequadas até suatransferência para o Hospital Gaffrée e Guinle, em 1946

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 17

esde criança, Joyce Vieira de Vasconcellosdizia que queria ser médica. Mas a arte tam-bém a cativava e, ainda na faculdade, elajá passava grande parte de seu tempo de-

senhando e pintando – um talento de sua família,repleta de artistas. Ambos os desejos se concretiza-ram, cada um a seu tempo, e permanecem ativa-mente presentes até hoje.

Joyce tem 55 anos de idade e 30 de profissão,com especialização em clínica geral e homeopatia.Como a medicina lhe exige maior dedicação, a pin-tura ficou reservada para os dias de folga, porémrecebendo as mesmas doses de concentração e amor.Afinal, a rotina dividida entre a Unidade de ProntoAtendimento de Manguinhos, onde que é socorris-ta, e os dois consultórios em Niterói, cidade ondetambém mora, consomem tempo e disposição.

Entretanto, sua atividade artística não é apenashobby, como pode parecer. A médica leva a sério otrabalho, tanto que já expôs e comercializou seusquadros em espaços culturais e gastronômicos. Elajá perdeu a conta das obras realizadas, mas estimaque tenha produzido mais de mil. Suas pinturaspreferidas são o busto do poeta Vinícius de Moraes,pincelado em tons de hortênsia e azul claro; o “Qua-dro da Fortuna”, com o rosto que estampa o lado“cara” da moeda; e o Central Park em dia de chuva.Apesar de seu estilo predominante ser o retrato,Joyce Vasconcellos confessa sua atração por paisa-gens chuvosas.

Para ela, a relação entre medicina e artes plásti-cas é maior do que se imagina:

- A medicina é uma arte porque transforma aspessoas quando as cura ou as ajuda diante de al-gum mal.

Joyce também reserva espaço na agenda e nocoração para outras quatro paixões: as duas filhas(uma delas médica recém-formada) e seus cachor-ros Yogue e Avatar, estes últimos suas companhiasfrequentes no ateliê montado em casa.

EXPRESSÃO DO MÉDICO • Sobrecarregada com a rotina de socorrista na Unidade de Pronto Atendimentode Manguinhos e em dois consultórios, clínica ainda encontra tempo para pintar e comercializar quadros

Medicina e arte levadas a sérioD

“A relação entre medicina e arte émaior do que se imagina. Amedicina é uma arte porquetransforma as pessoas quandoas cura ou as ajuda diantede algum mal.”Joyce Vieira de Vasconcellos, clínica e pintora

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201118

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JORNAL DO CREMERJFevereiro de 2011 19

Com muito confete e serpentina,mais de 300 foliões, entre médicos eacompanhantes, renderam-se ao reina-do de Momo, no Baile Pré-Carnaval,promovido pelo CREMERJ Cultural, noCentro Cultural Veneza, em Botafogo,no dia 25 de fevereiro. Animados porsambas e marchinhas de primeira linha,eles lotaram a pista de dança e anteci-param o clima do Carnaval.

A festa começou ao som do gru-po de pagode Galocantô. Em segui-da, um show de ritmistas da EstaçãoPrimeira de Mangueira, que aindacontou com a beleza e o samba nopé de uma simpática passista, cha-mou ao palco alguns dos convida-dos para sambar a seu lado, descen-do depois para percorrer as mesas.Nos intervalos das atrações, nada dedescanso: um DJ tocava marchinhasde Carnaval de todos os tempos.

Um telão no fundo do palco exi-bia imagens de antigos blocos carna-valescos de rua. O salão contou comuma decoração colorida, repleta demáscaras artesanais que remetiam aostradicionais bailes de salão. Na entra-da, o público recebia adereços comochapéus, arcos, colares e gravatinhasconfeccionados com paetês.

- Esta é uma noite de alegria paraa classe médica, principalmente apósa vitória na Justiça contra as Orga-nizações Sociais. Vamos comemo-rar! – exclamou o Presidente doCREMERJ, Luís Fernando Moraes,dando as boas vindas aos presentes,em discurso bastante aplaudido, queincluiu a notícia da liminar obtidapelo Conselho contra a nova formade contratação de médicos anunci-ada pela Secretaria Municipal deSaúde do Rio de Janeiro.

- Este momento feliz mostra queo CREMERJ não é só festa, mas muitaluta em defesa da valorização da ca-tegoria – afirmou o Conselheiro AbduKexfe, que também recepcionou osconvidados neste primeiro eventocultural de 2011.

