auscultação aos stakeholders · anexo 1: questionário ... 18. 3 introduÇÃo num momento...

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Auscultação aos Stakeholders - Março 2017 -

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Auscultação aos Stakeholders

- Março 2017 -

1

Lista de abreviaturas:

ACES – Agrupamento de Centros de Saúde

CNTS – Centro Nacional de Telesaúde

CP – Cuidados Paliativos

CSP – Cuidados de Saúde Primários

MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

MGF – Medicina Geral e Familiar

SNS – Serviço Nacional de Saúde

ULS – Unidade Local de Saúde

CNTS - Centro Nacional de TeleSaúde

Avenida da República nº 61

1050-189 Lisboa

[email protected]

www.cnts.min-saude.pt

Serviços Partilhados do Ministério da

Saúde, E.P.E.

Avenida da República nº 61

1050-189 Lisboa

www.spms.min-saude.pt

2

ÍNDICE I. METODOLOGIA DA AUSCULTAÇÃO .................................................................................... 3

II. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO .................................................................. 5

III. RESULTADOS OBTIDOS ...................................................................................................... 7

IV. RESUMO ......................................................................................................................... 17

Anexo 1: Questionário ............................................................................................................ 18

3

INTRODUÇÃO Num momento inicial, para estruturar o Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS) em torno das

áreas mais importantes e suprir as principais necessidades percecionadas em Portugal, no

que à prestação remota de cuidados diz respeito, a criação do CNTS privilegiou um processo

de auscultação a todas as instituições que pudessem integrar ou complementar a atividade

do centro (organizações centrais de saúde, hospitais; ACES; universidades, escolas

superiores e politécnicos relacionados com saúde e tecnologia; ordens profissionais,

associações de doentes e associações profissionais).

Em concreto, esta auscultação teve como objetivos:

Conhecer a visão e ideias dos diversos stakeholders sobre a telessaúde, formas

concretas de a colocar ao serviço do cidadão e opiniões sobre estratégias a seguir

neste âmbito;

Conhecer as expectativas relativamente ao novo CNTS;

Contribuir para uma melhor definição do modelo do CNTS e da telessaúde em

Portugal;

Mapear o atual e futuro ecossistema em telessaúde;

I. METODOLOGIA DA AUSCULTAÇÃO

Metodologicamente, a auscultação teve 3 momentos:

1) envio de ofícios a solicitar a nomeação de interlocutor direto para resposta ao

questionário do CNTS;

2) receção da indicação do interlocutor indicado e envio de link com questionário;

3) resposta do interlocutor na plataforma eletrónica onde o questionário foi

carregado.

4

Em termos de volume, foram enviados 250 ofícios, recebidas 238 mensagens com a

indicação de um interlocutor para responder ao questionário e, por fim, contabilizadas 208

respostas efetivas ao questionário1.

Como se pode observar com maior detalhe na figura que se segue, estes números

correspondem a taxas de respostas muito elevadas (95,2% dos ofícios enviados resultaram

em indicação de interlocutor e, deste grupo de nomeados, 87,4% respondeu ao

questionário) o que poderá espelhar o interesse na temática, mas também a vontade de

participação dos stakeholders assumindo um papel mais ativo na construção de um melhor

SNS.

Figura 1: A aplicação em números

Nº absoluto

% respostas (por referência à

amostra respetiva) Descrição

250 -- Ofícios a solicitar interlocutor direto para resposta a questionário

238 95,2% Respostas recebidas ao ofício (envio de link de questionário)

208 87,4% Respostas consideradas para análise2

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, SPMS, 2017.

Das 238 instituições a quem se enviou o link com o questionário eletrónico, 32%

corresponderam a associações de profissionais, 23% a ACES, 20% a hospitais, 15% a

instituições do ensino superior (universidades, politécnicos, institutos e escolas superiores),

12% a ULS e 3% tanto a ordens profissionais como associações de utentes. Os números

absolutos inerentes a esta distribuição podem ser analisados na figura 2.

1 No sentido de maximizar as respostas obtida foram consideradas todas as respostas dadas, independentemente de corresponderem a respostas completas do questionário. 2 No sentido de maximizar as respostas obtida foram consideradas todas as respostas dadas, independentemente de corresponderem a respostas completas do questionário.

5

Figura 2: Distribuição dos stakeholders que integraram a amostra (nr. absolutos)

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

II. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO

De forma a garantir a prossecução dos objetivos traçados para a Auscultação dos

stakeholders do CNTS e perceber em profundidade o conhecimento sobre a prestação

remota de cuidados de saúde que as entidades envolvidas detêm, o questionário foi

elaborado em função de três grandes dimensões (Figura 3).

35

UNIVERSIDADES

6

ORDENS

PROFISSIONAI

75

ASSOCIAÇÕES

PROFISSIONAIS 12

ASSOCIAÇÕES DE

UTENTES

8

UNIDADES

LOCAIS DE

SAÚDE

238 ENTIDADES

55

ACES

6

Figura 3: Dimensões do questionário

Descrição respondente/instituição

1 PROJETOS DE TELESSAÚDE – know-how e experiências

Conhecimento (Qual?)

Envolvimento (Qual?)

Interesse futuro (áreas)

2 CNTS– PERSPETIVA INSTITUCIONAL

Interesse participar c/ CNTS?

Como? (áreas)

Principais áreas de atuação a assumir pelo CNTS

3 EXPETATIVAS CNTS O que é esperado do CNTS

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017 Tratando-se de um estudo exploratório e privilegiando o conteúdo substantivo da

informação em detrimento de uma análise puramente quantitativa, optou-se por construir

um instrumento maioritariamente com perguntas abertas (anexo 1), desenvolvendo-se

posteriormente uma análise de conteúdo de todas as respostas recolhidas. Não obstante o

limite de carateres para cada resposta, com esta abordagem procurou-se captar

experiências, obter descrição de projetos, identificar áreas a desenvolver e perceções dos

stakeholders envolvidos relativamente ao CNTS. De forma a permitir uma maior visibilidade

e percetibilidade da informação obtida da análise de conteúdo, desenvolveu-se uma

categorização cujos resultados são apresentados em percentagens.

Neste sentido, importa referir que os valores apresentados no âmbito das questões abertas,

resultam da proporção calculada em função da análise de conteúdo desenvolvida, pelo que

o número total de respostas – utilizado como denominador – corresponde ao somatório

das referências obtidas nas várias categorias em análise e não ao número total de

respondentes, tendo sido utilizada a função que se segue:

𝑛𝑟 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑔𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡ã𝑜𝑥

∑ 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑔𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑒𝑠𝑡ã𝑜𝑥 x 100%

Para maior transparência na apresentação dos resultados, será apresentado para cada uma

das questões em causa o n de referência utilizado como denominador.

7

III. RESULTADOS OBTIDOS

Cerca de 60% dos stakeholders respondentes representam hospitais, cuidados de saúde

primários e instituições da academia, como se pode observar na figura 4.

Figura 4: Distribuição das entidades respondentes

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

NS/NR – Não sabe/Não responde

Com menor proporção, mas marcando uma participação importante é ainda de referir a

participação das ordens (cuja participação se fez de forma praticamente total em relação

às da amostra procurada, mas se dilui no cômputo geral das respostas), das associações

profissionais e dos utentes.

0,5%

1,9%

7,7%

10,6%

11,1%

13,0%

15,9%

19,2%

20,2%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0%

Associação de Utentes

Ordem Profissional

Unidade Local de Saúde

Associação Profissional

Outras

NS/NR

Academia: Universidade/Politécnico

Agrupamento de Centros de Saúde

Hospital/Centro Hospitalar

Caraterização das instituições respondentes

8

Quanto ao conhecimento de exemplos de telessaúde, este estudo torna claro que a

prestação remota de cuidados de saúde já não é novidade em Portugal (Fig. 5), uma vez que

a maioria dos respondentes afirmam ter conhecimento de projetos desenvolvidos neste

âmbito.

Figura 5

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

A diversidade verificada nos exemplos de telessaúde referidos é consistente com o facto de

quase 60% dos respondentes terem conhecimento de projetos de prestação remota de

serviços de saúde. Em concreto, as áreas mais populares na atividade relativa à telessaúde

são a teleconsulta (com a teledermatologia em grande destaque) e a realização de MCDT –

Meios Complementares de Diagnóstico à distância, como ilustra a figura 6

56,18%28,09%

15,73%

Conhecimento exemplos TeleSaude

Sim NR Não

9

Figura 6: Áreas referidas como exemplos de projetos telessaúde

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

Contudo, não obstante a transversalidade do conhecimento de projetos de telessaúde, este

questionário permitiu ainda perceber que 42% das instituições em análise está envolvida

em atividades relacionadas com a prestação remota de cuidados de saúde (Fig. 7), fazendo-

o sobretudo na área da teledermatologia (Fig. 8).