CREMERJ CULTURAL • Baile pré-carnavalesco reúne mais de 300 pessoas em clima de muita animação

Antecipando a folia de Momo

OS EVENTOS REALIZADOS PELO CREMERJ CULTURAL SÃO TOTALMENTE PRODUZIDOS COM VERBAS DE PATROCÍNIO

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JORNAL DO CREMERJ Fevereiro de 201120

PREPARO PARA OPREPARO PARA OPREPARO PARA OPREPARO PARA OPREPARO PARA OPARTO: PROCESSOPARTO: PROCESSOPARTO: PROCESSOPARTO: PROCESSOPARTO: PROCESSOPSICOPROFILÁTICOPSICOPROFILÁTICOPSICOPROFILÁTICOPSICOPROFILÁTICOPSICOPROFILÁTICOMario de Melo MarquesEditora Cultura Médica106 páginasA obra fala sobre a anato-mia dos órgãos reprodutorese a fisiologia da parturição. Aborda os princí-pios do reflexo condicionado que estão rela-cionados com os fenômenos desconhecidos doparto e com os fatores socioculturais. O tra-balho é destinado a gestantes, estudantes demedicina e outros especialistas que procuramdominar os princípios da preparação psico-profilática para o parto.

PRATICANDOPRATICANDOPRATICANDOPRATICANDOPRATICANDOSAÚDE DA FAMÍLIASAÚDE DA FAMÍLIASAÚDE DA FAMÍLIASAÚDE DA FAMÍLIASAÚDE DA FAMÍLIASimone de Pinho Barbosae Shirlei Barbosa DiasEdição do autor336 páginasO livro traz experiências e base

de dados relacionados à Estratégia Saúde daFamília (ESF). Fala sobre temas como as urgên-cias no contexto da ESF e o papel dos médicosde família frente à situação ambulatorial e oatendimento de urgência no Programa de Saú-de da Família. Ainda identifica e avalia a orga-nização dos serviços e os instrumentos de mo-nitoração do modelo de assistência de saúde doSistema Único de Saúde.

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Seccional de Niteróido CREMERJ está decasa nova. A inaugu-ração do novo espa-

ço, agora no Centro Comerci-al Tiffany, salas 1.209 e 1.210,em Icaraí, foi prestigiada porConselheiros e gestores de en-tidades médicas. Segundo oCoordenador da Seccional,Glauco Barbieri, o prédio es-colhido é um dos melhores emais modernos da cidade,além de estar situado em ex-celente ponto.

O Coordenador das Seccio-nais e Subsedes do CREMERJ,Conselheiro Abdu Kexfe, lem-brou com emoção a atuação deAloisio Tortelly, Conselheiro fa-lecido no ano passado, queinaugurou, há onze anos, asede anterior. O pai dele, Car-los Tortelly, foi um dos funda-dores da Seccional de Niterói,na década de 60, ao lado deEduardo Kraichette.

- Temos procurado ir aoencontro das necessidades edos interesses tanto dos mé-dicos quanto dos pacientes,mas para isso é preciso estru-tura e qualidade. Niterói éuma cidade importante sob oponto de vista da qualidadeda medicina e merece estasede – disse Kexfe.

O Presidente do CREMERJ,Luís Fernando Moraes, ressal-

EVENTO • Representação do CREMERJ em Niterói agora ocupaespaço em um dos melhores e mais modernos prédios da cidade

Seccional inaugura nova sedetou que a nova sede é parteda série de ações que o Con-selho vem promovendo, queincluem encontros culturais,científicos e políticos, com oobjetivo sempre de melhoratender e valorizar a catego-ria. Ele fez questão de comen-tar também o papel pró-ativode Aloisio Tortelly.

- Para nós ele era um ir-mão, que encantava a todoscom sua erudição e cultura,

não só médica, como geral. Ti-vemos o prazer de convivercom ele no dia a dia da nossaentidade – frisou.

O Conselheiro Alkamir Issaagradeceu, em nome dos mé-dicos da cidade e da popula-ção local, o espaço para me-lhor atendimento aos colegas.

- CREMERJ continua cum-prindo seus objetivos, dentro

de sua preocupação contínuacom a classe médica – exaltou.

Além do Coordenador Glau-co Barbieri, compõem a Secci-onal Niterói a Primeira Secre-tária Maria do Carmo Briggs eos membros representantesAloysio Decnop Martins, Anto-nio Chinelli, Benito GilbertoMálaga Muñoz, Carlos Eduar-do da Silva e Souza, Ilva ReisFerreira, José Luiz Guarino eMaurílio Alves Pereira.

O Presidente da Academiade Medicina do Estado do Riode Janeiro, a ACAMERJ (an-tiga Academia Fluminense deMedicina – AFM), Alcir Chá-car, elogiou a nova sede comentusiasmo.

- É muito bom ver as gera-ções seguintes à minha fazertanto pela categoria, sem es-quecer os méritos dos gestoresanteriores – comentou.

Para o Presidente da Uni-med Leste Fluminense, Car-los Jardim, a nova sede daSeccional é uma demonstra-ção de prestígio para Niteróie regiões próximas.

- A cidade possui um enor-me número de médicos e umafaculdade de medicina ativa,além de associação médica e desindicato que trabalham sem-pre com espírito de união. Osmédicos merecem e precisamdessa valorização – observou.

A

“Niterói é uma

cidade importante

sob o ponto de vista

da qualidade da

medicina e merece

essa sede.”Abdu Kexfe, Coordenador das

Seccionais e Subsedes doCREMERJ

Alkamir Issa, Luís Fernando Moraes, Abdu Kexfe e Glauco Barbieri descerraram a placa da nova e moderna sede da Seccional

es