Figura 7

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

0,6%

1,1%

2,3%

2,3%

2,8%

3,4%

4,5%

5,1%

7,9%

8,5%

9,6%

10,2%

13,6%

13,6%

14,7%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0%

Telepneumologia

Telegenética

PDS Live/Portal do Utente

Telecirurgia (vascular ou outras)

Teleassitência (apoio psicológico)

Saúde24

Telecardiologia

Teleformação

Telecardiologia Pediátrica

Telemonitorização

Telerastreio (dermatologia; oftalmologia)

Outras respostas

Teleconsulta (s/ ref. especialidade)

MCDT's (radiologia, imagiologia, anat. pat.)

Teledermatologia

41,6%

45,2%

13,2%

A sua instituição está envolvida em projetos de TeleSaúde?

Sim Não NR

10

Na verdade, os projetos em que os respondentes afirmam estar envolvidos parecem

sobrepor-se aos que referiram conhecer, incidindo na teledermatologia, na realização de

MCDTs à distância e no telerrastreio (Figura 8).

Figura 8

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

Os dados apurados nesta auscultação revelaram também que 60% das instituições têm

interesse em desenvolver serviços da telessaúde (Figura 9), nomeadamente na realização

de teleconsultas (Figura 10).

Figura 9

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

1,2%

1,2%

1,2%

4,8%

4,8%

4,8%

4,8%

6,0%

7,2%

7,2%

8,4%

10,8%

13,3%

24,1%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%

PDS Live/Portal do Utente

Tele cirurgia (vascular ou outras)

Teleconsulta angiologia e cirurgia vascular

Telemonitorização

Telecardiologia Pediátrica

Teleurgência (Via Verde AVC)

Outros

Teleconsulta (s/ ref. especialidade)

Teleassitência (apoio psicológico)

Telecardiologia

Teleformação

Telerastreio (dermatologia; oftalmologia)

MCDT's (radiologia, imagiologia, anat. pat.)

Teledermatologia

Envolvimento em projetos TeleSaúde - quais?

60,1%

6,7%

33,2%

Interesse em criar e/ou participar em projetos ou serviços no âmbito da TeleSaúde

Sim Não N/A

11

Dentro das áreas referidas como as de maior interesse em desenvolver no âmbito da

telessaúde, a teleformação e a promoção da saúde através de atividades remotas

destacam-se como sendo as mais mencionadas (Figura 10).

Figura 10

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

O interesse em colaborar com o CNTS foi afirmado por cerca de 55% das instituições em

análise (Figura 11), tendo sido demonstrado especial interesse na teleformação (12%),

(Figura 12)

0,7%

0,7%

0,7%

0,7%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

2,2%

2,2%

2,9%

3,6%

3,6%

5,0%

7,2%

7,9%

8,6%

10,8%

11,5%

12,9%

12,9%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0%

Colaboração (discussão) na conceção de soluções tecnológicas

Integrar experiências piloto

Tele oncofertilidade

Telecirurgia

Colaboração na análise da efetidade dos projetos

Teleferidas

Teleortôncia

Teleurgência (ex.Via Verde AVC)

Telecardiologia

Teleenfermagem

Apoio à tomada de decisão prof. saúde, promoção da adesão terapêutica

Teleassitência (apoio psicológico)

Telerastreio (dermatologia; oftalmologia)

Investigação em telesaúde

Teledermatologia

Telemonitorização (com ref à import da domiciliação cuidados)

MCDT's (radiologia, imagiologia, tomografia computorizada)

Telepromoção da Saúde - e power cidadão, utente, familiar cuidador

Teleformação

Disponibilidade genérica

Teleconsulta (s/ ref. especialidade)

Áreas de interesse em criar e/ou participar em projetos ou serviços no âmbito da TeleSaúde

12

Figura 11

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

Contudo, numa análise agregada, 16% dos respondentes evidenciaram interesse em

colaborar na realização de teleconsultas (consideradas de modo genérico ou em função de

uma especialidade).

A figura 11 permite ainda perceber que o interesse em colaborar com o CNTS ultrapassa a

prestação de serviços clínicos stricto sensus sendo identificado em áreas relacionadas com

a promoção da saúde, com o aumento da capacidade de os cidadãos gerirem os seus

percursos de saúde de forma mais autónoma, com a capacidade de melhorar a adesão

terapêutica ou mesmo o aumento da capacidade de os profissionais de saúde tomarem

decisões mais informadas, tornando claro que a área da telessaúde concentra o potencial

de integrar várias valências de interesse para os stakeholders envolvidos nesta auscultação.

Neste instrumento procurou ainda perceber-se que áreas deveriam constituir-se como

prioritárias na atuação do CNTS (Figura 12).

54,3%40,4%

5,3%

Interesse em vir a colaborar com o Centro Nacional de TeleSaúde

sim n/a não

13

Figura 12

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

1%

1%

1%

1%

1%

2%

2%

2%

2%

2%

5%

5%

5%

5%

6%

7%

9%

9%

9%

12%

12%

0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14%

Teleurgência (Via Verde AVC)

Teleenfermagem

Colaboração na análise da efetidade dos projetos

Integrar experiências piloto

Telecirurgia

Telerastreio (dermatologia; oftalmologia)

Telecardiologia

Apoio à tomada de decisão prof. saúde, promoção da adesão terapêutica

Teleortôncia/Telepatologia oral

Teleferidas

MCDT's (radiologia, imagiologia, tomografia computorizada)

Teledermatologia

Investigação em telesaúde

Apoio específico (biomolecular e pediatria)

Teleassitência (apoio psicológico)

Telemonitorização

Teleconsulta (s/ ref. especialidade)

Telepromoção da Saúde - e power cidadão, utente, familiar cuidador

Colaboração (discussão) na conceção de soluções tecnológicas

Teleformação

Disponibilidade genérica

Áreas de interesse em participar com o CNTs

14

A questão relativa à identificação das áreas que o CNT deveria assumir como

prioritárias solicitava a indicação de cinco pontos. Contudo, para uma maior

inteligibilidade dos dados apurados, a análise a estas questões foi desenvolvida de

forma isolada, sendo o gráfico que se segue o resultado das 5 análises parciais.

Assim, o gráfico da figura 13 espelha uma vasta heterogeneidade relativa às áreas

que os respondentes entendem que o CNTS deve abraçar como prioritárias, em

muito transcendendo a prestação de serviços clínicos, ou mesmo a prestação de

serviços, note-se que algumas das áreas referidas, mesmo que de forma mais

residual, estão no âmbito da organização dos serviços de saúde, estruturas,

financiamento.

Figura 13

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,4%

0,4%

0,4%

0,4%

0,4%

0,7%

0,7%

0,7%

0,7%

0,7%

0,9%

0,9%

0,9%

0,9%

1,1%

1,1%

1,3%

1,3%

1,5%

1,5%

1,7%

1,7%

2,0%

2,4%

2,4%

2,6%

3,0%

3,9%

3,9%

5,4%

5,7%

6,1%

6,5%

7,0%

7,4%

8,7%

10,9%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0%

Teleortôncia

Colaboração (discussão) na conceção de soluções tecnológicas

Apoio específico (biomolecular e pediatria)

ligaçao com toda a comunidade

anticoagulação

desenvolver atividades focadas na prevenção

centralizar compras de equipamentos

melhorar acesso aos dados

teleferidas

Apoio ambulatório

Segurança do doente

Melhoria no registo de informação clínica

Ligação de especialidades clínicas aos Centros de Reabilitação

oncologia

Consultoria nacional e internacional

Teletriagem (ex: 1ªs cons. Esp. s/ presença doente)

Incentivos Telesaúde

apoio na implementação de novos projetos

teleenfermagem

Divulgar boas práticas/ideias novas

Apoio à tomada de decisão prof. saúde, promoção da adesão terapêutica

Telerastreio (dermatologia; oftalmologia)

avaliação custo efetividade

Telecirurgia

Apps e aplicações na área da saúde

Regulamento tecnologias e validação clínica telemedicina

Interoperabilidade técnica e semântica

Promoção de trabalho em equipa/rede: multidisciplinaridade nacional e internacional de…

Robustez técnica e na resposta das plataformas (ex: PDS)

Farmacologia: apoio à tomada de fármacos

>formação médicos: integração telesaúde na prática quotidiana dos médicos

Apoio aos idosos e envelhecimento ativo

Teleurgência (ex.Via Verde AVC)

Teleprevenção (ex: pediatria, saude materna, oncologia, AVC)

Investigação em telesaúde

Telecardiologia

Teledermatologia

>acesso: promoção equidade geográfica em função das necessidades

Teleassitência-Apoio psicológico e Saude Mental - Redução obesidade, cessação tabagica,…

MCDT's (radiologia, imagiologia, tomografia computorizada)

Teleespecialidades (urologia; oftalmologia, endocronologia; neurologia e infertelidade)

Integração da rede hospitalar, CSP, MGF e Cuidados Paliativos

Telepromoção da Saúde - e power cidadão, utente, familiar cuidador

Teleformação

Teleconsulta (s/ ref. especialidade)

Telemonitorização (ex: DPOC, diabetes)

Áreas de atuação que o Centro Naccional de TeleSaúde deve considerar prioritárias como

15

Contudo, as cinco áreas referidas mais vezes como sendo as que o CNTS deveria

assumir como prioritárias foram a telemonitorização, a teleconsulta, a

teleformação, a telepromoção da saúde (aumento da capacitação do cidadão,

utente, familiar cuidador) e a integração da rede hospitalar, CSP, MGF e Cuidados

Paliativos.

Por fim, a ultima questão do questionário visava identificar as expectativas dos

respondentes sobre o CNTS (Figura 14).

A análise das respostas permitiu identificar que o aumento do acesso, a promoção

da equidade geográfica em função das necessidades, permitindo um maior alcance

da população isolada e envelhecida deixou claro que a grande parte dos

respondentes espera que o CNTS tenha um papel ativo neste domínio.

A par da anterior a referência ao papel do CNTS como agilizador na integração das

redes prestadoras de cuidados (hospitalares, CSP, MGF e CP) foi também a área que

concentrou mais referências.

16

Figura 14

Fonte: Auscultação stakeholders CNTS, 2017

Grande parte dos respondentes espera ainda que o CNTS assuma um papel

importante como dinamizador de projetos. Diretamente relacionada com esta

temática, é também importante refletir sobre as referências à necessidade de

regulação e à criação de incentivos.

0,7%

0,7%

0,7%

0,7%

0,7%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

2,1%

2,1%

2,1%

2,1%

2,9%

3,6%

3,6%

4,3%

4,3%

4,3%

5,0%

5,0%

6,4%

7,1%

15,7%

15,7%

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0%

Alinhamento com ENESIS 2020

Integrar capacidade de resposta em situações de calamidade pública (com proteção civil)

>capacidade ação preventiva

Definir e assumir estratégias tele-saúde

> segurança doentes

> acompanhamento doentes no domicilio

> comunicação entre profissionais de saúde

Ampliação e integração com Centro Contatos

>qualidade atendimento CSP

Inclusão da saúde mental nos planos de cuidados

<recurso aos hosp.

> gestão da prestação de cuidados (redução custos)

>formação profissionais

>investigação sobre telesaúde

Monitorização - agilizar processos e aumentar capacidade

Ponte entre universidades, escolas (todos ciclos), grupos profissionais, prestadores e cidadãos

Criação ferramenta fácil usar, rápida e confiável

Regulador da actividade

definir incentivos para a telesaúde

Melhor prestação clínica

Promover centramento no cidadão (ou aproximação SNS)

<custos SNS (ou racionalizar os existentes)

>qualidade vida cidadãos

Telepromoção da Saúde - e power cidadão, utente, familiar cuidador

> serviço prestado pop. (aumento nr consultas, triagem e redução deslocações)

Dinamizador de projetos

Integração das redes prestadoras de cuidados (hosp., CSP, MGF e CPal.)

> acesso: promoção equidade geográfica em função das necessidades da pop isolada eenvelhecida

Expectativas sobre a atividade do Centro Nacional de TeleSaúde

17

IV. RESUMO

A auscultação feita a todos os stakeholders do CNTS permitiu verificar que:

Há um elevado conhecimento de projetos de telessaúde (60%);

42% das entidades respondentes já desenvolve atividades no âmbito da

telessaúde, nomeadamente através de teleconsulta, sobretudo teledermatologia;

60% tem interesse em desenvolver projetos nesta área e 54% quer colaborar

diretamente com o CNTS, nomeadamente na teleformação e em atividades que

visem capacitar os cidadãos de uma maior autonomia da gestão da saúde ao longo

dos percursos de vida

As áreas que concentraram um maior consenso sobre as que o CNTS deve

privilegiar como prioritárias são a telemonitorização, a teleconsulta, a

teleformação, a telepromoção da saúde e a integração de cuidados;

Se espera que a atividade do CNTS garanta o aumento do acesso aos cuidados,

promova a equidade geográfica, permita um maior acompanhamento da

população idosa e agilize a integração das redes prestadoras de cuidados.

18 de 21 SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.

NUIMPC 509 540 716 Av. República, nº 61 | 1050-189 Lisboa | Tel.: 213 305 075 | Fax: 210 048 159

Anexo 1: Questionário

Inquérito por Questionário sobre o Centro Nacional de TeleSaúde (CNTS)

Estimados participantes,

No âmbito de “uma nova estratégia para o setor da saúde contribuindo para melhorar a

governação e eficiência do SNS, assente em soluções de modernização e integração das

tecnologias da informação”, e abrangendo também a formação e a investigação, foi criado

em Portugal o Centro Nacional de Telesaúde3

Sendo uma atividade desenvolvida em rede, o presente questionário tem como objetivo

principal conhecer a visão dos diversos stakeholders sobre a TeleSaúde e sobre formas

concretas de a colocar ao serviço do cidadão. Pretende também saber as suas expectativas

relativamente ao novo CNTS.

A informação obtida contribuirá para melhor adequar o modelo de funcionamento do CNTS

à realidade nacional e contribuir para mapear o atual e futuro ecossistema em Telesaúde,

pelo que agradecemos desde já a sua colaboração através do preenchimento deste

questionário on-line até ao dia XXX.

Muito obrigado!

3 A criação do CNTS encontra-se definida na Resolução do Conselho de Ministros n.º 67/2016, de 26 de Outubro de 2016.

Disponível em: https://dre.pt/application/file/75606163

19 de 21 SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.

NUIMPC 509 540 716 Av. República, nº 61 | 1050-189 Lisboa | Tel.: 213 305 075 | Fax: 210 048 159

1. IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE

1.1. Nome

_______________________________________________________________

1.2. Instituição que representa:

Agrupamento de Centros de Saúde____________________________________ Associação Profissional ___________________________________________ Associação de Utentes ___________________________________________ Hospital/Centro Hospitalar___________________________________________ Ordem Profissional ___________________________________________ Unidade Local de Saúde ___________________________________________ Academia: Universidade/Politécnico__________________________________ Outra _____

PROJETOS DE TELESAÚDE – experiências

1.3. Tem conhecimento de exemplos de práticas de TeleSaúde (nacionais ou internacionais)?

Sim Não

1.3.1. Se sim, quais:

1)______________________________________________________________________________ 2)______________________________________________________________________________

3)______________________________________________________________________________

1.4. A sua organização está (ou esteve) envolvida em projetos na área da TeleSaúde?

Sim Não 1.4.1. Se sim, refira quais: (200 caracteres cada opção)

1)______________________________________________________________________________ 2)______________________________________________________________________________ 3)______________________________________________________________________________ 4)______________________________________________________________________________

5)______________________________________________________________________________

1.5. A sua organização está interessada em criar (e/ou participar em) projetos ou serviços no

âmbito da TeleSaúde?

Sim Não

20 de 21 SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.

NUIMPC 509 540 716 Av. República, nº 61 | 1050-189 Lisboa | Tel.: 213 305 075 | Fax: 210 048 159

1.5.1. Se sim, por favor indique em que áreas e descreva como (650 caracteres): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

2. CENTRO NACIONAL DE TELESAÚDE – PERSPETIVA INSTITUCIONAL 2.1. A sua organização tem interesse em vir a colaborar com o Centro Nacional de

TeleSaúde?

Sim Não

2.2. Se sim, por favor descreva sucintamente em que áreas e como: (200 caracteres cada

opção) _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 2.3. Enuncie as cinco principais áreas de atuação que o Centro Nacional de TeleSaúde deve

considerar como prioritárias.

1)______________________________________________________________________________ 2)______________________________________________________________________________ 3)______________________________________________________________________________ 4)______________________________________________________________________________

5)______________________________________________________________________________ 3. CENTRO NACIONAL DE TELESAÚDE – GERAL 3.1. Que expectativas tem sobre a atividade do Centro Nacional de TeleSaúde? (300

caracteres) _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________

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Obrigado pela sua colaboração.